IV ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA - ANPUH-BA
HISTÓRIA: SUJEITOS, SABERES E PRÁTICAS.
29 de Julho a 1° de Agosto de 2008.
Vitória da Conquista - BA.
OS LIMITES ENTRE A HISTÓRIA E A LITERATURA NA CONSTRUÇÃO DA
NARRATIVA DE “MEMÓRIAS DO FOGO” DE EDUARDO GALEANO
Bruno Araújo Silva
Graduando em História pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
E-mail: [email protected]
Palavras-chave: História. Literatura. Memórias do fogo. Galeano.
A obra de Eduardo Galeano se propõe a narrar a h istória da América, especificamente
da América Latina, desde o tempo pré-colombiano, através dos mitos de fundação, até as
décadas finais do último século. A s ua narrativa não se organiza da forma convencional das
produções historiográficas, nem possui uma linguagem padrão. No entanto, o autor utilizou
227 documentos como fontes só no primeiro volume e do método marxista leninista para
construção da sua obra, co nseguindo contar a saga espanhola no nosso continente. A partir de
uma linguagem subjetiva, busca provocar emoções e reações nas pessoas e aproximar elas não
de uma pura ficção, mas da sua interpretação do real e do seu projeto para o futuro como
qualquer outro historiador. Sem perder coesão e racionalidade, questiona a objetividade da
escrita da história. Mesmo utilizando do método marxista leninista, mas utilizando uma
linguagem literária, jornalista e histórica, e contando as experiências de indivíduos, a obra não
constitui uma narrativa dos fatos vista a partir de cima e n em enxerga os indivíduos como
máquinas.
Pretendo aprofundar com este trabalho as questões teóricas acerca dos limites entre a
história e a literatura procurando compreender como Galean o critica as convenções da escrita
da história ao escrever de forma inovadora variando as linguagens e a concepção de tempo
histórico.
Apresentação
Na trilogia Memórias do Fogo , a partir de três volumes, Galeano se propõe a narrar a
história da América, especificamente da América Latina, até finais do último século. O
primeiro volume “Os Nascimentos” é dividido em duas partes, a primeira que narra a América
pré-colombiana que se desdobra através dos mitos indígenas da fundação; e a segunda que
abrange do final do século XV (chegada dos colonizadores à América) até o ano de 1700; o
segundo “As Caras e as Mascaras” abarca o século XVIII e XIX; e o terceiro “O século do
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Vento” compreende o século XX. A partir da segund a parte do primeiro volume, no iní cio de
cada texto, indica -se o ano e o lugar em que ocorreu o episódio que se narra.
O primeiro problema colocado surgiu antes mesmo do contato com a obra. À medida
que corria às livrarias a procura do primeiro volume , os “bibliotecários” não tinham certeza
em que categoria se escondia a obra, em Literatura ou História. Porém encontrei na maioria
das vezes acomodada na estante de Literatura. Poderia ser uma obra de História disfarçada na
seção de Literatura ou o contrário? Em Memórias do Fogo combina-se uma linguagem
literária com uma linguagem jornalística e histórica. A sua narrativa não se organiza da forma
convencional das produções historiográficas, nem possui uma linguagem padrão. No entanto,
o autor utilizou 227 documentos como fontes só no primeiro volume e do método marxista
leninista para construção da sua obra, conseguindo contar o estupro que o nosso continente
sofreu com a chegada dos europeus, a utilização da fé e da espada para arrancarem o ouro,
controlar e explorar a América, o que me fez refletir dentro do universo teórico sobre os
limites entre a história e a literatura.
No campo historiográfico, os pós -mordenistas vieram levantar algumas questões sobre
os métodos, a validade dos resultados e até mesmo o estatuto da disciplina. Entre essas
questões impostas pelo paradigma pós -moderno à disciplina histórica está o limite entre a
ficção e a história a partir da recusa sistemática em conferir à história a pretensão de discurso
verdadeiro ou verossímil. O que os pós -modernistas chamam atenção é a dime nsão ficcional
do discurso histórico, defendendo um relativismo que apaga os limites entre história e ficção.
Para os pós-modernistas o conhecimento histórico é parcial, relativo e imperfeito. O
seu conhecimento é construído no âmbito do discurso por meio da linguagem. Visto que a
linguagem é um sistema fechado de signos capaz, não só de produzir significação, mas
também de conferir sentido a todo discurso, a realidade passa a ser vista como produção da
linguagem, e não mais percebida como referência objeti va e exterior ao discurso.
Como qualquer outro escritor, antes de escrever, o historiador projeta uma forma antes
de partir para a elaboração do seu texto. A estrutura do texto escolhida pelo historiador
obedece a um determinado código estilístico que pri vilegia certos aspectos da realidade e não
outros, a escolha do desenvolvimento de um tema abre espaço para desenvolvimentos de um
ou mais temas alternativos a qual o historiador faz uma passagem de forma discreta, quando
não toma uma posição coadjuvante, para não por em risco a harmonia do seu trabalho.
A forma e o estilo de escrever, com suas escolhas conscientes e inconscientes,
refletem diretamente na direção que a pesquisa vai seguir e nos seus resultados. Não nos
esqueçamos também que o historiador é determinado pelo tempo e espaço em que está
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inserido e pelo conhecimento produzido até então. E que os seus condicionamentos sócio culturais não vão interferir apenas no âmbito dos objetivos e conteúdos, mas também na
exposição dos textos historiográficos , pois a linguagem dentro do discurso historiográfico está
ligada conjuntamente com dimensões relacionadas à nacionalidade, à posição religiosa, às
especificidades culturais, ou ao próprio sexo do historiador.
O conhecimento historiográfico para os pós -modernistas representa verdades relativas
às perspectivas de quem as cria e é, por isso, relativizado já que ele é mero produto da
linguagem. Segundo eles a história não pertence ao âmbito das ciências, mas sim das artes:
[...] a história é “protociência” que não pode aspirar elevar -se à
condição de ciência rigorosa; é “operação artística ”, ainda que seus
praticantes tentem esconder essa mácula negando a procedência
literária que afasta a disciplina histórica do saber positivo (WHITE,
1995, p. 35).
Apesar dessas afirmações de haver um núcleo ficcional presente em narrativas
históricas, o trabalho historiográfico moderno, que está muitas vezes em conflito e limitado
com seus padrões profissionais, ainda não consegue romper com um determinado modelo de
discurso dos séculos anteriores. O seu trabalho não ultrapassa os muros da academia, o seu
discurso não atinge aqueles que constroem e vivem a história e experimentou até aqui poucas
formas de estruturas inovadoras de apresentação de textos. Enquanto a literatur a moderna tem
demonstrado novas formas significativas de exposição.
A realidade é formada por duas dimensões. A primeira está ligada ao campo do
concreto, o material, o que realmente existe e que nós não podemos negar a sua existência,
pois podemos ver e t ocar. A outra está relacionando ao campo das representações, ou seja, o s
significados e sentidos que os indivíduos atribuem às suas vivências . A história é contada pela
luta dessas representações, pela necessidade do homem tentar explicar a si mesmo,
necessidade de procurar compreender -se e buscar uma razão de ser. Em que medida o diálogo
com a literatura possibilita ao historiador perceber o processo de constituição do imaginário e
das mentalidades dos homens acerca de suas próprias experiências? E em outr o sentido, até
que ponto este diálogo poderá levar a historiografia a aprofundar suas reflexões sobre os
aspectos narrativos de seu discurso?
É certo que a historia e a literatura tem semelhanças: as duas podem utilizar o mesmo
fato ocorrido, ambas necess itam do discurso como veículo; e ambas podem pretender -se vias
de acesso para um real exterior localizado no passado. Porém isto não faz desaparecer as
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diferenças visto que os códigos que regem as respectivas disciplinas são diferentes. Enquanto
a literatura tem um descompromisso com a realidade, a história tem a pretensão de chegar à
verdade através das suas opera ções específicas – o método da história. Ou seja, as diferenças
que guardam os limites entre história e ficção são constitutivas do próprio fazer
historiográfico:
[...] é preciso lembrar que a ambição de conhecimento é constitutiva da
própria intencionalidade histórica. Ela funda as operações específicas da
disciplina: construção e tratamento dos dados, produção de hipóteses, crítica
e verificação dos resultados, validação da adequação entre o discurso do
conhecimento do seu objeto. Mesmo que escreva de forma literária, o
historiador não faz literatura, e isto pelo fato de sua dupla dependência:
dependência em relação arquivo, portanto em relação ao passado do qual
ele é vestígio [...]. Dependência, continuando, e, relação aos critérios de
cientificidade e operações técnicas que são as do seu ofício (CHARTIER,
1994, p. 110).
Ou seja, segundo a idéia acima de Chartier, Memórias do Fogo seria uma obra do
âmbito historiográfico. Utiliza uma série de procedimentos cognoscitivos relacionados à
produção do conhecimento. As certezas factuais da história são verificáveis dentro da lógica
interna da disciplina e afirmando sua peculiaridade enquanto ramo do conhecimento. No
entanto, não proponho inicialmente discutir o caráter da obra, mas sim compreender como o
autor se utiliza da linguagem subjetiva e, sem perder coesão e racionalidade, questiona a
objetividade da escrita da história. Mesmo utilizando do mé todo marxista leninista o autor
consegue superar essa visão por meio da mescla de linguagem e contando as experiências de
indivíduos:
1880 – Londres – REIVINDICAÇÃO DA PREGUIÇA – Expulso pela
policia francesa e castigado pelo inverno inglês, que faz mijar estalactites,
Paul Lafargue escreve em Londres um novo arrazoado contra o sistema
criminoso que faz do homem um miseravél servo da máquina.
A moral capitalista é uma lamentável parodia de moral divina, escreve o
genro cubano de Marx. Como os frades, o ca pitalismo ensina aos operários
que eles nasceram neste vale de lagrimas para trabalhar e sofrer; induz a que
entreguem suas mulheres e suas crianças às fábricas, que trituram doze
horas por dia. Larfague se nega a acompanhar os cantos nauseabundos em
honra ao deus Progresso, filho maior do trabalho, e reivindica o direito à
preguiça e ao pleno gozo das paixões humanas. A preguiça é um presente
dos deuses. Até Cristo a pregou no sermão das montanhas. Um dia, anuncia
Larfague, vão terminar os tormentos da fom e e do trabalho forçado, mais
numerosos que os gafanhotos da Bíblia, e então a terra estremecerá de
alegria (GALEANO, 1999, v. 3, p. 300).
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1955 – Cidade da Guatemala – UM ANO DEPOIS DA RECONQUISTA
DA GUATEMALA , Richard Nixon visita esta terra ocupada. O s indicato
dos trabalhadores da United Fruit e outros quinhentos e trinta dois
sindicatos foram proibidos pelo governo. Agora o Código Penal condena à
morte os autores de greves. Os partidos políticos estão fora da lei. Os livros
de Dostoievski e de outros s oviéticos são jogados nas fogueiras.
O reino da banana foi salvo pela reforma agrária. O vice -presidente dos
Estados Unidos felicita o presidente Castillo Armas. Pela primeira vez na
história, diz Nixon, um governo comunista foi substituído por um governo
livre (GALEANO, 1998, v. 2, p. 213).
A partir, então, dessas linguagens, Galeano busca provocar emoções e reações nas
pessoas e aproximar elas não de uma pura ficção, mas da sua interpretação do real e do seu
projeto para o futuro. Através de recursos est ilísticos o autor provoca emoções nos leitores e
os faz sentirem a destruição e a exploração do nosso continente, o processo contínuo de
colonização. Consegue passar uma visão geral da história da América partindo do particular.
Pois ao recorrer à linguag em ora poética, ora jornalí stica, ora histórica, Galeano ultrapassa a
forma de ver os homens como máquinas – visão estruturalista –, das formas de narrativas dos
fatos vistos a partir de cima:
As ciências sociais estão repletas de bens sucedidos e conceito s a partir de
imagens, como o de “tecido social” ou o de “rede reticular” (Elias), como os
já consagrados e múltiplos usos da idéia de estrutura, ou ainda os
desdobramentos marxistas da “infra-estrutura” ou da “superestrutura”. Falase em “mecanismos” políticos, institucionais ou sociais, sem se perceber
que ao colocar em jogo a imagem da “maquina” se ganha de um lado e
perde-se de outro no esforço de apreensão da realidade social (BARROS,
2004, p. 4).
As linguagens utilizadas pelo autor lidam com os signi ficados e com os sentidos do
homem. As quais não são diferentes ao que o historiador dá encoberto no discurso formal e
seco. E na sua obra Galeano também personifica até mesmo as paisagens e os sistemas
políticos a fim de contar o contínuo processo de colo nização da América Latina mesmo após
sua independência política:
1983 – Saint George`s – A RECONQUISTA DA ILHA DE GRANADA –
A minúscula Granada, mancinha verde quase invisível na imensidão do mar
do Caribe, sofre uma espetacular invasão dos marines. O pre sidente Ronald
Reagan os envia para matar o socialismo. Os marines matam um morto.
Alguns militares nativos, ambiciosos do poder, cuidaram de assassinar o
socialismo, em nome do socialismo, pouco s dias antes.
Atrás dos marines, desembarca o Secretário de E stado norte-americano,
George Shultz. Em entrevista coletiva, declara:
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– À primeira vista percebi que esta ilha poderia ser um esplêndido negócio
imobiliário (GALEANO, 1998, v. 2, p. 340).
A subjetividade nesta obra humaniza os agentes da história, não enxerga as pessoas
como máquinas, o que normalmente é feito n a historiografia estruturalista, embora também se
utilize dos documentos formais. Talvez a literatura vá muito além do que a própria história –
quando esta é limitada pelos padrões convencionais da academia - no sentido de se aproximar
mais da realidade humana, já que ela passa as sensações daquele fato a partir do olhar de um
indivíduo que faz parte duma realidade sócio -histórica e cultural. Enuncia, assim, a
problemática presente do seu contexto , do seu povo, um olhar sensível e denunciativo sobre o
real que não é menos verossímil do que a do historiador que também constrói o seu discurso e
suas denúncias a partir do seu ponto de vista.
Na historiografia tradicional, a história da América aparece sempre ligada ao mundo
mercantil europeu, às descobertas, ao crescimento e ao desenvolvimento do mundo ocidental
capitalista. Como se o capitalismo fosse um estágio obrigatório da história, como se todo
processo fosse resultar nele. Na escola, estudamos a Grécia e Roma antiga, o mundo feudal,
as transformações das sociedades para explicar a formação do capitalismo. As sociedades
indígenas que viviam nesse continente antes da chegada dos europeus eram consideradas
sociedades imóveis e a -históricas pela corr ente positivista, e aparecem ainda hoje como um
apêndice da história Ocidental.
Em Os Nascimentos Galeano procura criar uma outra história a partir das sociedades
pré-colombianas, uma história do tempo mítico, na qual não há separação entre história, mito
e literatura, uma historia que já existia antes da chegada do europeu:
A CRIAÇÃO – A mulher e o homem sonhavam que Deus os estava
sonhando. Deus os sonhava enquanto cantava e agitava suas maracás,
envolvido em fumaça de tabaco, e se sentia feliz e também estremecido pela
dúvida e o mistério.
Os índios makiritare sabem que se Deus sonha com comida, frutifica e dá
de comer. Se Deus sonha com a vida, nasce e dá de nascer.
A mulher e o homem sonhavam que no sonho de Deus aparecia um grande
ovo brilhante. Dentro do ovo, eles cantavam e dançavam e faziam um
grande alvoroço, porque estavam loucos de vontade de nascer. Sonhavam
que no sonho de Deus a alegria era mais forte que a dúvida e o mistério; e
Deus, sonhando, os criava, e cantando dizia: – Quebro este ovo e nasce a
mulher e nasce o homem. E juntos viverão e morrerão. Mas nascerão
novamente. Nascerão e tornarão a morrer e outra vez nascerão. E nunca
deixarão de nascer, porque a morte é mentira (GALEANO, 1996, v. 1, p.
23).
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A SERPENTE – Deus lhe disse:
– Passarão três piraguas pelo rio. Em duas delas, viajará a morte. Se você
não se enganar, te libertarei da vida breve.
A serpente deixou passar a primeira, que vinha carregada com balaios de
carne podre. Tampouco de confiança à segunda, que usava cheia de gente.
Quando chegou a terceira, que parecia vazia, deu -lhe as boas-vindas.
Por isso é imortal a serpente na região dos shipaiá.
Cada vez que envelhece, Deus lhe dá uma pele nova (GALEANO, 1996, v.
1, p. 48).
Será que, ao começar a primeira parte do li vro com os mitos das origens, o autor não
pretende nos fazer pensar em outras formas de se fazer história, agora não só no âmbito da
linguagem, mas também da prática. Teoria e prática dialogam? O formato da obra , juntamente
com a utilização de uma linguage m especifica, não constitui a sua arma para pensarmos nossa
sociedade como fruto de ações concretas do homem, sugerindo uma tomada de consciência
das histórias e a possibilidade de transformarmos os axiomas presentes na sociedade
moderna?
Como nas artes, a história constrói representações da realidade das sociedades
humanas no passado . Aceitar seus elementos de ficção significa interagir com um pú blico
maior, significa aceitar o homem enquanto razão e emoção . Se a história fosse arte talvez
tivesse um papel maior para a sociedade do que este que vemos hoje , presa aos critérios
rigorosos da cientificidade . Sendo arte, como numa música , criaria nas pessoas um sentimento
de identidade, como no cinema , assustaria e apavoraria as pessoas com as imagens e jogaria
com as verdades das memórias, ao invés de constituir -se em memória da verdade . Assim,
aceitar os elementos literários do discurso histórico , não seria uma negação do compromisso
com a realidade, mas a aceitação da própria realidade , afinal de contas, o o fício do historiador
permanece sendo o de selecionar os acontecimentos, atribuir -lhes sentido e construir
narrativas que ao mesmo tempo em que reconstituem as realidades passadas, projetam
modelos de sociedades futuras.
Referências
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n. 10, v. 5, abr./jun. 2004. Disponível em:
<http://www.cerescaico.ufrn.br/mneme/pdf/mneme10/imagem.pdf> . Acesso em:
BLOCH, Marc. Introdução à História. Lisboa: Europa -América, 1987.
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BRUIT, Héctor H. Bartolomé de Las Casas e a simulação dos vencidos: ensaio sobre a
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CHARTIER, R. Quatre questions à Hayden White. Storia della storiografia , v. 26, 1994.
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. As caras e as máscaras: Memórias do Fogo Tradução de Eric Nepomuceno. Porto
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. O século do vento: Memórias do Fogo . Tradução de Eric Nepomuceno. Porto Alegre:
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SCHWARTZ, Stuart; LOCKHART, James. A América Latina na época colonial . Rio de
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TOMA, Maristela. Conhecimento histórico na interface entre história e ética. Analecta,
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Bruno Araújo Silva