Módulo 3: Reação Adversa a Medicamento, Desvio da Qualidade e outros PRM Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Reação Adversa a Medicamento (RAM) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Conceito - RAM Reação Adversa a Medicamentos (RAM) é uma resposta nociva e não intencional ao uso de medicamento e que ocorre em doses normalmente utilizadas em seres humanos para a profilaxia, diagnóstico ou tratamento de doenças. (OMS, 1972) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Evento Adverso - Conceito Acontecimentos de importância médica que se apresentam durante uma terapia medicamentosa, mas não tem necessariamente uma relação causal com o medicamento. (OMS, 2005) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Genética Erro de Medicação Adesão Evento Adverso Dieta Doenças Reação Adversa/ Inefetividade Outros Fatores Efeito atribuído ao medicamento Outros Medicamentos Agência Nacional de Vigilância Sanitária Efeitos não atribuídos ao medicamento Meio ambiente www.anvisa.gov.br Urticária aguda medicamentosa Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Classificação da RAM Tipo Gravidade Previsibilidade Causalidade Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Tipos de RAM Seqüência temporal Relação dose-dependência Fatores predisponentes Mecanismo de reação Freqüência de reação Reprodução experimental (animal) Intensidade da reação Agência Nacional de Vigilância Sanitária A + + – /+ B + – + + Alta + – Baixa – – + www.anvisa.gov.br Reação Adversa Grave Hospitalização ou prolongamento de uma hospitalização já existente Incapacidade significativa ou persistente Anomalia congênita Evento médico significante Ameaça à vida Morte Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Reação no músculo deltóide a um medicamento IM Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Reações adversas a medicamentos de especial interesse Agranulocitose Alveolite Anafilaxia Anemia aplástica Cegueira Fibrilação atrial Fibrose pulmonar Focomelia Hipertermia maligna Insuficiência hepática Lupus Eritematoso Sistêmico Miocardite Necrólise epidérmica tóxica Agência Nacional de Vigilância Sanitária Necrose hepática Nefrite interstiticial Rabdomiólise Síndrome de Reye Síndrome Maligna Neuroléptica Síndrome óculomucocutânea Síndrome de StevensJohnson Torsade de pointes (um tipo de arritmia fatal) www.anvisa.gov.br Reação Adversa a Medicamento Síndrome de Stevens-Johnson ex. carbamazepina, fluoxetina Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Reação Adversa a Medicamento Necrólise epidérmica tóxica ou Síndrome de Lyell ex. benzodiazepínicos, zidovudina Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Linhas de Beau após tratamento de câncer de seio Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Reação Inesperada Evento cuja natureza ou intensidade não é coerente com as informações constantes na bula do medicamento ou no processo do registro sanitário no país, ou, ainda, que seja inesperado de acordo com as características do medicamento. (OMS, 2005) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Avaliação da Causalidade Conexão entre o medicamento suspeito e o efeito clínico Motivo Características Seqüência temporal plausível Dose-dependência quanto maior a dose, maior a gravidade Efeito da retirada do medicamento suspeito melhora do efeito nocivo Efeito de reexposição do medicamento suspeito reaparecimento do efeito nocivo Causas alternativas outras explicações etiológicas (doenças e outros medicamentos) Mecanismo farmacológico ou toxicológico Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br CATEGORIAS DE CAUSALIDADE – OMS DEFINIDA Um evento clínico, incluindo anormalidades de exames laboratoriais, ocorrendo em um espaço de tempo plausível em relação à administração do medicamento, e que não pode ser explicado pela doença de base ou por outros medicamentos ou substância química. A resposta da retirada do medicamento deve ser clinicamente plausível. O evento deve ser farmacologicamente ou fenomenologicamente definido, utilizando um procedimento de reintrodução satisfatória, se necessário. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br CATEGORIAS DE CAUSALIDADE – OMS PROVÁVEL Um evento clínico, incluindo anormalidades de exames laboratoriais, com um tempo de seqüência razoável da administração do medicamento, com improbabilidade de ser atribuído à doença de base ou por outros medicamentos ou substâncias químicas, e que segue uma resposta clinicamente razoável após a retirada. A informação de reintrodução não é necessária para completar esta definição. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br CATEGORIAS DE CAUSALIDADE – OMS POSSÍVEL Um evento clínico, incluindo anormalidades de exames laboratoriais, com um tempo de seqüência razoável da administração do medicamento, mas que poderia, também, ser explicado pela doença de base ou por outros medicamentos ou substâncias químicas. A informação sobre a retirada do medicamento pode ser ausente ou não ser claramente conhecida. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br CATEGORIAS DE CAUSALIDADE – OMS IMPROVÁVEL Um evento clínico, incluindo anormalidades de exames laboratoriais, com uma relação de tempo com a administração do medicamento que determina uma improvável relação causal, e no qual outros medicamentos, substâncias químicas ou doenças subjacentes fornecem explicações plausíveis. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br CATEGORIAS DE CAUSALIDADE – OMS CONDICIONAL / NÃO CLASSIFICADO Um evento clínico, incluindo anormalidades de exames laboratoriais, relatados como um evento adverso, sobre o qual é essencial mais dados para uma avaliação apropriada ou os dados adicionais estão sob observação. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Causalidade + - Improvável Possível Provável 0% Definida 100 % Probabilidade Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvio da Qualidade de Medicamentos Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvio da Qualidade de Medicamentos É o afastamento dos parâmetros de qualidade estabelecidos para um produto ou processo. (RDC 210/03) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvio da Qualidade de Medicamentos Alterações organolépticas: Mudanças de coloração Mudanças de odor Mudanças de sabor Turbidez Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvios da Qualidade de Medicamentos – Exemplos 1. Frasco de omeprazol com pó na cor amarela enquanto nos demais a cor é branca. Avaliação do caso: possível reação de degradação 2. Cliente costuma comprar sempre o mesmo xarope, mas o gosto do último adquirido está diferente do usual. Avaliação do caso: possível reação de degradação 3. Conteúdo da ampola de solução de sulfametoxazol + trimetoprima apresentando partículas aparentemente oleosas, que após agitação se desfazem e turvam a solução. Avaliação do caso: possível contaminação Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvio da Qualidade de Medicamentos Alterações físico-químicas: Precipitação Dificuldades de solubilização (pó para suspensão) Dificuldades de homogeneização (suspensões, emulsões) Problemas de desintegração e dissolução Formação de gases Fotosensibilidade e Termosensibilidade Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvios da qualidade de medicamentos – Exemplos 1. Formação de cristais na solução de xarope. A temperatura de armazenamento foi de +/- 25 ºC. Avaliação do caso: possível problema na formulação ou no transporte 2. Paciente verificou que os comprimidos estavam saindo nas fezes. Avaliação do caso: comprimido com possíveis problemas na desintegração e dissolução 3. Comprimidos soltando pó ou quebrando dentro do blíster. Avaliação do caso: possível problemas de dureza Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvio da Qualidade de Medicamentos Alterações gerais: Partículas estranhas Falta de informações no rótulo Rótulo com pouca adesividade ao material de embalagem Problemas de registro Troca de rótulo ou de conteúdo Rachaduras e bolhas no material de acondicionamento Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvios da qualidade de medicamentos – Exemplos 1. A impressão do lote e validade apagam com facilidade. Avaliação do caso: possível utilização de tinta inadequada 2. Blíster inviolado vazios (sem comprimidos) Avaliação do caso: possível problema de BPF 3. Mesmo obedecendo o empilhamento máximo as caixas de embarque amassam e tombam. Avaliação do caso: possível problema de BPF (não qualificação do fornecedor das caixas) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvios da qualidade de medicamentos – Exemplos 4. DOU está especificado ampola âmbar e farmácia recebe ampola transparente Avaliação do caso: possível problema de registro 5. Ausência do número de registro ou apenas número de protocolo. Avaliação do caso: possível produto sem registro Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvio da Qualidade de Medicamentos Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvio da Qualidade de Medicamentos Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvio da Qualidade de Medicamentos Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvio da Qualidade de Medicamentos Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvio da Qualidade de Medicamentos Problemas com transporte de medicamentos Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Desvio da Qualidade de Medicamentos Problemas de armazenagem de medicamentos Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Caso Celobar® Data: Maio de 2003 Produto: CELOBAR (sulfato de bário, 150g) RAM: hipocalemia, arritmia ventricular e parada cardíaca Nº de casos: Cerca de 200 pacientes apresentaram efeitos adversos e 22 mortes (em 6 estados envolvidos) Aparecimento da reação: 10 minutos a 3 horas (média 30 min) Investigação: carbonato de bário = 14% ou 21g/150g Dose letal: cerca de 3 gramas, mas existindo relatos em adultos que se recuperaram após administração de 30 gramas. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Qual dos dois Produtos abaixo é o Cialis original? Produto A Agência Nacional de Vigilância Sanitária Produto B www.anvisa.gov.br Produto A Agência Nacional de Vigilância Sanitária Produto B www.anvisa.gov.br Registro de Produtos para Saúde (Anvisa) 1 – Medicamentos (Reg. MS – 1.2222.3333.444-5) 2 – Cosméticos 3 – Saneantes 4,5 e 6 – Alimentos 8 – Produtos para saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Inefetividade Terapêutica Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Inefetividade Terapêutica Ausência ou a redução da resposta terapêutica esperada de um medicamento, sob as condições de uso prescritas ou indicadas em bula. Inefetividade Terapêutica é um Evento Adverso ou uma Queixa Técnica? Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Inefetividade Terapêutica Relacionada ao Desvio de Qualidade Alterações na matéria-prima Alterações na síntese do fármaco Alterações no processo de produção Alterações na formulação original Alterações organolépticas Concentração do fármaco abaixo do rotulado Dificuldades de solubilização e homogeinização Dificuldades de dissolução e degradação para sólidos orais Medicamento genérico e similar não bioequivalente Polimorfismo químico Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Influência do Polimorfismo - Solubilidade, dissolução BD e BE: Formas polimórficas podem apresentar: Diferentes solubilidades aquosas Diferentes taxas de dissolução Fonte: Guidance for Industry. ANDAs: Pharmaceutical Solid Polymorphism Chemistry, Manufacturing, and Controls Information. DRAFT GUIDANCE. Center for Drug Evaluation and Research (CDER), December 2004. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Murilo Freitas Dias www.anvisa.gov.br Polimorfismo Agência Nacional de Vigilância Sanitária Murilo Freitas Dias www.anvisa.gov.br Polimorfismo do Paracetamol Fonte: Ámbito farmacéutico. Vol. 25. Núm 8 sept. 2006. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Murilo Freitas Dias www.anvisa.gov.br Exemplos de medicamentos que podem apresentar polimorfismo Acetazolamida Furosemida Ácido acetilsalicílico Glibenclamida Ampicilina anidra Lamivudina Captopril Maleato de Enalapril Carbamazepina Mebendazol Cefazolina Metildopa Cloridrato de Clorpromazina Metilpredinisolona Cloridrato de Ranitidina Metoprolol Codeína Nifedipina Digoxina Palmitato de Cloranfenicol Eritromicina Paracetamol Espironolactona Prednisolona Etoposideo Prednisona Fenobarbital Rifampicina Fluconazol Sulfametoxazol e trimetropina Agência Nacional de Vigilância Sanitária Murilo Freitas Dias www.anvisa.gov.br Inefetividade Terapêutica Relacionada ao Erro de Medicação: Uso de medicamentos vencidos, inclusive pelo não consumo após aberto (colírios, xaropes) Perda de potência por má armazenagem Indicação, dose ou via de administração incorreta (ex: erros na leitura da prescrição) Preparo, misturas e diluições indevidas Interação medicamentosa Não adesão ao tratamento Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Inefetividade Terapêutica Relacionada à Interação Medicamentosa: Indutores do Citocromo P450 carbamazepina griseofulvina etanol primidona fenitoína rifampicina fenobarbital tabagismo Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br J Psychiatry Neurosci 2008;33(2) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Erro de Medicação Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Qualquer evento evitável que pode causar dano ao paciente ou levar ao uso inadequado do medicamento. Distribuição Prescrição Dispensação Mistura / Preparo Agência Nacional de Vigilância Sanitária Administração www.anvisa.gov.br Causas mais comuns comunicação insuficiente ou inexistente ambigüidade nos nomes dos produtos recomendações de uso, abreviações médicas ou formas de escrita ilegível procedimentos ou técnicas inadequadas ou incorretas uso indevido pelo paciente pela pobre compreensão do uso adequado erro ou atraso no diagnóstico Fonte: FDA, CDER – Medication Errors Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Erro de Medicação - exemplos Uma paciente de 38 anos foi levada ao hospital devido a problemas de hipoglicemia. O médico ordenou, verbalmente, à enfermeira que administrasse uma ampola de glicose endovenosa. A enfermeira, precipitadamente, pegou, por engano, uma ampola de cloreto de potássio e administrou, levando a paciente à morte instantânea. Outro trágico acontecimento foi de um paciente pediátrico, que se queixava de dores abdominais. Foi-lhe prescrita glicose e Buscopam pelo médico. A auxiliar de enfermagem se confundiu e aplicou cloreto de potássio, tendo o paciente falecido, logo após a infusão do medicamento. Este fato foi publicado no Jornal “O Globo”, de 6 de fevereiro de 1993. BULHÕES, I. Os anjos também erram: mecanismos e prevenção da falha humana no trabalho Agência Nacional de Rio Vigilância Sanitária hospitalar. de Janeiro: [s.n.], 2001. 293p. www.anvisa.gov.br Como evitar os erros relacionados ao medicamento? Prescrição • Avaliação da necessidade e seleção do medicamento correto • Individualização do regime terapêutico • Estabelecimento da resposta terapêutica desejada Dispensação • Revisão da prescrição • Processamento da prescrição • Mistura e preparo dos medicamentos • Dispensação dos medicamentos de maneira adequada e oportuna Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Como evitar os erros relacionados ao medicamento? Administração • Medicamento correto para o paciente correto • Medicamento quando indicado • Informação ao paciente sobre a medicação • Inclusão do paciente no “cadastro administrativo” Monitoração • Monitoração e documentação da resposta do paciente • Identificação e notificação de suspeita de RAM e DQ • Reavaliação da seleção do medicamento, regime, freqüência e duração do tratamento Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Cadeia de Falhas envolvendo processos e pessoas: O queijo suíço pode ser penetrado por uma trajetória acidental Risco Dano Agência Nacional Fonte:deJames Reason. Human error: models and management. BMJ 2000;320;768-770 Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Caso Lidocaína 10% • Três mortes associadas ao anestésico após o exame endoscópico (edema pulmonar, crise convulsiva e confusão mental) • Além destas, 12 pessoas se sentiram mal • Local: Itagiba, sul da Bahia • Todas as pessoas sentiram dores de cabeça e tontura, uma hora após receberem o anestésico Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Exemplos de medicamentos com Índice Terapêutico estreito Ácido valpróico Aminofilina Amiodarona Aminoglicosídeos Carbidopa/Levodopa Carbamazepina Ciclosporina Clindamicina Clonidina Clozapina Digoxina Disopiramida Fenobarbital Fenitoína Agência Nacional de Vigilância Sanitária Isotretinoína Lítio Minoxidil Oxcarbazepina Prazosin Primidona Procainamida Quinidina Tacrolimus Teofilina Vancomicina Verapamil Varfarina Vitamina A www.anvisa.gov.br Informações – Página da Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Informações – Página da Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Informações – Página da Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Exemplos de Erro de Medicação Metrotexato oral e aplasia medular grave - Esses erros têm ocorrido devido a interpretação incorreta da prescrição: a dose oral de 7,5mg foi administrada diariamente, e não uma vez na semana como deveria; - Essas sobredoses provocaram a ocorrência de aplasia medular grave ou fatal; - Os pacientes devem ser advertidos a notificar aos médicos o surgimento de qualquer sinal do sintoma de depressão da medula óssea, tais como hemorragia ou hematoma, púrpura, infecção e dor de garganta sem causa explicável. Fonte: http://www.anvisa.gov.br/farmacovigilancia/informes/2004/informe_3.htm Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Fonte: Bittencourt, MO et al. Assessment of medication error reports sent to Brazilian Medicine Monitoring Centre (CNMM), 2008. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Fonte: Bittencourt, MO et al. Assessment of medication error reports sent to Brazilian Medicine Monitoring Centre (CNMM), 2008. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Interação Medicamentosa Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Conceito O termo interações medicamentosas referese à interferência de um fármaco na ação de outro ou de um alimento/nutriente na ação de medicamentos. Podem ser desejáveis (benéficas) ou indesejáveis. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Interação Medicamentosa 7% das RAM são atribuídas às interações principal fator de risco para RAM risco de interações em paciente com dois ou mais medicamentos é de 30% tipos mais graves de interação aparecem principalmente no idoso (Seymour RM. Drugs Aging 1998; 12(6): 485-94) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Farmacocinética e Farmacodinâmica Fonte: Katzung. Basic & Clinical Pharmacology, 9th Edition. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Interações Medicamento-Medicamento As interações farmacocinéticas são aquelas onde um medicamento altera a velocidade ou a extensão da absorção, distribuição ou eliminação de outro medicamento. Exemplos: hidróxido de alumínio + beta-bloqueadores fenilbutazona + anticoagulantes orais Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Interação Medicamentosa Inibidores do Citocromo P450 cetoconazol nefazodona claritromicina ritonavir eritromicina sertralina itraconazol troleandomicina fluvoxamina zileutona Agência Nacional de Vigilância Sanitária Indutores do Citocromo P450 carbamazepina griseofulvina etanol primidona fenitoína rifampicina fenobarbital tabagismo www.anvisa.gov.br Interações Medicamento-Medicamento As interações farmacodinâmicas são aquelas onde um medicamento induz uma mudança na resposta do paciente a outro medicamento sem alterar a sua farmacocinética. Exemplos: salbutamol + propranolol gentamicina + furosemida Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br “Se remédios simples são efetivos, não prescreva remédios em associações” Rhazes, Pércia antiga (860 – 932 DC) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Problemas Decorrentes do Uso Não Aprovado Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Uso Não Aprovado Uso não-licenciado: Refere-se a um medicamento ou a uma apresentação farmacêutica que não foi avaliado ou aprovado pela Anvisa. Inclui medicamentos cuja formulação é modificada (ex. preparações extemporâneas), aqueles utilizados anteriormente à concessão do registro, incluindo ensaios clínicos, os que são importados sem a aprovação do registro no país (quando o medicamento for registrado em outro país), ou as substâncias químicas utilizadas para fins terapêuticos. Fonte: CONROY et al., 1999; GAZARIAN et al., 2007; MARTÍNEZ et al., 2005; SANTOS et al., 2008; TURNER et al., 1999 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Uso Não Aprovado Uso off label: Uso de um medicamento registrado nas situações não incluídas na informação que consta no registro do produto. Inclui uso em uma indicação, faixa etária/peso, dose, freqüência, apresentação ou via de administração diferente daquela que é aprovada pela Anvisa, ou, ainda, nas situações onde o uso for contra-indicado Fonte: CONROY et al., 1999; GAZARIAN et al., 2007; MARTÍNEZ et al., 2005; SANTOS et al., 2008; TURNER et al., 1999 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Problemas Decorrentes do Uso Off-Label Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Uso Não Aprovado em Crianças Estudo realizado em hospital público infantil de Fortaleza: 82,6% receberam pelo menos um medicamento não licenciado ou off label 17% receberam ambos medicamentos não licenciados e off label Dose/freqüência foi a forma mais comum de uso off label Uso não aprovado significativamente associado a RAMs Fonte: Santos et al. Off-label and unlicensed drug utilization in hospitalized children in Fortaleza, Brazil. Eur J Clin Pharmacol, 2008 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br