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SP
S
DO
HO
JORNAL
Ano XXX | ed. 341 | Ago | 2013
DÚVIDAS AINDA
AN
O
DOMINAM NOVA
TISS E TUSS
Prestes a entrar em vigor, em 30 de novembro, a
nova versão da Troca de Informações na Saúde
Suplementar (TISS), que vem acompanhada da
Terminologia Unificada para a Saúde Suplementar
(TUSS), gera preocupação para prestadores e
operadoras, já que muitas dúvidas ainda não foram
sanadas pela ANS.
Páginas centrais
FEHOESP e SINDHOSP lançam em outubro
o Anuário Brasileiro da Saúde
pág. 12
Ações para a segurança do paciente
pág. 11
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Editorial especial
A saúde e as ideologias
entre o tudo e o nada
Foto: Neuza Nakahara
Dizem que as melhores oportunidades aparecem nos momentos de crise. É quando nos imaginamos sem saída que a criatividade se sobressai e
grandes transformações acontecem. Em chinês, por exemplo, a palavra crise tem dois caracteres: um representando o perigo e, o outro, a oportunidade. Albert Einstein já dizia que “a criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura”. Desde que as manifestações de rua, em junho
passado, começaram a pedir, entre outras reivindicações, saúde “padrão Fifa”, o tema não saiu mais dos noticiários. Artigos, editoriais, entrevistas e
reportagens tentam analisar o que vai mal, o que vai bem e – principalmente – se as medidas “urgentes” anunciadas pelo governo federal, como o
Programa Mais Médicos, resolverão os problemas da saúde.
O governo Dilma, infelizmente, fez o que mais sabe: colocou uns contra os outros dentro da mesma sociedade. Vivemos atualmente situações
inacreditáveis: discursos de pobres contra ricos; de índios contra agricultores; de estudantes brancos contra a cota dos negros em universidades;
enfim, de brasileiros contra brasileiros. Agora, vemos o governo federal e o Ministério da Saúde contra os médicos e vice-versa. Nessa realidade só
uma coisa é certa: essa queda de braços só prejudica o lado que já é frágil dessa história: o cidadão.
Não vou ocupar esse espaço em críticas ao Mais Médicos. O programa já sofre demais com elas. O autoritarismo e o jeito “Dilma” de governar no
improviso colocaram em lados opostos médicos e Ministério da Saúde. E a culpa não é dos médicos – vamos fazer justiça – mas das ações midiáticas
que tentam dar uma resposta rápida ao clamor das ruas e aos problemas de um setor tão complexo, como o da saúde. Aqui não existem soluções
simplistas, demagógicas, marqueteiras. Nesse infeliz episódio do Mais Médicos prevaleceu, mais uma vez, os interesses partidários acima dos da Nação.
Já que a crise está instalada, por que não abrimos as janelas das oportunidades? O sistema de saúde brasileiro tem alguns nós que precisam ser
desatados. E não tenho visto propostas, ideias e medidas que possam realmente modificar o atual quadro que atravessamos. Nossa infraestrutura
médico-hospitalar está à beira da insolvência graças ao baixíssimo financiamento público federal destinado à saúde. Em um sistema universal, como
o nosso, a maior parte dos recursos deveria vir do Estado. E não é o que acontece. A União destina apenas 3,5% do PIB para a saúde, quando deveria
investir cerca de 10%, como fazem países com sistemas de saúde parecidos com o SUS.
Além do subfinanciamento, as agências reguladoras hoje no Brasil servem a políticas de governo, e não a políticas de Estado. Com exceção dos
regimes ditatoriais, todos os governos, sem exceção, têm data para acabar em uma democracia. E parece que o PT não se conforma com isso. Tanto
que leiloou todas as agências reguladoras. Elas, que deveriam ser autônomas e funcionar sem a menor interferência do governo, hoje servem a outros
interesses. No caso da saúde, a ANS consegue a façanha de desagradar a TODOS os integrantes do sistema: prestadores de serviços, operadoras de
planos de saúde, médicos, fornecedores e usuários. E com isso perdemos excelentes oportunidades para também discutir e resolver os problemas
do setor suplementar, que responde pela assistência médico-hospitalar de quase 50 milhões de pessoas.
Decisões difíceis precisarão ser tomadas na saúde, mais cedo ou mais tarde. E com o apoio e envolvimento da sociedade. Em evento internacional
realizado recentemente na Noruega, um dos melhores países para se viver segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os desafios do setor
de saúde de lá, onde 95% dos cidadãos são atendidos pela saúde pública, foram discutidos. O ministro da Saúde norueguês afirmou que os recursos
para o setor são finitos, que a troca de experiências com outros países é vital e que precisa que a iniciativa privada atue de forma mais contundente
no país. E aqui no Brasil, infelizmente, alguns ideólogos de plantão, com assento no governo e com espaço na mídia, ainda acreditam que a estatização
da saúde é a solução para todos os males do setor.
Nossa saúde atravessa um momento delicado, é verdade. Mas estaria em situação muito pior se não tivéssemos o aporte de recursos que anualmente é investido pelo setor privado, algo em torno de R$ 214 bilhões.
Se não tivéssemos uma infraestrutura privada de hospitais, clínicas, laboratórios e demais serviços de saúde
estaríamos ainda pior, com mais 50 milhões de pessoas, que hoje possuem planos, engrossando as filas do SUS.
São esses debates que fazem falta nesse momento de mudanças e, porque não, de oportunidades.
Precisamos vencer ideologias que não nos levarão a lugar nenhum, combater as políticas de governo que
estão nos empurrando para o abismo, debater pontos importantes e delicados, como a universalização e
a equidade, discutir quanto podemos e queremos investir em saúde. Essa é a chance que o governo está
perdendo. A chance de fazer história. De mudar o que precisa ser mudado – mesmo que as decisões sejam
difíceis – para deixar um legado importante não só para esta, mas para as futuras gerações. Uma pena que seja
tão difícil convencer as nossas autoridades, principalmente as federais, de que o diálogo é o único caminho
para essa transformação. Mas temos que continuar tentando.
presidente
Yussif Ali Mere Jr
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Em dia
reabilitação AtrAi 5 mil proFissionAis
pArA debates e negÓcios
para conhecer as novidades apresentadas por
mais de 100 empresas nacionais e internacionais. O
encontro, conforme destaca a presidente da feira,
Waleska Santos, amplia a visão e o entendimento de
empresários e profissionais sobre as necessidades
de produtos, equipamentos, serviços, tecnologias
e políticas que atendam as inadiáveis e urgentes
necessidades do setor. “Nosso grande objetivo
é incentivar o aumento exponencial da diversidade, da qualidade e de preços mais acessíveis,
democratizando o acesso aos produtos para esse
público através do aumento da produção e competição saudável”, disse. O presidente e o diretor do
SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr e José Carlos Barbério, respectivamente, prestigiaram a 11a edição da
Reabilitação. Em visita à feira, foram recebidos por
Waleska Santos e Francisco Santos.
A secretária de Estado dos Direitos da Pessoa
com Deficiência de São Paulo e presidente de honra
da Reabilitação, linamara Battistella, destacou que
não existe sustentabilidade sem acessibilidade.
“Temos 45 milhões de pessoas com deficiência no
Brasil e elas estão preparadas para ajudar no desenvolvimento do país. Precisamos criar o verdadeiro
valor da inclusão e cada um, a seu jeito, participar da
construção de uma sociedade mais justa”.
Fotos: divulgAção
A 11a edição da Reabilitação – Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e
Tecnologia para Reabilitação, Prevenção e Inclusão,
que aconteceu de 31 de julho a 2 de agosto, no
Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo,
confirmou seu papel como fórum multissetorial
de discussão para questões relacionadas às pessoas com deficiência e lançamento de novidades
para o setor. O evento potencializa o mercado na
promoção de negócios e beneficia o consumidor
final com opções de produtos, tecnologias e preço.
Durante três dias, cinco mil visitantes participaram dos fóruns de discussão e visitaram a feira
em três dias, a feira recebeu
cinco mil visitas
durante a reabilitação foram realizados
cinco congressos e vários seminários
sindHOSP - sindicato dos Hospitais, clínicas, casas de saúde, laboratórios de pesquisas e análises clínicas e demais estabelecimentos de serviços de saúde do estado de são paulo • Diretoria
| Efetivos • Yussif ali mere jr (presidente) • luiz fernando ferrari neto (1o vice-presidente) • george schahin (2o vice-presidente) • josé carlos barbério (1o tesoureiro) • antonio carlos de carvalho (2o tesoureiro)
• luiza watanabe dal bem (1a secretária) • ricardo nascimento teixeira mendes (2o secretário) / Suplentes • sergio paes de melo • carlos Henrique assef • danilo ther vieira das neves • simão raskin
• marcelo luis gratão • irineu francisco debastiani • Conselho Fiscal | Efetivos • roberto nascimento teixeira mendes • gilberto ulson pizarro • marina do nascimento teixeira mendes / Suplentes
• maria jandira loconto • paulo roberto rogich • lucinda do rosário trigo • Delegados representantes | Efetivos • Yussif ali mere jr • luiz fernando ferrari neto | Suplentes • josé carlos barbério
• antonio carlos de carvalho • Escritórios regionais • BAURU (14) 3223-4747, [email protected] | CAMPINAS (19) 3233-2655, [email protected] | RIBEIRÃO PRETO (16) 3610-6529,
[email protected] | SANTO ANDRÉ (11) 4427-7047, [email protected] | SANTOS (13) 3233-3218, [email protected] | SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (17) 3232-3030,
[email protected] | SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (12) 3922-5777, [email protected] | SOROCABA (15) 3211-6660, [email protected] | BRASÍLIA (61) 3037-8919 /
JORNAL DO SINDHOSP | Editora – ana paula barbulho (mtb 22170) | Reportagens – ana paula barbulho • aline moura • fabiane de sá • rebeca salgado | Produção gráfica – ergon ediitora (11) 2676-3211
| Periodicidade mensal | Tiragem 15.000 exemplares | Circulação entre diretores e administradores hospitalares, estabelecimentos de saúde, órgãos de imprensa e autoridades. Os artigos assinados não
refletem necessariamente a opinião do jornal | Correspondência para Assessoria de Imprensa sindHosp r. 24 de maio, 208, 9o andar, são paulo, sp, cep 01041-000 • fone (11) 3331-1555, ramais 245 e 255
• www.sindhosp.com.br • e-mail: [email protected]
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Em dia
Hospitais têm déficit de leitos
13,7 mil novos leitos são necessários até 2016, caso o número de usuários de planos cresça 2,1% ao ano
A Associação Nacional dos Hospitais Privados
(Anahp) realizou um levantamento que mostra
que se o número de pessoas com plano de saúde
crescer 2,1% ao ano, os hospitais precisarão ter
pelo menos mais 13,7 mil novos leitos até 2016. O
investimento para a abertura desses leitos é de R$
4,3 bilhões. O jornal Valor Econômico divulgou, no
início de agosto, o estudo da Anahp e consultou
20 grupos hospitalares. Segundo a reportagem, o
número de novos leitos que eles planejam abrir nos
próximos três anos é de aproximadamente 4,3 mil.
Conservadora, a projeção da Anahp leva em
consideração o desempenho do setor suplementar
em 2012, quando foi registrada a menor taxa de
crescimento dos últimos sete anos, de 2,1%. Se considerada a média de crescimento dos últimos cinco
anos, ou seja, 4,1%, a demanda seria de 23,2 mil
leitos. O investimento necessário, de R$ 7,3 bilhões.
O fechamento de mais de 280 hospitais privados de 2007 a 2012 foi o que agravou o déficit de
leitos no país. No período, o número total de leitos
no país, públicos e privados, diminui de 453.724
para 448.954. Houve crescimento no setor público,
mas os hospitais privados com fins lucrativos puxa-
ram o total para baixo. “A maior parte dos hospitais
fechados atendia SUS, além dos planos de saúde.
Eram hospitais pequenos, normalmente localizados no Interior ou periferia, que precisavam
do SUS como complemento de receita”, diz
Francisco Balestrin, presidente da Anahp. No
Brasil, há 2,3 leitos para cada mil habitantes,
abaixo do padrão da Organização Mundial
de Saúde (OMS),
que estabelece de três a
cinco leitos
para cada mil
habitantes.
As dificuldades de acesso a financiamentos de longo
prazo para investimentos e a proibição legal
dos hospitais buscarem capital externo são
os principais empecilhos para a ampliação
ou abertura de novos hospitais privados.
“Paralelamente, há operadoras que têm mais
de 20 hospitais próprios graças à captação de
recursos na Bolsa. Isso é concorrência desleal.
Há anos lutamos para derrubar essa proibição”,
ressalta o presidente do SINDHOSP,
Yussif Ali Mere Jr.
Segundo a Anahp, os hospitais brasileiros têm em média,
cada um, 71 leitos. E unidades
com menos de 150, ou 120 leitos, dificilmente conseguem ní-
veis satisfatórios de escala e
produtividade. Para efeitos de
comparação: no Brasil há 6.293
hospitais (2.192 públicos e 4.101
privados), que abrigam 448.954
leitos. Nos Estados Unidos, o número de hospitais é menor, 5.714,
mas a quantidade de leitos é mais
do que o dobro, chegando a 924.333.
ANS autoriza reajuste de 9,04% aos planos individuais
O índice de reajuste para os planos de saúde
médico-hospitalares individuais/familiares contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados
à lei no 9.656/98 será de até 9,04%. O teto, válido
para o período entre maio/2013 e abril/2014, foi
divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no começo de
agosto e deverá atingir
os contratos de cerca de 8,4 milhões de
beneficiários, o que
representa 17,6% dos
consumidores de planos de assistência médica
no Brasil.
Entidades de defesa do consumidor imediatamente criticaram
o percentual, que ficou 2,55 pontos porcentuais
acima do índice oficial da inflação, o IPCA, de 6,49%,
no acumulado de 12 meses até abril. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
(Idec) divulgou que o valor
acumulado do IPCA de
2003 a 2013 é de 99,86%
e o índice acumulado dos
reajustes autorizados pela
ANS no mesmo período é bem superior, de
139,24%. O método
empregado pela ANS
para definir o reajuste
dos planos individuais
também foi bastante
criticado.
A metodologia aplicada pela
Agência para
definir o reajuste é a mesma desde 2001 e leva em
consideração a média dos percentuais de reajuste
aplicados pelas operadoras aos planos coletivos com
mais de 30 beneficiários. Em 2013, foi considerado
também o impacto de fatores externos, como por
exemplo, a utilização dos 60 novos procedimentos
incluídos no rol de procedimento em 2012. O
percentual máximo de reajuste é o resultado da
composição desses fatores.
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo
(Abramge) também criticou o método adotado pela
Agência para chegar ao índice de reajuste. Segundo
a entidade, o percentual “não obedece às particularidades das operadoras de planos de saúde e nem
às diferenças regionais em todo o país”. Além disso,
ainda segundo a Abramge, a definição do índice saiu
com mais de dois meses de atraso, o que irá causar
transtornos para as empresas, mas principalmente
para os beneficiários.
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Em dia
sAúde é o terceiro desejo do brAsileiro
PESqUISA MOSTRA qUE PARA 77% DOS ENTREVISTADOS O VAlOR DOS PlANOS PREJUDICA A AqUISIçãO
Uma pesquisa, encomendada pelo IESS – Instituto de
Estudos de Saúde Suplementar e realizada pelo Datafolha,
apontou que ter um plano de saúde é o terceiro desejo da
população brasileira (18%), ficando atrás somente do sonho
da casa própria (36%), em primeiro, e de uma educação de
qualidade (32%). Os objetivos do levantamento foram verificar a posse de planos, o grau de fidelização e os cuidados
com a saúde.
Foram realizadas 3.323 entrevistas com beneficiários e
não beneficiários de planos de saúde, homens e mulheres com
mais de 18 anos, residentes em oito regiões metropolitanas:
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife,
Porto Alegre, Manaus e Brasília. As entrevistas foram realizadas
entre os dias 18 e 28 de fevereiro deste ano.
Não Beneficiários de Plano de Saúde
Não Beneficiários de Plano de Saúde
Maioria nunca teve um plano de Saúde
Empresarial
23%
Particular
17%
53%
43%
Não têm
plano de saúde
hoje
Já
possuíram
(Estimulada, em %)
11 16
9
14 10 19
--
--
1 2
12 11
1
1
8
8
Seguro Residencial
Eletrodomésticos novos
Ranking de importância de bens e serviços
Indicador de
importância (*) 43 52 32 17 15
o que não pesa no salário mensal. A preocupação com a precariedade da saúde pública aparece em
segundo lugar: para 23% o importante é não depender de um sistema falho, como o SUS. Em terceiro
lugar, com 15%, aparece a segurança e respaldo de ter o atendimento do plano quando necessário.
quanto aos serviços prestados pelos planos, para 90% o atendimento quanto a exames é
considerado bom ou muito bom. O número cai para 87% quando a internação é questionada e
para 86% quanto à qualidade das consultas médicas. Entre a agilidade do serviço, 78% avaliam que
a autorização para internações é boa ou muito boa. Foram avaliadas negativamente a agilidade na
marcação de consultas (9%) e na autorização de exames (6%).
Principalmente em SP,
e entre os mais favorecidos
em escolaridade e
nível econômico
32 36
74 70 18
73%
73%
Gostariam
de ter
Valorizariam
ter um plano
de saúde
Os resultados
Classes C (60%) e D/E (79%)
mostram que a posse
Até 3 S.M. (75%)
de plano é
Casado (47%)
tendencialmente mais
Trabalho informal (42%)
valorizada entre os
mais jovens
Maioria considera muito
importante ou importante ter
um plano de saúde e
recomendaria para uma pessoa
da família ou amigo próximo.
Com destaque para
os mais jovens
1
0
0
6
5
4
3
Viagens
Seguro de automóvel
TV a cabo
Previdência Privada
1
Computador e banda larga
1º + 2º + 3º lugares (múltipla)
1º lugar (única)
Carro
Seguro de Vida
Plano de Saúde
Educação
Casa/apartamento
4 3
23 22
Celular
55
*Indica o quanto o item citado em 1º lugar é valorizado nas 3 citações.
Base: Não Beneficiário - (vide metodologia)
P4 Pensando nos bens e serviços, eu gostaria que você colocasse em ordem de
importância, do mais importante ao menos importante - do 1º lugar até o 13º lugar.
De acordo com os dados, a maioria dos beneficiários
de planos de saúde pertence à classe B (52%), tem renda
familiar superior a três salários mínimos (54%) e faz parte da
população economicamente ativa - PEA (74%). O público em
sua maioria é feminino (54%), com idade entre 18 a 34 anos
(42%). Entre os não beneficiários, a maior parte pertence à
classe C (60%), tem renda familiar até dois salários mínimos
(49%) e faz parte do PEA (71%). Nesta categoria, também
se sobressai o público feminino (52%), com idade entre 18
e 34 anos (41%).
Em toda a população, o principal motivo para ter um plano de saúde é ter o benefício oferecido pela empresa (30%), já
que parte do custo da mensalidade é paga pelo empregador,
A maioria da população (53%) não tem plano de saúde atualmente ou nunca teve (57%). Para
73% é considerado importante ou muito importante o serviço e o recomendaria para um familiar
ou amigo próximo. De acordo com a pesquisa, os jovens são os mais preocupados com a saúde.
Dentre os motivos para não se ter um plano, para 77% o preço das mensalidades é muito alto e as
condições financeiras não comportariam.
Para luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, os resultados indicam crescimento da saúde suplementar no Brasil nos próximos anos. “Menos de 25% da população brasileira
contava com esse benefício no fim do ano passado”, diz. “Existe potencial de crescimento mas, em
médio prazo, o que deve ocorrer é o contrário porque infelizmente o aumento de custo é muito
alto, de 15% ao ano”, completou.
Não Beneficiários de Plano de Saúde
(Espontânea e multipla, em %)
Motivos pelos quais GOSTARIA de ter um Plano de Saúde
Os planos de saúde são desejados, de um modo geral, pela qualidade de atendimento,
característica que é vista como uma deficiência no sistema público.
47%
39%
18%
10%
8%
7%
6%
5%
Qualidade do atendimento dos planos de saúde
(atendimento rápido, qualidade do atendimento, qualidade dos médicos, bons hospitais)
A saúde pública é precária, não quer depender do SUS
Por segurança, para sentir-se tranquilo em caso de doença
Para ter respaldo em caso de emergência
Para prevenir-se de doenças
Cobertura do Plano de Saúde (tem várias especialidades, exames)
Necessidade de acompanhamento médico
Comodidade e conforto
Base: Entrevistados que não possuem plano, mas que gostariam de ter neste momento um Plano de Saúde - 1.222 entrevistas.
P9 Por quais razões você gostaria de ter um plano ou seguro de saúde para você? Mais alguma razão?
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Manchete
TISS e TUSS ainda são dúvidas
para prestadores e operadoras
A versão 3.0 do padrão TISS tem que estar implantada até 30 de novembro próximo
Solução em webservices
O representante da Associação Brasileira de Medicina de
Grupo (Abramge) no Comitê de Padronização das Informações
em Saúde Suplementar (Copiss) da ANS, Luiz Antonio De Biase,
concordou com os participantes do evento de que o padrão TISS
é um desafio, mas que o caminho é claro: o uso de webservices
- trechos de programas que podem ser executados a distância
por outros programas, pois garantem a interoperabilidade do
sistema, promovendo o intercâmbio de dados. “Desde sempre,
padronizar os eventos assistenciais tem sido um desejo de todos,
mas, apesar de vários esforços, o consenso nunca havia sido possível. A TISS não é apenas um padrão de troca de informações.
É o arcabouço das relações operacionais entre operadoras e
prestadores e, juntamente com a TUSS, estabelece a simetria de
informações entre os agentes da saúde suplementar”, explicou.
De Biase ainda comentou sobre os benefícios que a
mobilidade associada à informatização dos processos traz à
padronização das informações e aos atores do setor em termos
de produtividade sistêmica. “A saúde móvel viabiliza a numeração individualizada e personalizada de milhares de pessoas. Os
webservices vão ter que ser cada vez mais comuns, não tem
outro jeito. Essa interoperabilidade não exige do prestador e
da operadora nenhum conhecimento especifico, nem infraestrutura sofisticada, ou qualquer outro investimento adicional.
A palavra é simplicidade com segurança e produtividade.”
O uso dessa ferramenta, segundo De Biase, tem que ser
agilizado principalmente por causa da TUSS. “Temos uma
média de 75% de implantação de TISS, mas praticamente
só para faturamento. Sem a TUSS não há como se concluir
Fotos: Divulgação
A Troca de Informações na Saúde Suplementar (TISS) foi estabelecida como um padrão obrigatório para as trocas eletrônicas de dados de atenção à saúde dos beneficiários de planos, entre
os agentes da saúde suplementar, com o objetivo de padronizar as ações administrativas, subsidiar
a avaliação, o acompanhamento econômico, financeiro e assistencial das operadoras de planos de
saúde e compor o Registro Eletrônico de Saúde. Esta é a definição da Agência Nacional de Saúde
Suplementa (ANS) para o padrão que, após 12 anos de idealização, conseguiu chegar, em 2012, à sua
versão mais avançada rumo à transmissão 100% eletrônica de informações em saúde, com a TISS 3.0.
Regulamentada pela Resolução Normativa (RN) no 305 e pela Instrução Normativa (IN) no 51,
ambas de 9 de outubro de 2012, a TISS 3.0 vem acompanhada da Terminologia Unificada para a
Saúde Suplementar (TUSS); avança na padronização de recursos de glosas, na rastreabilidade; inclui
terminologias de diárias e taxas, gases medicinais, medicamentos, materiais especiais, órteses e
próteses; e acrescenta mais um componente na organização do padrão, que passa a ser composto
por cinco itens: organizacional (novo), conteúdo e estrutura, representação de conceitos em saúde,
segurança e privacidade e comunicação.
Em vias de seu uso tornar-se obrigatório, já que por determinação da ANS a versão 3.0 do
padrão TISS tem que estar implantada até 30 de novembro próximo, tanto prestadores de serviços
quanto operadoras têm demonstrado preocupação pelo fato de ainda haver tantas questões sem
respostas sobre a operacionalização do sistema.
Para sanar estas dúvidas e discutir a evolução dos padrões para os sistemas de informação em
saúde e seus impactos no setor, a Comissão de Estudo Técnico TISS e o Instituto HL7 Brasil realizaram,
com o apoio da FEHOESP, do SINDHOSP e da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), nos
dias 29 e 30 de julho, a quarta edição do Implanta TISS-TUSS, no Espaço Maestro, na Capital paulista.
A palestra mais aguardada no primeiro dia do encontro foi a de Marizélia Leão Moreira, da Gerência de Padronização e Interoperabilidade (Gerpi) da ANS, por videoconferência. Ela reapresentou
à plateia, formada por médicos, representantes de operadoras, prestadores de serviços médicos,
hospitais, clínicas, laboratórios, profissionais da área de informática em saúde, analistas de sistemas e
desenvolvedores de soluções para a área de informática em saúde, o padrão, que desde 1o de maio
deste ano está na versão 3.00.01. ”Sabemos que é um trabalho intenso para todos, mas o momento é
de união para implementar o sistema e concluir a padronização da terminologia”, ressaltou a gerente.
A falta de resposta da ANS para as solicitações enviadas pelas operadoras e prestadores,
principalmente referentes à inconsistência em vários códigos da TUSS, foi outro ponto
questionado à Marizélia. A gerente foi informada que um grande número de pessoas está
sendo mobilizado nas operadoras e nos prestadores, principalmente os profissionais de
informática, para atender ao prazo estabelecido pela ANS, mas que não está havendo a
contrapartida do órgão regulador.
A gerente informou que a ANS está verificando todas as dúvidas e solicitações sobre
a versão 3.0 da TISS encaminhadas à Agência, de maneira geral, inclusive a questão da codificação e das terminologias. “Tudo está sendo analisado. Na medida do possível, estamos
respondendo a todos. Acredito que o processo de análise da terminologia esteja concluído
e publicado até o fim do primeiro semestre de 2014.”
Ela finalizou sua participação pedindo aos que estão sendo bem-sucedidos na implantação da TISS e da TUSS que passem suas experiências à Agência para que ela possa
compartilhar essas informações com os demais prestadores e operadoras.
O IV Implanta TISS teve o apoio do SINDHOSP
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Manchete
o processo de indicações nos demonstrativos. A unificação
da terminologia tem que ser ‘atacada’ e rápido, e a troca de
informações tem de melhorar, evoluir para ser eficiente.”
O desenvolvimento de soluções de TI capazes de absorver
o conhecimento rapidamente, reduzir prazos e custos de implantação da TISS, sobretudo utilizando os padrões para melhorar
a gestão e a produtividade das empresas de saúde, tem sido o
desafio dos profissionais de tecnologia da informação também
das operadoras. Efrain Cristian Saavedra, do Metrus, comentou
a experiência da autogestão na busca pela melhora na comunicação integrada com o prestador. Já Liliane Cipelli, da Unimed do
Brasil, apresentou a pesquisa realizada internamente para saber o
conhecimento sobre a terminologia de materiais e medicamentos e o trabalho final de análises dessa codificação com a TUSS.
“Quando fomos fazer a análise dos códigos para fazer o de/para
verificamos divergências, inclusive com a codificação utilizada
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para medicamentos. Encaminhamos à ANS uma solicitação sobre essas
divergências, mas ainda não obtivemos respostas”, lamentou.
Segurança e privacidade
“A utilização de padronização em saúde tem um pressuposto: que seja confiável.” Essa afirmação
foi feita pelo colaborador da SBIS, Luis Gustavo Kiatake, que disse que a questão da segurança da
informação em saúde, por muitos, ainda é considerada um ponto crítico, por não necessariamente
estar contemplando privacidade. “Temos que estar preocupados com a comunicação desses dados,
o sigilo, disponibilidade e autoria das informações, sempre”, comentou.
Como solução, Kiatake enfatiza a importância dos processos de certificação digital de documentos e assinatura e dos softwares. “Quanto mais segurança a gente usa, mais atenção é preciso
ter com a usabilidade da tecnologia. Precisamos ter o controle da acessibilidade com segurança
para que entre as partes (operadoras e prestadores) haja confiabilidade nos dados que estão sendo
divulgados e manuseados”, explicou.
Kiatake finalizou dizendo que a TISS e a TUSS representam um momento de mudanças
expressivas nos padrões de informação das empresas de saúde. “A abrangência do padrão TISS é a
comunicação e depois o sistema, com interoperabilidade. Por isso, é necessário operadoras e prestadores estarem preparados para lidar, a partir de agora, com mais informações sendo transportadas
e sistemas trabalhando com a segurança dos dados.”
No segundo dia do evento, foi realizado um workshop para a discussão dos aspectos operacionais
do uso, da implantação e do desenvolvimento do padrão TISS e TUSS, e um curso voltado para o
estudo prático das novas implicações do padrão na troca de informações na saúde suplementar.
Eventos reforçam importância do padrão no processo da gestão
Para apresentar a nova versão 3.00.01 da
quimioterapia, radioterapia e prorrogação e
TISS, falar sobre a continuidade da implantação tratamento complementar de internação.
da TUSS e seus impactos e alterações no relaEle tem reforçado que é fundamental o emcionamento operacional e comercial entre as penho de todos para que a implementação da
operadoras de planos de saúde e os prestadores versão da TISS seja bem-sucedida. “Este trabalho
de serviços, o coordenador do departamento não depende somente dos profissionais da área
de Saúde Suplementar do SINDHOSP, Danilo de TI. É imprescindível a cooperação dos deparBernik, tem se reunido com profissionais das tamentos de Faturamento e Recepção para que
áreas comercial, de faturamento e TI dos
hospitais, clínicas e laboratórios filiados
aos sindicatos associados à FEHOESP,
entre eles o SINDHOSP.
No Interior, os encontros estão
acontecendo nos escritórios regionais do
SINDHOSP, onde Bernik tem chamado
a atenção para a importância do padrão
TISS para o processo de padronização na
gestão da saúde, uma exigência da ANS,
que para ele “traz ganhos ao setor e posBernik durante evento em Santo André
sibilita um controle maior dos serviços,
especialmente devido à guia de recursos
de glosas que agora consta do programa”.
sirvam de apoio ao setor comercial para diminuir
Nessas reuniões, o coordenador explica a falha de comunicação dos prestadores com as
que na nova versão da TISS as atuais guias em operadoras. Isso nos preocupa. Daí a importância
uso foram revistas e em algumas houve campos de todos conseguirem enxergar os benefícios da
que foram excluídos. Novas guias também foram TISS”, ressaltou Bernik.
acrescentadas, como para autorizações de
Outro ponto para o qual o coordenador
órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs), pede atenção aos hospitais e clínicas é para a
TUSS, que até então tinha apenas a tabela de
procedimentos com nomenclaturas e códigos
de serviços estruturadas na CBHPM 5a edição.
A nova versão da TISS traz as terminologias de
diárias e taxas, gases medicinais, medicamentos,
materiais, órteses, próteses e materiais especiais,
além de outras tabelas operacionais do padrão.
Bernik tem reforçado que quanto antes se iniciar
a análise dessas tabelas e cada instituição
identificar os detalhes em cada tipo
de atendimento, tomando por base a
TUSS, mais tranquilo será o processo
de negociação com as operadoras. “É
necessário que as instituições façam
uma análise depurada e acertada da
TUSS, inclusive com o de/para nas
tabelas, principalmente de diárias, taxas
e gases medicinais, para as alterações de
padronização dos serviços hospitalares
e revisões dos atuais acordos comerciais
através de novas negociações com as
operadoras“, explicou.
O setor tem até 30 de novembro próximo
para se adaptar a esta nova versão, que passa a
ser obrigatória a partir do dia 1o dia de dezembro. “Há muito trabalho e pouco tempo, mas
devemos agir e nos preparar para que no prazo
estabelecido estejamos prontos”, afirmou Bernik.
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Em dia
Workshops debatem auxílio-doença
previdenciário e acidentário
Eventos acontecem nos escritórios regionais do SINDHOSP
de trabalho, inclusive no de trajeto, ou para aquele
que se tornou portador de doença profissional. Já o
auxílio-doença é concedido ao segurado impedido
de trabalhar por doença ou acidente, mas que não
foi causado pelo trabalho. Este tipo de benefício,
além de não contar com a emissão da CAT, não
gera estabilidade.
Em ambos os casos, o trabalhador deve ficar
afastado por mais de 15 dias consecutivos e a
incapacidade para o trabalho após esse período
tem que ser comprovada mediante perícia médica
do INSS. Durante o debate, a advogada ainda falou
sobre temas relacionados, como atestados médicos,
CID, plano de saúde e outros benefícios durante o
afastamento, retorno após a alta da perícia médica
do INSS, recurso administrativo e reabilitação.
Além desses assuntos, Lucinéia também esclareceu as dúvidas dos participantes dos workshops
referentes à segurança e saúde ocupacional e sobre
os adicionais de insalubridade e periculosidade.
Foto: Divulgação
Para falar sobre as diferenças entre o auxílio-doença previdenciário, classificado pela sigla B 31, e
o auxílio-doença acidentário, sigla B 91, a advogada
do departamento Jurídico do SINDHOSP, Lucinéia
Nucci, tem realizado workshops nos escritórios
regionais do Sindicato.
O primeiro encontro foi realizado em Bauru,
em junho. No último dia 30 de julho, foi a vez dos
administradores, gestores de RH e técnicos de Segurança do Trabalho de hospitais e clínicas da região de
São José do Rio Preto debaterem o tema. Lucinéia
explicou que o benefício acidentário é aquele que
exige a Comunicação do Acidente de Trabalho (CAT),
que é concedido ao trabalhador que sofre acidente
O encontro, em Bauru
Edmundo Vasconcelos é destaque em premiação
Complexo hospitalar recebeu o prêmio Mercado de Seguros pelo sexto ano consecutivo
tenham contribuído para o fortalecimento do setor.
“Receber o Troféu Gaivota de Ouro pelo sexto
ano consecutivo e ainda sermos destaque em 2012 e
2013 na categoria que reforça nosso cuidado com os
serviços que oferecemos na instituição só demonstra
nosso compromisso com o cliente, e isso tem grande
significado para nós”, comenta Antoninho Sanfins
Arnoni, diretor Clínico do Edmundo Vasconcelos.
Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em
São Paulo, o Complexo Hospitalar Edmundo Vascon-
celos atua em mais de 50 especialidades e conta com
cerca de 780 médicos. Realiza aproximadamente 12
mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 205
mil consultas ambulatoriais, 140 mil atendimentos de
pronto-socorro e 1,3 milhão de exames. Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a
Acreditação Hospitalar Nível 3 - Excelência em Gestão,
concedida pela Organização Nacional de Acreditação
(ONA) e o Prêmio 100 Melhores Empresas para Trabalhar Brasil, conquistado pelo segundo ano consecutivo.
Fotos: Dino
O Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
recebeu, no último dia 30 de julho, o Troféu Gaivota de
Ouro, na 13a edição do Prêmio Mercado de Seguros
2013, em evento realizado pela Revista Seguro Total.
A instituição, que recebeu o prêmio pelo sexto ano
consecutivo, foi a única do setor hospitalar homenageada na categoria “Excelência na Prestação de
Serviços Hospitalares”. A premiação visa impulsionar
o crescimento do mercado segurador brasileiro, prestigiando ações, serviços, produtos e profissionais que
Representante do evento com Antoninho Arnoni,
diretor Clínico do Edmundo Vasconcelos
Integrantes da direção do hospital
durante a entrega do prêmio
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Eventos
Brasil Competitivo debate terceirização
Atual legislação engessa as relações de trabalho na saúde
Foto: Arquivo SINDHOSP
funciona para o setor”, exO presidente e a superinplicou durante palestra que
tendente Jurídica do SINDHOSP,
discutiu a regulamentação
Yussif Ali Mere Jr e Eriete Teixeira,
da terceirização.
respectivamente, participaram,
“Zanetti ressaltou
no último dia 6 de agosto, em
a importância para o
São Paulo, do Fórum Brasil Comsetor do projeto de lei que
petitivo, promovido pela Agência
regulamenta a terceirizaEstado e pelo jornal O Estado
ção, e que tem o apoio do
de S. Paulo. “O evento debateu
SINDHOSP e da FEHOESP.
pontos importantes na contraO assessor Jurídico da CNS,
“Tomara que seja favorátação de mão de obra com foco
Alexandre Zanetti
vel não aos trabalhadores ou
não só na competitividade, mas
empresários, mas favorável ao
também no interesse de empaís”, comentou. Ele criticou ações do Ministério
pregados e empregadores”, ressalta o presidente
Público do Trabalho (MPT) com relado SINDHOSP.
ção ao sistema de trabalho dos
Um dos palestrantes foi o assessor Jurídico da
profissionais da saúde. Para o
Confederação Nacional da Saúde (CNS), Alexandre
coordenador, as ações do MPT
Zanetti, que ressaltou que o modelo de contratação
são descoladas da realidade
formal previsto na Consolidação das Leis do Trabado setor.
lho (CLT) não é adequado para o setor da saúde.
O deputado federal Ar“Nem o médico quer um contrato CLT nem os
thur Maia, relator do projeto de lei
hospitais conseguem suportar os custos de manter
que regulamenta a terceirização na Comissão
um quadro de diversas especialidades 24 horas ao
de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos
dia durante toda a semana. É um modelo que não
Deputados, afirmou que foi tomado todo o
cuidado para evitar termos jurídicos imprecisos
na proposta. A intenção é deixar o texto o
mais preciso possível, sem que as questões
sobre terceirização precisem ser levadas ao
Judiciário depois de sua aprovação.
O diretor técnico do Dieese, Clemente
Ganz Lúcio, afirmou que a nova legislação
é positiva se observada sob o ponto de
vista de eficiência das relações de trabalho.
“A nova legislação criará um ambiente
mais favorável ao que temos hoje“,
disse, reiterando que a terceirização
não deve ser encarada como forma
de precarização do trabalho.
Com informações do jornal
O Estado de S. Paulo.
Em dia
PL que obriga União a investir 10%
da receita em saúde é protocolado
Iniciativa tem o apoio do SINDHOSP e da FEHOESP
Foi protocolado, no início de agosto, na Câmara
dos Deputados, projeto de lei de iniciativa popular
que obriga a União a investir na saúde pública 10%
de sua receita corrente bruta. “Esse abaixo-assinado
por mais recursos para a saúde começou bem
antes das manifestações de junho em todo o país. E
agora ganha força com a reivindicação das ruas por
uma saúde mais digna”, acredita o presidente do
SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr.
O PL chega com a força de 1,9 milhão de
assinaturas, o que ultrapassa o 1% do eleitorado.
Elas foram coletadas em todo país por mais de cem
entidades que integram o Movimento Nacional em
Defesa da Saúde Pública, o Saúde+ 10, entre elas, o
SINDHOSP. A proposta defendida pelo PL injetaria
aproximadamente mais R$ 45 bilhões por ano ao
orçamento do Ministério da Saúde.
Dinheiro em caixa?
A Associação Médica Brasileira (AMB) entrou
com nova ação judicial contra o Ministério da Saúde para cobrar explicações sobre a não aplicação
de R$ 17 bilhões previstos em Orçamento na área.
O assunto foi abordado em junho em representação enviada ao Ministério Público e em ação
civil pública protocolada no Supremo Tribunal
Federal (STF). A AMB explica, por meio de nota,
que também procurou a Justiça Federal para evitar um possível conflito de competência entre as
diferentes instâncias judiciais. “Evitaremos, à guisa
da previsão legal, qualquer obstáculo institucional
a compelir o ministro a revelar a destinação dos
valores inutilizados”.
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Em dia
Dal Ben é premiada com trabalho
de comunicação em saúde
O projeto tem como coautor um paciente que sofre de esclerose lateral amiotrófica - ELA
dinheiro, que seria divido entre os três autores. No entanto,
Luiza e Monika, com o consentimento de Ricky, decidiram
destinar a premiação à organização chamada Mobilize
Brasil (www.mobilize.org.br), primeiro portal brasileiro de
conteúdo exclusivo sobre mobilidade urbana sustentável,
de responsabilidade da Associação Abaporu, uma organização sem fins lucrativos que tem entre seus administradores
o próprio Luiz Henrique, coautor do trabalho premiado.
“Este trabalho só vem mostrar que estamos no caminho certo. A iniciativa do Ricky fez com que a comunicação
com toda a equipe se tornasse homogênea e nós, não só
respeitamos a sua vontade, como valorizamos a ideia e
a transformamos em um trabalho científico“, declarou
Luiza Dal Ben.
Foto: Divulgação
Na edição deste ano do Qualihosp 2013, realizada em São Paulo, pela GVSaúde, e noticiado
na edição de julho (no 340) do Jornal do SINDHOSP, a Dal Ben Home Care, empresa de assistência
domiciliar que tem como responsável a diretora do Sindicato, Luiza Dal Ben, teve três trabalhos
aprovados em temáticas diferentes: Qualidade e Segurança do Paciente, Gestão na Assistência
e Comunicação em Saúde. O projeto sob o tema Utilização de Tabelas de Comunicação por
Equipe Multiprofissional na Assistência a Paciente Portador de Esclererose Lateral Amiotrófica
(ELA) ficou em primeiro lugar na categoria Comunicação em Saúde.
O projeto foi coordenado pela enfermeira responsável pela Prevenção e Controle de Infecção em Domicílio da Dal Ben, Monika Aparecida Silva, e teve como coautores Luiza Dal Ben
e o paciente, Luiz Henrique Ribeiro, um jovem de 33 anos, portador de ELA - uma doença do
sistema nervoso, degenerativa e incapacitante. Ricky, como prefere ser chamado, é paciente da
Dal Ben em atendimento com 24 horas de enfermagem e atendimento de equipe multiprofissional (fisioterapia, fonoaudiologia, médico e nutricionista) desde janeiro de 2012, e devido
às limitações da doença pesquisou e observou materiais disponibilizados na mídia, e elaborou
tabelas para viabilizar sua comunicação. Ele criou códigos alfanuméricos que significam as suas
necessidades para se comunicar com a equipe de profissionais que o acompanha na
assistência domiciliar.
O trabalho é constituído por duas tabelas: uma com palavras, que representam partes
do corpo (cabeça, ombro, quadril), objetos externos (travesseiro, cama) e comandos, como
para frente, direita, secar, limpar etc., e outra com números de 0 a 9 e letras do alfabeto. Com
o auxílio de um equipamento chamado Tobii Eye, um programa de computador que permite
a captura, reconhecimento e digitalização da imagem e dos movimentos dos olhos através de
sensores, o olhar do paciente direcionado para a letra escolhida no teclado é capturado e mostrado no monitor. Em sincronia, o interlocutor verbaliza o conteúdo das colunas olhando para
o paciente e esse sinaliza a concordância do conteúdo pela movimentação das sobrancelhas.
Para a coordenadora do trabalho, a possibilidade de interagir com o paciente portador
de ELA, com total limitação motora, traz para a equipe segurança na assistência. “Uma comunicação efetiva trouxe para os profissionais envolvidos na assistência ao paciente confiança
respaldada pela satisfação observada nos sinais não verbais, reduzindo o nível de ansiedade
e estresse gerado pela dúvida na ausência de um canal de comunicação”, explicou Monika.
Pelo trabalho ter ficado em primeiro lugar no Qualihosp, foi recebido um prêmio em
Atualize-se
Aproveite todos os serviços e
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maior Sindicato da América Latina!
A enfermeira Monika Aparecida Silva
e Luiza Dal Ben
Como atualizar?
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m.br
trais
Em dia
Resolução implanta ações
para a segurança do paciente
Eventos adversos deverão ser notificados ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
Com foco na promoção da segurança do paciente e na
melhoria da qualidade dos serviços, o Ministério da Saúde e a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicaram,
no dia 25 de julho, a Resolução no 36, que institui ações para
a segurança do paciente em serviços de saúde públicos,
privados e filantrópicos, incluindo os de ensino e pesquisa. A
norma não se aplica a laboratórios clínicos, serviços móveis, de
atenção domiciliar e consultórios individualizados.
Os prestadores de serviços deverão constituir o Núcleo
de Segurança do Paciente (NSP), conferindo aos membros autoridade, responsabilidade e poder para executar as ações do
Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde (PSP).
Compete ao NSP, entre outras atribuições, promover ações
para a gestão de risco no serviço de saúde; desenvolver ações
para a integração e a articulação multiprofissional; identificar
e avaliar a existência de não conformidades nos processos e
procedimentos; implantar os Protocolos de Segurança do
Paciente e realizar o monitoramento dos seus indicadores;
analisar e avaliar os dados sobre incidentes e eventos adversos;
e notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária os eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde.
A notificação dos eventos adversos deve ser realizada
mensalmente pelo NSP até o 15o dia útil do mês subsequente
ao mês de vigilância, por meio das ferramentas eletrônicas
disponibilizadas pela Anvisa. Já os eventos adversos que
evoluírem para óbito devem ser notificados em até 72 horas
a partir do ocorrido.
Um problema mundial
Segurança do paciente é um tema que vem recebendo
atenção mundial. A Organização Mundial de Saúde (OMS),
por exemplo, estima que nos países desenvolvidos um em
cada dez pacientes hospitalizados sofra danos originados por
práticas médicas erradas. Nos países em desenvolvimento,
como o Brasil, a entidade acredita que esse número seja muito
maior, apesar de não fornecer estatística.
Pesquisa da Health Services Research (HSR) publicada em
2008, mostra que 3% dos pacientes que entram em um hospital
nos EUA são prejudicados pelo atendimento que recebem. Isso
gera custos que variam de US$ 646 a US$ 30 mil por paciente.
Pior: segundo o estudo, até 20% desses custos incorrem após o
paciente ter sido tratado e ter tido alta, mostrando que os efeitos
dos erros continuam a afetá-los depois que deixam o hospital.
Em junho passado, estudo apresentado pela Fiocruz durante o Qualihosp (evento que teve o
apoio do SINDHOSP), mostra que mais de 70% dos erros que ocorrem nos hospitais brasileiros
poderiam ser evitados. O presidente do SINDHOSP e da Fehoesp, Yussif Ali Mere Jr, acredita que
o caminho para reverter essa realidade é o investimento em processos de qualidade e na capacitação
dos profissionais. “Toda ação que tem como objetivo a melhoria da qualidade e a segurança do paciente merece apoio. O governo só não pode esquecer que nossa infraestrutura médico-hospitalar,
com exceção dos grandes centros urbanos, está sucateada e atolada em dívidas, por conta do baixo
investimento público em saúde. E todo novo investimento, nesse momento, será de difícil implantação
por parte dos hospitais e demais estabelecimentos que atendem SUS”, frisou Yussif. A Resolução
diz que a direção do estabelecimento de saúde deve disponibilizar recursos humanos e financeiros
para que o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) funcione.
O plano
O NSP deverá elaborar o Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde (PSP), com as
estratégias e ações de gestão de risco, conforme as atividades desenvolvidas pelo estabelecimento de
saúde. Dezessete itens devem compor o PSP, entre eles, identificação do paciente; higienização das mãos;
segurança cirúrgica; segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; segurança no uso
de equipamentos e materiais; prevenção de quedas dos pacientes; prevenção de úlceras por pressão;
prevenção e controle de eventos adversos em serviços de saúde, incluindo as infecções relacionadas à assistência; e manter registro adequado do uso de órteses e próteses quando este procedimento for realizado.
Segundo a Resolução, os serviços de saúde têm um prazo de 120 dias para a estruturação dos NSP
e elaboração dos PSP. Portanto, o prazo expira em 22 de novembro. Já a notificação mensal dos eventos
adversos terá início em 150 dias após a publicação da norma, portanto, com início em 22 de dezembro.
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Em dia
anuÁrio brAsileiro dA sAúde
será lAnçAdo em outubro
A publicação oficial que une as maiores entidades representativas dos prestadores de serviços
de saúde do Estado de São Paulo – FEHOESP e
SINDHOSP – será lançada em outubro. Trata-se do
Anuário Brasileiro da Saúde, que a partir deste ano
substitui o Anuário SINDHOSP.
Feito em parceria com a Public Projetos Editoriais, o Anuário Brasileiro da Saúde, que tem uma
tiragem de 15 mil exemplares, será distribuído a
todos os hospitais privados do país, maiores clínicas
e laboratórios do Estado de São Paulo, operadoras
de planos de saúde, autoridades e imprensa. A
publicação também conta com o apoio oficial de
entidades importantes da área da saúde, como a
Confederação Nacional de Saúde (CNS), Associação
Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Comitê
de Saúde da Fiesp (ComSaúde), Hospitalar Feira e
Fórum, entre outras.
A união da FEHOESP e do SINDHOSP em
torno da publicação dá maior sustentação aos
debates que estão sendo propostos pelo conteúdo
editorial e mostra unidade na defesa dos interesses
da categoria nos dois graus de representação. “São
Paulo tem papel importantíssimo na economia do
país e no setor da saúde, em especial. Unir o Sindicato
e a Federação numa publicação desse porte, que
debate temas atuais, pulsantes e possíveis soluções
mostra que existe uma linha única de representação.
E vamos fortalecê-la ainda mais”, ressalta o presidente
da FEHOESP e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr.
“A saúde que temos, a saúde que queremos
e a que podemos ter”. Esse é o tema central que
norteará as matérias do Anuário Brasileiro da Saúde.
“É desnecessário falar da importância desse debate,
diante dos últimos acontecimentos. As medidas
anunciadas pelo governo, como o programa Mais
Médicos, deixaram claro que na saúde não existem
soluções mágicas, simplistas e principalmente marqueteiras. A publicação irá ouvir profissionais de
renome, que pensam o sistema de saúde no Brasil”,
afirma Yussif Ali Mere Jr.
Além do conteúdo diferenciado, o Anuário
Brasileiro da Saúde é uma publicação totalmente
sustentável, que tem o selo Carbono Neutro, concedido pelo Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza
(IBDN). Para prestigiar associados e contribuintes, a
FEHOESP e o SINDHOSP negociaram com a Public
descontos de até 60% para os estabelecimentos de
saúde que queiram anunciar e prestigiar a publicação.
Os interessados podem procurar a Public Projetos
Editoriais pelo tel (11) 3294-0051, e-mail: gilberto@
publicbrasil.com.br. Acesse o site do SINDHOSP –
www.sindhosp.com.br – e conheça melhor o projeto
do Anuário Brasileiro da Saúde.
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para sócios
e contribuintes!
Você escolhe a capa do Anuário Brasileiro da Saúde
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O Anuário SINDHOSP agora é o Anuário Brasileiro da Saúde.
Chegamos na 5ª Edição, sempre trazendo informações relevantes para todo o setor.
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Contato: [email protected] / Tel. 11 3294 0051/52/53
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