PLANO DE INTERVENÇÃO
PEDAGÓGICA
Alfabetização no Tempo Certo
ESCOLA ESTADUAL CORONEL FABRICIANO
FELISBERTO DE BRITO
OUTUBRO 2011
MATRIZ CURRICULAR (Ensino)
X
MATRIZ DE REFERÊNCIA (Avaliação)
I – PROCEDIMENTOS DE LEITURA
D1 Identificar um tema ou o sentido global de um texto.
D2 Localizar informações explícitas em um texto.
D3 Inferir informações implícitas em um texto.
D5 Inferir o sentido de palavra ou expressão.
D10 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
II – IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA
COMPREENSÃO DO TEXTO
D6 Identificar o gênero de um texto.
D7 Identificar a função de textos de diferentes gêneros.
D8 Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e não-verbal.
III – COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO
D11 Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções,
advérbios, etc.
D15 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para sua continuidade.
D19 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que compõem a narrativa.
IV – RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO
D23 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos.
D21 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notações.
V – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
D13 Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
PLANO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
 Documento oficializado pela SEE/MG para todas as
turmas do Ensino Fundamental que tem como
objetivo principal definir propostas de atendimento
aos alunos que demonstram defasagem no processo
de desenvolvimento de capacidades básicas de
determinado ano de escolaridade.
 Contempla o conjunto de descritores que compõem
as matrizes de referência das Avaliações Externas
implementadas pela SEE/MG (Proeb e Proalfa).
DESCRITOR 1- Identificar o
tema ou o sentido global de um
texto
A competência de identificar tema se
constrói pelo desenvolvimento de um
conjunto de habilidades que permitem que
o leitor seja capaz de perceber o texto como
um todo significativo pela articulação entre
suas partes, recorrendo às saliências do
texto: título, imagem,fonte, entre outros.
Uma atividade produtiva para explorar e desenvolver a
capacidade de compreensão global diz respeito à escolha de
um título adequado para os textos em análise. Para essa
atividade, textos adequados são: artigo de opinião,
reportagem, notícia, editorial, etc. Outra possibilidade é
entregar aos alunos um texto sem título, para que eles lhe
atribuam um título após a leitura.
- Realizar leitura dos textos;
- distribuir cópia dos cartazes para a turma;
- chamar a atenção para as características do cartaz
como: imagens, linguagem verbal e não verbal;
- antecipar o conteúdo do texto, conduzindo a reflexão
para os temas e assuntos dos cartazes;
- determinar um assunto e construir cartazes coletivos
com a turma;
- providenciar a divulgação desses cartazes pela escola.
DESCRITOR 2- Localizar
informações explícitas em um
texto
Essa competência
pode apresentar diferentes
níveis de complexidade – desde localizar
informações em frases, por exemplo, até fazer essa
localização em textos mais extensos. Para o
desenvolvimento dessa competência, faz-se
necessário que o professor propicie ao aluno maior
contato com gêneros textuais diversificados.
Incentivar os alunos a responderem
oralmente ou por escrito questões
explícitas de textos:
Quais foram as mentiras que a dona
barata contou?
Explorar questões explícitas desse gênero:
- Quem está convidando para a festa?
- Onde será a festa?
- A que horas será a festa?
- Em que dia será a festa?
O ELEFANTE
A onça pintada
Também conhecida como jaguar ou jaguaretê, vive mais de 20
anos. Atinge1,2 metros de comprimento e pesa até 200 quilos,
sendo o maior carnívoro das Américas. É um animal noturno,
solitário e caçador de extrema agilidade.Sua caça favorita são os
veados, as capivaras e as antas. Existem muitas lendas sobre a
onça-pintada, contadas pelos índios e pantaneiros. Apesar de
feroz, a onça só mata para defender ou saciar a fome. Devido a
sua pele, é alvo dos caçadores profissionais. Isso e a deterioração
das florestas estão ameaçando a onça de extinção no Brasil.
O elefante é o maior mamífero terrestre do mundo. É
também um dos que vivem mais tempo: de cem a
cento e vinte anos.
Além do seu tamanho, outra característica que chama a
atenção no elefante é a sua tromba. As pessoas
costumam pensar que o elefante bebe água pela
tromba, mas, isso não é verdade. Ela é o nariz do
elefante e funciona como uma espécie de canudo. Ele
puxa a água e esguincha-a dentro da boca para beber
ou nas costas para se refrescar.
Adaptado livro de Ciências 4º Ano
Selvagem e preservação. São Paulo:
Marcos - Belo Horizonte Março/ 2007
Abril Cultural, 2.000)
Propor atividades que estimulem o resumo
do texto lido e o reconto de diferentes
gêneros textuais. Os alunos devem ser
estimulados a responder após a leitura do
texto feita por eles ou pelo professor, no
caso de narrativas, aos seguintes
questionamentos: quem? O que? Como?
Onde? Por que?
DESCRITOR 3- Inferir
informações implícitas em um
texto
Fazer inferências é uma competência bastante
ampla e que caracteriza leitores mais experientes,
que são capazes de ir além das informações que se
encontram na superfície textual, atingindo
camadas mais profundas de significação.
GALO QUE LOGROU A RAPOSA
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se
numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: “Deixe estar, seu malandro,
que já te curo!...e em voz alta:
— Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os
animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os
bichos andam agora aos beijos como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o
meu abraço de paz e amor.
— Muito bem! — exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra!
Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldade e traições! Vou já descer para
abraçar a amiga raposa, mas... como lá vêm vindo três cachorros, acho bom esperá-los,
para que também eles tomem parte na confraternização.
Ao ouvir falar em cachorro, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou
de pôr-se a fresco, dizendo:
— Infelizmente, amigo có-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos
amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.
E raspou-se.
Autor: Monteiro Lobato.
Moral da História: “Contra esperteza, esperteza e meia”.
-Realizar leitura oral do texto;
- distribuir cópia da fábula para a turma;
- solicitar
que
leiam
o
texto
silenciosamente;
-explorar
questões
de
inferência
encontradas no texto:
. Por que a raposa queria que o galo
descesse da árvore?
. O que significa a moral da história:
“contra esperteza, esperteza e meia.”
-Fábulas , adivinhas , anedotas, piadas e
tirinhas são também gêneros textuais
interessantes para o trabalho de produção
de inferência.
-Trabalho com histórias mudas.
-Leitura de ilustrações.
DESCRITOR 5- Inferir o sentido
de palavras ou expressões
Para o aluno adquirir essa competência, faz-se
necessário que o professor propicie a eles o
máximo de contato com textos de variados gêneros.
• A partir da fábula “o galo que logrou a raposa”,
refletir com os alunos o sentido das palavras
“logrou” e “matreiro”, bem com da expressão “Deixe
estar, seu malandro, que já te curo!”
•O professor deve incentivar os alunos, como leitores e
ouvintes a tentar inferir o sentido das palavras em
função do contexto de uso.
•Consulta ao dicionário, quando o aluno não
conseguir resolver suas dúvidas relativas a
vocabulário pelas pistas que o próprio texto fornece
ou para confirmar as inferências feitas.
DESCRITOR 10- Distinguir um
fato da opinião relativa a esse
fato
Essa capacidade possibilita ao aluno identificar o
fato relatado, diferenciando-o do comentário que o
autor, ou narrador ou o personagem fazem desse
fato. Qual é a diferença entre um fato e uma
opinião? O fato é aquilo que aconteceu, enquanto
que a opinião é o que alguém pensa que ocorreu,
uma interpretação dos fatos.
Lançar para a turma os seguintes
questionamentos:
- O que é opinião?
- Qual a importância de "ter opinião?”
- O que poderemos conseguir com a
divulgação das nossas
opiniões?
Contra o trabalho infantil
Olá amiguinhos,
vocês certamente me conhecem, sou a Cinderela! Minha
história, como sabem, teve um final feliz. Mas antes disso,
quanto sofrimento! Desde a minha infância eu trabalhava
o dia todo! O problema é muito sério, pois segundo a
Organização Internacional do Trabalho (OIT), há cerca
de 165 milhões de crianças de 05 a 14 anos trabalhando no
mundo, muitas vezes em péssimas condições de segurança
e higiene. O trabalho infantil precisa acabar, pois faz com
que a criança não consiga estudar direito, levando muitas
vezes ao abandono da escola. Como falou Renato Mendes,
que é um dos coordenadores do programa de erradicação
do trabalho infantil da OIT, “a etapa da infância está
destinada à aprendizagem e não à produção”. O governo
tem de dar apoio às famílias mais pobres que colocam os
filhos para trabalhar, porque é o jeito de não passar fome,
e punir os exploradores.
Essa é minha opinião!
Cinderela
Solicitar que os alunos leiam o texto.
Lançar para a turma as seguintes perguntas:
- Quem é o autor?
- Qual o assunto do texto?
- O autor expressa alguma opinião? Qual?
- Ele usa argumentos? Quais?
- O autor faz alguma proposta?
-Qual é a sua opinião sobre o Trabalho Infantil?
Selecionar gêneros textuais apropriados
para o desenvolvimento dessa capacidade,
como notícias, contos, artigos, crônicas,
propagandas, reportagens, etc. e explorar
a diferenciação entre fatos e opiniões em
uma tabela.
FATO
OPINIÃO SOBRE FATO
Trabalho infantil: há cerca de 165
milhões de crianças de 05 a 14
anos trabalhando no mundo.
- O trabalho infantil precisa
acabar, pois faz com que a
criança não consiga estudar
direito, levando muitas vezes ao
abandono da escola(Cinderela).
- A etapa da infância está
destinada à aprendizagem e não à
produção (Renato Mendes)
c) Propor a elaboração de um artigo de opinião.
SUGESTÕES DE TEMAS
Agressões entre alunos |Exploração
sexual na infância e na adolescência |
Desertificação | Trabalho Infantil |
Desmatamento /Preconceito racial
ESTRUTURA DO ARTIGO DE OPINIÃO:
- Título
- Descrição da questão sobre a qual se vai
opinar
- Opinião sobre essa questão
-Argumentos para defender a opinião
- Proposta de solução para a questão
DESCRITOR 6 – Identificar o
gênero de um texto
O aluno precisa identificar diferentes gêneros
textuais, considerando sua função social, bem
como sua estrutura, seu circuito comunicativo e
suas características linguístico-discursivas.
Levar e/ou solicitar que os alunos levem para a sala de aula
o gênero textual a ser explorado, disponibilizando-o para
observação e manuseio pelos alunos;
Orientar a exploração desses materiais, valorizando o
conhecimento prévio dos alunos;
Identificar, junto aos alunos, as finalidades e funções da
sua leitura;
Reconhecer e classificar, pelo formato, o suporte do
gênero;
 Explorar suas características;
Trabalhar a produção coletiva ou individual do texto.
Caixa de textos – Projeto de leitura com
envolvimento de todas as turmas.
Definir coletivamente os gêneros textuais a
serem sistematizados em cada ano de
escolaridade.
Função social: expressar amor, tristeza, crenças e sentimentos
religiosos; fazer rir; criticar personagens e costumes; falar da vida
cotidiana.
Circuito comunicativo:embora possam circular por escrito, em
almanaques, enfeites de parede ou outros portadores, elas vêm da
tradição oral.
Características linguístico-discursivas: reconhecer seu ritmo e as rimas
mais recorrentes e, a partir daí, entender que as quadras são tão
populares porque se apoiam em rimas fáceis e num tipo de estrofe
(de sete sílabas) que muito se aproxima do ritmo normal da fala.
- Estrutura narrativa ou argumentativa.
- Redigidos na 1ª pessoa do singular
(individual) ou 1ª pessoa no plural (coletivo).
- Organização:
Cabeçalho: indicam lugar e tempo da
produção, destinatário e interpelação.
Corpo: desenvolvimento da mensagem.
Despedida: indicam saudação e assinatura do
remetente.
- Estilo informal ou formal, dependendo do destinatário.
- Texto curto e objetivo.
- Estrutura narrativa ou argumentativa.
- Redigidos na 1ª pessoa do singular (individual) ou 1ª
pessoa no plural (coletivo).
- Organização:
Destinatário.
Mensagem.
Despedida: agradecimento ou cumprimento, assinatura
do remetente.
- Relato de fatos de interesse e importância para a
comunidade.
- Estrutura básica: Utilização frequente de “pirâmide
invertida”, ou seja, as informações mais importantes são
dadas no início do texto e as demais, em ordem
decrescente de importância:
Título: sintetiza o tema central com a finalidade de
atrair a atenção do leitor.
Lead (lide): resumo das informações mais importantes
do texto, no primeiro parágrafo.
Desenvolvimento: detalhamento.
- Texto claro, enxuto, objetivo.
- Utilização de parágrafos e frases curtas.
- Redigido em 3ª pessoa.
- Ausência da opinião do autor.
- Uso de aspas para reproduzi declarações textuais.
- Estilo formal, porém utiliza-se linguagem simples, próxima do
cotidiano.
- Informações apresentadas giram em torno das perguntas: o que,
quem, onde, quando, por que e para quê.
- Função: comentar foto ou desenhos e atrair a atenção do leitor, sem
ser redundante, óbvia.
- Textos sintéticos e diretos, apresentados, geralmente, abaixo ou ao
lado de fotos ou ilustrações.
- Informa quem ou o que está na foto, o que está fazendo, onde foi
tirada.
- Função: permitir que o leitor conheça opiniões, idéias,
pensamentos e observações de personagem da notícia ou
de pessoa que tem algo relevante a dizer.
- Organização:
Texto de abertura com aspectos relevantes da entrevista
(perfil do entrevistado, resumo do tema abordado, local,
data e duração da entrevista).
Perguntas e respostas: pode ser feita a transcrição exata
da resposta ou uso de travessão ou nomes indicando
mudança de interlocutor.
- Levantamento de comportamento, tendências
e opiniões de um grupo de pessoas acerca de
determinado assunto.
- Respostas breves e objetivas.
- Os resultados, revelados por meio de gráficos,
quadros ou tabelas, destacam com precisão os
números principais.
- Função: “transformar informação numérica em
informação visual, permitindo uma leitura
instantânea”. (Manual da Folha de São Paulo).
- Textos curtos e objetivos podem complementar
as informações.
- Título atraente chama atenção do leitor.
- Consta da fonte de informações.
- Pode ser acompanhado de ilustrações baseadas
no tema que se apresenta.
- Relato de acontecimento importante, feito por
jornalista que tenha estado no local em que o fato
ocorreu ou tenha apurado as informações relativas a ele.
(Manual da Folha de São Paulo).
- Contém informação precisa e objetiva do fato, relato
das partes envolvidas e, às vezes, opinião de
especialistas.
- Textos longos são divididos em diversos capítulos
(retrancas ou sub-retrancas), intercalados por
intertítulos, melhorando a apresentação visual e
facilitando a sua compreensão.
- Função: Convencer o consumidor a comprar um
produto ou idéia.
- Texto pago, publicado em jornais, revistas, folhetos,
cartazes.
- Disposição gráfica bem organizada, raramente linear.
- Frequentemente acompanhada de imagens.
- Uso de sentenças curtas e muitas vezes incompletas,
causando impacto.
- Uso freqüente de jogos de palavras, metáforas.
- Utilização de vocabulário definido em função do
público a ser atingido (criança? Dona de casa?
Empresário?).
- Texto pago, publicado em seções especializadas de
jornais e revistas, anunciando oferta e procura de bens,
utilidades e serviços.
- Geralmente de pequeno formato e sem ilustrações,
devido ao alto preço do espaço do jornal.
- Corpo das letras pequeno.
- Linguagem direta.
- Uso de abreviaturas visando economia de espaço.
- Utilização de negrito e/ou maiúsculas, em palavras que
merecem destaque.
- Geralmente, verbos no imperativo.
- Utilização de adjetivos.
- Função: Orientar a organização e realização de receitas, uso de jogos,
montagem e uso de máquinas, aparelhos eletrônicos etc.
- Estrutura descritiva.
- Normalmente apresenta um texto dividido em dois blocos:
Listas de elementos a serem utilizados (ingredientes, materiais).
Modo de realizar (instruções).
- A lista de elementos apresenta substantivos concretos,
frequentemente acompanhados de numerais (exemplos: ¼ de copo;
um dado).
- As instruções são colocadas seguindo uma ordem temporal.
- É freqüente o uso de palavras indicando o modo de realização de
determinadas ações (bata lentamente vire rapidamente etc.).
- Linguagem denotativa (as palavras indicam exatamente o que
querem dizer).
- Geralmente escrito em versos e distribuição espacial particular: linhas
curtas e agrupamento em estrofe dão relevância aos espaços em branco ao
redor do texto, entre os versos ou blocos de versos ou ainda, dentro dos
versos (poesia contemporânea).
- Recursos poéticos:
Uso freqüente, mas não obrigatório, de rimas (repetição regular de sons no
final ou no interior de versos diferentes, na mesma posição ou em posições
variadas).
Ritmo: Movimento dado principalmente pela alternância regular de
sílabas fortes (tônicas) e fracas (átonas), pela repetição de consoante ou
consoante similares (aliteração), pela repetição de palavras e versos, pelo
refrão, pelas rimas.
Jogo de palavras: uso de trocadilhos (repetição de termos semelhantes ou
iguais, com significados diferentes), onomatopéias (sinais gráficos que
representam sons), anagramas (palavra ou frase obtida pela mudança de
posição de letras de outra palavra ou frase. Exemplo: Raul-luar).
Predomínio da linguagem conotativa (linguagem figurada, passível de
diferentes interpretações).
- São ditos ou rimas, sem música, que têm
como função, ensinar alguma coisa, divertir,
entreter ou aquietar crianças, fixar números ou
nomes, criticar alguém. Exemplos: Amanhã é
domingo...; Dedo Mindinho...; Bem me quer,
mal me quer; a galinha do vizinho...; Um dois,
feijão com arroz...etc.
- É um tipo de parlenda cujas palavras, expressões ou
versos são, na maioria das vezes, de difícil pronúncia.
- Deve ser sempre dita com rapidez.
- A repetição rápida provoca deturpação dos termos e
consequentemente do seu sentido de origem. (MELO,
(1995), P.72).
- O exercício de dicção exigido exerce fascínio na
criança, além de ser um desafio linguístico. Exemplo: Lá
vem o velho Félix...; Pedro tem o peito preto... etc.
- Relato em prosa de fatos criados pelo imaginário coletivo.
- De autoria desconhecida.
- Tende para a magia, a fantasia. Sendo assim, as pessoas, os
lugares e as situações não se restringem a representar tipos ou
situações reais.
- Características mais marcantes: a distância no tempo, a disputa
entre fortes e fracos, a vitória do bem contra o mal.
- Estrutura com esquema seqüencial composto de três momentos:
Situação inicial (quem são as personagens, onde moram, como
vivem).
Surgimento de um conflito que dá origem a diferentes
acontecimentos (complicação).
Recuperação do equilíbrio graças à solução do conflito (resolução
ou desenlace).
- Os textos são narrados em 1ª ou 3ª pessoa.
- Frequentemente são usados diálogos marcados por travessão.
- Tendência para a magia, o encantamento. As transformações ocorridas não
são explicadas de modo natural, são produzidas por seres encantados, dotados
de poderes sobrenaturais: fadas, magos, anões.
- Estrutura com esquema seqüencial composto de três momentos:
Situação inicial (apresentação e localização das personagens – heróis, heroínas
e vilões, normalmente representados por príncipes, princesas e bruxas).
Surgimento de um conflito provocado por uma intenção maldosa (do vilão)
contra uma pessoa de bem (herói ou heroína), que dá origem a diferentes
acontecimentos (complicação).
Recuperação do equilíbrio graças à intervenção do objeto mágico (varinha de
condão). Final feliz (resolução ou desenlace).
Geralmente, a demarcação do tempo aparece no início do parágrafo, de forma
imprecisa: “Era uma vez...; “Certa vez...”.
Frequentemente, usa-se a expressão “E foram felizes para sempre”, “E viveram
felizes para sempre”, indicando o final feliz.
- Gênero literário baseado, na maioria das
vezes, na fala exemplar dos animais.
- Os animais representam características
humanas: defeitos, qualidades, vícios.
- Objetivo: transmitir um ensinamento, que é
também chamado de “moral da história”.
- Estrutura básica freqüente: diálogo entre
animais, uma situação exemplar e uma linha
moral como conclusão.
- Texto conversacional com descrição nas
anotações (texto escrito produzido para ser
falado).
- Progressão temática estabelecida por atos,
que são divididos em cenas.
- Frequentemente são usados diálogos
marcados por travessões e sinais de
pontuação, estabelecendo os turnos de
palavras.
- Linguagem coloquial ou formal.
- Estrutura narrativa apresentada por meio de mensagem icônica e
mensagem lingüística.
- Textos sintéticos e diretos, apresentados em balões ou legendas. Os
balões, de diferentes tipos, são utilizados para indicar a fala das
personagens (discurso direto), idéias, pensamentos, sentimentos e
ruídos.
- A sequência a ser lida é indicada pela localização dos balões: lê-se,
primeiro, o que está acima e à esquerda. Em seguida, lê-se de cima
para baixo, da esquerda para a direita, do plano posterior para o
primeiro plano
- O corpo e a espessura das letras estão diretamente ligados às ações e
sentimentos expressos pelas personagens.
- Utilização de onomatopéias dentro ou fora de balões.
- Utilização de metáforas visuais representando sensações, sonhos,
recordações etc.
DESCRITOR 7- Identificar a
função de textos de diferentes
gêneros
Além de identificar gêneros textuais que
circulam em sociedade, o aluno deve
reconhecer a finalidade desses textos: para que
servem e qual a sua função comunicativa.
Nesse aspecto é importante ressaltar o suporte
onde o texto é comumente veiculado.
-Questionar antes da leitura qual o portador do
texto (jornal, revista, livro,etc) e onde se pode
encontrar esse tipo de texto.
-Distribuir cópia do texto para os alunos.
-Realizar leitura do texto individual e coletiva.
-Discutir com os alunos a finalidade desse tipo
de texto.
-Reescrever a receita, para que os alunos a
entreguem para suas respectivas mães,
compondo o seu livro de receitas.
-Pode-se providenciar ainda o preparo da
receita pra ser saboreada pela turma.
DESCRITOR 8 – Interpretar
texto que conjuga linguagem
verbal e não verbal
Essa é uma habilidade extremamente
importante para a inserção do aluno na
sociedade letrada de hoje, onde imagens e
textos se entrelaçam constantemente, dada
profusão de meios audiovisuais que nos
cercam. Nesse contexto, o aluno não pode
deixar de se ater às duas linguagens.
-Realizar a leitura do texto;
-chamar a atenção dos alunos para a leitura
das imagens e do texto verbal, quadro a
quadro. É importante que eles percebam a
correspondência entre imagem, sequência de
imagens e texto escrito;
-chamar a atenção para o tamanho e formato
da letra que neste caso tem relação direta com
as falas das personagens;
-observar as ilustrações e dizeres dos balões
para perceber em que eles auxiliam a
compreensão global do texto.
DESCRITOR 11 – Reconhecer
relações lógico-discursivas
presentes no texto, marcadas
por conjunções, advérbios, etc
Envolve habilidades necessárias para que o
leitor estabeleça relações que contribuam para
continuidade do texto, garantindo sua coesão e
coerência.
-Criar situações para que o aluno possa reconhecer as pistas
linguísticas que auxiliem o leitor no reconhecimento de
relações lógicas. O professor pode, por exemplo, formular
perguntas de interpretação de textos que levem o aluno a
identificar essas relações: quando? Onde? Por quê? Para quê?
- Explorar expressões conectoras e seus significados e as
relações de sentido que estabelecem dentro do texto.
- Uma boa estratégia consiste em oferecer ao aluno um texto
lacunado, em que estão apagados alguns articuladores. A
tarefa pode ser encaminhada de duas maneiras: a) o professor
oferece uma lista de articuladores e o aluno escolhe o
articulador adequado a cada coluna; ou b) o professor deixa
por conta do aluno preencher a lacuna com o articulador de
sua preferência.
Organizar a sequência lógica do texto, utilizando os conectivos adequados.
O
Celina
DESCRITOR 15 – Estabelecer
relações entre partes de um
texto, identificando repetições
ou substituições que contribuem
para sua continuidade.
O aluno deve recuperar o antecedente ou o
referente de um determinado elemento
anafórico (pronome, elipse ou designação de
um nome próprio) destacado no texto.
Contribui para a produção de textos coerentes,
livre de ambiguidades.
-Algumas perguntas a respeito podem propor desafios
produtivos aos alunos: de que magrela o texto está
falando? A palavra turminha refere-se a quem?
- Reescrever textos (que apresentem palavras repetidas),
substituindo expressões repetidas e garantido a coerência e
coesão textuais. É importante que eles percebam que o
texto precisa ser reduzido em algumas partes, caso das
repetições desnecessárias, e expandido em outras, para
explicitar as relações de sentido entre os enunciados. Antes
que iniciem a reescrita, leia o texto com eles e pergunte o
que fariam, que idéias acrescentariam. Você pode ir à lousa
listar o que vai surgindo.
Ex.
Era uma vez dois irmãos. Os dois irmãos brigavam muito. Os dois
irmãos tinham um gato. O gato queria comer. O menino não dava
comida para o gato. O gato ficou doente. O gato morreu só de fome.
DESCRITOR 19 – Identificar o
conflito gerador do enredo e os
elementos que compõem a
narrativa.
O aluno precisa identificar o assunto que gera
todo o restante do texto para que a partir disso
possa identificar todos os elementos que
desencadeiam a narrativa.
-Realizar a leitura do texto;
-Explorar contos infantis, fábulas, novelas,
narrativas de aventuras, identificando o
narrador, o espaço em que se desenvolve a
ação, as personagens e o fato que deu origem à
trama.
DESCRITOR 23 – Identificar
efeitos de ironia ou humor em
textos.
Essa habilidade é importante porque contribui
para que o aluno seja capaz de compreender o
que se encontra nas entrelinhas dos textos
humorísticos.
- Realizar a leitura do texto;
- O professor deve provocar os alunos para que
percebam a função dos recursos expressivos,
utilizados intencionalmente pelo autor como ironia,
palavras de duplo sentido, jogo de palavras,
pontuação, metáforas, onomatopeias, imagens, etc.
Algumas questões podem ser propostas aos alunos:
. Você achou alguma coisa engraçada nesse texto?
. Se achou, localize o trecho em que ela se encontra.
. Explique por que o texto é engraçado.
DESCRITOR 21 – Reconhecer o
efeito de sentido decorrente do
uso da pontuação e de outras
notações.
Sinais de pontuação podem expressar sentidos variados
e possibilitar uma leitura para além dos elementos
superficiais do texto e auxiliar o leitor na construção de
novos significados.
Os sinais de pontuação devem ser trabalhados de forma
a propiciar aos alunos condições de perceber a relação
da entonação presente na fala e seu emprego na escrita.
A mera recitação do ‘para que serve’ cada ponto não é
suficiente para garantir sua aplicabilidade.
O professor solicitará aos alunos que ditem, para
ele registrar no quadro, frases que demonstrem:
- espanto, susto, admiração;
- dúvidas, questionamentos;
- afirmação, negação;
- suspensão do pensamento.
(Após registrá-las, o professor deverá questionar
aos alunos qual sinal deverá ser utilizado).
Poderá ainda selecionar um texto e listar os
sinais encontrados, chamando a atenção dos
alunos para o sentido atribuído a eles pelo
autor. O essencial, portanto, é notar o contexto
em que estão, a intenção que devem produzir e
a maneira como o autor quis passar suas
ideias.
Com esse estratégia, é possível ensinar
diversos usos da vírgula, do travessão e de
outros sinais.
Pontuar um mesmo texto de diversas formas.
DESCRITOR 13 – Identificar
marcas
linguísticas
que
evidenciam o locutor e o
interlocutor de um texto
Implica no reconhecimento das variantes linguísticas
presentes no texto em articulação com a identificação do
locutor e do interlocutor dentro do texto e no processo
de articulação.
Paizão:
Não deu pra conversar cedo, tu
tava na maior pressa. Tô tipo
assim meio quebrado, preciso de
um adianto na mesada. Deixa com
a mãe na hora do rango, só venho de
noitão. Valeu,
Mário.
Sr. secretário:
Gostaria que o senhor tomasse
providências para acabar com
a epidemia de dengue que está
ocorrendo em nossa cidade.
Muitas pessoas já foram
picadas pelo mosquito, estão
doentes. (...)
• Explorar a diferenciação/comparação entre
os dois bilhetes, conduzindo a reflexão para
que percebam que o interlocutor determinou
a escolha que Mário fez do registro (informal
e formal).
Chame a atenção, por exemplo, para como,
na saudação, Mário já sinaliza como vai
escrever – paizão, Sr. secretário – revelando
a imagem que tem do interlocutor.
•O professor pode trabalhar a variação
linguística em gravações de áudio e vídeo de
textos orais. Procurar explorar variantes
linguísticas, como expressões regionais,
expressões com características de uma faixa
etária ou época, etc. Já na escrita ele precisa
se ater a identificação de recursos usados
para
marcar
graficamente
palavras
e/expressões, bem como o discurso direto e
indireto.
O professor poderá propor aos alunos:
- que transformem um diálogo em discurso
indireto, explicitando o que perceberam na
leitura quanto às disposições, intenções e
sentimentos das personagens.
- que transformem sequências textuais em
discurso direto, assumindo o posto de narrador
que sinaliza para o leitor as disposições,
sentimentos e intenções de personagens
participantes do diálogo.
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Descritores Português 5º ano