COMO VIVER MIL ANOS
O CAMINHO DA RENOVAÇÃO
Copyright
Capa: Júlio Santander
Kelin Sauer
Revisão: Karina Sauer
Composição: Kelin Sauer
PREFÁCIO
Como viver mil anos
Viver mil anos sempre foi a boa ambição do Fifino,
como carinhosamente chamamos na intimidade, desde
os tempos do Alegrete o Serafim dos Anjos. Criado na
campanha se revelou uma pessoa especial de grande
sensibilidade humana. Superatleta e dotado de uma
natureza selvagem que se renovou pela reflexão e pela
prática de hábitos inspirados na energia, como o próprio
denomina. Até para mim, que compartilhei com o autor por
muitos anos o dia a dia é difícil alcançar toda esta dimensão.
Talvez não importe que seus amigos admiradores
compreendam toda a perspectiva apresentada por Fifino
em suas ponderadas considerações sobre matéria,
universo e o equilíbrio das forças enérgicas. Certo é que
tem sensibilidade e ajuda a contribuir para um mundo
melhor. E é este o respeito e consideração que figuras
excepcionais como Serafim merecem. Nos orgulhamos
de poder participar e fazer referência a tão ilustre amigo.
Afonso Motta
AGRADECIMENTOS
Nenhum escritor escreve isolado. Centenas de pessoas
conhecidas e desconhecidas, vivas ou ausentes participaram
ativamente na elaboração deste livro. A todas elas meus
profundos agradecimentos, pois tenho certeza de que sem elas
não seria possível sua realização e, principalmente, aos meus
amigos e familiares participantes e aos referidos no texto e na
bibliografia.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1
MUNDO DA MATÉRIA X MUNDO DAS ENERGIAS 03
HISTÓRIA DAS ENERGIAS 11
ENERGIA É A INTELIGÊNCIA QUE CONSTRÓI O
COSMOS E A VIDA 13
A MATÉRIA QUE VEM DA ENERGIA
14
HORTA HIDROPONICA CASEIRA
18
DESMISTIFICANDO O ÁTOMO
19
FLUXO DE ENERGIA RELATIVA DO CORPO
HUMANO
20
DEPOIMENTOS
23
INTRODUÇÃO
Depois da descoberta evolutiva da história do Cosmos,
sua origem e sua expansão, sabemos que a vida tem sua
história de arte, magia e harmonia. Hoje é possível entender,
pois compreender a história da vida é perceber que ela é a
história da energia com uma mensagem maravilhosa, mágica e
enigmática que nos encanta, sem assinatura de seu autor, enigma
maravilhoso que procuramos decifrar para entender melhor a
inteligência energética.
Na escala dos bilhões de anos, a energia nos mostra um
quadro muito diferente daquele que nos é mostrado por nossas
percepções sensoriais pela escala dos séculos e dos anos. No
atropelo atual das idéias e das crenças e diante da virada radical
que estamos vivendo, somente as energias extra sensoriais nos
proporcionarão inteligência verdadeira para decifrarmos esse
tão instigante e misterioso enigma.
Antes da história do homem, estávamos submersos
na escuridão de um mundo indescritível das raízes químicas
e biológicas da evolução energética, para posteriormente
emergirmos ao mundo da energia e da luz.
1
MUNDO DA MATÉRIA X MUNDO DAS ENERGIAS
Nosso corpo é como um rio correntoso que está
ininterruptamente mudando. A cada momento, a água que estava
sobre nossos pés já não está mais, passou - como o rio: nosso
corpo, a cada instante que passa, já não é mais o mesmo. É certo
afirmarmos, com toda a certeza, que em nenhum momento da
existência humana alguma pessoa verá seu corpo repetir-se, pois
a cada três meses trocamos 90% dos átomos de nosso corpo.
Aparentemente a estrutura das células ósseas permanece
a mesma; mas, na verdade, todos os tipos de átomos, externos
ao corpo, a todo instante, circulam pelo mesmo, fazendo com
que a cada três meses tenhamos um novo corpo. Além disso, a
cada trinta dias, renovamos toda a pele de nosso corpo; a cada
quatro dias trocamos toda a pele do estômago, onde depositamos
energias saudáveis ou não; as do fígado, a cada quarenta dias,
e assim o restante dos átomos, moléculas, membros e a pessoa
como um todo.
Tudo muda para reestruturar o corpo, para melhor ou
pior, pois ele nunca permanecerá igual, em nenhum momento
sequer de sua existência. O corpo cresce quando é feto, bebê,
criança, adolescente, adulto, e a partir daí o corpo se estabiliza e
começa a degenerar. Como e porque isso acontece?
O corpo, dentro do processo de fluxo ininterrupto de troca de
elementos energéticos (átomos), em noventa dias, aparentemente
continua o mesmo; aparentemente, mas realmente não, ele muda.
Senão vejamos:
Todos os corpos enquanto fetos são basicamente iguais, em função
e funcionamento, quando ainda não têm consciência sensorial. A
partir do nascimento cada pessoa vai construindo e vivendo seus
próprios conhecimentos, sua mente, sua consciência do mundo
material em que vive, consciência esta completamente dissociada
de sua consciência original que o construiu até o momento do
nascimento. A partir daí, durante toda sua existência, todos os
pensamentos são oriundos de nossos ascendentes: educação do
3
ver, do ouvir, do tato, do olfato, do sentir, toda uma educação
tradicional; e como cita Einstein: “A tradição é a consciência do
imbecil” (EINSTEIN XXX).
1) NÃO SOMOS O QUE COMEMOS:
Essa frase significa dizer que nosso corpo não pede
originariamente a alimentação que temos. Não somos o que
comemos; nos transformamos no que comemos. Ninguém
nasce viciado em cachaça, cigarro, arroz, feijão, sal, açúcar,
etc, tornamo-nos viciados e dependentes das drogas que
constantemente consumimos e que em doses homeopáticas
vão nos envenenando e diminuindo nosso tempo de vida, que
será determinado conforme a média de existência de nossos
ancestrais, da comunidade onde vivemos, de nossos familiares
que tinham a mesma tradição cultural alimentar.
2) NÃO SOMOS O QUE OUVIMOS:
Aqui da mesma forma: nos transformamos no que
ouvimos; ninguém nasce com cultura auditiva, toda essa
vibração do mundo mais denso (material) é percebida pelo
nosso sistema auditivo e decodificada para o respectivo sistema
cultural.
3) NÃO SOMOS O QUE VEMOS:
Podem-se mencionar aqui as seguintes expressões que
demonstram a necessidade do ser humano em acreditar apenas
no que enxerga: “ver para crer”, “o que os olhos não veem o
coração não sente”, etc.
4
4) NÃO SOMOS O QUE TOCAMOS:
Tudo que tocamos parece ser real, e o que não tocamos
parece não existir. O mundo artificial construído pela humanidade
não é real, tanto que na nossa origem desconhecemos este
mundo. O bebê, por exemplo, utilizando seu tato, nada conhece
desse mundo artificial, nada faz tem sentido para ele, pois ainda
pertence ao mundo natural sem consciência artificial.
5) NÃO SOMOS NOSSO OLFATO:
Toda e qualquer identificação olfativa é sensorial,
construída artificialmente no mundo material. Tornamos-nos
seres humanos totalmente dependentes dos órgãos sensoriais,
onde é construído todo nosso conhecimento. Einstein disse: “a
intuição vale mais que o conhecimento”. Vejamos que Einstein
foi eleito o homem do século XX, pois revolucionou todo o
conhecimento da humanidade com sua teoria da relatividade
e muitas outras teorias. Ele afirma que a intuição vale mais
que seu conhecimento; o que devemos pensar então sobre os
conhecimentos de nós mesmos?
Uma coisa é certa: a maior parceira, conselheira, de
cada pessoa, durante toda sua vida, é sua própria mente, mas
confessemo-nos humildemente - nossa conselheira com toda
sua sabedoria do mundo sensorial, do ver, do ouvir, do tato, do
sabor, do olfato, e do mundo espiritual, do misticismo, enfim,
não produz felicidade para si nem para outros. Ela pensa que sabe
tudo, mas com toda sua sabedoria sensorial e extrassensorial ela
só traz frustrações, desejos, e coisas que atrapalham nossas vidas.
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6) SEMELHANTE ATRAI SEMELHANTE
Essa é a lei Cósmica determinante para toda criação e
todas as reações e transformações no Universo. Na terra todas
as criações e transformações naturais estão sujeitas a ação desta
lei. Quando são jogados lixos inorgânicos na Natureza, estes
lixos não são reconhecidos como elementos naturais, pois não
são semelhantes aos elementos energéticos naturais e irão se
acumularem causando desequilíbrios.
A Natureza, através de ações energéticas resolverá
esses bloqueios e restabelecerá sua harmonia energética.
Quando jogamos plásticos no solo, estes não são degradados e
permanecerão se acumulando, bloqueando os fluxos de energias
nos respectivos locais impedindo as ações das energias naturais
e criações de vidas orgânicas. Os locais se tornam poluídos e
estéreis não produzindo novas vidas, também os lixos atômicos,
os agrotóxicos e a infinidade de produtos tóxicos que circulam
livremente por ai.
O corpo humano é natureza e sujeito as mesmas leis da
natureza. O corpo produz seus hormônios, enzimas e outras
substâncias, pois somente ele tem a sabedoria de como as células
devem agir para manter a vida no corpo. Ele tem o poder de
fabricar no mesmo momento milhares de substâncias químicas,
com suas respectivas inteligências para todas as situações
naturais que se encontrem nele. Quando você leva sustos por
ações externas, desses mesmos efeitos ocorrem reações internas
instantâneas.
O corpo reage a isso com um jato de adrenalina liberado pelas
glândulas supra-renais, que levada ao coração pela corrente
sangüínea, bombeia mais rapidamente esse sangue, as veias se
dilatam, aumentam a pressão arterial, o fígado adiciona mais
combustível à fórmula de glicose, o pâncreas agrega tanta insulina
que mais glicose é metabolizada, o estômago e intestino param
de digerir alimentos para que a energia siga para seus respectivos
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lugares. Todo esse processo ocorre repentinamente com efeitos
poderosos em todo o corpo tudo coordenado pela inteligência
harmonizada no corpo, tudo é ação da inteligência energética
Cósmica, que nada mais é que sua energia inteligente integrada
em todas as coisas.
“A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus
pessoal evitando dogmas e a teologia.” Einstein.
Para durar 1.000 anos precisamos ingerir alimentos
energéticos naturais, afins com a composição energética do
Corpo humano ( 24% de Oxigênio, 62% de hidrogênio, 10% de
carbono, 2% de nitrogênio, 2% de minerais ), elementos químicos
artificiais não afins com os elementos naturais, serão rejeitados
e amontoados dentro do corpo humano, num processo de
bloqueio crescente do fluxo das energias e destruindo o corpo
num período médio de 70 a 80 anos.
As ditas mortes não são naturais, pois são acidentes, cânceres e
tudo que é tipo de doenças oriundas principalmente da ingestão
de drogas não semelhantes com os elementos energéticos
originais do Corpo.
Conforme demonstrado, verificamos que em nossa
composição energética corporal 86% é hidrogênio e oxigênio
que são os componentes da água, 10% carbonos e 2º minerais,
encontrados na água nas frutas e legumes e o restante 2% é
nitrogênio que se encontra no ar. Portanto, para evitarmos o
tal envelhecimento e as doenças que campeiam mundo afora e
degeneram os corpos muito rápidos devemos então ficar atentos
para o que introduzimos em nossos corpos através de nossos
órgãos sensoriais .
A maior causa da depredação gradual do corpo é a
desidratação e a intoxicação alimentar como verificamos pois
86% de nosso corpo são oxigênio e hidrogênio originários da
água, por falta de água o organismo se debilita e possibilita sua
7
degradação, as doenças, rugas, cabelos brancos, pele ressequida
e a morte precoce em torno de uns 70 à 80 anos. Não temos
cultura sobre a preservação e manutenção da vida, as pessoas
sofrem procurando a paz o amor e a felicidade que a cultura e a
educação não podem lhes proporcionar, então não percebem os
caminhos para uma existência feliz.
A cultura e a educação oferecem somente ilusões
frustrações e os caminhos das mazelas, quando as pessoas por si
sós começam a perceber que verdadeiramente não aproveitaram
a vida e estão num estado de saúde precária, só lhes resta um
único consolo, pensar que isso é natural e igual para todos,
ser velho,, enrugado, cabelos brancos, etc.etc., que ficar assim
é determinação do Criador e, meio resignados, embora não
aceitem aqueles momentos penosos, lutam desesperadamente
contra a morte, e arrependidos pois realmente não viveram.
Assim a humanidade tradicionalmente segue para o brejo,
vivendo suas vida como dá. Essa é a enganação generalizada da
dita educação e cultura tradicional, “A tradição é a cultura do
imbecil”- Einstein7) HARMONIA E NATUREZA
O Cosmos é somente uma unidade energética, e apresenta uma
infinidade de formas, as quais enganosamente chamamos de
mundo material e nele a humanidade constrói sua educação e
cultura, seus desejos, suas invejas seus ciúmes suas tensões; nelas
não existe lugar para a paz, para o amor, mas somente lugar para
muita dor, desejos, invejas, ciúmes, tensões, agonias guerras.
8) LUZ – UMA ONDA E UMA PARTÍCULA
As unidades subatômicas da matéria são entidades extremamente
8
abstratas e dotadas de um aspecto dual. Conforme a maneira
que as abordamos, às vezes aparecem como ondas às vezes como
partículas. Essa propriedade dual, igualmente exibida pela luz,
pode assumir a forma de onda eletromagnética ou de partícula.
É por isso que as pessoas que ficam muito tempo expostas ao
sol ficam bronzeadas, ou seja, queimadas pelos impactos das
partículas contidas nas ondas de luz.
uma particula
uma onda
Essa propriedade dual (onda e partícula) de todas as
coisas, mais densas ou menos densas, inclusive de nosso corpo,
é algo muito estranho e completamente desconhecido pelas
pessoas. Quanto mais os cientistas tentavam esclarecer essa
propriedade dual da luz e da matéria mais insolúvel e paradoxal
elas se tornavam. Parece impossível que as coisas de nosso mundo
(luz e matéria) possam ser ao mesmo tempo uma onda e uma
partícula; esses paradoxos contraditórios levaram os cientistas à
formulação da teoria quântica.
O inicio dessa teoria aconteceu quando Max Planck
descobriu que a energia da radiação térmica não era emitida
continuamente através de pacotes de energia. Einstein
denominou esses pacotes de quanta e neles reconhecendo um
aspecto fundamental da natureza.
Einstein foi muito corajoso para postular que a luz e todas as
demais formas de radiação eletromagnéticas podem aparecer
não apenas como ondas eletromagnéticas, mas igualmente sob a
forma desses quanta de luz que deram origem à teoria quântica,
9
e seu nome tem sido aceito desde então. As partículas genuínas,
que são atualmente chamadas de fótons, são partículas de um
tipo especial, desprovidas de massa e que sempre se deslocam
com a velocidade da luz.
A contradição aparente entre as imagens da onda e da
partícula foi resolvida de forma inteiramente inesperada, o que
pôs em questão o próprio fundamento do mundo materialista,
ou seja, o conceito da realidade da matéria. A teoria quântica nos
revela como uma unidade básica no Universo, mostrando-nos
que não podemos decompor o mundo em unidades menores
dotadas de existência independente.
Como acabamos de perceber, ao penetrarmos na
matéria a natureza não nos mostra quaisquer “blocos básicos
de construção”, ao contrário, surge perante nós como uma
complicada relação de energias entre a unidade toda. Somos pura
energia, o mundo da matéria não existe como acreditávamos até
então, precisamos rever todos nossos conceitos, principalmente
sobre o de força, que fortalece, integra e sustenta nosso mundo
das energias. Força nada mais é que o efeito macroscópico da
múltipla troca de fótons.
Pelo exposto podemos concluir que somos pura energia,
e energia não envelhece, nem morre, simplesmente se transforma
aleatoriamente.
Quando aprendermos a lidar com as energias em nosso corpo
teremos as infinitas possibilidades para durar mil anos, com
fisionomia e fisiologia de 20 a 30 anos, corpo total ou parcialmente
remodelado (naturalmente), usufruir das energias para realizar
telepatia, clarividência, premunição, passear na espuma quântica,
enfim totalmente felizes, pois não existirá mais inveja, ciúmes,
desejos, tudo será a “PLENITUDE NA UNIDADE CÓSMICA”.
10
HISTÓRIA DAS ENERGIAS
Aos olhos da ciência, a história da energia teve seu começo
pelos caminhos do “ver para crer”. O início de tudo se deu num
ponto infinitamente invisível de energia hiper-concentrada que
explodiu – o Big Bang.
Pelas crenças religiosas a história da energia teve seu começo no
“crer para ver”.
O Cosmos se auto cria, e conforme a religião (Gênesis
1:3) disse Deus: “Haja luz”, e houve luz. Moisés, antecipando em
milênios as noções de temporalidade (tempo relativo), com sua
divina percepção intuitiva disse: “Mil anos a teus olhos são como
o dia de ontem que passou com a vigília noturna” (Salmo 90:4).
Discorre sobre a eternidade de Deus e a relatividade da vida.
O apóstolo Pedro II (Epístola 3:8), séculos mais tarde,
registrou: “Um dia para Deus é como mil anos e mil anos é como
um dia”. Essas citações determinam que para Deus (o Eterno, o
Criador) não há antes, nem depois, nem passado nem futuro. Há
apenas o agora, o momento.
As mesmas verdades são discorridas no Salmo 139, de Davi,
chamado a coroa de todos os salmos: “Para onde me ausentarei
eu de teu Espírito? Ou para onde me afastarei da tua presença”
(VS.7). É uma indicação de Onipresença de Deus, é a energia
viva e ativa de Deus. Sua presença é a sua manifestação em todo
o Cosmos, é a Energia que constrói a vida.
Para Deus, o criador, em quem não há sombra de variação,
(Tiago :18); tempo e espaço são iguais a zero (não existem), zero
espaço e zero tempo (nem um nem o outro existem). Esses conceitos tradicionais da cultura humana, na visão
dos iluminados religiosos e para os místicos Orientais, há muito
tempo já não existem; para a ciência a mudança se deu a partir
de Einstein, que esfacelou esses conceito de espaço e tempo, e
11
embora já tenham se passados cem anos da demonstração da
teoria da relatividade, desenvolvida por Einstein, as pessoas
ainda não perceberam que espaço e tempo não são absolutos,
eles são relativos. Santo Agostinho comenta e deixa clara a ideia
da ausência de temporalidade: “O verbo não declina quando
nem em que tempo, porque ele é o verbo eterno”.
Einstein, gênio intuitivo, o iluminado cientista eleito como o
homem do século XX, destroçou a cultura do absoluto, abalando
todo o conhecimento tradicional científico e da humanidade até
então existente, através de sua teoria da relatividade (“A tradição
é a consciência do imbecil” – Einstein).
É preciso destacar que iluminados místicos Orientais e
religiosos, através de suas crenças (fé) intuitivas, sem nenhum
instrumento ou equações elaboradas, intuitivamente perceberam
o Cosmos.
A ciência, somente milênios depois, através de Einstein,
também tudo percebeu e disse: “A intuição vale mais que o
conhecimento” em sua admirável lição de humildade confessa
que independentemente de qualquer conhecimento sensorial
elaborado ou equacionado que possamos ter, a percepção
intuitiva é o melhor caminho que podemos percorrer, para
adquirirmos novos conhecimentos.
12
ENERGIA É A INTELIGÊNCIA QUE CONSTRÓI O
COSMOS E A VIDA
O Big Bang, a explosão do ponto infinitamente invisível
de energia hiper-concentrada, hoje é a única teoria sustentável
cientificamente. Surgiu a partir daí a história da energia de onde
provém toda força da criação que origina o Cosmos e a vida.
A energia tem sua história em torno de 15 bilhões de anos, a
partir do Big-Bang, que escapa a todo conhecimento científico,
mas que o Universo tem sua história é talvez a descoberta mais
importante para a humanidade.
O oceano de energias em torno de um bilhões de graus,
que surgiu de um ponto primordial infinitamente pequeno
(invisível), expandiu-se numa velocidade imensurável, e como
um balão transportou em seu bojo toda essa energia que em seus
primeiros momentos caóticos de turbulências inimagináveis sua
temperatura despenca para em torno dos 10 milhões de graus,
quando então surgem as forças nucleares que unem as energias
tais como quarks e outros elementos, tudo pura energia para
formar os primeiros núcleos.
Um milhão de anos se passaram, a velocidade de expansão
Cósmica continua, a temperatura despenca, ao chegar em torno
de seus três mil graus surge uma nova força - a eletromagnética
- atraindo elétrons e núcleos formando os primeiros átomos de
hidrogênios, o mais leve, um elétron girando em torno do núcleo
formado por um próton e um nêutron.
A partir do átomo de hidrogênio surge o átomo de hélio e a
partir daí surgiram os demais elementos atômicos. Essas forças
com magia numa dança incessante: muita arte e harmonia
continuavam agindo unindo átomos, formado imensos
agregados densos que denominamos de matérias.
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A MATÉRIA QUE VEM DA ENERGIA
Como vimos, antes da formação do primeiro núcleo,
tudo era pura energia sutil. A partir daí começou a surgir novas
formas, a energia ficava mais densa e materializava-se em
diferentes formas. Surge daí a percepção que toda e qualquer
matéria existente no Universo nada mais é que energia originada
do Big-Bang, que se tornou mais densa, e daí se percebeu que:
E=M (MATÉRIA É IGUAL A ENERGIA QUE A GEROU), O
CORPO HUMANO É TOTALMENTE IGUAL A ENERGIA
QUE O MANTÉM. CRIATURA É A ENERGIA QUE A
MATÉM. A INTELIGÊNCIA CÓSMICA É A ENERGIA QUE
O CONSTRÓI.
Nos séculos XVIII e XIX, em função da descoberta do
átomo, como a menor partícula da matéria, explode então a visão
materialista embasada pelo modelo mecanicista Newtoniano,
em que o átomo era a menor partícula do Mundo material.
O próprio Newton determinou, “o espaço absoluto, em sua
própria natureza sem consideração por qualquer coisa externa,
permanece sempre idêntico e imóvel em sua própria natureza,
sem consideração por qualquer coisa externa permanece
sempre denso e imóvel”. Todas as transformações verificadas no
mundo físico eram consideradas como a ação de uma dimensão
denominada tempo, também absoluto, sem qualquer vínculo
com o mundo material, fluindo suavemente do passado e indo
velozmente pelo presente em direção ao futuro. “Tempo absoluto,
verdadeiro e matemático”, segundo Newton, “de si mesmo e por
sua própria natureza fluindo uniformemente sem consideração
por qualquer coisa externa”. Daí surgiu toda a cultura humana
sobre as coisas materiais de que o tal tempo passa e as coisas
envelhecem, inclusive o próprio corpo humano.
14
Na verdade isso tudo era um DOGMA, pois as coisas
previamente determinadas, como o tempo absoluto não existem.
Isso tudo foi desmistificado há cem anos pela teoria da relatividade
de Einstein, de onde se conclui que o tal de envelhecimento é
relativo a cada pessoa.
O que se pensava é que qualquer elemento que se movesse nesse
espaço e tempo absolutos eram átomos, partículas materiais
sólidas, e que tudo tinha seu tempo de existência determinado
pela passagem do tal tempo, e que sua leis eram as leis básicas dos
fenômenos da Natureza. Hoje se sabe que todo e qualquer fluxo,
que eram chamamos matéria, é tudo na verdade 100% energia
indestrutível. Você já viu as energias do sol ou outras energias
envelhecerem? A vida, 100 % do corpo humano, as alma, os
espíritos, enfim, tudo que está dentro do Cosmos É ENERGIA,
mais densas (matéria), menos densa (água, os vapores) e as sutis
(almas, espíritos e demais energias). Tudo isso e mais tinham seu
tempo de existência determinado pela passagem do tal tempo.
Há cem anos uma nova realidade foi demonstrada, mas sua
compreensão verifica-se lentamente, mas preparou o advento
das revoluções científicas para novos tempos.
O Grande passo foi a revisão de conceitos e descoberta dos
fenômenos elétricos e magnéticos que não eram adequadamente
demonstrados pelo modelo mecanicista, pois envolviam um
novo tipo de Força. Os Cientistas e pesquisadores James Clerk
Maxwell e Michael Faraday, dois iluminados da ciência, ao
movimentarem um magneto perto de uma bobina de cobre
produziu nesta uma corrente elétrica, assim descobriu-se a
energia elétrica.
Essa experimentação alavancou a imensa tecnologia da
engenharia elétrica e todo o embasamento teórico que originaram
a teoria do eletromagnetismo. Não bastando essa imensa
descoberta, Maxwell e Faraday foram muito além: substituíram
o conceito de força pelo de campo de força, sendo os primeiros
15
a ultrapassar os limites da física Newtoniana. Acabaram com os
conceitos que os opostas se atraem e forças iguais se repelem (a
semelhança das massas na mecânica Newtoniana). A partir daí
acabou o conceito de força pela interação entre cargas ou massas.
Maxwell e Faraday concluíram que cada carga por si só gera uma
condição no espaço. Isso gerou uma transformação profunda
na maneira de pensar e agir, pois na concepção da humanidade
(Newtoniana), até então, as forças se achavam rigidamente
vinculadas aos corpos nos quais agiam.
O conceito de força foi substituído pelo novo conceito,
o de Campo, que possui sua própria realidade e pode agir
sem qualquer referência a corpos materiais. A Eletrodinâmica
conseguiu perceber que a luz é um campo eletromagnético de
alternância rápida e que percorre o espaço sobre a forma de
ondas, mas aprendemos também que ondas de luz, de radio, de
raios X, são tudo ondas eletromagnéticas ou campos magnéticos
e elétricos oscilatórios diferentes somente pelas frequências de
suas oscilações.
Então surge Einstein, com duas extraordinárias façanhas
intelectuais, que revolucionaram o mundo, com a teoria da
Relatividade; e mais, uma nova percepção para a radiação
eletromagnética, a base para os estudos dos fenômenos
atômicos. A teoria da relatividade demonstra que o espaço não
é tridimensional, e o tempo não constitui uma entidade isolada.
Espaço e tempo estão intimamente vinculados formando um
continuum.
Quadridimensional é o “espaço-tempo”, ou seja, nunca
podemos falar de espaço sem falar de tempo, e além disso não
existe qualquer fluxo Universal do tempo como afirmava a teoria
Newtoniana, portanto, “NÃO EXISTE NENHUM TEMPO
PASSANDO E ENVELHECENDO AS PESSOAS”.
Não devemos esquecer que a massa do corpo humano nada mais
é que uma forma de energia. A depredação (envelhecimento) e
16
desintegração (morte) das pessoas se dão por outros motivos,
que não por envelhecimento, como venho desenvolvendo neste
livro.
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Horta hidropônica Caseira
Devido a imensa quantidade de agrotóxicos utilizados
na agricultura e seus graves efeitos colaterais à saúde, resolvi
optar alternativamente pela utilização de horta hidropônica
caseira. Pode ser utilizada em escritório, depósitos ou outro local
qualquer, mantida e regulada para funcionamento automatico
24 horas por dia, onde na própria horta pode-se ter todos os tipos
de hortaliças inclusive flores, etc.
18
DESMISTIFICANDO O ÁTOMO
Rutherford demonstrou, através de seus experimentos,
que os átomos não eram partículas sólidas e indestrutíveis, e sim,
consistiam em vastas regiões de espaço vazio onde se moviam
partículas extremamente pequenas. Na década de 20, um
grupo internacional de iluminados cientistas, tais como, Erwin
Schrodinger e Wolfgang Pauli (Áustria), Neels Bohr (Dinamarca)
Louis de Brogle (França), Werner Heisenberg (Alemanha) e Paul
Dirac (Inglaterra), reuniram seus conhecimentos para estudar a
nova descoberta de Rutherford: as energias além do átomo.
Antes o átomo era considerado a menor partícula sólida
e indestrutível, e após a descoberta passou a ser exatamente o
contrário. Descobriram que o átomo era um vazio, com um
núcleo e um elétron girando ao seu redor. Tudo era só energia,
logo, somos um vazio, pois construídos 100% de átomos.
Cada vez que o grupo tentava saber a verdadeira natureza
dessas energias, em experimentos atômicos, obtinham respostas
paradoxais, ou seja, não faziam o menor sentido para eles.
Descobriam coisas irreconhecíveis, que não faziam parte de
seus conhecimentos; quanto mais eles tentavam esclarecer
aquilo que viam mais estranho se tornava. Nossas pobres mentes
conselheiras podem nos aconselhar se desconhecem tudo isso?
Depois de muito estudo aprenderam o espírito da
coisa e denominaram a teoria quântica, formulando equações
matemáticas. A teoria quântica tornava claro que até mesmo
essas partículas (energias) nada tinham a ver com os objetos
sólidos, ou seja: objetos sólidos não existem, tudo é só ilusão
de ótica, que a nossa mente e nosso cérebro nos dizem ser real.
Somos pura energia, alguém já viu energia envelhecer ou morrer?
Tudo uma invenção maluca. Intuitivamente percebo que dá para
durar quanto tempo quisermos, eu optei por viver mil anos,
evidentemente com alguns cuidados.
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FLUXO DE ENERGIA RELATIVA DO CORPO
HUMANO
Anteriormente demonstrei que a massa (corpo humano)
nada mais é que uma forma de energia, e mesmo a massa em
repouso possui energia armazenada (energia estática). A relação
entre ambas é a famosa equação E = MC², sendo C a velocidade
da luz. O corpo humano não se desloca na velocidade da luz,
então substituiremos a constante C (velocidade da luz) pela
variável relativa V, pois cada corpo, a cada momento, apresenta
velocidades diferentes; e substituir M (massa), por corpo
humano, então definimos a energia relativa do corpo humano.
O nível de energia cinética do corpo humano determina o grau
de força e saúde do corpo, e consequentemente disponibiliza o
potencial humano para viver as infinitas possibilidades de saúde,
amor e felicidade.
Utilizo a mesma interpretação da fórmula da Energia:
E=MC. M (massa) substituo por corpo humano, e C (velocidade
da luz) substituo por V (movimento relativo de cada pessoa). Aí
então se dá o nível de movimento relativo de cada pessoa para
manutenção da saúde e da vida, no ponto ótimo de produção
de energia vital para podermos atingir 1.000 anos de existência
com fisiologia e fisionomia de 20 à 30 anos, com o corpo total
ou parcialmente remodelado naturalmente, com muita saúde e
vivendo a verdadeira felicidade pois aprenderá a lidar com todas
as energias da natureza. Não terá nenhum problema financeiro,
acessará outros níveis de consciência, como realizar telepatia,
premunição, levitação e muitos outros níveis.
20
NÍVEIS DE ENERGIA CINÉTICA
E = M x C²
REDIMENCIONADA PARA
CORPORAL x V²
E = MASSA
NIVEL DE ENERGIA = MASSA CORPORAL (KG)
MOVIMENTO CORPORAL (TEMPO)
E
=
50
200
450
800
M
=
=
=
=
50
50
50
50
x
V²
x
x
x
x
x
1² = 1
2² = 4
3² = 9
4² = l6
Verifiquem que quando um corpo humano de massa corporal
igual a 50 kg muda seu movimento muda também seu nível
de energia cinética, mas percebam que o benefício no nível
de energia cinética não é só linear, e sim potencializado, pois
quando a velocidade de movimento corporal aumento de 1 para
2 (dobra), o nível de energia do corpo aumenta de 50 para 200
(quadruplica). Enquanto os aumentos de velocidades vão tendo acréscimos
de 1 em 1, os respectivos acréscimos em benefícios no nível
de energia do corpo são muito maiores, e isso proporciona ao
corpo todos os benefícios imagináveis e inimagináveis, tais
como: disposição, vitalidade, forças, saúde, felicidade e todas as
infinitas possibilidades.
21
A construção dessa tabela indicará o nível de energia
que cada pessoa está e o que precisa fazer para atingir o nível
necessário e alcançar seus sonhos, pois sem energias as pessoas
não disporão de força, nem alegria, nem felicidade e nem saúde,
sentir-se-ão sempre indispostas, cansadas, desanimadas e até
doentes. Vamos nessa, construa a sua, pois já tenho a minha, e
tudo se torna maravilhoso.
ELA ESTRUTUROU MEU PROGRAMA ENERGÉTICO PARA
DURAR MIL ANOS.
-TENHA
ENERGIA E
22
FELICIDADE –
DEPOIMENTOS
23
IRONMAN BRASIL 2012 NA COMPANHIA DO SERAFIM
Para começar vou explicar um pouco o que é o Ironman.
É uma competição considerada umas das mais exaustivas do
mundo, tendo seu início 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo
e 42 km de corrida, tendo sua largada as 7 hs da manhã e
encerramento as 24 hs, isso mesmo, tem atletas que terminam
com quase 17 hs de competição.
Durante uma prova deste nível costumamos falar
que a alimentação ou suplementação são consideradas a 4º
modalidade, pois se você não se alimentar durante a competição
você ficará sem energia e não conseguirá concluir a prova. Claro
que o Serafim sempre tem suas teorias que fazem com que
nossos conceitos sejam deixados para trás. Durante toda a nossa
viagem para esta competição onde estivemos 5 dias hospedados
juntos ele vinha sempre com aquele papo de que “não somos o
que comemos, e sim nos transformamos”. Nossa, perdi as contas
de quantas vezes ele falou isso.
Na véspera da competição estávamos organizando
nossa alimentação para o grande dia, géis de carboidrato, barras
energéticas, pão, endurox, e tudo que pudesse nos ajudar a
retardar a fadiga. Enquanto isso o Serafim apenas coloca uma
garrafinha com água na bike, foi aí que o questionei: Serafim
você não vai levar nada para comer durante a prova? E ele me
responde: “nós não somos o que comemos, nos transformamos”,
ou seja, ele estava indo realizar uma atividade de mais de 15 hs
e ficaria só na água. Claro que tentei de toda a maneira tirar isso
da cabeça dele, e depois de muito insistir fiz ele levar 4 géis e uma
barra. Vale lembrar que durante a prova comemos em média uns
20 géis, umas 2 barras, e as garrafinha carregadas de endurox.
Mas pelo menos conseguir fazer ele levar um pouco, e assim
fiquei um pouco mais tranquilo.
Chegou o grande dia, 4:30 da manhã já estávamos em pé
tomando nosso super café da manhã para abastecer o corpo, e o
Serafim comendo umas 3 bananas. Dada a largada ninguém mais
24
sabe quem é quem, é só um tumulto de braços e pernas em uma
luta por um espaço na água, ou seja, vamos encontrar nossos
amigos e parceiros de treinos só no final da competição. Quando
todo o nosso grupo havia acabado a prova, feito massagem, se
alimentado, retirado a bike, já eram em torno das 19 hs, fomos
então para a parte da corrida ver se encontrávamos o Serafim.
Passados uns 30 min encontramos ele na corrida, já com
a primeira grande volta completa, ou seja, ele já tinha nadado
3.8 km, pedalado 180 km e corrido 21 km, já se passavam 12
horas de prova. Ele parou para conversar conosco, e conversando
sobre tudo o que ele já tinha realizado na prova conseguimos
convencer ele de que estava bom de mais, e que seria bom ele
parar por ali, para não ter nenhuma lesão grave. Felizmente ele
concordou e fomos para a pousada todos juntos.
Para meu espanto quando chegamos na pousada ele vem
e me devolve os 4 géis e a barra que eu havia dado para ele levar.
Não acreditei naquilo e perguntei o que ele tinha comido durante
aquelas mais de 12 hs, e ele tira do bolso um pedaço de folha de
babosa o qual ele passou a prova inteira mastigando. Até hoje
não consigo imaginar como ele encarou mais de 12hs sem comer
nada a não ser a sua babosa.
Pois é, este é o Serafim, uma pessoa extremamente gente
boa, e que nos surpreende a cada conversa, viagem e competição.
-THIAGO MENUCI (Campeão amador Iroman Brasil 2012)
25
Eu sempre utilizo as historias do Serafim nas minhas
conversas. Mas uma em especial me faz rir até hoje. Foi quando
ele iniciou no triathlon, numa competição lá na praia do Lami
em Porto Alegre.
Dada a largada, todos saíram nadando forte e ele sem
saber nadar como os demais, resolveu nadar de costas, pois era
a única opção que ele conseguiria respirar. Como iria enxergar
a bóia de marcação de percurso? Facilmente resolvido. Uma
nuvem estava bem em cima da bóia, logo, era só seguir onde
estava a nuvem que o caminho seria correto. Muitas braçadas
depois, um árbitro num caiaque chegou e disse: “Meu senhor, a
prova é para o outro lado.”
Saindo da água, enquanto ele se arrumava para pedalar,
o então primeiro colocado já se arrumava para a corrida, parte
final da prova. Saiu para pedalar e avistou um “atleta” que estava
longe, mas que seria possível alcançar. Chegando perto, viu
que não passava de um senhor carregando um saco de batatas
no bagageiro da bicicleta! Eis então que sirenes altas, uma
movimentação estranha e barulhenta acontece. Serafim logo
pensou: “Tá chegando o governador!” Que nada, era o primeiro
colocado que vinha sendo escoltado pelo carro de policia,
mostrando ao povo ali presente que o campeão estava vindo.
Ao terminar o ciclismo saiu para correr, já sem ninguém
na prova. Terminou a competição mais que sozinho, já que a
organização estava desmontando tudo e colocando dentro de
um caminhão. Com a chegada dele, tiveram que retirar às pressas
uma faixa de chegada para finalizar aquele feito histórico. Esse é
o Serafim, que eu nunca vi desistir facilmente de seus objetivos.
Aprendi muito contigo.
-SANTIAGO MENDONSA-
26
Viver mil anos para o autor deste livro não é novidade,
pois pelas coisas que já fez nessa Vida Terrena, sua memória está
eternizada e para muitas gerações futuras.
O Serafim é uma pessoa obstinada em tudo que faz ou se
propõe a fazer. Conheço essa pessoa, de ilibada conduta, desde
a minha infância. Somos alegretenses de “marca” e “sinal”, mas
quando a “guampa” estava apontando, pelas nossas famílias
fomos compelidos a sair destampando horizontes e buscar uma
profissão e meio de vida longe de casa.
O autor deste livro sempre foi leal aos seus amigos e
seus familiares. Jamais ouvi de alguém um deslize da conduta
moral e ética dele. Tive o privilégio de morar com o autor, num
apartamento, em Porto Alegre, no final da década de 70, embora
pouco aparecia em nossa morada, pois pernoitava muitas noites
em casa dos amigos e de uma namorada que tinha. Quando
vinha em casa, era certo que logo a “bagunça” estava formada,
uma vez que logo surgiam uns amigos e conterrâneos para um
“carreteiro” e um “carteado”, que era prá valer e poderia demorar
uma noite ou uma noite e um dia.
Apesar desse nosso “passado negro”, que passa a ser visto
como uma expressiva experiência nos dias atuais, o Homem
Serafim nunca largou suas obrigações e deixou de lutar por uma
profissão e por amealhar um patrimônio, que serviu como um
lenitivo nesta sua busca pela vida eterna e patrimonial.
Após atingir a idade adulta, constituir família, auxiliar
na criação de suas filhas e trabalhar muito, nessa “luta desigual”,
como sempre disse a todos, começou a se dedicar ao esporte,
que, passou a ser sua paixão eterna. Sempre é bom lembrar, que
ver o Serafim em campo, jogando futebol, com a camisa do time
de Alegrete, em Porto Alegre e cidades satélites, era sempre uma
forte expectativa de vitória.
Com o esporte, Serafim acumulou muitas medalhas
e muitos troféus. Viajou por todo o Mundo. Triunfou na Vida
Terrena e algumas vezes, em pensamentos, transcende a Vida
Real e entra no Espaço Sideral, que se constitui numa de suas
27
outras paixões.
Sempre disse que vive numa terceira dimensão e quem
assim pensa, tem o Poder ilimitado de viver mil anos, que é a
razão maior deste livro por ele editado.
Francamente, tenho orgulho de ser Amigo do Serafim e
com ele aprendi muitas coisas, especialmente ter a consciência
que na vida tudo é passageiro e que só a Vida Espiritual será
transmutada para uma nova vida e nova era, mesmo para aqueles
que não acreditam em espiritismo ou nas coisas do além.
Para o autor, em qualquer situação, vale a pena viver
e manter-se ligado ao campo estratosférico, pois é dele que
emergem as energias positivas e que nos conduzem a partilhar
vitórias e alegrias com os demais elementos imateriais e materiais
que formam esse Grande Universo.
Espero ter colaborado com as idéias daqueles que lerem
essas linhas.
-FERNANDO MOTTA-
Conheci Serafim quando eu era monitor de natação em
2002. Que figura. Com sua natação de estilo próprio e treino de
intensidade todos os dias, mesmo que suas provas fossem de
longa distância, ele treinava assim.
Em certa ocasião, jogando futebol na faculdade torci
feio meu joelho, bem mais tarde descobri que havia rompido os
ligamentos do joelho. Serafim com suas pedras disse que ia me
ajudar com meu joelho. Eu não conseguia praticamente flexionar
a perna e ele mandava segurar ponta pé onde dava e passava suas
pedras energizadas e mandava agüentar. Realmente em pouco
tempo havia melhorado bastante. Nesses encontros, Serafim foi
me convidando para treinar com ele, foi me incentivando, e em
pouco tempo como tive que escolher outro esporte, devido as
lesões, adentrei ao triatlhon. Foi fascinante.
28
Treino após treino fui melhorando e ganhando confiança.
Foi uma época linda. Sinto saudade. Certa vez estávamos em
um treino de ciclismo na avenida Beira Rio em frente ao Parque
Gigante, clube do Internacional de Porto Alegre, ele gostava de
adentrar a uma a bifurcação para esquerda, para quem vinha
sentido centro bairro, ela serve para quem adentrar ao clube, um
carro que ja vinha tentando nos ultrapassar, atropelou Serafim
nesse momento, foi bem ao meu lado, eu vi tudo bem de perto.
Aquela batida na roda traseira da bicicleta do véio foi chocante,
ele foi ao asfalto e me lembro de sua cabeça batendo ao asfalto e
em seguida a o carro parou bruscamente.
Todos ficamos assustados e no meio daquela confusão
toda fomos até o gasômetro de carona com essas pessoas e o véio
adivinhe, não quis saber de pronto socorro.
Ele disse:
-Espera que vou dar uma troteadinha para ver como estou. E ali
foi o véio troteu e disse:
-Eu to bem amanha já vou treinar. Foi incrível aquilo mesmo.
“Ser afim”, o cara já tem vontade até no nome. Eu posso dizer que
ele mudou minha vida. Se não fosse ele e seus pensamentos eu
seria uma pessoa infeliz.
Me ensinou muito sobre viver e sobre como controlar
minha cabeça, minha mente maléfica que só me faz propostas
indecentes. Passamos nossa vida todo correndo atras de dinheiro
e comendo demais e depois ainda achamos o resultado injusto.
Foi assim que ele me mostrou que temos que superar
nosso limites da obscuridade da mente. Nos esforçar para superar
nossa mediocridade.
-LEONEL VILLEROYQuando o mundo começou a mudar? Essa era uma pergunta
que eu ouvia com relativa freqüência nas minhas palestras sobre
mudanças e cenários Brasil afora. E eu tinha a resposta pronta:
29
no dia 04 de outubro de 1957, quando eu ainda tinha 5 anos,
usava calças curtas e morava no Alegrete. E complementava
explicando que tudo começou na verdade quando os russos
colocaram o primeiro satélite artificial na órbita terrestre, o
Sputnik. Foi graças ao satélite que veio o avanço da tecnologia,
que transformou o mundo hoje numa verdadeira “aldeia
global”,como sonhara o sociólogo canadense Marshall McLuhan.
Em 1957, o Alegrete era uma pacata cidade do interior. Os guris
da época tinham uma vida voltada à natureza: nadava-se nas
águas caudalosas do Ibirapuitã e outros arroios como o Lagoão
das Éguas, Posto de Bombas e Regalado. As brincadeiras eram
diárias, desde fazer pião, pandorgas, subir em árvores a guerrear
entre tribos. E jogar bola era a atividade principal, pura diversão.
Jogava-se na rua de pedras e cascalhos, e os nossos joelhos e
canelas viviam arranhados. O jogo só terminava quando não
mais se enxergava a bola. Cinema? Tinha sim, até dois, o Glória
e o Continente. Era programa obrigatório, não interessava o
filme, pois o melhor vinha depois, que era “o footing” da Gaspar
Martins. Deixa eu explicar: a Gaspar Martins era a rua principal
e, na saída do cinema, os rapazes ficavam encostados na parede
e as moças desfilavam garbosamente... Aí começavam a maioria
dos namoros.
30
O Alegrete era dividido em zonas e havia uma rivalidade muito
grande. Eu morava na Coxilha, ou Cidade Alta. A divisa era
a Praça Nova. Para os guris da Coxilha, o futebol era muito
importante. A zona era famosa por formar bons jogadores e o
seu time – o São Cristóvão - era temido na cidade, em confrontos
contra os outros times, sejam da Vila Nova, da Várzea, do Centro
ou mesmo do Povo da Lata.
Nessa época, surgiu um craque: Serafim dos Anjos Silva, o nosso
Fifino. Em 1957, com doze anos, ele mostrava seu futebol nos
campinhos da Lagoa e atrás da hidráulica. Em 1959, ele foi
estudar na Agrotécnica, onde formavam times de futebol-desalão e futebol-de-campo imbatíveis. Jogava de centro-médio,
onde era um marcador implacável, mas sabia como poucos sair
jogando fácil e bonito. Um volante moderno, como se diz hoje.
Além do mais, tinha uma raça castelhana; com ele não tinha bola
nem jogo perdidos.
Ele era a nossa referência, pois, além de jogar muita bola e por ser
mais velho, dava conselhos para os mais novos, como eu, o Rui,
o Cabrito, o Correntino, o Joaquim, o Bertoldo e outros guris do
Bar Gaúcho da época. Seu jogo elegante e eficiente foi admirado
pelos torcedores do Guarani, do Flamengo, do São Cristovão e
do Brasil, os principais clubes da cidade onde jogou.
Mas o Fifino foi embora para Porto Alegre em 1966 e lá formaram
o time do Alegrete, que virou uma referência na capital.
Encontrei-o algumas vezes quando ele voltava à terra natal, mas
depois nos perdemos de vista.
Fui reencontrá-lo em Porto Alegre há dez anos, quando fiquei
empolgado com as suas proezas e seus títulos no triatlo. Nada
surpreende no Fifino, pois ele sempre foi um vencedor. A ele, as
minhas homenagens!
-PAULO RENATO31
Serafim dos Anjos Silva era o “Fifino”. Era assim que
ele era conhecido na Coxilha. Seu campo de atuação inicial, no
final dos anos 50 e início da década de 60, era a zona do Bar
Gaúcho, de saudosa memória. E falar dos “Fifinos” era lembrar
de uma turma muito voluntariosa. Ficaram muito famosos pelas
brigas. Eram chamados de “quadrilheiros”: quando se pensava
que a briga era com um 1, na verdade era com mais 3 ou 4. O
Serafim era o líder, mas tinha ainda o Moacir, o Renato, o Rui, o
Cabrito e o Bia. Além das duas gurias, que também eram “fogo
na bota”. Eles tinham constituição magra, aparentemente frágeis,
mas muito fortes. Na briga, eram invencíveis.
Vim morar em Porto Alegre em 1971. Quando cheguei, o
Fifino já estava por aqui há uns três anos. Ele veio junto com uma
turma grande de alegretenses, entre os quais o Afonso Motta.
Ele morava na “Toca”, ali nos altos da Santo Antonio, junto com
o Juarez, o Mosquito, o Caturra, entre outros. Jogamos juntos
no time da Casa do Alegrete, onde ele era um dos destaques.
Aliás, o nosso time fez história aqui em Porto Alegre: chegamos
a ficar 48 jogos invictos e tivemos dois jogadores que passaram
pela dupla GRE-NAL, o Adilson e o Saldanha. O Serafim jogava
muito como centro-médio. Era o capitão do time onde jogou
por mais de trinta anos. Como todo o centro médio, ele marcava
muito e era excepcional no desarme. Se tomava um drible,
imediatamente estava na frente do adversário para tomar-lhe a
bola. Só que além de ser um ás no desarme, ele se transformava
num grande armador quando saí à frente, coisa rara de ver nos
volantes de hoje. Essas características ele já mostrava desde guri,
quando envergava a camisa amarela do São Cristóvão, o grande
esquadrão da Coxilha.
Tentou umas incursões pela política. Lembro de uma
de suas campanhas em que nos engajamos, cujo slogan era “
1, 2, 3, 4, Serafim é o candidato”. Mas o seu grande destaque,
sem dúvida, foi o triatlo. Nesse esporte, ele foi o campeão. Sua
formação muscular criada nas fortes braçadas que dava no
32
Lagoão das Éguas – o rio da infância dos guris da Cidade Alta
– e nas resistências que fazia pelas ruas ainda sem calçamento
do Alegrete - explodiu de forma espetacular num superatleta do
triatlo, capaz de façanhas inimagináveis para uma pessoa da sua
idade, destacando-se em competições nacionais e internacionais.
Esse é o Serafim, digo melhor, o nosso “Fifino”, orgulho
dos alegretenses. Vida longa, amigo!
- VITOR BORGES DE MELO-
FIGURA ENIGMÁTICA
Serafim dos Anjos...
Eu o conheci lá por 1995 no IPA,nadando. Sob a
supervisão do prof. Manske.
Nesta época, o Serafim recomendava a todos Glicose, trazia
pacotes de 500g e presenteava-nos. A Glicose, mais a Vitamina C,
pois acreditava que ali estava o segredo de saúde e longevidade.
Ensinamentos do Linus Pauling, leitura que ele recomendava e
emprestava, um livro despedaçado e todo riscado por ele.
Depois veio a fase da carne, a qual depois de apreciá-la
por ajudar a desenvolver músculos, ele a baniu do seu cardápio.
E mais tarde a do feijão, que era só o que ele comia... e a cabeça
de porco, e a Batata Doce assada. O Salmão....Depois ele não ia
nos encontros ou festas porque não comia ou bebia o que era
servido... mas sempre treinando e fazendo provas,... em busca
de desenvolver os músculos (a perna que ele sempre mostra).
Todos os dias a mesma pergunta!!!!
- Ana!!!! Já viste minha perna???
Como melhorou a
musculatura???
33
E os trajes de corrida e natação sempre cheios de moedas e
imãs... para gerar a “famosa” ENERGIA, outra palavra chave
em sua vida....
Seguidor das idéias do Einstein, E= M.C²
É o grande “Mago do Martelo” que cura a todos, com
suas marteladas. Formando filas para a sessão de massagens
com o martelo, procurado por motivos diversos. Já curou, ou
fez melhorar diversas pessoas com problemas de coluna, artrite,
torções, e os mais diversos sintomas.
Criou desafios na água, para nadarmos em turma, sempre mais
umas piscinas, a famosa “ROSCA” . Nadávamos 5 ou até 6 em
uma só raia.
O objetivo era ficarmos em grupo um atrás do outro para
não desanimar, mais 300m livre, mais 200m leve, mais 100m
fraco, para terminar! E assim íamos indo e fazíamos uns 1500m
sem perceber.
Aí veio o Dia do Chimarrão, nas sextas-feiras,..(desculpa
para um bate papo entre amigos) e para expor suas idéias
Ele sempre gostou de platéias...
Hoje a história é todos os dias. Tem o “café” no bar do Leco,.. e na
verdade ele está tomando Leite,.. mas grita no vestiário feminino
e masculino “OLHA O CAFÉ”!!!! esssa é a chamada,... para ele
fazer o encontro e realizar seu seminário....
As provas 1/2 Ironman, Ironman, Maratonas, Duatlon,
Triatlon....de tudo um pouco ou bastante.
Ja experimentou de tudo,...
Amigo dos mendigos da Beira rio,... amigo de todos...
Anda estudando horta Hidropônica,... e brincando de Fakir,...
pois acredita que se as plantas sobrevivem com a luz do sol e
água, ele também vai sobreviver!!!
Ja disse que experimentou inclusive a Morte, após um acidente
de bicicleta. Voltou todo ZEM... pelo sim ou pelo não penso que
a experiência não foi muito boa pois ele não treina mais BIKE na
rua,... acorda as 3:00 da manhã e pedala, em casa e anda dizendo
34
que vai viver 1000 anos!!!
Mas seu coração é de um tamanho imenso, não pode ver
ninguém carente que ele massageia seja quem for,
e vê na natureza, as belezas e os ensinamentos da vida. Acho que
ele é mesmo,
O ANJO SERAFIM!!!
-ANALISA ESCHBERGER-
Energia, sim energia e o assunto que me faz lembrar do Serafim.
Não só porque ele e uma pessoa cheia de energia nas suas ações
falas,..atitudes, mas porque esse e o tema que trata com tanta
intimidade. E que tema importante, pois a energia esta em tudo
e e onde o plano físico e o espiritual fazem contato.
Que mistério ai se encontra. Que coragem falar de algo que
guarda um grande mistério. Com segurança e respaldado por
suas experiências consegue prender a atenção da gente quando
com energia própria aborda energia.
Quantas energizações já realizou ? Não deve ter contado
pois devem ser varias e o numero não e o que importa.
O que importa e que a energia se multiplica abre caminhos forma
uma rede que pulsa e liga as pessoas.
Isto ele faz com maestria.
Este e o Serafim.
Um grande amigo de todos.
-JAQUELINE ANNES35
INTELIGÊNCIA E COMPETÊNCIA EMOCIONAL
Há cerca de 7 anos atrás, tive a oportunidade de iniciar nas
provas de corrida de aventura. Para esclarecimento, a competição
consiste na alternância de modalidades (corrida, mountain bike,
técnicas verticais, atividade aquática e orientação) e não configura
na mesma ordem de modalidadese distância de uma prova para
outra. A prova pode durar horas ou dias e alternar modalidades
por mais de uma vez. Dentre as principais dificuldadesestá a
reposição de nutrientes, tendo em vista a característica de longa
duração.
Na ocasião, diante de uma nova experiência, procurei
interagir com pessoas que já haviam participado de tais corridas
para então programar a preparação física, aprender a técnica e
adquirir os equipamentos necessários.
Como tudo na vida, nada melhor que ter a experiência
prática, sentir na “pele” o significado de algo não vivido
anteriormente e compreender melhor o que os outros dizem.
Lembro muito desse dia! Um dia muito quente do mês de
novembro, caracterizado pela sensação térmica acima dos 40°C.
Talvez, a alta temperatura explicada pela localização geográfica.
Quem conhece o município de Estância Velha, localizado entre
São Sebastião do Caí e Novo Hamburgo, interior do Rio Grande
do Sul, deve imaginar o que estou me referindo.
Lembro ainda, que minutos antes de iniciar a prova uma “veterana”
experiente em corridas de aventura presenciou a minha atitude
de carregar uma boa quantidade de água na mochila, ironizando
o meu gesto, como se eu estivesse exagerando na dose. Por
força do destino, não dei importância ao “conselho”, que, mais
adiante,fez diferencial num possível quadro de desidratação.
Pois bem, o maior aprendizado não foi a quantidade de água
carregada na mochila, nem as diversas experiências novas
(manuseio da bicicleta, aprender o rapel na hora eetc). Mas,
36
naquela ocasião, diante de um estresse físico que nunca tinha
passado antes, vivenciei pela primeira vez a necessidade de fazer
uso da mente para transpor os obstáculos e desenvolver o estado
de superação.
As experiências de aventura continuaram e me trouxeram um
aprendizado muito interessante.Percebi mais claramente que
o exercício da mente sobre o corpo, utilizado para superar
obstáculos em corridas de aventura, influenciou diretamente na
forma de enxergar as dificuldades do dia-a-dia e na maneira de
encarar as adversidades.
A sensação de completar um percurso que teve tolerância ao
calor, às câimbras e à fadiga é muito semelhante daquele de
alcançar uma meta almejada e/ou resolver uma situação de
dissenso, por exemplo. Algo que agrega um valor não calculável,
que figura dentro de uma competência e inteligência emocional.
Algo que tenho presenciando e vivido nos contatos com o
amigo Serafim, essa figura simples e de fácil convivência. Observo
que as relações com eletêm valor e significado, desprezando as
divergências de teorias do treinamento e reposição energética.
Vejo que elenão mede esforços para alcançar os seus objetivos.
É um exemplo de superação, colocando a sua energia
– que ainda não descobrimos de onde realmente vem– em
exercício da mente e do corpo, através de suas crenças e teorias
para práticado bem.
Agradeço novamente pela oportunidade de participar da tua
excelente iniciativa.
Saudações!
-MÁRCIO MÜLLERLicenciado em educação física.
37
Falar sobre a vida esportiva do Serafim é fácil,é um
atleta completo nada,pedala e corre mas a corrida eu tenho mais
intimidade pelo fato de também ser corredora.Recentemente
participamos do XVI Campionato Brasileiro de Atletismo
Master no Cete.
O Serafim estava inscrito em três provas,duas no sábado e uma
no domingo como era esperado fez bem os 800 metros e a
segunda prova chegou atrasado e não pode entrar na pista.no
domingo pela manhã participamos no Praia de Belas do 16 KM
do Circuito Athenas pela tarde o Serafim retornou ao Cete para
fazer a ultima prova de 2.000 metros com barreira.Acreditem fez
um ótimo tempo em uma prova que jamais tinha participado e
ficou com a medalha de prata.
Esse é o Serafim,que é chamado “de louco”por muitos,mas que
esta ha um passo a frente do nosso.
-MARIA ANGELICA-
JUNTA REBITADA
Sou engenheiro mecânico. Trabalho com máquinas.
Especializei-me em algo que se pode chamar de medicina das
máquinas. Radiografia de peças metálicas, ultrassom em peças
fundidas e forjadas, ensaios magnéticos em soldas, endoscopia em
tubulações, controle da pressão em equipamentos pressurizados,
inspeção de corrosão em caldeiras, etc. Esta tem sido minha
rotina há mais de três décadas.
38
Conheci o Serafim em 1992, na piscina do IPA. Eu,
retornando à natação depois de uma interrupção de uns três
anos. O Serafim, iniciando sua luta para aprender a se deslocar
dentro e acima da água.
De lá para cá, são 20 anos de convívio diário ininterrupto,
salvo alguma viagem minha a trabalho ou férias, ou do Serafim
para participar de alguma maratona, Triathlon ou Ironman
(3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42,195 km metros de
corrida). Pois é, nestes anos todos em que devemos ter nadado
mais de 5.000 km juntos, enquanto eu tento manter o perímetro
da barriga e o batimento cardíaco sob relativo controle, o Serafim
passou de sedentário, fumante e pinguço, a multicampeão em
provas de muita superação.
Mas há uns 3 anos atrás, já então nadando na piscina da PUC,
o Serafim deu uma desaparecida repentina. Pergunta daqui,
pergunta de lá, veio a notícia: o Serafim sofreu um tombo e
espatifou o tornozelo no Parque Marinha do Brasil. Mas como?
Correndo ? Caiu da bicicleta ? Não, descendo um barranco para
pegar o carro no estacionamento !
Dias depois, reaparece o Serafim. Capengando. Mais parecendo
um Saci. Havia sido operado.
Tira da mochila umas radiografias. Uma maravilha as imagens
! Os ossos cheios de parafusos. Engenheiro mecânico adora um
parafuso ! Um total de 8 parafusos nos ossos da canela, próximo
ao tornozelo (eu não sei o nome de osso algum !).
- P.Q.P. Serafim ! Isso tá parecendo uma “junta rebitada” !
Juntas rebitadas foram muito utilizadas no início do
século passado para a união de chapas e perfis metálicos. Prédios,
pontes, navios, caldeiras e até mesmo aviões eram construídos
pela união rebitada de suas peças.
39
E o Serafim voltou aos seus treinos diários de corrida,
pedalada e natação. Aliás, tentou voltar. Aquela “junta rebitada”
incomodava demais. O Serafim manquitolava para lá e para
cá. Decerto usava seu martelo e seus ímãs nos desgraçados dos
parafusos. Mas a coisa não ia bem.
Um dia perguntei ao Serafim:
- Ô Serafim, estes teus ossos quebrados já não calcificaram ?
- Já !
- Então arranca esses parafusos fora !
- Como assim? Tirar os parafusos ?
- É, já não servem para mais nada, só para enfraquecer esses
ossos! Tira e deixa calcificar os buracos também.
No que eu estava pensando, era nas juntas rebitadas da
construção mecânica, já há muito tempo substituídas pelas juntas
soldadas. A junta rebitada, embora muito eficaz para manter
unidas duas peças, introduz um enfraquecimento nas mesmas,
devido ao furo necessário para introduzir o rebite. Uma linha
de rebites se comporta como o picotado do papel higiênico. Ali
se concentram tensões, e podem surgir fissuras catastróficas. A
maioria das explosões de caldeiras antigas ocorria por isso. Nas
juntas soldadas, homogêneas como um osso íntegro, não ocorre
esse problema.
Poucos dias depois, lá vem o Serafim anunciando:
- Tirei os parafusos !
- Como assim, Serafim ?
- Fui lá no meu médico e disse para ele que o meu amigo
engenheiro tinha dito que era para eu tirar os parafusos, que só
estavam atrapalhando.
- E ele concordou ?
- Concordou.
- Serafim ! Tu tá querendo que eu seja preso por charlatanice ?
Isso que eu falei é palpite de engenheiro. Funciona em edifícios,
navios e caldeiras. Em osso de gente, sei lá eu como é !
40
- É, mas eu já tô caminhando muito melhor, e já vou começar a
“sentar o sabugo” !
E semana passada me disse o Serafim que está se sentindo
ótimo para voltar às maratonas, Triathlons e, sabe-se lá, às provas
de Ironman.
Esse é o Serafim dos Anjos. A caminho dos 1000 anos. Se
ele vai chegar lá, eu não sei. E provavelmente não vou testemunhar.
Mas proezas para 1000 anos ele certamente já acumulou.
-MILTON MENTZ41
Falar do Serafim agora que já competiu pelo mundo é fácil.
Queria ver falarem com ele há exatos 20 anos atrás, exatamente
foi quando conheci este cidadão do mundo, naquela época ele
conhecia o Alegrete, Porto Alegre e as cidades de passagem até
chegar aqui.
Acontece que ele como bom alegretense, chegou na capital e já começou a colocar as mangas de fora, pegou um orelhão
da esquina e ligou para o CORPA, descobriu que tinha uma tal
de Maratona de Porto Alegre, ligou e disse quero fazer
minha inscrição na maratona, mas não tinha nem idéia o que
seria a tal corrida, escutou no rádio a propaganda e lascou quero
me inscrever, no outro lado da linha o Paulo Edi Rivero Martins
então presidente do CORPA fez a tal inscrição, mas naquele
época os preços eram diferentes para quem corria a rústica ou a
maratona, mas o Serafim do Alegrete não tinha idéia do que se
tratava e fez o depósito do pagamento para a maratona, foi para
a sua casa pensando o que seria uma maratona, qual distância,
quais suas característica, etc pois nunca tinha corrido mais
que alguns metros campo a fora lá na sua terra atrás de alguma
ovelha, foi se informando e contaram para ele que a distância
de uma maratona é 42.195. Perdeu noites de sono imaginando
como iria cumprir uma distância desta.
Depois de alguns dias ligou para o CORPA pedindo para
correr a rústica que tinha 7km, bem mais fácil, mas por uma
série de desencontros não conseguia fazer esta mudança, foi
ficando brabo e o pessoal do Alegrete é assim mesmo, mas em
determinada situação ligou já alterado para o Paulo Edi dizendo
umas palavras ásperas, e o Paulo Edi que é de Bagé não deixou
por menos, porque tu não te escreveu na prova certa, e aquilo foi
deixando o Serafim cada vez mais brabo, chegou o dia de retirada
do kit chegou o Serafim falando alto, eu quero saber quem é o tal
de Paulo Edi, mas eu havia escutado alguma coisa em relação ao
assunto, estava ajudando na maratona, cheguei e perguntei como
42
é o nome do Sr. por favor, ele disse sou Serafim e sou do Alegrete.
Pensei um pouco olhei para o Serafim, magro, transbordando
energia, cheio de razão imaginei vou propor a ele correr a
maratona e disse mas porque o Sr. não corre a maratona,
respondeu ele, porque é uma distância muito grande e nunca
corri, perguntei o Sr. treina quantos km por dia?
E ele me disse: “corro umas 5 vezes por semana”.
Lasquei só corre se não quer, como tu sabe ele me perguntou,
eu respondi só olhando, já sei que tens condições, convenci ele
a correr, me apresentei a ele, me abraçou e disse “vou a luta”,
correu, chegou bem e foi assim que descobri o potencial de atleta
do SERAFIM DO ALEGRETE.
Grande abraço meu amigo.
-PAULO SILVA-
As peripécias do Serafim são famosas.Vou narrar um episódio
ocorrido em 2011 quando fui junto com o Serafim e o Sandro
como acompanhante.Eles iriam participar do 70.3 Brasil em
Santa Catarina na praia da Penha ,bem próximo ao parque Beto
Carreiro.Já na ida paramos em um restaurante para almoçarmos
e o Serafim comeu de tudo e mais um pouco.Mas dentro do carro
ele trazia um saco com batata doce,ovos e banana e afirmava que
sua alimentação era baseada somente naquele tipo de alimento.
Chegamos ao destino e o Sandro e o Serafim começaram os
preparativos para a participação na prova.Fomos a feira do
evento e o Serafim comprou uma bermuda feminina para fazer
a prova alegando que era mais curta e confortável,alem de ser
mais barata.No dia da prova o Serafim vestiu sua roupa de
borracha que mais parecia uma bombacha de tão larga e foi para
43
a prova.Durante a prova acompanhei-os de perto pois tambem
havia levado uma bicicleta.E o Serafim ia firme no seu objetivo
de concluir a prova.Ele insistia em não comer nada durante o
percurso,mesmo sendo alertado sobre a possibilidade de não ter
forças para completar a prova.E lá ia ele mastigando sua babosa
mágica,único alimento levado por ele.Mas quando o Serafim
entregou a bicicleta e começou a etapa da corrida a casa caiu.
Cheguei bem perto dele e lhe ofereci um gel de carboidratos.Ele
aceitou de imediato(“me dá!”) e a partir dai ele começou a aceitar
esse tipo de alimento.A sua chegada foi muito emocionante,pois
depois de muitas lesões o Serafim conseguiu finalizar a prova
que apresentava as seguintes distâncias:1.9km de natação,90km
de ciclismo e mais 21km de corrida.E para fechar com chave de
ouro,no retorno da nossa viagem,quando paramos para almoçar,o
Serafim esqueceu todos os seus documentos no restaurante.Eta
Serafim.Mas ele em nenhum momento perdeu o seu bom humor
e ria de todas as situações.
E o Serafim é isto,muita alegria de viver e nenhuma preocupação
com bobagens do dia a dia.Parabens Serafim e até mais...
-ROGERIO CAPELARI-
Certo dia, numa quinta-feira (dez 2007) num treino
na pista da redenção, tendo que dar 12 tiros de 200m por 100
de trote, ao dar o terceiro tiro sofri uma dor forte abaixo da
panturrilha da perna direita, tão forte que quase não podia
caminhar, fiquei muito preocupado por que no domingo haveria
uma prova de duatlon na cidade de Sapiranga, sendo a última
prova do campeonato, como eu estava liderando na minha
categoria jamais poderia de participar.
Não tendo condições de correr, mesmo assim, peguei a
44
bike e fui para a prova, ainda mancando. Ao chegar no local me
deparei com o Serafim fazendo uma aplicação no atleta Franco,
não deixei por menos e fui ao encontro do Serafa e pedi que ele
fisesse uma aplicação no local onde eu sentia dor, foram três seções
de batidas e a dor simplesmente sumiu e já estava conseguindo
correr. Então fui para a prova, corri tão bem que ainda fiquei em
primeiro lugar na cat. e me consagrando campeão naquele ano.
Numa semana onde participei de três provas, quinta
sendo esta à noite, sábado e domingo , quando foi na segundafeira pela manhã senti dores muito forte na panturrilha da perna
esquerda, que doía muito qdo colocava o pé no chão. Logo fui ao
médico, que me disse que tinha causado uma ruptura das fibras
do músculo e que teria que ficar uns quatro meses sem correr.
Isso me preocupou pois no domingo havia uma meia-maratona
em Porto Alegre e que já estava inscrito e queria muito participar.
Lembrei do Serafa e fui na terça-feira visitá-lo e óbvio, fazer
aplicação com o sagrado martelinho, voltei na quinta pela manhã
e já na mesma quinta á noite já consegui correr seis quilômetros,
fui pra casa fiz gelo, pois o local fica um pouco dolorido devido
as marteladas, na sexta feira corri mais um pouco e no domingo
já estava praticamente sem dor, e que consegui correr muito bem
sem sentir dor alguma. Onde não se pode deixar de dizer que o
martlinho é sagrado mesmo.
Ano passado(setembro de 2011), fui convidado por
companheiros de treino para correr a ultramaratona Audax
24 horas. Aceitei o convite e mesmo sem treinar me inscrevi,
(se é que existe treino para correr 24 horas?), Mas eu lembrei
de convidar o Serafa para ir assistir a corrida, pois sendo de
24 horas há tempo pra tudo. Já havia corrido 57 km, quando o
serafa apareceu, estava eu num intervalo, e convidei-o pra tomar
umas cuias de chimarrão, pois ele como estava com o martlinho
já fez uma aplicação nas duas pernas, pois já estavam doloridas.
Na manhã do dia seguinte o Serafa apareceu, por volta das seis
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da manhã, como eu estava descansando e não fazia muito que
voltava a correr, o vi e ele perguntou se eu queria umas batidas,
não pensei muito, e a cada batida do martlinho sentia dores, mas
aquilo foi aliviando de maneira tão rápida que parecia que não
havia corido 90 km, depois das aplicações estava eu correndo
como se estivesse largado pra uma corrida de dez km. Resultado
corri mais dezoito km, sem dores nas pernas. Há! diga-se de
passagem eu era uns dos poucos que ainda conseguiam correr
depois de tantas horas de corrida. Esse martelinho é sagrado
mesmo, mas tem de haver muita fé também.
Um abraço
- VALDEMIR -
PERSEVERÂNÇA
Conheço Serafim à uns 50 anos lá do Alegrete, onde morávamos
na mesma zona, quando guri participava de uma turma
(gang ) de guris chamada os Fifinos, a qual liderava pois levava
o seu apelido ( Fifino ), infernizavam a vida de todo mundo na
Cidade principalmente da gurizada, cresceu e tornou-se grande
jogador ( malabarista ) do futebol, tanto de campo quanto de
salão. Pelos idos dos anos 60 mudou-se para Porto Alegre,
integrando-se a uma turma de Alegretense que moravam numa
república na Av. Getulio Vargas e, lembro-me bem, ali nasceu um
time de futebol de campo e de salão formado por Alegretenses
chamado “Alegrete” que tornou-se muito conhecido em Porto
Alegre e cidades do Interior. Posteriormente, transferiu--se para
a rua Santo Antônio, outro república onde residia seu irmão a
qual com a chegada de outros Alegretenses foi batizada de Toca
da Onça, onde no ano de fixei residência. De chegada já fiquei
completamente integrado ao grupo, período de muitas atividades
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e principalmente as festas noturnas internas e externas, esporte
quase nada. Dali mudamos para a rua Sr. Dos Passos, onde o
esporte acabou geral, sobraram o trabalho, as festas e o trabalho.
O Serafim após longas negociações com sua irmã Sonia
que insistia em levar-lhe para retomar seus estudos em Santa
Maria, rejeitava o convite e afirmava que iria passar aqui e na
UFRGS, não sei como, mas realizou um exame Supletivo e
passou em seu Vestibular na UFRGS ( só DEUS sabe ). A partir
dali separamo-nos e perdemos o contato. Eu continuei minha
vida normal, fumante, festeiro e completamente sedentário.
Talvez se passassem uns 15 anos, quando casualmente
reencontrei o Fifino ( Serafim) e como já estava sabendo de
seu sucesso no Triathon, corridas, natação, etc., fiquei muito
empolgado quando vi em seu recinto de exposições mais de
1.000 medalhas e troféus conquistados em Campeonatos:
Estadual, Nacional, Sul Americano, Pan Americano, Mundiais;
reportagens em jornais, revistas regionais, nacionais; Registros
no Guinness World Records.
E provas de Fundo realizou: 32 Maratonas ( 42 Km ) cada uma e
mais 14 Ironman, sendo cada Ironman (3,8km de natação, 180
km de ciclismo e 42 km de corrida), eu vendo tudo isso e sabendo
que era a história de meu ex-parceiro fumante, companheiro das
festanças noturnas e sedentário, naquele momento mudei meus
pensamentos, de repente resolvi ser novamente parceiro dele,
agora nas atividades físicas. Parei de fumar, de festejar e
Não parou pora ai, no primeiro ano, participou de todas as
provas que ouviu falar, é claro que suas colocações não passaram
de último e penúltimo lugar, mas com muita persistência, ano
Tentando superar seus limites, sua rica mente conselheira,
inventa que ele deveria realizar Ironmam, 3,8 km de natação, 180
km de ciclismo e 42,2 km de corrida, isso recém em seu terceiro
ano de prática de triathon, sendo que 1º e 2º anos eram naquelas
47
condições de chegar em último e penúltimo lugar em quase
todas as provas, mas já andava realizando Maratona 42,2 Km de
corrida, até hoje já realizou 33 Maratonas.
Em sua teimosia que ele chama de intuição, levaramno a realização do Ironmam e, para surpresa geral continuou
realizando Ironman, à três anos atrás, quebrou a perna, rompeu
ligamentos e colocou uma placa com 9 nove parafusos, continuou
tentando fazer provas e, inclusive participou do ironman 212,
já participou de 16 Ironman. Agora anda com a conversa, que
vai durar 1.000 anos e diz que é uma percepção intuitiva como
tantas outras, inclusive está escrevendo sua tese, para demonstrar
cientificamente que é possível.
Como durar mil anos, com fisionomia e fisiologia de
20 a 30 anos”, com opções de remodelagem corporal natural,
parcial ou total, realizar premunição, telepatia, viajar em espuma
quântica, sem doenças, sem dores, sei lá o que mais, mas uma
coisa é certa, também quero estar nessa viagem.
Parabéns, Serafim.
- RUI ALBERTO ANTUNES CHAVES-
SERAFIM “O MALUCO BELEZA”.
Serafim. Quando falo nele, lembro as músicas do Raul
Seixas que identificam muito seu modo de ser, principalmente
com a música “Maluco Beleza” que diz, enquanto todos se
esforçam para serem um sujeito normal e fazer tudo igual, ele
de seu lado, aprendendo a ser louco, maluco total, na loucura
real, controlando sua maluquez misturada com sua lucidez...É, o
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Serafim ! Em sua infância e adolescência ele escandalizava com
suas maluquices, corria em cima das casas dos visinhos para
pegar bolas e pandorgas quebrando os telhados ;
Prendia as campainhas das casas com fitas adesivas, épocas de
campanhas políticas tinham faixas de propagandas políticas
presas nos postes de luz, ele subia nos postes tentando desatar
para retirar as cordas e, quando não conseguia desatar, descia do
poste e chamava a gurizada para ajudá-lo a puxar, até rebentar
a corda, mas os postes as vezes não estavam muito firmes
então desabavam, e os fios ficavam no chão amontoando-se e
causando curto circuitos que produziam verdadeiros infernos
de chamas deixando o bairro inteiro na escuridão, apropriavase sem permissão, das carroças dos leiteiros, as quais enchiam
de gurias e saiam a passear, atitudes que para os outros eram
incompreensíveis, para ele não passava de brincadeiras normais
e inconseqüentes, sempre optou por ser uma metamorfose
ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre todas
as coisas, como dizia Raul. Ele dizia que viveu a 2 mil anos atrás,
agora vem Serafim com sua tese, que diz ser com base científica
e, que viverá 1.000 ( mil ). Acredito que viverá muito mais, com
tantas histórias, idéias e realizações mirabolantes, conceito
de vida e crenças diferenciadas do que conceituamos como
“normais”, creio em sua projeção e perpetuação no infinito, pois
sempre alguém em algum lugar espaço-tempo lembrará este
maluco beleza.
Como escreveu Napoleão Hill em filosofia do sucesso:
“ A luta pela vida nem sempre é vantajosa aos fortes nem aos
espertos. Mais cedo ou mais tarde, quem cativa a vitória é aquele
que crê plenamente”.
Ele sempre acreditou em suas intuições e pensa firmemente para
conseguir seus intentos.
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Vai, Vai em busca de teus 1.000 ( mil ) anos !! Tu conseguirás!
- DALVA JARLEI -
Sou atleta, pratico triathon, natação e outras modalidades,
há alguns anos sofri uma queda do cavalo e quebrei a clavícula,
com isso adquiri uma dor constante no ombro e quando intensifico
os treinos a dor se torna insuportável. Foi na preparação para o
campeonato Estadual de natação que conheci o “famoso Martelo
do Serafim”.
Quando estava em uma crise de dor aguda, quase
impossibilitada de realizar a prova, recorri ao Famoso Martelo
do amigo Serafim. Durante 1 semana a cada treino fazia uma
aplicação energética com o martelo, aquilo me surpreendia,
pois a cada treino a dor cedia e eu podia treinar normalmente.
Resultado, bati o Record, nos 50 metros, e tudo isso credito a
ação milagrosa do martelo.
- DÉBORA JACONI MEDITSCH -
NEM O ESTRESSE É O LIMITE.
Lembro-me bem de meu 1º treino coletivo, quando
fui convidado para ir para o Pólo Petroquímico acompanhado
de algumas feras do triathon, tais como Roberto Lemos, Vilson
Matos e outros, fomos à Triunfo numa Van, éramos 10 atletas.
Eu era debutante, o treino mal começara e virou competição e
o bicho pegou a temperatura uns 40º, o treino ia aumentando
50
a tensão mais ainda, faltou água pra todo mundo e o nível
de estresse generalizou, quando terminou o treino foi uma
discussão que ninguém entendia ninguém, até que consegui
perguntar pra todos, com toda minha inocência; hei é sempre
esse estresse durante os treinos? Prá que fui perguntar! A resposta
veio: é sempre assim e vai acostumando...hahahaha. Também
treinávamos na Av. Beira Rio onde o Serafim tinha Cadeira
Cativa, seu carro estacionado sempre no mesmo lugar, onde
são realizados constantemente os treinos, inverno, verão, chuva,
sol, tal percurso para treinamento muito perigoso e de muitos
acidentes e atropelamentos graves de ciclistas, inclusive fatais.
Todo dia ao final de cada treino era marca do Serafa, um banho
frio no rio, inclusive nos rigores do inverno, dizia que era para se
adaptar, mas o pior era quando chegávamos para treinar e o carro
do Serafa não estava em seu lugar, logo pensávamos , acidentouse, pois era o único motivo para faltar, dito e feito, logo a notícia
que ele quebrara alguma coisa, que até hoje não foram poucas,
remenda-se e volta. Ainda Bem. Agora vive falando de sua tese
para durar 1.000 anos, teses do Serafa, que não são poucas, mas
essa é fulminante, vamos nessa Serafa. Esse é parceirão, com ele
não tem ruim e sempre diz que: ”Parado só na gaveta”.
Refletindo, concluo que para evoluirmos precisamos de
algum estímulo e de algum estresse, sejam fortes ou muito fortes,
é preciso sair do conforto e, em algum momento treinar duro,
isso é necessário para evoluirmos e pularmos para outro nível!!!
FELIZ NATAL
- FRANK SILVESTRIN Em l995, mês de fevereiro na cidade de Torres, uma
prova de trialhon (natação, corrida e ciclismo ) válida pelo
51
campeonato Estadual de triathon, no momento da prova,
todos os atletas aguardando o tiro de largada, nervosíssimos,
concentração, contagem regressiva, mãos nos relógios, muita
tensão, silêncio total, de repente surge um grito vibrante, “Feliz
Natal”, que desconcentrou todo mundo, era ele o Serafa, daí
em diante, tornou-se sua característica, inclusive em provas
Nacionais e internacionais, grito esse que o tornou muito
conhecido, inclusive rendeu-lhe o apelido de “Feliz Natal”. Mas
não fica por ai, em 2003, fui competir no Ironman ( 3,8 Km
de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida ), como o
Serafa era veterano na prova, fui de parceiro, mas ao sairmos
daqui, já vi onde me metera. Chegando lá em nosso primeiro
almoço, colocou na mesa o que chamou de fiambre, ao abrir o
recipiente, eis aquilo na minha frente, um enorme pedaço de
porco estragado, chegava estar azul e o pior de tudo que cortou
aquilo e me convidou, agradeci porco tô fora, com aquilo até
perdi o apetite, depois fez uma feijoada com aquela carne de
porco, no jantar feijão com uma camada de gordura branca que
cobria todo o feijão, o qual ele comia frio. No ano seguinte, fui
só assistir o Ironman, para surpresa minha, o maluco do serafa
depois de terminar o Ironman com umas 14:00 horas de prova
se mandou para a rodoviária, e viajou a noite inteira para fazer a
Maratona de Porto Alegre que começou às 8:00 horas da manhã,
e pior, sua loucura não ficou por ai, terminou a Maratona ( 42
km ) de corrida, à tarde ainda foi pedalar, ficou 6 dias realizando
atividades, concluiu num total de 11,7 km de natação, 540 km
de ciclismo e 126 km de corrida, registrado no Guinness, como
primeiras marcas desse tipo. Ele com seu martelo ionizado diz
que tudo isso é para estudar os fluxos de energias em seu corpo,
que o universo é só uma unidade energética. Agora anda com
um papo que vai durar 1.000 anos.
Quem o conhece entende o que estou falando, e quem
ainda não o conhece verá nele uma pessoa que por onde anda faz
facilmente muitas amizades e sempre acrescenta muita alegria
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em torno de tudo que faz.
- LUIZ FERNANDO BEIVENUTI -
PREMONIÇÃO
Conheço o serafim de longa data, o que sempre me fascinou
foi sua garra e determinação, de onde vem toda sua força e
premunição que descreverei no decorrer dessa narrativa.
Na Maratona de Porto Alegre em 2004, encontrei-o na largada
para correr a Maratona, até ai nada de anormal, o que me
surpreendeu é que ele no dia anterior já tinha realizado o Ironman
em Florianópolis, perfazendo 3,8 km de natação, 180 km de
ciclismo e 42,2 km de corrida num total de 14 horas de prova, a
qual terminou as 9 horas da noite em Jurerê, arranjou carona foi
para Floripa comprou passagem e 11 horas da noite viajou para
Porto. Oito horas da manhã largou na Maratona, ao meio dia
almoçou e a tarde ainda pedalou mais 40 km. No dia seguinte
continuou nadando pedalando e correndo, perfazendo em 6 dias
um total 11,4 km de natação, 540 km de ciclismo e 126,6 km
de corrida, e eu sabedor que seus treinos diários eram; 1 km de
natação, 30 km de ciclismo e 4 km de corrida, desmistificando os
treinamentos, excessivos.
Ele diz que é premonição:
Como sabia ele, que tudo isso seria possível sem nenhum
planejamento sensorial prévio,
se as inscrições dessas
competições são realizadas com meses de antecedência e que ao
finalizar o Ironman sem nenhuma informação prévia , ao acaso
no meio da multidão encontrou Ariel de DEUS que disse-lhe
53
que estava com pressa, pois iria para Porto Alegre e já estava com
uma carona para levá-lo para a rodoviária de Florianópolis, na
rodoviária comprou sua passagem de ônibus, sem nem mesmo
ter reserva de passagem e resolveu todas os demais problemas
do Serafim dos ANJOS, conduzindo-o até o local de largada da
Maratona em Porto Alegre inclusive aguardou finalizá-la. Como
explicar tudo isso, para mim não é pura Coincidência. Pergunto,
que é então?
Falei com seu irmão Levi sobre tudo isso, e ele mostrou-me
outros feitos semelhantes
Em 2004 quando Serafim foi entrevistado ao concluir
a Maratona de Porto com o tempo de 3:15 horas conseguido
tempo suficiente para disputar a Maratona dos 100 anos de
Boston, foi questionado pela repórter em que tempo pretendia
realizar a próxima Maratona de Porto Alegre no ano seguinte ele
de pronto respondeu 3:10 horas.
Resultado da Maratona em 2005, 3:10 horas.
Em 2008, como Serafim já falava em durar 1.000 ano, no
dia de sua viajem para competir o Ironman de Floripa, Levi em
tom de brincadeira perguntou-lhe? Já que estás mais velho, em
que tempo pretende realizar a prova? Serafim sem noção alguma
prontamente respondeu, o mesmo tempo de 5 anos atrás, Levi
registrou e Serafim assinou, ao retornar da prova, Levi perguntou
o tempo de sua prova, Serafim não sabia, pois não carrega
instrumentos de registros e nem olha resultados ao chegar, Levi
foi pesquisar na Internet, e não acreditou no que viu! Em 2003,
13:54h e 5 anos depois em 2008, 13:54h, acredite se quiser, mas
está tudo registrado, internet resultados Ironman 2003 e 2008.
O que dizer de tudo isso, premunição ou causalidade?
TRASMUTAÇÃO
É a retirada para fora do corpo, da alma, espírito ou
energia cósmica, histórias maravilhosas, ele conta, inclusive
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seus vizinhos manifestam-se testemunhando alguns feitos. Eu
particularmente creio.Tudo isso me faz lembrar, quando fui correr
a ultra Maratona da USP em São Paulo, o treinador passou-me o
treino para a prova, que previa um tempo de 9:00 horas e realizei
em 9:15, ao analisarmos o tempo e o treinamento, o treinador
alarmado percebeu que todo o treinamento tinha sido realizado
por engano baseado numa distancia de 50 Km enquanto a prova
foi 100 km, então percebi que tinha preparado minha mente para
correr os 100 km e ela se determinou para isso, também digo: “
Nos tornamos o que pensamos” se os pensamentos forem bons
viveremos o Céu, se forem ruins, viveremos o inferno.
“Vamos nessa Serafim, rumo aos MIL ANOS”.
- MANOEL RAMOS -
Conheci serafim através de minha irmã, Andréia
Mazuhim, ela me falava que ele era uma pessoa muito especial,
apesar da idade que tinha e não representava ele era uma pessoa
com muitos conhecimentos de vida e experiência, e um dia
numa oportunidade conheci Serafim, realmente era como tinha
falado e muito mais porque felizmente hoje somos muito amigos
e com o passar do tempo descobri que Serafim apesar de ser uma
pessoa com uma capacidade e uma alegria de resolver e ajudar o
próximo ele se tornou uma referencia na comunidade de caráter
e dignidade. Serafim fez milhares de amigos, passando as pessoas
o significado da vida e nos ensinando como viver melhor, ter
saúde e como ser vencedor no nosso ramo profissional, Serafim
com sua inteligência faz de si próprio cobaia de suas experiências
que para alguns até chamam de louco mas quem o conhece
sabem de suas histórias e já provou e ganhou um certificado de
55
um médico um agradecimento pela sua capacidade de ajudar a
medicina e provar que seu método de ciência é importante para
seres humanos e a medicina se rendeu a Serafim.
Quero agradecer a oportunidade de falar sobre um amigo
que realmente me ajuda muito e é com muito prazer em falar de
ti amigo Serafim dos Anjos.
- ALEXANDRE MAZUHIM FONSECA -
O que falar de uma pessoa que eu conheço dês de que o
mundo é mundo para mim?!
Bom, acho que começando do começo.
O meu pai um ser totalmente mutável, sei que quando
era adolescente e um rapaz jovem era totalmente, eu disse
totalmente diferente de agora. Suas idéias, valores, metas... tudo
muito diferente de agora. Isso sei pelo que me contam, então essa
é a minha visão sobre ele quando mais moço. Bom, em fim, ele
mudou muito ao longo dos anos, e mesmo aos 68 anos continua
mudando suas idéias toda a semana, a cada descoberta uma
mudança de opinião, ou melhor, uma reformulação de opinião. O que eu acho admirável nele, pois está sempre a procura
de sabedoria, não descansa, tem a sede de evoluir como pessoa.
Como podem perceber no livro COMO DURAR 1000 ANOS.
Essa é a nova meta dele, e ai de quem diga que isso é bobagem,
ele vai defender sua tese com unhas e dentes, te mostrar que o
átomo e as células mais os raios e os números.... bom em fim, ele
vai te provar que é possível cientificamente.
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Mas, voltando a sua maneira de ver a vida e viver, admiro muito
esse jeito “maluco” e autentico. Tenho muito o que aprender com
ele todos os dias. Desde o acordar cedo para fazer um exercício,
até não ter TV e apenas ter a leitura como hobby ou também se
alimentar bem para ter uma vida mais saldavel.
Só tenho a agradecer por ele fazer parte da minha vida.
- KELIN SAUER -
Há muitos anos trabalho no Ironman de Florianópolis,
na área de transição do ciclismo. Em 2007, após terminar os
trabalhos na minha função, fui assistir a chegada dos atletas,
amigos gaúchos. Por volta das 20hs cruza a linha de chegada
o senhor Serafim dos Anjos, uma figura ímpar, trajando uma
bermuda em cujo bolso haviam moedas e predras “energéticas”.
Terminando a prova ele e eu nos dirigimos para a casa
onde ele estava hospedado. Não havia ninguém em casa. Tivemos
que escalar a parede para entrarmos pelo segundo andar, afim
de pegarmos as coisas dele. Fomos então à estação rodoviária
onde pegamos o ônibus da meia noite rumo à Porto Alegre.
Conversamos durante toda a viagem,comemos macarrão miojo
cru e o tempo todo ele batia nas articulações com um pequeno
martelo, afim de recuperá-las, segundo sua teoria.
Ao chegarmos em Porto Alegre nos dirigimos a seu
apartamento, onde ele tomou um banho de piscina gelado (era
maio, fazia 6°C), ingeriu algumas colheradas de glicose, trajou
seu uniforme e fomos à outra prova a ser disputada por ele: a
Maratona de Porto Alegre, com saída no Parque Moinhos
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de Ventos(Parcão). Após participar e finalizar o Ironman de
Florianópolis, em cerca de 12hs, ele correu a Maratona em
menos de 4hs!Duas provas extenuantes em dois dias seguidos,
em locais bem distantes! A tarde, no mesmo domingo, ele foi
visto pedalando na Av. Beira Rio.
No evento em Florianópolis eu havia comentado com os
jornalistas que lá estavam que o Serafim pretendia fazer essas
duas provas, uma seguida da outra. Eles não acreditaram muito.
Na semana seguinte eles entraram em contato comigo para saber
se realmente ele havia feito o pretendido,e eu confirmei. Na outra
semana saiu uma reportagem na revista Isto É sobre ele.
Este é o velho louco Serafim, que não obedece as regras de
treinamente, segue suas próprias teorias a respeito de saúde,sendo
admirado por vários atletas no Brasil, arrebanhando seguidores
do seu modo de ser país afora.
-ARIEL DE DEUS-
Num dos muitos fins de tarde em Manoel Viana,
la por 1957,ouvi meu pai contar um episodio interessante
que acontecera com ele,naquele dia,em Alegrete:” - estava
conduzindo o caminhão carregado de tijolos,indo para a vila dos
sargentos,quando,ao passar pela esquina do bar Gaucho,onde
havia uma gurizada fazendo bagunça,sem esperar,recebi uma
melanciada no lado da cara. Isso mesmo,era a casca de meia
melancia encaixada no meu rosto
Em 1965 namorei uma morena da “coxilha”,hoje “cidade
alta”. Em sua casa,havia uma turma de rapazes muito ativos e
extrovertido.Gostavam de contar proezas do tempo de guri.
Certa noite numa daquelas rodadas de historias,um deles
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perguntou ao outro”: te lembra do velho da melancia ?” E foi
risada geral. Perguntei o que era e o Fifino começou a contar,com
todos detalhes caracteristicos,a mesma historia que eu ouvira 8
anos atrás. Eta mundinho pequeno ! Mas,meu pai nunca soube
desta parte ..
- ARNO NEMITZ -
Serafim sempre quis luta pelo que almeja, com muita
determinação. Lembro quando eu (Sonia) morava em Santa
Maria e muitas vezes convidava ele para fazer vestibular nesta
cidade, porque era menos candidato e seria mais fácil entrar. Mas
ele recusou, dizendo que iria fazer na URGS porque ia passar
ali. Que guri teimoso, mas era decidido e confiante...E conseguiu
passar mesmo.
Quando era guri estudava na Escola Agrotécnica no
regime semi-interno. Mas alguns fins de semana não aparecia
em casa, porque ficava detido na escola, por fazer coisas que não
deveria como roubar galinha e fazer galinhada com os amigos.
Nos dormitórios as camas eram beliches e o Serafim dormia na
parte de cima. Os alunos arrumavam tudo o que traziam de casa,
coisas de comer (salame, pão, queijo, doces etc...) e penduravam
no lastro do beliche de cima. Como o Serafim as vezes mijava na
cama, se deu mal com o companheiro de quarto. O Salame, pão,
queijo ficaram tudo molhado, inclusive o rapaz. De madrugada
o moço queria brigar mas os outros não deixaram e diziam :
Cuidado melhor não brigar com o fifino que vai levar a pior.
Sempre foi governado por uma grande energia, com
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muito entusiamo e otimismo, e com muita positividade. Deu
muita preocupação para seus pais pois era muito ativo.
TOPICOS:
Em Alegrete por volta de 1958 chegava grandes circos e nós não
perdíamos nenhuma das apresentações, íamos com os pais. Em
um dos shows de malabarismo levamos um susto.
Olhando os malabaristas e os leões embaixo, um dos irmãos
falou para mãe: Olha lá é o Fifino um dos malabaristas! Quase
morremos de susto pois os leões estavam ali de boca aberta.
Admiramos muito o Serafim pois ele sempre transmitiu muita
força e bons conselhos as pessoas.
- SÔNIA NEMITZ SUA IRMÃ -
PERNAS PESADAS
Serafim dos Anjos Silva, o Fifino, natural lá do Alegrete,
da Coxilha, oficialmente um bairro conhecido como Cidade
Alta. Família grande, muitos irmãos, Fifino embora não o
mais velho era o mais conhecido. Uma espécie de líder entre os
irmãos. Tanto que coletivamente eram chamados “os Fifinos”
ou a “Fifinada”. O Rui Fabres, outro grande amigo e inventor de
“chapas” afirma que os “Fifinos” compareciam aos domingos
no cinema, sessão das 13 horas, formando uma “trinca” para
dar “tabufe” nas revistas dos guris menores. A gurizada levava
revistas em quadrinhos para trocar. Explicando melhor, “chapa”
era uma situação engraçada ou ridícula atribuída a alguém com
o objetivo de se fazer gozação. “Trinca” embora se refira a três
tinha um sentido mais amplo, de vários, e “tabufe” era uma
batida no maço de revistas que o descuidado levava embaixo de
braço. Revistas no chão, revistas perdidas.
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Nunca vi o Fifino ou seus irmãos fazerem isto. Sendo
ele um pouco mais velho o conhecia pelo futebol. Bom jogador,
grande corredor, resistência de ferro. Falante, galanteador e
desinibido fazia amizades com facilidade. Nossa amizade se
estreitou em Porto Alegre quando nos encontramos como colegas
em um cursinho pré vestibular, o IPV. Às vezes, estudávamos
juntos e, em uma tarde de calor resolvemos estudar na Redenção,
embaixo das árvores. Não conseguimos estudar, mas arrumamos
duas namoradas, com certeza. No cursinho tínhamos uma
professora de química orgânica. Era um monumento que
usava aquelas mini saias bem típicas dos anos setenta. Subida
no estradinho quando apagava o quadro balançava os quadris
e a sainha levantava mostrando aquela ligação entre “San Juan
e Mendoza”. Acho que foi ali que apreendemos o que era uma
ligação covalente. E que covalência!
Depois fomos para a universidade, eu na Odonto e ele na
Ciências Contábeis. Naquela época havia uma república na
rua Sto. Antônio, a Toca da Onça. Entre uns fixos e muitos
passageiros Fifino lá morava. Eu era uma espécie de “Alien, o
oitavo passageiro, passava mais lá do que em casa.
Mas, além de tudo jogávamos muito futebol. Nosso time,
o Alegrete durou muitos anos, mais de duas décadas. Jogamos
contra todos e por todos os lugares. Certa feita participávamos
de um torneio em Guaíba, um octogonal. Torneio organizado
com juiz de federação e tudo. Era no mesmo estádio que uma vez
o Sport Club Internacional perdeu para o Celupa. Os jogos eram
semanais e estávamos na sétima rodada e éramos líderes. Único
time de fora, todos queriam nos ganhar. E naquele dia estavam
conseguindo. O juiz inventou um pênalti e os caras fizeram o gol.
Nosso capitão, Fifino, reclamou chamando o árbitro de bêbado e
foi expulso. Tentou remendar dizendo que o juiz estava bêbado
no sentido de dirigir a partida. Não adiantou, como sempre, e
ficamos com dez. Este jogo terminou numa pancadaria tremenda.
Iniciou uma briga coletiva e eu acabei dando um pontapé na
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cara de um adversário. Mas foi um senhor chute. Ficou na face
do sujeito as marcas do cadarço da minha chuteira. Havia uns
brigadianos fazendo o policiamento e fui preso. Fomos todos
para a delegacia e conseguimos sair de lá à noite. Nunca mais
fomos a Guaíba.
No último Gre Nal dos Eucaliptos também nos
envolvemos em uma briga com os colorados. Naquela época as
brigas eram de socos. Na saída do jogo, que terminou em 1x1, o
cobrador do ônibus elétrico abriu a janela e puxou a bandeira que
eu carregava. Peguei uma laranja que estava na sarjeta e joguei no
cara. Foi o suficiente para fechar o tempo. Fomos cercados pelos
colorados nos defendendo como podíamos. Enquanto o Fifino
abatia um quase embaixo de um carro estacionado o cabo da
minha bandeira quebrou batendo na cara de outro. Tivemos que
sair correndo por uma transversal da José de Alencar para não
sermos linchados. Mas um não conseguiu chegar até a esquina. O
Rene Talgen. Uma hora depois voltamos para procurar os restos
mortais do Rene. Mas ele estava bem vivo. Na impossibilidade de
chegar até a esquina que era a rota de fuga ele pulou um murinho
e entrou numa residência que estava com a porta aberta. Estava
ele na sacada comendo doce com umas gurias bem bonitas. A
família era gremista.
Depois de tudo Fifino virou o grande atleta que é. Destaque como
atleta sênior em nível mundial. Pedalou continentes, nadou
oceanos e correu mundo ganhando troféus e medalhas graças
a extraordinária condição física que sempre ostentou. Pena não
ter sido descoberto na infância. Certamente o Brasil teria nele
um grande medalhista olímpico.
Uma vez, acho que nos anos 90, recebemos uma excursão vinda
do Alegrete para jogarmos futebol. Era o pessoal do Tamandaré.
Jogávamos no estádio de Cruzeiro, lá no morro Santana.
Domingo de manhã chuvosa, jogo de futebol, churrascada e
muita confraternização com os conterrâneos. Era domingo da
maratona de Porto Alegre.
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Acreditem se quiserem, Fifino correu os quarenta e poucos
quilômetros e foi ao morro Santana jogar o segundo tempo.
Jogou mal esta partida. Afinal, como ele mesmo disse:
-Minhas pernas estão um pouco pesadas.
-CARLOS FREDERICO BIANCHI CACCIA-
O que falar sobre um homem autêntico ?
O que falar sobre um amigo ?
O que falar sobre um parceiro ?
O que falar sobre um irmão ?
O que falar sobre um guru ?
O que falar sobre um” louco “(que de louco não tem nada)
completamente consciente ?
O que falar sobre um uma pessoa adiante do seu tempo ?
O que falar sobre um ser a caminho da iluminação ?
O que falar sobre um companheiro fiel ?
O que falar sobre sobre um mestre ?
As palavras não são suficientes para responder as perguntas
acima .É preciso conhecer no dia a dia para se ter a dimensão
exata da humildade de um ser desta magnitude !!
Serafim dos Anjos Silva !!!
Muito obrigado pelo privilégio de ser teu amigo !!!
100% ADRENALINA
- CARLOS ALBERTO XAVIER -
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Ao longo da história conhecemos fatos grandiosos, onde
verdadeiros heróis em todas as áreas deram o máximo de si. No
esporte tivemos a oportunidade de ver grandes campeões em
ação. Tivemos um rei desfilando pelos campos sua magia de
ser humano fora de série. Mas esta história que aqui segue, tem
como único e exclusivo objetivo, divulgar o esporte de homens
de ferro.
Grandiosos seres humanos que são verdadeiras máquinas
humanas. Sujeitos que desafiam todas as leis e conceitos no que
diz respeito ao condicionamento físico.
É claro, com o crescimento da ciência na área esportiva, a cada
dia criam-se novos métodos de treinamentos, mas mesmo em
crescendo e é claro com isso beneficiando atletas amadores
e profissionais, ainda deixa a parte principal, ou seja, a parte
sofrível ao encargo dos atletas.
Do que você está falando irmão?
Triathlon meu amigo, estou falando do esporte
considerado por muitos como a prática esportiva mais dura
e cruel. Treinamentos beirando a exaustão, onde exigem um
condicionamento físico perfeito, veja bem, estou falando perfeito.
A história que você vai ler abaixo, é uma história verídica de um
único homem.
Ele era um homem que não acreditava no esporte, pois
achava tudo isso um pouco de “frescura”. Mas existia um amigo
que toda a vez que me encontrava na rua falava: você tem de
praticar uma atividade esportiva, vai melhorar a tua qualidade
de vida.
Naquele tempo, há quinze anos atrás o esporte não era tão
difundido como nos tempos atuais. Futebol era o único esporte
praticado pela a maioria. Então, para satisfazer o amigo, ele
resolveu se inscrever na piscina para aprender a nadar. Já era um
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começo.
Certo dia, ouviu falar na tal Maratona, nunca tinha me interessado
em correr na vida.
Foi então que ele se escreveu meio que por engano na tal
Maratona, então partiu para o treinamento de corrida na pista
do clube onde eu lecionava.
Mifares, Mifares, desista, você não vai conseguir, falavam os
pessimistas.
Então para a tristeza dos seus amigos pessimistas, ele resolveu
levar a sério o treinamento. Foram dias de aprendizado e
superação, para ele que nunca havia colocado um par de tênis de
corrida, que nunca havia praticado nada além do futebol.
Então no primeiro dia, afundou a raia número um da pista de
atletismo, começou no final da tarde de quarta-feira e correu até
o amanhecer do outro dia.
E foi assim por todo aquele mês – ele treinava um dia e o outro
também.
NOITE ANTERIOR A MARATONA: Mifares nem dorme a
noite preocupado com manhã seguinte dia da prova.
DIA DA MARATONA: Mifares chega ao local da competição e
acha tudo maravilhoso,
Amigos, pessoas das a quais ele nunca havia visto antes,
interagindo, falando de como estavam para disputar a prova.
Após completar a sua primeira Maratona meio “quebrado” mas
com muita satisfação, Mifares começa então a treinar mais forte.
Certa vez, ao passar pelo mural da escola ele vê um cartaz
colocado no mural da escola anuncia a realização de uma prova
de triathlon, onde Mifares passa e olha.
Mifare vai até onde estão sendo feitas as inscrições para o Evento
de Triathlon.
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Mifares: Eu gostaria de informação sobre a competição de
Triathlon!
Atendente: O senhor já faz alguma atividade esportiva.
Mifares: Sim, corro e nado – um pouquinho.
Atendente: O senhor sabe nadar?
Nesse momento entra o responsável pela competição: Olá
Professor Mifares, como está o senhor?
Mifares: Muito bem – vim me inscrever na competição de
Triathlon.
Diretor do Evento: Mas pelo que eu sei tu não sabe nadar!
Mifares: É, “dá pro gasto”.
Diretor do Evento: Mas pra participar da prova tu têm de saber
meeeesmo nadar, então se tu nada pro gasto, não pode participar
do evento.
Mifares: Bem se vocês não me deixarem participar, eu vou entrar
com recurso e vou dizer que vocês estão me impedindo de
participar de um evento aberto a qualquer indivíduo que queira
se aventurar.
Diretor do Evento: Mas está decidido, não vamos permitir que tu
te inscreva, pois tu não sabes nadar.
Mifares: Caminha cabisbaixo em direção ao seu carro, triste com
a não autorização por parte do Diretor do Evento.
Mifares: Liga para o seu advogado e pergunta qual a maneira
mais adequada de protestar contra a não permissão do Diretor
no Evento de Triathlon.
Advogado: Pense melhor Mifares, pois estaremos criando um
atrito desgastante para você e também para a instituição, pois
você querendo ou não, é a faculdade que está organizando o
Evento.
Mifares: Pensa por um instante, mas continua irredutível – quer
participar do Evento.
Mifares: Liga para o Diretor do Evento – Alô sou eu Mifares,
não, não desisti de participar, não, não vou desistir, sou teimoso
mesmo.
Diretor: Tá bem, vamos liberar a sua participação, pois não vai
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adiantar mesmo, tu não vai desistir.
Mifares: Mifares dá pulos de felicidade, pois afinal vai participar
da sua primeira competição de Triathlon.
Mifares: Pega a sua bike e sai para pedalar pela rua, visando já a
sua participação no Evento de Triathlon.
Mifares: Na piscina, Mifares ainda luta para transpor a piscina
sem que seja preciso fazer uso das raias para se agarrar. Tenta
uma, duas, três, quatro, cinco vezes.
Mas infelizmente ainda têm de usar o recurso do agarro.
Mifafares: Na pista de atletismo, Mifares corre, marca o tempo,
analisa a sua performance. Procura hidratar-se bebendo bastante
água e após volta a correr.
Dia da Competição: Mifares reúne a família, contrata um
fotografo, coloca a bike no carro, tênis, sunga, óculos – enfim,
tudo pronto.
Chega ao local da competição, por lá já encontra os seus amigos
e também é claro o Diretor do Evento nada satisfeito com a sua
presença, mas enfim, são “Ossos do Ofício”.
O Evento: Enfim todos estão alinhados, Mifares também é claro,
muito apreensivo.
Toca a buzina é dado o início do Evento, Antônio Carlos dispara
em direção ao meio do rio com Carlos no seu encalço, e Mifares
- cadê Mifares?
Mifares sai também em disparada em direção ao Rio e senta com
as costas voltadas para o Rio, todos pensam! Deve estar fazendo
uma oração, mas não é uma nova técnica aplicada pelo nosso
mais novo atleta de Triathlon – O nado de costas.
E Mifares segue o seu nado com os olhos pregados no azul do céu,
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e os salvas vidas com os olhos pregados nele por recomendação é
claro do Diretor da Prova, pois imaginem se esse loco morre – a
culpa é do Diretor do Evento.
Ainda o Evento: Mifares finalmente sai da água, isso já passava
de uma hora de nado de costas, o fotografo ainda está a postos
“já quase indo embora”.
Mifares então após secar os pés com a toalha nova na qual
comprou para dar sorte, coloca as sapatilhas e sai em direção
a avenida para pedalar, e dele pedal, lá no quilômetro dezoito,
Mifares avistou um ciclista que como ele ainda pedalava em
direção a linha de chegada – Mifares pensa – Vou grudar nesse
sujeito, pois imagina se ele é da mesma minha categoria, e foi,
quando estava a quase dez metros do ciclista, Mifares avista que
ele muda a trajetória, Mifares então para e olha para trás.
Então percebe que é o verdureiro entregando verdura.
Mas Mifares não desiste, segue em frente, agora já com um pouco
mais de tranqüilidade, pois sabe que não há mais ninguém na
sua frente.
Mifares chega, solta a bike no cavalete, tira o capacete, as
sapatilhas, com algumas câimbras, algumas dores, muita sede,
sai para correr, “a sua especialidade”.
Pensa – isso aqui é bem melhor do que correr atrás daquele
caroço (bola de futebol).
E após quase duas horas, Mifares finalmente está a caminho da
linha de chegada.
A maioria dos atletas já subiram ao pódio, ganharam as suas
medalhas, pegaram as suas bikes e tomaram o rumo de casa, mas
Mifares ainda continua correndo.
Os cavaletes, os cones, e toda a parafernalha de som já foram
recolhidos e a faixa de chegada já estava tomando o mesmo
rumo, volta para acompanhar o último atleta.
Mifares finalmente chega – mais quebrado do que copo de cristal
ao cair no mármore.
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Mifares: Após passadas algumas semanas desta competição,
Mifares resolve encarar o Triathlon como o esporte preferido.
Hoje Após Quase Quinze Anos De Triathlon E Treze Iron Mans
Disputados, Mifares Continua O Seu Treino.
Esta É Uma História De Um Homem Que Até Os Quarenta E
Oito Anos Era Sedentário, Fumava, Bebia E Não Ligava Muito
Para A Atividade Esportiva.
Quando Cruzar Com Este Homem Pedalando, Correndo Ou
Nadando – Faça Uma Saudação De Agradecimento.
Agradecimento Pela Dedicação E Disciplina, Por Incentivar O
Esporte Como Qualidade De Vida, Por Fazer Com Que Jovens
Triatletas Sigam O Seu Exemplo.
Obrigado Mifares.
Bem, mas além das façanhas que você acabou de ler – que
foram verídicas – eu presenciei uma, juntamente com o Serafim
(personagem de Mifares), que talvez ele até já tenha esquecido.
Certa vez, estávamos eu o Neco e o Serafim pedalando na Av.
Beira Rio “o negócio estava pegado”.
Foi quando apareceu um sujeito, que mais parecia ter atravessado
o deserto.
O sujeito usava uma bike Monark barra circular pintada de
ferrugem, nos pés umas havaianas “já gastas”, uma bermuda
surrada, e a camisa pelo que vi, ele havia esquecido.
Bem, nós largamos da Chaminé em direção ao Estádio Beira-Rio
forte, 39/40h.
Quando vimos, o homem sem nome passou por nós que era uma
bala naquela circular.
O Serafim que não “deixava por menos” alguém passar por ele
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“se enrrabou” no sujeito, levando com ele eu e o Neco.
Mas eu requei um pouco, pois imagina se aquela “coisa” que o
sujeito andava se espatifasse – ia sobrar para nós.
E o “dito” chegava primeiro do que nós lá no final e ficava
esperando “bufando” feito touro zebu.
E então quando nós voltávamos ele passava bufando.
Eu já não conseguia mais pedalar de tanto rir do Serafim e do
Neco levando um “pau” do loco.
Até que eu me dei conta de que louco éramos nós correndo atrás
daquele maluco.
Um grande abraço Serafim e muitos felizes natais ainda pela
frente.
- EDSON SILVA -
A Natação de Serafim dos Anjos
Talvez para muitas pessoas nadar seja algo simples,
prático e sem muitas dificuldades, mas para Serafim era uma
questão de sobrevivência.
A vida realmente é impar, única e deve ser vivida com
autenticidade, sem medos e vergonhas. Talvez o “Velho loco”
tenha deixado um pouco disto tudo para nós. Suas indagações
e busca incessante de respostas que alimentem a longevidade e
suas fórmulas que iniciam com Linus Pauling, Pedras energéticas,
“Marteladas”, homem milenar, candidato a Vereador, entre outras,
talvez demonstrem sua aflição diante da possível inexistência da
alma e da sua incessante procura.
Serafim luta para viver e se manter vivo, nem que para isto, muitas
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vezes, se machuque e seja obrigado a parar, definitivamente
Serafim é um Louco com mania de querer viver para sempre
de achar fórmulas rejuvenescedoras, de postergar a vida e ainda
compartilhar isto com os outros sem egoísmo e sem posse, sem
dúvida é coisa de quem não está no seu tempo.
Eu vi e vivi a iniciação de Serafim no Triathlon, sua paixão e
companheira de muitos momentos. A
Natação sempre foi e será uma amante mal resolvida
e que diga de passagem nada fiel, mas Serafim mesmo assim
sempre a procurou. É amor acredito.
Por privilégio de estar juntos em tantos momentos da iniciação
esportiva de Serafim posso dizer com orgulho que acompanhei
sua evolução passo a passo, começando pelo 1º Triathlon no
Lami nadando de costas e sendo socorrido pelos bombeiros,
saindo em último lugar na Natação e no ciclismo com sua Caloi
10 ou Monark 12, nem lembro mais, acho até que eu emprestei
ou vendi a bike a ele, aliás pesava uns 20 kilos, mas mesmo assim
Serafim chegou em penúltimo lugar, grande feito, neste dia achei
que seria a primeira e última vez do Serafim no Triathlon.
Resumindo meus amigos e ao que lerem esta singela página digo:
sejam pessoas mais felizes, não temam a vergonha, compreendam
mais o próximo, perdoem seus desafetos e amem a vida, quem
sabe assim todos nós possamos um dia ser um pouco parecidos
com Serafim, uma pessoa especialmente do Bem.
Forte abraço a todos.
- GLAUCO GODOI -
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SERAFIM, MEU PAI.
Posso resumir este homem como REVOLUCIONÁRIO.
Desde sempre esteve atrás de melhoria na qualidade de vida das
pessoas, apoiando e estimulando seus amigos e todas as pessoas
a sua volta, com teorias nada convincentes, num primeiro
momento.
Muitas coisas parecem loucura, mas do que seria o mundo se
não fossem as pessoas que se doam para formular “teorias
malucas”? A ciência está em eterna evolução, e passa sempre por
três fases: a da rejeição, a da discussão e a da aceitação.
Pois então, no que diz respeito à teoria dos 1000 anos ainda
estamos na fase da rejeição, mas com o tempo com certeza
muitas coisas vão nos fazer enxergar que no mínimo é possível
viver muito mais e com muito mais qualidade de vida, e o marco
inicial é esse, que este grande homem tenta nos mostrar.
Abrir a mente é necessário, e escutar os que querem e se
disponibilizam a nos dizer é muito importante.
Serafim sempre foi muito “maluco”, e é até mesmo seu próprio
cobaia em suas experiências, e admito, elas dão resultado.
- KARINA SAUER -
Serafim...triatleta, corredor, homem de mil facetas,
homen do livro de recordes, enfim, teria muitíssimos adjetivos
para enumerar essa pessoa maravilhosa que é o Grande Serafim,
sempre feliz , caracterizado por uma frases emblemáticas, palavras
eternizadas, tipo: “feliz natal pessoal”, a básica, nas competições,
seja ela qual for. Essa atleta deveria ser estudado em uma sala de
medicina na faculdade de Harvard, com muitos especialistas de
todas as áreas: fisiologia, anatomia, engenharia do movimento,etc
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porquê têm todas as característica de um higlander, mil anos é
pouco, a eternidade seria mais apropriada... Salve o Ironman,
o espetacular amigo, o incrível homen sobrenatural... abração
fique sempre com Deus, esse também é nosso eterno atleta.
- LUIS CARLOS PLETSCH -
MEU AMIGO SERAFIM NO TRIATLON DA FESTA DA
MAÇÃ- S. FRANCISCO DE PAULA PELOS IDOS DE 1992
Falando no Serafim, não posso deixar de associar a
pessoa dele com uma das primeiras provas de triátlon realizadas
no RGS. – O Triátlon da Festa da Maçã em São Francisco de
Paula.
Na época quase ninguém sabia o que era Triatlon, tinha
até gente que confundia com Teatro...
Bem, vocês imaginem em São Chico a chegada dos
triatletas na cidade. De cara fomos barrados por uma viatura da
Brigada que queria no os multar por levarmos as bicicletas de
pé no teto do carro, pois já que aquilo nunca tinha sido visto
anteriormente significava um risco à segurança do transito da
cidade. Após algumas explicações nos liberaram e seguimos com
nossas naves para o local de início da prova que era o Lago São
Bernardo onde seria realizada a etapa de natação.
Os competidores foram chegando, pioneiros do novo
esporte, dentre eles.Jorge Noronha, Eduardo Ramos, Juarez
Izquierdo, Fernanda Schanandorf, Ronaldo Ramos, Fernando
Diefenthaeler, Marcelo Rosa, Naida Freitas e muitos outros .
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Como todo o momento pré prova o assunto era a
discussão de estratégias , ajustes de equipamento, informações
sobre os trajetos.... Lembro que na época, o desafio de enfrentar
e conseguir terminar uma prova de short triátlon era um dos
maiores feitos esportivos o que de uma certa forma unia a todos
nós participantes no objetivo máximo de chegar. Para a grande
maioria de nós o maior adversário era a própria prova e o espírito
de solidariedade prevalecia sobre a competitividade.
Como o meu esporte de origem era a natação eu me
encontrava entre os triatletas nadadores estudando as condições
do lago quando veio até mim um senhor de uns 40 e poucos
anos , magrinho, de bigode perguntando o que eu achava dele
fazer a prova de costas. Não entendi a pergunta, até achei que ele
estivesse brincando...atravessar um lago numa prova de 750 m
de natação nadando costas. De crawl já é difícil a orientação...
Quando respondi que não seria a melhor opção ele me explicou
que não sabia nadar e que achava mais fácil de costas e que iria
assim, meio que se virando, mas que iria chegar do outro lado. Só
me restou desejar-lhe boa sorte...
E foi dada a largada do masculino .
Nós da categoria feminina ficamos observando os ases da
natação se engalfinhando desde a corrida inicial, entre braçadas,
pernadas e respirações como um cardume de tainhas agitando
as calmas águas do lago.
Nos primeiros momentos esses nadadores foram o foco
das atenções mas por pouco tempo, pois havia um dos nadadores
que em seguida se destacou de todos os outros. Advinhem quem...
que após a saída dos tubarões entrou na ágpa e iniciou a sua
etapa de natação tentando executar algo que deveria ser o nado
costas caso ele não estivesse quase de pé, pois apesar de muito
esforço as pernas do Serafim não subiam por nada desse mundo.
Não se sabia se ele estava nadando ou tentando não se afogar. Me
preparei para a largada do feminino com aquela imagem dele
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tentando esboçar um nado, lutando para manter a cabeça fora
dágua , sem noção nenhuma de direção e quase não saindo do
lugar. Antes da largada ainda avisei as gurias para cuidarem para
não atropelá-lo e fiquei torcendo para que a segurança da prova
não descuidasse dele.
A água era escura, fria, o fundo lodoso e as margens
cheias de mato mas completei o percurso sem dificuldades , mas
quando saímos da água... aí é que vimos que estamos cheios
de sangue-sugas grudadas no corpo...E aí, enquanto tentava me
livrar o mais rápido possível daqueles bichos ouvia a organização
discutindo se deveriam tirar o Serafim da água ou deixá-lo
terminar a prova. Me pareceu que ele insistia em terminar e eu
segui para a etapa de bike .
O percurso escolhido até que tinha um asfalto bom e o
visual maravilhoso da nossa Serra. Porém a chegada do ciclismo
era justamente nos pavilhões onde se realizava a Festa da Maçã, o
mais importante evento do ano naquela região.Imaginem então,
a estrada tomada de carros de visitantes que com certeza nunca
haviam visto seres como aqueles pedalando umas bicicletas
estranhas. Aí ficou perigoso. Nem tanto nas subidas dolorosas
onde por mais que se quisesse acelerar ficava difícil. A gente
sentia as pernas incharem, o coração tentava saltar fora , o ar que
entrava nos pulmões era pouco e a tal da subida não acabava. Mas
as subidas ainda eram a parte segura. Porém as descidas... eram
suicidas. A galera se jogava mesmo, com suas ultra modernas
bikes de alumínio se lançavam para baixo entre os carros do
pessoal que estava indo para a festa.
Quando o transito engarrafou e os carros pararam na
entrada da Festa aí ficou o caus. Com os carros parados na estrada
a turma saia dos carros tranquilamente sem se dar conta que por entre os carros vinham uns malucos de bicicleta descendo
as lombas correndo . Os ciclistas gritavam para o pessoal abrir o
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caminho mas todos achavam que ali não era lugar de andar de
bicicleta, ora bolas...
Mas como triatleta tem mais sorte que juízo, todos
chegaram sãos e salvos à etapa de corrida que tinha saída e
chegada na Festa.
Lá sim é que a coisa complicou e quase virou caso
de polícia quando os guris largaram as bikes e saíram para
correr atravessando a Festa vestidos com as suas tradicionais
sunguinhas...Quem diz que o pessoal de lá se convencia que eles
não estavam de cuecas... Não queriam saber,,, Que atletas que
nada...Eu ainda ouvi gente falando essa turma do teatro, é tudo
louco...
Mas e o Serafim... pois é...naquela confusão toda eu não
sei onde ele me passou. Quando eu vi, ele já estava bem na minha
frente na corrida. E como corria o danado. Com as perninhas
finhas ele era muito rápido...e terminou a prova...
Dali em diante fizemos muitas outras e eu gostaria de ter
melhorado a minha corrida da mesma maneira que ele melhorou
a natação.
Esta é uma das muitas histórias deste grande atleta
que com seus diversos exemplos de superação não nos deixa
esquecer o verdadeiro espírito do esporte. Além de provar que
nós estabelecemos os nossos limites e quando vencemos nossa
Mente tudo torna-se possível.
Beijo
- MAGDA CABRAL -
SERAFIM DOS ANJOS SILVA – Serafa – ou Fifinho (no
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Alegrete) – Uma lenda
Uma grande figura humana. No mais amplo sentido que
esta pequena frase pode retratar. Temos grandes passagens juntos.
Foram muitos anos, que acompanhando provas de triathlon e
corrida, que nossas vidas se cruzaram. Temos até viagens juntos
para a prova de Ironman em Florianópolis/SC.
Uma das grandes características mais marcantes eram o
grito de:
“ FELIZ NATAL “ antes das largadas e durante as provas. Mas a
melhor era um tipo de código entre nós. Quando eu gritava: “ E
AÍ SERAFA ? COMO ESTÁS ? “ e com mais de 10 horas de prova
no Ironman ele dizia: “ É UMA BARBADA ESTA PROVA “
Uma das passagens mais marcantes foi quando o Serafim
entrou para o Guiness Book. No sábado ele fez a prova do
Ironman Brasil em Florianópolis. Terminada a prova ele juntou
os seus pertences e rumou de Jurerê a rodoviária para pegar o
ônibus da meia-noite rumo a Porto Alegre. Em sua companhia
estava Ariel de Deus Matos que fez toda a logística. A viagem
durou 6 horas e na sua chegada a Porto Alegre ele rumou a sua
casa na av Anita Garibaldi e na sua cobertura tomou um banho
gelado na piscina, trocou de roupa e devidamente fardado foi
para o Parque Moinhos de Vento (o Parcão) para largar na
Maratona Internacional de Porto Alegre.
Eu havia conseguido uma carona e fui testemunha ocular desta
história, pois no quilômetro 39 da maratona do Ironman passei
pelo Serafim e ele me largou a célebre frase: “ É UMA BARBADA
ESTA PROVA “ e depois às 7 horas da manhã encontrei com o
Serafim na avenida Goethe pronto para largar para a Maratona
de Porto Alegre.
Depois da largada eu fui acompanhar a prova e me posicionei
junto ao estádio Beira Rio. Neste ponto fechavam 36 quilômetros
de prova. Sempre levo água, gatorade, batatas, etc para que
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necessite um suporte a mais. Foi quando neste ponto avistei
aquele corredor com seu característico estilo. Era a lenda Serafim.
Neste momento gritei para ele e perguntei se ele precisava de
algo. Foi quando ele largou:
“ EU QUERO É TE DAR UM BEIJO “
E saindo do percurso atravessou a avenida Beira Rio para me
beijar e daí rumou a chegada lá no Parcão.
Outro epsódio marcante aconteceu no Ironman Brasil em
Florianópolis. Fomos juntos com o grande amigo Luiz Fernando
Faria (o Lula). Saímos de Porto Alegre numa manhã de quartafeira rumo a capital catarinense e em todas as paradas, o Serafim,
quando ia pagar alguma coisa puxava o talão de cheques e me
dizia:
“ NÃO SOU EU QUE ESTOU PAGANDO. É A FIRMA “
Vale lembrar que a empresa é dele. Chegando em Floripa fomos
pegar os kits e dar uma volta na Feira. Esta feira é um paraíso
do consumismo, pois se reune tudo o que um triatleta precisa
(e não precisa também). Tudo o que o Lula comprava o Serafim
comprava também, mesmo não sabendo da real utilidade desta
compra. Até assinatura de revista ele fez, pois as meninas do
estande eram muito bonitinhas.
Neste ano ficamos no hotel Shandra e na véspera da prova
estávamos ajeitando o material para levar para o check in.
Ajudei o Serafim a montar os pneus tubulares e calibrá-los, pois
ele estava atrapalhado com um suporte de caramanholasque
havia comprado e não conseguia fixá-lo no banco. O tempo foi
passando e de repente estava na hora de ir para o Clube Doze
de Agosto. Feito o check in e tudo certo, mas só no dia seguinte
(durante a prova) é que o Serafim descobriu que não havia
apertado a castanha do banco. Ele acabou pedalando mais de
70 Km sem poder sentar no banco de forma correta. Foi só aí
que uma pessoa que estava assistindo a prova lhe emprestou uma
ferramenta para que o conserto fosse feito. Tudo por causa de um
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suporte inútil, pois durante a prova são vários postos de água.
Nesta mesma prova aconteceram mais dois epsódios marcantes
que me lembro.
O primeiro foi na manhã do dia da prova. Os triatletas
precisam chegar bem cedo (à partir das 5 horas da manhã) para
a pintura nos corpos com o número e a última checagem do
material. É uma hora muito tensa. Muita gente nervosa e até em
pânico com a hora da largada. São formadas filas para a pintura
dos atletas separadas pelo faixa etária. Como ainda é bem cedo
(noite ainda) e está todo mundo concentrado pouco se ouve
dos atletas. Foi quando o Serafim chegando para a sua 7ª ou 8ª
participação (não lembro ao certo) entra na zona de pintura e
falando em um tom bem alto larga a seguinte pérolo:
“ AGORA NÃO TEM MAIS AI, AI MAMÃE e NEM AI, AI
PAPAI, POIS AGORA É FERRO “
Teve muita gente que naquele momento arregalou os olhos e se
apavorou ainda mais.
O outro epsódio foi no mesmo dia. Na manhã da prova
eu estava escovando os dentes e o Serafim entrou no banheiro
para pegar a sua roupa de neoprene. Ele se vestiu no quarto e
lá fomos para a largada. No final da etapa de natação existem
alguns voluntários que ajudam a tirar a roupa e encaminhá-los a
transição para a bike. Foi aí nesta hora que o Serafim descobriu
que não havia vestido nada por baixo da roupa de natação. Ele
chegou da etapa de natação e deitou no tapete, levantando as
pernas, para que os voluntários tirassem a parte de baixo da
roupa. E lá se foi ele com aquela bunda branca correndo da praia
a barraco de transição. Dizem até que no canal Sportv apareceu
a bunda do Serafim.
Nestes anos todos foram grandes passagens juntos e uma
amizade consolidada com um respeito muito grande que merece
ficar documentado.
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No esporte o que ficam são as amizades e os momentos incríveis
que superamos juntos. Foi numa destas viagens que o Serafim
me confessou:
“ EU NÃO QUERO GANHAR DE NINGUÉM. O QUE EU
QUERO É VIRAR LENDA “
E já virou esta Lenda em todos os nossos corações.
- MARCELO DINIZ DA COSTA Tornei-me amigo do Serafim no mesmo instante que o
conheci. Encontrei-o em um restaurante e almoçamos juntos,
eu, meu irmão Marcelo, que me apresentou aos irmãos Serafim e
Renato. Após esse almoço minha permanência em Porto Alegre
se engrandeceu, pois passei a conviver e ter a amizade do Serafim
e almoçar quase todos os dias na companhia do Renato.
O que dizer a respeito do amigo Serafim ?
Vejo como força de inspiração que é possível realizar os
sonhos e concretizar os objetivos.
Crer em algo que não se enxerga com os olhos, executar
os planos sem ter um manual de orientação. Seu exemplo de fé,
sendo um cientista e estudioso das leis da natureza, esse é para
mim um pouco do iceberg de conhecimento que tem o Serafim.
Colocar em pratica todo conhecimento cientifico e experiência
de vida é o principal objetivo do mestre , se assim posso chamálo. Cada vez que conversamos em seu escritório, é como se o
tempo parasse, ficamos muitos minutos falando sobre filosofia,
esportes, física, vida cotidiana, etc... Conversar com ele é como
ter o conhecimento a respeito de todos os assuntos, ele torna
tudo mais simples de se entender.
Após sair de volta para meus afazeres, sempre tenho uma
confiança maior em mim e a certeza de que posso vencer.
O segredo do Serafim ! É não ter segredo algum, pura energia
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aplicada com consciência e sabedoria.
A superação dos limites físicos tanto no triathlon como na vida,
são para ele aplicação da energia com técnicas aprendidas pelos
seus experimentos e pelos seus professores. Seu lema principal
é ter garra e não desistir por mais que a mente enganosa tente
limitá-lo .
O Serafim é para todos um grande amigo, e para mim
um exemplo de vida.
- MARCUS VINICIUS AGUIAR DA SILVA O Serafim e suas ideias mirabolantes.
Fazendo uma retrospectiva à infância e à adolescência do
Serafim é quase impossível entender a sua transformação, não só
em seu relacionamento com as outras pessoas, mas principalmente
com ele mesmo. Aquele gurizão impulsivo, desconcentrado,
briguento, controlador e um pouco irresponsável, passa a ser um
homem simples, humilde, decidido,calmo e muito guerreiro.
Como um dos irmãos mais moço do Fifino (Serafim), testemunhei
e também participei de muitas situações bem complicadas, mas
que para ele não passava de diversão.
Morávamos numa parte da cidade chamada ‘’cidade alta’’.
Ali ele chefiava a meninada da vizinhança. O seu lazer preferido
era jogar bola (e jogava muito bem). Não interessava o lugar,
podia ser num campinho, praça pátio e até no meio da rua.
Perto de nossa casa, tinha uma oficina de carros. Era um
terreno aberto com uns galpões no fundo. O dono era um senhor
borrachão, amigo, muito trabalhador (de apelido BADO) mas
para a gurizada ele tinha um pequeno defeito; era implicante e
cortava todas as bolas que caíam na sua oficina. Um domingo,
aproveitando que o BADO não estava na oficina, o Serafim
resolveu se vingar. Convocou um grupo de guri para invadir
a oficina. Escolheu uma carcaça de caminhão que só tinha o
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chassi, as rodas e uma direção enferrujada. Colocou os meninos
menores em cima e os maiores para empurrar, ele queria que a
carcaça descesse a rua abaixo. Respectivamente aquele pedaço
de caminhão embalou e foi de encontro a um muro de tabua que
dividia a oficia e uma casa de família. A metade da divisão foi ao
chão e fomo parar no pátio da vizinha, que naquele momento
estava ali, tomando chimarrão com a sua família. Com o susto
ela gritava:
- Meu Deus isso só pode ser coisa do Fifino. Resultado : Fiquei
de castigo por não ter obedecido a uma ordem que minha mãe
sempre dizia: -“ Vocês não tem que fazerem o que o Fifino manda.
E ele? Ele seguia tranquilo, engenhando suas ideias mirabolantes.
Mas também lembro algo especial, que admiro muito
nele, a sua força de vontade. Ele fumava muito. Embora tivesse
muitos amigos, o seu mais fiel companheiro era o cigarro. Um
dia estava eu e ele sentados conversando e ele tirou a carteira
de cigarros do bolso, parou olhou bem serio para mim, depois
para a carteira de cigarros e novamente para mim e me atirou
a carteira no colo dizendo: - Fica com ele, pois não sou ter para
viver fumegando. A decisão foi instantânea. Achei que no outro
dia me pediria a carteira, mas o vício foi superado para sempre.
Serafim! Que a confiança, a persistência, o entusiasmo sempre
faça parte da tua vida.
Com admiração seu irmão
- RUI ANJOS ( BOCA FIFINO ) -
Serafa, a historia que eu nunca vou me esquecer foi aquela
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viagem para o primeiro triatlo dO alegrete. Na saida o Capellari
mandou tu parar o carro num posto pra limpar o carro por
dentro que ele nao ia viajar naquela bagunça( po Serafim, tava
muito bagunçado aquele carro). Depois durante a vigem , nas
paradas que davamos pra comer eu ficava impressionado com
o quanto voces dois comiam....mas pra onde vai isso tudo?????
Depois fomos supr bem recebidos pela tua familia teu pai nos
esperou com uma super ovelha que ele tinha carneado no dia
anterior, e conhecemos o Marcios... que figura... Na hora da
prova, nos mandaram entrar no rio ibirapuitan e se agarrar numa
corda que estava esticada de uma margem a outra, tamanha
era a correnteza e num grito deram a largada. 750m em 7mim,
recorde mundial... e a corrida???? nós tres corremos de sunga,
o povo apavorado com aquela barbaridade... teve uma senhora
que envergonhada cubriu o rosto e disse “maaaassss”. depois a
volta... o capellari, o marcios e eu tinhamos saido na noite depois
da prova por isso vinhamos dormindo no banco de tras, lembro
do horse se ajeitando no banco de tras, ele nao achava uma
posiçao pra dormir e me perguntou... cara posso dormir no teu
colo? hahahahahahah madei ele à M. Isso foi quando mesmo???
1992??? Essas viagens pra competir sao sempre muito divertidas,
o astral sempre eh bom.
- SANDRO CORREA -
Como o próprio nome diz, é um anjo de pessoa com um
coração maravilhoso, mas sou suspeita, pois nos conhecemos há
muito tempo. Nossos filhos pequenos, com seis anos de idade,
colegas no IPA e após deixá-los na aula, íamos treinar natação.
Hoje nossos filhos estão com 26 anos e sempre o “Serafa” nos
incentivando e dando apoio para treinarmos, fazermos provas,
para colocarmos sempre nosso corpo em atividade, mas nunca
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se esquecendo da mente.
Nessa época o Serafa estava aprendendo a nadar e dizia
que ia fazer triatlo, mas eu duvidava, achava
uma loucura, tanto que fui ver uma prova dele no Lami. Pois ele
fez a prova de natação no Guaíba nadando de costa, pedalou e
depois correu.
Serafim é à força de vontade e determinação em pessoa. Eu estava
um dia treinando na Av. Beira Rio, pois também corro, quando
avisto um tumulto; na minha mente logo veio à pergunta: O que
será? Vi um corpo estendido no chão; pensei: Nossa, quem será?
Era meu amigo Serafim completamente atordoado, sem saber
quem era, onde estava. Havia caído da bicicleta, o capacete devia
estar à 50m de distância, logo vi que o acidente fora sério. Eu
achava que não ia vê-lo por algum tempo. Pois bem, no outro
dia lá estava ele treinando novamente, todo lanhado sem uns
pedaços, mas como ele diz, foi só um tombinho!
Esses tombinhos começaram a ser seguidos. Quando eu avistava
qualquer tumulto eu já falava: É o Serafim no chão! Acho que a
música foi feita pensando nele. “Ta lá um corpo estendido no
chão!”
Com o Serafa aprendi que não importa os outros e
sim a luta constante com a nossa própria mente. “Que o frio é
psicológico! Que a dor vai passar logo! Que dói, mas é bom!” E
é verdade, temos que impor para nossa mente nossos objetivos e
só podemos parar quando alcançado.
Eu sou Susete Falcão de Bittencourt. Quase todos os dias, a vinte
anos, treinamos , damos boas risadas e batemos bons papos.
- SUSETE BITTENCOURT -
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RECORDANDO O FIFINO ( SERAFIM ).
Serafim é o segundo ( 2° ) filho, numa hieraquia de 8
irmãos, mas se destacou em (1° ) primeiro lugar em incidentes
e acidentes que ocorriam tanto no meio familiar, como na
vizinhança e talvez até na cidade. tanto é Assim, que até hoje
somos conhecidos como “os fifinos “, apelido que ele tinha e era
conhecido na pequena cidade do interior, nossa querida alegrete
, por tudo que ele apresentava .
Se apareciam vidraças, telhas, estragadas ou quebradas; pneus
de carros esvasiados ou furados, lampadas publicas quebradas,
galinhas desaparecidas na vizinhança ou fora dela já acusavam:
foi o fifino, foi o fifino . na escola, mesas cadeiras depredadas,
organização para matação de aula, ou qualquer fato que
perturbasse ou impedisse o funcionamento ou desenvolvimento
das atividades os professores prontamente elegiam; o culpado
, foi o fifino, foi o fifino, nas arruaças e entreveros seja onde
fosse la estava ele.
Lembro um fato que meus pais sempre contavam:
Havia chegado um circo na cidade, que apresentava (
palhaços, domadores, cavalos, cachorros, adestrados, trapezistas,
picadeiros, leões, etc.), como atrações principais. Na cidade que
o único lazer era um cinema, a chegada de um circo, era uma
novidade fantástica.
De dia o carro de som alvoroçava a cidade fazendo propaganda
do espetáculo a noite.
ULtimo dia, noite com um número inesquecível “menino no
trapézio provocando a furia de leões no picadeiro”.
- Noite de bilheterias esgotadas, apresentações de, palhaços,
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cachorros, elefantes etc, último número, atração principal
, picadeiro montado, luzes se apagam, rugidos de leões , o
picadeiro e as feras, espetáculo de luzes e cores, som e zunido do
chicote que estala é o domador que se instala, silêncio total, novo
som, foco de luz no vulto voando rente aos leões, que rugem
ferozmente, as luzes acendem, era ele, preso pelo cabresto na boca
do trapezista que o atirava ao outro trapezista bem em cima
dos leões no centro do picadeiro, a platéia emocionada vibrava,
mas repentinamente aquele grito de horror, a mãe reconeceu o
filho que voava de um lado para outro, a mãe gritava para o pai,
irmãos, rebuliço total, enfim parou o espetáculo.
Lá estava ele, o serafim ( fifino ), que voava acima dos
leões, feliz, irrelevante, ignorando limites, tempos, espaços,
confiante e determinado, inocentemente mostrando que quando
superamos nossos medos, perseveramos em nossos objetivos,
o universo conspira em nosso favor e concretizamos nossos
sonhos.
Serafim ( fifino )tuas vibrações e felicidades são também as
nossas, estaremos sempre juntos.
Um abração, teu irmão.
- RUBENS DOS ANJOS -
Professor Serafim dos Anjos
Conheci o professor Serafim dos anjos quando trabalhava em uma
empresa de publicidade, fui oferecer um anuncio de propaganda
para a Vetor Engenharia sua empresa em atividade na época,
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naquela oportunidade é que tive as primeiras informações
sobre telefonia, Serafim era o presidente da ACRT Associação
dos acionistas da CRT(associação dos proprietários de linhas e
ações da CRT- Cia Riograndense de Telecomunicações); isto foi
lá pelos idos de 1987, portanto a
mais de 25 anos atrás.
Seduzido por suas ideias revolucionárias a época e sua visão de
futuro, “pelo menos um telefone e um celular na casa de cada
família”, pedi para trabalhar com ele naquele projeto de divulgar
e popularizar aquelas ideias, que constituí-am-se em mais
centrais telefonicas e consequente desenvolvimento da telefonia,
pois para SERAFIM sem telefone não existiria progresso,
desenvolvimento, trabalho e crescimento da economia.
Naquele tempo uma linha telefônica custava quase o preço de um
carro zero, era uma restrição para as empresas se desenvolverem, a
comunicação era de péssima qualidade e as empresas não podiam
crescer pois não tinham telefone disponível para ampliarem seus
serviços e abrirem filiais.Havia inclusive o comércio particular
de compra, venda e locação de linhas telefônicas.
Era uma época da pedra lascada em telecomunicações no Brasil,
mas em partes do mundo, Países como Japão e EUA estavam
descobrindo a RDSI-Rede Digital de Sistema Integrado, com
voz, imagem e aplicativos, através de fibras óticas e Satélites.
Serafim tinha idéia de fazer, e fez, o maior Fórum Nacional sobre
Telecomunicações, bem como lançou um Jornal sobre o assunto
o “O Acionista”, que era distribuído gratuitamente a todos
acionistas, onde abril espaço para as pessoas denunciarem seus
problemas de comunicações, darem opiniões, sugestões e também
um espaço para informações e noticias de desenvolvimento em
outros países. E assim foram anos de denúncias e espaços na
mídia inclusive a realização de uma CPI sobre telecomunicações
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na Assembléia Legislativa do RS, até que houve investimentos
em tecnologia e parcerias público-privadas.
Hoje pede-se um telefone fixo e horas depois estão instalando
em sua casa, compra um chip pré pago e conecta em qualquer
aparelho velho de celular e já sai funcionando,e assim nossos
emails, msns, dados, imagens, tv no celular, ipod, ifai, leptops,
netbuk, notbuk, etc... Hoje todos os tipos de profiisionais
podem ter seus telefones e paginas na internet, como dizia
o professor Serafim “SEM TELEFONE NÃO EXISTE
PROGRESSO, NÃO EXISTE TRABALHO, NÃO EXISTE
EMPREGO’
Depois do telefone veio “A REVOLUÇÃO” onde Serafim
transformou em seu inimigo a falsa educação e ou a falta dela,
a exemplo do texto que transcrevo....”Atualmente educamos as
pessoas até atingirem o nível em que estejam aptas a ganhar a
vida e casar. A partir daí a educação cessa por completa, como se
tivesse sido ocupada toda a capacidade mental. Deixa-se à ANTICULTURA e á ignorância do indivíduo a solução de todos os
restantes e complexos problemas da vida. È exclusivamente a essa
deficiência na educação das pessoas que devem ser imputados
inúmeros casamentos imprudentes e infelizes, assim como
fracassos profissionais sem conta.
Em decorrência, passam assim a vida inteira em completa
alienação, vivendo um alto grau de ansiedades, necessidades e
infelicidades.
Devemos imprimir um ritmo de ação sobre nós mesmos e
romper com este estágio de Cultura e Conhecimento, partindo
para a Revolução Individual contra nosso maior inimigo, “Nós
Mesmos”. Seja Feliz – A mente é o meio certo., (C/M).”
A REVOLUÇÃO foi uma serie de textos de alto-ajuda e de
esclarecimentos abrangendo aspectos essências do pensamento
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e do sentimento humano. Textos que foram impressos aos
milhares e distribuídos gratuitamente as pessoas. Fazia parte
da revolução a ideía da educação por quarteirão, da educação
política dos indivíduos, da liderança por rua e de outras idéias.
A grande diferença de Serafim e de outros intelectuais é que ele
imprimiu nele mesmo e durante a vi
da seus princípios e idéias, iniciando-se e tornando-se aos 49
anos de idade um TRIATLETA, hoje correndo 42 km, nadando
em mar ou rio 3.800 metros e andando de bicicleta 180 km, hoje
está com uma saúde de ferro.
Então quando esse homem que tive o privilégio de conhecer,
e que mudou minha vida. Diz alguma coisa ou manifesta uma
idéia, faça como eu FIQUE ATENTO.
- SERGIO BORGES -
SERAFIM, UM MENINO DIFERENTE....
Falar do serafim, é lembrar, com saudade do meu
passado, estou com 76 anos e mantenho vivo na memória , a
vida simples lá do interior. As familias unidas ,com muito amor,
resolvendo suas dificuldades, acompanhavam e participavam
da história de cada elemento e, dentro deste elo familiar, convivi
várias etapas da vida do serafim.
Quando criança, forte, saudavel, tranquilo ; mas
conforme ia crescendo, mais conhecido ficava, por seu
comportamento capeta, precisando ser castigado, quase
que, para não dizer, diariamente, não que fosse um menino
mau, mas por suas invenções originais e audaciosas, que o
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diferenciava das outras crianças. Os meninos daquela época,
viviam vida simples sem grandes ambições, estudar, brincar
, jogar bola na rua e até estudarem na casas dos amiguinhos,
mas estudar não era coisa do serafim. Detestava ir ao colégio,
seu prazer era matar as aulas, alegando que, o que os
professores ensinavam ele já sabia e não lhe interessava.
Material escolar , era o que mais perdia, pois largava nas
calçadas para se meter em confusões e brigas. No cinema
não entrava, ficava na frente , fazendo uma brincaceira que
chamava de “tabuf ”, era dar um tapa nas revistas ( gibis ) que
os outros meninos levavam para trocar entre eles, se caisse
de suas mãos , ele ficava de dono das revistas. Que menino
capeta.
Para ele ganhar um dinheirinho ( coisa que ele gostava
muito ) e já mante-lo ocupado, minha irmã (mãe do Serafim)
fazia ele ir vender rapadurinhas, quando as pessoas não queriam
Compar suas rapadurinhas, ele pedia para as pessoas pagarem
rapaduras que mesmo comia, pelo dinheirinho vendia
bananas, ovos, guiava pessoas deficientes para pedirem
dinheiro e já ganhava sua gratificação , engraxava sapatos
nas ruas e praças, enfim não media esforços para ganhar
seu dinheirinho, pois precisava comprar figurinhas para os
albuns, revistas do tarzam, zorro e outros heróis, ainda bem,
aprendia a ler.
Frequentemente minha irmã era chamada na escola
para ser informada que o serafim não estava frequentado as
aulas, e o único meio de controle que ela achou foi olhar
seus cadernos diariamente após o horário escolar. Só que ele
achou um meio de ludibriar sua mãe. Ele não ia à aula,
mas êle mesmo servia de seu próprio professor. Sentava em
qualquer lugar inventava exercícios e temas levando assim
seu caderno, com aulas bem criativas para sua mãe ver, até
que foi descoberto por uma vizinha que era professora na
mesma escola onde ele estudava , então como de costume foi
castigado, que para ele não fazia nenhuma diferença, pois o
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tal castigo já era de seu cotidiano. Mas, pobre da vizinha “
traidora “. Ela tinha criação de galinhas, as quais foram sendo
rapidamente roubadas, inclusives as galinhas que estavam
chocando , ele levava a galinha e os ovos chocos, que lavava
bem e no dia seguinte vendia para a própria dona da penosa.
Se eu fosse listar todas as histórias que conheço,
da infãncia do serafim, o meu tempo não seria suficiente
e hoje percebo que seu ppoder de suepração, persistência,
rebeldias, focado sempre em tudo que faz, brotaram de suas
experiências desde a infância.
Agora me veio com um papo maluco, de retirada
da sua alma para fora do corpo, tem um martelo energizado
que produz curas, premunição , e eu felizmente já vi algumas
coisas . o mais facinante disso tudo é sua teoria, já em
aplicação para durar mil ( 1.000 ) anos,
quem viver verá, segue em frente s e r a f i m, vai atrás de tua
unidade “c ó s m i c a”.
- E L O I S A DOS ANJOS -
Conheci o Serafim como o homem do Ironman, nadava,
pedala, corria e interruptamente, realizava outra prova ou outras
provas. De onde tirava tanta energia? Um dia descobri que ele
tinha um Martelo Milagroso, fui ver de perto. Há bastante tempo
tinha uma lesão no dedo mínimo do pé direito, sempre inchado
e vermelho, incomodando muito, vários exames e sem encontrar
uma solução, ele ali, inchado sempre doendo, pensei: Vou no
Serafim .
Ele usou o Martelo, muita pressão e muita dor em meu
dedo, mas resisti. Após algumas pressões com o Martelo o
problema desapareceu. Já se passaram uns dois (2) anos e o meu
dedinho está ali bonitinho. Acreditar ou não? Acredito muito
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nas coisas místicas e sei que a Energia Quântica é Poderosa.
Uns dizem que ele é Louco, outros riem e dão de ombro.
Pelo que sei, os grandes gênios e inventores foram todos
taxados de loucos. Será? Inspirei-me com Ele e, a onze ( 11 )
anos sou corredora.
- ZENAIDE SOLANGE PAROLIN -
TREINO NO CIRCUITO
Como de praxe treinos de final de semana dos atletas, na
Av. Beira Rio – Porto alegre, circuito de 10 km, 5km ida, e 5 km
de volta, local de alto risco muitos acidentes e atropelamentos
graves inclusive fatais aos atletas, em seus treinamentos de
ciclismo, mas um dia enquanto alguns atletas pedalavam num
sentido outros pedalavam em sentido contrário e cruzávamonos em frente a um desvio para estacionamento de automóveis,
exatamente nesse local, Serafim pedalava em sentido contrário
ao meu, quando presenciei, um automóvel repentinamente o
ultrapassou e cortou sua frente, para entrar no estacionamento,
enganchou a roda frontal de sua bicicleta no para choque do
automóvel arrastando bicicleta e ciclista pelo acostamento, uma
nuvem de poeira, Serafim ali, estatelado o motorista foge como
sempre, a roda dianteira da bicicleta completamente destruída,
seu capacete
( salvador ) estraçalhando e suas roupas
esfarrapados, sem bicicleta e todo lanhado, então ajudei Serafim
voltar a pé, até onde estava seu carro. Para surpresa minha,
na semana seguinte já no circuito estava o Serafim treinando
ciclismo, todo enfaixado e com uma clavícula quebrada, dizer o
que , Isso são coisas do grande Amigo Serafim.
- IVO RAMBOR 92
Serafim há três anos na acadenia da PUCRS quando para
ele olhei e parei:
Careca, franzino, de camisa velha e furada. Pense:
Atleta desleixado.Mas me enganei.
-HOMEM DE FERRO!
Fifino é do Alegrete. Muito dedicado, esforçado, amigo que
o mundo pretende mudar, usando afísica Quantica para se
eternizar e mil anos durar.
- BERNADTE -
Piorra Maluca
Sou Dadier B. Mazzuca, Educador Físico Formado em
licenciatura e bacharelado pelo IPA, trabalho com natação,
corrida e musculação, fui (sou) Salva vidas civil da BM onde,
em minha opinião junta todas as valências físicas citadas à cima
e principalmente a força de vontade e poder da mente, creio que
tema principal deste caso.
Muitos perguntam o porquê desse nome “Piorra Maluca”, mas
foi o único adjetivo, predicado, que veio a mente na situação que
vou relatar abaixo.
O ano me foge a memória, entre 2003 e 2004, eu
trabalhava como professor de natação Centro Universitário
Metodista IPA. O cidadão aluno Serafim dos Anjos, vulgo Serafa,
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o Energy Man, adentra as instalações da piscina, realizamos as
devidas apresentações, senhor simpático, com boas vivências de
vida, assuntos curiosos e uma indescritível vontade de aprender
e evoluir.
Como procedimento padrão, do aluno para mim novo,
peço que me mostre os estilos que sabe nadar, como já havia
realizado um IronMan (competição de alto nível do mundo
dos esportes), esperei uma certa técnica do novo aluno, mas
quando inicia a execução do nado... um deslocamento quase
zero, uma meia braçada do lado direito, o lado esquerdo não tive
uma definição, as pernas submersas, um movimento giratório
inexplicável do tronco e a respiração de um quase afogado. O
tempo demorou a passar até o “Energy Man” chegar ao outro
lado da borda da piscina de 25 metros, aquecida, sem ondas,
sozinho numa raia, onde quero chegar com esse fatos...
-O CARA JÁ FEZ UM IRONMAN TCHÊ;
-3. 800 metros de natação que são 152 piscinas de 25 metros;
-COMO?!?!?! Boca do professor completamente aberta nesse
momento.
Depois, já de boca fechada e conhecendo melhor nosso
amigo aqui em questão entendo melhor de onde tirou força de
vontade, determinação e serenidade para realizar tais feitos.
Começo ter uma vaga ideia, do que hoje, dez anos depois,
tenho certeza: a mente manda no corpo, sempre. Tive naquele
momento um dos maiores aprendizados profissionais e o com
menos embasamento científico de todos. Por isso fui obrigado a
por no papel e contar essa história, divertida, e que mostra um
pouco do jeito desse nosso amigo encarar as coisas.
Anos depois ainda encontro o Serafim dos Anjos Silva, voando
pelas águas e pistas com seu sorriso e ensinamentos de sempre.
-DADIER B. MAZZUCA94
Evoluir é preciso
Participo de atividades físicas desde muito cedo em
Instituição de Ensino, natação, corrida, ginástica Olímpica,
inclusive aos 14 anos influenciada por meu pai realizei triathlon,
formei-me em Educação Fisica, passei por muito aprendizado,
que levaram-me à mudanças constantes, inclusive em meus
hábitos alimentares tornando-me vegetariana, não usei mais
cosméticos de origem animal, comecei reciclagem de lixo. Aos
20 anos mudei para o exterior, línguas e costumes, pessoas
diferentes e relacionamentos com muitos estrangeiros turistas
e residentes, aprendendo constantemente para melhorar. Essa
cultura de mudanças, adquiri com meu pai, pois eu tinha
contato constante, inclusive assessorava-o em suas atividades
profissionais e esportivas ( maratonas, ciclismo, natação, triátlon,
Ironman ) e muito estudo; Física, quimica, biologia, filosofia,
etc.,em suas mudanças constantes em suas atividades, que não
são poucas. Hoje está alimentando-se de Sol e água e diz que
não somos o que comemos, tornamo-nos dependes químicos
dessas drogas que determinam previamente nosso tempo de
existência, pois vão gradualmente acumulando-se e nos matando
homeopaticamente, e que não somos nossa cultura sensorial, do
ver do ouvir do sabor, do tato, etc. que não nascemos viciados
nas drogas tradicionais que comemos ( cachaça, cigarros, feijão,
arroz, sal, açúcar, etc. ), tudo batizado com agrotóxicos, adoçantes,
acidulantes, conservantes, e dois sabores determinantes, sal
e açúcar, sabores artificiais dominantes na alimentação da
humanidade, tudo venenos os quais nos levam a morte, diz
ele seguindo seus mestres, “A tradição é a cultura do imbecil”
–Einstein-, uma critica sobre a manutenção dos costumes e “
levanta-te e anda” –Cristo-, essa menção não foi para deficiente
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físico, mas para os deficientes em geral que amordaçados na
cultura tradicional, estão estáticos sem mudança em suas vidas.
“Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem
exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço.
- Immanoel Kant
Agradeço aos seres iluminados por iluminarem meu
caminho, principalmente à ti meu pai e á minha família.
Beijos do fundo de minha alma energizada.
-KAREN SAUERO Anjo que ajudou a B E N E F A
A ASSOCIAÇÃO PORTUQUESA DE BENEFICIÊNCIA,
ficou conhecida como “ BENEFA “, pelo meio Médico e pela
Enfermagem.
Fui Presidente da mesma desde janeiro de 2007 até
setembro de 2011, sempre correndo atrás de recursos Financeiros
para manter as portas do Hospital abertas.
Foi nesse momento crítico que surgiu o Anjo Serafim
(nunca o tínhamos visto nem ouvido falar dele ), nos ajudou a
conseguir o valor que faltava para quitar os salários em atraso e
evitar a anunciada greve, que iria piorar a situação do Hospital.
Daquele momento até minha saída da Direção em
setembro de 2011, jamais nos abandonou, sempre conseguindo
recursos para manter ativa a B E N E F A.
Obrigado Anjo Serafim, jamais te esqueceremos !
Quero também deixar aqui registrado, que uso junto ao
meu corpo um disco energizado por “fótons” criado pelo Anjo
Serafim, que muito me tem ajudado no controle de regressão da
Prosta ( terror dos homens ), não permitindo seu crescimento,
conforme acompanhamento que faço trimestralmente pelo
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exame de PSA.
Nr: 68974.5/10
Data: 15/09/2010
P.S.A (Antigeno Prostático específico) resultado: 8,56 ng/ml
Nr: 197475.5/11 Data: 15/08/2011
P.S.A (Antigeno Prostático específico) resultado: 6,27 ng/ml
Serafim, recebas meus agradecimentos, pois a Deus já
agradeci por ter ordenado seres meu amigo.
-ERALDO S. MARTINSCoisas Inexplicáveis
No ano de 2001, eu preparava-me para competir o
Campeonato Pan Americano de triathon 1,5 km de natação 40 km
de ciclismo e 10 km de corrida, que seria realizado em Brasília, e
claro eu treinava no limite, então estourei o joelho, lesão muito
forte que impossibilitou-me de treinar, tentava a todo custo uma
pedalada de no máximo cinco (5) Km quando dava, correr nem
pensar, eu nessa situação a poucos dias da prova e tentando todas
as possibilidades para resolver meu problema, fui a av. Beira
Rio, na frente do Gasômetro, ponto de acampamento dos atletas
para os treinamentos, casualmente avistei o Serafim e lembrei de
seu famoso martelo e fui falar com ele sobre meu problema do
joelha e minha competição muito próxima e ele falou-me que
estava com o martelo e o que eu achava de uma aplicação, eu
prontamente aceitei, após alguns minutos de aplicação sugeriume um trote de corrida, o qual realizei recomendou-me alguns
movimentos com o joelho e perguntou-me como eu estava me
sentindo, respondi com surpresa que nada estava sentindo,
então sugeriu-me umas voltas de bicicleta no circuito e após
97
um trote de corrida, então no mesmo momento pedalei 30
Km e corri 4,8 km, lembro perfeitamente, pois aquilo marcou
-me muito, nos dias seguintes continuei normalmente meus
treinos., oito ( 8 ) dias se passaram e eu completamente curado
viajei para Brasília. Competi o Campeonato Sul Americano
de Triathon, 1,5 km de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de
corrida, conquistando terceiro ( 3° ) lugar na AGE, meu melhor
tempo nessa distância. Posteriormente totalmente recuperado
voltei as minhas atividades normais de professor de Karatê e
demais atividades físicas. Minha maior impressão foi que eu
completamente lesionado e com somente uma ( 1 ) aplicação
fiquei totalmente recuperado, confesso-me radicalmente cético,
sou agnóstico, sem crédulo algum e continuo sendo embora
toda essa experiência.
- JAQUES IDALGORELATOS DO INÍCIO DA VIDA ESPORTIVA DO SERAFIM
Antes de mais nada, gostaria de dizer que sou esportista
amador(corrida e triathlon), amante do esporte e participo de
competições desde de 1988. Dentro deste, fiz muitos amigos que
preservo até hoje. E um destes, trata-se de nosso ilustre Serafim
dos Anjos.
O Serafim, conheci lá pelo início da década de 90, onde
estava começando suas aventuras no esporte. Segundo o próprio
comenta comigo, era um sedentário completo e resolveu mudar
totalmente a vida. O Serafim sempre me chamou a atenção e até
despertou minha admiração por sua determinação e vontade em
tudo o que faz. Mal aprendeu a nadar e lançou-se em uma prova
de natação em Porto Alegre e lembro como se fosse hoje, todos
da categoria se atiraram na água para 50 metros de nado livre em
uma piscina de 25 metros. Seus concorrentes foram, voltaram,
completaram a prova e o Serafim ainda estava na água. O que mais
chamou a atenção é que ele nadava totalmente sem orientação,
nadava uns metros e batia em uma raia, parava, “mirava”,seguia
em frente até bater na raia oposta. Olha, resumindo, foi uma
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prova onde nunca foi tão cansativo olhar o Serafim chegar, e
demorou! Mas dentro disto, foi lá contra todos e concluiu esta,
que deve ter sido sua primeira prova de natação.
Outra situação que tivemos e foi bastante pitoresca, foi um
triathlon em São Jerônimo – Triunfo. Nós pedalamos e corremos
em Triunfo e nadávamos em São Jerônimo. Mas acontece que
São Jerônimo e Triunfo são separados por um rio e assim, a
prova de natação foi atravessar o rio de São Jerônimo à Triunfo.
Todos se dirigiram para Triunfo onde preparamos nossos
equipamentos na área de transição e uma barca nos levou para
o ponto de largada em São Jerônimo. Embarcamos e entre todos
amigos do triathlon, dentro daquela alegria e energia positiva
que o esporte proporciona, em um determinado momento um
atleta encontrou uma santa na barca e chamou o Serafim para
ajoelhar e já ir rezando, pois a correnteza estava alta e ia ser uma
etapa complicada a natação. E todos riram muito e o Serafim,
sendo “muito gente boa”, compartilhou conosco destes risos.
Desde então, não parou mais. Vieram as rústicas,
maratonas, triathlons e Ironman. E posso dizer que tive o prazer
de acompanhá-lo em sua bela trajetória e história no esporte
onde teve uma evolução fantástica, tanto em resultados, como na
evolução das técnicas e capacidade aeróbica. Sempre digo para
ele, que hoje é meu ídolo e se eu chegar na sua idade e tiver feito
metade do que fez, já estarei muito feliz.
Este é um simples relato de coisas que não me esqueço da
vivência do esporte. Mas do Serafim, se tem muitos detalhes para
contarmos e já daria outro livro. Mas em todos estes detalhes
sempre encontraremos um exemplo de garra, determinação e de
que podemos transcender nossas limitações físicas e os limites
de nosso corpo. Basta querermos, focarmos e trabalharmos para
tal feito. Acredito que é por isto, que respeitamos e idolatramos
o Serafim em nosso estado, pois é um grande homem que fez
acontecer.
-Christiano Bertê Girafa99
Serafim dos Anjos, atento a todos em seu redor, com
inspiração de xamã cuida das dores de corpo e alma. Aconselha,
oferece beberagens estranhas, sugere condutas, divaga sobre
a energia. Carrega seu martelo imantado distribuindo toques
eficazes, independente do credo do vivente. Contagiante explosão
de prótons, íons e nêutrons, num eterno desafio aos limites.
-Maristela Salvatori-
Nos conhecemos na piscina do Ipa.
Naquela época,com os meus filhos pequenos,corria contra o
relógio.
O Serafim aprendeu a nadar sozinho,estava aprendendo,lembro
que ele lutava com a água,atirava água para todos lados...
Mas logo com sua determinaçao,e percist^encia logo já estava
nadando na rosca.
Amigo de todos se revelou o Homem do martelo.Incansável
para ajudar quem precisa.Suas aplicaçoes aliviam a dor de muita
gente.
Muito determinado jà participou de muitas provas,maratonas e
iron man.
Agora está entusiasmadissimo com a teoria dos mil anos.Eu
torço e não duvido...
Sempre se superando...
Dá le Sera...
Serafim que a nossa amizade não tenha fim.
Abraço
Hoje de tanto rtoque ele nos incentiva corro na rua feliz.
100
Muito obrigada.
-CHRISTINA KT-
SERAFIM
Baita Cara! Grande parceiro, todos sabem! Não é estatura, mas
energia...Quanta vitalidade! Capacidade de se reinventar, de rir
de si prórpio é imensa, contagiante. Precisamos disso, todo dia. É
alegria! Parceria certa! Rei das experiências e dos causos; é com
ele... Quem o conhece, relembra vários... É lendário! Projetos e
provas sempre novas. Fonte de aprendizado, me divirto! É o cara!
Da saúde sempre atento. Curas faz a martelo: liberar o fluxo é o
que nos diz visionário! Mil anos será pouco para esse cara: tanta
energia, tanto humor. Sou feliz, quanta parceria.
Escutar a cada manhã: “Prazer em rever-te, com saúde!”. Me
reafirma. É a nossa rotina! É a vida! Segredos da psicologia!
-JOÃO PEDRO ÁVILA-
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