23/11/2011
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
INTRODUÇÃO
Substância psicoativa de grande consumo,
muitas vezes estimulado
Relatos de utilização desde 6000 anos atrás, no
antigo Egito e na Babilônia
(fermentadas e baixo teor)
Idade Média: árabes- destilação
Idéia do álcool como remédio, elixir
Whisky- “água da vida”
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
FONTES E USOS
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
FONTES E USOS
1935- fundação dos “Alcoólicos Anônimos”
1951- OMS admite alcoolismo como
problema médico
1965- alcoolismo reconhecido como
doença psiquiátrica pela American
Colonos americanos: cerveja (90%) e vinho
(5%)
1725: aumento do consumo de bebidas
destiladas
1789: movimento de oposição ao consumo
indiscriminado e excessivo- Oitava Emenda
Constitucional dos EUA
1934: Vigésima Primeira Emenda anulou a
oitava
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
FONTES E USOS
Psychiatric Association
Brasil: com a chegada dos portuguesesvinhos, cervejas, aguardentes e outros
destilados (“água de fogo”)
Senhores de engenho e fazendeirosofereciam aguardente aos escravos para
fins terapêuticos e em festas
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS NO BRASIL
.10-15% - usam em excesso
. terceira maior causa de ausência no trabalho
. oitava causa de concessão auxílio- doença do
INSS
. 50% acidentes de trânsito motoristas/pedestres
. 40% ocorrências policiais
. 60% internações hospitais psiquiátricos
. perda financeira de 5,4 % PIB (R$ 19 bilhões)
FONTES E USOS
Concentração de álcool nas bebidas
varia:
cerveja .......3,2 a 4,0%
vinhos........9 a 13%
destiladas.........38 a 54%
1
23/11/2011
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
TOXICOCINÉTICA
TOXICOCINÉTICA
Absorção: simples difusão
-
-
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
5 a 10 min. ................detectado no sangue
30 a 60 min........pico máximo de absorção
6 a 9 horas ...............totalmente eliminado
Hidrossolúvel
Baixo peso molecular
Estômago (20%) e
Intestino (80%)
Vapores podem ser
aspirados
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
45 g etanol
120 ml aguardente
estômago
vazio
estômago
cheio
0,6-1,0 g/L
0,3-0,5 g/L
1200 ml cerveja
estômago
vazio
0,4-0,5 g/L
estômago
cheio
0,2-0,3 g/l
Limite máximo permitido: Brasil 0,2 g/L
TOXICOCINÉTICA
-
Biotransformação hepática
Quantidade de álcool oxidada/ tempo é
proporcional ao peso do indivíduo
(fígado)
Distribuição
urina/sangue.................1,25
ar alveolar/sangue .....1/2100
saliva/sangue................1,20
soro/ plasma..................0,99
TOXICOCINÉTICA
BIOTRANSFORMAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
Sangue > cérebro > rins > pulmões > coração > paredes
intestinais > músculos > fígado.
Sangue/ ar alveolar = 2.100
BIOTRANSFORMAÇÃO
NAD
NADH2
Álcool desidrogenase (AD) – 80 a 90 %
MEOS (CYP 2 E 1) – 10 a 20 %
Catalase 1 a 5 %
2
23/11/2011
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
TOXICOCINÉTICA
-
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
TOXICOCINÉTICA
Segunda fase:
aldeído acético forma acetil-coenzima A (a
partir do acetato) por ação de uma aldeído
desidrogenase da fração microssomal.
Excreção em maior proporção na urina
Fração de 2 a 10% não oxidada é
excretada pelos rins e pulmões mas,
pode ser encontrado no suor e saliva
1 g álcool libera 7 cal
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
TOXICODINÂMICA: DEPRESSOR DO SNC
- efeito fluidificante que altera as
funções específicas das membranas
(receptores de neurotransmissores,
enzimas, cadeia de transporte
mitocondrial, canais iônicos)
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
TOXICODINÂMICA
Inibição de neurônios glutaminérgicos (estímulo
na ingestão crônica??)
Estímulo da transmissão serotoninérgica (no uso
crônico
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
TOXICODINÂMICA
Etanol aumenta a inibição sináptica
mediada pelo GABA e pelo fluxo de
cloreto
EFEITOS NOCIVOS
TOXICIDADE AGUDA
TOXICIDADE CRÔNICA
Sistema Dopaminérgico: aumento de dopamina
extracelular
Estímulo do sistema opióide (aumento de βendorfinas)
3
23/11/2011
ÁLCOOL ETÍLICOintoxicação aguda
DEPRESSOR do SNC
Efeitos iniciais:
Sedação, diminuição da ansiedade, fala
pastosa, ataxia (falta de coordenação de
movimentos), prejuízo na capacidade de
julgamento, desinibição, incoordenação
muscular..
Efeitos avançados: insensibilidade dolorosa,
disartria (incapacidade de articular as
palavras), incoordenação muscular grave,
inconsciência, baixa temperatura e circulação.
Coma e morte
ÁLCOOL ETÍLICOintoxicação aguda
Alterações metabólicas:
- esteatose, cetoacidose alcoólica,
hiperlipemia, desidratação, hipoglicemia
e alterações eletrolíticas.
Alterações do comportamento, funções
cognitivas e motoras variam
ÁLCOOL ETÍLICOintoxicação crônica
45 g etanol
120 ml aguardente
estômago
vazio
estômago
cheio
0,6-1,0 g/L
0,3-0,5 g/L
1200 ml cerveja
estômago
vazio
0,4-0,5 g/L
estômago
cheio
0,2-0,3 g/l
0,5 g/L- prejuízo na capacidade de julgamento e
crítica
1,0 g/L- prejuízo na coordenação motora
5,0 g/L- morte por depressão do centro respiratório
ÁLCOOL ETÍLICOintoxicação crônica
Neurológicas: demência (perda da capacidade
cognitiva), neuropatia periférica,
encefalopatia, delirium tremens
Gastrintestinal: úlceras gástricas, pancreatite,
hepatite, cirrose (irreversível), esteatose
(reversível, cetoacidose, hiperlipemia)
Desnutrição
Cardiovascular: aterosclerose,
miocardiopatia, hipertensão
Endócrina: diminuição da libido,
impotência, esterilidade
Câncer: cavidade oral, esôfago, fígado.
4
23/11/2011
SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL
ÁLCOOL ETÍLICOintoxicação crônica
SAF
Dermatológica: rubor facial, hiperemia
conjuntival, edema das pálpebras,
eritema palmar.
Hematológica/imunológica:
leucopenia, alterações da coagulação,
aumento de infecções
. Sindrome específica, mas variável que aparece em alguns recémnascidos na exposição intra-uterina a níveis elevados de álcool.
Traços constantes: pequena fissura palpebral, espaço entre o nariz e
os lábios mal formado, lábio superior fino, queixo pequeno.
Anormalidades no crescimento: recém-nascidos de baixo peso e
estatura (persiste no crescimento).
Desenvolvimento anormal do SNC: moderado retardo mental (QI médio
de 68), microcefalia, irritabilidade intensa na infância.
Alta incidência de doença cardíaca congênita (10%).
Aumento de abortos e de natimortalidade
Sintomas de síndrome
de abstinência
ÁLCOOL ETÍLICO- ETANOL
Inicia algumas horas após a ingestão e
dura de 5 a 7 dias
Ansiedade, tremores, dificuldade para
dormir e desconforto gastrintestinal.
Irritação e agitação, sudorese, febre,
taquicardia, aumento da pressão
arterial, náuseas, vômitos. Convulsões,
TOLERÂNCIA E SÍNDROME DE
ABSTINÊNCIA
Ingestão Crônica pode levar à tolerância.
* Fenômenos complexos
delirium tremens
Tratamento da intoxicação
aguda
Manter paciente aquecido e em
repouso;
Oxigenoterapia e respiração artificial;
Glicose IV;
Emese;
Cafeína (estimulante SNC).
Tratamento da intoxicação
crônica: dependência
Medicamentos (Tratamento
farmacológico)
Dissulfiram (Antabuse): inibe a aldeído
desidrogenase
Tratamento psiquiátrico/psicológico;
Tratamento ambulatorial;
Alcoólicos anônimos (AAA) e A-ANON
(familiares)
5
Download

Bebidas alcoólicas