Relatório do Conselho de Administração sobre a execução orçamental
3.º Trimestre de 2015
O Conselho de Administração (CA) da Imprensa Nacional Casa da Moeda, S. A., (INCM)
apreciou os dados económico-financeiros referentes ao terceiro trimestre do ano corrente,
que revelam um lucro de 15 milhões de euros (era de 8,2 milhões de euros no segundo
trimestre), sendo de salientar que o EBITDA atingiu um valor de 24,4 milhões de euros
positivos (era de 13,7 milhões de euros no segundo trimestre).
Nos primeiros nove meses do ano, o volume de negócios cifrou-se em 68,8 milhões de
euros, dos quais 62,7 milhões de euros se referem à atividade corrente e 6,1 milhões de
euros à operação não corrente de venda de metal amoedado (Alcochete). O volume de
negócios regista, assim, um acréscimo de 7% comparativamente com o período
homólogo. Pese embora o volume de negócios registado no terceiro trimestre seja inferior
em 8% ao que foi previsto no PAO 2015, julga-se de salientar a recuperação significativa
face ao desvio de 18% que se verificava no segundo trimestre.
No desempenho específico da atividade corrente1 de cada uma das Unidades de
Negócio, importa referir para o período em análise o seguinte:
1

A Unidade Gráfica (UGF) contribuiu com 80% para o total da margem II2 da
empresa. No volume de vendas desta área de negócio verifica-se uma diminuição
de 1,7% face ao período homólogo. Relativamente à previsão de vendas (PAO
2015) regista-se uma taxa de realização de 93% (era de 89% no segundo
trimestre). Os desvios registados nos passaportes estrangeiros e nos diversos
cartões de identificação estão, sobretudo, relacionados com o projeto Cabo Verde
(passaporte, TRE e CNI) uma vez que a execução do contrato, que já data de
2011, não decorre conforme seria expectável e desejado, não obstante os
esforços da empresa3 para ultrapassar os constrangimentos que tendem a
persistir à sua concretização.

A Unidade de Moeda (UMD) contribuiu com 17% para o total da margem II da
empresa. No volume de vendas verifica-se um aumento de 21% face ao período
A atividade corrente contempla todas as hierarquias de produto com exceção das referentes a portes, refugos e matérias-primas
Margem II = Vendas - Custo Vendas - Desvios Produção - Outros Custos Diretos - Custos Indiretos Departamentos Produtivos
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No passado mês de julho foi já firmada uma adenda ao contrato, estendendo o prazo contratual, e foi autorizada despesa, por parte do
Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação de Cabo Verde, para contratação de técnicos adicionais para que a produção de
passaportes se inicie ainda este ano.
2
homólogo, contudo relativamente à previsão de vendas (PAO 2015) regista-se
uma taxa de realização de 78% (era de 51% no segundo trimestre). Este desvio,
face ao planeado, foi devido, essencialmente, à redução do volume de vendas, na
moeda corrente, e na moeda de coleção (moedas de ouro Rainha D. Isabel, 70
anos Paz Europa e Colchas de Castelo Branco). Contribuirá positivamente para o
aumento do volume de vendas, ainda no corrente ano, o contrato firmado com o
Banco Central de Timor-Leste para a produção de moeda corrente.

A Unidade de Publicações (UPB) contribuiu com 4% para o total da margem II da
empresa. O volume de vendas mantém-se a par do registado no período
homólogo. Relativamente à previsão de vendas (PAO 2015) regista-se uma taxa
de realização de 105% (era de 91% no segundo trimestre), resultante do volume
de faturação de anúncios ser superior ao planeado para este período.

A Unidade de Contrastaria (UCO) concorreu com uma margem II negativa de 1,5%
no total da empresa. No volume de vendas verifica-se uma diminuição de 4% face
ao período homólogo, mas relativamente à previsão de vendas (PAO 2015)
regista-se uma taxa de realização de 95% (era de 97% no segundo trimestre).
No que concerne aos custos com os Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) registouse uma variação de 8% face ao período homólogo, contudo, bastante inferior ao
acréscimo de 13% que se havia verificado no segundo trimestre. Igualmente positiva, e
de destacar, é a recuperação do desvio face ao PAO de 2015 no terceiro trimestre, tendose os custos mantido muito próximos do planeado, registando inclusivamente uma
diminuição de 0,4% (o desvio face ao PAO no segundo trimestre era de 7%).
No que diz respeito aos Gastos com o Pessoal verificou-se um aumento de 5% face ao
período homólogo, contudo, inferior ao acréscimo de 8,4% que se havia verificado no
segundo trimestre. Quando comparado com o PAO de 2015, os Gastos com o Pessoal
registam, até, uma diminuição de 2% face o planeado.
Cumpre destacar que com a publicação do Decreto-Lei n.º 235/2015, de 14 de outubro,
que estabelece o novo regime jurídico da INCM, a provisão constituída para benefícios
pós-emprego irá ser revertida por via da transferência de responsabilidades para o
Serviço Nacional de Saúde, a qual provocará um impacto positivo nas contas finais de
2015, especificamente na rubrica de Gastos com o Pessoal, na ordem dos 3 milhões de
euros.
No que diz respeito à política de efetivos, verifica-se já no final deste terceiro trimestre o
cumprimento da meta dos 654 trabalhadores para ano de 2015.
Relativamente aos investimentos em ativos fixos, a INCM atingiu uma taxa de execução
de 24% (era de 14% no segundo trimestre), cifrando-se em cerca de 3 milhões de euros.
Por fim, uma referência ao facto de, no passado mês de julho, ter sido submetida a
candidatura da INCM, relativamente a 5 projetos de Investigação e Desenvolvimento,
junto da Comissão Certificadora da Agência Nacional de Inovação com vista à obtenção
de crédito fiscal, ao abrigo do Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial (SIFIDE),
no valor potencial total de 551 mil euros. Foi também, no mês de setembro, apresentada
uma outra candidatura, no âmbito do Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação
da Administração Pública (SAMA 2020), que abrange 5 iniciativas em áreas estratégicas
da operação da INCM, num investimento total estimado de 2,7 milhões de euros,
almejando a obtenção de um apoio financeiro no montante global de 1,5 milhões de
euros.
Neste contexto, a concretizarem-se os objetivos pretendidos com ambas as candidaturas,
total ou parcialmente, verificar-se-ão, naturalmente, desvios positivos face ao
orçamentado.
Lisboa, 28 de outubro de 2015
O Conselho de Administração da INCM
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3º trimestre 2015