EDITORIAL
Olá, leitor.
Prazerosamente, eis-nos, uma vez mais, retomando fala sobre
o mesmo tema, ao fim e ao cabo, sem muitas variações. Seria tarefa
difícil – senão impossível –, tentar dimensionar a satisfação do Corpo
Editorial da nossa revista UNIVERSITAS consequente à recepção de seu
número inaugural. Em outra oportunidade, em desabafo incontido, já
disséramos: para a pesquisa, o momento que vivemos é de
perplexidade e desencanto. Os raros cenáculos que se dedicam ao
estudo dos grandes dilemas sociais e científicos e as escassas
publicações que divulgam seus resultados representam, cada vez mais,
exceções nunca desejadas no campo investigatório. Não sabemos
exatamente para onde vamos. Com alguma segurança, temos a
constatação de que a história nos trouxe até este ponto. E daí? Seria
isso suficiente? Não! É muito pouco contentar-se com “estar”, sem
“ser”. Comodismo e estagnação grassam em todos os setores da vida
acadêmica, se a compararmos com alguns países. Por tal negativo
prisma, uma conclusão avulta com clareza: se as comunidades
universitárias pretendem um futuro com garantias, não pode ser pelo
prolongamento do presente. E é “por nos alimentarmos diariamente
do tormento de saber pouco que não temos a faculdade do descanso,
ou a prerrogativa da acomodação, e, como expiação, sempre nos
deverá ser negado o direito de viver em paz, até que adotemos uma
nova postura”, advertiu com propriedade o professor Fachin. A célere
correção da atual rota, a caminho do nada, é necessária e urgente, sem
desperdício das alternativas que se nos apresentam. A assunção de
compromissos definitivos com o estudo e a pesquisa equivalem a um
pacto com o amanhã, que não pode nem deve esperar mais. Não é
outra a pregação que devemos ter, em constante busca de eco.
Levados pelo propósito de manter vivo um centro de
recepção, triagem e divulgação de produções científicas, nas mais
diferentes áreas, logo no início o bom senso nos indicou linha editorial
a ser seguida: abertura de espaço para professores e alunos, tanto da
FANORPI como de outras instituições, bem como de colaboradores em
áreas correlatas. Nesse passo, impulsionados por esse ideal é que
UNIVERSITAS – FANORPI/UNIESP, SANTO ANTÔNIO DA PLATINA, N. 2, 2013
trazemos a público nosso segundo número, graças à onipresença de
nossos abnegados colaboradores, a quem, na oportunidade, deixamos
expressos nossos agradecimentos. Mais uma vez nos fizemos ao mar,
com absoluta consciência das dificuldades que iríamos encontrar. E
foram muitas, em todos os sentidos. Entretanto, independentemente
do mau tempo, de ventos contrários, da alternância entre tormentas e
calmarias, do cansaço deixado pela travessia e mesmo do canto das
sereias que tentaram desvios, graças a nossos intimoratos argonautas,
uma vez mais o audacioso barco da UNIVERSITAS chegou a seguro e
bom porto. Com isso, uma vez mais restou provado que, dentre todas,
a maior força que existe ainda é aquela que nasce da união motivada,
como a que sempre encontramos na comunidade acadêmica da
FANORPI.
Nossa UNIVERSITAS, a princípio despretensiosa, buscando
apenas preencher lacuna no âmbito universitário, desde logo se
constituiu em precioso agente catalisador de produções científicas,
responsável pelo nascimento de uma equipe de professores, alunos,
profissionais liberais e pesquisadores das mais diversas áreas. Nessa
feliz rota, com agradável surpresa, revelou um grupo de estudiosos,
interessados em colaborar efetivamente para a consolidação de uma
nova postura educacional que, além de científica, vem demonstrando
louvável preocupação didático-pedagógica em suas pesquisas.
Assim, nesta era em que, exitosa experiência em Londres nos
dá conta de que robôs preparam comida e o delivering é feita por drones
(veículos aéreos não tripulados); a nanotecnologia vem dominando a
pesquisa científica, em busca de melhor qualidade de vida para o
homem, já com resultados auspiciosos; em que o livro impresso – isso
não sem muito saudosismo –, aos poucos vai cedendo lugar aos
avanços da informática, enfim, diante de uma verdadeira revolução
silenciosa, em todos os setores, é profundamente gratificante o
lançamento de mais um número de uma revista científica. Esperamos
– em reiteração – a mesma simpática acolhida e proveito, ora
acompanhados de nossos agradecimentos e votos de boa leitura.
Nelson Borges
Editor
UNIVERSITAS – FANORPI/UNIESP, SANTO ANTÔNIO DA PLATINA, N. 2, 2013
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