História da Arte
KITSCH
Definição
O termo kitsch tem origem alemã e é utilizado
para designar o mau gosto artístico e produções
consideradas de qualidade inferior. Aparece no
vocabulário dos artistas e colecionadores de arte
em Munique, em torno de 1860 e 1870, com base
em kitschen, [atravancar], e verkitschen,
[trapacear] (vender outra coisa no lugar do objeto
combinado), o que denota imediatamente o
sentido pejorativo que o acompanha desde o
nascimento.
A popularização
O kitsch se populariza na década de 1930 com as
formulações dos críticos Theodor Adorno (19031969), Hermann Broch (1886-1951) e Clement
Greenberg (1909-1994), que definem o por
oposição às pesquisas inovadoras da arte
moderna e da arte de vanguarda. Pensando o
kitsch com base no conceito marxista de "falsa
consciência", Adorno localiza-o no seio da
indústria cultural e da produção de massas. Broch,
por sua vez, opõe a arte criativa às imitações e
convenções
artificiais
que
orientam
as
produções kitsch.
Ainda que, muitas vezes, se fale no kitsch como
um conceito universal - reconhecível portanto em
qualquer época e estilo artístico - a maior parte
dos estudiosos encontra-o no seio da sociedade
industrial, de feitio burguês, o que faz dele um dos
produtos típicos da modernidade.
O kitsch apresenta-se desse modo como a arte que
está ao alcance do homem, disponível nas vitrines
e casas comerciais.
No período posterior à Segunda Guerra Mundial,
1939-1945, a arte pop retira o sentido pejorativo que
cerca o kitsch. A arte pop se apresenta como um dos
movimentos que recusam a separação arte/vida, e o
faz - eis um de seus traços característicos - pela
incorporação das histórias em quadrinhos, da
publicidade, das imagens televisivas e do cinema. Ao
aproximar arte e design comercial, os artistas
superam, propositadamente, as fronteiras entre arte
erudita e arte popular, ou entre arte elevada e
cultura de massa, flertando sistematicamente com o
kitsch.
Decoração
Você pode não saber, mas por
trás de objetos de decoração
como um pinguim de geladeira,
uma garrafa com formato de
abacaxi, flores de plástico, anões
de jardim e de tantas outras
coisas descritas pelo senso
comum com adjetivos nada
amigáveis, tais quais “cafona” e
“brega”; existe algo mais do que
a “falta de bom gosto”. O que
todos estes itens têm em comum
é o fato de serem resultado da
influencia de uma forma muito
particular de arte, o kitsch.
Moda
A presença desta estética
pode ser vista nas recentes
coleções de grifes renomadas,
que priorizam a mistura de
padronagens,
as
cores
vibrantes e o retorno de
peças que fizeram sucesso no
passado, segundo explica a
consultora de moda Daniella
Procópio. De acordo com
Daniela,
muitas
pessoas
rechaçam o vestuário kitsch
por causa da ligação que este
possui com as massas.
A consultora observa que
as classes mais altas
possuem uma forma de
vestir característica, na
qual os tons neutros e os
cortes
clássicos
são
priorizados. “No entanto,
como o kitsch está tão
presente na moda, as
pessoas acabaram se
acostumando mais e hoje
elas não acham tão
estranho uma combinação
diferente”, diz.
Música
Na música podemos ouvir as
chamadas “músicas bregas”
e também o “tecnobrega”
que está atualmente em alta
pela repercussão da novela,
da Rede globo, Cheias de
Charme. Na novela mostra a
vida das empregadas que
viraram celebridades do
“brega” graças a um vídeo
viral. E também de uma
cantora,
do
mesmo
seguimento, em decadência.
Publicidade
Na publicidade, existem vários
exemplos de aplicações
convincentes deste conceito, e
que não apropriaram, ao
produto ou serviço, uma imagem
de mau gosto. Um deles é a
campanha "Movimentos
Artísticos", da marca de
eletrodomésticos KitchenAid,
que se utilizou de várias pinturas
de fases da arte mundial,
como Pop Art, Modernismo,
Modernismo Brasileiro, Art
Déco e Surrealismo, para
comemorar os 92 anos da marca,
tratando a culinária como uma
arte.
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