TEXTO - LEITURA E PRODUÇÃO
CONCEPÇÃO DE LINGUAGEM
 CONCEPÇÃO DE LEITURA
 CONCEPÇÃO DE GÊNERO DISCURSIVO
 ESFERA DE ATIVIDADE HUMANA
 GÊNEROS DISCURSIVOS – EXEMPLOS
 DIVERSIDADE DE GÊNEROS EM SALA
 ESTRATÉGIAS DE LEITURA

LINGUAGEM
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INTER-ACÃO HUMANA
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
CULTURA
ALTERIDADE
DIMENSÃO LINGUISTICA
DIMENSÃO SOCIAL
DIMENSÃO COGNITIVA
LEITURA
ATIVIDADE
PRODUÇÃO
SENTIDO
LEITURA - DIALOGO
LEITOR
TEXTO
AUTOR
RELAÇÕES
EMISSOR X RECEPTOR (INTERSUBJETIVIDADE)
CONTEXTO –TEXTO –CONTEXTO
SENTIDOS A PRIORI X SENTIDOS CO-CONSTRUÍDOS
INTENÇÃO X RECEPÇÃO
COMPETÊNCIAS
LINGUISTICA
 GENERICA
 ENCICLOPEDICA

LEITURA NA SALA DE AULA

“A escola deve ser um espaço que propicie a
ação verbal (a fala e a escrita) em práticas sociais
diversas, modificando os modos — “monovocais,
monolingües, monologais e autoritários”, que
devem ceder lugar para a pluralidade de vozes,
de sentidos e de discursos que constroem os
objetos letrados...”

(Rojo, 2000). A autora afirma que os limites do
letramento escolar resultam muito mais dos
modos, monológico e autoritário, como os
discursos letrados são postos em circulação, do
que da seleção de capacidades e dos objetos
letrados presentes na escola. (SHIRLEY
GOULART)
GENEROS DISCURSIVOS
ENUNCIADOS
 TÍPICOS
 RELATIVIDADE

CONTEÚDO TEMÁTICO
 FORMA COMPOSICIONAL
 ESTILO

Ler e escrever, na escola e na vida: Para quê? Para
quem? Como? Quando? Que tipos de textos?
 Aprendizagem e ensino na escola: o papel da
escrita na construção do conhecimento e a
escolarização da leitura
 4.5 O ensino da leitura e o texto informativo:
motivações, procedimentos e estratégias
 4.6 O professor como leitor e como agente de
letramento: “à procura do tempo perdido”

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A estes objetivos correspondem procedimentos
vários:
uma leitura integral (leitura seqüenciada e extensiva
de um texto);
uma leitura inspecional (quando se utilizam
expedientes de escolha de textos para leitura
posterior);
uma leitura tópica (para identificar informações
pontuais no texto, localizar verbetes em um dicionário
ou enciclopédia);
uma leitura de revisão (para identificar e corrigir, num
texto dado, determinadas inadequações em relação a
uma referência estabelecida);
uma leitura item a item (para realizar uma tarefa
seguindo comandos que pressupõem uma ordenação
necessária);
uma leitura expressiva.
ARENA DISCURSIVA
RESPONSIVIDADE
INTERDISCURISIVIDADE
COMPREENSÃO ATIVA
 DISPUTA
 COMBATE
 QUEDA DE BRACO
 CONCORRÊNCIA

A linguagem é uma forma privilegiada de
interação humana, faz a mediação entre o sujeito
e o meio social e histórico: o sujeito age na, com e
sobre a linguagem. (SHIRLEY GOULART)

É certo que a função original da escola é “retirar
regras e princípios da prática, dividir em lições,
isolar as dificuldades, praticar de maneira repetida
exercícios progressivos” (Lahire).

Entretanto, a apropriação pedagogizante que a
escola faz de todas as práticas sociais deve levar
em conta que todo conhecimento é um produto
cultural e histórico. Adotada esta perspectiva, a
sala de aula pode ser o lugar da manifestação das
subjetividades multiculturais e conflitantes (ver
Bakthin/Volochínov, 1929; Bakhtin 1953/1979),
onde os sujeitos interagem verbalmente,
construindo, co-construindo e reconstruindo
conhecimentos e identidades (Vygotsky, ?).

Sob essa óptica, quando a escola focaliza o ensino
da produção de textos, necessariamente deve
desenvolver capacidades no aluno no sentido de
pensar o texto como uma ação verbal, um
discurso construído num tempo e num espaço: há
que pensar no outro, no contexto, nas intenções
que o levarão à produção de um gênero e não de
outro; nos discursos que tecem o seu discurso,
que dá origem a outros.

Quando um aluno lê um texto, há que interagir
com ele, reconstruir o seu contexto de produção,
preencher lacunas, relacioná-lo com o seu mundo,
negociar sentidos. Nesse caso, o produtor/leitor é
um personagem de um drama (Bagno, 2000), é um
(co)construtor , um sujeito responsivo que entra
em uma ‘queda-de-braços’ (Lajolo, 1994) com o
autor e os outros leitores na concorrência pelo
sentido do texto. Assim, tanto a leitura, quanto a
produção de textos, podem ser vistas como
atividades individuais resultantes de um processo
compartilhado (Rego, 1995).
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Os objetivos que orientam a leitura determinam, portanto, os
procedimentos a serem adotados no processamento dos
sentidos do texto. E estes objetivos podem ser vários:
ler para obter uma informação específica;
ler para obter uma informação geral;
ler para seguir instruções (de montagem, de orientação
geográfica...);
ler para aprender;
ler para revisar um texto;
ler para construir repertório — temático ou de linguagem —
para produzir outros textos;
ler oralmente para apresentar um texto a uma audiência (numa
conferência, num sarau, num jornal...);
ler para praticar a leitura em voz alta para uma situação de
leitura dramática, de gravação de áudio, de representação...;
reler para verificar se houve compreensão;
ler por prazer estético.
Ter clareza dos objetivos que orientam a nossa
leitura nos possibilitará selecionarmos os
procedimentos mais adequados para realizá-la; e
isso se aprende e se aperfeiçoa.
 Como se vê, a leitura, de fato, não é uma tarefa
fácil. Requer esforço e empenho. O bom é que se
aprende, sempre, a realizá-la melhor.
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Capítulo LXXI / O senão do livro (Trecho)
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Começo a arrepender-me desse livro. Não que
ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente
expedir alguns magros capítulos para esse mundo
sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade.
Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa
contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo,
porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens
pressa de envelhecer e o livro anda devagar; tu amas a
narração direita e nutrida, o estilo regular e fluente, e
este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à
direita e à esquerda, andam e param, resmungam,
urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e
caem...
(Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis)
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