Tomás Antônio Gonzaga
Tomás Antônio Gonzaga (Miragaia, 11
de agosto de 1744 — Ilha de
Moçambique, 1810), cujo nome
arcádico é Dirceu, foi um jurista, poeta
e ativista político luso-brasileiro.
Considerado o mais proeminente dos
poetas árcades,suas obras são
analisadas por diversos professores e
sua principal obra foi"Marília de
Dirceu"
Biografia
Tomás Antônio Gonzaga, filho de um magistrado
brasileiro, nasceu, no entanto, em Porto, Portugal.
A família retornou ao Brasil quando o menino
contava sete anos. Aqui estudou com os jesuítas,
na cidade da Bahia. Com dezessete anos foi para
Coimbra estudar Direito. Por algum tempo exerceu
a profissão de advogado em terras portuguesas,
mas em 1782 foi nomeado Ouvidor de Vila Rica,
capital de Minas Gerais. Ocupou altos cargos
jurídicos e em 1787 casou-se com Maria Joaquina
Dorotéia de Seixas, a futura Marília.
Ele tinha mais de quarenta anos e ela era
pouco mais do que uma adolescente. A
detenção pelo envolvimento na Conjuração
Mineira impediu o enlace. Ficou três anos
preso numa prisão no Rio de Janeiro e
depois foi condenado a dez anos de
degredo em Moçambique. Lá se casou
com a filha de um rico traficante de
escravos e voltou a ocupar postos
importantes na burocracia portuguesa.
Morreu no continente africano em 1810.
característica literária
• As principal característica da literatura de
Tomás Antônio Gonzaga apresenta a
típica característica árcade: o pastoril, o
bucólico, a natureza amena, o equilíbrio,
etc. Ou seja, ele resultava muito a vida no
campo e as belezas que este ambiente
podia demonstrar.
Arcadismo
O Arcadismo é uma escola literária surgida na
Europa no século XVIII. O nome dessa escola é
uma referência à Arcádia, região bucólica do
Peloponeso, na Grécia, tida como ideal de
inspiração poética. No Brasil, o movimento
árcade toma forma a partir da segunda metade
do século XVIII.A principal característica desta
escola é a exaltação da natureza e de tudo que
lhe diz respeito. É por isto que muitos poetas
ligados ao arcadismo adotaram pseudônimos de
pastores gregos ou latinos (pois o ideal de vida
válido era o de uma vida bucólica).
Bucolismo
• Género literário sinónimo da poesia pastoril que
respeita as convenções clássicas provenientes,
sobretudo, das Bucólicas de Virgílio e dos Idílios
de Teócrito de Siracusa. Este género enuncia
um ideal de vida que canta as belezas da vida
do campo, o espaço dos pastores, a
ingenuidade dos costumes, o cotidiano tranquilo
em simples contato com a natureza. Trata
também dos amores, alegrias e penas dos
pastores que contrastam com os sobressaltos e
inquietações da vida urbana.
Obras
As vinte e três liras iniciais de Marília de Dirceu
são autobiográficas dentro dos limites que as
regras árcades impõem à confissão pessoal,
isto é, o EU não deve expor nada além do
permitido pelas convenções da época. Assim
um pastor (que é o poeta) celebra, em tom
moderadamente apaixonado, as graças da
pastora Marília, que conquistou o seu coração:
Tu, Marília, agora
vendo
Do Amor o lindo retrato
Contigo estarás
dizendo
Que é este o retrato
teu.
Sim, Marília, a cópia é
tua,
Que Cupido é Deus
suposto:
Se há Cupido, é só teu
rosto
Que ele foi quem me
venceu.
Os teus olhos
espalham luz divina,
A quem a luz do
Sol em vão se atreve;
Papoula, ou rosa
delicada, e fina,
Te cobre as faces,
que são cor de neve.
Os teus cabelos
são uns fios d'ouro;
Teu lindo corpo
bálsamos vapora.
Ah! não, não fez o
Céu, gentil Pastora,
Para glória de
Amor igual tesouro.
Graças,
Marília bela,
Graças à
minha Estrela!"
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Tomás Antônio Gonzaga - Colégio Passionista São Paulo da Cruz