Perspectivas para 2009 Brasil, economia e mercados no novo contexto mundial Dezembro, 2008 1 Indústria de fundos de investimento, tempo de reconstrução de conceitos Resgates totais: R$ 68 bilhões (6% da indústria) - Concorrência de CDBs em produtos mais conservadores (fundos DI e renda fixa) e má performance em produtos agressivos (multimercados) e em fundos de ações (queda de bolsa). Fundos Multimercados: Resgates de R$ 53 bilhões (fora os já programados); 20% do total do segmento. Crises normalmente fortalecem: • Reestruturação de empresas de gestão: Consolidação. • Reciclagem dos gestores : Aprender a trabalhar em mercados de baixa; mandato = retorno x volatilidade 2 Indústria de fundos de investimento, tempo de reconstrução de conceitos Crises normalmente fortalecem: • Reciclagem do comprador de fundos: Processos de seleção precisam ser aprimorados em distribuidores de fundos, fundos de pensão, pessoas físicas e empresas. • Inevitável internacionalização dos fundos de investimento (ponto também já discutido entre fundos de pensão): investimentos externos dos portfólios locais, produtos novos e vendas para estrangeiros. • No médio-longo prazo, juros declinantes no Brasil = inexorável migração para produtos mais agressivos 3 Modal Asset, um grande ano de 2008 4 Modal Asset - Processo de Crescimento Fundos abertos - R$ 860 Milhões em Novembro 2008 2000 1500 860 402 1000 29 65 160 500 0 Dec 04 Dec 05 Dec 06 Dec 07 Nov 08 5 Breakdown por tipo de cliente – Fundos Abertos Perfil do Volume Financeiro - R$ 860 MM Outros 1% Fundação 25% Distribuidor 45% Empresas 7% Pessoa Física 22% 1.100 cotistas Participação crescente de clientes Institucionais: 18 Fundações consolidadas Parceria com 65 Distribuidores 6 Performance desde o começo da crise Agosto/07 a Dezembro/2008 FI Multimercado RENTABILIDADE Cota de 22/12 COTA 1e2 LION 3e4 INSTITUCIONAL (Macro) 5 EAGLE (Macro) 6 EAGLE60 (Macro) 7 PHOENIX (Long Short) % CDI DESDE O LANÇAMENTO % CDI 172,82686968 12,41% 103% 76,08% 103% 35,9 25,8 1,83481800 13,00% 108% 87,16% 116% 361,3 280,0 239,8825526 13,70% 114% 145,55% 147% 236,9 144,4 165,03574553 17,07% 142% 70,46% 209% 85,9 67,1 1,63748039 12,89% 107% 69,43% 150% 39,7 46,3 RENTABILIDADE 8e9 MODAL RECEBÍVEIS COTA 1.623,17994545 FI Ações Cota de 22/12 10 e 11 BULL PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 FIDC Cota de 22/12 RENTABILIDADE COTA 154,43195040 RENTABILIDADE PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 % CDI DESDE O LANÇAMENTO % CDI 13,31% 111% 112,75% 113% RENTABILIDADE ATUAL (R$MM)MÉDI0 12 MESES (R$MM) ATUAL (R$MM)MÉDI0 12 MESES (R$MM) 46,6 RENTABILIDADE 46,9 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 dif. IGPM+6% DESDE O LANÇAMENTO dif. IGPM+6% -50,11% - 72,63% 11,02% ATUAL (R$MM)MÉDI0 12 MESES (R$MM) 3,6 6,4 7 Performance histórica e no ano de 2008 dos fundos de investimento FI Multimercado DESDE O INÍCIO DA CRISE (31/07/2007 a 22/12/2008) Cota de 22/12 LION RENTABILIDADE % CDI 172,82686968 17,60% 103% 1,83481800 19,57% 114% 239,8825526 22,23% 130% 165,03574553 29,13% 171% 1,63748039 19,45% 114% COTA 1e2 INSTITUCIONAL (Macro) 5 EAGLE (Macro) 6 EAGLE60 (Macro) 3e4 7 PHOENIX (Long Short) FIDC DESDE O INÍCIO DA CRISE (31/07/2007 a 22/12/2008) Cota de 22/12 8e9 MODAL RECEBÍVEIS COTA RENTABILIDADE % CDI 18,89% 111% 1.623,17994545 FI Ações Cota de 22/12 10 e 11 BULL 1. Iní cio das atividades : 01/06/2005 DESDE O INÍCIO DA CRISE (31/07/2007 a 22/12/2008) COTA RENTABILIDADE dif. IGPM+6% -38,58% - 154,43195040 Público alvo: público em geral Taxa de Administraç ão: 0,5% a.a. Taxa de Performance: n/a 2. Mudança na políti ca de inves timent o em 01/06/ 2005; informações relativas à rentabilidade acumulada e no ano utilizam como bas e a dat a da trans formação do f undo. 3. Iní cio das atividades : 18/11/2004 Público alvo: público em geral Taxa de Administraç ão: 1,0% a.a. Taxa de Performance: 20% do que ex ceder o CD I 4. O fundo Modal F ox foi incorporado ao Modal I nstit uc ional FI Multimercado em 16/09/2005. 5. Iní cio das atividades : 02/01/2004 Público alvo: público em geral Taxa de Administraç ão: 2,0% a.a. Taxa de Performance: 20% do que ex ceder o CD I 6. Iní cio das atividades : 03/07/2006 Público alvo: público em geral Taxa de Administraç ão: 2,0% a.a. Taxa de Performance: 20% do que ex ceder o CD I 7. Iní cio das atividades : 30/11/2005 Público alvo: público em geral Taxa de Administraç ão: 1,5% a.a. Taxa de Performance: 20% do que ex ceder o CD I 8. Iní cio das atividades : 21/06/2005 Público alvo: inv es tidor qualific ado Taxa de Administraç ão: 1,0% a.a. Taxa de Performance: n/a 9. Os fundos acima apres entam c ot as de fechamento, exceto o F IDC Modal Recebíveis, que apresenta a cota de abertura. 10. Iníc io das atividades: 03/05/2004 Público alvo: inv es tidor qualific ado T ax a de Adminis tração: 1,25% a.a. Taxa de Performance: 20% do que ex ceder o IGP-M + 6% a.a. 11. Mudança na política de i nvestiment o em 08/04/2005; informaç ões relativ as à rentabil idade acumulada e no ano utilizam como base a data da t ransf ormação do fundo. "A RENTABILID ADE DIVULGADA NÃO É LÍQUIDA DE IMPOSTOS." "EST ES F UNDOS NÃO CONTAM COM GARANTIA DO ADMINIST RAD OR, DO GEST OR, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU AINDA, DO FUND O GARANT IDOR DE CRÉD ITOS (FGC)." “EST ES F UNDOS UT ILIZAM EST RATÉGIAS COM D ERIVATIVOS EM SUAS POLÍTICAS DE INVEST IMENT O. T AIS ESTRAT ÉGIAS, D A F ORMA COMO SÃO U TILIZADAS, PODEM RESU LT AR EM SIGNIFICAT IVAS PERD AS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS.” "A RENTABILID ADE OBTIDA NO PASSADO NÃO R EPRESENT A GARANTIA DE RESULTADOS F UTUROS." "AO INVESTIDOR, É OBRIGATÓRIA A LEITURA CUID ADOSA D O PROSPECTO E DO R EGULAMENT O D O FUNDO D E INVESTIMENTO AO APLICAR SEUS RECURSOS." "PARA AVALIAÇÃO DA PERF ORMANCE DE FUNDOS DE INVESTIMENT OS, É RECOMENDÁVEL A ANÁLISE DE UM PERÍODO DE, NO MÍNIMO, 12 (D OZ E) MESES." "ALGUNS F UNDOS LISTADOS POSSUEM DATA DE CONVERSÃO D AS COTAS DIVERSA DA DATA DE PAGAMENT O DE RESGATE." 8 Prêmios do Modal Asset - Equipe 2008 REVISTA EXAME - O melhor gestor especialista do Brasil (prêmio geral); - O melhor gestor especialista de fundos multimercados do Brasil REVISTA INVESTIDOR INSTITUCIONAL - O melhor gestor de multimercados para investidores institucionais brasileiros - A empresa que mais cresceu em captação de fundos de investidores institucionais - A empresa que mais cresceu no Brasil em captação de fundos do cliente instituições financeiras BANCO CENTRAL TOP FIVE do Boletim FOCUS - IPCA, IGP-M e Taxa SELIC 9 Prêmios do Modal Asset - Equipe 2007 2006 10 Prêmios dos fundos do Modal Asset recebidos / conhecidos em 2008 Modal Lion FI Fundo Excelente em 2007 / 2008 (Revista Investidor Institucional) Fundo Cinco Diamantes 2007 (Revista Gazeta Investe) Modal Eagle FI Fundo Cinco Estrelas 2008 (Exame) Modal Institucional FI Fundo Excelente em 2007 / 2008 Fundo Cinco Estrelas 2008 Fundo Cinco Estrelas pela S&P 2008 (Revista Valor Investe) Fundo Cinco Estrelas pela S&P 2007/2008 (Revista Valor Investe) Fundo Cinco Diamantes 2007 Fundo Excelente em 2006 / 2007 / 2008 Melhores Fundos Multimercados Macro 2007 (Revista Isto é Dinheiro) (Exame) (Revista Investidor Institucional) (Revista Investidor Institucional) (Revista Gazeta Investe) Fundo Cinco Diamantes 2007 (Revista Gazeta Investe) Melhores Fundos Multimercados Macro 2007 (Revista Isto é Dinheiro) 11 Prêmios dos fundos Modal Asset recebidos / conhecidos em 2008 Modal Phoenix FI Modal Eagle 60 FI Fundo Cinco Estrelas 2008 Fundo Excelente em 2008 (Exame) (Revista Investidor Institucional) Fundo Excelente em 2008 Fundo Cinco Diamantes 2007 (Revista Investidor Institucional) (Revista Gazeta Investe) Fundo Cinco Diamantes 2007 Melhor Fundo Long Short 2007 (Revista Gazeta Investe) (Revista Isto é Dinheiro) Melhores Fundos Multimercados Macro 2007 (Revista Isto é Dinheiro) Modal Bull FIA Fundo Cinco Diamantes 2007 (Revista Gazeta Investe) 12 Gestão de fundos multimercados macro, impressões Î Mercado: No primeiro trimestre, acreditamos na interrupção do fluxo de saída de 9 recursos; projetamos aplicações muito tímidas no primeiro semestre, mas com forte movimento de realocação do volume remanescente entre os gestores. No segundo semestre, a partir de maior estabilização dos mercados, queda da taxa SELIC, visualização mais clara do cenário de 2010 e processo de “esquecimento do trauma das perdas” de 2007/2008, o fluxo voltará a ficar consistentemente positivo para o segmento. Nossos produtos: Modal Institucional, Modal Eagle e Modal Eagle 60 Tamanho das posições versus volatilidade do mercado: Desde setembro, tendo identificado o aumento extremo de volatilidade do mercado, decidimos pela redução de posições. Entendemos ser obrigação do gestor obedecer fielmente ao mandato do fundo, não só em termos de objetivo de rentabilidade como também de volatilidade das cotas. Situação atual: Com a queda da volatilidade do mercado e o afastamento da sensação de pânico entre os investidores, estamos gradativamente voltando a aumentar os tamanhos das posições. 13 Gestão de fundos multimercados macro, impressões Pano de fundo neste momento : => Mundo : Crença de que o primeiro trimestre será ainda de muita volatilidade, com possibilidade de realização de lucros do rally de final de ano; “efeito-Obama” de curto prazo é dissipado. Ativos de risco podem voltar a sofrer no curto prazo, dando oportunidade de entrada a melhores preços. => Brasil: O mercado levará os preços no mercado de DI para níveis que embutam queda forte de juros pelo BC; porém, não acreditamos em postura agressiva da autoridade monetária no início do processo, sobretudo pelas dúvidas quanto ao pass-through do câmbio na inflação (certamente, a teoria do repasse não está morta !) no primeiro trimestre; a desaceleração da atividade dar-se-á em ritmo menos acelerado na economia como um todo, com efeito em emprego somente mais à frente. O impacto mais forte no curto prazo será em setores ligados à crédito (automobilístico e imobiliário) e commodities em geral. Î Sempre estaremos usando, em qualquer cenário, o instrumento de compra/venda de seguros baratos, com intenso uso do mercado de derivativos. 14 Gestão de fundos long short - impressões Î Mercado: A reputação do produto foi contaminada pela política de alguns gestores de 9 usar o direcional; o grande charme do fundo long short é exatamente a não necessidade do viés direcional para se atingir boas performances. Respeitamos sempre este princípio. Continuamos acreditando no crescimento desta indústria para produtos “neutros” , como diversificação dos fundos macro, com baixa correlação. A utilização da estratégia direcional tem levado fundos long short a virarem concorrentes, o que prejudica a imagem do produto . Nosso produto: Modal Phoenix Tamanho das posições versus volatilidade do mercado: Desde setembro, tendo identificado o aumento extremo de volatilidade do mercado, também decidimos pela redução de posições. Diminuímos o número de pares e a exposição bruta do fundo. Em um certo momento, em outubro, quando uma emenda legislativa foi proposta com a intenção de proibir posições short em papéis, zeramos todas as posições “vendidas” em ações. Mantivemos somente uma carteira diversificada versus a venda de índice futuro Ibovespa, até que este risco passasse. Situação atual: Com a queda da volatilidade do mercado e o afastamento da sensação de pânico entre os investidores, estamos gradativamente voltando a aumentar o número de pares e a exposição bruta dos fundos, sempre com viés direcional neutro (posições compradas e vendidas em ações com o mesmo valor financeiro). 15 Gestão de fundos de ações, impressões Î Mercado: Os fundos de ações sofreram bastante em 2009, com aumento de aversão a risco generalizado por todo o mundo. No Brasil, a baixa onda de resgates mostra o amadurecimento do investidor neste segmento. Depois da correção de mercado, há boas oportunidades, sobretudo na segunda e terceira linhas. Nossos produtos: Modal Bull Tamanho das posições: O mandato de um fundo de ações “long only” , sobretudo com as características do Modal Bull (focado em ações de terceira linha com baixa liquidez ou projetos de empresas), não contempla a utilização de instrumentos de market timing / giro / proteção com derivativos. O fundo continua com sua política de concentração de investimentos em poucos nomes de empresas com ações com alto potencial de retorno. Situação atual: Continuamos acreditando plenamente nos seis casos de investimento que hoje compõe nossa carteira – Hering Têxtil, Idéias Net, Fibam, Kepler Weber , OGX e UOL. Nossa equipe de renda variável (gestão e pesquisa) está revisando nosso portfólio permanentemente, além de buscar novas oportunidades de investimento, sempre com uma visão de médio-longo prazo. 16 Após a crise, um novo mundo ... 17 As diferentes crises: Esta é a primeira com características de risco sistêmico 1999 – Crise de grupo de países emergentes Crise de balanço de pagamentos em mercados emergentes, chegando no Brasil. Não quero Real ! Quero Bolsa, LFT e título privado. 2002 – Crise local Crise de pânico por conta da transição de poder específica do Brasil Não quero Real, não quero Bolsa, não quero LFT ! Só quero título privado. 2008 – Crise mundial Crise sistêmica mundial provocando fuga para os tradicionais “ativos livres de risco” no mundo inteiro. Não quero Real, não quero Bolsa e não quero título privado ! Só quero LFT. 18 Mercado internacional – Processo de forte desalavancagem Primeira fase: agosto/07 a julho/08 - Problema centrado nos EUA (crise imobiliária + começo da crise bancária); idéia do “Decoupling”; forte desvalorização do dólar; commodities em forte alta; inflação. Segunda fase: julho/08 a agosto/08 – Piora dos dados europeus e da Ásia – Idéia do “Recoupling” (conclusão de que o mundo inteiro enfrentaria problemas !); revalorização do dólar; commodities em forte queda; redução da inflação implícita. Terceira Fase: setembro/08 até meados de outubro/08 – Logo após a questão do Lehman Brothers, crise financeira sistêmica; violento aumento de aversão a risco; “cai a ficha” da ameaça real à economia mundial. Quarta Fase: Meados de outubro/08 em diante (transição) - A crise vai passando da fase financeira (pânico) para a o ajuste de expectativas a partir da mensuração do impacto na economia real, que dependerá da recuperação de confiança da oferta de crédito e da disposição dos consumidores e investidores em correr riscos. Atual estágio da quarta fase: Últimos 45 dias (meados de novembro em diante) – Mercado recupera algum otimismo, saindo das “mínimas” – Barack Obama ocupa o vácuo de poder deixado por Bush; investidores fecham posições “sobrevendidas”; no Brasil, abre-se perspectivas para queda de juros. Pergunta: O ano novo vai confirmar este início de recuperação ? 19 O retrato da crise: desconfiança crescente entre as instituições financeiras spread "Libor 3M - Treasury 3M" 5 4,56 4 3 As medidas implementadas já surtiram efeito, mas o empoçamento de liquidez ainda persiste em algum nível (spread entre a Libor e as taxas equivalentes de títulos públicos ainda 4 vezes superior à média histórica). 2 1,47 1 3/ 1/ 2 3/ 000 4/ 2 3/ 000 7/ 3/ 200 10 0 /2 3/ 000 1/ 2 3/ 001 4/ 2 3/ 001 7/ 3/ 200 10 1 /2 3/ 001 1/ 2 3/ 002 4/ 2 3/ 002 7/ 3/ 200 10 2 /2 3/ 002 1/ 2 3/ 003 4/ 2 3/ 003 7/ 3/ 200 10 3 /2 3/ 003 1/ 2 3/ 004 4/ 2 3/ 004 7/ 3/ 200 10 4 /2 3/ 004 1/ 2 3/ 005 4/ 2 3/ 005 7/ 3/ 200 10 5 /2 3/ 005 1/ 2 3/ 006 4/ 2 3/ 006 7/ 3/ 200 10 6 /2 3/ 006 1/ 2 3/ 007 4/ 2 3/ 007 7/ 3/ 200 10 7 /2 3/ 007 1/ 2 3/ 008 4/ 2 3/ 008 7/ 3/ 200 10 8 /2 00 8 0 -1 Fonte: Bloomberg, Modal Asset 20 Mercados, o aumento brutal de volatilidade – VIX do S&P VIX: volatilidade sem precedentes 90,000 80,86 80,000 Crise do subprime 70,000 60,000 50,000 Crise da Rússia LTCM Recessão 2001 Ataque às Torres Gêmeas Enron Recessão 1990-91 Crise da Ásia 40,000 42,8 30,000 20,000 10,000 2/ 1/ 19 90 2/ 1/ 19 91 2/ 1/ 19 92 2/ 1/ 19 93 2/ 1/ 19 94 2/ 1/ 19 95 2/ 1/ 19 96 2/ 1/ 19 97 2/ 1/ 19 98 2/ 1/ 19 99 2/ 1/ 20 00 2/ 1/ 20 01 2/ 1/ 20 02 2/ 1/ 20 03 2/ 1/ 20 04 2/ 1/ 20 05 2/ 1/ 20 06 2/ 1/ 20 07 2/ 1/ 20 08 0,000 VIX Fonte: Bloomberg, Modal Asset média No último mês, a volatilidade caiu, chegando ao nível semelhante ao verificado nas “crises tradicionais” observadas no passado. 21 A crise no Brasil ganha dinâmica própria Primeira momento: Brasil sofre por “méritos próprios” – na desalavancagem, os mercados mais demandados tendem a sofrer mais, pela óbvia razão de que “há mais dinheiro para sair”. Segundo momento : O governo demora a usar o seguro - comprado a um custo caro desde 2003, com construção de ativos na ordem de US$ 300 bilhões (tabela abaixo). A crise brasileira ganha dinâmica própria, com várias empresas pequenas, médias e grandes revelando grande exposição em dólar via dívida externa e derivativos no mercado local. O nervosismo se instala além de um nível aceitável, dado o arsenal disponível do Governo. Na crise, fica claro que o BC não possui, em termos de política cambial, o mesmo grau de autonomia que teve até hoje na política monetária Terceiro momento - Governo começa a agir, mais a dose tem que ser maior e mais prolongada do que o inicialmente necessário. Até Dez/2008, BC já vendeu cerca de US$ 10 bi de dólar pronto, US$ 33 bi de swap cambial e US$ 12 bi de linhas externas; além disto, conseguiu a linha com o FED de swap Real / dólar de até US$ 30 bilhões, a ser usada em qualquer instante. 22 Níveis de inflação implícita despencando no mundo inteiro, abrindo espaço para profundo relaxamento monetário US Implied Inflation 10 years 3 2,5 Taxa básica nos EUA: de 5,25% para 0,25% ao ano 2 % 1,5 1 0,5 0 2/ 1/ 20 06 2/ 3/ 20 06 2/ 5/ 20 06 2/ 7/ 20 06 2/ 9/ 20 06 2/ 11 /2 00 6 2/ 1/ 20 07 2/ 3/ 20 07 2/ 5/ 20 07 2/ 7/ 20 07 2/ 9/ 20 07 2/ 11 /2 00 7 2/ 1/ 20 08 2/ 3/ 20 08 2/ 5/ 20 08 2/ 7/ 20 08 2/ 9/ 20 08 2/ 11 /2 00 8 -0,5 UK Implied Inflation 10 years US Implied Inflation 10 years 4,5 4 3,5 % 3 Taxa básica de Reino Unido: de 5,5% para 2% ao ano 2,5 2 1,5 1 0,5 2/ 1/ 20 06 2/ 3/ 20 06 2/ 5/ 20 06 2/ 7/ 20 06 2/ 9/ 20 0 2/ 11 6 /2 00 6 2/ 1/ 20 07 2/ 3/ 20 07 2/ 5/ 20 07 2/ 7/ 20 07 2/ 9/ 20 0 2/ 11 7 /2 00 7 2/ 1/ 20 08 2/ 3/ 20 08 2/ 5/ 20 08 2/ 7/ 20 08 2/ 9/ 20 0 2/ 11 8 /2 00 8 0 Fonte: Bloomberg, Modal Asset UK Implied Inflation 10 years 23 Níveis de inflação implícita despencando no mundo inteiro, abrindo espaço para relaxamento monetário JP Implied Inflation 10 years GER Implied Inflation 9 years 1 2,5 0 2 % % -1 1,5 -2 1 -3 0,5 -4 3/ 10 /2 00 7 3/ 11 /2 00 7 3/ 12 /2 00 7 3/ 1/ 20 08 3/ 2/ 20 08 3/ 3/ 20 08 3/ 4/ 20 08 3/ 5/ 20 08 3/ 6/ 20 08 3/ 7/ 20 08 3/ 8/ 20 08 3/ 9/ 20 08 3/ 10 /2 00 8 3/ 11 /2 00 8 3/ 12 /2 00 8 13 /1 /2 13 006 /3 /2 00 13 6 /5 /2 00 13 6 /7 /2 00 13 6 /9 /2 00 13 6 /1 1/ 20 06 13 /1 /2 13 007 /3 /2 00 13 7 /5 /2 00 13 7 /7 /2 00 13 7 /9 /2 00 13 7 /1 1/ 20 07 13 /1 /2 00 13 8 /3 /2 00 13 8 /5 /2 00 13 8 /7 /2 00 13 8 /9 /2 00 13 8 /1 1/ 20 08 0 JP Implied Inflation 10 years GER Implied Inflation 9 years Brazil Implied Inflation 2 years Taxa básica Japão: de 0,5% para 0,2% ao ano 6,5 6 5,5 Taxa básica Euro: de 4% para 2,5% ao ano % 5 4,5 4 3,5 2/ 1/ 07 2/ 2/ 0 2/ 7 3/ 07 2/ 4/ 07 2/ 5/ 07 2/ 6/ 07 2/ 7/ 07 2/ 8/ 07 2/ 9/ 0 2/ 7 10 /0 2/ 7 11 /0 2/ 7 12 /0 7 2/ 1/ 08 2/ 2/ 0 2/ 8 3/ 08 2/ 4/ 08 2/ 5/ 08 2/ 6/ 08 2/ 7/ 08 2/ 8/ 08 2/ 9/ 0 2/ 8 10 /0 8 3 Brazil Implied Inflation 2 years Fonte: Bloomberg, Modal Asset No Brasil, a situação não é tão confortável na inflação, dado o ciclo da economia ... 24 Cenário Econômico – G3 em desaceleração e crescimento mundial dependendo dos emergentes ... 25 G3 em desaceleração; o ponto-chave para 2009 é a China Blocos Econômicos Base Cenários Alternativo I Alternativo II Eua -1,5 -2,0 0,5 Europa -1,8 -2,5 0,0 Japão -1,8 -2,5 0,0 China 7,0 5,0 8,5 Emergentes 3,0 2,0 4,0 Crescimento do Mundo 0,6 -0,8 2,1 Fonte: Modal Asset Cenário Base (mais provável) – Crise de crédito tem fortes efeitos, mas as medidas no campo fiscal e monetário impedem uma maior debácle; mercado de crédito e aversão a risco começam a se estabilizar (em níveis bem piores que a média histórica) no segundo trimestre/09. 9 Cenário Alternativo I (alternativo com maior probabilidade)– Crise de crédito persiste de forma aguda até o final do primeiro semestre/09, trazendo a economia para uma recessão ainda mais forte; aversão a risco permanece muito alta, depreciando o preço dos ativos. 9 Cenário Alternativo II (alternativo com menor probabilidade) – Crise de crédito tem efeitos, mas remédios já aplicados funcionam durante o primeiro trimestre e o mundo cresce acima do esperado; aversão a risco começa gradativamente a melhorar e os mercados emergentes ganham algum foco nos investimentos. 26 9 ju l/9 no 7 v/ 9 m 7 ar /9 8 ju l/9 no 8 v/ 9 m 8 ar /9 9 ju l/9 no 9 v/ 9 m 9 ar /0 0 ju l/0 no 0 v/ 0 m 0 ar /0 1 ju l/0 no 1 v/ 0 m 1 ar /0 2 ju l/0 no 2 v/ 0 m 2 ar /0 3 ju l/0 no 3 v/ 0 m 3 ar /0 4 ju l/0 no 4 v/ 0 m 4 ar /0 5 ju l/0 no 5 v/ 0 m 5 ar /0 6 ju l/0 no 6 v/ 0 m 6 ar /0 7 ju l/0 no 7 v/ 0 m 7 ar /0 8 ju l/0 no 8 v/ 08 EUA, recessão contratada para 2009 ISM Manufacturing e Non-manufacturing 65 60 55 50 45 40 35 ISM MANUFACTURING Fonte: ISM, Modal Asset ISM MANUFACTURING Condições dos setores manufatureiro e não-manufatureiro em franco declínio. 27 ju l/9 3 ja n/ 94 ju l/9 4 ja n/ 95 ju l/9 5 ja n/ 96 ju l/9 6 ja n/ 97 ju l/9 7 ja n/ 98 ju l/9 8 ja n/ 99 ju l/9 9 ja n/ 00 ju l/0 0 ja n/ 01 ju l/0 1 ja n/ 02 ju l/0 2 ja n/ 03 ju l/0 3 ja n/ 04 ju l/0 4 ja n/ 05 ju l/0 5 ja n/ 06 ju l/0 6 ja n/ 07 ju l/0 7 ja n/ 08 ju l/0 8 ja n/ 93 EUA, recessão contratada para 2009 Retail Sales YoY 15 10 5 0 -5 -10 Fonte: Sensus, Modal Asset Vendas no varejo caindo abruptamente. 28 EUA, recessão contratada para 2009 20,0 1750,000 Bear Market: Novembro/2007 Nov/2008: -39,5% 1350,000 0,0 1150,000 -5,0 -10,0 Julho/2006 a Novembro/2008: do low ao high: -22% 950,000 Preços de moradias (YoY%) 10,0 5,0 -15,0 S&P500 ju l/0 8 ja n/ 08 ju l/0 7 ja n/ 07 ju l/0 6 ja n/ 06 ju l/0 5 ja n/ 05 ju l/0 4 ja n/ 04 ju l/0 3 ja n/ 03 -20,0 ju l/0 2 750,000 ja n/ 02 S&P 500 (em pontos) 1550,000 15,0 S&P Case-Schiller 20 YoY O cidadão norte-americano médio tem observado uma deterioração em seu estoque de riqueza (queda do mercado acionário + perda no valor dos imóveis); o lado financeiro e real da economia convergem em um ajuste, depois de um período de grande alavancagem. 29 ja n/ 6 ja 7 n/ 6 ja 8 n/ 6 ja 9 n/ 7 ja 0 n/ 7 ja 1 n/ 7 ja 2 n/ 7 ja 3 n/ 7 ja 4 n/ 7 ja 5 n/ 7 ja 6 n/ 7 ja 7 n/ 7 ja 8 n/ 7 ja 9 n/ 8 ja 0 n/ 8 ja 1 n/ 8 ja 2 n/ 8 ja 3 n/ 8 ja 4 n/ 8 ja 5 n/ 8 ja 6 n/ 8 ja 7 n/ 8 ja 8 n/ 8 ja 9 n/ 9 ja 0 n/ 9 ja 1 n/ 9 ja 2 n/ 9 ja 3 n/ 9 ja 4 n/ 9 ja 5 n/ 9 ja 6 n/ 9 ja 7 n/ 9 ja 8 n/ 9 ja 9 n/ 0 ja 0 n/ 0 ja 1 n/ 0 ja 2 n/ 0 ja 3 n/ 0 ja 4 n/ 0 ja 5 n/ 0 ja 6 n/ 0 ja 7 n/ 08 EUA, recessão contratada para 2009 Taxa de Desemprego 12,00% 10,8% 10,00% 8,00% 7,8% 6,2% Desemprego Fonte: BLS, Modal Asset O cidadão norte-americano médio irá sentir o desemprego ou o medo dele.. 6,7% 6,00% 4,00% 2,00% 0,00% NAIRU 30 EUA, recessão contratada para 2009 Confiança do consumidor (CB) Índice - MM3M 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 Menor patamar do pós-guerra 20,0 Fonte: Bloomberg A confiança do consumidor caiu para níveis historicamente depreciados. jun/07 jun/05 jun/03 jun/01 jun/99 jun/97 jun/95 jun/93 jun/91 jun/89 jun/87 jun/85 jun/83 jun/81 jun/79 jun/77 jun/75 jun/73 jun/71 jun/69 jun/67 0,0 31 A situação da Europa não é diferente - recessão contratada para 2009 Europa - Confiança do empresário do setor de manufaturados 65 60 55 50 45 40 35 Fonte: NTC Research, Modal Asset se t/0 8 no v/ 08 ju l/0 8 m ai /0 8 ja n/ 08 m ar /0 8 se t/0 7 no v/ 07 ju l/0 7 m ai /0 7 ja n/ 07 m ar /0 7 se t/0 6 no v/ 06 ju l/0 6 m ai /0 6 ja n/ 06 m ar /0 6 se t/0 5 no v/ 05 ju l/0 5 m ai /0 5 30 32 fe v/ 98 ju n/ 98 ou t/9 8 fe v/ 99 ju n/ 99 ou t/9 9 fe v/ 00 ju n/ 00 ou t/0 0 fe v/ 01 ju n/ 01 ou t/0 1 fe v/ 02 ju n/ 02 ou t/0 2 fe v/ 03 ju n/ 03 ou t/0 3 fe v/ 04 ju n/ 04 ou t/0 4 fe v/ 05 ju n/ 05 ou t/0 5 fe v/ 06 ju n/ 06 ou t/0 6 fe v/ 07 ju n/ 07 ou t/0 7 fe v/ 08 ju n/ 08 ou t/0 8 Europa, recessão contratada para 2009 Confiança do Consumidor - Europa 5 0 -5 -10 -15 -20 -25 -30 Fonte: European Comission, Modal Asset 33 8 ju l/9 no 8 v/ 9 m 8 ar /9 9 ju l/9 no 9 v/ 9 m 9 ar /0 0 ju l/0 no 0 v/ 0 m 0 ar /0 1 ju l/0 no 1 v/ 0 m 1 ar /0 2 ju l/0 no 2 v/ 0 m 2 ar /0 3 ju l/0 no 3 v/ 0 m 3 ar /0 4 ju l/0 no 4 v/ 0 m 4 ar /0 5 ju l/0 no 5 v/ 0 m 5 ar /0 6 ju l/0 no 6 v/ 0 m 6 ar /0 7 ju l/0 no 7 v/ 0 m 7 ar /0 8 ju l/0 8 m ar /9 A situação do Japão não é diferente , recessão contratada para 2009 Japão - Confiança do empresário do setor de manufaturados 30 20 10 0 -10 -20 -30 -40 -50 -60 Fonte: BoJ, Modal Asset 34 ju l/0 8 se t/0 8 ja n/ 08 m ar /0 8 m ai /0 8 ju l/0 7 se t/0 7 no v/ 07 ja n/ 07 m ar /0 7 m ai /0 7 ju l/0 6 se t/0 6 no v/ 06 ja n/ 06 m ar /0 6 m ai /0 6 ju l/0 5 se t/0 5 no v/ 05 ja n/ 05 m ar /0 5 m ai /0 5 m ai /0 4 ju l/0 4 se t/0 4 no v/ 04 Japão , recessão contratada Confiança do Consumidor - Japão 60 55 50 45 40 35 30 25 Fonte: Economic and Social Research Institution , Modal Asset 35 Japão , situação agravada pela valorização do iene EUR-JPY x USD-JPY 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 1 4 7 5 2 8 3 6 7 2 5 4 6 8 2 5 6 3 4 8 7 2 3 5 7 8 4 3 6 00 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 2 / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / 10 0/1 0/4 0/7 /10 0/1 0/4 0/7 /10 0/1 0/4 0/7 /10 0/1 0/4 0/7 /10 0/1 0/4 0/7 /10 0/1 0/4 0/7 /10 0/1 0/4 0/7 /10 / 2 2 2 2 20 2 2 2 2 2 2 20 2 20 2 2 2 2 2 20 2 2 2 20 2 20 2 20 20 Fonte: Bloomberg, Modal Asset JPY-USD JPY-EUR Aumento de aversão a risco + afrouxamento global de política monetária = Desmontagem de operações de carry trade = valorização do iene 36 A situação internacional é extremamente delicada e exige soluções radicais Desmontagem da alavancagem financeira Bancos de investimento aniquilados nos EUA; os poucos que sobraram viram bancos comerciais, com menor disposição e capacidade de conceder crédito Seguradoras em situação extremamente delicada – AIG, too big to fail Empresas de cartão de crédito – a bola da vez ? AMEX vira banco comercial ! Perda violenta de riqueza com destruição de valor de mercado em todos os setores; setor automobilístico em grandes dificuldades econômicas e com problemas políticos para conseguir suporte governamental (se um segmento específico é atendido, todos os outros terão direito ...) VERSUS 9 Injeção de liquidez sem precedentes 9 Movimento coordenado de redução de juros – Juro zero nos EUA !!!! 9 Pacotes fiscais “inesgotáveis” para o salvamento de instituições ligadas à área financeira (bancos e seguradoras) em todo o mundo. Apelos por salvamento de setores intensivos em mão-de-obra, como o automobilístico. 37 ja n/ 9 m 7 ai /9 se 7 t/9 ja 7 n/ 9 m 8 ai /9 se 8 t/9 ja 8 n/ 9 m 9 ai /9 se 9 t/9 ja 9 n/ 0 m 0 ai /0 se 0 t/0 ja 0 n/ 0 m 1 ai /0 se 1 t/0 ja 1 n/ 0 m 2 ai /0 se 2 t/0 ja 2 n/ 0 m 3 ai /0 se 3 t/0 ja 3 n/ 0 m 4 ai /0 se 4 t/0 ja 4 n/ 0 m 5 ai /0 se 5 t/0 ja 5 n/ 0 m 6 ai /0 se 6 t/0 ja 6 n/ 0 m 7 ai /0 se 7 t/0 ja 7 n/ 0 m 8 ai /0 se 8 t/0 8 G3, os indicadores futuros de atividade apontam para um 2009 difícil Leading Indicators 110 105 100 95 90 85 80 75 70 Fonte: Bloomberg, Modal Asset US Zona do Euro Japão 38 Mercados emergentes, o risco de balanços deficitários em transações correntes Iran China Taiwan Russia Finland Austria Argentina 10 Chile Korea Mexico Brazil Czech Republic Colombia India Poland Australia Slovak Republic Hungary Turkey Ukraine South Africa New Zealand -30 Romania -20 Iceland -10 Croatia 0 Bulgary % do PIB 20 Ecuador 30 Hong Kong 40 Arab Emirates 50 Saudi Arabia Conta corrente Fonte: Bloomberg, Modal Asset -40 Ásia em vantagem versus Leste Europeu – Menor necessidade de financiamento, maior IED, maiores reservas e influência da economia da China. FMI retomando seu papel original em alguns países – Suprir dificuldades de balanço de pagamentos. 39 Cenário Econômico - China, hoje a peça mais importante do tabuleiro mundial em termos de 40 crescimento ... China, setor externo é o fator de menos explica o crescimento PIB por setor 12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 -2,0% Consumo das famílias Fonte: National Bureau of Statistics of China, Modal Asset Governo Investimento Net exports 41 China, a parte externa vinda do G3 certamente terá influência negativa Participação nas importações e exportações (em US$ bn) Exportações % total Importações % total Saldo 1019 45% 1226 64% -207 África 77 3% 89 5% -12 Europa 569 25% 281 15% 288 Latam 111 5% 111 6% 0 Am. Norte 460 20% 158 8% 302 Oceania 42 2% 60 3% -18 Ásia Fonte: Bloomberg, elaboração Modal Asset Porém, comércio intra-asiático ganhou grande importância, representando valor superior a todo o somatório de outras regiões. 42 Fonte: Bloomberg, elaboração Modal Asset nov/08 ago/08 mai/08 fev/08 nov/07 ago/07 10 mai/07 fev/07 nov/06 ago/06 mai/06 fev/06 nov/05 ago/05 mai/05 fev/05 nov/04 ago/04 mai/04 fev/04 nov/03 ago/03 mai/03 fev/03 nov/02 ago/02 mai/02 fev/02 nov/01 ago/01 mai/01 fev/01 nov/00 ago/00 mai/00 fev/00 nov/99 ago/99 mai/99 fev/99 China , crescimento do consumo continua forte Vendas no Varejo - China 25 20 15 Porém, já se observa “na ponta” algum enfraquecimento... 5 0 43 China, o consumo não é baseado em crédito A maior parte do crédito chinês destina-se a investimentos, o que é uma ótima notícia Î maior resistência à queda durante a crise financeira. Fonte: Bloomberg, elaboração Modal Asset 44 Produção Industrial em forte queda, sinal de alerta na China Produção Industrial YoY 25 15 10 A produção industrial vem caindo fortemente contração de demanda + queima de estoques BC chinês já reduziu a taxa básica de 7,47% para 5,31% ao ano. 5 9 se t /9 9 ja n/ 00 m ai /0 0 se t /0 0 ja n/ 01 m ai /0 1 se t/0 1 ja n/ 02 m ai /0 2 se t/0 2 ja n/ 03 m ai /0 3 se t/ 0 3 ja n/ 04 m ai /0 4 se t /0 4 ja n/ 05 m ai /0 5 se t/0 5 ja n/ 06 m ai /0 6 se t/0 6 ja n/ 07 m ai /0 7 se t/ 0 7 ja n/ 08 m ai /0 8 se t/ 0 8 ai /9 m /9 9 0 ja n Variação Anual 20 Fonte: Bloomberg, elaboração Modal Asset 45 China , forte investimento local em relação ao PIB Investimento/PIB 43 42 41 39 35 33 31 29 27 Fonte: National Bureau of Statistics of China, Modal Asset Investimento/PIB 20 07 20 06 20 05 20 04 20 03 20 02 20 01 20 00 19 99 19 98 19 97 19 96 19 95 19 94 19 93 19 92 25 19 91 valores % 37 46 China , parte do investimento é diretamente afetado pela crise Investimento por setor Cerca de 1/3 do investimento está relacionado à exportação e setor imobiliário Este nicho vai cair ! Outros 13% Agricultura 1% Mineração 5% A pergunta que não quer calar: E o setor privado vai investir ? Somente 10% do investimento total tradicionalmente vem do Governo; Manufacturing 30% Habitação 24% O Governo anunciou um plano de investimento de infra-estrutura de 6% do PIB; nos próximos dois anos, o que significa um aumento de 80% de I público por ano; Apesar de importante, o Governo sozinho não vai resolver a situação ! Utilities 8% Saneamento 8% Fonte: National Bureau of Statistics of China, Modal Asset Transporte e infra-estrutura 11% Pela atual inércia da economia, achamos pouco provável que a China cresça menos de 5% ao ano em 2009. Total = RMB 11.7 trn 47 Cenário Econômico - Brasil, condições menos favoráveis para o ano pré-eleição presidencial 48 As condições favoráveis para o Brasil são revertidas para 2009 Capacidade de alavancagem e abundância de crédito empurrando crescimento mundial – Fim ! Crescimento mundial puxando comércio global – Fim ! Comércio global elevando preços de commodities - Fim ! Mercado de ativos inflado por baixa aversão a risco e projeções de “crescimento eterno” - Fim ! Perda nos termos de troca + limitação do mercado de crédito = limitação no crescimento interno 49 Brasil, perfil de crescimento também mais focado no mercado interno PIB por setor 6,0% Enquanto absorção interna adiciona ... 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% -1,0% ... Setor externo “retira” crescimento. -2,0% -3,0% 1995 1996 Fonte: IBGE, Modal Asset 1997 1998 1999 2000 2001 Consumo das Famílias Governo 2002 Investimento 2003 2004 2005 2006 2007 Net exports 50 Inflação, a influência do câmbio x nos preços administrados já foi maior (telecom, commodities em geral e petróleo), mas questão da energia ainda persiste. Administrados x Dólar 25.00% 4 3.5 20.00% 3 15.00% 2.5 10.00% 2 5.00% 1.5 Fonte: IBGE, Bloomberg e Modal Asset Administrados Oct-08 Jul-08 Apr-08 Jan-08 Oct-07 Jul-07 Apr-07 Jan-07 Oct-06 Jul-06 Apr-06 Jan-06 Oct-05 Jul-05 Apr-05 Jan-05 Oct-04 Jul-04 Apr-04 Jan-04 Oct-03 Jul-03 Apr-03 Jan-03 Oct-02 Jul-02 Apr-02 Jan-02 Oct-01 Jul-01 Apr-01 Jan-01 Oct-00 Jul-00 Apr-00 Jan-00 Oct-99 Jul-99 Apr-99 1 Jan-99 0.00% Real/Dólar 51 Bens comercializáveis apresentam correlação mais forte com o câmbio Tradables x Dólar 4 25.00% 3.5 20.00% 3 15.00% 2.5 10.00% 2 5.00% 1.5 Tradables Oct-08 Jul-08 Apr-08 Jan-08 Oct-07 Jul-07 Apr-07 Jan-07 Oct-06 Jul-06 Apr-06 Jan-06 Oct-05 Jul-05 Apr-05 Jan-05 Oct-04 Jul-04 Apr-04 Jan-04 Oct-03 Jul-03 Apr-03 Jan-03 Oct-02 Jul-02 Apr-02 Jan-02 Oct-01 Jul-01 Apr-01 Jan-01 Oct-00 Jul-00 Apr-00 Jan-00 Oct-99 Jul-99 Apr-99 1 Jan-99 0.00% Real/Dólar A desaceleração econômica será suficiente para segurar Fonte: IBGE, Bloomberg e Modal Asset o repasse cambial? 52 Bens non-tradables em nível acumulado preocupante; Serviços em 6,5% (topo da meta)- Inércia Inflação 8% (IPCA) Outubro: 6,36% (IPCA) Novembro: 6,48% 7% 6% 5% Fonte: IBGE, Modal Asset Serviços Non-tradables ex-alimentos Oct-08 Jul-08 Apr-08 Jan-08 Oct-07 Jul-07 Apr-07 Oct-06 Jul-06 (IPCA) Outubro: 6,11% (IPCA) Novembro: 6,03% Apr-06 Jan-06 Oct-05 Jul-05 Apr-05 Jan-05 Oct-04 Jul-04 Apr-04 Jan-04 Oct-03 Jul-03 Apr-03 Jan-03 Oct-02 Jul-02 Jan-02 Oct-01 Jul-01 Apr-01 Jan-01 Oct-00 2% Jul-00 3% Apr-02 Apesar de um curto prazo mais favorável em termos de inflação, a desaceleração econômica será suficiente para segurar a inércia? Jan-07 4% 53 Média de núcleos rodando a 5,5% acumulados em doze meses -Inércia Inflação 14% (IPCA) Outubro: 4,90% (IPCA) Novembro: 4,89% 12% (IPCA) Outubro: 6,38% (IPCA) Novembro: 6,37% 10% (IPCA) Outubro: 5,12% (IPCA) Novembro: 5,04% 8% 6% 4% Apesar de um curto prazo mais favorável em termos de inflação, a desaceleração econômica será suficiente para segurar a inércia? 2% Fonte: IBGE, Modal Asset Médias Aparadas com Suavização Expurgo Médias Aparadas sem Suavização Oct-08 Jul-08 Apr-08 Jan-08 Oct-07 Jul-07 Apr-07 Jan-07 Oct-06 Jul-06 Apr-06 Jan-06 Oct-05 Jul-05 Apr-05 Jan-05 Oct-04 Jul-04 Apr-04 Jan-04 Oct-03 Jul-03 Apr-03 Jan-03 Oct-02 Jul-02 Apr-02 Jan-02 Oct-01 Jul-01 Apr-01 Jan-01 Oct-00 Jul-00 0% 54 19 9 19 9.I 9 19 9.II 99 19 .II 99 I . 20 IV 00 20 .I 0 20 0.II 00 20 .II 00 I . 20 IV 01 20 .I 0 20 1.II 0 20 1.II 01 I . 20 IV 02 20 .I 0 20 2.II 02 20 .II 02 I . 20 IV 03 20 .I 0 20 3.II 03 20 .II 03 I . 20 IV 04 20 .I 0 20 4.II 0 20 4.II 04 I . 20 IV 05 20 .I 0 20 5.II 05 20 .II 05 I . 20 IV 06 20 .I 0 20 6.II 06 20 .II 06 I . 20 IV 07 20 .I 0 20 7.II 0 20 7.II 07 I . 20 IV 08 20 .I 0 20 8.II 08 .II I Principal problema: Hiato vinha pressionando a inflação Hiato do produto x Inflação 5 12 4 3 6 2 1 0 0 -1 -2 -6 -3 -4 -5 -12 Fonte: IBGE, Modal Asset Hiato Inflação(t-2) O descompasso entre oferta e demanda, que provocou as pressões inflacionárias, deve ser aliviado com a queda na demanda. 55 Taxa de desemprego em nível mínimo histórico 13.0 Taxa de desemprego 12.5 12.0 11.5 11.0 10.5 10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 Ja n02 Ap r-0 2 Ju l-0 2 O ct -0 2 Ja n03 Ap r-0 3 Ju l-0 3 O ct -0 3 Ja n04 Ap r-0 4 Ju l-0 4 O ct -0 4 Ja n05 Ap r-0 5 Ju l-0 5 O ct -0 5 Ja n06 Ap r-0 6 Ju l-0 6 O ct -0 6 Ja n07 Ap r-0 7 Ju l-0 7 O ct -0 7 Ja n08 Ap r-0 8 Ju l-0 8 O ct -0 8 7.0 Fonte: IBGE, Modal Asset Desemprego MM3M A desaceleração econômica deve demorar a atingir o emprego de forma mais direta. 56 Utilização de capacidade instalada em máximas históricas Utilização da capacidade instalada 84.0 83.0 82.0 81.0 80.0 79.0 78.0 Fonte: CNI, Modal Asset NUCI Sep-08 Jul-08 May-08 Mar-08 Jan-08 Nov-07 Sep-07 Jul-07 May-07 Mar-07 Jan-07 Nov-06 Sep-06 Jul-06 May-06 Mar-06 Jan-06 Nov-05 Sep-05 Jul-05 May-05 Mar-05 Jan-05 Nov-04 Sep-04 Jul-04 May-04 Mar-04 Jan-04 Nov-03 Sep-03 Jul-03 May-03 Mar-03 77.0 MM3M A utilização de capacidade deve ficar menos pressionada já no curto prazo, com a queda da produção 57 industrial e destruição de estoques. Índice de confiança do consumidor começa a sentir a crise 125 Índice de confiança do consumidor A tendência inverteu 120 115 110 105 100 95 90 Jan Feb Fonte: FGV, Modal Asset Mar Apr May Jun 2007 Jul Aug Sep Oct Nov Dec 2008 58 Melhora na composição da dívida pública abre um relevante arsenal contra a desvalorização cambial COMPOSIÇÃO DA DPMFi EM PODER DO PÚBLICO POR TIPO DE RENTABILIDADE (APÓS SWAP) - 2002 COMPOSIÇÃO DA DPMFi EM PODER DO PÚBLICO POR TIPO DE RENTABILIDADE (APÓS SWAP) - Out 2008 1.5% 2.1% 2.2% 1.3% 31.5% 29.7% 37.0% 46.2% 35.9% 12.5% Prefixados Prefixados Taxa SELIC Índice de preços Câmbio Índice de preços Câmbio TR TR 2002 - Somatório dívida pós-fixada +câmbio : 83% Fonte: BACEN, Modal Asset Taxa SELIC 2008 - Somatório dívida pós-fixada + câmbio : 37% 59 Relação Crédito / PIB saiu de 22% no final de 2002 para os atuais 40% 42 Crédito/PIB 40.3 40 38 36 34 % 32 30 28 26 24 22 Fonte: BACEN, Modal Asset Oct-08 Jul-08 Apr-08 Jan-08 Oct-07 Jul-07 Apr-07 Jan-07 Oct-06 Jul-06 Apr-06 Jan-06 Oct-05 Jul-05 Apr-05 Jan-05 Oct-04 Jul-04 Apr-04 Jan-04 Oct-03 Jul-03 Apr-03 Jan-03 Oct-02 Jul-02 Apr-02 Jan-02 Oct-01 Jul-01 Apr-01 Jan-01 Oct-00 Jul-00 Apr-00 Jan-00 20 Crédito/PIB Apesar do forte crescimento, a penetração de crédito no Brasil ainda é baixa. Porém, o crescimento muito rápido deve desacelerar. 60 As duas teses sobre o pass-through cambial 9 Desvalorização relevante ao redor de 35% - de R$ 1.56/US$ para US$ 2.40/US$ , entre agosto/08 e dezembro/08 9 Argumentos de quem defende a tese de que não haverá repasse cambial para a inflação (pass-through): - A queda da economia não permitirá o pass-through; - A valorização cambial anterior (não repassada anteriormente) irá segurar o pass-through; - O preço das commodities caindo compensam a desvalorização do Real, sobretudo no atacado; - Corte do IPI dos automóveis + potencial redução nos preços dos combustíveis são fatores fortemente baixistas na inflação. 9Argumentos de quem defende a tese de que haverá repasse cambial para a inflação (pass-through): -Tanto a economia (PIB do terceiro trimestre = 6,8%) como a inflação (IPCA ao redor de 6% nos últimos doze meses) , fazem com que o risco de repasse seja alto. - Em todos os casos históricos de desvalorização cambial no Brasil, houve algum nível de pass-through. - A defasagem do repasse costuma ser de três a cinco meses, o que coincide com o primeiro trimestre de 2009. - O preço das commodities caindo, que compensam a desvalorização do Real no atacado, não tem o mesmo peso na inflação ao varejo. - A alta volatilidade cambial foi a “culpada” do fato dos produtores não terem repassado nada do pass-through até agora. 61 Nossa opinião sobre o pass-through cambial Bens duráveis: O pass-through (repasse) cambial será menor, dado o patamar esperado de atividade em 2009 e a redução do IPI no preço dos automóveis. 9 Preços administrados: Nos últimos dois anos, os preços públicos auxiliaram no combate à inflação, mas agora irão sofrer com a desvalorização do câmbio. Um alento pode vir no lado dos preços de combustíveis, o que gera maior incerteza quanto à previsibilidade da inflação em 2009. 9 Preços dos produtos semi-manufaturados (principalmente vestuário): Irão sentir o impacto cambial; a dúvida fica por conta da limitação de capacidade de reajuste por conta da queda na atividade econômica. 9 Produtos não-duráveis (principalmente alimentos): Não devem repetir os últimos dois anos de inflação elevada. De um lado, temos a queda dos custos de insumo para a produção agrícola, que deve ajudar na contenção de preços; adicionalmente, há o incentivo à oferta gerado por conta da alta recente dos preços. Por conta destes fatores, nossa projeção leva em consideração um repasse bem menos expressivo do câmbio para estas cotações em 2009, se compararmos a episódios anteriores. 9 62 Nossa opinião sobre o pass-through cambial 9 Acreditamos ainda no pass-through, mas em patamar inferior ao observado em outras crises; O problema é que, em qualquer nível que o repasse ocorra, dado o tamanho da desvalorização (35%), o impacto na inflação tem relevância; Exemplo: 2% de pass-through significariam perto de 0,7% na inflação ... 9 Dado o comprometimento do BC com o centro da meta em 2009, não acreditamos em agressividade no início do ciclo de corte; 9 Em um segundo momento (após o primeiro trimestre), o ambiente deflacionário mundial prevalecerá o que, juntamente com a queda na demanda, deve trazer a inflação de volta à meta. 9 Risco positivo para a inflação : Potencial queda para o preço de combustíveis para 2009 (há espaço de cerca de 30% para igualar o preço internacional) – para cada 10% de queda no preço do grupo combustíveis, o impacto direto é de 0,2% no IPCA e 0,5% nos IGPs (fora os efeitos positivos indiretos em toda a cadeia). 9 Risco negativo para a inflação: A contração de crédito pode ter afetado o financiamento agrícola, com potencial impacto na safra e, conseqüentemente, para o preço dos alimentos. 9 63 Projeção de Cenários 2009 64 G3 em desaceleração; o ponto-chave para 2009 é a China Blocos Econômicos Base Cenários Alternativo I Alternativo II Eua -1,5 -2,0 0,5 Europa -1,8 -2,5 0,0 Japão -1,8 -2,5 0,0 China 7,0 5,0 8,5 Emergentes 3,0 2,0 4,0 Crescimento do Mundo 0,6 -0,8 2,1 Fonte: Modal Asset Cenário Base (mais provável) – Crise de crédito tem fortes efeitos, mas as medidas no campo fiscal e monetário impedem uma maior debácle; mercado de crédito e aversão a risco começam a se estabilizar (em níveis bem piores que a média histórica) no segundo trimestre/09. 9 Cenário Alternativo I (alternativo com maior probabilidade)– Crise de crédito persiste de forma aguda até o final do primeiro semestre/09, trazendo a economia para uma recessão ainda mais forte; aversão a risco permanece muito alta, depreciando o preço dos ativos. 9 Cenário Alternativo II (alternativo com menor probabilidade) – Crise de crédito tem efeitos, mas remédios já aplicados funcionam durante o primeiro trimestre e o mundo cresce acima do esperado; aversão a risco começa gradativamente a melhorar e os mercados emergentes ganham algum foco nos investimentos. 65 9 Para o Brasil, os resultados serão: Balança mais baixa + Maior dificuldade de financiamento externo = mudança de patamar do Real Menos crédito, crescimento menor Inflação ainda alta = O menor crescimento não compensa a desvalorização cambial e a inércia inflacionária, pelo menos no começo do ano. Menor arrecadação ameaçando superávit primário - Qual a reação do Governo ? Projeções de PIB, inflação e balanço de pagamentos a seguir. 66 Cenários Alternativos para 2009 Desenvolvemos vários cenários alternativos para 2009; Vamos comentar os três principais, com os respectivos resultados e sensibilidades: Cenário – Base 9 Mundo desacelera, mas não despenca; as medidas adotadas até agora têm efeito suficiente para impedir uma debácle; 9 BC brasileiro começa a reduzir a taxa SELIC no início de 2009, mas de forma gradual. 9 China cresce ao redor de 7% ao ano – Premissas: O mundo cresce 0,6% e o CRB e o petróleo ficam estáveis em relação ao atual nível; 9 O câmbio de equilíbrio sobe para R$2.30/US$; 9 A taxa SELIC sai de13.75% ao ano, caindo para 11.5% a.a. ao final de 2009, com queda paulatina. 67 Cenário Base – PIB e inflação 2009 Cenário - Base SELIC Final do ciclo de aperto (%) SELIC - Final de 2009 (%) PIB(%) Câmbio (R$/US$) - Final de 2009 IPCA(%) Livres(%) Administrados(%) Absorção doméstica(%) IPA(%) IGP(%) Crescimento mundial(%) Corrente de comércio - mundo(%) CRB WTI(US$) 13,75 11,50 2,0 2,30 5,3 4,9 6,0 2,8 2,2 3,1 0,6 -10,0 215 (nível atual) 40 (nível atual) Comentários Acreditamos que o pass-through ainda virá, mesmo que em menor escala. O primeiro trimestre de 2009 representa ainda riscos inflacionários - lembrar que a inflação e atividade vem correndo em grande velocidade nos últimos doze meses. 68 Cenário Base – Contas Externas 2009 Cenário - Base CRB WTI(US$) IED(US$ Bi) Portfólio(US$ Bi) Rolagem(%) Conta Corrente(US$ Bi) Remessas(US$ Bi) Balança Comercial(US$ Bi) Sobra(US$ Bi) 215 (nível atual) 40 (nível atual) 20 10 70% -26,2 18,3 9,8 -20,7 Comentários Déficit em balanço de pagamentos = perda de reservas e/ou aumento de posição vendida dos bancos e/ou pressão na taxa de câmbio e/ou redução de absorção interna - Provavelmente, um pouco de cada .... Déficit em balanço de pagamentos - US$ 20 bi de déficit, em um país com US$ 200 bi de reservas, não é nenhum drama; o importante é ressaltar que as novas condições exigem um novo câmbio de equilíbrio mais depreciado, correspondendo a um nível ao redor de R$ 2,30/US$. Popularidade do Governo declina com a contração de crédito e queda da atividade para 2% ao ano. 69 Cenários Alternativos para 2009 Cenário Alternativo I 9 Recessão mundial muito forte; medidas não são suficientes para impedir uma queda de atividade mais abrupta e a manutenção de alto grau de aversão a risco em 2009; 9 Banco Central foca na estabilização do sistema financeiro – China desacelera mais forte (5%). A atividade econômica mundial se contrai em 0,8% e o CRB e o petróleo caem 30% em relação ao preço atual; 9 O empoçamento mundial de crédito mais prolongado provoca contração mais forte na economia brasileira, levando o BC a relaxar mais agressivamente a política monetária. 9 O câmbio desvaloriza até R$2.80/US$; 9 A taxa SELIC cai de 13.75% ao ano para 10,5% a.a. no final de 2009 (com ritmo de afrouxamento monetário mais agressivo). 70 Cenário Alternativo I – A atividade econômica cai mais forte e aversão a risco dispara 2009 Cenário Alternativo I SELIC Final do ciclo de aperto (%) SELIC - Final de 2009 (%) PIB(%) Câmbio (R$/US$) - Final de 2009 IPCA(%) Livres(%) Administrados(%) Absorção doméstica(%) IPA(%) IGP(%) Crescimento mundial(%) Corrente de comércio - mundo(%) CRB WTI(US$) 13,75 10,5 0,2 2,80 6,1 5,5 7,3 0,7 0,7 2,5 0,5 -30 150 (-30%) 28 (-30%) Comentários Há uma opção clara do Governo brasileiro e do BC em favor do papel primordial de garantir a sobrevivência do sistema e mitigar o risco recessivo; meta de inflação fica em segundo plano (passthrough cambial, mesmo com queda da atividade, torna-se ainda mais inevitável). Cotações das commodities caem mais violentamente, PIB despenca e inflação fica próxima ao teto da meta com a desvalorização do Real. 71 Cenário Alternativo I – Contas Externas 2009 Cenário Alternativo I CRB WTI(US$) IED(US$ Bi) Portfólio(US$ Bi) Rolagem(%) Conta Corrente(US$ Bi) Remessas(US$ Bi) Balança Comercial(US$ Bi) Sobra(US$ Bi) 150(-30%) 28(-30%) 10 -15 50% -16,6 10,5 11,1 -51,7 Comentários Dificuldade de financiamento leva a uma necessidade maior de recursos para fechar o balanço de pagamentos (e uma contração econômica mais forte no Brasil). Economia política se complica no Brasil de forma mais aguda a um ano da eleição presidencial. 72 Cenários Alternativos para 2009 Cenário Alternativo II 9 Mundo desacelera, mas não de forma tão abrupta; As medidas adotadas até agora começam a funcionar de forma mais eficaz. 9 BC brasileiro afrouxa a política monetária em menor escala durante 2009, dado que o PIB no Brasil não se contrai tanto e o objetivo de manter a inflação no centro da meta volta a ser o foco principal. 9 China cresce 8,5%. O PIB mundial avança 2,1% e o CRB e o petróleo sobem 30% em relação ao preço atual; 9 O câmbio volta gradativamente para R$ 2,10 /US$, mitigando o risco do passthrough; 9 A taxa SELIC cai de 13,75% ao ano para 12,25% a.a. no final de 2009, com quedas maiores no segundo semestre. 73 Cenário Alternativo II – Todas as medidas keynesianas de governos e BCs funcionam mais que o esperado - PIB e inflação 2009 Cenário Alternativo II SELIC Final do ciclo de aperto (%) SELIC - Final de 2009 (%) PIB(%) Câmbio (R$/US$) - Final de 2009 IPCA(%) Livres(%) Administrados(%) Absorção doméstica(%) IPA(%) IGP(%) Crescimento mundial(%) Corrente de comércio - mundo(%) CRB WTI(US$) 13,75 12,25 3,7 2,10 4,6 4,3 5,1 4,2 3,1 3,6 2,1 0,0 280 (+30%) 52 (+30%) Comentários O PIB brasileiro cai pouco, com crédito e consumo ainda sustentando a economia (a queda de investimentos parece inevitável ...) Com o risco de recessão afastado, o objetivo de manter a inflação no centro da meta volta a ser o objetivo número um do BC brasileiro. 74 Cenário Alternativo II– Contas Externas 2009 Cenário Alternativo II CRB WTI(US$) IED(US$ Bi) Portfólio(US$ Bi) Rolagem(%) Conta Corrente(US$ Bi) Remessas(US$ Bi) Balança Comercial(US$ Bi) Sobra(US$ Bi) 280 (+30%) 52 (+30%) 30 20 85% -23,5 24,1 18,8 6,2 Comentários Financiamento mantido em bom patamar cria até uma pequena sobra de divisas no balanço de pagamentos em 2009 (cenário mais otimista, que permitiria até a volta do carry trade). Economia política mais favorável ao governo a um ano da eleição presidencial. 75 Mercados em 2009, o que esperar ... 76 Mercado de inflação, o que está precificado ? Contrato Taxa implícita Nossa previsão Dia 23/12/2008 Swap Curto - IPCA 6 meses Swap Curto - IGP-M 6 meses 0,32% média mês Próximo a zero de média mês 0,39% média mês 0,10% média mês Swap fechado - IPCA 2009 Swap fechado - IGP-M 2009 4,15% 2,4% 5,3% 3,1% Swap fechado - IPCA 2010 Swap fechado - IGP-M 2010 4,5% 4,2% 5,0% 4,5% Fonte: Modal Asset Comentários Há oportunidades de compra de inflação no Brasil para 2009; a relação custo/benefício de posições tomadas parece interessante; preferência pelo IPCA; o maior risco é a variável reajuste de combustíveis, controlado pelo Governo. 77 Mercado de DI, o que está precificado ? Taxa CONTRATO Dia 23/12/2008 DI Janeiro/10 Taxa de DI implícita para 2009 Taxa de DI implícita para 2010 Juro Real projetado para 2009 Juro Real projetado para 2010 Juro Real Médio projetado de hoje até final de 2011 12,31% 12,28% 12,84% 7,90% 8,50% 8,20% Comentários Três quedas de 0,5% já precificadas nas três primeiras reuniões de 2009; dada a nossa expectativa de um corte total de 225 pontos-base, prêmio de prefixação no DI Janeiro/10 parece reduzido; no DI Janeiro/12, dado o ambiente deflacionário mundial às frente, parece uma aposta de melhor custo/benefício. • As dúvidas sobre a inflação (sobretudo o tamanho do pass-through) levarão o BC a ser cauteloso no início do processo de corte de juros. • 78 Bolsa - Comentários Î Fazendo um fluxo descontado simples Premissas macro adotadas: 9 Próximos três anos: Manutenção do atual risco-Brasil (450 pontos) 9 Perpetuidade: 300 pontos sobre a Treasury Crescimento de receita e lucro – De acordo com preços e volume para cada empresa, baseado no que ela é hoje, sem novos investimentos 9 9 Investimentos: Capital de giro médio histórico e sem novos investimentos Crescimento na perpetuidade : 4% para empresas de commodities, 4,5% para empresas tipicamente brasileiras 9 A idéia é buscar mensurar, o que o mercado está precificando, assumindo um cenário básico (relativamente pessimista) para os próximos três anos. 79 Bolsa - Comentários 9 • Alta da bolsa no curto prazo (últimos trinta dias), nitidamente, dois efeitos: Ocupação de vácuo de poder por Obama Tentativa dos gestores em fechar o ano um pouco melhor (vendedores retraídos, mercado com baixa liquidez) • • Efeito psicológico do juro zero O primeiro trimestre será muito perigoso para os mercados – Volta à realidade ou retomada definitiva de confiança? 9 Em nossa análise puramente bottom-up (modelagem de “preço justo”, utilizando fluxo de caixa) , as ações de commodities têm um potencial de valorização teórico mais elevado na média (ao redor de 70%), contra cerca de 30% dos papéis ligados ao mercado local (considerando o Ibovespa ao redor de 38 mil pontos) 9 80 Bolsa – Análise Bottom up – Cenários Preferência em termos de setores / tipos de empresas - Porém, dado o alto risco do cenário internacional, nossa preferência recai sobre as ações de empresas do mercado doméstico, como investimentos de risco-retorno mais atrativo (evitando sempre os segmentos dependentes de crédito). Preferência ainda por ações de empresas menos endividadas e mais caixa liquido. Muitas ações de segunda/terceira linha sofreram vendas irracionais por resgates e merecem atenção. 9 Visão top-down (negativo) - A visão top down não sugere queda de aversão a risco tão cedo, além da prevalência de um mercado ainda muito volátil até, pelo menos, o final primeiro trimestre de 2009; lá, poderemos ter definição melhor sobre o crescimento de 2009 e uma visão mínima sobre o que pode ocorrer em 2010. 9 Visão top down (positivo) - O grande charme da Bolsa brasileira em 2007 advém do fato que, pela primeira vez depois de muito tempo, 100% do crescimento mundial virá de emergentes (onde o Brasil está bem posicionado). Além disto, atualmente, os países emergentes embutem um risco menor do que os desenvolvidos. Na hora em que a aversão a risco recuar, temos boas chances de voltar a receber recursos. 9 81 Bolsa – Análise Bottom up – Cenários Em nosso Cenário-base , dentro da análise puramente bottom-up, o patamar de potencial de alta calculado chega ao redor de 40%; porém, dado o atual nível de incerteza e alta aversão a risco, o objetivo de 50 mil pontos para o Ibovespa em 2009 parece mais apropriado. 9 Em nosso Cenário Alternativo I, dentro da análise puramente bottom-up, o patamar de potencial de alta calculado é próximo a zero; porém, se este cenário negativo se confirmar, o Ibovespa pode voltar a buscar um patamar mais baixo (ao redor de entre 30 e 33 mil pontos) no primeiro trimestre de 2009. Em nosso Cenário Alternativo II, dentro da análise puramente bottom-up, o patamar de potencial de alta calculado chega é próximo a 60%; portanto, se este cenário se confirmar, a aversão a risco cairá, fazendo o Ibovespa ir buscar um patamar próximo a 60 mil pontos em 2009. 82 Mercado cambial, impressões Questão de derivativos ainda não resolvida - Não acreditamos que o mercado tenha resolvido completamente a questão dos derivativos; ainda existem muitas empresas pequenas e médias que não zeraram posições e querem “virar” o ano sem posição em dólar no balanço. 9 Fechamento de balanços em 2008 - Em janeiro, passada a pressão de fechamento de balanços, pode haver espaço para alguma valorização do Real, sobretudo na hipótese de um cenário mais tranqüilo. Porém, estruturalmente - em termos de equilíbrio de oferta e demanda de divisas no balanço de pagamentos - a situação é mais apertada em 2009, mesmo em cenários mais otimistas. 9 Novos patamares do dólar - Acreditamos que R$ 2,20 / US$ tenha se tornado um piso importante no curto prazo e uma boa oportunidade de venda do Real. Volatilidade continua, tal como a necessidade intervenção do BC; no médio prazo, acreditamos que R$ 2,30 / US$ deva ser um novo ponto de equilíbrio. A volatilidade deve cair já no primeiro trimestre do ano. 9 83 Mercado internacional, oportunidades Temos operado o mercado internacional em nossas carteiras; nosso objetivo tem sido proteger/alavancar posições no mercado local, utilizando o limite de 20%, sem descaracterizar os produtos (fundos mulitmercados macro com foco em Brasil). O terreno será pródigo em 2009: 9 9 Bolsa norte-americana – Viés ainda de venda do S&P. Na recomposição do “estágio de juro zero” em todo o mundo, certamente haverá oportunidades no mercado de moedas, sobretudo em comparação ao Real (posição não necessariamente contra o dólar, mas contra o Euro e/ou qualquer outra moeda emergente). 9 Mercado de commodities – qualquer sinal de recuperação da atividade econômica pode trazer grande rally; por outro lado, o Cenário Alternativo I por ser propício a uma proteção no mercado de ouro. 9 84 2008 - A desmoralização de qualquer previsão NUNCA .... Os bancos centrais mundiais perderiam o controle da situação, dada a credibilidade adquirida e os instrumentos existentes - Já estamos no estágio do juro zero .... 9 NUNCA .... Os portos seguros seriam economias emergentes; a estabilidade econômica de países como o próprio Brasil é invejada no mundo desenvolvido. 9 NUNCA ..... Os governos iriam comprar os ativos tóxicos dos bancos; além de terem aberto várias linhas com este objetivo, os governos compraram participações relevantes em bancos por todo o mundo; nem estas medidas radicais foram ainda não foi capazes de restabelecer a confiança ... 9 NUNCA .... Planos keynesianos do tipo Marshall seriam necessários para reerguer a economia mundial; já perdemos a conta do somatório dos pacotes de ajuda já anunciados .... 9 NUNCA .... Teríamos um presidente de BC tão bom quanto Alan Greenspan, que pregava a “auto-regulação” dos mercados; hoje, o legado de Greenspan é bastante contestado ... 9 NUNCA .... Seria inventado um sistema de remuneração tão bom para o mundo como aquele que privilegia a produtividade do executivo naquele semestre (Fez um resultado, levou parte dele!); este sistema terá que ser reinventado, depois da devastação dos bancos de investimento... 9 NUNCA .... Qualquer país teria condições de contestar o poder de decisão das nações mais 85 ricas do mundo (G7); A chance dos emergentes ganharem voz nunca foi tão grande ... 9 2008 - A desmoralização de qualquer previsão NUNCA .... Seria mais necessário um novo Bretton Woods para reorganizar completamente as relações econômicas internacionais em pleno século XXI; qual o futuro do FMI e do Banco Mundial ? Qual a nova correlação de forças no reerguimento da economia mundial ? 9 NUNCA .... Um presidente negro chegaria ao poder nos EUA; além de cabeças econômicas, o mundo precisa urgentemente de novas lideranças políticas .... 9 NUNCA .... Depois da compra de reservas e de ter assumido a posição de credor externo líquido, o Brasil veria oscilações tão bruscas no Real; todo o mercado, Governo e o BC menosprezaram o risco do tamanho da alavancagem cambial no setor privado brasileiro.... 9 NUNCA .... O sistema bancário brasileiro passaria por uma volta à concentração tão grande, com o BB e a Caixa comprando agressivamente controle e participações; o movimento de consolidação no mercado financeiro e de empresas de asset management será mais forte do que nunca.... 9 Portanto, toda a atenção é pouca em 2009, que deve ser um ano tão ou mais complexo, em termos econômicos e de gestão de recursos, relativamente a 2008. 86 Atenção: esta apresentação não pode ser retransmitida sem autorização formal. Qualquer reprodução, disseminação, alteração, distribuição e/ou publicação desta apresentação é estritamente proibida. Notice of Confidentiality: this document should only be read by those persons to whom. It is addressed and is not intended to be relied upon by any person without subsequent written confirmation of its contents. Any form of reproduction, dissemination, copying, disclosuree, modification, distribution and/or publication of this document is strictly prohibited. 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