Tempo
médio
e
emergência
de
plântulas
de
berinjela
submetidas a diversos substratos orgânicos.
Luana Moraes da Luz1; Joaquim Alves de Lima Junior2; Patrícia Surama
Parise Maia1; Joze Melisa Nunes de Freitas1; Allan Klynger da Silva
Lobato1; Cândido Ferreira de Oliveira Neto1; Roberto Cezar Lobo da
Costa1.
1
UFRA, Instituto de Ciências Agrárias, Belém – PA; UFLA, 2Departamento de Engenharia
Agrícola. E-mail: [email protected]
RESUMO
Este trabalho objetivou avaliar a emergência e o tempo médio de emergência
de plântulas de berinjela submetidas à temperatura de 26ºC em diversos
substratos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC),
composto por 5 tratamentos [areia lavada (T1); casca de arroz (T2); casca de
arroz carbonizada (T3), casca de castanha triturada (T4) e casca de castanha
triturada e carbonizada (T5)], com 5 repetições e cada parcela foi constituída
por 100 sementes. As variáveis analisadas foram influenciadas pelos
tratamentos, pois para emergência de plântulas os melhores resultados foram
encontrados nos tratamentos T1 e T5 com 79 e 81% de germinação e
emergência. Para o tempo médio verificou-se os tempos médios de 8.62,
10.12, 10.29, 10.30 e 11.90 dias para os substratos de castanha triturada e
carbonizada, casca de arroz, castanha triturada, casca de arroz carbonizado e
areia lavada, respectivamente.
Palavras-chave: Solanum melongena, casca de arroz, casca de castanha
triturada, germinação.
ABSTRACT – Medium time and emergency of berinjela seedlings
submitted to several organic substrates.
This experiment objective evaluate the emergency and the medium time of
emergency of berinjela seedlings submitted to the temperature of 26ºC in
several substrates. The experimental design was randomized entirely,
composed by 5 treatments [washed sand (T1); peel of rice (T2); peel of rice
burned (T3), peel of castanha triturated (T4) and peel of castanha triturated and
burned (T5)], with 5 repetitions and each portion was constituted by 100 seeds.
The analyzed variables were influenced by the treatments, because for
emergency of seedlings the best results were found in the treatments T1 and T5
with 79 and 81% of germination and emergency. For the medium time was
verified the medium times of 8.62, 10.12, 10.29, 10.30 and 11.90 days for the
substrate of nut triturated and burned, peel of rice, nut triturated, peel of rice
burned and washed sand, respectively.
Keywords: Solanum melongena, peel of rice, peel of nut triturated,
germination.
INTRODUÇÃO
A berinjela (Solanum melongena) é uma espécie olerícola originária da Índia,
Birmânia e China, no qual é considerada como solanácea perene, entretanto
pode ser cultivada como anual. É arbustiva, com caule semilenhoso, resistente,
que ultrapassa 1m de altura (FILGUEIRA,2003). O substrato ideal possui a
finalidade de permitir a oxigenação das raízes, assim como a do transporte do
dióxido de carbono para o meio externo, além de proporcionar a retenção de
água suficiente para a germinação e auxiliar a emergência das plântulas
(SILVA JUNIOR & VISCONTI, 1991). Este ensaio teve como objetivo avaliar a
emergência e o tempo médio de emergência de plântulas de berinjela
submetidas à temperatura de 26ºC e a diversos substratos.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado no Laboratório de Fisiologia Vegetal, da
Universidade Federal Rural da Amazônia, utilizando sementes de berinjela
(Solanum melongena L.). O delineamento experimental foi inteiramente
casualizado (DIC), composto por 5 tratamentos [areia lavada (T1); casca de
arroz (T2); casca de arroz carbonizada (T3), casca de castanha triturada (T4) e
casca de castanha triturada e carbonizada (T5)], no qual os substratos foram
auto-clavados a 120ºC, 1 atm por 30 minutos e após o resfriamento estes
substratos foram postos em caixas tipo gerbox, ocupando a metade do volume
total do recipiente, sendo colocadas as sementes sobre os substratos e logo
após uma fina camada dos mesmos, umedecendo o substrato com água
destilada estéril,
O experimento contou com 5 repetições e cada parcela foi constituída por 100
sementes. Os recipientes contendo as sementes foram colocados em câmara
de germinação, sob a temperatura de 26°C, umidade relativa a 70 % e com
ausência de luz. As leituras foram realizadas do 7º ao 25º dia, com a retirada
das plântulas que emergiram e apresentaram aspectos normais. Foram
avaliados a percentagem de emergência de plântulas normais e o tempo médio
de emergência, adaptando-se a metodologia descrita por Silva e Nakagawa
(1995). Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias dos
tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de
probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os parâmetros estudados mostraram que houve diferença significativa entre os
tratamentos (Tabela 1), segundo a análise de variância, os substratos de
castanha triturada e carbonizada e areia lavada foram iguais estatisticamente
para os percentuais de germinação e emergência de plântulas, com valores de
81% e 79%, respectivamente, os substratos de casca de arroz e casca de arroz
carbonizada tiveram um percentual intermediário, no qual o substrato de
castanha triturada obteve o pior índice de germinação e vigor de emergência
com o valor de 75% (Figura 1). Estes resultados permitem observar que os
substratos que continham castanha triturada e carbonizada, além da areia
lavada possibilitaram maior percentagem de sobrevivência das plantas,
indicando que ambos podem ser um bom material a ser utilizado, para o
transplantio e o desenvolvimento inicial de plantas dessa espécie.
O tempo médio de germinação foi influenciado pelos tratamentos, de acordo
com a análise de variância, relataram uma diferença significativa entre os
tratamentos, no qual verificou-se os tempos médios de 8.62, 10.12, 10.29,
10.30 e 11.90 dias para os substratos de castanha triturada e carbonizada,
casca de arroz, castanha triturada, casca de arroz carbonizado e areia lavada,
(Tabela 1), respectivamente. Tais dados confirmam que a castanha triturada e
carbonizada, por apresentarem alta porosidade e retenção de água, diminuiu o
tempo necessário para o processo de germinação, ao contrário do substrato de
areia lavada que teve seu tempo médio de germinação alongado,
possivelmente provocado pelo baixo teor de oxigênio disponível no substrato.
LITERATURA CITADA
FILGUEIRA, F.A.R.; Novo Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na
produção e comercialização de hortaliças. 2a edição revista e ampliada. Viçosa:
UFV,2003. 412p.il.
SILVA, Jr. A.A; VISCONTI, A. Recipiente e substratos para produção de mudas
de tomate. Agropecuária Catarinense. Florianópolis, v.4, n .4, p. 20-23, 1991.
SILVA, J. B. C.; NAKAGAWA, J. Estudo de fórmulas para cálculo da velocidade
de germinação. Informativo ABRATES, Pelotas, v. 5, n. 1, abr, 1995.
Tabela 1 – Percentagem de plântulas normais emersas e tempo médio de
emersão em berinjela (Solanum melongena L) submetidas à temperatura de
26ºC e a diversos substratos.
Substratos
Plântulas emersas (%)
Tempo médio (dias)
79 ab
11.90 d
78.5 b
10.12 b
77 bc
10.30 c
75.5 c
10.29 c
81 a
8.62 a
1.40
0.65
2.39
0.14
areia lavada
casca de arroz
casca de a. carbonizada
casca de castanha
casca de c. carbonizada
CV (%)
DMS (Tukey)
1
Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem significativamente entre si, de acordo com o
teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
T1
T2
T3
T4
T5
Germinação acumulada (%)
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
7
10
13
16
dias
19
22
25
Figura 1 – Germinação acumulada em sementes de berinjela (Solanum
melongena L) submetidas a diferentes substratos e temperatura de 26°C.
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Tempo médio e emergência de plântulas de berinjela submetidas a