Ensino Médio
3ª Série.
Geografia.
CRESCIMENTO DO PIB MENOR EM 2013
Após a divulgação do PIB de 0,6% no primeiro trimestre de
2013, analistas de instituições financeiras revisaram para
baixo a expectativa de crescimento da economia brasileira
nos próximos dois anos.
A projeção de crescimento passou de 2,93% para 2,77% em
2013 – e de 3,50% para 3,40% em 2014.
O Banco Itaú Unibanco revisou para baixo as previsões de
crescimento do PIB do Brasil de 2013 e 2014.
Para 2013, o banco reduziu a estimativa de alta de 2,8%
para 2,4% e, para 2014, de 3,3% para 2,8%, anunciou nesta
segunda-feira o Itaú Unibanco em nota.
"A surpresa para baixo no crescimento da economia no
primeiro trimestre reduziu o valor estatístico para 2013",
afirmou.
O PIB da indústria deve crescer em um ritmo mais forte no
segundo trimestre, mesmo com a perspectiva de
crescimento mais lento da produção industrial.
A única boa notícia do resultado do PIB no primeiro
trimestre de 2013 foi o crescimento da agricultura.
O destaque foi a agricultura, que teve um crescimento
espetacular de 9,7% no período em comparação com o
último trimestre de 2012, os outros resultados ficaram
abaixo das expectativas.
A indústria teve a sua quarta queda consecutiva. O
resultado do setor foi de -0,3% na comparação com o
quarto trimestre de 2012.
Isso mostra que os incentivos tributários concedidos pelo
governo não são suficientes para o setor industrial voltar a
investir.
As empresas não tem garantias de investimentos de longo
prazo do Governo. O setor enxerga os movimentos do
governo como pontuais.
Pesa contra a economia brasileira, a crise no setor externo.
Prova disso é que, enquanto as exportações tiveram queda
de 6,40%, as importações subiram 6,36% (na comparação
com o quarto trimestre de 2012).
O setor externo está atrapalhando de forma evidente
qualquer reação da economia brasileira.
A projeção de inflação medida pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) para 2013 foi mantida em 5,80%.
Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,70%.
A projeção de inflação para os próximos 12 meses subiu de
5,57% para 5,64%, conforme a projeção suavizada. Há quatro
semanas, estava em 5,53%.
Para 2014, a média subiu de 5,75% para 5,76%. Para 2015,
passou de 5,36% para 5,38%. Para 2016, de 5,20% para
5,22%. Para 2017, de 5,15% para 5,17%.
Das oito classes de despesas analisadas, seis registraram
decréscimo em suas taxas de variação de preços, por conta
da queda do consumo, são elas:
Transportes (de 0,60% para 0,34%),
Alimentação (de 1,42% para 1,31%),
Educação, Leitura e Recreação (de 0,32% para 0,24%),
Comunicação (de 0,48% para 0,45%),
Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,59% para 0,51%)
Despesas Diversas (de 0,19% para 0,18%).
No grupo Alimentação, foi destaque o comportamento dos
preços das carnes bovinas, que acentuaram a queda de
2,14% para 2,61%.
As classes de Habitação e vestuário foram as únicas que
apresentaram crescimento de consumo, graças aos
incentivos governamentais como os planos de compra da
casa própria e também a desoneração de alguns setores do
vestuário, entre eles o investimento em matéria-prima e
diminuição dos impostos de contratação de pessoal.
EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO COM AS MAIORES
PERDAS NA BOLSA ESTE ANO.
A Vale do Rio Doce foi a empresa de capital aberto
brasileira que registrou as maiores perdas em seu valor de
mercado de janeiro a maio deste ano.
Segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira, o valor
da mineradora caiu R$ 42 bilhões, de R$ 215 bilhões em
dezembro de 2012 para R$ 173 bilhões em maio de 2013.
A OGX, do empresário Eike Batista, aparece em seguida na
lista com perdas de R$ 8,8 bilhões.
De acordo com a pesquisa, as empresas brasileiras de
capital aberto, no geral, perderam 1,44% do valor de
mercado em 2013.
Até 10 de maio, última data avaliada pela pesquisa, o setor
com o maior percentual de queda foi o de siderurgia e
metalurgia - a baixa chega a 26,11%.
Em seguida na lista está o setor de mineração, com perdas
de 19,5%.
Empresa
Valor de mercado
12/2012
Valor de mercado
5/2013
Queda
(milhões)
%
Vale
R$ 215.110 bilhões
R$ 173,028
R$ 42.083
-19,5%
OGX
R$ 14.174 bilhões
R$ 5.275
R$ 8.899
-62,7%
Sid Nacional
R$ 17.292 bilhões
R$ 10.629
R$ 6.663
-38,5%
Oi
R$ 14.077 bilhões
R$ 7.884
R$ 6.194
-44%
Gerdau
R$ 29.048 bilhões
R$ 23.155
R$ 5.893
-20,2%
Usiminas
R$ 13.094 bilhões
R$ 8.674
R$ 4.420
-33,7%
Santander BR
R$ 55.980 bilhões
R$ 51.748
R$ 4.232
- 7,5%
Natura
R$ 25.174 bilhões
R$ 21.594
R$ 3.580
-14,2%
Bradespar
R$ 11.196 bilhões
R$ 8.492
R$ 2.704
-33,9%
Multiplus
R$ 7.729 bilhões
R$ 5.104 bilhões
R$ 2.626
-33,9
Entre as maiores altas nominais, de acordo com a pesquisa,
aparecem o Itaú Unibanco, com alta de R$ 10,1 bilhões, e o
Bradesco, com crescimento de R$ 9,8 bilhões.
O setor financeiro, no entanto, não está entre os que
registraram as maiores altas no período.
Segundo a pesquisa, o segmentos de eletroeletrônicos e
químico ocuparam os dois primeiros lugares no ranking,
com valorização de 22,13% e 20,94%, respectivamente.
Empresa
Valor de mercado em
12/2012
Valor de mercado em
5/2013
Alta (milhões)
%
Itaú Unibanco
R$ 145.742 bilhões
R$ 115.924 bilhões
R$ 10.182
6,9%
Bradesco
R$ 131.908 bilhões
R$ 141.805 bilhões
R$ 9.897
7,5%
BRF
R$ 36.534 bilhões
R$ 43.271 bilhões
R$ 6.737
18,4%
Cielo
R$ 37.293 bilhões
R$ 43.215 bilhões
R$ 5.923
15,8%
Pão de Açúcar
R$ 23.818 bilhões
R$ 28.909 bilhões
R$ 5.091
21,3%
Ultrapar
R$ 24. 831 bilhões
R$ 29.503 bilhões
R$ 4.672
18,8%
Telef Brasil
R$ 53 bilhões
R$ 57.075 bilhões
R$ 4.075
7,6%
Braskem
R$ 8.745 bilhões
R$ 11.711 bilhões
R$ 2.966
33,9%
Embraer
R$ 10.496 bilhões
R$ 13.119 bilhões
R$ 2.623
24,9%
Cosan
R$ 16.906 bilhões
R$ 18.968 bilhões
R$ 2.061
12,1%
BRASIL PERDE PARTICIPAÇÃO NO COMÉRCIO MUNDIAL
As exportações e importações brasileiras desabam, tem um
desempenho em 2012 bem abaixo da média mundial e o
País reduz sua participação no comércio mundial.
Dados divulgados nesta quarta-feira pela Organização
Mundial do Comércio revelam que, por conta da crise
européia, as vendas brasileiras ao mundo sofreram uma
contração de 5% no ano passado, resultado bem pior que o
dos demais emergentes e do resto do mundo.
O protecionismo brasileiro e a desaceleração do
crescimento também tiveram sua repercussão: as
importações ao País despencaram a níveis bem mais
profundos que dos demais emergentes e o País caiu no
ranking dos maiores importadores.
No geral, a OMC apresentou uma drástica revisão para
baixo das perspectivas de crescimento do comércio em
2013, em mais um sinal claro da dificuldade da economia
mundial em sair de sua crise.
A contração do PIB na Europa, a maior importadora do
mundo, afetou a todos e continuará a impactar os
exportadores nos próximos dois anos.
Com US$ 257 bilhões em vendas, o Brasil se manteve na
22ª posição entre os maiores exportadores mundial, com
meros 1,3% do comércio mundial em 2012.
Mas, em 2011, o Brasil representava 1,4% das exportações
do mundo.
No ano, o Brasil caiu em 5% em vendas, contra uma média
mundial se mantendo estabilizada.
O resultado de 2012 contrasta com a expansão dos últimos
anos.
A média entre 2005 e 2012 foi de um crescimento de 11%
em valores nas vendas nacionais, bem acima da média
mundial de apenas 8%.
Em 2010, as vendas subiram em 32%, contra 27% de
expansão em 2011.
Agora, registrou uma contração.
Em volumes, as vendas nacionais tiveram um crescimento
de 3,1% em 2011.
Mas, em 2012, enquanto o mundo cresceu em 2%, o Brasil
sofreu uma contração de 1,3%, numa prova que a balança
comercial nacional dependia dos preços das commodities e
que acabaram caindo.
Para Coleman Nee, economista da OMC, o resultado no
Brasil tem uma relação direta com a crise na Europa e seu
impacto na China.
"O motor da contração tem sido a Europa, afetando não
apenas aqueles países que vendem para o mercado europeu,
mas também aqueles que vendem matérias-primas para a
China que, por sua vez, exportam produtos acabados para a
Europa", disse.
O Brasil seria um desses casos.
Em volume de exportação, a contração no Brasil foi de
2,1%.
Em média, os países emergentes tiveram uma expansão em
importações de 4,6%.
Questionado se o protecionismo brasileiro contribuiu para
esse resultado, Nee apenas disse: "certamente essas
medidas não ajudaram a aumentar o comércio".
O resultado acabou fazendo o Brasil perder uma posição
no ranking dos maiores importadores, caindo da 21ª para a
22ª posição mundial.
Para o restante do mundo, a OMC apresentou previsões
dramáticas para 2013.
No ano passado, a entidade havia alertado para um
crescimento de apenas 4,5% no comércio mundial em
2013, abaixo da média dos últimos 7 anos de 8%.
A previsão foi reduzida no final do ano para 3,7%. Agora,
com a situação na Europa se deteriorando rapidamente e a
dificuldade de países emergentes em compensar a recessão
nos países ricos, a nova previsão aponta para um aumento
do comércio de meros 3,3% em valores.
Em volume, o comércio mundial não cresceu.
Os resultados de 2012 também foram revistos para baixo.
Em setembro, a OMC havia indicado que a expansão havia
sido de 2,5%.
Agora, o resultado final foi um crescimento de apenas 2%.
Outra constatação é o distanciamento cada vez maior da
China como maior exportadora do mundo, mesmo diante
da crise na Europa.
Em 2012, Pequim terminou com 11,2% das vendas
mundiais, mais de um ponto porcentual a mais que em
2011, com US$ 2 trilhões.
Em 2012, as vendas subiram em 8%.
O segundo lugar ficou com os EUA, com 8,4% das
exportações mundiais, seguido pela Alemanha, com 7,7%
das vendas no mundo.
Download

Slide 1