MODELAGEM COMPUTACIONAL COMPUTACIONAL DE CÉLULAS FOTOV FOTOVOLTAICAS OLTAICAS Maria Leonor Silva de Almeida Pollyanna Rodrig Rodriguues es José Roberto Camacho Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Engenharia Elétrica, NERFAE, Uberlândia MG [email protected] [email protected] [email protected], [email protected], [email protected] Resumo – Este artigo descreve um sistema de mode modelagem lagem computacional capaz de simular o comportamento das células fotovoltaicas em diversas condições de operação. operação. Seu principal objetivo é apresentar a interface gráfica desenvolvida demonstrando sua aplicação prática no estudo de células solares a semico semicondutores ndutores ndutores. O sistema pode ser utilizado para análise de células ou módulos fotovoltaicos e também, no desenvolvimento das mesmas mesmas. Palavras Palavras-Chave Chave - Células Fotovoltaicas, Modelagem Computacional, módulo Fotovoltaico. COMPUTATIONAL MODE MODELING LING OF PHOTOVOLTAIC CELLS Abstract – This paper presents a computational modeling tool that is able to simulate the behavior of PV cells in several operational conditions. The main objective is to present a graphical interface built to demonstrate its practical application to researches on semiconductor based solar cells. The system can be used in the analysis of photovoltaic cells and modules or in the design of real cells cells. 1 Keywords - Computational omputational modeling modeling,, photovoltaic module, Solar olar cells. I. INTRODUÇÃO O efeito fotovoltaico consiste na geração de uma diferença de potencial elétrico através da radiação solar. solar. Ele ocorre quando fótons (energia que o sol carrega) incidem sobre átomos de matérias semicondutores, provocando a emissão de elétrons, gerando corren corrente te elétrica. Este processo não depende da quantidade de calor, pelo contrário, quanto maior a temperatura a qual a célula esta submetida menor o seu rendimento, e sim, da intensidade luminosa que incide sobre a célula. As células fotovoltaicas, dispositivo dispositivoss utilizados para a geração de energia elétrica a partir da energia solar, se baseiam nesse princípio para o seu funcionamento. Os sistemas fotovoltaicos têm sido cada vez mais utilizados na geração de energia devido à necessidade de muitos países de diversificarem diversificarem sua matriz energética, energética, aalém lém da crescente preocupação com as catástrofes ambientais que têm afetado todo o planeta e os avanços tecnológicos que os tornaram mais viáveis técnica e economicamente. No mundo todo, há 3,2 GW instalados de geração fotovoltaica. O potencial brasileiro é ainda maior – estimado fotovoltaica. em 10 GW para sistemas conectados à rede elétrica ––,, mas hoje é subaproveitado. Alguns países como a Alemanha e o Japão, têm aumentado exponencialmente seus investimentos nesse setor na última déca década. da. Com uma média anual de 140 dias de sol – exatamente a metade da brasileira –,, a Alemanha já é líder mundial em energia fotovoltaica, que transforma a radiação solar em eletricidade. Estima-se Estima se que o setor faturou cerca de 5,7 bilhões de euros somente no ano de 2008. Portanto, o objetivo dessa pesquisa foi desenvolver um estudo a respeito do comportamento de células fotovoltaicas com base nas propriedades físicas dos materiais que a constituem, visando como resultado final a criação de uma interface gráfi gráfica ca que simulasse esse comportamento de forma simples e eficaz. Contribuindo assim, para os avanços nas pesquisas a respeito desses sistemas que têm um grande potencial de desenvolvimento principalmente no Brasil. II. PRINCÍPIO DE FUNCION FUNCIONAMENTO AMENTO O material semicondutor mais utilizado na fabricação de células sola solares res é o Silício (Si) que faz parte da família IV IV--A da tabela periódica dos elementos caracterizando-se caracterizando se por possuir quatro elétrons na camada de valência [1]. [ ]. NA construção das células esse elemento bbase ase é dopado de um lado por elementos da família V V-A A e do outro por elementos da família III III-A, A, de acordo com a Figura 1. Fig. 11. Célula fotovoltaica Quando se introduzem elementos com cindo elétrons na camada de Valência (família V V-A) A) haverá um elétron elétron em excesso que não poderá ser emparelhado e que ficará fracamente ligado ao a seu átomo de origem. Isto faz com que, com pouca energia, este elétron se torne livre, indo para a banda de condução. Assim, forma forma--se se p semicondutor tipo N ou doador de elétron. elétron Já, quando se inserem elementos com três elétrons na camada de valência (família III--A) A) haverá a falta de elé elétron trons para fazer a ligação com os átomos de Silício (Si). Essa ssa falta de elétrons é chamada lacuna. lacuna Esse excesso de lacunas faz com que com pouca energia um elétron vizinho possa ocupar essa posição. Desse modo, forma forma-se o semicondutor tipo P ou aceitador de elétrons. A célula exposta ao sol é bombardeada em média por 4*107 fótons por cm2, porém a quantidade de fótons que participarão efetivamente da geração de energia elétrica depend dependerá erá da energia de cada um deles [44]. Os fótons fótons que possuírem energia inferior a um limite, conhecido por limiar fotoelétrico, não conseguirão arrancar um elétron da camada de valência do átomo, contribuindo apenas para o aquecimento da célula [[7]. ]. Os fótons que conseguirem atingir a célula arrancarão um elétron da camada de valência do átomo lançandolançando-o o para a camada de condução do mesmo como escrito em [[6]. ]. Quando ocorre esse efeito de liberação de um elétron e conseqüen conseqüente te criação de uma lacuna, se diz que houve a geração de um par elétron elétron-lacuna. A única forma de haver a geração de corrente é quando a formação do par elétron elétron-lacuna lacuna ocorre na camada de depleção do lado P ou N. a camada de depleção funciona como um dipolo dipolo.. Portanto, um elétron na camada de condução será atirado para o semicondutor tipo N, da mesma forma que uma lacuna para o semicondutor tipo P. Com o aumento dos elétrons no semicondutor tipo N e das lacunas no semicondutor tipo P, quando colocarmos uma carga carga entre contatos ligados ao lado N e P haverá a circulação de elétrons do lado N para o lado P na tentativa de equilibrar as cargas dos dois lados. Esse processo caracteriza o que se chama de corrente elétrica [[3 3]. III. DESCRIÇÃO TEÓRICA E ANÁLISE DAS RESIST RESISTENCIAS ENCIAS INTERNAS DA C CÉLULA ÉLULA Teoricamente a célula pode ser representada pelo circuito da Figura 2, no qual há uma fonte de corrente que representa a fotocorrente gerada pelo efeito fotovoltaico, e um diodo que representa a corrente reversa de saturação ou corrente corrente intrínseca que se opõe a fotocorrente e causa perda de eficiência na célula. 1 W Dp Wp 1 D + I 0 = q. A.ni2 . . n . coth . . coth n (1) Lp Na τ n Ln N d τ p Onde: Io - Corrente reversa de saturação (A). 19 q - Carga do elétron (1,602177* (1,602177*10-19 C). 2 A - Área da célula fotovoltaica (cm ). ni - Concentração intrínseca do semicondutor (átomos/cm2). Na - Concentração de impurezas aceitadoras (átomos/cm2). Nd Concentração de impurezas doadoras (átomos/cm2). Dn - Constante de difusão do elétron. Dp - Constante de difusão da lacuna. ζn - Tempo de vida do portador minoritário (elétron). ζp - Tempo de vida do portador majoritário (lacuna). Wn - Comprimento da camada de depleção no semicondutor tipo N (nm) (nm). Wp - Comprimento da camada de depleção no semicondutor tipo P (nm) (nm). Ln - Distância percorrida pelo elétron no semicondutor tipo P (nm) Lp - Distância percorrida pelo elétron no semicondutor tipo N (nm) (nm).. A fotocorrente é a soma das correntes geradas do lado N e do lado P na camada de depleção. Assim, conforme a Equação 2, nota nota-se se que a fotocorrente é dada dada pela soma das correntes que surgem do lado p e do lado n da junção [44]. (2) I ph = I n + I p Onde: Iph In Ip - Fotocorrente. - Fotocorrente gerada no semicondutor tipo N (A) (A).. - Fotocorrente gerada no semicondutor tipo P (A) (A). As Equações 3 e 4 mostram como são obtidas essas correntes de cada lado da camada de depleção. q. A.α .N f .Ln In = α 2 Ln 2 − 1 W p Dn Wp + + (αDn − S n ) e − αW p senh S n cosh (3) Ln Ln Ln . W W p Dn p + S n .senh cosh L L L n n n Fig. 2.. Modelo elétrico de uma célula ideal Na modelagem feita nesse trabalho, existem duas variáveis que independem da carga que a célula alimenta, ou seja, são constantes que podem ser determinadas a partir das propriedades dos materiais que compõem a célula. Essas variáveis, conhecidas por fotocorrente (Iph) e corrente corrente reversa de saturação (Io), dependem diretamente das características dos materiais utilizados utilizados, sendo altamente influenciadas pela concentração dos dopantes utilizados [55]. A corrente reversa de saturação pode ser calculada pela Equação 1 [[4].. W Wn D p S p cosh + senh n + αD p − S p e − αWn (4) Lp L L q. A.α .N f .L p p p . Ip = 2 2 W Dp W α Lp − 1 n+ n S . senh cosh p Lp Lp Lp ( Onde: q A Nf α 19 - Carga do elétron (1,602177* (1,602177*10-19 C). 2 - Área da célula fotovoltaica (cm ). - Número de fótons. - Constante de absorção do material. material ) Ln - Distância percorrida pelo elétron no semicondutor tipo P (nm). Lp - Distância percorrida pelo elétron no semicondutor tipo N (nm). Sn - Velocidade de recombinação superficial no semicondutor tipo N (nm/s). - Velocidade de recombinação superficial no Sp semicondutor tipo P (nm/s). Wn - Comprimento da camada de depleção no semicondutor tipo N (nm). Wp - Comprimento da camada de depleção no semicondutor tipo P (nm). Dn - Constante de difusão do elétron. Dp - Constante de difusão da lacuna. Em células reais existem resistências internas que não são consideradas na descrição teórica da célula supracitada. Porém, elas são importantes no estudo desses dispositivos, pois dependendo dos valores que apresentem, em função do processo de fabricação, podem afetar sensivelmente o funcionamento das mesmas. Essas resistências são normalmente divididas em duas: uma em série e outra em paralelo, conforme a Figura 3. E, fazendo-se o ensaio em curto da célula, obtém-se o valor da corrente de curto circuito (short circuit) e, conforme a Equação 6, estima-se o valor da resistência série. Onde: Rs Rp Isc Iph Io q k T Onde: Rp Isc Iph Io q k T -resistência em paralelo ou shunt (ohm). -corrente de curto circuito (A). -fotocorrente gerada pela célula (A). -corrente reversa de saturação (A). -carga do elétron (1,602177.10-19 C). -constante de Boltzmann (1,381x 10-23 J/K). -temperatura (Kelvin). (5) 1 ! (6) - Resistência série (ohm). - Resistência em paralelo ou shunt (ohm). - Corrente de curto circuito (A). - Fotocorrente gerada pela célula (A). - Corrente reversa de saturação (A). - Carga do elétron (1,602177*10-19 C). - Constante de Boltzmann (1,381*10-23 J/K). - Temperatura (K). IV. INTERFACE GRÁFICA A criação da interface gráfica deu-se com a utilização do software MATLAB que simula o comportamento de células solares baseado nas propriedades físicas dos materiais que as constituem [2]. O diagrama da Figura 4 mostra um esquema simplificado da lógica de operação do programa desenvolvido [8]. Fig. 3. Resistências internas A resistência série surge devido ao contato dos elementos com a superfície de ambos os lados e terminais metálicos. Já a resistência em paralelo ou shunt surge principalmente devido a não linearidade da junção p-n e o encurtamento da camada de depleção com o passar do tempo. O método desenvolvido nesse trabalho estima o valor das resistências a partir dos ensaios a vazio e em curto da célula que são comuns em equipamentos elétricos, como transformadores. Assim, a partir do ensaio a vazio da célula, no qual é obtido o valor da tensão de circuito aberto (open circuit), estima-se o valor da resistência shunt de acordo com a Equação 5. Entrada de dados Resultados gráficos Processamento de dados Resultados numéricos Fig.4. Lógica de operação do programa Primeiramente, a partir de uma interface entre o usuário e o programa, são coletados dados referentes à célula em estudo. Esses dados são processados e então, fornecidos os resultados numéricos e gráficos. Esse fluxograma é o mesmo para a configuração de uma célula e de um módulo. A interface criada foi divida em cinco janelas que foram representadas como descrito abaixo: • • • • • Entrada de Dados Célula fotovoltaica Curva de operação da célula Módulo fotovoltaico Curva de operação do módulo A. Entrada de Dados A primeira tela vista pelo usuário ao iniciar o programa é chamada Entrada de dados, conforme a Figura 5. Essa tela tem a função de receber os parâmetros internos (construção da célula) e externos (condições de operação) fornecidos pelo usuário tais como: elementos químicos, intensidade luminosa, temperatura, área da célula, entre outros. Há três opções de material semicondutor que podem ser utilizadas: Silício (Si), Germânio (Ge) e Arsenieto de Gálio (GaAs). Além disso, observa-se que alguns valores default são fornecidos pelo programa caso o usuário não conheça algum deles. Ao escolher o elemento base que formará a célula surgirão opções de escolha dos elementos dopantes de acordo com o elemento base escolhido. Fig.5. Tela Entrada de dados. (1) Escolha do elemento base e (2) Escolha dos dopantes. B. Célula fotovoltaica Essa tela tem duas funções: mostrar os resultados para uma célula ideal e, após o usuário fornecer os valores da corrente de curto-circuito e da tensão a vazio da célula, fornecer os resultados para uma célula real, de acordo com a Figura 6. Nessa etapa são calculados e fornecidos os valores de tensão a vazio, corrente de curto circuito e a potência máxima que a célula pode fornecer, com os respectivos valores de tensão e corrente para esse ponto. O foco nessa etapa é mostrar as variações de tensão e corrente em pontos característicos da célula devido às perdas internas. Por fim, ao clicar na tecla Próximo o usuário terá a possibilidade de visualizar as curvas de operação descritas no item a seguir. Fig.6. Tela Entrada de dados. (1) Escolha do elemento base e (2) Escolha dos dopantes. C. Curva de operação da célula A Figura 7 ilustra a tela que permite traçar as curvas de operação da célula conhecidas como VI (Corrente versus Tensão) e PV (Potência versus Tensão). Inicialmente, ao abrir a tela, os gráficos estarão em branco e o usuário poderá traçar as curvas VI e PV clicando em um dos botões indicados na Figura 7. Além disso, ao traçar uma curva é acionado automaticamente o botão Data Cursor que permite obter os valores do eixo x e do eixo y em qualquer ponto das curvas. Por fim, essa tela possui um menu chamado FigureBar que permite edições gráficas, tais como: zoom e edições de texto. Depois, caso o usuário esteja interessado em estender o estudo feito em uma célula para um módulo (painel) fotovoltaico, ele pode clicar na tecla Próximo e entrar na tela de configuração do módulo. Fig.7. Tela Curva de operação da célula. (1) Traça a curva VI, (2) Traça a curva PV, (3) Data Cursor e (4) Menu FigureBar D. Módulo Fotovoltaico Essa interface tem o objetivo de dimensionar um módulo fotovoltaico a partir de um conjunto de células projetadas anteriormente. De acordo com a Figura 8 é necessário que o usuário estipule a quantidade de células que serão ligadas em série e em paralelo. Em caso de dúvida é possível fazer um teste com os valores default que são fornecidos pelo programa. Além disso, é importante observar que ao fazermos as conexões das células inserimos uma resistência de contato externa que depende do material utilizado na conexão, do seu comprimento e secção transversal. Assim o usuário deverá fornecer esses dados e também a insolação diária média no local em que será instalado o módulo. Esse dado é necessário para determinação da corrente diária provida pela célula. Feito isso, o programa estará pronto para estimar as características do módulo fotovoltaico ideal (sem as resistências internas) e real, indicadas na Figura 8. Ao clicar na tecla Próximo será aberta a última interface do programa que mostra os resultados gráficos para o modulo real e ideal. Fig.8. Fig.8. Tela Módulo Fotovoltaico. Fotovoltaico.(1) (1)Parâmetros Parâmetros de configuração do módulo e (2) (2)Parâmetros Parâmetros cara característicos erísticos do módulo ideal e real. E. Curva de operação do módulo Inicialmente ao abrir a tela os gráficos estarão em branco e o usuário poderá traçar as curvas VI V e PV, mostradas na Figura 9. Além disso, aao o tracejar uma das curvas, é aacionado cionado automaticamente o botão Data Cursor. Cursor. Esse botão permite que se percorra qualquer uma das curvas e fornece os valores das variáveis do eixo x e do eixo yy. Por fim fim, vale ressaltar que essa tela possui um menu chamado FigureBar que pe permite rmite edições gráficas, tais como: zoom e edição de texto, do mesmo modo que na Curva de operação da célula citada anteriormente. Fig. 99. Tela Curva de operação do módulo. (1) Traça a curva VI VI,, (2) Traça a curva PV, (3) Data Cursor e (4) Menu FigureBar V. RESULTADOS E DISCUSSÃO Inicialmente, foi feito um teste utilizando o semicondutor Silício (Si) como elemento base, de modo a mostrar a influência das resistências no comportamento da célula, além de validar o método comparando os resultados fornecidos pelo software com aqueles fornecidos pelo fabricante. Os dados de entrada estão apresentados na Tabela I. 400-700 2 Luminosidade [W/m ] 1000 Temperatura [K] 298.15 Espessura do semicondutor tipo N [nm] 0.2 Espessura do semicondutor tipo P [nm] 300 2 Área da célula [cm ] 100 Concentração do dopante tipo N [átomos/cm2] 5e14 Concentração do dopante tipo P [átomos/cm2] 1e13 A Tabela II mostra os resultados fornecidos pelo software. TABELA II Resultados do teste com a interface MCCF Parâmetros Célula Ideal Célula Real Resistência série [mΩ] 0 1,5699 ∞ 0,2280 Resistência shunt[Ω] AGRADECIMENTOS À FAPEMIG/UFU pelo apoio financeiro (Projeto C027/2008). TABELA I Dados de entrada Faixa do espectro analisado [nm] A análise dos efeitos das resistências internas sobre o comportamento da célula permite que se estime uma curva de operação da célula mais próxima daquela que se verifica no seu funcionamento em condições reais de operação. Assim, espera-se que a interface criada contribua no estudo desses dispositivos, auxiliando na análise e projeto de células e módulos fotovoltaicos. Corrente [A] 4,5514 2,5301 Tensão [V] 0,5440 0,5020 Potência máxima [W] Corrente de curto circuito [A] Tensão a vazio [V] 2,4759 1,2701 4,7670 4,8000 0,6236 0,6028 Os valores destacados em negrito são fornecidos pelo usuário. Nessa simulação, eles foram retirados dos dados de placa de um painel fotovoltaico do Laboratório de Eletricidade Rural e Fontes Alternativas de Energia. Observa-se que, o valor da corrente de curto-circuito e da tensão a vazio estimados pelo software são compatíveis com aqueles fornecidos nos dados de placa do painel. Além disso, nota-se uma queda grande no valor da potência máxima da célula. Isso ocorre porque quando a célula está operando com carga, considerando-se os efeitos das resistências internas, essa potência apresentará na prática valores bem menores do que aqueles calculados em condições ideais de operação. VI. CONCLUSÕES O estudo do comportamento de células fotovoltaicas através de ferramentas computacionais é de extrema importância para uma compreensão eficaz de seu comportamento possibilitando avanços no desenvolvimento dessa tecnologia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Brum, J. A. Ligação química em semicondutores. Campinas, 1983. Dissertação de Mestrado. Instituto de Física, Universidade Estadual de Campinas. [2] Hanselman, D. e Littlefield, B. MATLAB® 5 Versão do Estudante – Guia do usuário. São Paulo: MAKRON Books, 1999. [3] Mah, O. Fundamentals of Photovoltaic Materials. NSPRI - National Solar PowerReasearch Institute, Inc. 1998. Documento elétrônico disponível em: http://userwww.sfsu.edu/~ciotola/solar/pv.pdf. Acedido em 24 de março de 2008. [4] Matos, F. Modelamento computacional do comportamento de células fotovoltaicas baseado nas propriedades físicas dos materiais. Uberlândia, 2006. 125f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) – Faculdade de Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Uberlândia. [5] Messenger, R., Ventre J. Photovoltaic Systems Engineering. CRC Press , 2000. [6] Nelson, J. The Physics of Solar Cells. Uk : Imperial College, 2003. [7] Tipler, P. A. Physics for Scientists and Engineers. New York (USA): Worth Publishers, Inc., 1991. [8] Rodrigues, P., Camacho, J. R. Modelagem Computacional de Células Fotovoltaicas. Uberlândia, 2008. Relatório Final de IC – Faculdade de Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Uberlândia.