Título: Identificação e prevenção de acidentes causados pelo inseto Lonomia obliqua
no norte do Rio Grande do Sul.
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Lisete M. Lorini; [email protected] 2Queila P. Stangherlin; 2Silvio Concolato Junior.
Prof. Orientador, 2Acadêmicos, C. Ciências Biológicas, Instituto de Ciências Biológicas,
Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS. Brasil.
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Área temática: Compromisso ambiental e desenvolvimento sustentável
Resumo O inseto Lonomia obliqua possui no seu ciclo de vida a fase de larva conhecida
popularmente como “taturana”. Esta possui ocorrência expressiva no sul do Brasil com
acentuado aumento populacional no norte do Rio Grande do Sul desde 1990. As larvas
possuem cerdas em todo o corpo contendo uma toxina potente, liberada quando o inseto
entra contato com a pele humana. Foram registrados centenas de acidentes hemorrágicos,
com vários óbitos, nos municípios do norte do Estado. Pela gravidade dos acidentes
provocados por este agente etiológico, a Universidade de Passo Fundo investiu em
pesquisas sobre o comportamento do inseto e na orientação às comunidades mais
atingidas. Acompanhou-se a ocorrência do inseto nos últimos cinco anos na região norte do
Rio Grande do Sul. Foram coletadas lagartas do inseto nas plantas hospedeiras e
acompanhou-se em laboratório o ciclo de vida até a fase adulta. Uma parte destas larvas foi
utilizada em pesquisas sobre o comportamento do inseto e outras foram conservadas em
álcool 70% para se elaborar Kits didáticos com o ciclo de vida para melhor divulgar
informações para a população. Obteve-se como resultados a ocorrência da espécie em 83
municípios da região norte, com 9.375 lagartas coletadas em plantas hospedeiras,
principalmente o plátano, pereira e ameixeira, em parques arborizados, praças e pomares
domésticos, Trabalhou-se com as comunidades do meio rural mais atingidas pelo inseto, por
meio de palestras, minicursos e oficinas específicas. Participou-se de eventos de extensão
na área da saúde e, nas escolas da região, com a distribuição dos Kits didáticos divulgando
informações sobre a identificação e os locais de maior ocorrência do inseto.
Palavras-chave: Erucismo, Lagarta urticante, Acidentes hemorrágicos, Orientações.
INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA
Lonomia obliqua é um inseto que ocorre, preferencialmente, na Região Sul do Brasil.
A larva desse lepidóptero possui uma toxina em seus escolos e cerdas que, em contato com
a pele dos seres humanos, tem provocado inúmeros acidentes hemorrágicos (Duarte et al.,
1990). A fase larval é desenvolvida durante os meses da primavera e verão, favorecendo o
contato com a população. Estudos sobre a biologia e morfologia da espécie têm esclarecido
a respeito da duração das fases do seu ciclo de vida, bem como apontado os diferenciais
que identificam a larva, a qual tem se caracterizado como um problema de saúde pública.
Nas últimas décadas, o avanço do desmatamento, para a instalação de lavouras extensivas,
provavelmente, alterou o habitat natural da lagarta, reduzindo assim o número de seus
inimigos naturais e favorecendo a sua aproximação com os seres humanos(LORINI:
CORSEUIL, 2001; LORINI et al, 2004; 2007).
Por só ter apresentado importância na área médica na década de 1990, a literatura
sobre L.onomia obliqua é ainda restrita. As principais citações referem-se, principalmente, à
evolução taxonômica, com a distribuição geográfica e os locais onde foram obtidos os
exemplares identificados. Pesquisas recentes relatam sobre as propriedades da toxina
presente nos escolos e cerdas das larvas da espécie. A taxonomia do grupo sofreu
modificações ao longo do tempo, propiciando o aparecimento de várias sinonímias. O
gênero Lonomia apresentou uma série de alterações e diferentes trabalhos sistemáticos já
foram descritos (DUARTE et al. 1990; LORINI, 1999 LORINI : CORSEUIL, 2001).
Lemaire (1972a) publicou descrições preliminares de seis novas espécies do gênero
Lonomia, encontradas nas Américas Central e do Sul e, entre elas, a L. obliqua. O autor
(1972b) apresentou a revisão do gênero Lonomia, referindo a posição sistemática,
distribuição geográfica e morfologia externa dos adultos de L. obliqua. Também registrou a
existência de 26 espécies do gênero Lonomia, sendo oito pertencentes ao subgênero
Lonomia e as demais ao subgênero Periga. Estudos mais recentes apresentados por
Lemaire (2002), indicam uma nova distribuição para o gênero Lonomia, relacionando então
dez espécies.
O gênero Lonomia está geograficamente distribuído nas Américas Central e do Sul e
no México. A espécie L. obliqua é endêmica na região que abrange o leste da Bahia ao Rio
Grande Sul e Uruguai. Ela se distribui pelos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais (Lemaire 1972; Lemaire,
2002).
Apesar de já existirem registros de acidentes hemorrágicos por contato com lagartas
gregárias, desde o início do século passado, em Minas Gerais (Alvarenga, 1912), foi a partir
de 1989 que os casos com as larvas de L. obliqua se acentuaram. O fenômeno adquiriu
dimensões epidêmicas na Região Sul do Brasil, principalmente no norte do Rio Grande do
Sul e no oeste de Santa Catarina, atingindo também os estados do Paraná e São Paulo. A
espécie L. obliqua apresenta maior densidade populacional no Rio Grande do Sul e em
Santa Catarina (Duarte et al., 1990).
Os sintomas de alteração na coagulação sangüínea e a morte de pessoas pelo
contato acidental com as larvas são registrados apenas com duas espécies do gênero
Lonomia. Na Venezuela, Arocha-Piñango & Layrisse (1969), foram os primeiros a
registrarem os acidentes hemorrágicos com vítimas fatais, pelo contato com a substância de
ação fibrinolítica, presente nos escolos e nas cerdas da larva de L. achelous. No Brasil, os
primeiros relatos de acidentes, com vários óbitos causados pela mesma espécie, ocorreram
no estado do Amapá (FRAIHA NETO et al., 1985). A situação se repetiu, em 1989, no Rio
Grande do Sul e em Santa Catarina, com Lonomia obliqua, onde foram registrados quatro
óbitos (DUARTE et al., 1990).
De acordo com a intensidade dos distúrbios hemostáticos, os acidentes causados
pelo contato com as larvas de L. obliqua podem ser classificados em três níveis: leve,
moderado e grave. As manifestações no organismo geralmente estão relacionadas à
intensidade do contato, ao número de insetos envolvidos e ao instar em que essas larvas se
encontram. Os pacientes acidentados podem apresentar queimaduras na área do contato,
seguidas por eritema, edema, bolhas, dor de cabeça, náuseas e vômitos. As hemorragias
podem surgir espontaneamente, no período de 1 a 72 horas após o contato, quando se
instala um quadro de discrasia sangüínea, com o aumento do tempo de coagulação, até
tornar-se incoagulável. Nos casos mais graves, pode ocorrer hemorragia no sistema
digestório, nos pulmões ou intracraniana, insuficiência renal aguda e complicações que
podem levar a vítima ao óbito (DUARTE et al., 1990; DUARTE et al., 1994; KELEN et al
1995).
Em 1995, foi registrado o primeiro grande avanço no bloqueio da toxina e na
recuperação de vítimas dos acidentes com L. obliqua com a descoberta, pelo Instituto
Butantan, em São Paulo, do soro antilonômico, disponibilizado em 1996 para outras cidades
do Brasil. O soro produzido através da imunização de cavalos, a partir do extrato bruto das
cerdas das lagartas de L. obliqua, consegue interromper a ação do veneno no corpo das
vítimas, reconhecendo todos os componentes responsáveis pelo acidente, e facilitar o
tratamento das mesmas. Para a elaboração do soro, as cerdas são removidas através do
corte na base, junto ao corpo das lagartas, que devem ser previamente anestesiadas em
nitrogênio líquido. As cerdas são maceradas em solução tampão sobre gelo, a mistura é
centrifugada e o extrato sobrenadante separado e armazenado a -20oC . A soroterapia vem
sendo adotada em hospitais de cidades brasileiras onde são registrados acidentes com esta
espécie. O soro é administrado aos pacientes conforme a classificação da gravidade do
acidente (SILVA et al., 1996).
As
lagartas
são
polífagas,
alimentando-se
de
várias
espécies
vegetais,
preferencialmente de Platanus acerifolia (plátano), Pyrus communis (pereira) e Prunus
domestica (ameixeira) O mesmo autor registrou outras espécies vegetais que as larvas se
alimentaram, porém, com menor intensidade, como cedro (Cedrela fissilis), eritrina (Erytrina
crista-galli), figueira (Ficus carica), seringueira (Ficus elastica), figueira do mato (Ficus
subtriplinervia), abacateiro (Persea gratissina), pessegueiro (Prunus persica), goiabeira
(Psidium guayava), araticum (Rollinia emarginata) e ipê roxo (Tabebuia pulcherrima). A
similaridade das larvas de L. obliqua com as de outros lepidópteros criou uma grande
demanda por esclarecimentos sobre o fenótipo do inseto e o conhecimento de sua biologia.
As larvas são gregárias, mimetizando-se no tronco das plantas hospedeiras favorecendo
assim, os acidentes com as pessoas. Estudos iniciais indicavam que a distribuição
geográfica do inseto parecia estar restrita a áreas rurais e regiões de maior quantidade de
fragmentos florestais, voltado para a instalação de lavouras extensivas (LORINI, 1999;
LORINI : CORSEUIL, 2001; LORINI et al. 2004). ,
Como toda a espécie, esse inseto está inserido na cadeia biológica natural, existindo,
portanto, inimigos que provocam a redução de sua população. Na natureza, destaca-se
relativa quantidade de inimigos naturais de L. obliqua, A interferência humana agressiva ao
meio ambiente, nos últimos cinquenta anos, como o desmatamento, queimadas, o uso de
agroquímicos e introdução de espécies exóticas, teve efeito devastador sobre a fauna e
flora. Isso tudo, provavelmente, tenha alterado o hábitat natural da larva, reduzindo assim o
número de seus inimigos naturais e favorecendo a sua aproximação com os seres humanos
(LORINI,1999 ). Estudos registram que a redução da área de ecossistemas florestais, ou
simplesmente a fragmentação de florestas, resultam no aumento do contingente
populacional de pragas. Nas regiões de ocorrência de L. obliqua, foi muito intenso o
desmatamento para a expansão da agricultura e da pecuária, restando fragmentos de
florestas secundárias, de campos e de vegetação ciliar descontínua.
O perigo que esta espécie representa à população humana é enorme e o restabelecimento
das condições de equilíbrio biológico natural deve ser priorizado, assim como o
mapeamento de risco nos locais de ocorrência, bem como o investimento em pesquisas
com o inseto e com a toxina produzida pelo mesmo. Os agentes de controle biológico
natural, sua dispersão e abundância necessitam ser definidos para ações de retorno dessa
espécie ao equilíbrio ecológico e salvaguardar a população humana dos acidentes.
Objetivou-se estudar o comportamento de L. obliqua, as interações da mesma com o
ambiente, procurando reduzir a população do inseto e minimizar os acidentes, preservando
a saúde das pessoas, ampliando a divulgação dos resultados obtidos e intensificando as
informações às comunidades de localidades mais suscetíveis a ocorrência da espécie.
METODOLOGIA
Os estudos com o inseto L. obliqua, vem sendo desenvolvidos pelos pesquisadores da
Universidade de Passo Fundo a mais de dez anos. Neste trabalho, acompanhou-se a
ocorrência do inseto nos últimos cinco na região norte do Rio Grande do Sul. Foram
coletadas lagartas do inseto na natureza, nas suas plantas hospedeiras. Acompanhou-se
em laboratório a continuidade do ciclo de vida, alimentando as larvas com as folhas da
planta hospedeira, até atingirem a fase adulta (mariposas). Uma parte destas larvas foi
utilizada em pesquisas sobre o comportamento do inseto e outras foram conservadas em
álcool 70% para se elaborar Kits didáticos com todo o ciclo de vida, para serem utilizados na
identificação da espécie e melhor orientar a população. Foram feitas visitas na zona ruralno campo com observação das plantas hospedeiras, em áreas urbanas-nas praças e
pomares domésticos e em parques arborizados. Trabalhou-se com as comunidades mais
atingidas por meio de palestras, minicursos e oficinas específicas. Participou-se de eventos
de extensão na área da saúde e, nas escolas da região, com a distribuição dos Kits
didáticos divulgando informações sobre a identificação e os locais de maior ocorrência do
inseto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como resultados, obteve-se a ocorrência da espécie em 83 municípios da região norte do
Rio Grande do Sul, com 9.375 lagartas coletadas tanto em plantas frutíferas como em
outras como: plátano (Platanus acerifolia), pereira (Pyrus communis) ameixeira (Prunus
domestica), cedro (Cedrela fissilis), eritrina (Erytrina crista-galli), figueira (Ficus carica),
seringueira (Ficus elastica), figueira do mato (Ficus subtriplinervia), abacateiro (Persea
gratissina), pessegueiro (Prunus persica), goiabeira (Psidium guayava), araticum (Rollinia
emarginata) e ipê roxo (Tabebuia pulcherrima). As espécies vegetais preferidas pelas
lagartas em laboratório foram o plátano a pereira e a ameixeira. O registro da diversidade de
hospedeiros indica uma grande facilidade de adaptação a diferentes grupos vegetais
relacionando-se esta espécie como polifitófaga a exemplo de outras mais estudadas, como
Hylesia lineata que é polifitófaga e da mesma família (JANSEN, 1984). A maioria das
lagartas foi coletada em árvores junto às pequenas propriedades na zona rural e também
em pomares domésticos, Foi observado o comportamento gregário das lagartas,
locomovendo-se sempre em fila indiana, tanto na natureza como em laboratório. Essa forma
gregária que apresentam facilita, na natureza, os acidentes de contato nas pessoas por um
grupo maior de lagartas. Esse comportamento corrobora com o estudo de Specht et al
(2006), com lagartas de Hylesia nigricans da mesma família de L. obliqua.
Trabalhou-se ainda, no atendimento às comunidades mais atingidas por meio de palestras,
minicursos e oficinas específicas. Participou-se de vários eventos de extensão na área da
saúde nos municípios da região como também ministrando cursos e palestras em encontros
estaduais e nacionais. Nas escolas estaduais e municipais do norte do estado foram
distribuídos Kits didáticos contendo as fases ilustradas do ciclo de vida do inseto junto com
fôlder explicativo, divulgando informações sobre a identificação correta da espécie e os
ecossistemas de maior ocorrência do inseto.
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Artigo Inseto Lonomia obliqua-Jornada Mercosul Lisete UPF-2014