Albert Fishlow — Trajetória Intelectual em Busca das Raízes do Desenvolvimento
Luísa Azevedo 1
Albert Fishlow começou seus estudos em economia na University of Pennsylvania na década de
1950. Após concluir a graduação e o mestrado nessa instituição, foi para a Harvard University,
onde obteve seu título de PhD em 1963.
Antes de se formar, Fishlow teve um artigo teórico sobre condições de otimalidade na presença de
imperfeições de mercado publicado num dos mais prestigiados periódicos estadunidenses, o
Journal of Political Economy (Fishlow e David, 1961). No mesmo ano, ingressou no Departamento
de Economia da University of California — Berkeley como professor assistente temporário,
galgando posições nos anos subsequentes.
Fishlow começou a ganhar notoriedade no meio acadêmico norte-americano com sua tese de
doutorado, intitulada American Railroads and the Transformation of the Ante-bellum Economy e
escrita sob a orientação de Alexander Gerschenkron, historiador econômico consagrado nos
Estados Unidos e cuja linha de pesquisa centrava-se no atraso econômico de algumas nações.
Quando ingressou em Harvard, Fishlow aparentemente não tinha em mente se voltar para a
história econômica. O contato com Gerschenkron, entretanto, despertou seu interesse pela área,
que passava por um momento profícuo devido à incorporação de ferramentas estatísticas. Fishlow
fez parte de um seleto grupo de economistas – entre os quais Douglass North e Robert Fogel – que
engendrou uma mudança no estudo da história econômica que veio a ser conhecida como
revolução cliométrica.
American Railroads and the Transformation of the Ante-bellum Economy é um marco desse
movimento. O trabalho, que venceu o Prêmio David Wells de melhor tese de economia em
Harvard, e foi publicado como artigo em 1964 e livro em 1965, investiga a contribuição da
expansão das ferrovias em direção ao Oeste dos Estados Unidos para a economia norte-americana
no período pré-guerra civil. Os capítulos contam com apêndices estatísticos que fornecem uma
extensa gama de estimativas utilizadas pelo autor para calcular a taxa social de retorno das
ferrovias.
Quando chegou a público, a tese de Fishlow se defrontou com um livro recém-publicado (Fogel,
1964) de motivação semelhante. Ambos traziam evidências que iam de encontro ao trabalho de
W.W. Rostow sobre o take-off americano, que enfatizava o protagonismo das ferrovias para o
desenvolvimento econômico (Rostow, 1956). Fishlow encerra seu livro com a seguinte afirmação:
“Underdeveloped countries, wracked with large and unproductive agricultural sectors, illiteracy,
concentrations of wealth, frequently wasteful governmental intervention, can take scant hope
1
Da área de Economia Aplicada do IBRE/FGV, Rio de Janeiro.
1
from the efficacy of railroad investment in the United States before the Civil War.” (Fihslow, 1965,
p. 311)
Porém, em função das diferentes abordagens adotadas – de forma bastante simplificada: Fishlow
comparou os custos das ferrovias com os das alternativas de transporte existentes na época
(1840-1860), enquanto Fogel olhou a questão a partir de 1890 e criou um cenário contrafactual do
que teria ocorrido caso as ferrovias não tivessem sido implantadas –, as estimativas de Fishlow e
Fogel diferiam. Isso gerou um rico debate envolvendo não apenas historiadores econômicos, como
também um público mais amplo, interessado em entender melhor a gênese da principal potência
econômica mundial.
A trajetória do primeiro trabalho de vasta repercussão de Fishlow dá a tônica de sua obra; a
escolha de temas de extrema relevância como foco de análise, a preocupação em fazer
contribuições inovadoras conjugando rigor quantitativo e grande capacidade analítica, e a vocação
para fomentar a discussão em torno de questões fundamentais para o desenvolvimento
econômico foram constantes no decorrer sua vida profissional e acadêmica.
Apesar de Gerschenkron nunca ter focado especificamente na América Latina, seus estudos sobre
desenvolvimento comparativo e os países retardatários certamente contribuíram para despertar o
interesse de Fishlow pela região.
Em meados da década de 1960, já como professor associado e tendo sido pesquisador do National
Bureau of Economics Research (NBER), Fishlow ocupava o posto de chefe do Centro de Estudos
Latino Americanos de Berkeley quando foi convidado para vir ao Brasil para coordenar um grupo
de economistas estrangeiros que comporiam temporariamente o quadro de pesquisadores do
então Escritório de Pesquisa Econômica Aplicada (EPEA), criado em 1964 e transformado no
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em 1967.
O grupo seria a segunda missão de natureza similar patrocinada pela United States Agency for
International Development (USAID) e fruto de um convênio firmado entre a University of California
e o EPEA no âmbito da Aliança para o Progresso, um programa de cooperação internacional
liderado pelos Estados Unidos com o intuito de acelerar o desenvolvimento socioeconômico da
América Latina e, simultaneamente, frear a influência soviética na região.
A primeira visita de Fishlow ao Brasil ocorreu em junho de 1965, para arranjar os preparativos da
equipe que traria. Um ano depois, o economista retornou para trabalhar por alguns meses no
Plano Decenal de Desenvolvimento Econômico 1967-1976.
Embora não tenha sido aproveitado pelo governo do Marechal Costa e Silva, que assumiu a
presidência logo após a sua publicação, o trabalho é considerado uma referência no planejamento
de longo prazo no país – sua elaboração requereu um diagnóstico abrangente e inédito da
economia brasileira que serviu como base para a formulação de políticas públicas e foi o principal
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insumo do novo plano de curto prazo do governo, o Plano Estratégico de Desenvolvimento (PED)
1968-1970.
A essa altura, Fishlow era professor pleno de Berkeley e responsável por uma contínua produção
acadêmica – entre artigos, capítulos de livros e resenhas –, principalmente nas áreas de
desenvolvimento e história econômica. Seu artigo discutindo o papel do investimento público na
constituição do sistema educacional norte-americano (Fishlow, 1966) ganhou o prêmio Arthur H.
Cole de melhor artigo publicado no Journal of Economic History entre setembro de 1966 e junho
de 1967.
Em agosto de 1967, Fishlow se mudou para o Brasil e estabeleceu um núcleo de pesquisa no IPEA
composto por economistas de Berkeley (entre os quais Samuel Morley) e membros do staff do
instituto, em particular Pedro Malan e Regis Bonelli, que eram assistentes de Arthur Candal.
Concomitantemente, ministrava aulas de desenvolvimento econômico na Escola de PósGraduação em Economia da Fundação Getulio Vargas.
O grupo de Fishlow no IPEA preparou a parte macroeconômica do PED. Os estudos que a
embasaram destacavam o potencial de crescimento do país via expansão monetária sem risco de
descontrole dos preços devido à existência de capacidade ociosa na economia. Esse aspecto
agradou ao Ministro da Fazenda à época, Delfim Neto, e foi contra a posição sustentada pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI), que pregava o controle prévio da inflação. No período que
se seguiu, de 1968 a 1973, o país vivenciou o que se convencionou chamar de milagre econômico:
o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 11% ao ano, ao mesmo tempo em que a inflação caiu dez
pontos percentuais (Veloso et al, 2008).
Em função de sua importância nos primórdios do IPEA, Fishlow é considerado um dos fundadores
da instituição (D’Araujo et al, 2005), tendo ajudado a consolidar a incipiente cultura de pesquisa e
planejamento econômico no Brasil. Entretanto, o recrudescimento do regime militar, com a edição
do Ato Institucional no 5, em dezembro de 1968, fez com que Fishlow optasse por encerrar o
convênio da University of California com o governo brasileiro e voltasse aos Estados Unidos em
1969.
Os laços com o Brasil, todavia, não se romperam. Fishlow foi diretor do programa de
desenvolvimento do país em Berkeley até 1970 e continuou a fazer diagnósticos sobre a economia
brasileira. Como manteve contato com vários pesquisadores, conseguiu uma amostra do Censo
Demográfico de 1960, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que não havia sido
divulgado por razões políticas, para a tese de doutorado de uma orientanda (Astra Meesook,
1972). Em 1971, voltou ao país para atividades profissionais independentes e teve acesso aos
dados preliminares do Censo Demográfico de 1970.
Os dois censos serviram como o insumo para seu célebre artigo Brazilian Size Distribution of
Income, publicado em 1972 na American Economic Review. Em primeiro lugar, a relevância desse
trabalho se deve a seu pioneirismo: trata-se do primeiro estudo acerca da distribuição de renda
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brasileira. Embora fossem feitas menções à aparentemente alta concentração de renda no Brasil,
inexistiam medidas quantitativas que pudessem balizar a discussão.
Porém, Fishlow não apenas constatou a elevada desigualdade que caracteriza a sociedade
brasileira até os dias de hoje, como também evidenciou seu crescimento entre 1960 e 1970. Dessa
forma, há também uma importante dimensão política embutida nesse artigo, visto que os
resultados encontrados ensejaram uma das principais críticas feitas à política econômica dos
militares, com a qual o economista havia contribuído anteriormente (embora em outra seara) e
acabado de romper vínculos formais.
Não por acaso, a publicação do estudo causou rebuliço e gerou desconforto em órgãos de
financiamento como o Banco Mundial; naquele momento, o Brasil estava em evidência por conta
do expressivo crescimento e contava com vultosos montantes de empréstimos internacionais. O
governo brasileiro, por sua vez, contestou o artigo, argumentando que Fishlow não havia utilizado
todo o Censo Demográfico de 1970, e contratou Carlos Langoni para fazer um estudo
independente (Langoni, 1973).
Não obstante, mesmo com uma base de dados mais completa e adotando uma metodologia um
pouco distinta, Langoni chegou a resultados semelhantes aos de Fishlow: a concentração de renda
havia aumentado no Brasil nos primeiros anos de vigência do regime militar. Todavia, a explicação
para o fenômeno apontada por Langoni diferia da proposta por Fishlow. A tese do primeiro era de
que a expansão da atividade econômica havia impulsionado a demanda por mão-de-obra
qualificada, recurso escasso no Brasil àquela época, fazendo com que os trabalhadores mais
escolarizados obtivessem ganhos salariais maiores do que o restante da população.
De fato, ao decompor o Índice de Theil, Fishlow atestou a importância da disparidade salarial por
nível de escolaridade, assim como por faixa etária e setores de atividade, ainda que em menor
escala. Mais do que isso, seus cálculos atribuem cerca de metade da elevação no Coeficiente de
Gini da renda entre 1960 e 1970 ao aumento da desigualdade educacional (Fishlow, 1972a, p.
401). Contudo, sua análise também enfatiza as características institucionais que fomentaram a
concentração de renda no período, como a política de contenção dos rendimentos nominais
conjugada à inflação corretiva dos preços administrados, responsáveis por uma redução de 20%
no salário mínimo real.
Desse modo, os desdobramentos do artigo de Fishlow não se restringiram aos fatos expostos
pelos dados. As conclusões que emergiram a partir dele foram e ainda são alvo de intenso debate
no Brasil. Além disso, a principal recomendação de política governamental feita por Fishlow no
final do artigo – maior atenção ao ensino básico do que ao universitário – continua atualíssima.
Isso porque o aumento da escolaridade das pessoas no topo da distribuição, não acompanhado
pelo daquelas na outra ponta, tende a impulsionar a desigualdade de renda.
Esse artigo foi o primeiro de uma série de trabalhos de Fishlow sobre a economia brasileira
publicada entre 1972 e 1980 – como Origins and Consequences of Import Substitution in Brazil,
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Some Reflections on Post 1964 Brazilian Economic Policy, Indexing Brazilian Style: Inflation Without
Tears? e Brazilian Development in Long Term Perspective. Em conjunto, esses estudos apresentam
um balanço das políticas postas em prática no Brasil durante o regime militar, além de uma
releitura histórica do desenvolvimento econômico do país desde o final do século XIX.
Ao apresentar sua interpretação dos indutores da industrialização brasileira, Fishlow deu a sua
contribuição ao debate travado pelos economistas Celso Furtado (1968), Roberto Simonsen
(1973), Warren Dean (1971) e Carlos Manoel Peláez (1968), entre outros, em torno das teorias da
industrialização liderada pelas exportações e dos choques adversos. Seu diagnóstico, centrado nas
diferentes etapas do processo de substituição de importações, pende mais para a última. Todavia,
ele combina elementos de ambas as correntes – posição que se tornaria consensual alguns anos à
frente.
Fishlow observa que o primeiro impulso à produção industrial no Brasil não foi fruto de uma
política deliberada de proteção à indústria doméstica via tarifas de importação, mas sim da
aceleração inflacionária e dos movimentos cambiais decorrentes da política de encilhamento. Com
relação ao período da primeira guerra mundial, ele salienta a influência positiva das restrições
comerciais impostas pelo conflito sobre a demanda por bens produzidos internamente. Se, por um
lado, a interrupção das importações de bens intermediários e de capital limitou a expansão da
incipiente indústria brasileira, por outro, a guerra permitiu que houvesse utilização da capacidade
ociosa existente e acúmulo de capital, o que sustentou o desenvolvimento do setor de base no
desenrolar da crise de 1929 (Fishlow, 1972b, p. 320). Além disso, Fishlow chama a atenção para o
papel relevante, mas secundário, da política de defesa do café na recuperação vivenciada na
década de 1930.
Para Fishlow, só passou a haver uma política industrial strictu senso no pós II Guerra Mundial, com
a reforma aduaneira e as alterações introduzidas no regime de licenças de importação. Contudo,
essa estratégia, apesar de ter sido bem sucedida em seu objetivo de transformar e modernizar a
estrutura produtiva brasileira, ancorou-se no financiamento externo, resultando em desequilíbrios
no balanço de pagamentos no início dos anos 1960. Esse quadro, somado à aceleração da inflação,
levou o governo militar a adotar um programa de estabilização ao ascender ao poder.
Após ter feito diversas recomendações de política em sua passagem pelo IPEA, Fishlow foi um
observador atento do milagre econômico. Seus artigos discutem a adequação dos instrumentos
que viabilizaram o boom da economia brasileira. Ele destaca a consolidação de um modelo
capitalista, com maior incentivo à participação privada, embora inserido num ambiente totalitário,
com forte presença do Estado; a importância da integração com o mercado internacional; a
necessidade e o estímulo à poupança, voluntária ou compulsória; e as decisões de cunho político
subjacentes às escolhas alocativas feitas pelo governo para atender a tal requerimento – em
particular, Fishlow ressalta os custos sociais do aprofundamento das desigualdades regionais e de
renda.
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Fishlow também se colocou de forma crítica à política de indexação utilizada para lidar com a
inflação no Brasil no período. Num primeiro momento, a correção monetária tinha o papel de
realinhar os preços relativos, o que justificava sua aplicação apesar dos riscos de que alimentasse a
inflação. Contudo, na fase de grande expansão da atividade econômica, a indexação passou a
contar com maior intervenção do governo, inclusive controle direto de preços. Fishlow
reconheceu os efeitos positivos de tal prática sobre o mercado de capitais e as exportações, em
especial de manufaturados. Porém, advertiu sobre as consequências distributivas das medidas
empregadas.
Assim, ao longo da década de 1970, Fishlow dedicou seu olhar de economista-historiador à
proeminente experiência brasileira para, a partir dela, discutir alguns dos pilares do
desenvolvimento econômico: sua relação com a democracia, o papel do Estado e do mercado, e a
suposta dicotomia entre crescimento e equidade, a respeito da qual escreveu: “the trade off
between redistribution and growth is generally exaggerated. There are possibilities of achieving
both simultaneously by improved quality of human resources.” (Fishlow, 1972a, p.395)
Em paralelo, Fishlow era reconhecido por sua precoce e destacada carreira como historiador
econômico. Em 1971, dividiu com Robert Fogel o prêmio Schumpeter, concedido pela Harvard
University por contribuições originais ao estudo da economia, em particular na área de
desenvolvimento e no tocante às inter-relações entre teoria econômica, estatística e história,. De
acordo com o texto da premiação, o trabalho desses precursores da nova história econômica
estendeu o escopo da análise econométrica para problemas de crescimento econômico no longo
prazo e seus esforços resultaram em interpretações rigorosas e inovadoras do passado americano.
Entre 1972 e 1973, Fishlow foi professor visitante da All Souls College, na University of Oxford,
mesmo período em que foi agraciado com uma Guggenheim Fellowship na área de história
econômica. Ao retornar aos Estados Unidos, foi alçado a chefe do Departamento de Economia de
Berkeley.
Em meados da década de 1970, durante a sua incursão aprofundada na economia brasileira,
Fishlow estendeu sua atuação profissional para organizações civis, instituições multilaterais e o
governo, ampliando seu foco para a América Latina. O interesse acadêmico de Fishlow pela região
estava alinhado à política externa norte-americana da época, voltada para a melhoria dos
indicadores socioeconômicos e a reafirmação do capitalismo no restante do continente. Assim,
Fishlow pôde aliar sua experiência diplomática no Brasil, onde estabelecera relações com o
governo militar no âmbito da missão promovida pela USAID, à busca pelos determinantes do
desenvolvimento econômico.
Em 1975, Fishlow assumiu o cargo de Vice-secretário Assistente de Estado para Assuntos
Interamericanos. Ao atuar no caso da expropriação da mineradora peruana Marcona, introduziu a
prática de contratar avaliadores independentes para resolver impasses relativos à nacionalização
de empresas americanas, uma questão recorrente naquele período. Em 1976, foi premiado pelos
excelentes serviços prestados ao Departamento de Estado dos Estados Unidos.
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Ainda em 1975, Fishlow se tornou membro da organização independente Council on Foreign
Relations. Naquele momento, estava em curso um projeto de pesquisa cujo intuito era reunir um
time de especialistas para analisar questões econômicas e políticas que poderiam se tornar
preocupações internacionais em 10-20 anos. Em seu artigo para a coletânea (A New International
Economic Order: What Kind?), chama a atenção sua clarividência ao afirmar: “the next few years
will witness a need for a large flow of external resources for developing countries merely to
amortize and service the past debt.” (Fishlow, 1978, p.66) e sugerir “An exchange of part of present
commercial bank portfolio of developing-country loans for World Bank bonds could be quite
constructive. (…) the World Bank could renegotiate the interest rates and terms on outstanding
debt it had so acquired to lessen the burden on the most vulnerable developing countries. (…) This
short term swap averts a present crisis.” (Fishlow, 1978, p.67 e 68) Nos anos que se seguiram, as
dificuldades enfrentadas pelos países latino-americanos se acirraram e deflagrou-se a crise da
dívida da década de 1980.
Fishlow foi presidente do Painel Consultivo de Pesquisas sobre Distribuição de Renda e Emprego
do Banco Mundial entre 1977 e 1978, ano em que ingressou na Comissão Mista sobre a América
Latina do Social Science Research Council e do American Council of Learned Societies, que presidiu
de 1979 a 1981. Também em 1978, passou a lecionar economia na Yale University. Lá permaneceu
por cinco anos, a maior parte como diretor do Centro de Estudos Internacionais e de Área. Em
1983, voltou para Berkeley, onde foi chefe do Departamento de Economia mais uma vez, entre
1985 e 1989.
O alargamento do escopo de estudo de Fishlow resultou na publicação de vários trabalhos sobre a
economia da América Latina no decorrer dos anos 1980 e início dos anos 1990, entre os quais
pode-se mencionar: Latin America's Debt: Problem or Solution, The State of Latin American
Economics, Lessons of the 1890s for the 1980s; e Desenvolvimento Econômico na América Latina:
1950-80. Como não poderia deixar de ser, o principal tema abordado por Fishlow em seus artigos
era a dívida dos países latino-americanos, que havia se tornado uma questão de primeira ordem –
não apenas para a região, por motivos óbvios, como também para a manutenção da estabilidade
do sistema financeiro internacional.
A abordagem histórica adotada por Fishlow permitiu-lhe ter uma perspectiva ampla das causas e
desdobramentos da crise da dívida dos anos 1980 na América Latina. Em Lições da Década de
1890 para a de 1980, por exemplo, ele relembra que as crises de balanço de pagamento foram
recorrentes na região ao longo do século XIX e XX e traça um paralelo da situação vivida pelas
economias do Brasil e da Argentina naqueles dois pontos do tempo.
Fishlow constatou que as origens do endividamento excessivo na América Latina remontavam ao
esgotamento do modelo de substituição de importações no final dos anos 1950 e início dos 1960.
Ancorados na doutrina estruturalista de Raúl Prebisch na Comissão Econômica para a América
Latina (Cepal), que enfatizava o movimento dos termos de troca contra os produtos primários, os
policymakers latino-americanos voltaram sua atenção à restrição cambial, ao invés de à formação
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de poupança interna e em detrimento de um maior estímulo às exportações. Para financiar essa
estratégia, contaram com os recursos financeiros disponibilizados pelo recém-fundado Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Aliança para o Progresso.
A inadequação dos diagnósticos à nova realidade da economia mundial e regional gerou
desequilíbrios importantes. Em especial, a monetização dos crescentes déficits fiscais dos
governos elevou as taxas de inflação. Como posto por Fishlow, “Structuralism was a Latin
American theory of long-run development. Incidentally, structuralism was also a short-run
macroeconomic theory that denied the effectiveness of orthodox monetary, fiscal e exchange-rate
policy in combating inflation.” (Fishlow, 1988, p.91) Essa situação levou à adoção de políticas
econômicas mais conservadoras em parte dos países da região na década de 1960. Porém, a
crescente necessidade de financiamento continuou a ser sanada por capital estrangeiro, na forma
de investimentos externos diretos.
No final da década de 1960 e início dos anos 1970, a oferta de crédito internacional já estava mais
farta com o surgimento do mercado de eurodólares. Contudo, o grande divisor de águas foi o
expressivo aumento do preço do petróleo, que quadruplicou em 1973-74. Como consequência,
houve uma alteração brusca na economia mundial. Por um lado, as circunstâncias se tornaram
mais instáveis; por outro, houve uma ampliação dos fluxos de capitais possibilitada pelo acúmulo
de excedentes pelos países produtores.
A maior parte das nações latino-americanas (México pós-1977 e Venezuela são exceções notáveis)
era importadora de petróleo, de modo que suas balanças comerciais foram duramente afetadas.
Os empréstimos se apresentaram como uma boa opção para equilibrar as contas externas
imediatamente, dando aos países mais tempo para se adaptar à nova conjuntura internacional.
Fishlow ressaltou que a avaliação dos governos não foi equivocada “Gradual adjustment made
good economic sense at the national level. At the international level, there was no choice: the oil
country surpluses had to be financed or global income would fall. Some countries were required to
borrow.” (Fishlow, 1982, p.36)
Contudo, os eventos futuros revelaram o contrário. O aumento nas taxas de juros internacionais
(em especial, dos Estados Unidos) fez com que o serviço da dívida se tornasse muito custoso. Isso
fez com que os países da América Latina se endividassem mais para poder honrar os seus
compromissos. Fishlow apontou para a correspondente mudança na composição da dívida dos
países: em meados da década de 1970, os bancos privados passaram a ser os principais credores
da região, em detrimento de governos e organismos internacionais. As economias latinoamericanas se deterioraram, visto que os empréstimos privados eram feitos a juros mais elevados
e prazos mais curtos. A dependência de recursos externos adicionais se aprofundava.
O segundo choque do petróleo, em 1978-79, foi a pá de cal que faltava para selar o destino da
América Latina nos anos 1980. O Federal Reserve Board, sob a presidência de Paul Volcker
aumentou sucessivamente a taxa de juros estadunidense, levando-a a patamares sem
precedentes na história. Além disso, a já limitada capacidade de importar dos países
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desenvolvidos sofreu mais um baque. Concomitantemente, o grande influxo de capitais apreciava
o câmbio das economias latino-americanas, prejudicando o crescimento das exportações, que
eram a única maneira de reduzir a necessidade de financiamento externo e funcionavam como
garantia dos empréstimos. Os países se viram sem alternativas a não ser desvalorizar suas
moedas, pressionando ainda mais os preços domésticos.
Fishlow estudou os diferentes caminhos trilhados pelos países latino-americanos para lidar com a
inflação. No cone sul (em particular na Argentina e no Chile), prevaleceu o monetarismo
preconizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na época. O receituário consistia na
abertura comercial e financeira, na contração fiscal e na adoção de uma taxa de câmbio fixa. O
Brasil, por sua vez, manteve o viés estruturalista da política econômica. Em seus trabalhos sobre a
América Latina na década de 1980, Fishlow questionou as recomendações tanto da Cepal, quanto
do FMI: “Ambos os diagnósticos da inflação são incompletos e, por conseguinte, seus
medicamentos têm fracassado continuamente.” (Cardoso e Fishlow, 1990, p.321)
Outro ponto sobre o qual Fishlow lançou luz foi a importância da reação dos credores ao risco de
default, que determinou a magnitude da restrição de liquidez enfrentada pelos diferentes países
da América Latina nos momentos de desequilíbrio no balanço de pagamentos. Nas crises
financeiras da Argentina e do Brasil no século XIX, a resposta rápida e flexível dos bancos de
investimento britânicos possibilitou aos países cumprirem as suas obrigações, contribuindo para a
recuperação de sua credibilidade e para a subsequente retomada do crescimento.
Já na década de 1980, o mercado de capitais foi mais intransigente. Além disso, a percepção dos
emprestadores a respeito das economias latino-americanas se materializou em condições distintas
para cada uma delas. Por ter descoberto grandes reservas de petróleo, o México teve mais acesso
a novos empréstimos do que o Brasil, por exemplo, a despeito do crescimento expressivo das
exportações brasileiras entre 1978 e 1981. Os países pequenos, que respondiam por uma parcela
muito baixa da dívida da região e, por isso, tinham pouca voz ativa, sofreram fortes restrições de
crédito e tiveram que se adaptar às circunstâncias (Fishlow, 1982).
Ainda que houvesse uma distinção entre os países latino-americanos por parte dos credores, a
abordagem caso a caso do problema da dívida, aconselhada pela comunidade financeira
internacional, não se concretizou. Na prática, eram feitas análises universais que priorizavam
invariavelmente o ajuste no balanço de pagamentos. Para Fishlow, reconhecer especificidades
estruturais era imprescindível para a superação da crise da dívida na região.
Ao mesmo tempo em que escrevia textos analíticos a respeito da debilidade das economias latinoamericanas na década de 1980, Fishlow desenvolveu, em parceria com outros economistas,
modelos teóricos que buscavam representar mais fidedignamente a situação vivida por tais países.
Esse é o caso dos artigos Deficits, Debt and Destabilization: The Perversity of High Interest Rates,
com Samuel Morley e Tax Evasion, Inflation and Stabilization, com Jorge Friedman, ambos
publicados no Journal of Development Economics em 1987 e 1994, respectivamente.
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O primeiro mostra que países com elevado nível de endividamento e alta taxa de juros, como os
da América Latina à época, defrontam-se com uma instabilidade dinâmica na persecução
simultânea de metas de crescimento e inflação por meio de políticas de estabilização ortodoxas,
que podem vir a agravar as condições econômicas. O segundo propõe que, em países onde há
racionamento de crédito, os agentes sonegariam impostos para obter recursos em face de
choques negativos na renda. O modelo é aplicado empiricamente ao contexto da crise latinoamericana da década de 1980.
Mais uma vez, Fishlow se distanciou do objeto analisado para ter uma melhor noção do quadro
completo. Seus trabalhos sobre a América Latina serviram como insumo para uma reflexão mais
abrangente a respeito de experiências de desenvolvimento comparadas. Embora conhecesse
muito bem as limitações da trajetória latino-americana, Fishlow foi uma voz dissonante entre os
que centraram suas críticas no excesso de intervencionismo estatal e na aposta no modelo de
substituição de importações, em vez de em uma estratégia alegadamente liberal de crescimento
liderado pelas exportações. Esta alternativa estava em voga devido ao impressionante
desempenho econômico dos países asiáticos (primeiramente o Japão, seguido pelos tigres – HongKong, Cingapura, Coréia do Sul e Taiwan – e, por último, pela Indonésia, Malásia e Tailândia) que a
adotaram, enquanto a América Latina agonizava.
Primeiramente, Fishlow ressaltou a incompatibilidade de todos os países em desenvolvimento
seguirem a mesma estratégia, dado que isso acirraria a concorrência num comércio mundial cada
vez mais restrito por medidas protecionistas. Ademais, era preciso levar em consideração o fato
de que a pauta comercial das nações latino-americanas, ricas em recursos naturais, seria
inevitavelmente distinta da dos países do leste da Ásia. Fishlow também assinalou a importância
do setor público na condução do processo de desenvolvimento dos países asiáticos.
Para ele, a grande diferença entre a experiência asiática e a latino-americana residiu na forma de
inserção dos respectivos países na economia mundial. No primeiro caso, a integração ocorreu via
comércio; no segundo, por meio do ingresso de capital externo.
Entre 1990 e 1993, Fishlow foi decano de Estudos Internacionais e de Área em Berkeley, tornandose Professor Emérito em 1994. No restante da década de 1990, circulou por outras universidades
norte-americanas e ocupou os postos de presidente da Latin American and Caribbean Economic
Association, entre 1996 e 1997, e de Paul A. Volcker Senior Fellow no Council of Foreign Relations,
entre 1997 e 1999. Foi professor adjunto em Princeton (1996), Yale (1998-2000) e Columbia (20002002), onde também foi professor de assuntos internacionais. Dirigiu o Centro de Estudos
Brasileiros (2000-2007) e o Instituto de Estudos Latino Americanos (2003-2007) de Columbia,
aposentando-se em 2007, como Professor Emérito.
A atuação de Fishlow fora do meio acadêmico inclui consultorias para organizações como
Fundação Ford e Rockefeller, bem como uma participação ativa na atividade legislativa norteamericana, em especial na área de relações exteriores. Fishlow também compôs o corpo editorial
de publicações como a Foreign Policy e a International Organization, além de ter sido co-editor do
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Journal of Development Economics entre 1986 e 1994. Fez também resenhas e comentários de
livros e artigos de economistas renomados, como Simon Kuznets, Raúl Prebisch, e Alexander
Gerschenkron, seu ex-orientador (de quem fez o verbete no dicionário de economia da Palgrave
Mcmillan), etc.
Sua resenha sobre o Handbook of Development Economics merece destaque. Fishlow traça um
belo panorama do campo que ajudou a construir no decorrer da segunda metade do século XX. Ele
inicia com os pioneiros do desenvolvimento econômico, que enfatizavam as falhas de mercado e o
papel do Estado, respaldados pelo desempenho da economia mundial no pós-guerra. Porém, as
adversidades vividas pelos países em desenvolvimento nas décadas de 1970 e 1980 mudaram o
curso da área. A crença no progresso material contínuo e irreversível foi fortemente abalada e,
com ela, as prescrições de política econômica defendidas até então. As transformações da
economia mundial tornaram os diagnósticos existentes obsoletos e uma visão pró-mercado e
avessa à intervenção governamental ganhou espaço.
Os comentários de Fishlow revelam que seu pensamento também se modificou ao longo do
tempo, acompanhando parte das transformações pelas quais o estudo do desenvolvimento
econômico passou: “We conclude from these chapters that some highly optimistic beliefs about
reconciling equity and growth do not hold. (…) Size distributions remain stubbornly unsusceptible
to much improvement despite significant increases in human capital. Education has been a less
potent force than envisioned.” (Fishlow, 1991, p.1732) e “Latin America has become a testing
ground and its verdict has been harsh. Heterodox adjustment has fared very badly in Argentina,
Brazil and Peru in their diverse guises. More orthodox successes in Chile, Bolivia, and Mexico stand
out by contrast.” (Fishlow, 1991, p.1732) são alguns exemplos marcantes.
Em Origens e Consequências da Substituição de Importações: 40 anos depois, Fishlow demonstra
que sua opinião a respeito do processo de desenvolvimento brasileiro também se alterou. O artigo
começa com um resumo da evolução do setor industrial no país, para depois abordar três
características históricas que são relevantes no contexto atual: a participação do Estado e os
padrões sequencial e cíclico da substituição de importações no Brasil. Em determinado momento,
ele coloca “Talvez a decisão brasileira em favor desse processo liderado pelo consumo tenha ido
um tanto longe demais. A poupança doméstica não continuou a avançar, e em seu lugar houve
endividamento, interno e externo. Pouca atenção foi dada às exportações de produtos industriais,
e atenção excessiva foi dada à provisão dos subsídios consideráveis exigidos pelos investidores
privados.” (Fishlow, 2013, p. 34 e 35)
A respeito do papel do Estado brasileiro na promoção da indústria ao longo dos últimos 60 anos,
Fishlow ressalta que medidas protecionistas se tornaram um hábito, que houve aumento da
regulamentação e da presença direta do Estado em determinadas atividades – o que viria a gerar
desequilíbrios fiscais, inflacionários e no balanço de pagamentos –, e que a política não
acompanhou o avanço econômico. Sobre a política industrial em curso atualmente, ele vê com
bons olhos a maior preocupação com as exportações de manufaturados e aponta para a
11
necessidade de se estabelecer critérios para selecionar os setores a serem beneficiados (Fishlow,
2013, p. 41 e 42).
Em todos os seus anos de atividade intelectual, Fishlow nunca deixou de estudar a economia
brasileira, que voltou a ser tema de suas análises mais recentemente. Por suas importantes
contribuições, recebeu do governo, em 1999, a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta
condecoração brasileira atribuída a cidadãos estrangeiros. Em 2011, lançou o livro Starting Over:
Brazil since 1985, que apresenta a evolução do país desde a redemocratização, passando pela
promulgação da Constituição de 1988, pelo Plano Real e os avanços sociais da década de 2000, até
o início do governo de Dilma Roussef. Em 2014, Fishlow tornou-se membro correspondente do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Academia Brasileira de Ciências.
Seu diagnóstico atual é que o Brasil precisa elevar substancialmente sua taxa de investimento para
que o PIB per capita cresça a um ritmo minimamente razoável. A estabilidade desse crescimento
dependerá de elevações na poupança doméstica. Além disso, o setor público deve melhorar a
eficiência dos gastos. Principalmente, ele enfatiza a necessidade de ganhos generalizados de
produtividade (Fishlow, 2014).
Em sua busca pelas raízes do desenvolvimento, Fishlow construiu uma obra extensa e profunda,
teve voz ativa e foi participante destacado no debate público de diversos temas associados ao
desenvolvimento econômico. Justiça seja feita, este breve apanhado de alguns dos pontos altos da
sua trajetória certamente não é exaustivo.
12
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Co-editor, with James Jones, The United States and the Americas: a 21st Century View, New York,
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Texto Luísa Azevedo