I Projeto Integrado de Prática Educacional
do Curso de Letras
13 de agosto de 2007
I PIPE
ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO
O que é?
 Quem participa?
 Como será?
 Um exemplo
 Divisão de grupos
 Distribuição de temas

O QUE É PRÁTICA EDUCACIONAL?
O QUE É?
Carga Horária Mínima
2.800 horas
Estágio
Supervisionado
AACC
400
200
1240
Prática
400
560
Formação
Pedagógica
Formação
Específica
O QUE É?




TGI-L = 140 h
Disciplinas de
Metodologia do Ensino =
120 h
Estágio de Extensão
Educacional < 100 h
PIPE < 140 h
400
200
1240
400
560
‹nº›
OBJETIVOS GERAIS DO PIPE



Aperfeiçoar o processo de formação profissional, fazendo que
o aluno ocupe efetivamente a posição de agente do processo
de ensino-aprendizagem, e busque, por seus próprios meios,
sob a orientação do professor, as respostas para os problemas
que as situações cotidianas de exercício profissional lhe
oferecem;
Aproximar as diferentes disciplinas do Curso, permitindo o
convívio interdisciplinar dos conceitos teóricos e das práticas
metodológicas de cada um dos eixos que caracterizam a
formação do profissional de Letras;
Integrar os alunos pertencentes às diferentes séries do Curso
de Letras, como estímulo ao convívio, ao respeito e à
tolerância da diferença.
QUEM PARTICIPA?
QUEM PARTICIPA?

Todos os alunos ingressantes a partir de 1/2006,
optantes pela LICENCIATURA e/ou pelo
BACHARELADO, à exceção dos calouros;
2A
 2C
 3A
 3C
 4A
 4C


Alunos de séries anteriores, com dependências
nas turmas participantes, NÃO PARTICIPAM.
COMO SERÁ?
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO I PIPE

Elaborar um DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO
SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA
a
ser disponibilizado online;
 voltado para estundantes de ensino médio;
 que recubra os principais termos referidos na
Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB).
SUJEITOS
Alunos das etapas 2A, 3A, 4A, 2C, 3C, reunidos
em grupos formados aleatoriamente
mesclando-se alunos pertencentes a diferentes
turmas de mesmo turno.
 A cada grupo será atribuído 1 (um) verbete e
seus correspondentes subverbetes.

OBJETO

NOMENCLATURA GRAMATICAL BRASILEIRA
 Portaria
MEC 36, de 28/01/1959
INSTRUMENTOS
Dicionários
 Dicionários Etimológicos
 Dicionários Enciclopédicos
 Glossários
 Vocabulários
 Gramáticas
 Tratados de Historiografia Lingüística
 Sites
 Outros

PROCEDIMENTOS (I)



Em primeiro lugar, conheça os demais integrantes do seu grupo. Eles
serão seus parceiros no desenvolvimento da atividade.
Procure, junto a seus professores, na biblioteca e na internet,
referências bibliográficas que tratem do verbete e dos verbetes que
lhe foram atribuídos. Não se limite a uma única fonte: procure
dicionários, gramáticas, sites e quaisquer outros documentos que
possam trazer informações relevantes sobre o tema. Leia tudo que
puder a respeito do assunto.
Faça um resumo das informações disponíveis. Compare as
diferentes versões. Identifique os pontos de concordância e de
discordância entre os diferentes autores. Selecione os textos mais
interessantes, e copie, observando o mecanismo da citação, os
trechos mais importantes.
PROCEDIMENTOS (II)


Procure, nos dicionários etimológicos, a etimologia da palavra que dá nome ao
verbete. Descubra de onde vem, quando surgiu pela primeira vez na língua
portuguesa. Esta será a primeira parte de seu trabalho. É consideravelmente
simples, e será bastante curta. A seção de etimologia poderá ocupar, no máximo,
500 caracteres com espaços (5 linhas).
Defina o conceito. O que o verbete significa? Qual é o seu sentido hoje? O que dizem
os gramáticos e os lingüistas a respeito do assunto? Procure fazer a síntese das
definições encontradas, e proponha uma definição para o conceito. Nesta parte,
você poderá substituir a sua definição pela definição dos gramáticos e lingüistas,
observando sempre o mecanismo da citação. Mas procure, além de apresentar a
definição dos estudiosos, comentá-la, analisá-la, explicar o que ela significa
realmente. Nunca se esqueça de seu público-leitor será formado por nãoespecialistas; procure traduzir as definições técnicas para os leigos. E observe que,
nesta parte, você terá que se ocupar também dos subverbetes. Além de definir o
verbete principal, defina também cada um dos subverbetes que estão associados a
ele. Esta será a segunda parte do seu trabalho, e também poderá ocupar, no
máximo, 2.500 caracteres com espaços (25 linhas).
PROCEDIMENTOS (III)



Exemplique o conceito. Procure demonstrá-lo e provar que ele é relevante. Encontre
exemplos que possam ilustrá-lo e ajudar um leitor de nível médio a entendê-lo. Seja
didático. Não apenas apresente os exemplos; explique-os. Os exemplos devem
também ser propostos para os subverbetes.'Esta será a terceira parte do seu
trabalho, e ocupará, no máximo, 1.000 caracteres com espaços (10 linhas).
Procure, nas gramáticas, nos dicionários de gramática e lingüística, nos tratados de
historiografia lingüística, pela história do conceito. Qual foi o primeiro autor a propôlo? Quando o propôs? Por que o propôs? Perceba que as categorias metalingüísticas
não são "naturais"; elas foram inventadas por alguém para que pudéssemos
descrever a linguagem. Caberá a você reconstituir essa história. Esta será a quarte
parte de seu trabalho, e poderá ocupar até 2.500 caracteres com espaços (25
linhas).
Critique o conceito. Quais são suas limitações? Quais são suas fragilidades? O que o
conceito não explica? As categorias propostas pela NGB têm limitações que vêm
sendo, há muito, denunciadas pela Lingüística. Procure evidenciá-las e discuti-las,
apontar as contradições e as imprecisões. Esta será a quinta parte do seu trabalho,
e ocupará até 2.500 caracteres com espaços (25 linhas).
PROCEDIMENTOS (IV)


Relacione as referências. Referências são os textos que você citou no corpo
do trabalho. A citação é importante e dá credibilidade ao texto científico.
Prova que você pesquisou antes de se manifestar sobre o tema. Em todas
as etapas anteriores, procure sustentar suas afirmações por meio de
citações de outros autores. O seu trabalho deverá conter, pelo menos, 5
(cinco) citações de diferentes textos, feitas de acordo com o padrão da
ABNT. Nesta parte, aparece apenas a relação, em ordem alfabética, dos
textos citados; as citações propriamente ditas são feitas no corpo dasa
demais seções do trabalho. A apresentação das referências será a sexta
parte do trabalho, e ocupará, no máximo, 1.000 caracteres com espaços
(10 linhas).
Indique leituras complementares. Procure referências de outras obras que
tratam especificamente do assunto e que possam ser indicadas para
aqueles que desejam saber mais sobre o assunto. Procure compilar uma
bibliografia sobre o tema. Essas sugestões de leitura serão a sétima parte
do trabalho, e ocuparão, no máximo, 1.000 caracteres com espaços (10
linhas).
PROCEDIMENTOS (V)

Redija, finalmente, o verbete. Cada verbete a ser entregue deverá vir subdivido,
obrigatoriamente, em oito seções:







ETIMOLOGIA (até 500 caracteres, incluídos os espaços), em que se procurará traçar a história
da palavra, datando seu aparecimento na língua portuguesa;
DEFINIÇÃO (até 2.500 caracteres, incluídos os espaços), em que se procurará fixar o(s)
significado(s) da palavra, analisadas e sintetizadas as definições, convergentes e divergentes,
disponíveis na literatura compulsada;
EXEMPLIFICAÇÃO (até 1.000 caracteres, incluídos os espaços), em que se procurará ilustrar o
verbete, por meio de exemplos e ocorrências que comprovariam sua relevância e sua
pertinência;
HISTÓRIA (até 2.500 caracteres, incluídos os espaços), em que se procurará reconstituir a
história do conceito, de sua concepção até a atualidade;
CRÍTICA (até 2.500 caracteres, incluídos os espaços), em que se reportarão os problemas
associados ao termo, suas contradições e limitações;
REFERÊNCIAS (até 1.000 caracteres, incluídos os espaços), em que se listarão todos os textos
efetivamente citados no corpo do verbete; e
BIBLIOGRAFIA (até 1.000 caracteres, incluídos os espaços), em que se arrolarão obras que
tratam especificamente do termo analisado e que podem ser indicados para aprofundamento
no tema.
PROCEDIMENTOS (VI)

Redija, em seguida, os subverbetes. Cada subverbete a ser
entregue deverá vir subdivido, pelo menos, em duas seções,
abaixo indicadas. As demais seções (etimologia, história,
crítica, bibliografia, referências), embora desejáveis, não são
obrigatórias para os subverbetes, e devem ser desenvolvidas
se, e apenas se, já não tiverem sido abordadas quando da
elaboração do verbete principal.


DEFINIÇÃO (até 2.500 caracteres, incluídos os espaços), em que
se procurará fixar o(s) significado(s) da palavra, analisadas e
sintetizadas as definições, convergentes e divergentes,
disponíveis na literatura compulsada;
EXEMPLIFICAÇÃO (até 1.000 caracteres, incluídos os espaços),
em que se procurará ilustrar o subverbete, por meio de exemplos
e ocorrências que comprovariam sua relevância e sua
pertinência.
PROCEDIMENTOS (VII)




Faça uma pré-avaliação de seu texto. Os critérios de avaliação são públicos
e já estão disponíveis. Conheça a grade de avaliação dos verbetes.
Preencha-a para o seu próprio texto, e faça as correções necessárias.
Principalmente, não entregue seu texto sem antes revisá-lo.
Terminado o trabalho de elaboração, preencha o formulário eletrônico com
os dados de cada verbete e de cada subverbete. Não deixe para a última
hora. Se todos tentarem submeter os textos ao mesmo tempo, pode haver
congestionamento da rede.
Aguarde pela avaliação. Assim que os resultados forem divulgados, veja
quais foram os problemas identificados no seu texto e procure corrigi-los.
Faça a reescrita. Ela pode fazer que sua nota original aumente em até 2
(dois) pontos, respeitado o limite de 10 (dez) pontos por produção.
Entregue a reescrita no prazo definido no calendário. Ela também deve ser
submetida via formulário eletrônico.
RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se, ao final do processo, que cada grupo:
 Tenha proposto, para cada verbete, uma etimologia, uma história,
uma definição, uma exemplificação, uma crítica e uma bibliografia
condizentes com o estado da questão;
 Tenha proposto, para cada subverbete, um definição e uma
exemplificação condizentes com o estado da questão;
 Tenha produzido, em todos os casos, um texto inédito, coeso e
coerente, didático e conciso, vertido na norma-padrão da língua
portuguesa, e voltado para estudantes de nível médio de
escolarização;
 Tenha operado, em todos os casos, a análise e a síntese de pelo
menos cinco referências bibliográficas sobre o verbete;
 Tenha ampliado sua capacidade de pesquisa bibliográfica e seu
conhecimento sobre a Nomenclatura Gramatical Brasileira.
ENTREGA

Os trabalhos deverão ser submetidos até às 24
horas do dia 01/10/2007, unicamente por via
eletrônica, mediante preenchimento de formulário
próprio. Será tolerado o atraso de até 1 (uma)
semana na entrega, mas os retardatários serão
punidos em 25% (vinte e cinco por cento) da nota
e perderão o direito à reescrita. Não serão aceitos
trabalhos submetidos após o dia 08/10/2007, e
seus responsáveis receberão nota 0 (zero).
Recomenda-se que os trabalhos sejam postados
com antecedência, para evitarem-se os problemas
relativos ao congestionamento da rede.
FORMULÁRIO DE ENTREGA
AVALIAÇÃO

A atividade será avaliada, em até 10 (dez) pontos, por um professor da área
de Lingüística e de Língua Portuguesa do Curso de Letras, selecionado
aleatoriamente. Para a avaliação, será utilizada a grade de avaliação dos
verbetes. A nota obtida na avaliação poderá ser aumentada, em até 2 (dois)
pontos, respeitado o limite de 10 (dez) pontos, em atividade de reescrita,
opcional, a ser entregue no prazo definido no cronograma. A reescrita será
objeto de nova avaliação pelo mesmo professor avaliador. A nota final será
passível de revisão, desde que justificada e requerida formalmente pelos
integrantes do grupo, em até 5 (cinco) dias úteis após a divulgação dos
resultados finais. Em caso de revisão, o trabalho será encaminhado a outro
professor, que fará nova avaliação. A nota final será a média aritmética
simples das atribuídas pelos dois avaliadores, ainda que a nota do segundo
avaliador venha a ser inferior à do primeiro. Os pontos obtidos serão
convalidados para todas as disciplinas em que o aluno estiver matriculado,
e corresponderão a 20% (vinte por cento) do valor do semestre letivo.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
CRITÉRIO
DESDOBRAMENTO
ETIMOLOGIA
O professor avaliará em que medida o grupo resgata, de forma
sustentada, a etimologia do verbete que lhe foi atribuído.
VALOR
E
B
1,0
R
I
0,5
0
HISTÓRIA
O professor avaliará em que medida o grupo reconstitui, de forma
1,5
sustentada, a história do verbete que lhe foi atribuído.
1,0
0,5
0
DEFINIÇÃO
O professor avaliará em que medida o grupo propõe uma definição
adequada para o verbete e para cada um dos subverbetes que lhe foram 1,5
atribuídos.
1,0
0,5
0
EXEMPLIFICAÇÃO
O professor avaliará em que medida o grupo ilustra adequadamente o
1,5
verbete e os subverbetes que lhe foram atribuídos.
1,0
0,5
0
CRÍTICA
O professor avaliará em que medida o grupo aborda, de forma articulada,
1,5
os problemas associados ao verbete que lhe foi atribuído
1,0
0,5
0
1,0
0,5
0
1,0
0,5
0
1,0
0,5
0
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA
LINGUAGEM
O professor avaliará em que medida o trabalho do grupo é derivado de um
número considerável de obras relevantes sobre o tema.
O professor avaliará a qualidade da bibliografia complementar indicada
sobre o tema.
O professor avaliará em que medida o texto encaminhado é coeso,
coerente, didático, conciso e voltado para um leitor de nível médio de
escolarização
CRONOGRAMA
Apresentação da Proposta = 13/08/07
 Entrega dos Trabalhos (100%) = até 01/10/07
 Entrega dos Trabalhos (75%) = de 02/10/07 a
08/10/07
 Divulgação dos Resultados = 23/10/07
 Entrega da Reescrita (opcional) = 05/11/07
 Divulgação dos Resultados Finais = 19/11/07
 Prazo para Solicitação de Revisão = 26/11/07

PUBLICAÇÃO

Apenas os verbetes que obtiverem nota final
igual ou superior a 7,0 (sete) pontos serão
publicados no Dicionário Online de Questões
Vernáculas.
AUTORIA

Receberão nota 0 (zero), sem direito à reescrita
ou a segunda avaliação, os textos que:
 forem
idênticos ou muito semelhantes, no todo ou
em parte, a outros textos existentes;
 constituírem predominantemente colagem de
fragmentos de textos alheios; ou
 incorporarem, como seu (isto é, sem o mecanismo
da citação), trecho de autoria alheia, ainda que
secundário e irrelevante no desenvolvimento da
proposta.
CARGA HORÁRIA

A atividade convalidará 40 (quarenta) horas de
Prática Educacional.
CASOS OMISSOS

Os casos omissos serão resolvidos pela
Coordenação do Curso de Letras.
UM EXEMPLO: CRASE
ETIMOLOGIA
Crase, do grego krâsis,eós, que significava “ação
de misturar, mistura de elementos que se
combinam num todo, temperamento, fusão de
sons”, chegou ao português, em 1819, por
adaptação do latim tardio crásis, “fusão”
(HOUAISS, 2007).
DEFINIÇÃO (I)
O significado do termo “crase” entre os gramáticos e lingüistas é relativamente
consensual. Para Bechara (2001, p. 632), “crase é a fusão de dois ou mais sons
iguais num só...”. ALMEIDA (1999, p. 57) define crase como “fusão escrita e oral de
duas vogais idênticas”. Para CÂMARA Jr (1977, p. 87), crase é a “enunciação, numa
única vogal, de duas vogais iguais em juntura fechada”. Os três gramáticos
convergem na definição do termo como “fusão de vogais contíguas”, e esta também
é a posição dos dicionários consultados (CRYSTAL, 2000; DUBOIS, 1998). Em todos
estes casos, a palavra indica a fusão de duas vogais idênticas contíguas, provocada
por economia articulatória. É o que ocorre, por exemplo, quando o falante
pronuncia, em fala espontânea, as expressões “casa amarela”, “noite estranha” ou
“fundo urgente”. Nesses e em muitos outros casos semelhantes, o falante tende a
não observar a pausa entre as palavras, pronunciando-as em um mesmo esforço
expiratório, como se fossem “casamarela”, noitistranha” ou “fundurgente”. Veja-se
que não existe a duplicação das vogais idênticas: o falante não produz
“casaamarela”, com dois “a”, a não ser em uma fala mais compassada, menos
espontânea; ele produz simplesmente “casamarela”, porque observa, na produção
dos sons da fala, a lei do menor esforço, salvo em casos em que a diferença precisa
ser assinalada. Essa fusão de dois sons idênticos é o que caracteriza a crase.
DEFINIÇÃO (II)
No entanto, é importante observar que a denominação crase tem sido usada,
principalmente, para especificar a contração ou fusão da preposição “a”
com os artigos definidos femininos (“a” e “as) ou com os pronomes
demonstrativos “a”, “as”, “aquele”, “aquela”, “aquilo”, “aquiloutro”e
“aqueloutro”. Nesses casos, o fenômeno é assinalado pelo acento grave (`),
que em português brasileiro é utilizado unicamente para esse fim. Observese, por exemplo, o que ocorre na sentença abaixo:
(1) A mãe deu o livro ao filho.
Se substituirmos “o filho” por “a filha”, teríamos
(2a) A mãe deu o livro aa filha.
Ninguém, no entanto, duplica os “a” nesse contexto. Em vez de isso,
fundem-se os dois “a”, provocando:
(2b) A màe deu o livro à filha.
O acento grave indica exatamente que houve uma fusão de dois “a”, que se
tornaram apenas um.
HISTÓRIA
A história do termo “crase” é também a história dos estudos da linguagem.
Extraído do latim, o termo começou a ser utilizado pelos comparatistas e
pelos neogramáticos no século XIX, para referir fenômenos de
transformação fonética muito comuns na passagem do latim para as
línguas românicas. O termo passou a incluir a lista dos metaplasmos, que
foram bastante utilizados pelos filólogos para explicar as mudanças por que
passaram as línguas neolatinas em seu processo de formação histórica.
Sua primeira aparição ocorreu, no âmbito da filologia românica, para
explicar a passagem do português arcaico para a fase moderna. O conceito
era aplicado, por exemplo, a ocorrências como mala > maa > má, ou colore
> coor > cor. Seu uso, inicialmente restrito à caracterização de fenômenos
fonéticos, passou progressivamente também para a caracterização do
fenômeno ortográfico por que hoje é mais freqüentemente conhecido o
termo, que chega, inclusive, a dar nome ao acento, mais adequadamente
referido como grave, com que se assinala a fusão da preposição “a” a
outros vocábulos do português.
CRÍTICA
Embora haja consenso sobre a aplicação do termo, existem divergências sobre a pertinência de um
acento indicativo de crase na língua portuguesa. Ferreira Gullar (1998), em um texto já célebre,
propõe que a crase (ou, mais propriamente, o acento que a indica) seja banida do português, porque
serviria apenas para constranger os falantes da língua. De fato, se houve a fusão, haveria
efetivamente a necessidade de a registrarmos na escrita? Muitos outros fenômenos fonéticos não
merecem a mesma distinção. Basta assinalar, por exemplo, que já não registramos, no português,
óutros tipos de fusão, como a que ocorreu entre as consoantes duplicadas, como em “emmendar”
(“emendar”), “innundar” (“inundar”), etc. Se essas consoantes já não trazem nenhuma marca de seu
estado duplicado original, por que a vogal “a” deveria fazê-lo?
Os defensores da crase, entre os quais Almeida (1990), sustentam, porém, que a marcação se justifica
para eliminar ambigüidade. Em uma sentença como:
(3) A aluna denunciou a professora a mãe.
O acento indicativo de crase é a única estratégia disponível para explicitar o objeto indireto. A
supressão do acento não nos permitiria saber, com exatidão, quem foi denunciado e a quem se fez a
denúncia:
(3a) A aluna denunciou a professora à mãe.
(3b) A aluna denunciou à professora a mãe.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, N. M. Gramática Metódica da Língua
Portuguesa. São Paulo: Saraiva, 1998.
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. Rio
de Janeiro: Lucerna, 2001.
CÂMARA Jr., J. M. Dicionário de Lingüística e
Gramática. Petrópolis: Vozes, 1977.
CRYSTAL, D. Dicionário de Lingüística e Fonética.
Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
DUBOIS, J; et al. Dicionário de Lingüística. São
Paulo: Cultrix, 1998.
BIBLIOGRAFIA
CIPRO NETO, P. A crase. São Paulo: Publifolha,
2000.
MARTINS, E. Com todas as letras. São Paulo:
Lucerna, 1998.
SQUARISI, D. Dicas da Dad. São Paulo:
Contexto, 2002.
DIVISÃO DOS GRUPOS
DIVISÃO DOS GRUPOS
Grupos de 3 (três) integrantes
 De séries distintas
 Formados aleatoriamente
 Em caso de divergências inconciliáveis e
incompatibilidades insuperáveis:

 Cada
membro do grupo deve desenvolver,
individualmente, o verbete e seus subverbetes, e
indicá-lo no momento da submissão.
DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS
DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS (I)
NÚMERO
VERBETE PRINCIPAL
01
Acento
02
Adjetivo
03
Adjunto
04
Advérbio
05
Afixo
SUBVERBETES
Acento Tônico
Acento Gráfico
Acento Principal
Acento Secundário
Rizotônico
Arrizotônico
Adjetivo Primitivo
Adjetivo Derivado
Adjetivo Simples
Adjetivo Composto
Adjunto Adnominal
Adjunto Adverbial
Advérbio de Lugar
Advérbio de Tempo
Advérbio de Modo
Advérbio de Negação
Advérbio de Dúvida
Advérbio de Intensidade
Advérbio de Afirmação
Advérbio Interrogativo
Advérbio Interrogativo de Lugar
Advérbio Interrogativo de Tempo
Advérbio Interrogativo de Modo
Advérbio Interrogativo de Causa
Prefixo
Sufixo
GRUPO
DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS (II)
NÚMERO
VERBETE PRINCIPAL
06
Agente da Passiva
07
Aposto
08
Artigo
09
Colocação
SUBVERBETES
Artigo Definido
Artigo Indefinido
Próclise
Mesóclise
Ênclise
Complemento Nominal
Complemento Verbal
Objeto Direto
Objeto Indireto
10
Complemento
11
Formação de
Palavras
Derivação
Composição
Hibridismo
12
Concordância
Concordância Nominal
Concordância Verbal
13
Conjugação
Primeira Conjugação
Segunda Conjugação
Terceira Conjugação
GRUPO
DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS (III)
NÚMERO
14
15
VERBETE PRINCIPAL
Conjunção
Consoante
SUBVERBETES
Conjunção Coordenativa
Conjunção Coordenativa Aditiva
Conjunção Coordenativa Adversativa
Conjunção Coordenativa Alternativa
Conjunção Coordenativa Conclusiva
Conjunção Coordenativa Explicativa
Conjunção Subordinativa
Conjunção Subordinativa Integrante
Conjunção Subordinativa Causal
Conjunção Subordinativa Comparativa
Conjunção Subordinativa Concessiva
Conjunção Subordinativa Condicional
Conjunção Subordinativa Consecutiva
Conjunção Subordinativa Final
Conjunção Subordinativa Temporal
Conjunção Subordinativa Proporcional
Conjunção Subordinativa Conformativa
Consoante Oclusiva
Consoante Constritiva
Consoante Fricativa
Consoante Lateral
Consoante Vibrante
Consoante Bilabial
Consoante Labiodental
Consoante Linguodental
Consoante Alveolar
Consoante Palatal
Consoante Velar
Consoante Surda
Consoante Sonora
Consoante Oral
Consoante Nasal
GRUPO
DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS (IV)
NÚMERO
VERBETE PRINCIPAL
16
Desinência
17
Encontro
18
Flexão
19
20
Fonema
Forma Nominal
SUBVERBETES
Desinência Nominal
Desinência Verbal
Encontro Consonantal
Encontro Vocálico
Ditongo
Tritongo
Hiato
Vogal
Consoante
Semivogal
Infinitivo
Infinitivo Pessoal
Infinitivo Pessoal Flexionado
Infinitivo Pessoal Não-Flexionado
Infinitivo Impessoal
Gerúndio
Particípio
GRUPO
DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS (V)
NÚMERO
21
VERBETE PRINCIPAL
Gênero
22
Grau
23
Interjeição
24
25
Modo
Numeral
SUBVERBETES
Masculino
Feminino
Epiceno
Sobrecomum
Comum de dois gêneros
Aumentativo
Diminutivo
Comparativo
Superlativo
Analítico
Sintético
Comparativo de Igualdade
Comparativo de Superioridade
Comparativo de Inferioridade
Superlativo de Superioridade
Superlativo de Inferioridade
Superlativo Relativo
Superlativo Absoluto
Indicativo
Subjuntivo
Imperativo
Numeral
Numeral
Numeral
Numeral
Cardinal
Ordinal
Multiplicativo
Fracionário
GRUPO
DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS (VI)
NÚMERO
VERBETE PRINCIPAL
SUBVERBETES
26
Número
Singular
Plural
27
Oração
Oração Absoluta
Oração Principal
Oração Independente
Oração Coordenada
Oração Sindética
Oração Assindética
Oração Subordinada
Oração Reduzida
Oração Desenvolvida
28
29
Ortoepia
Palavra
30
Período
Vocábulo
Período Simples
Período Composto
GRUPO
DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS (VII)
NÚMERO
31
32
VERBETE PRINCIPAL
Pessoa
Predicação Verbal
SUBVERBETES
Primeira Pessoa
Segunda Pessoa
Terceira Pessoa
Verbo de Ligação
Verbo Transitivo
Verbo Transitivo Direto
Verbo Transitivo Indireto
Verbo Transitivo Direto e Indireto
Verbo Intransitivo
Predicado Nominal
Predicado Verbal
Predicado Verbo-Nominal
33
Predicado
34
Predicativo
Predicativo do Sujeito
Predicativo do Objeto
Preposição
Preposição Essencial
Preposição Acidental
Combinação
Contração
35
GRUPO
DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS (VIII)
NÚMERO
VERBETE PRINCIPAL
36
Pronome
37
Prosódia
38
Estrutura das
Palavras
39
Regência
40
Sílaba
SUBVERBETES
Pronome
Pronome
Pronome
Pronome
Pronome
Pronome
Pronome
Pronome
Pronome
Substantivo
Adjetivo
de Tratamento
Demonstrativo
Indefinido
Interrogativo
Pessoal
Possessivo
Relativo
Raiz
Radical
Tema
Vogal Temática
Vogal de Ligação
Consoante de Ligação
Regência Nominal
Regência Verbal
Sílaba Tônica
Sílaba Átona
Sílaba Pretônica
Sílaba Postônica
Monossílabo
Dissílabo
Trissílabo
Polissílabo
GRUPO
DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS (IX)
NÚMERO
41
42
43
44
45
VERBETE PRINCIPAL
SUBVERBETES
Substantivo
Substantivo Comum
Substantivo Próprio
Substantivo Concreto
Substantivo Abstrato
Substantivo Primitivo
Substantivo Derivado
Substantivo Simples
Substantivo Composto
Sujeito
Sujeito Simples
Sujeito Composto
Sujeito Indeterminado
Oração sem Sujeito
Tempo
Tempo Simples
Tempo Composto
Presente
Pretérito
Pretérito Imperfeito
Pretérito Perfeito
Pretérito Mais-Que-Perfeito
Futuro
Futuro do Presente
Futuro do Pretérito
Timbre
Aberto
Fechado
Reduzido
Tonicidade
Oxítono
Paroxítono
Proparoxítono
Monossílabo Átono
Monossílabo Tônico
GRUPO
DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS (X)
NÚMERO
46
VERBETE PRINCIPAL
Verbo
47
Vogal
48
Vocativo
49
Voz
50
Locução
SUBVERBETES
GRUPO
Verbo Regular
Verbo Irregular
Verbo Anômalo
Verbo Defectivo
Verbo Abundante
Verbo Auxiliar
Verbo Primitivo
Verbo Derivado
Verbo Simples
Verbo Composto
46
Vogal Anterior
Vogal Posterior
Vogal Média
Vogal Aberta
Vogal Fechada
Vogal Reduzida
Vogal Oral
Vogal Nasal
Vogal Átona
Vogal Tônica
47
48
Voz Ativa
Voz Passiva
Voz Reflexiva
49
Locução Adverbial
Locução Conjuntiva
Locução Interjectiva
Locução Prepositiva
Locução Verbal
Locução Adjetiva
50
NÃO SE ESQUEÇA

VERBETE:
ETIMOLOGIA
 DEFINIÇÃO
 EXEMPLIFICAÇÃO
 HISTÓRIA
 CRÍTICA
 REFERÊNCIAS
 BIBLIOGRAFIA


SUBVERBETES:
DEFINIÇÃO
 EXEMPLIFICAÇÃO

PLANTÃO DE DÚVIDAS E ATENDIMENTO

Profa. Dra. Elaine Cristina Prado dos Santos
 Horários:
 Manhã:
segunda, 09h20-11h05
 Tarde: quarta, 13h00-14h45
 Local:
Sala dos Professores (Piauí)
DÚVIDAS?
AINDA HOJE
Conheça o seu grupo
 Faça o levantamento bibliográfico preliminar

I Projeto Integrado de Prática Educacional
do Curso de Letras
13 de agosto de 2007
BOM TRABALHO!
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