UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A LOGISTICA NO COMPROMETIMENTO COM O MEIO AMBIENTE PARA A
GARANTIA DE UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
EDUARDO SIQUEIRA PORTELA
Orientador
Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço
RIO DE JANEIRO
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LOGISTICA NO COMPROMETIMENTO COM O MEIO AMBIENTE PARA A
GARANTIA DE UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes
como requisito parcial para obtenção do grau de especialista
em Logística Empresarial.
Por: Eduardo Siqueira Portela
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METODOLOGIA
TIPOLOGIA DE PESQUISA
Para a classificação da pesquisa, toma-se como base a taxomania apresentada
por Vergara (2006), que a qualifica e relação a dois aspectos: Quanto aos fins e quanto
aos meios.
Quanto aos fins, temos pesquisa;
• Explicativa: Ao contrário da descritiva, a explicativa tem como finalidade justificar
as razões para determinado acontecimento.
• Metodológica: É baseada em caminhos forma, maneiras, procedimentos para
que se possam captar instrumentos para a realização da pesquisa.
Quanto aos meios temos investigação;
• Documental: Documentos conservados no interior do local no que se refere ao
assunto estudado podem ser ofícios, memorandos, fotos, etc.
• Bibliográfica: Baseado em material publicado acessível ao publico em geral,
pode ser livros, revistas, jornais, sites, etc
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Define-se então para a o desenvolvimento do trabalho os seguintes aspectos:
Quanto aos fins, a pesquisa será metodológica e investigação explicativa.
• Metodológica porque será investigado como a Petrobras se encontra em relação à
responsabilidade e quais ações são feitas para que a mesma seja considerada
ambientalmente responsável.
• Explicativa com base nas investigações para justificar as ações tomadas.
Quanto aos meios, a pesquisa será bibliográfica e documental:
• Bibliográfica, porque para a fundamentação teórico-metodológica do trabalho será
realizada investigação sobre os seguintes assuntos: Normas ambientais, gestão
ambiental, responsabilidade social e ambiental empresarial, crimes ambientais.
• Documental porque se valerá de documentos internos a Petrobras que digam
respeito ao objetivo do estudo.
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RESUMO
No presente estudo, realizado por meio bibliográfica e documental , com fim
metodológica e explicativa, cujo objetivo de pesquisar as ações da Petrobras para o
alcance da responsabilidade ambiental. Investigando e analisando como a Petrobras
tem realizado seus trabalhos atuais, examinando o cumprimento dos procedimentos
exigidos e as ações realizadas para atender tais exigências,para que a mesma
alcance a excelência em responsabilidade ambiental .Sendo uma das mais importantes
empresas para o desenvolvimento do País, a Petrobras devido o predomínio de sua
atuação, é cobrada com maior rigidez pelas agencias reguladoras, também por já ter
ocorrido desastre ecológico ocasionando sérios prejuízos ambientais, com isso afirma
que toda sua atividade interage de diversas formas com o meio ambiente,porém
objetiva maximizar os impactos positivos e minimizar ou quando possível, eliminar os
negativos.Contudo a empresa não se empenha somente no desenvolvimento de seu
negócio com responsabilidade social e ambiental, mas também patrocina programas e
projetos que visam à proteção do meio ambiente e ao incremento da consciência
ecológica das comunidades. Na análise das informações encontradas concluiu-se que
todas as atividades fins da Petrobras desde a exploração até a distribuição interagem
diretamente com o meio ambiente, ocasionando desastres ecológicos, no entanto não
foram medidos esforços físicos e materiais para a correção dos danos causados e
prevenção de futuros possíveis acidentes. Sendo criados projetos de preservação e
proteção ambiental, dando ênfase na importância da conscientização de todos,
acreditando que não é só responsabilidade da empresa e sim de todos praticar ações
preventivas e preservativas.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................07
2. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL.............................................................09
3. GESTÃO AMBIENTAL...............................................................................................14
3.1. NORMATIZAÇÃO....................................................................................................17
4.CRIMES AMBIENTAIS................................................................................................20
5. COLETA E ANÁLISE................................................................................................22
5.1. A HISTÓRIA..........................................................................................................22
5. 2. ATIVIDADES........................................................................................................26
5.2.1. EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO.........................................................................26
5.2.2. GÁS E ENERGIA...............................................................................................26
5.2.3.TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO...............................................................27
5.2.4. DISTRIBUIÇÃO..................................................................................................28
6.CONCLUSÕES ..........................................................................................................29
7.REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................31
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1. INTRODUÇÃO
O tema desta monografia é a
responsabilidade ambiental da Petrobrás.A
questão central é como compatibilizar as estratégias competitivas da Petrobras com os
preceitos necessários para uma empresa ser considerada ambientalmente responsável
em um cenário competitivo? Por ser uma empresa com fins lucrativos e com acionistas
ao qual deve explicações e sendo uma das mais importantes para o desenvolvimento
do País, a Petrobras que atua 100% na perfuração de poços, processamento de
petróleo, transporte de petróleo e derivados e abastecimento através de dutos e navios,
afirma-se então que toda sua atividade interage de diversas formas com o meio
ambiente,
mas será afirmado que a mesma objetiva maximizar os impactos positivos
e minimizar ou, quando possível, eliminar os negativos, no qual a empresa não se
empenha somente no desenvolvimento de seu negócio com responsabilidade social e
ambiental, mas também patrocina programas e projetos que visam à proteção do meio
ambiente e ao incremento da consciência ecológica das comunidades.
O tema sugerido é de principal relevância, pois com o crescimento da população,
as agências reguladoras têm exigido das empresas em caráter de urgência uma
postura sócio-ambiental responsável, é possível citar a escassez da água no mundo, o
aquecimento global, a exclusão social com o avanço cada vez mais acelerado da
tecnologia como itens que nos fazem um alerta sobre para onde estamos caminhando
se ignoramos os fatos, e que, conseqüentemente teremos resultados desastrosos.
Donaire (1994, pág. 70) cita que, nas décadas de 1960 e 1970 houve uma
intensificação da consciência ambiental da população que passaram a reivindicar maior
atenção dos setores produtivos com relação à questão ambiental. Diante do
exposto,será relatado sobre a atuação da Petrobras, no que diz respeito á
responsabilidade ambiental que segundo a mesma, entende a necessidade dessa
conscientização para que se possam minimizar os impactos ao meio ambiente. Tendo
a Petrobras decisão a dedicação igualitária tanto no desenvolvimento tecnológico
quanto nos aspectos de proteção ambiental.
São portanto objetivos desta monografia:investigar como a Petrobras tem se
atuado em relação às exigências atuais no que diz respeito à responsabilidade
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ambiental;examinar os procedimentos exigidos para que a Petrobras alcance a
excelência em responsabilidade ambiental;serão investigadas quais as respostas em
ação tomada pela Petrobras para atender as exigências da sociedade como um todo,
tais informações nos trarão um esclarecimento quanto ao nosso objetivo final, cujo este
é identificar, analisar e compreender os fatores determinantes que possibilitam que
uma empresa possa alinhar seus interesses estratégicos com suas responsabilidades
ambientais.
De acordo com o problema citado, objetivamos pesquisar as ações da Petrobras
para o alcance da responsabilidade ambiental desejada pela mesma, pelas agencias
reguladoras e pela geração atual e futura.
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2. RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL
Borinelli et al. (2000) define responsabilidade ambiental como um sistema de
gestão adotadas por empresas publicas e privadas com o objetivo de providenciar a
inclusão social e conservação ambiental, pratica tal que tem sido adotada desde a
década de 1990.
Antares et al.(2004) nos mostra que responsabilidade sócio-empresarial é
entendida como esforço da empresa em evitar ações que possam prejudicar quaisquer
de seus interesses. Diz respeito às interações das empresas, funcionários,
fornecedores, clientes, governo, acionista, meio ambiente e comunidade, ou seja, todos
têm que colaborar, cujo os benefícios e custos de uso das reservas e da conservação
ambiental devem ser partilhados com justiça pelas diferentes comunidades, pelos
povos que são pobres e pelos que são ricos, pela nossa geração e pelas que virão
depois de nós, para que se garanta um desenvolvimento sustentável, ou seja, se nossa
geração e as gerações futuras dependem dessas ações para garantir sustentabilidade,
o assunto é realmente sério.
Salienta-se que nos dia de hoje existe uma parcela do mercado voltada
excepcionalmente para a preservação do meio ambiente, e a empresa que não se
adequar a esses clientes perderá uma fonte de lucro, clientes, parceiros, fornecedores
e será taxado como uma empresa que não se preocupou em ser ambientalmente
responsável, prejudicando desse modo à organização como um todo.(ANTARES, et al,
2004).
Diante há inúmeras informações que nos cercam todos os dias sobre os
acontecimentos mundiais, foi escolhido a Responsabilidade Ambiental como tema a ser
desenvolvido, não a fundo, pois é um assunto amplo no qual devido ao aquecimento
global entre outras coisas é um assunto que está sendo muito explorado no momento,
mas o será desenvolvido significativamente para a colaboração e execução deste
trabalho.
Responsabilidade ambiental é um sistema de gestão adotado por empresas
públicas e privadas com o objetivo de providenciar a inclusão social (responsabilidade
social) e o cuidado ou conservação ambiental (responsabilidade ambiental). Este tipo
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de pratica ou política tem sido adotado desde a década de 1990 do século XX, as
principais ações realizadas são a inclusão social, inclusão digital, coleta seletiva de lixo,
educação ambiental e outras. Devido há uma preocupação por parte das empresas
para com o consumidor a mesma tem procurado se adequar às novas tendências com
programas de preservação ambiental.( BORINELLI, et al, 2000, pág. 50).
Responsabilidade Social Empresarial é entendida como esforço da empresa em
evitar ações que possam prejudicar quaisquer de seus interesses (ANTARES, et al
2004, pág 400 e 401), ou seja, a empresa que atua com Responsabilidade Social
Empresarial atua com inteligência pode-se dizer assim, pois a mesa sabe que não
prejudicando seus interesses que generalizando dizemos lucros, ela até disponibiliza
percentuais de seus lucros para atuar com responsabilidade Empresarial Social.
Afirmando tal conclusão, cita-se Schnidheiny (1992) quando encaradas do ponto de
vista sustentável as preocupações ambientais se traduzem não apenas no custo de se
fazer negócios, mas numa fonte poderosa de vantagem competitiva.
Tais práticas e políticas têm sido adotadas não por boa vontade das empresas, mas
sim, pela cobrança da população que em tempos atuais passaram a dar atenção
especial a questão ambiental como cita Donaire (1994, pág. 70) nas décadas de 1960
e 1970 houve uma intensificação da consciência ambiental da população que
passaram a reivindicar maior atenção dos setores produtivos com relação à questão
ambiental.
Sergio Katz (VII SEMEAD, 1995) fala que transformações significativas no
ambiente competitivo têm pressionado as empresas a considerar, o impacto de suas
operações sobre o meio ambiente. A transformação dentro das empresas sobre
responsabilidade ambiental vem ocorrendo por conta de vários motivos, um deles são
os consumidores que estão cada dia, mais conscientes com relação ao meio ambiente
(eles sabem que se não começarmos a criar um equilíbrio entre “por exemplo” o
desmatamento e reflorestamento, logo nossos recursos naturais serão extintos), por
conta disso os consumidores passaram a cobrar mais das empresas um
comportamento ambientalmente correto.
Outro motivo são os acidentes com conseqüências diretas ao meio ambiente
(derramamento de óleo matando vários peixes e as queimadas acabando com parte da
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fauna e da flora) esses motivos estão despertando as organizações de que é preciso
um esforço e uma atenção especial para a questão ambiental.
Para que as empresas se enquadrem na questão ambiental é necessário que ela
seja pró-ativa, e que possua um sistema de gestão o qual visa o comportamento da
empresa com o meio ambiente natural e social e que implementem
as ações e
políticas ambientais em toda a organização para que ela venha a ser eficiente e
obtenha resultados positivos para o desenvolvimento sustentável.
Com essa cobrança feita pela população e pela exigência mundial no mercado
empresarial tão competitivo que encontramos nos dias de hoje, resultou-se em
transformações na ação empresarial, onde a abordagem da questão ambiental deve
ocorrer em toda dimensão estratégica da empresa. (BORINELLI, et al,2000, pág. 67).
Reforçando Antares (2004 pág. 400 e 401) que a Responsabilidade Sócio Empresarial
diz respeito às interações das empresas, funcionários, fornecedores, clientes, governo,
acionista, meio ambiente e comunidade. Sabemos que não é só responsabilidade das
Empresas tais preservações, ações corretivas e pró-ativas, dependem da colaboração
de todos, principalmente da população para que se garanta o que nos diz Almeida et al
(1999, pág. 100 e 101) os benefícios e custos do uso das reservas e da conservação
ambiental devem ser partilhados com justiça pelas diferentes comunidades, pelos
povos que são pobres e pelos que são ricos, pela nossa geração e pelas que virão
depois de nós. Pois é por isso que lutamos hoje, para que possamos corrigir os danos
existentes e evitar danos futuros que em muitas das vezes é irreversível.
Sisson e Marginson, ANPAD (2001), reforça o que nos diz Almeida(1999) e
Borinelli(2000), esclarecendo que os problemas ambientais em nível mundial começam
a se tornar preocupante. Como exemplos significativos, ressalta o aumento de
temperatura da Terra, a destruição da camada de ozônio, o esgotamento acelerado
dos recursos naturais, etc. Todos estes problemas levam à busca de um novo modelo
de crescimento econômico que considere mais a preservação do meio ambiente, pois
nos dias de hoje a sociedade modificou seu pensamento em relação à
responsabilidade ambiental das empresas e sua postura social, havendo uma maior
cobrança em relação seu papel assumido diante dos problemas ambientais.
Sisson e Marginson, ANPAD (2001), nos fazem um esclarecimento fácil a respeito
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de Responsabilidade Sócio Empresarial, nos mostrando os dois lados que é quando
realmente existe iniciativa própria das empresas em agir com Responsabilidade e
quando as mesmas não demonstram interesses à questão ambiental. Á medida em
que os limites e as falhas da auto-regulamentação tornam-se cada vez mais evidentes,
assim como a capacidade regulatória ou a vontade política dos governos, dos
organismos
internacionais
e
dos
sindicatos
continuam
a
diminuir,
torna-se
indispensável uma reflexão mais aprofundada sobre quais sejam as melhores formas
de regular a conduta empresarial no mundo atualmente, de modo a compatibilizá-la
com o interesse público na idéia de que as empresas privadas têm e refletem
diretamente no interesse público o que talvez seja igual dizer que, através de suas
atividades, elas podem aumentar o bem estar social, ou então diminuí-lo, pois sabemos
que a realização do interesse público implica no bem estar econômico, social e
ambiental da sociedade, tendo as empresas privadas influencia sob o interesse publico
em que para atender seus próprios interesses, muitas vezes agem de maneira
prejudicial a determinados bens públicos, tais como a liberdade e a saúde das pessoas,
a água e o ar limpos, ou a justiça social. Por outro lado, existem inúmeras áreas nas
qual um engajamento empresarial positivo é absolutamente crucial para que se atinjam
objetivos públicos específicos.
Apoiar às comunidades locais, e na promoção dos direitos humanos diminuindo
as
desigualdades
sociais,
preservando os
recursos
ambientais,
promovendo
capacidade plena das gerações presentes e futuras são sugestões
para que a
empresa comece a atuar com responsabilidade sócio ambiental. (SISSON E
MARGINSON,ANPAD,2001)
Josep e Parkinson ANPAD (2002),
exemplifica a atuação ambientalmente
responsável de uma empresa na qual descreve o processo da
criação de uma
máquina que filtra e regenera o óleo envelhecido em uma empresa de energia elétrica
no sul do Brasil, para resolver o descarte de óleo isolante mineral, presente nos
equipamentos elétricos de potencia.
O óleo isolante mineral é um hidrocarboneto, obtido do refino do petróleo, este
óleo é utilizado como isolante elétrico e refrigerante térmico (troca de calor por
convecção) dentro de equipamentos elétricos de potência. O óleo isolante mineral,
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após um período de uso dentro dos equipamentos, sofre um processo de
envelhecimento, devido ao contato com a umidade, oxigênio e o cobre dos
enrolamentos internos dos equipamentos. O óleo contaminado deve ser totalmente
substituído por óleo novo após certo período de envelhecimento. Esta medida é
adotada visando prolongar a vida útil e também evitar acidentes com descarga elétrica
nas partes internas do equipamento.
A máquina consiste em filtrar e regenerar o óleo isolante que tenha uma certa
parcela de contaminação deixando o equipamento elétrico totalmente energizado e
funcionando. Para a realização do processo, a máquina capta o óleo na válvula inferior
do tanque do equipamento energizado, utilizando uma bomba com motor elétrico, o faz
circular por três filtros em seqüência, e o devolve na válvula superior do tanque do
equipamento. Os filtros utilizados são de três tipos: filtro percolador de terra “Fuller”,
filtro particulado e filtro desidratado.
O filtro percolador é composto pelo elemento denominado terra “Fuller”. A
percolação consiste em atrair eletricamente as partículas sólidas que contaminam o
óleo, que são compostos por moléculas polares. O filtro particulado tem a função de
reter as partículas da própria terra “Fuller”, que fica presente no óleo após ele passar
pelo filtro percolador. O filtro desidratador serve para retirar a umidade existente no
óleo isolante. Após passar pelos três filtros, o óleo regenerado é reconduzido ao tanque
do equipamento energizado pela válvula superior. A operação típica de regeneração e
filtragem do óleo de um transformador de potência prevê 30 dias de funcionamento da
máquina. Como o transformador contém 3000 litros de óleo, tem-se que todo o óleo do
equipamento passará pela máquina em 30 horas. Portanto, todo o óleo do
transformador passará 24 vezes pela máquina.
Em oito anos de utilização destas máquinas dentro da companhia, já foram
regenerados cerca de 3,3 milhões de litros de óleo isolante mineral. A economia, em
termos financeiros, foi de R$ 4(quatro) milhões, que seriam gastos na compra de óleo
novo.
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3. GESTÃO AMBIENTAL
A sobrevivência das organizações em tempos de competição acirrada não é algo
resultante apenas das suas atividades econômicas, mas sim do balanceamento de
suas ações nas esferas econômica, social e ambiental na busca elo desenvolvimento
sustentável que neste caso o demonstra a importância da integração dos sistemas a
fim de gerar a sustentabilidade dos negócios e valor econômico aos acionistas e para
que haja integração são necessárias, a colaboração e a formação de parcerias entre a
empresa e seus stakeholders, de forma a engajar ambas as partes em um
entendimento comum dos problemas ambientais e sociais (NASSIF, et al, ANPAD).
Apesar do conceito de Gestão Ambiental não apresentar ainda um significado
stricto sensu, há algumas propostas das empresas sobre diretrizes e práticas feitas
pelos representantes de comunidades ambientalistas e organizações internacionais.
Mas existem princípios, comissões e documentos os quais mostram às empresas as
medidas que devem ser feitas no que diz respeito à preservação do meio ambiente,
como a proteção da biosfera apresentada por Valdez e a agenda 21 que chama as
empresas
para
uma
participação
nos
seus
programas
na
busca
de
um
desenvolvimento sustentável. As empresas devem se concentrar em três elementos
chaves: inovação, cooperação e comunicação, para que suas estratégias de
administração com consciência ecológica sejam beneficiadas. (ANDRADE, et al 2002,
pág. 9). Falando diretrizes e práticas, a ISO 14000 auxilia as empresas oferecendo
diretrizes que se aplicam a qualquer organização, independente do tamanho, tipo, nível
ou maturidade que tenham o interesse de implementar e/ou aprimorar um SGA
(Sistema de Gestão Ambiental) que tem 5 princípios que explicitam foco no que precisa
se feito com comprometimento ao SGA e definição de sua política, formulação de um
plano para cumprir sua política ambiental, desenvolver capacidades e apoiar
mecanismos necessários para o alcance de suas políticas, objetivos e metas, medir,
monitorar e avaliar sua performance ambiental, organizar e rever continuamente seu
sistema de gestão ambiental com o objetivo de aprimorar sua performance ambiental
geral. Considerando-se que todos os membros de uma organização devem assumir a
responsabilidade pela melhoria ambiental. Ou seja, qualquer empresa pode atuar com
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tais princípios, eis então um ponto inicial para se incluir a Gestão Ambiental dentro da
organização.
A revista Época Negócios, março/2007 fez uma matéria sobre o aquecimento
global que é um assunto complexo, e está na hora de agir. As empresas de hoje
precisam se conscientizar de que o aquecimento global é de extrema importância, e é
preciso que as empresas impulsionem os investimentos em inovações ambientais e
enfatizem a importância do desenvolvimento de novas tecnologias que agridam menos
o meio ambiente é hora das empresas tratarem o meio ambiente como um assunto de
negócios, colocando-a nos seus planejamentos estratégico incorporando-a assim
diretamente nos objetivos e metas da empresa para o futuro. E para que as empresas
consigam atingir essas novas metas ditadas pelo novo tipo de mercado que surge se
faz necessário que as mesmas tenham um enorme esforço de inovação como, por
exemplo, entrar na era da Ecotecnologia (energia renovável, carvão, hidrogênio e
água) e colocar lentes verdes em todos dentro da organização. Com gancho nesse
alerta que nos faz a revista Época, (CUNHA et al ANPAD) nos faz uma sugestão na
qual diz que os vazamentos de oleodutos na Baia de Guanabara e o Paraná em 2000
precipitaram a aceleração e a ampliação desta política de gestão ambiental que
automatiza a supervisão dos dutos, implantarem centros de defesa ambiental para
emergências, altera tratamentos de efluentes e a geração de resíduos, e busca nova
confiabilidade de equipamentos e tecnologia.
O Compromisso de garantir
sustentabilidade equilibrada tem que ser praticada por todas as organizações que
interagem direta e indiretamente com o meio ambiente, ainda que seja complexo
garantir totalidade nesse compromisso. Igualmente, as organizações devem iniciar
suas atividades simultaneamente com esse compromisso e não de outra forma.
A cada dia fica mais óbvio que, para uma atividade empresarial ser mais
eficiente, faz-se necessária à introdução de critérios ambientais no processo produtivo,
e é por este motivo que o projeto de uma correta gestão ambiental, juntamente com a
administração geral na empresa, desempenha um papel fundamental.
Porém toda essa movimentação por parte das organizações tem por trás uns
reais sentidos, diferentes do que se aparenta, a responsabilidade ambiental nas
organizações não se deu por causa da rigidez da legislação ambiental, e sim por
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vislumbrarem oportunidades de negócios ao agregar a variável ambiental na dimensão
empresarial, ou seja, viram no meio ambiente um mercado promissor a nível de lucros.
Esse lucro se dá através de uma diminuição do desperdício (o que era dejeto tornou-se
recurso) e como conseqüência há uma diminuição da poluição. Um outro fator é o de
que as novas inovações tecnológicas foram dirigidas para a produção das tecnologias
limpas e só a partir deste momento às empresas viabilizaram a mudança de atitude
empresarial.
O real motivo das empresas se tornarem ambientalmente responsáveis é o fato
de reduzir custos, poupar recursos naturais, energéticos e de mão de obra e aumentar
a competitividade, no entanto em contra partida nasceram os consumidores verdes que
são aqueles que cujo poder de escolha do produto incide, além da questão qualidade /
preço, o meio ambiente (ambientalmente correto); Esses consumidores acabaram por
se tornarem “reguladores invisíveis”, o único problema é que esses mesmo
consumidores
são em números pequenos ainda são totalmente inexpressivos no
conjunto dos cidadãos consumidores.
Buffara e Pereira, ANPAD (2003) exemplificam a Gestão ambiental do
O
Boticário (perfumaria) que se empenha no processo de busca de um desenvolvimento
benéfico para a sociedade no que diz respeito à questão social e ambiental, tendo a
mesma esse propósito inserido no seu planejamento estratégico evidenciando sua
preocupação com o desenvolvimento sustentável.
No plano social a relação interação da empresa é relevante tanto nos projetos
junto à comunidade, oferecendo oportunidades de emprego e qualificação profissional,
como dentro da empresa, no trato, respeito e benefícios concedidos aos funcionários.
O Boticário é muito envolvido com responsabilidade social, uma vez que a empresa
independente do resultado anual, destina ao investimento social privado 1% do seu
faturamento liquido, aplicando em programas, projetos e ações da Fundação O
Boticário de Proteção a Natureza, além de outros programas voltados à saúde,
educação, bem estar, cultura e lazer.
Existe a permanência da filosofia e o comprometimento do presidente do grupo
em relação à responsabilidade social e ambiental, seja na lista de valores, no
planejamento ou no orçamento, mas o ainda não existe uma metodologia de avaliação
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que permita checar o desempenho da responsabilidade social em toda rede de
relações da empresa.
O Boticário tem a disposição do consumidor diverso produtos, sendo pretensão
da empresa projetar a sua imagem com algum valor agregado adicional, seja no
atendimento dos clientes através do Serviço de Atendimento ao Cliente ou diretamente
com a vendedora no ponto de venda e até mesmo nos programas junto à comunidade.
3.1 - NORMATIZAÇÃO
Definido pelo Dicionário Aurélio; Norma é um conjunto de regras de uso relativas
às características de um produto ou um método, compiladas com o objetivo de
uniformizar e de garantir o seu modo de funcionamento e sua segurança, sendo assim
a Constituição Federal de 1998, Art. 225, cita: Todos têm direto ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e a coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as gerações futuras. A preocupação com a conservação do meio
ambiente está se tornando uma constante nos últimos tempos. Vários movimentos
estão
pressionando
as
organizações
e
os
governantes
para
tornarem
as
regulamentações cada vez mais rígidas, exigindo das empresas uma postura
ambientalmente correta. Todos têm direito há um ambiente ecologicamente equilibrado,
para isso é importante à aplicação de normas e auditorias para auxiliar na melhoria do
processo.
Com isso são válidas e importantes as auditorias ambientais que
conceituam em um dos mais importantes instrumentos de gestão ambiental e tem
como objetivo principal auxiliar no processo de melhoria dos programas de controle
ambiental. Um dos seus principais aspectos diz respeito ao suporte e o
comprometimento gerencial, através das auditorias se faz uma analise dentro da
empresa permitindo uma investigação sistemática dos programas de controle ambiental
da empresa, auxilia na identificação de situações potenciais de problemas ambientais e
verifica se a operação industrial está em conformidade com as normas / padrões legais
e também com padrões mais rigorosos definidos pela empresa. (ANDRADE, et al 2004,
pág. 6). Procurando dessa forma, manter uma empresa verdadeiramente responsável
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ambientalmente.
Sugerindo que além da Responsabilidade Civil, a sociedade precisa ter normas
aonde a Responsabilidade Administrativa vêm aplicar se necessárias algumas sanções
que vão de uma simples advertência até interdição das atividades ou até mesmo a
suspensão provisória do trabalho.
Nos séculos XVIII e XIX, deu-se inicio a normalização sistêmica obtendo um
forte impulso com o desenvolvimento da tecnologia decorrente dos avanços científicos
e técnicos. Entre 1920 e 1940 surge à figura do Inspetor e um padrão para comparar a
qualidade produzida com uma especificação No Brasil, a necessidade de implementar
práticas de controle de qualidade surge tardiamente em relação ao mundo
desenvolvido, onde por volta da década de 1980, o Executivo Federal criou um
programa com o objetivo de capacitar instituições brasileiras para disseminar os novos
conceitos que surgiram com o movimento de qualidade.
Por isso o objetivo deste estudo foi pesquisar a possível existência de uma
associação entre a busca da Qualidade e Excelência organizacional e o desempenho
sustentável, ou seja, aquele distribuído com justeza entre o social, o ambiental e o
econômico. Utilizando-se elementos da estatística não-paramétrica, onde se percebeu
entendimentos mais atuais de Responsabilidade Social.
A responsabilidade sócio ambiental na condução dos negócios passou a fazer
parte dos critérios de excelência empresarial do Prêmio Nacional da Qualidade, desde
2003, onde a excelência empresarial tem com dever combinar a busca de
produtividade e competitividade através
da redução dos problemas ambientais e
sociais relevantes, ou seja, deve buscar condições econômicas, sociais e ambientais
equilibradas visando inserir as organizações de classe mundial na busca de um país
mais justo.
A pesquisa contou com a entrevista feita por Hill e Knowlton, líder internacional
no mercado de relações públicas, que entrevistou executivos de 289 empresas, 32 no
Brasil, 151 na América do Norte, 32 na Europa e 74 na Ásia, onde foi constatada que
em média 43% dos presidentes de empresas brasileiras atribuem valor significativo às
ações de responsabilidade social para a imagem das suas empresas. Os brasileiros
são destacados com 72% de valorização, contra 26% nos Estados Unidos, 44% na
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Europa e 30% na Ásia. Uma outra pesquisa realizada em 2003 verificou uma presença
muito pequena de negros nas empresas comparativamente à participação na
sociedade brasileira e na população economicamente ativa. Em cargos mais elevados
como de diretoria essa presença é menor ainda, 9% e 1,8% para mulheres e negros,
respectivamente. Essa discordância está presente também no campo do meio
ambiente Em grande parte dos casos, o atendimento à legislação ambiental, que seria
o patamar mínimo aceitável, ainda é visto por muitos empresários e executivos como
um custo de produção adicional e que não agrega valor ao cliente na hora de decidir
pela sua compra, o que pode ser uma visão errônea.
Em 2002, a Fundação para a Qualidade (FNQ), que administra o Prêmio
Nacional da Qualidade (PNQ), realizou uma ampla revisão nos seus critérios de
Excelência utilizados para julgar as empresas e distinguir as vencedoras, cujo objetivo
foi destacar a importância da responsabilidade social no sistema de gestão e no
sucesso das organizações. Após essa alteração, as organizações ganhadoras do PNQ
passaram a ter, além do reconhecimento como organizações Classe Mundial em
termos de qualidade, produtividade e resultados econômicos, um reconhecimento em
termos de responsabilidade social.
A associação entre a Responsabilidade Social e a Excelência vem sendo
buscada de forma sistêmica pelas empresas que almejam ganhar o PNQ, pois este é
um critério que deve ser atendido pelo atual modelo Problemas ambiental graves, como
perda de biodiversidade, desertificação, aquecimento global, poluição dos oceanos e
precipitações ácidas, levam a uma descrença generalizada quanto as reais intenções
das empresas de um modo geral, tornando-as alvos de críticas virulentas e colocandoas no mais baixo patamar de credibilidade diante da opinião pública.
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4. CRIMES AMBIENTAIS
Atuando com Responsabilidade Sócio Ambiental e implantando a Gestão
Ambiental dentro da organização, seguramente a organização evitará acidentes que
afetam o meio ambiente, como já dito antes, danos irreparáveis, não podendo deixar
impune quem comete crimes, existem leis para tratar conforme se deve os crimes
ambientais.
Então dando continuidade não se pode deixar de citar a Lei n° 9.605/98 que trata
dos crimes ambientais, no qual tem causado grande polêmica quanto à possibilidade
de ser aplicada a pessoa jurídica. (MACHADO, et al 2004, pág 397). Conforme, Art. 3°
da Lei n° 9.605/98 - As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativamente,
civil e penalmente conforme o disposto nesta lei, nos casos em que a infração seja
cometida por decisão do seu representante legal ou contratual, ou de seus órgãos
colegiado, no interesse ou benefício de sua entidade, embora tal lei tenha causado
muita polêmica.
Orientado por Costa e Dias (2004, pág. 394) toda vez que ocorrer um evento
danoso, o sujeito passivo, ou seja, aquele que provocou, será obrigado a reparar o
dano causado, se ficar comprovada sua culpa, nos casos em que incida a
responsabilidade subjetiva ou se for o caso de responsabilidade objetiva, será obrigado
a reparar o dano mesmo sem comprovação de que agiu culposamente na provocação
dele. Mesmo sem a intenção caso ocorra eventos danosos ao meio ambiente, o sujeito
será obrigado a reparar o dano causado. Baseando-se no Art. 3° da Lei 9.605/98,
pessoas jurídicas também repararão danos causados.
Com a chegada da evolução industrial, os Gestores que não se atualiza com as
novas mudanças no Mundo Globalizado, acabavam perdendo espaço para os novos
Gestores, que chegam ao Mercado com uma capacitação muito acima dos antigos
Gestores.
As praticas de preservação do Meio Ambiente não eram postas em pratica, por
organizações tradicionais, com o pensamento para ter prestigio, não basta apenas
produzir com, tem que ajudar a manter o Ambiente em que vivemos.
21
A Organização chamada Estado é uma massa falida que possui órgãos
incompetentes para fiscalizar e preservar o nosso Ambiente, o crescimento Industrial
nas décadas passadas nos demonstra que não existia nenhuma preocupação com
Meio Ambiente, causando um grande prejuízo para todos, o importante era progredir,
sem pensar nos prejuízos que iriam nos causar no futuro.
Com a idéia quanto maior a produção melhor seria o bem para população, mas
não ficaram atentos a um detalhe quanto mais se produz, mas polui o Ambiente,
ocasionando grandes perdas como a extinção do nosso símbolo o Pau Brasil,
causando a poluição de grandes Rios e a destruição da mata Atlântica.
Prevendo que um tempo adiante seria difícil viver, as autoridades começaram a
tomar consciência dos prejuízos causados ao ambiente e para mudar está visão de só
degrada sem cuidar da Natureza, as autoridades começaram a organizar e buscar
novas parcerias, com outros Paises.
Ocorrendo grandes encontros entre grandes nações de todos os continentes,
com o intuito de passar uma consciência para crescimento social e econômico não
precisamos acabar com as nossas reservas naturais, e a sim protegendo o futuro de
nossos filhos.
22
5. COLETA E ANALISE
5.1 . A HISTÓRIA
Em outubro de 1953, com a edição da Lei 2.004, a constituição da Petrobras foi
autorizada com o objetivo de executar as atividades do setor petróleo no Brasil em
nome da União.
A Petróleo Brasileiro S/A - PETROBRAS iniciou suas atividades com o acervo
recebido do antigo Conselho Nacional do Petróleo (CNP), que manteve sua função
fiscalizadora sobre o setor:
Campos de petróleo com capacidade para produzir 2.700 barris por
dia (bpd);
Bens da Comissão de Industrialização do Xisto Betuminoso;
Refinaria de Mataripe-BA (atual RLAM), processando 5.000 bpd;
Refinaria em fase de montagem, em Cubatão-SP (atual RPBC);
Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil
toneladas;
Reservas recuperáveis de 15 milhões de barris;
Consumo de derivados de 137.000 bpd;
Fábrica de fertilizantes em construção (Cubatão - SP).
As operações de exploração e produção de petróleo, bem como as demais
atividades ligadas ao setor de petróleo, gás natural e derivados, à exceção da
distribuição atacadista e da revenda no varejo pelos postos de abastecimento, foram
monopólio conduzido pela Petrobras de 1954 a 1997. Durante esse período a
Petrobras tornou-se líder em comercialização de derivados no País, e graças ao seu
desempenho a Companhia foi premiada em 1992 pela Offshore Technology
Conference (OTC) (*), o mais importante prêmio do setor, e posteriormente recebeu o
prêmio em 2001.
23
Em 1997, o Brasil, através da Petrobras, ingressou no seleto grupo de 16 países
que produz mais de 1milhão de barris de óleo por dia. Nesse mesmo ano, em 6 de
agosto de 1997, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei n º 9.478,
que abriu as atividades da indústria petrolífera no Brasil à iniciativa privada. Com isso a
Petrobras perdeu a exclusividade e foi legalmente obrigada a participar dos leilões
promovidos pela
Agência Nacional do Petróleo - ANP, para obter áreas de
exploração. Essa autarquia federal foi encarregada pela União de promover a
regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da
indústria do petróleo.
Nos blocos que obteve em concessão da ANP, em praticamente todas as bacias
sedimentares brasileiras, a Petrobras vem realizando intensos trabalhos exploratórios e
descobrindo novos reservatórios. Vários novos campos de petróleo foram descobertos
após a quebra do monopólio, tanto nas bacias terrestres já em adiantado estado
exploratório como na plataforma continental.
Em 2003, coincidindo com a comemoração dos seus 50 anos, a Petrobras
dobrou a sua produção diária de óleo e gás natural ultrapassando a marca de 2
milhões de barris, no Brasil e no exterior. A Companhia identificou novas províncias
petrolíferas de óleo leve, no Espírito Santo e em Sergipe, o que pode ser considerada a
sua maior conquista, na área de exploração e produção, depois da descoberta de óleo
na Bacia de Campos em 1974. O exercício do ano seguinte foi caracterizado pelo
anuncio do aumento das reservas de óleo e gás natural, no Brasil e no exterior, em
cerca de 20%.
A Petrobras ultrapassou pela primeira vez, em 12 de maio de 2005, a marca
nacional de 1,8 milhões de barris de produção de petróleo por dia, chegando perto da
auto-suficiência sustentável brasileira. Nesse ano a Companhia bateu o recorde
brasileiro de profundidade de perfuração, em 12 de agosto, com um poço inclinado que
chegou a 6.915 metros além do fundo do mar. O poço foi perfurado no bloco BMS-10,
na Bacia de Santos, localizado a 200 km da costa sul da cidade do Rio de Janeiro. As
reservas combinadas de petróleo e gás que eram de 8,5 bilhões de barris em 1997
24
cresceram 76,4%, chegando a 15 bilhões de barris de óleo equivalente em 2005,
registrando um desempenho superior à média mundial.
No dia 21 de abril de 2006, às 14h30, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu
início à produção da plataforma P-50, no Campo de Albacora Leste, na Bacia de
Campos, que permitiu ao Brasil atingir a auto-suficiência sustentável em petróleo. A P50 é um FPSO, sigla de Floating, Production Storage Offloading, unidade que possui a
característica de produzir, processar, armazenar e escoar óleo e gás. É a unidade
flutuante de maior capacidade do Brasil, podendo produzir até 180 mil barris diários.
Na área internacional a Petrobras estava presente em 11 países, em 1997.
Atualmente a Companhia mantém atividades operacionais ou escritórios em 23 países.
A produção internacional que era de apenas 58 mil barris de óleo e gás passou, em
2006, para 230 mil barris diários. No ranking mundial a Petrobras se tornou a 14ª
empresa, entre todas as companhias de petróleo e a 7ª entre as de capital aberto.
Os resultados econômico-financeiros também demonstram que a Petrobras, no
cenário competitivo, continuou sua tendência de crescimento. O lucro passou de US$
1.373 bilhão, em 1997, para quase US$ 12 bilhões em 2005.
O ano de 2006 foi cenário de muitas conquistas e recordes de produção e
exportação. A Petrobras atingiu no dia 23 de outubro de 2006, a produção recorde de
1.912.733 barris de petróleo no Brasil. Esse recorde superou em 30 mil barris o
anterior, de 1 milhão 882 mil barris, ocorrido no final de maio deste ano. Em novembro
um novo recorde de exportação de petróleo nacional: 484 mil barris/dia, totalizando 14
milhões e 520 mil barris no mês. Esse recorde superou a marca anterior, alcançada em
outubro, em 31 mil barris por dia.
Com tantas conquistas a Petrobras fecha o ano de 2006 integrando o Índice
Mundial de Sustentabilidade da Dow Jones Sustainability Indexes, e no primeiro mês
de 2007 conquistou o selo Programa Pró-Eqüidade de Gênero 2007.
25
As refinarias da Petrobras no Brasil alcançaram em fevereiro de 2007 as marcas
de 1 milhão 892 mil 600 barris por dia (bpd) e 1 milhão 899 mil 200 bpd,
respectivamente, de carga total, o que configura novos recordes de utilização da
capacidade de refino da Companhia. Esse resultado é reflexo do trabalho integrado de
todas as áreas do Abastecimento, em conjunto com a área de Exploração & Produção.
A Petrobras iniciou, em 2007, as obras do Centro de Integração do Comperj, em
São Gonçalo. O maior projeto individual da história da Petrobras, o Comperj já
demonstrou, por diversas ações, ser o grande empreendimento do século XXI, devido
aos seus aspectos tecnológicos, pioneiros em engenharia e da área petroquímica. O
Comperj será um grande empreendimento também da área social, pois capacita e
qualifica a mão-de-obra especializada, cerca de 30 mil profissionais, para o Comperj e
para as empresas que serão atraídas pelo empreendimento.
Os presidentes Lula e George Bush, dos Estados Unidos da América, visitaram
instalações da Petrobras em Guarulhos, São Paulo, no dia 9 de março de 2007. Lula,
acompanhado do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, mostrou
ao presidente americano as diversas etapas de produção do etanol e biodiesel. O
encontro foi marcado pela assinatura do memorando voltado para incorporação do
etanol à matriz energética americana, o que destaca a importância do biocombustível
no mercado mundial como uma enorme contribuição ao meio-ambiente.
Numa das maiores operações empresariais já realizadas no Brasil, a Petrobras,
o Grupo Ultra e a Braskem anunciaram no dia 19 de março, o entendimento para a
aquisição dos negócios do Grupo Ipiranga, consolidando e ampliando a presença nos
setores petroquímicos e de distribuição de combustíveis.
Petrobras bate recorde de produção no Espírito Santo, em junho de 2007, ao
alcançar 141,7 mil barris. Esse volume é expressivo quando comparado com a média
do mês de maio (99,1 mil barris/dia), que já tinha sido 5,7% superior à média de abril
(93,7 mil barris/dia). O recorde registrado no Espírito Santo deve-se, principalmente, ao
bom desempenho da plataforma P-34, no Campo de Jubarte, que atingiu a produção
de 60 mil barris por dia, sua capacidade máxima.
26
A explicação para o sucesso da Petrobras está na eficiência de suas unidades
espalhadas por todo o Brasil: nas refinarias, áreas de exploração e de produção, dutos,
terminais, gerências regionais e na sua grande frota petroleira.
5.2. ATIVIDADES
5.2.1. Exploração e Produção
A Petrobras, desfrutando do reconhecimento internacional, com tecnologia
própria para águas ultra-profundas, está produzindo petróleo a preços competitivos em
campos offshore (marítimos) a profundidades cada vez maiores, atraindo o interesse
de companhias petrolíferas de todo mundo, com as quais está assinando acordos de
parceria para a exploração e produção de suas reservas na enorme plataforma
submarina brasileira. A abertura da área de exploração e produção para parceiros
internacionais gerou, por sua vez, oportunidades E&P em outras partes do mundo,
principalmente onde o know how da Petrobras possa contribuir para a realização de
negócios. Um exemplo disso é a expansão da presença da Companhia no Golfo do
México e na Costa Oeste da África, onde sua experiência em águas profundas adiciona
valor aos empreendimentos.
5.2.2. Gás e Energia
O gás natural é um combustível limpo, um produto sem restrições ambientais e
que reduz significativamente os índices de poluição. O combustível do futuro, como já
está sendo chamado, colabora diretamente para a melhoria da qualidade de vida nas
grandes metrópoles. Utilizado como matéria-prima nas indústrias siderúrgica, química,
petroquímica e de fertilizantes, o gás natural fornece calor, gera eletricidade e força
motriz. Na área de transportes tem a capacidade de substituir o óleo diesel, a gasolina
e o álcool, participando assim, direta e indiretamente da vida de toda a população.
O gás natural é uma nova e promissora fronteira que se abre no horizonte energético
brasileiro. Por todas as suas virtudes energéticas, econômicas e ambientais, o gás
natural deverá multiplicar a sua presença na matriz energética brasileira, saltando dos
atuais 8,9% para 12% em 2015. Além disso, a área de Gás & Energia atua no
27
desenvolvimento de fontes alternativas de energia e investe em conservação de
energia e energia renovável, como forma de agregar valor aos seus negócios.
No início deste novo milênio, a Petrobras começou a implementar um importante plano
de reestruturação com o objetivo de se tornar uma Empresa de Energia. A Petrobras
produz energia para o conforto do homem e usa toda a tecnologia a seu alcance para
transformar as diferentes fontes energéticas em progresso e crescimento. Ao investir
em energia eólica, solar, biodiesel, biogás, entre outras, a companhia ajuda a
diversificar
a
matriz
energética
brasileira.
Essas ações fazem parte do Plano Estratégico da Petrobras que entre suas metas,
prevê para 2010, que 10% da energia elétrica consumida em toda Companhia seja
obtida a partir de fontes renováveis.
5.2.3. Transporte e Armazenamento
A empresa subsidiária da Petrobras responsável pelas atividades de transporte e
armazenamento é a Petrobras Transporte S.A., a Transpetro. A empresa tem como
missão atuar de forma rentável na indústria de petróleo e gás, nos mercados nacionais
e internacionais, como fornecedora de serviços de transporte e armazenamento,
respeitando o meio ambiente, considerando os interesses dos seus acionistas e
contribuindo para o desenvolvimento do País.
28
5.2.4.Distribuição
Prestar sempre os melhores serviços em mais de sete mil postos espalhados por
diversas cidades e rodovias do País é o objetivo da Petrobras Distribuidora. Com uma
trajetória marcada por iniciativas pioneiras e resultados expressivos, a BR mantém a
liderança no mercado brasileiro de distribuição de derivados de petróleo, tendo mais de
dez
mil
grandes
empresas
como
clientes.
A maior distribuidora do Brasil está presente em diversos segmentos da indústria:
automotivo, marítimo, ferroviário e na aviação. Com isso, os produtos da Petrobras
Distribuidora estão voltados para diferentes aplicações no mercado. Através de um
rígido sistema de controle, a empresa garante a alta qualidade que a colocou na
liderança do mercado nacional.
29
6– CONCLUSÕES
O trabalho apresentado tem a finalidade de tentar mostrar (informar) um pouco
sobre a responsabilidade ambiental da Petrobras, no momento em que existe uma
exigência mundial da população e agências reguladoras sobre a atuação das empresas
com responsabilidade ambiental. Considerando o problema como; Como compatibilizar
as estratégias competitivas da Petrobras com os preceitos necessários para uma
empresa ser considerada ambientalmente responsável em um cenário competitivo,
procuramos através de uma pesquisa de campo identificar, analisar e compreender os
fatores determinantes que possibilitam que uma empresa possa alinhar seus interesses
estratégicos com suas responsabilidades ambientais.
Na análise do trabalho conclui tais informações;
Todas as atividades fins da Petrobras desde a exploração até a distribuição interagem
diretamente com o meio ambiente, ocasionando desastres ecológicos, citando o
derrame de óleo combustível na Bahia de Guanabara em 2000 no Rio de Janeiro e na
REPAR no Paraná, estes causaram mortandade de plantas e animais e poluição de
rios, no entanto não foram medidos esforços físicos e materiais para a correção dos
danos causados e prevenção de futuros possíveis acidentes. Sendo criados projetos de
preservação e proteção ambiental. Salientou-se que todas as atividades da Petrobras
foca Segurança, Meio ambiente e Saúde (SMS), no qual foi afirmado que a empresa
está conscientizada em relação à preservação do meio ambiente, não só ela mais os
empregados também, pois a mesma faz uma divulgação maciça com jornais semanais
e outros, mostrando a importância da conscientização de todos, acreditando-se que
não é só responsabilidade da empresa e sim de todos, pois com referência ao
aquecimento global, todos somos responsáveis e todos temos que praticar ações
preventivas e preservativas.Justificou-se que a Petrobras escolheu a Amazônia como
centro de excelência ambiental por ser uma empresa de referência mundial e por a
Amazônia ser conhecida mundialmente por suas características e necessitar de
proteção continua.
Falando de combustível alternativo para contribuição de diminuir a poluição do
meio ambiente, foram citados o Álcool e o Biodiesel, levando em consideração que o
30
petróleo não é eterno e esses combustíveis são compostos de resíduos naturais que
conseqüentemente causam menos agressão ao meio ambiente.
Finalizando, afirma-se que, com a participação de todos nas práticas de preservação e
proteção ao meio ambiente alcançaremos um futuro melhor com o desenvolvimento
sustentável para gerações atuais e futuras.
31
7 - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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