♥ Amanda Palumbo
♥ Bárbara Raposo
♥ Bianca Portelinha
♥ Bruna Maria Martins
Grupo II
 A cárie dentária é uma doença de origem bacteriana.
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As bactérias que se encontram normalmente na boca
transformam os restos de alguns alimentos em ácidos ( ác. lático ,
por exemplo). Tais ácidos formados pelo processo de
fermentação promovem a desmineralização dos tecido dentais ,
levando assim a ocorrência da cárie.
Processo de evolução da cárie dentária
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O consumo de sacarose é considerado o principal fator causador
da cárie. Para tentar controlar essa doença a sacarose tem sido
substituída por açúcares não fermentáveis.
A trealose (α-D-glicopiranosil-α-D-glicopiranosídeo) é um
dissacarídeo composto por duas moléculas de glicose unidas por
ligações α,α-1,1 .Está presente em pequenas quantidades em
cogumelo ,pão,cerveja,camarão e soja.Produzido também a um
preço razoável, o açúcar da trealose é cerca de 45 % tão doce
quanto a sacarose.
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Carboidratos  Para experimentos em animais , a trealose altamente
purificada foi obtida de Okayama( Japão). Já para experimentos “in
vitro” , a trealose e outros carboidratos necessários , foram obtidos
a partir de produtos reagentes.
Microorganismos  Foram utilizados Streptococcus mutans e
Streptococcus sobrinus , adquiridos a partir de culturas em
laboratórios.
Glicosiltrasferase ( Gtase)  Para analisar a atividade da
glicosiltransferase, foi feita uma mistura contendo 0,3 M de
solução tampão acetato, 0,15M de sacarose e 0,6M de
trealose. A mistura foi mantida a 25°C, como resultado foi
analisado que a mistura se encontrava insolúvel em água.
Fermentação ácida A fermentação foi analisada em presença das
bactérias, S. mutans e S. sobrinus.As bactérias foram cultivadas( a
37 ºC) em um líquido retirado do coração contendo 1% de extrato de
levedura e 0.25% de sacarose, depois de 20 horas foram retiradas
e lavadas em uma solução tampão de Stephan pra produzir
eritrócitos. A mistura de reação foi composta de 0,4 ml de hemácias
e 0,2 ml de sacarose (0.3M) ou de 0,2 ml da trealose(0.3M).Alíquotas
foram coletadas em determinados intervalos de tempo e o pH foi
medido.
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Produção de ácido lático  Bactérias foram cultivadas a 37 ºC
por 20 horas. As células foram colhidas por centrifugação,
lavadas e suspensas em tempão de fosfato de potássio(pH 6.8).
Depois , essas células foram mantidas em uma mistura contendo
trealose (1%), MgCl2 e solução tampão de fosfato de potássio. A
mistura foi encubada a 37°C ,por 30 minutos e fervida por 5
minutos. Após a centrifugação o ácido lático foi analisado.
Medição do pH da placa Doze voluntários com boa higiene bucal
foram escolhidos. Todos lavaram a boca durante 2 minutos com
10ml de sacarose(10%), trealose(10%) ou sorbitol(10%) pelo
menos duas horas após comer ou beber. . Os experimentos com
cada açúcar foram realizados em um dia e as amostras foram
coletadas a 0, 3, 7, 11, 20 e 30 minutos .O pH foi medido
utilizando um medidor digital de pH( 90 segundos após o início da
colheita).
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Experimento sobre cáries  Ratos livres de patógenos
específicos foram isolados em uma gaiola e infectados com S.
mutans resistentes a estreptomicina. Todos os ratos foram
alimentados com uma dieta modificada contendo diferentes
açúcares no lugar da sacarose, como descrito abaixo:
- 21,3% de sacarose + 34,7% de amido para o grupo A (7 ratos)
- 21,3% de trealose + 34,7% de amido para o grupo B (7 ratos)
- 30% de sacarose + 26% de trealose para o grupo C (8 ratos)
Cáries mandibulares foram visualizadas .
Durante o período experimental , os ratos tiveram acesso a
dieta e água à vontade.
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Análise estatística As cáries obtidas foram analisadas por
cálculos de média e desvios padrão da média. Diferenças entre
as médias dos grupos experimentais e de controle foram
avaliados.
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Inibição da atividade da glicosiltransferaseA tabela abaixo
mostra o efeito da trealose sobre a atividade da
glicosiltransferase( na presença de S . mutans).
Proporção
Trealose / Sacarose
Percentual de inibição da GTase
1:1
10 %
2:1
35%
4:1
63,5%
Já na presença de S. sobrinus, o efeito da trealose na
atividade enzimática foi mais fraco do que na S.mutans. Na
proporção 1:4 ( sacarose:trealose), o percentual de inibição foi
de apenas 37,5%.
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Fermentação ácida  A taxa de fermentação da trealose foi
examinada usando s. mutans e S. sobrinus. Quando a sacarose foi
utilizada para a fermentação do ácido, o pH da mistura de reação
chegou a cair linearmente e atingiu o pH crítico (5,5) após
incubação de 4, 65 min. em s. mutans e 3,13 min. em s. sobrinus.
Por outro lado, a trealose foi muito lentamente fermentada neste
sistema. o tempo para atingir pH crítico foi de 11 min para s.
mutans e 7,25 para s. sobrinus.
S. mutans
S. sobrinus
• - Trealose
○ - Sacarose
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Produção de ácido lático  O gráfico abaixo mostra o montante
de ácido lático formado pelas suspensões celulares de S. mutans e
S. sobrinus. Ambas as suspensões celulares produziram uma
grande quantidade de ácido lático a partir da sacarose. Apesar da
S. mutans e S. sobrinus terem produzido algum ácido lático a
partir da trealose, os montantes foram por volta de 24,2 e 58,9%
dos obtidos através da sacarose, respectivamente.
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Medição do pH da placa Os voluntários foram divididos em dois
grupos : A – Indivíduos com baixo pH, que chegaram a um pH
mínimo de 5.28 em 3 minutos e B – indivíduos com alto pH , que
chegaram a um ph mínimo de 6.13 em 7 minutos.Os valores de pH
foram significativamente menores no grupo em que enxaguou a
boca com sacarose em comparação com o grupo fez o enxágüe
com a trealose.O grupo que enxaguou a boca com sorbitol não
sofreu alterações no pH da placa.Para finalizar , o grupo que
enxaguou a boca com sacarose teve o pH mínimo alcançado mais
rapidamente ( 3 minutos ) enquanto o grupo que enxaguou com a
trealose demorou 7 minutos para alcançar pH 6.50 ( indivíduos
com baixo pH ) e pH 6.98( indivíduos com alto pH).
Experimento sobre cáries  Para estabelecer a carie in vivo,
foram utilizados ratos, eles foram infeccionados com S. mutans e
S. sobrinus . O grupo C foi alimentado com 30% sacarose e 26%
de trealose. Foi analisado que a taxa de carie nesse grupo C foi
menor que nos outros grupos alimentados só com sacarose .
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Os resultados apresentados durante os experimentos executados
demonstram que a exposição intra-oral e da superfície do dente
para a trealose mostra uma resposta de pH significativamente
mais lenta do que a exposição à sacarose. A trealose promove
menos fermentação e produção de ácido lático pela streptococcus
mutans e a cárie dentária em ratos foi reduzida através da
presença da trealose na dieta. Estes experimentos in vitro e em
ratos indicaram que trealose pode ser valiosa no controle da cárie
dentária, além de ser um adoçante eficaz.
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Slide 1 - (LTC) de NUTES