AULA DIGITAL
E
PLANO DE AULA
Equipe responsável pela produção
Produtor: Renata Salles D’Acri
Produtor/Revisor da aula: Carla de Paiva (out/2014)
Coordenador (a) de disciplina: Mara Malheiros
Disciplina
Ano
Educação Especial
Aula número
01
Tema da Aula Digital
Introdução.
ATIVIDADE 1: Educação sob uma Perspectiva Inclusiva - Introdução
Direcionado para todos os profissionais ligados à educação, mas aberto a
todas as pessoas interessadas no assunto, o curso Educação Especial sob
uma Perspectiva Inclusiva objetiva ser uma reflexão para subsidiar conversas,
debates e discussões sobre os temas expostos dentro e fora das Unidades
Educacionais da Rede Pública do Sistema Municipal de Ensino da Cidade do
Rio de Janeiro.
Este curso está estruturado em módulos didáticos que apresentam, desde
os conceitos básicos, passando pela legislação de implementação de
políticas inclusivas, modelos de acessibilidade, adaptações curriculares até
um perfil de cada deficiência e suas características.
Sejam bem-vindos ao Curso de Educação Especial sob uma Perspectiva
Inclusiva.
Esperamos que ele contribua para sua formação.
ATIVIDADE 2: Apresentação.
Olá, sejam bem-vindos!
Essa é a nossa aula de Introdução sobre
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
1 – Educação Inclusiva - Introdução
Este curso foi pensado para dar apoio aos professores da Rede
Pública do Sistema Municipal de Ensino da Cidade do Rio de Janeiro,
no que se refere a Educação Especial na perspectiva da Educação
Inclusiva
ATIVIDADE 3: Pergunta - desafio
Por que falar em Educação Especial? Por que devemos pensar em aulas
que deem suporte aos professores quando tratamos do tema Educação
Especial Inclusiva?
Veja o Gráfico abaixo:
Observando o gráfico
podemos constatar que, na
Educação Básica, o número
de crianças com deficiência,
transtorno global do
desenvolvimento, altas
habilidades/ superdotação,
incluídas em Classes
Comuns, aumentou
consideravelmente nos
últimos anos.
ATIVIDADE 4: Por que isso é importante?
No Brasil, a partir da assinatura pelo país da Declaração de Salamanca
(1994), que muda o paradigma de atendimento dos portadores de necessidades
educacionais especiais e consolida a política de educação inclusiva, inicia-se então
um marco. Os dados fornecidos pelo MEC mostram o comportamento das
matrículas em Educação Especial no período 2000 – 2013 e revelam um
crescimento do atendimento dos alunos em escolas regulares e classes comuns de
695,2%, enquanto o atendimento de escolas e classes especializadas decresceu
35,3% no mesmo período.
Percebe-se que, a face atual de nossa escola é de uma escola inclusiva,
uma escola para todos. Portanto, precisamos estar cada vez mais preparados para
atender a todos os nossos alunos adequadamente, o que se constitui numa ampla
discussão sobre a Educação Especial.
ATIVIDADE 5: Educoquiz 1.1 – O que você já sabe?
Pensando um pouco sobre Educação Especial Inclusiva
1) Qual o papel do profissional de Educação quando se depara em sua classe, com
um aluno com deficiência, TDH ou AH/S?
(a) Esperar que a Secretaria Municipal de Educação capacite todos os professores
da rede para que comecem a trabalhar com esse aluno.
(b) Deixar o aluno dentro da classe comum interagir socialmente com o restante da
turma, pois esse é o objetivo da Educação Especial Inclusiva e nada mais.
(c) Deixar o aluno em outros espaços da escola, que não a sala de aula, enquanto
aguarda o responsável chegar para buscá-lo.
(d) Buscar compreender as necessidades educacionais desse aluno, juntamente
com a equipe da Unidade Educacional, o Atendimento Educacional
Especializado, o apoio da GED da sua CRE e do Instituto Municipal Helena
Antipoff.
ATIVIDADE 5: Educoquiz 1.1 – O que você já sabe?
Justificativa:
(a) Resposta Incorreta: Não! A Educação acontece todos os dias dentro da sala de
aula e a capacitação não é pré-requisito para a inclusão dos alunos em classes
comuns.
(b) Resposta Incorreta: Não! Esse não é o único objetivo da Educação Especial
Inclusiva.
(c) Resposta Incorreta: Não! O aluno incluído deve participar de todas as atividades
juntamente com a sua turma. Isso não seria inclusão seria a forma mais cruel de
exclusão.
(d) Resposta Correta: Parabéns, essa é a alternativa correta!
ATIVIDADE 6: Educoquiz 1.2 – O que você já sabe?
2) A carga horária do aluno incluído deve ser reduzida?
(a) Sim, pois esses alunos tem pouca tolerância em permanecer na classe.
(b) Sim, pois esses alunos precisam de um cuidador ou estagiário durante todo o
turno escolar e se não o possuírem, não devem permanecer na escola durante
todo o turno.
(c) Sim, pois isso acontece em algumas Classes especiais que conheci.
(d) A regra é que os alunos incluídos frequentem os bancos escolares durante todo
o turno de aula.
ATIVIDADE 6: Educoquiz 1.2 – O que você já sabe?
Justificativa:
(a) Resposta incorreta: Não! Nem todos tem pouca tolerância em permanecer no
espaço escolar.
(b) Resposta incorreta: Não! A existência de um cuidador ou estagiário não é prérequisito para que o aluno esteja e permaneça em sua classe de aula.
(c) Resposta incorreta: Não! A dinâmica das classes especiais é diferente e não
devem ser comparada com a proposta de Educação Especial Inclusiva.
(d) Resposta correta: Parabéns! Essa é a resposta correta.
ATIVIDADE 7: Educoquiz 1.3 – O que você já sabe?
3. Por que os alunos com deficiência, TGD ou AH/S, devem estar incluídos e não
frequentando uma classe especial?
(a) Pois a classe especial é uma modalidade de educação substitutiva a formação
comum com limitações em pontos principais, tais como: terminalidade, currículo e
declaração de escolarização.
(b) Pois a classe especial tem um tempo maior para o aprendizado do aluno e por
isso ela é melhor.
(c) A classe comum faz com que o aluno não tenha acesso ao conteúdo
programático do ano de escolaridade que está frequentando.
(d) A classe especial é que está preparada para atender esse tipo de aluno e por isso
é a melhor opção e não a classe comum.
ATIVIDADE 7: Educoquiz 1.3 – O que você já sabe?
Justificativa:
(a) Resposta correta: Parabéns! Você consegue perceber as maiores diferenças
quando tratamos de classe comum ou especial, percebendo também que o
aluno dentro da classe especial não tem ano de escolarização e nem currículo,
por isso, não tem nem a terminalidade na educação básica, nem a declaração
de escolarização.
(b) Resposta incorreta: É esse “tempo maior” que tira do aluno o direito dele ter
acesso a diferentes conteúdos e disciplinas.
(c) Resposta incorreta: É a classe especial que faz com que o aluno não tenha
acesso ao conteúdo programático do seu ano de escolaridade.
(d) Resposta incorreta: Incorreta!
ATIVIDADE 8: Momento de reflexão
Veja o vídeo!
ATIVIDADE 9: Contextualizando o tema.
Atualmente, as atenções do mundo estão voltadas para a igualdade de
oportunidades. Faz-se necessário uma tomada de consciência de toda a sociedade
para a necessidade de uma inclusão efetiva, responsável, que vise o bem estar
não só do deficiente, mas também de todos os que com ele convivem.
O objetivo do nosso curso é conhecer melhor a política inclusiva, numa
abordagem que considera os aspectos políticos e educacionais.
"Tenho direito de ser igual quando a diferença me inferioriza. Tenho direito de ser diferente
quando a igualdade me descaracteriza”.
(Boaventura de Souza Santos)*
*Boaventura de Souza Santos é doutor em sociologia do direito pela Universidade de Yale, professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade
de Coimbra, Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de
Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick. É também director do Centro de Estudos Sociais e Coordenador Científico do
Observatório Permanente da Justiça Portuguesa.
ATIVIDADE 10: Contextualizando o tema
E como a sociedade encara a deficiência?
Como iremos ver, houve uma evolução no tratamento deste assunto,
porém estamos longe do ideal. Muito temos a percorrer. Passar por um
amadurecimento em todos os níveis da sociedade.
Ainda temos deficientes físicos excluídos da vida social por limitações
no acesso aos transportes, aos prédios e às ruas. Não há rampas, escaladores
de escadas e elevadores em número suficiente; poucos são os programas que
utilizam a audiodescrição e mais ainda, são raros os locais em que o deficiente
visual, cego ou surdo pode ter acesso aos programas de computador que
facilitam sua comunicação; ainda há muito preconceito...
É
preciso
conhecer para entender.
Através da educação, chegaremos lá...
ATIVIDADE 11: O papel da Educação.
Este curso reitera a importância da Educação em sua forma mais ampla.
É no espaço escolar que as crianças, de forma geral, superam desafios,
apreendem a conviver, a entender e respeitar as regras de convivência social,
aprendem a resolver seus problemas, mediando ou até, impondo suas vontades; é
na escola que elas aprendem e experimentam a vida. Isso sem tocarmos no ponto
que é a escola a responsável de ensinar os conteúdos formais de conhecimento,
acumulados por anos de desenvolvimento humano; é lá que aprendemos a ler,
escrever, interpretar, fazer operações matemáticas e a raciocinar para transpor os
obstáculos que a vida pode nos impor simplesmente por estarmos vivendo. Assim,
não podemos privar a pessoa com deficiência, TGD ou AH/S, de conviver nesse
espaço rico de ensino e aprendizagem
Porém, o que muitos educadores se perguntam é como se dá esse processo
de ensino e aprendizagem em alunos incluídos.
ATIVIDADE 12: O Para
processo de ensino e aprendizagem.
ver,
rir e
pensar
!
É certo que a escola de
hoje não é mais a escola de
antigamente.
Podemos tirar dessa
frase experiências boas e ruins
dessa mudança, mas, vamos
nos ater ao que se refere a
Educação Especial e
a
Inclusão de crianças com
deficiência, TGD e AH/S, em
classes comuns.
ATIVIDADE 13: O processo de ensino e aprendizagem.
O educador quando se depara, hoje, com uma criança com deficiência, TGD ou
AH/S, dentro de sua classe de aula comum, pode ficar surpreso e apreensivo, pois
como vimos, esses alunos estão chegando aos bancos escolares, em número
maior, nos últimos dez anos, aumentando esse quantitativo, significativamente.
Portanto, é real a informação de que muitos profissionais que tenham alunos
incluídos estejam passando por essa experiência pela primeira vez, e é esse o
momento de nos prepararmos ainda mais procurando alternativas e
aperfeiçoamento profissional.
Quando pensamos em nos aperfeiçoar, temos o intuito de aprimorar as
nossas técnicas e experiências para alcançarmos a nossa meta, que é a questão do
processo de ensino e aprendizagem, e como se dá a aprendizagem no espaço
escolar, uma vez que é a escola o lugar instituído para o desenvolvimento da
capacidade cognitiva das crianças.
ATIVIDADE 14: O processo de ensino e aprendizagem.
Dessa forma, a escola, enquanto palco responsável pelo processo ensinoaprendizagem, constitui-se em uma ferramenta que possibilitará a adoção de um
jeito diferente de pensar o aluno que tem dificuldades ou que supostamente não
aprende, e dentro desse cenário, pensar a educação.
É necessário que ocorra uma reflexão sobre esse aluno, como um sujeito que
estrutura o conhecimento a partir de um tempo que lhe é particular, ancorado na
rede tecida pelas diferenças e singularidades do cenário escolar.
Essa
aprendizagem está acontecendo? Pensamos nessas diferenças quando atuamos
em nossas salas de aula?
Hoje, não podemos pensar que nossas salas de aulas possuem alunos com
conhecimentos homogêneos, não podemos pensar em apresentar um conteúdo da
mesma forma em dias de aula diferentes, menos ainda, em darmos a mesma aula
em turmas diferentes.
Temos que oportunizar um lugar onde a subjetividade e o estilo de aprender, de
cada aluno, possa aparecer. Uma vez oportunizado esse encontro, o trabalho deve
direcionar-se para a criação de uma aprendizagem significativa.
ATIVIDADE 15: O processo de ensino e aprendizagem.
É tarefa do professor, face à diversidade de estilos em sua sala de aula, ajudar
o aluno com deficiências, TGD ou AH/S, a descobrir o seu jeito de lidar com o
conhecimento, tendo sempre em mente que cada sujeito aprende de uma forma
única em um tempo que lhe é peculiar.
A busca pelo conhecimento é um processo que está o tempo todo sendo
reinventado e ressignificado.
“É importante pensarmos que é na ausência deixada pelo que falta que o novo se
evidencia, dando lugar à descoberta e à aprendizagem. É nesse universo de descobertas
que reconhecemos o aluno com necessidades educacionais especiais como sujeito que está
em constantes mudanças, formando-se na troca de conhecimentos com o professor, quando
este permite que ele apareça nas suas especificidades, na sua diferença. Pensando por esse
viés, MRECH (1999, p. 28) é pontual ao se referir ao aluno com necessidades educacionais
especiais, bem como à proposta da Educação Inclusiva, é uma maneira nova da gente se
ver, ver os outros e a Educação. De se aprender a conviver com as diferenças, as mudanças,
com aquilo que está além das imagens. Uma maneira da gente apostar no outro.”
Trecho tirado do livro “Formação de professores para o Atendimento Educacional Especializado” (MEC/UFSM – 2011)
ATIVIDADE 16: O processo de ensino e aprendizagem.
Para concebermos a aprendizagem na perspectiva da Educação Inclusiva,
teremos que rever a crença de um saber total sobre a forma como os alunos
constroem o conhecimento; do contrário, não conseguiremos ver o sujeito que
se coloca diante de nós, ou seja, um sujeito que possui falhas e está em
constante busca de um lugar para falar de si e de seu saber que, por vezes, é
incompleto.
Assim, podemos pensar o trabalho do professor como uma tarefa em
constante criação, um saber pautado na singularidade dos alunos ao invés de
pensar em limites, ele deve se preocupar em pensar nas singularidades
ATIVIDADE 17: O processo de ensino e aprendizagem.
E pensando em processo de ensino e aprendizagem direcionado ao alunos
incluídos, não devemos deixar de lado o Atendimento Educacional Especializado
(AEE)* como uma aposta em direção a uma educação inclusiva de qualidade e
eficiente. Por isso, é importante que a escola exerça seu valor social e se empenhe,
a fim de buscar, juntamente com os recursos disponibilizados pelo Atendimento
Educacional Especializado, um fazer pedagógico para lidar com os alunos incluídos
e suas limitações.
*Esse tema será abordado em aula específica
ATIVIDADE 18: Educossíntese.
Hoje vimos que a Educação Especial Inclusiva é um direito das pessoas
com deficiências, alcançado pelos movimentos sociais, movimentos esses, que
não nasceram só dentro do Brasil, mas são de âmbito internacional.
Vimos, também, como podem ser definidas as pessoas com deficiência e
qual é o público alvo da Educação Especial Inclusiva.
ATIVIDADE 19: Próxima aula.
Próxima aula veremos a primeira aula de
Políticas Públicas em Educação Especial na
perspectiva da Educação Inclusiva. Até lá!
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Educação esclusiva Introdução