POESIA ROMÂNTICA BRASILEIRA
E
JOSÉ DE ALENCAR
Material de Literatura
Prof. HIDER OLIVEIRA
APRESENTAÇÃO
Tradicionalmente, a poesia romântica é
reconhecida em três fases:
1ª Geração: INDIANISTA
2ª Geração: ULTRARROMÂNTICA
3ª Geração: CONDOREIRA
1ª Geração: INDIANISTA
 Depois da Independência, houve a tentativa de criar a
nova imagem do homem brasileiro;
 O índio foi o escolhido, tendo como destaque suas
virtudes, no plano mítico e idealizado;
 Essa ideia também foi para opor-se ao cavaleiro
medieval europeu;
 Busca-se retratar as origens brasileiras, com grande
valorização de sua cultura e de suas paisagens.
 O principal poeta desse período foi GONÇALVES
DIAS.
GONÇALVES DIAS
 Suas poesias tratavam do índio e da natureza;
 O índio é associado às virtudes definidoras do caráter
nacional;
 Essa
definição
aproxima
o
indígena
do
comportamento religioso e apaixonado do cavaleiro
medieval;
 Valorização do “bom selvagem”;
 Em I-JUCA PIRAMA, o jovem índio tupi é aprisionado
e pede aos seus captores que seja libertado, pois tem
de cuidar do pai doente. É liberto, pois não demonstra
sinal de coragem. Ao saber disso, o pai pede-o que
retorne às mãos dos adversários como sinal de
coragem. O índio enfrenta-os, porém é derrotado.
TRECHO DE I-JUCA PIRAMA
Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!
Possas tu, descendente maldito
De uma tribo de nobres guerreiros,
Implorando cruéis forasteiros,
Seres presa de vis Aimorés. (...)
Sê maldito, e sozinho na terra;
Pois que a tanta vileza chegaste,
Que em presença da morte choraste,
Tu, cobarde, meu filho não és.
2ª Geração: ULTRARROMÂNTICA
 É nela onde há a presença do amor
exagerado;
 Desilusão amorosa;
 O sofrimento;
 Tratamento subjetivo e pessoal;
 Pessimismo;
 Temáticas
relacionadas
(satanismo e necrofilia);
 Mulher idealizada.
à
morte
ÁLVARES DE AZEVEDO
 Tom confessional;
 Temática amorosa aparece sob o estigma do sofrimento, da
solidão e do abandono;
 Mulher vista como ser inacessível;
 A idealização platônica transforma o amor em algo que nunca
se completa;
 Morte associada ao fim do sofrimento;
 Medo de amar;
 Sua principal obra poética foi LIRA DOS VINTE ANOS.
POEMA “POR MIM”
Teus negros olhos uma vez fitando
Por quem era o suspiro amortecido?
Senti que luz mais branda os acendia,
Suspiravas por mim?...
Pálida de langor, eu vi, te olhando,
Mas... eu sei!... ai de mim?
Mulher do meu amor, meu serafim,
Eu vi na dança Um olhar que em teus olhos se
fitava...
Esse amor que em teus olhos refletia...
Talvez! - era por mim?
Pendeste, suspirando, a face pura,
Morreu nos lábios teus um ai perdido...
Tão ébrio de paixão e de ventura!
Mulher de meu amor, meu serafim,
Ouvi outro suspiro... d´esperança!
Mulher do meu amor, meu serafim,
Teu olhar, teu suspiro que matava... Oh! não
eram por mim.
3ª Geração: CONDOREIRA
 Fundada na pregação da justiça social e dos
ideais libertários;
 Caracterizou-se pela defesa do ser humano
oprimido – principalmente o escravo;
 Temática
ideológica
e
linguagem
discursiva;
 É mais ousada no que diz respeito ao amor,
diferentemente da geração anterior;
 Buscava temáticas mais sociais.
CASTRO ALVES
 Destacou-se na lira abolicionista;
 Ficou conhecido como o POETA DOS ESCRAVOS;
 Critica a própria nação brasileira pela omissão de tal
crime;
 Transformou sua poesia social em instrumento de
difusão de ideias abolicionistas e republicanas;
 Na poesia lírica, falou do amor de maneira mais
adulta e madura, abordando temas como
sexualidade;
a
 Quase não aborda submissão do homem em relação à
mulher;
 Sua principal obra poética foi NAVIO NEGREIRO.
TRECHO DE “NAVIO NEGREIRO”
'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.
'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...
OUTROS POETAS
1ª GERAÇÃO
2ª GERAÇÃO
3ª GERAÇÃO
Gonçalves Dias
Casimiro de Abreu
Sousândrade
Araújo Porto-Alegre
Fagundes Varela
Junqueira Freire
JOSÉ DE ALENCAR
 Procurou apresentar o Brasil a um público que não o conhecia
e não o considerava como uma nação independente;
 Seus romances indianistas tratam do herói brasileiro por
excelência: o índio;
 Os romances urbanos ambientam-se na Corte, reproduzindo
a vida aristocrática brasileira;
 Os romances regionalistas retratam a vida fora da Corte,
principalmente em fazendas;
 Os romances históricos apresentam fatos da história do
Brasil;
 Trabalhou com grande adjetivação, descritivismo e a
tentativa da criação de uma linguagem nacional.
ROMANCES ALENCARINOS
INDIANISTAS
URBANOS
O GUARANI
SENHORA
O SERTANEJO
IRACEMA
LUCÍOLA
O GAÚCHO
UBIRAJARA
REGIONALISTAS HISTÓRICOS
O TRONCO DO
IPÊ
GUERRA DOS
MASCATES
AS MINAS DE
PRATA
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1ª geração