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Recursos digitais
no ensino da
educação visual
O Educação visual, 5.°/6.° anos
Equipa de autores do projeto
IMAGINARTE
Educação Visual, 5.°/6.º anos
César Figueiredo, Raquel Nery e Susana Leite
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DO projeto
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Recursos digitais
no ensino da
educação visual
O Educação Visual, 5.°/6.° anos
Na sociedade em que vivemos fortemente marcada pelas
tecnologias de informação e comunicação, presentes em
quase todas as nossas ações quotidianas, não podem as
escolas, nem os professores, ficar alheios a esta realidade. Daí
que se imponham mudanças na forma de ensinar e aprender.
Nesse sentido, é necessário que os professores tenham acesso
às TIC e que as saibam utilizar como novas ferramentas para
aprender e ensinar.
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Ao longo dos tempos têm-se verificado muitas mudanças. A sociedade em que
vivemos atualmente aposta numa geração marcada pelo conhecimento, pela
informação, e encontra-se profundamente ligada às novas tecnologias (Tecnologias
da Informação e Comunicação). As TIC estão presentes em quase todas as nossas
ações quotidianas, dando um novo sentido à forma como encaramos a vida,
principalmente para as gerações que nasceram no seio desta mudança.
A escola, como parte desta sociedade, não pode ficar alheia a esta realidade.
Acompanhando esta transformação que se opera na nossa sociedade, também
as metodologias, teorias de ensino e de aprendizagem precisaram de evoluir.
Assim é objetivo das escolas prepararem os seus alunos com capacidade para
serem autónomos, criativos, motivados, capazes de tirarem partido das TIC e de
utilizarem a informação e o conhecimento em proveito próprio e em benefício da
sociedade.
Sendo a disciplina de Educação Visual uma disciplina da área artística,
indispensável ao desenvolvimento da expressão pessoal, social e cultural do aluno
e necessária para desenvolver a criatividade e sentido crítico, apreendendo os
elementos disponíveis no universo visual, também os professores desta área não
podem ficar indiferentes a estas mudanças.
Trata-se aqui de rompermos com formas tradicionais do processo de ensino/
aprendizagem e aventurarmo-nos por opções didáticas/pedagógicas mais
audaciosas, mas também mais consonantes com a nova realidade.
Vivemos numa época em que diariamente consumimos um sem-número de
imagens, somos bombardeados com imagens cada vez mais complexas e
sofisticadas. As máquinas fotográficas digitais e os telemóveis vieram popularizar
a fotografia e contribuíram de certa forma para esse consumismo. Saber tratar,
aperfeiçoar e modificar imagens em softwares de edição é uma competência cada
vez mais valorizada e os programas de desenho em computador ampliam as
formas de criação. Por isso, não é de surpreender a enorme revolução na forma
como os artistas plásticos atuam. Presenciamos, nestes últimos anos, a afluência
de uma geração de artistas gráficos e ilustradores que se servem de grandes
variedades de técnicas digitais para consolidação dos seus trabalhos.
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Nesta perspetiva, é importante tomarmos consciência deste facto e mostrar aos
nossos alunos de que forma essas ferramentas têm sido usadas, não só pelos
artistas, mas também pela sociedade.
Nesta apresentação abordaremos algumas propostas de utilização de ferramentas
digitais. Desafiamos ainda os professores a explorarem e a utilizarem, na sua
prática diária de docência, estas ferramentas/recursos digitais com o propósito de:
• utilizar as TIC como meio de motivação para a lecionação dos conteúdos;
• recorrer às TIC como instrumentos de ensino/aprendizagem e como
estratégia em sala de aula para que os alunos aprendam os conteúdos e
desenvolvam determinadas capacidades, através de atividades propostas
pelo professor;
• utilizar as TIC na elaboração de materiais lúdicos e didáticos/pedagógicos;
• utilizar as TIC como resultado, solução e produto final de competências
adquiridas.
As ferramentas digitais são um excelente recurso que permitem ao professor
assumir um papel ativo na seleção e organização da informação. Permitem, por
outro lado, direcionar a sua atividade no sentido de guiar os alunos na construção
do seu conhecimento, estimulando-os a refletir e a resolver problemas de forma a
aprenderem a aprender. As TIC permitem ainda que o aluno seja mais autónomo
na construção do seu conhecimento evidenciando a sua evolução na aprendizagem.
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LISTA DE PROGRAMAS/SOFTWARE ÚTIL
➢ Windows Movie Maker (editor de
vídeo)
➢ Imovie (apple)
➢ Microsoft Office PowerPoint
(aplicação de apresentações)
➢ Adobe Photoshop (editor de
imagem)
➢ Adobe Illustrator (editor de
desenho)
➢ Corel Draw
➢ Paint
➢ Audacity (editor e gravador de
áudio livre)
http://audacity.sourceforge.net/
download/
➢ GIMP (editor de imagem gratuito)
http://www.baixaki.com.br/download/
gimp.htm
➢ Inkscape (editor de desenho
gratuito)
http://www.baixaki.com.br/download/
inkscape.htm
LISTA DE PROGRAMAS/FERRAMENTAS ONLINE
Aplicações de desenho online
http://www.queeky.com/app
http://mudcu.be/sketchpad/
http://sketchpad.io/sketch/?src=mudcube/1
http://www.onemotion.com/flash/sketch-paint/
http://artpad.art.com/artpad/painter/
Utilitários (gestores de cores)
http://mudcu.be/sphere/#
http://colrd.com/create/
Utilitário (criador de fontes)
http://fontstruct.com/
Utilitário (criador de ebooks)
http://www.myebook.com/
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PORTEFÓLIOS EDUCATIVOS DIGITAIS
Hoje fala-se frequentemente em portefólios digitais, os quais assumiram variadas
formas: ficheiros diversificados, PDF, Websites, etc; começam a surgir também em
contextos educacionais e escolares.
A elaboração de portefólios educativos em formato digital apresenta várias
características, das quais podemos e devemos tirar partido. Com um portefólio
digital, torna-se possível uma adoção mais integrada de uma abordagem multimédia,
nomeadamente através da possibilidade de integração de imagem estática, animada
ou vídeo, texto e som, a adoção de uma estrutura hipermediática na organização da
informação com recurso a hiperligações internas, entre diferentes documentos ou
mensagens de portefólios, ou externas para recursos disponíveis na web.
Consideramos que a criação de um portefólio educativo digital é uma mais valia
para o professor e para a sua atividade profissional. O portefólio digital permite ao
professor ter acesso a todos os seus ficheiros através de uma pen USB, CD ou
online, tornando-se hoje um recurso imprescindível para qualquer docente.
Portefólios eletrónicos
Como fazer?
Os portefólios existem há centenas de anos em suportes tradicionais. No entanto,
a adoção do suporte digital, possibilitada pela recente evolução tecnológica,
apresenta um conjunto alargado de vantagens, sobretudo associadas à facilidade
de atualização e de distribuição e à simplicidade de armazenamento e de
integração multimédia.
Num portefólio digital ou e-portefólio, todos os documentos estão em formato
digital e são ficheiros que se encontram armazenados em uma ou mais pastas. O
documento organizador do portefólio inclui uma série de hiperligações que
relacionam o enunciado das competências a desenvolver com as evidências e
reflexões que as demonstram.
Construção de um portefólio em PowerPoint
As aplicações de apresentação como o Microsoft PowerPoint permitem a criação
de hiperligações para outros documentos. Para criar um portefólio digital com esta
aplicação, deve:
1.Arranjar versões digitais de todas as reflexões e documentos que pretende incluir
no seu portefólio (utilize ficheiros de documentos, de fotografias digitais, clips de
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vídeo capturados com a máquina digital – que são mais fáceis de obter em formato
de ficheiro);
2.Organizar os documentos por pastas, de acordo com algum critério de
organização (por exemplo, uma pasta para as reflexões e outra pasta para as
imagens, etc.);
3.Criar no PowerPoint o documento organizador do seu portefólio (por exemplo,
a lista de itens no caso de um portefólio de avaliação ou o seu plano de
desenvolvimento pessoal e profissional);
4.Criar hiperligações que relacionem cada item com as reflexões associadas e os
documentos necessários.
5.Gravar todos os ficheiros e a estrutura de pastas (sem a alterar!!!) numa pen
USB ou num CD (ou DVD se o tamanho dos ficheiros utilizados o justificar).
Vantagens:
• Ao utilizar as ferramentas habituais, no desenvolvimento do seu portefólio, torna
mais fácil o seu desenvolvimento e atualização;
• Os ficheiros dos documentos ocupam muito menos espaço e são mais facilmente
transportáveis e copiáveis do que os seus originais.
Desvantagens:
• Não pode alterar a posição relativa dos ficheiros nas pastas, sob pena de as
hiperligações deixarem de funcionar;
• Se incluir no portefólio formatos de ficheiros pouco vulgares corre o risco de os
destinatários do seu portefólio não os conseguirem visualizar. Opte, sempre que
possível, pela utilização de formatos abertos que se conseguem visualizar
gratuitamente, como o PDF;
• Se não tiver o cuidado de fazer cópias de segurança periódicas, corre o risco de
perder toda a informação ou parte dela se ocorrer um problema técnico no
computador, disco rígido ou pen USB.
Portefólios eletrónicos com o moodle
Atualmente, todas as escolas públicas em Portugal têm acesso ao moodle, uma
plataforma eletrónica de apoio ao ensino e à aprendizagem. O moodle funciona
como um sítio da web, disponível 24 horas por dia e com o acesso protegido por
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senhas individuais, e encontra-se organizado por várias páginas que recebem o
nome de “disciplinas”.
Como fazer?
1.Deverá contactar o coordenador TIC da escola (ou o responsável pelo moodle)
para que:
a) seja criada uma conta de utilizador para si (login e password) no moodle da
escola (para poder entrar na plataforma);
b) seja criada uma “disciplina” (pelo menos) e lhe sejam atribuídos os privilégios
de professor (para poder editar livremente os seus conteúdos na mesma);
c) sejam inscritos nessa disciplina todos aqueles que irão ter acesso ao
portefólio (os pares, os mentores, os avaliadores...).
2. Deverá editar a “sua” disciplina, criando a estrutura de suporte ao seu portefólio.
Uma possível abordagem consiste em:
a) criação de uma pasta para onde vai transferir os documentos e as reflexões,
se optar por não as fazer utilizando as ferramentas do moodle;
b) produção e edição de documento(s) organizador(es) com hiperligações;
c) construção de um fórum de suporte às interações com aqueles que o vão
auxiliar na elaboração do seu portefólio.
Vantagens:
• Ao publicar o seu portefólio no moodle, este encontra-se permanentemente
disponível online, pelo que pode consultá-lo e atualizá-lo em qualquer computador,
com acesso à Internet;
• O seu portefólio está também disponível para os que a ele tiverem acesso,
independentemente da hora e do local onde se encontrem;
• Não precisa de aplicações no computador que utilizar, uma vez que o moodle
disponibiliza ferramentas para transferência de ficheiros, de edição de textos e
hipertextos e de comunicação.
Desvantagens:
• É necessária a utilização de um computador com acesso à Internet para editar
e/ou consultar o seu portefólio;
• O seu portefólio vai ficar associado a uma instituição específica.
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Construção de um portefólio eletrónico
com um blog
Uma das maneiras mais simples e poderosas de construir um portefólio eletrónico
é a utilização de um blog – uma ferramenta online que permite criar um conjunto
de páginas na web sem necessidade de utilizar software específico.
Como fazer?
Existem muitos serviços de criação de blogs na Internet. Para criar um e-portefólio
no Blogger (serviço gratuito de criação de blogs da Google), deve seguir os
seguintes passos:
1.Vá a http://www.gmail.com e inscreva-se para obter uma conta Google gratuita,
o que lhe dá acesso a vários serviços, entre os quais o Blogger;
2.
Vá a http://www.blogger.com e crie um blog gratuito. Pode torná-lo visível
apenas para si, partilhá-lo com todos ou apenas com algumas pessoas,
utilizando as configurações de acesso;
3.Inscreva-se num dos serviços online gratuitos de armazenamento e partilha de
ficheiros – Windows Live, SkyDrive ou Box.net – e crie uma conta;
4.Pode agora construir as suas reflexões, ilustrá-las com imagens fixas e vídeos
que transfere para o Blogger e (hiper)ligá-las a outros documentos que guardou
no SkyDrive ou Box.net.
Vantagens:
• Permite a utilização de etiquetas (tags) como descritores dos documentos
publicados (as etiquetas permitem formas de navegação não sequenciais);
• Confere uma dimensão social particularmente eficaz e poderosa pois permite,
através do sistema de comentários dos blogs, a leitura das entradas e comentários
por parte daqueles que têm acesso ao blog.
Desvantagens:
• Torna-se necessária uma ligação à Internet para atualizar e consultar um
portefólio publicado num blog. Se utilizar muitos produtos multimédia, torna-se
aconselhável a utilização de banda larga.
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Sobre portefólios consultar
http://www.digifolioseminar.org/
(Site do projeto “Digifolio – Digital Portfolio as a strategy for teachers’ professional development”)
http://docs.google.com/Presentation?docid=dcbrcd39_567hg9sfgdt&hl
(Questões sobre e-portefólios – um conjunto de perguntas e respostas em vídeo sobre este tema,
disponíveis em português.)
http://office.microsoft.com/pt-pt/powerpoint/default.aspx
(Site português do Microsoft Office Powerpoint.)
http://www.pdfonline.com/
(Conversor online gratuito de ficheiros em formato PDF. Acede-se ao endereço da Web, envia-se o
ficheiro que se quer converter e recebe-se em formato PDF numa mensagem de correio.)
http://web.educom.pt/moodlept
(Comunidade Moodle Portuguesa, onde pode encontrar um conjunto alargado de informações,
guiões e tutoriais de apoio à utilização do moodle.)
http://www.gmail.com
(Provavelmente o mais inovador e poderoso sistema de webmail, correio eletrónico pela web.)
Referências Bibliográficas
AFONSO, Cristovalina; LARANJEIRO, Adelina; SOUSA, Carlos. Portefólio, uma ferramenta
de apoio à reflexão continuada. Destacável Noesis, n.° 74.
BIAZUS, M. C. V. (2010). Interfaces digitais nas cartografias de si.
Revista PALÍNDROMO, Ensino da Arte, n.° 4.
GOMES, Maria João (2006). Portefólios Digitais: revisitando os princípios e renovando as
práticas. Atas do VII colóquio sobre questões curriculares, Universidade do Minho.
KATZ, R. N. (2008). The tower and the cloud: higher education in the age of cloud
computing. Educause.
Disponível em: <http://net.educause.edu/ir/library/pdf/PUB7202.pdf>
LEITE, L. S. (2008). Mídia e a perspectiva da tecnologia educacional no processo
pedagógico contemporâneo. In: FREIRE, W. (org.). Tecnologia e Educação: as mídias na
prática docente. Rio de Janeiro.
SANTOS, Humberto (2008). Portefólios Digitais como recurso e estratégia para o
desenvolvimento de competências. Tese de Mestrado para a obtenção do grau de Mestre
em Multimédia em Educação, Universidade de Aveiro.
WILEY, D. A. (1999). Learning objects and the new CAI: So what do I do with a learning
object?
Disponível em: http://wiley.ed.usu.edu/docs/instructarch.pdf
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