Comunidades de
aprendizagem e de
prática em metaverso
Eliane Schlemmer
Pierfranco Malizia
Luciana Backes
Gaia Moretti
Pierfranco Malizia
 Doutora em Sociologia da Cultura pela Universidade
La Sapienza.
 Professora de Sociologia na Faculdade de Letras e
Filosofia da Universidade Lumsa.
 Publicou, entre outros, Comunic-a-zioni (Milão, 2006),
Configurazioni (Milão, 2007), Al plurale (Milão, 2008) e
Piccole società (Roma, 2010)
aprendizagem e de prática:
uma introdução
 Transformações Tecnológicas
 Mudanças nas formas de aprendizagem
 Mudanças nas formas de agregação social
 Mudanças na profissionalidade
 Mudanças do trabalho
 “Fenomenologias radicalmente novas"
Mutação genética das novas tecnologias de
informação e comunicação
 De instrumentos de elaboração e transmissão de
dados para instrumentos de comunicação
 Por que?
 Primeiro, pela redefinição das geometrias dos fluxos
de comunicação
 Segundo, pela veiculação de dados codificados à
multimidialidade.
Redefinição das geometrias
dos fluxos de comunicação
 Integração das modalidades de comunicação one to
one e one to many
 Garantia de funções de diálogos entre pessoas
 Filtro de informações estandardizadas (com base em
parâmetros e categorias especificadas pelo usuário)
Veiculação de dados codificados à
multimidialidade
 Possibilidade de veicular contextos em que os ususários
podem trocar diferentes tipos de mensagens (texto, sons e
imagens), criando novos ambientes de cooperação;
 As TIC não são mais propriedades exclusivas das grandes
estruturas que mantiam propriedade exclusiva das
codificações e recontextualização do conhecimento.
 É neste contexto que surgem as Comunidades Virtuais –
novas formas de organização dos processos de
aprendizagem coletiva e de desenvolvimento do
conhecimento compartilhado
E como fica o agir em rede?
 Uma fenomenologia difusa, ora apocalíptica ora
fideísta;
 Um território comunicativo em si, um território em que
“a disposição espaço-temporal dos signos, a sua
desterritorialização é uma questão de leveza, de
virtualidade, de rapidez das tecnologias de reprodução
e velocidade das tecnologias de transmissão”.
Como fica a comunicação mediada
pelo computador (CMC)?
 A CMC nasceu no início dos anos 1970 – com
experimentos de teleconferência conduzidos por
Murray Turoff para o Institute for Defense Analysis
(utilizou a CMC para uma metodologia de pesquisa
sobre os cenários)
 Primeiros estudos sistemáticos – 1980 – sobre os
efeitos intrínsecos das tecnologias comunicativas –
aspectos sociopsicológicos, por exemplo o efeito de
uma comunicação inteiramente baseada no texto,
desprovida dos elementos não verbais, da
comunicação face-a-face.
Esquemas interpretativos
 Modelo side: no momento em que se enfraquece a
identidade pessoal, se reforça a identidade social. Isso
depende do contexto social em que ocorre a
interação.Quando sse privilegia a identidade social, os
atores tendem a observar principalmente as normas do
grupo de referência.
 Este modelo não aceita a tese da democraticidade
intrínsica, pois acredita que a CMC possa constituir um
instrumento de controle social (é possível encontrar
informações como raça, gênero, idade, pertencimento
à instituições, interesses pessoais)
Modelo Hiperpessoal
 A CMC não é fria nem impessoal, mas se apresenta
tão carregada de conteúdos sociais, por isso,
hiperpessoal
 Contesta a validade de experimentos de laboratório,
diferente das interações naturais, sem expectativas de
interação futura;
 Poderia ser chamada como hipersocial, uma vez que
considera a comunicação via computador como
possível agência de uma socialidade ainda maior em
relação àquela que se desenvolve tradicionalmente.
Modelo do contexto social ou
da ação situada
 Chamada também como etnográfica pois acentua a
importância do contexto social;
 A ação é uma adaptação do sujeito ao contexto em
que se encontra;
 Não se separa a ação das circunstâncias em que se
verifica;
 O contexto é definido como dinâmico e multinível
CMC
 Na realidade, a CMC não pode ser considerada um
instrumento que determina comportamentos mais ou
menos democráticos, mais ou menos desviantes, etc,
uma vez que estes dependem de múltiplos fatores,
entre os quais, não menos importante, está justamente
o contexto social dentro do qual a ação se situa.
E aí surgem as CV
 Novas formas de organização dos processos de
comunicação, socialidade, interação profissional,
formativa e de business.
 O saber é continuamente enriquecido pela experiência
e a torna um dispositivo de aprendizagem social.
 Há 2 dimensões: informativa (base de dados comum) e
participativa (diálogo)
O segredo, o sucesso das CV
 Conectividade (desaparece território, a distância, a
discriminação da separação física)
 Envolvimento
 Integração
 Atração
 Pertencimento (pertinente, interesse comum)
 Exatidão (redução das distâncias e dos tempos – just
in time) – ser continuamente convalidada
Comunidades para ensinar e
para aprender
 Para ensinar – depósito de conhecimento, transmissão
por meio das mídias; processo unidirecional de
transmissão de conhecimento
 Para aprender – o saber e o conhecimento não são de
competência exclusiva dos formadores; cada
participante possui sua bagagem de conhecimento;
confronto entre perspectivas, trabalho intelectual
conjunto; um lugar de criação e difusão de novo
conhecimento que deriva da interação de sujeitos
propositivos e ativos, portadores e criadores de
conhecimento.
Comunidade de prática
 O elemento de compartilhamento que une os componentes
de uma comunidade é a prática.
 Não como atividade enquanto tal, mas como atividade
colocada em um determinado contexto histórico e social –
prática social;
 A prática inclui aspectos tácitos e explícitos, o que foi dito e
o que não foi dito, o que é representado e o que é previsto,
a linguagem, os instrumentos, os conteúdos, as imagens,
os símbolos, os papéis bem definidos, os critérios
especifícos, os procedimentos codificados, os contratos que
uma atividade requer. Também, as sugestões
imperceptíveis, as regras não ditas, as intuições, as
percepções, os pontos de vista.
Comunidade de prática
 A aprendizagem é o motor da prática e a prática é o
resultado daquela aprendizagem;
 Ums CoP, mais que uma comunidade de sujeitos que
aprende, é uma comunidade que aprende.
 Desenvolvem juntos práticas "melhores”.
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