5/5/11 Caso clínico • 15 anos, masculino • Perda do braço há 1 hora, ao tentar pegar “rabeira” de bicicleta no caminhão • Hemodinamicament e estável • Possibilidades – Regularização do coto – Reimplante 1 5/5/11 Reimplante REIMPLANTES Mateus Saito Grupo de Cirurgia da Mão, Microcirurgia e Reimplantes IOT-HC-FMUSP 2 5/5/11 Objetivos da Aula • • • • Definir Amputação e Desarticulação Definir Reimplante e Revascularização Apresentar as indicações de Reimplante Apresentar a técnica de Reimplante HISTÓRICO • O 1º braço reimplantado ocorreu em 1963 na China por Chen et al. 3 5/5/11 HISTÓRICO • Em 1968 Komatsu e Tamai publicaram o primeiro reimplante de polegar com sucesso Definições • Amputação: perda da continuidade de um membro através da secção de um osso • Desarticulação: perda da continuidade de um membro através da secção da articulação 4 5/5/11 REIMPLANTE • Procedimento que repõe o membro ou parte dele através da reconstrução óssea, arterial, venosa, tendínea e nervosa Revascularização • Restauração da perfusão de um membro através da anastomose de uma artéria 5 5/5/11 Indicações de Reimplante • Relativas – Procedimento complexo, demorado, com anestesia geral, possibilidade de transfusão sanguínea e UTI X – Possibilidade única de recuperar um membro ou parte de um membro potencialmente perdido Indicações Maiores • Polegar – 40% a 50% da função da mão • Lesão incisa • Paciente jovem e hígido • Múltiplos dedos • Amputação proximal (mão, antebraço e braço) 6 5/5/11 Contra – Indicações • Lesão desfavorável – esmagamento, avulsão, explosão, múltiplos níveis • Tempo de isquemia – Dedos > 6 horas quente, maior que 12 horas no gelo – Antebraço, braço >6 noras • Condições clínicas desfavoráveis (choque, doenças sistêmicas, idade avançada) Indicações Relativas • • • • • Dedo único Demanda profissional (músico) Crianças Cultura (5º dedo no Japão) Avulsão por anel 7 5/5/11 Primeiro atendimento e encaminhamento • Proteger a parte amputada em frasco com soro ou em toalhas úmidas • Colocar o conjunto no gelo, nunca em contato direto com a pele (“zip lock”) • Comprimir o coto proximal com compressa úmida Técnica Cirúrgica • Equipamento – Microscópio – Material para microanastomose vascular – 2 equipes cirúrgicas 8 5/5/11 Técnica • Identificação das estruturas – Osso – Tendões – Artérias – Nervos – Veias – Pele 9 5/5/11 Etapas • Fixação ósssea Tenorrafia 10 5/5/11 Revascularização • Direta ou com enxerto 11 5/5/11 Drenagem venosa Neurorrafia 12 5/5/11 Pós-Operatório • Repouso no leito, com membro protegido, aquecido e elevado. • Analgesia • AAS, Neozine 13 5/5/11 Reabilitação • Aguardar 3 semanas para mobilizar a região da anastomose • Pesar sempre: Mobilização das estruturas x Cicatrização/Consolidação Reabilitação • Mobilização passiva dos tendões 14 5/5/11 Reabilitação • Soltura da cicatriz Reabilitação • Re-educação sensorial 15 5/5/11 Reabilitação • Retorno às AVDs e AVPs Resumo • O reimplante é um procedimento complexo, mas que pode recuperar um membro virtualmente perdido • O sucesso depende de diversos detalhes, começando com a preservação adequada do membro • A reabilitação é fundamental para o sucesso do procedimento 16 5/5/11 Obrigado [email protected] 17