55
swisscam
BRASIL
Fo t o : s w i s s - i m a g e
2008
R$ 10,00
2007
R$ 10,00
O Magazine da Câmara
de Comércio Suíço-Brasileira
The Magazine of the
Swiss-Brazilian Chamber
of Commerce
foco
Alimentos
Hora de mudar
a visão sobre
o setor.
focus
Food
Time to change
your view on this sector.
jurídico
Pirataria: o que as autoridades
no Brasil estão fazendo para
combater este crime.
legal
Piracy: what Brazilian
authorities are doing
to fight this crime.
notícias da SWISSCAM
Presidents’ Club com
Stephen Kanitz.
chamber news
Presidents’ Club featuring
Stephen Kanitz.
F
ood is a basic need of human beings. Sometimes we have the impression that access
to decent food has not improved but when
we see how many people research, study
and work in this industry, there is great hope for
improvement.
Read in this edition, how some companies in Brazil
do implement unique packaging and distribution
strategies to guarantee supply of quality food to
lower income people.
Some important steps have been taken, when it
comes to growing vegetables: in the last 10 years,
40% more vegetables have been grown on 5%
less surface.
editorial
Leia nesta edição como algumas empresas no
Brasil implementam estratégias de embalagem
e distribuição exclusivas para garantir o fornecimento de alimentos de qualidade para famílias
de baixa renda.
Maybe we should think twice next time we buy a
piece of meat and keep in mind that in the same
area where we grow cattle we can produce 160
times more corn for example.
No cultivo de vegetais, algumas medidas importantes foram tomadas: nos últimos 10 anos, uma
quantidade 40% maior de vegetais foi cultivada
usando uma área 5% menor.
Stephan Buser, diretor
When it comes to appreciating a nice glass of wine,
we see that Brazil and Switzerland have a common
difficulty: both countries are not yet world wide
renown for their wine production, but not for the
same reason though.
Talvez devêssemos pensar duas vezes antes de
comprar uma peça de carne, tendo em mente
que na mesma área onde criamos gado podemos
produzir 160 vezes mais milho, por exemplo.
SWISSCAM.
When it comes to travel, there is also food involved:
The kind we eat while travelling and the kind we
eat when arriving at our destination.
Tr a n s l a t i o n : G l o b a l Tr a n s l a t i o n s . B R
C
omida é uma necessidade básica
para os seres humanos. Às vezes,
temos a impressão de que o acesso a uma alimentação decente
não melhorou, mas quando vemos
quantas pessoas pesquisam, estudam e trabalham nesse campo, temos uma
grande esperança de melhora.
In order to improve cultural and culinary understanding teachers, staff, students and parents of students
enrolled at the Swiss Brazilian School in São Paulo
have joined forces to share their dearest Swiss and
Brazilian recipes in a multicultural cookbook.
Also in this edition: An outlook on the economic
partnership between Brazil and Switzerland, news
on Piracy combat in Brazil, the 1st “Brazilians around
the world” conference and the Success Story of
associate Diamond.
This is our last edition for 2008. For 2009 we plan to
make some changes to the magazine. We’re looking
forward to having you read our next edition focused
on “Transport and Logistics”. Wishing you all the
best for 2009, sincerely yours.
executivo da SWISSCAM.
Stephan Buser,
executive director of
Quando se trata de saborear uma boa taça de
vinho, vemos que Brasil e Suíça têm uma dificuldade em comum: nenhum dos dois é ainda
reconhecido mundialmente por sua produção de
vinho, mas não pelos mesmos motivos.
Quando se trata de viagens, a comida também
está envolvida: o tipo que comemos durante a
viagem e o tipo que comemos no destino.
A fim de melhorar a compreensão cultural e culinária, professores, funcionários, alunos e pais de
alunos matriculados na Escola Suíço-Brasileira
de São Paulo juntaram forças para compartilhar
suas receitas preferidas suíças e brasileiras em
um livro de culinária multicultural.
Também nesta edição: uma visão geral da parceria econômica entre Brasil e Suíça, notícias sobre
o combate à pirataria no Brasil, 1 a Conferência
“Brasileiros pelo Mundo Todo” e a história de
sucesso do associado Diamond.
Esta é a última edição de 2008. Para 2009,
planejamos algumas modificações na revista.
Esperamos que você leia nossa próxima edição
com destaque para “Transporte e Logística.”
Desejamos a todos um excelente 2009.
swisscam magazine 55
12/2008
1
foco:alimentos
focus:food
O Magazine da Câmara
de Comércio Suíço-Brasileira
The Magazine of the
Swiss- Brazilian Chamber
of Commerce
Diretor do Magazine e de Comunicação
Magazine and Communication Director
Christian Hanssen
Anúncios - Advertisements
Denise Ortega
Projeto Gráfico, Direção de Arte
Editorial Design, Art Direction
Markus Steiger
Take a trip through Swiss gastronomy.
8 Estudo revela os impactos ambientais do uso de animais para alimentação.
Study points out environmental impacts from use of animals as food.
Foto Capa: swiss-image
Brazilian wines also deserve a toast!
12 Alimentos a bordo. Como funciona o catering aéreo.
Food on board: how does the catering work?
14 O cultivo de hortaliças faz bem para a economia do país e para a saúde
Revisão e Tradução
Proofreading and Translation
C.I.I. Idiomas, Global Translations.BR
Denise Ortega, Hanna Weisskopf
Maria Augusta Chaves, Stephan Buser
da população. Growing vegetables is good for the economy of the country
and for the health of the population.
17 Escola Suíço-Brasileira lança livro de receitas. Swiss-Brazilian
Jornalista responsável
Journalist in charge
Maria Alice Amoroso Nunes, MTB 11.239
School releases recipes book.
22 Os suíços estão entre os mais entusiasmados amantes de vinho em
Produção Gráfica - Printing
Paula Medeiros
A reprodução das notícias é permitida,
contanto que seja mencionada a fonte. As
opiniões contidas nos artigos não refletem
necessariamente a posição da SWISSCAM.
The reproduction of items is permitted as
long as the source is mentioned. The opinions
contained in the articles do not necessarily
reflect the position of SWISSCAM.
10 Vinhos brasileiros também valem um brinde!
todo o mundo. Swiss are among the most enthusiastic wine lovers in the world.
26 Há uma classe de consumidores inexplorada, sobretudo para o setor de
alimentos. There is an untapped consume class, especially for the food sector.
Fo t o : s w i s s - i m a g e
Coordenação Editorial
Editorial Coordination
Stephan Buser
4 Faça uma viagem pela gastronomia suíça.
economia suíço-brasileira
Swiss-Brazilian economy
18 Philippe Nell comenta as relações
bilaterais Brasil-Suíça. Philippe Nell comments
on bilateral Brazil-Switzerland relations.
internacional international
30 Conferência discute situação dos
brasileiros no mundo. Conference addresses
Brazilians living abroad.
jurídico legal
Câmara de Comércio Suíço-Brasileira
Swiss-Brazilian Chamber of Commerce
Schweizerisch-Brasilianische Handelskammer
Chambre de Commerce Suisse-Brésilienne
Avenida das Nações Unidas, 18.001 - 6° andar
04795-900 São Paulo (SP) Brasil
Tel +55 (11) 5683 7447
Fax +55 (11) 5641 3306
[email protected]
www.swisscam.com.br
Presidente - President
Christian Hanssen
Vice-presidentes - Vice-Presidents
Carlos Roberto Hohl
Antonio Carlos Guimarães
A Câmara de Comércio Suíço-Brasileira,
constituída em 1945, é filiada à União das
Câmaras de Comércio Suíças no Exterior
e à Câmara de Comércio Internacional.
The Swiss Brazilian Chamber of Commerce,
founded in 1945, is affiliated to the Swiss
Foreign Trade Chambers and the International
Chamber of Commerce.
32 “A pirataria é o crime do século 21”.
“Piracy is the crime of the 21st century”.
Colheita de uva em Calamin/Epesses na região de Lavaux,
parte do Patrimônio Mundial da UNESCO, no lago de Genebra.
Grape harvest in Calamin / Epesses in the Lavaux region,
part of the UNESCO World Heritage, on Lake Geneva.
n o t í c i a s d a S W I S S C A M chamber news
21 Visita de Philippe Nell ao Brasil. Philippe Nell’s visit to Brazil. 25 Presidents’ Club com
Stephen Kanitz. Presidents’ Club featuring Stephen Kanitz. 29 Seminário sobre investimentos
na Suíça. Seminar concerning investments in Switzerland.
sucess story
35 Diamond comemora 20 anos no Brasil.
Diamond commemorates 20 years in Brazil.
diretório directory
36 Comunidade suíça no Brasil. Swiss community in Brazil.
www.swisscam.com.br
swisscam magazine 55
12/2008
3
foco:alimentos
Suíça: paixão pela
gastronomia
Há assuntos que despertam interesses,
sentimentos e paixões de muitos. Comer
e beber são alguns deles, assim como
sair de férias e viajar. Por que, então, não
unir o que há de melhor nisso?
por Gisele Sarbach
A
Suíça atrai todos os anos milhares de
viajantes apaixonados por culinária e
apreciadores da autêntica gastronomia do país, que procuram em suas
viagens não somente a haute cuisine,
mas também a típica cozinha local e regional,
com suas especialidades suíças e experiências
gastronômicas.
Surpreendentes por sua diversidade, os vinhos
suíços são reflexo da topografia diversificada do
país - os vales do Reno, os bancos lacustres, em
particular o de Genebra, a região dos Três Lagos
(Neuchâtel, Morat e Bienne), Zurique e Lugano,
e seus espetaculares vinhedos obliquamente
desenhados. Estendidos sobre 15.000 hectares
em sua totalidade, os principais vinhedos do
país localizam-se na região francesa da Suíça,
sendo Valais e Vaud os dois principais cantões
produtores de vinho.
As riquezas e belezas naturais de Lavaux, seus
vinhedos, terraços e vilas ao longo do Lago de
Genebra permitiram seu reconhecimento como
Patrimônio Mundial da UNESCO em 2007. Lavaux
é uma região rica em caráter: sua diversidade
culinária rica em sabores e a hospitalidade relacionada ao vinho, o fruto de suas colinas, são
realmente apaixonantes.
Você sabia que a Suíça produz mais de 450 tipos
de queijo? Na primavera, as vaquinhas desfilam
graciosamente nos pastos verdes dos vales
suíços e alimentam-se de flores alpinas, que
compõem o ingrediente secreto da fabricação do
queijo. Cada cenário possui seu próprio queijo,
4
swisscam magazine 55
12/2008
Fo t o : s w i s s - i m a g e
Colheita de açafrão em Mund (1407 m)
no cantão de Valais.
Harvesting saffron in Mund (1407 m)
in the canton of Valais.
Típico restaurante (Grotto) de Ticino
com vista para o lago de Lugano, Ticino.
Typical Grotto of the Ticino with view
on Lake Lugano, Figino, Ticino.
e a lista de variedades é impressionante: o leve
e cremoso Vacherin, o picante Appenzeller, o
condimentado Sbrinz, o saboroso Emmentaler
(o queijo dos “buracos”), o mundialmente famoso Gruyère, o delicado Tête de Moine... todos
utilizados na preparação de fondues, raclettes,
tábuas de queijos e outros pratos.
E o que dizer do famoso chocolate suíço? A
técnica do primeiro “chocolate que derrete na
boca” foi um árduo processo que marcou para
sempre o sucesso da indústria de chocolates
suíços ao redor do mundo: foram os suíços os
pioneiros no desenvolvimento do chocolate ao
leite com o puro sabor do leite alpino.
Uma visita imperdível são as regiões de Grimentz
(Valais), Flumserberg, Moléson e L’Etivaz, onde
uma vez por semana os produtores locais convidam os turistas a conhecer a produção artesanal
de seus queijos, mostrando como a história e a
tradição continuam vivas nestas localidades.
Em 1819, François-Louis Cailler inaugurou uma
das primeiras produções mecanizadas de chocolate em Corsier-sur-Vevey, estabelecendo a
mais antiga marca de chocolate suíço existente
até hoje. Os anos entre 1890 e 1920 viram um
verdadeiro florescer da indústria de chocolate,
coincidindo com a época dourada do turismo
suíço. Membros da alta sociedade mundial em
férias no país apreciavam o chocolate e levavam
sua fama para casa com eles. Assim, a pequena
notável Suíça se transformava aos poucos em
potência mundial do chocolate.
Em 1819, François-Louis Cailler
inaugurou uma das primeiras
produções mecanizadas de
chocolate em Corsier-sur-Vevey,
estabelecendo a mais antiga
marca de chocolate suíço
existente até hoje.
Atualmente, uma das atrações culinárias mais
visitadas na Suíça é o Trem do Chocolate, que
parte de Montreux em direção a Broc, onde a
fábrica de chocolates Cailler-Nestlé está situada. Na excursão, os turistas descobrem os
segredos da fabricação do “ouro negro” e se
esbaldam na degustação de chocolates. Desde
os anos 70, mais de um milhão de pessoas já
fizeram o passeio.
É claro que estas são apenas as mais conhecidas
facetas da culinária suíça; porém, existem alguns
segredos aos poucos sendo descobertos pelos
amantes de gastronomia, como os 350 tipos
de salsicha suíça, a produção de açafrão em
Especialidades regionais são mais gostosas em
ambientes rústicos: vinho, pão, salame, queijo
e castanhas compõem uma deliciosa refeição.
Regional specialities taste best in rustic
surroundings: wine, bread, salami, cheese and
chestnuts make up a delicious meal.
Mund e o autêntico brandy de frutas de Morand
(Valais), a destilação do lendário absinto em Valde-Travers e a produção do puro mel alpino em
Boudevilliers (Jura), as trilhas da castanha em
Arosio e do azeite de oliva em Lugano (Ticino),
a saborosa carne seca artesanal de Parpan
(Grisões), a degustação de águas minerais em
Gonten (Appenzell), a mais antiga cervejaria suíça Schützengarten em St. Gallen, o tradicional
suco de maçãs de Arbon (Turgóvia)...
Embarque nesta deliciosa aventura gastronômica
e bom apetite!
swisscam magazine 55
12/2008
5
focus:food
Switzerland: Passion
for gastronomy
Some things in life invoke people’s interest, feelings, and love.
Eating and drinking, vacations and travel are people’s favorites.
So, why not combining and fully enjoying them?
b y Gisele Sarbach
Raclette, uma
especialidade
suíça.
Raclette, a Swiss
cheese specialty.
Bar em estação de esqui em Corviglia
(2486 m) acima de St. Moritz (1822 m),
cantão dos grisões. Vista panorâmica dos
Alpes Oberengadin com Piz Corvatsch à direita.
Ski bar on the Corviglia ski slopes (2486 m)
above St. Moritz (1822 m), Canton
Graubuenden. Panoramic view of the Upper
Engadine Alps with Piz Corvatsch to the right.
6
swisscam magazine 55
12/2008
E
very year, Switzerland attracts thousands
of food loving visitors that appreciate its
authentic cuisine and travel to the country not only for its haute cuisine, but also
for its typical local and regional culinary
dishes, combining different Swiss specialties and
gourmet experiences.
Surprisingly diversified, Swiss wines are the result
of the country’s distinct topography - the Rhein river
valleys, the lake shores, particularly those surrounding the Geneva Lake, the Three Lakes (Neuchâtel,
Morat and Bienne), the Zurich and Lugano lakes,
and their spectacular vineyards diagonally designed.
Spread over 15,000 hectares, the country’s main
vineyards are located in Switzerland’s Frenchspeaking region, or more precisely in the main
wine-producing cantons, Valais and Vaud.
Fo t o s : s w i s s - i m a g e
Thun em Oberland Bernês. Café
na Untere Schleusenbruecke. Igreja
St. Mauritius com sua torre octagonal
do Século 14 ao fundo.
Thun in the Bernese Oberland. Street
cafe at the Untere Schleusenbruecke.
The St. Mauritius town church with its
octagonal tower from the 14th century
in the back.
coming from all over the world sang the praises of
Swiss chocolate back home. So, the remarkable little
country slowly became a world chocolate power.
Today one of the most popular tourist attractions
in Switzerland is the Chocolate Train, going from
Montreaux to Broc, where Cailler-Nestlé chocolate
production plant is located. During the train ride,
tourists learn about how the “black gold” is produced and enjoy a chocolate-tasting session. Over
one million people have taken the tour, which was
offered for the first time in the 1970s.
These are only some of Switzerland’s culinary specialties. Food lovers, however, have been gradually
learning more about other not so obvious food attractions, such as the 350 different types of Swiss
frankfurters, the saffron produced in Mund, the
authentic fruit brandy from Morand (Valais), the
legendary absinthe distilled in Val-de-Travers,
the pure Alpine honey from Boudevilliers (Jura),
the walnuts from Arosio, the olive oil from Lugano
(Ticino), the handmade corned beef produced in
Parpan (Grisons), mineral water tasting in Gonten
(Appenzell), Schützengarten, the oldest Swiss
brewery, in St. Gallen, the traditional apple juice
from Arbon (Turgau)…
Marked by an abundance of natural beauty, vineyards, typical balconies and villages, the town of
Lavaux has been included in the UNESCO’s list of
World Heritage sites in 2007. Lavaux features a
unique character which captivates visitors for its
diversified and flavor-rich cuisine and the townsfolk’s hospitality, celebrated with wine, a fruit of
the town’s hills.
Did you know that Switzerland produces over 450
different types of cheese? In spring, Swiss cows can
be seen graciously moving about the green pastures
of the valleys, feeding on Alpine flowers, which are
the secret ingredient used for making cheese. Each
small region makes its own cheese, resulting in a
large variety of products, including the light and
creamy Vacherin, the hot Appenzeller, the spicy
Sbrinz, the delicious Emmentaler (the cheese with
‘holes’), the world famous Gruyere, the delicate Tête
de Moine… all of which are used to prepare fondues,
raclettes, cheese plates, and other dishes.
Visitors should not miss the Grimentz (Valais),
Flumserberg, Moléston and L’Etivaz regions, where
once a week local producers invite tourists to visit
their handmade cheese production facilities, showing them how history and tradition are very much
alive there.
And what about the world-famous Swiss chocolate?
The traditional method used in Switzerland to make
the “chocolate that melts in the mouth” made the
Swiss chocolate industry recognized all over the
world: the Swiss were the first to make milk-based
chocolate using pure Alpine milk, conferring the
product its typical taste.
Come on board for this delicious culinary adventure
and enjoy your meal!
Gisele Sarbach é
Gerente de Marketing do
Switzerland Tourism Brazil.
Gisele Sarbach is
Marketing Manager of
Switzerland Tourism Brazil.
Em 1819, François-Louis Cailler set up in Corsiersur-Vevey one of the world’s first mechanized
chocolate production lines, giving birth to Switzerland’s oldest chocolate brand. Between 1890 and
1920, the chocolate industry flourished, along with
the Swiss tourism golden age. Wealthy vacationers
swisscam magazine 55
12/2008
7
Tr a n s l a t i o n : C . I . I . I d i o m a s
In 1819, François-Louis Cailler set up
in Corsier-sur-Vevey one of the world’s
first mechanized chocolate production
lines, giving birth to Switzerland’s
oldest chocolate brand.
Fo t o : s w i s s - i m a g e
focus:food
Environmental impacts
from the use of animals
for food
This guide presents the main factors
which generate environmental
degradation caused by business
operations involving animal
breeding for slaughter and human
consumption.
T
he booklet released by the environmental department of the
Sociedade Vegetariana Brasileira - SVB (Brazilian Vegetarian
Society), whose sources include
CETESB (Company of Environmental Sanitation Technology), IBGE
(Brazilian Institute of Geography
and Statistics), FAO/UN, Worldwatch Institute and the
BBC depicts problems caused by the consumption
of meat from an environmental point of view. See
some of them listed below.
Water
Brazil is the largest world potential in terms of fresh
water volume - 12% of the entire world supply can
be found in our rivers and subterranean reservoirs.
8
swisscam magazine 55
12/2008
However, nearly 70% of this precious commodity
is used for agriculture, especially for irrigation.
Irrigation for the farming of plants for human food,
right? Wrong - much more than half of all this water
is used to irrigate food for the industrial production
of animal feed, here and abroad. In other words, it
is turned into feed for cattle, pigs, poultry and even
fish, which can be later found on our dining tables.
To further aggravate the situation, no one pays for
the use of all this water or for the pollution that
the effluents from meat production cause, namely,
blood, fat, offal, vomit and feces, not to mention the
hormones, antibiotics, insecticides, fertilizers and
agricultural pesticides, that have also contaminated
our water reservoirs and fresh water sources.
foco:alimentos
In the United States, cattle breeding is responsible
for 50% of the use of all water consumed for any
purposes. In this country, the amount of animal excrement without benefit of treatment, nearly always
dumped on the land and in the water, totals 1.4 billion tons per year, or 104,000 kilos per second.
Soil
In Brazil, animal herds number 200 million head
and cattle farming covers more than 250 million
hectares of land, nearly one-third of Brazilian territory! Forests and savannahs have been devastated
to make way for pastures and single grain crops,
later used to produce animal feed.
Impactos sobre
o meio ambiente
do uso de animais
para alimentação
Guia apresenta os principais fatores que geram degradação
ambiental entre as atividades econômicas que envolvem criação
de animais para abate e posterior alimentação humana.
According to Instituto CEPA, in Brazil one steer needs
four hectares of land and produces 210 kilos of beef
on the average, over a period of four to five years.
While the same amount of land can be used to produce the following items on the average:
8 tons of beans
19 tons of rice
22 tons of apples
23 tons of wheat
32 tons of soybeans
34 tons of corn
35 tons of carrots
44 tons of potatoes
56 tons of tomatoes
Cattle continually trample and compact the soil.
This makes the absorption of water more difficult
and turns it more likely for the surface matter to
be carried away by wind and rain, resulting in a
process of erosion.
Air
Tr a n s l a t i o n : G l o b a l Tr a n s l a t i o n s . B R
An alarming report published by the FAO in 2006,
shows that “stocks of live animals” maintained
for human consumption are more responsible for
climatic changes than all the motor vehicles in the
world together. In all, not less than 18% of all gas
emissions that cause global warming are generated
by the meat industry alone.
The two billion head of cattle on the planet, thanks
to the volatility of their burps and intestinal gas,
account for 12% of the methane gas emitted in the
atmosphere throughout the world. Methane gas
falls just behind carbon dioxide as one of the main
contributors to the depletion of the ozone layer and
remains in the atmosphere less time than CO2, but is
20 times more potent as a cause of the greenhouse
effect and global warming.
This publication can be read in its entirety at the
site: www.svb.org.br.
O
caderno lançado pelo departamento
de meio ambiente da Sociedade
Vegetariana Brasileira (SVB), cujas
fontes de pesquisa incluem a Cetesb, IBGE, FAO/ONU, Worldwatch
Institute e BBC, aponta os problemas causados
pelo consumo de carne do ponto de vista ambiental. Veja alguns deles abaixo.
Água
O Brasil é a maior potência mundial em volume
de água doce: 12% de todo o estoque global está
em nossos rios e reservatórios subterrâneos.
Contudo, cerca de 70% dessa preciosidade vai
para a agricultura - em especial a irrigação. Irrigação do cultivo de hortaliças para alimentação
humana, certo? Negativo: bem mais da metade
de tudo que é cultivado no Brasil destina-se à
produção industrial de ração animal, aqui e no
exterior. Ou seja, vira alimento de bois, porcos,
aves e até peixes, que depois vão parar no prato
das pessoas. Para piorar a situação, ninguém
paga pelo consumo dessa água toda, nem pela
poluição que os efluentes da produção de carne
- sangue, gorduras, vísceras, vômitos e fezes,
mais os hormônios, antibióticos, inseticidas,
fertilizantes e defensivos agrícolas - causam
aos reservatórios e aqüíferos.
swisscam magazine 55
12/2008
9
focus:food
Nos Estados Unidos, a criação de gado é responsável pelo uso de metade de toda a água
consumida no país para todos os fins. Já a
quantidade de excrementos de animais, quase
sempre lançada sem tratamento na terra e na
água, nesse país é de 1,4 bilhão de toneladas
por ano, ou 104 mil kg por segundo.
Brazilian Wines:
Discovery of Brazil’s
Fascinating Stars
Solo
No Brasil, os rebanhos já contabilizam 200
milhões de cabeças e a pecuária ocupa mais
de 250 milhões de hectares, quase um terço
do território nacional! Florestas e cerrados são
devastados para formar pastos e grandes monoculturas de grãos, posteriormente destinados
a virar ração.
8 ton de feijão
19 ton de arroz
22 ton de maçã
23 ton de trigo
32 ton de soja
34 ton de milho
35 ton de cenoura
44 ton de batata
56 ton de tomate
O gado pisoteia e compacta o solo o tempo todo.
Isso dificulta a absorção de água e facilita o arrasto de material superficial pelo vento e pela
água, resultando em processos erosivos.
Ar
Um relatório alarmante da FAO, publicado em
2006, indica que os “estoques de animais vivos” mantidos para alimentação humana têm
mais responsabilidade pelas mudanças climáticas do que todos os veículos automotores do
mundo somados! No total, nada menos de 18%
da emissão de todos os gases causadores do
aquecimento global são gerados apenas pelas
indústrias da carne.
Os dois bilhões de bovinos do planeta emitem,
graças à volatilização dos seus arrotos e gases
intestinais, 12% do metano lançado globalmente
na atmosfera. O metano, que vem logo atrás do
dióxido de carbono como principal fator de degradação da camada de ozônio, permanece na
atmosfera menos tempo do que o CO2, mas é
pelo menos 20 vezes mais potente como gerador
de efeito estufa e do aquecimento global.
A publicação pode ser lida na íntegra pelo site
www.svb.org.br.
b y Daniela Zandonadi
B
razil is over 500 years old, but
wine drinking is still a recent habit,
brought to the country by the Portuguese, who already had the habit
of drinking wine during their sea
journeys. In 1532, aristocrat Brás
Cubas, founder of Santos, introduced the first grapevines to be planted on Brazilian
soil, though with repetitive failing attempts.
The climate in Brazil always complicated the country’s efforts to develop wine production as good
wines require quality raw material, and soil and
climate conditions are essential in maintaining the
organoleptic characteristics of wine. Despite these
relevant factors, Brazil has stood out in renowned
international wine contests in different countries,
including France, particularly for our sparkling wine,
which, in the land of Champagne, has received various awards and increasing recognition.
(...) many often don’t have a glass
of national wine because of prejudice
and prices.
Concerns over the terroir is a reality for Brazilian
producers interested in developing superior wines,
which requires state-of-the-art technology and
qualified professionals. And as people say: “Enologists that sleep during the harvest will not sleep
during the year”.
It is worth mentioning that despite Brazil’s great
sparkling wine production potential, the red and
white wines produced in Rio Grande do Sul and
Santa Catarina have achieved very high scores
in blind wine tasting events. Obviously there are
exceptions. However wine’s final prices still affect
sales results when compared to imported wine. This
situation reflects the low consumption of national
wines: many often don’t have a glass of national
wine because of prejudice and prices. But still, I
would like to make a toast to Brazil!
I urge you all: “Come, come brothers for I am drinking stars! (Dom Perignon).
And who would say the stars would shine for
Brazil!
10
swisscam magazine 55
12/2008
Daniela Zandonadi é sommelière
e membro diretivo da Aregala Brasil.
[email protected]
Sommelière Daniela Zandonadi
is a director at Aregala Brasil.
[email protected]
Tr a n s l a t i o n : C . I . I . I d i o m a s
No Brasil, segundo o Instituto CEPA, um boi precisa de um a quatro hectares de terra e produz,
em média, 210 kg de carne, no período de quatro a cinco anos. No mesmo tempo e na mesma
quantidade de terra, produz-se, em média:
Land ahead! “Terra de Vera Cruz!” That is how the country was
first called by the Portuguese, who settled in our land, bringing
along their customs, including their wine culture.
foco:alimentos
Vinhos Brasileiros:
A descoberta de fascinantes
estrelas do Brasil!
Fo t o : s w i s s - i m a g e
Terra à vista! “Terra de Vera Cruz!” assim nos batizaram
quando os portugueses avistaram nossas terras, nos
colonizaram e trouxeram suas influências, inclusive a
cultura do vinho.
por Daniela Zandonadi
S
ão mais de 500 anos de história
do Brasil, mas o vinho ainda é uma
cultura nova, iniciada a partir das
navegações dos portugueses que
durante suas expedições tomavam
o vinho já como um hábito. Em
1532, o fidalgo Brás Cubas, fundador de Santos, trouxe consigo as primeiras parreiras para
serem plantadas em solos brasileiros, mas os
insucessos eram uma constante.
O clima do Brasil sempre foi um fator dificultador da história de nossa viticultura, pois um
grande vinho depende de uma matéria-prima
de qualidade, e as condições de solo e clima
são fundamentais para não comprometer as
características organolépticas do vinho. Apesar destes fatores relevantes, o Brasil está se
destacando em concursos internacionais de
prestígio, inclusive na França, e esta honra se
deve principalmente aos nossos espumantes,
que no país do Champagne, as premiações e
reconhecimentos vêm se multiplicando.
(...) muitas vezes por preconceito
e preço se deixa de apreciar um
bom vinho nacional.
A preocupação com terroir é uma realidade
nacional para os produtores com a missão de
produzir o melhor, e isto implica em tecnologias
de ponta e profissionais qualificados. É como se
diz: “o enólogo que dorme durante a safra, não
dorme durante o ano”.
Ressalto ainda que apesar de nosso grande potencial para a produção dos espumantes, nossos
vinhos tintos e brancos tanto do Rio Grande do
Sul como de Santa Catarina, em degustações
às cegas atingem pontuações exemplares. É
evidente que temos as exceções. Porém, o preço
final ainda é um fantasma que assombra o resultado de vendas se comparado aos importados,
pois esta situação reflete na falta do consumo
regionalizado, que muitas vezes por preconceito e preço se deixa de apreciar um bom vinho
nacional. Mas vale um brinde ao Brasil!
Convoco a todos : “Irmãos venham, venham, que
estou tomando estrelas!” (Dom Perignon)
E quem diria que estas estrelas brilhariam para
o Brasil!
swisscam magazine 55
12/2008
11
focus:food
What’s cooking with
airline catering?
In the early years of the airline
industry, around the 1920s, onboard
meals were not a big issue. Most
flights were short-range and there
were plenty of opportunities to serve
food on the ground while aircraft
were being refueled and maintained.
b y Stephan Buser
kitchen utensils, amenities, toys, forms, pillows
& blankets, newspapers & magazines, ice cubes,
and all the drawers, bags, containers and trolleys
for storage.
Things become more complicated when aircraft are
switched due to a delayed flight or maintenance issues. For example, a morning flight from São Paulo
Congonhas to Rio de Janeiro scheduled to be flown
by an Airbus with registration PR-MBQ may have to
use an Airbus PR-MNH. All catering items have to
be unloaded from one plane and reloaded on the
other because PR-MBQ might now be flying to Recife where a different type of meal was planned, or
more importantly, a different number of passengers
were booked.
foco:alimentos
Como é
cozinhar a
10.000 m
de altitude?
E
arly caterers had raw food materials delivered
to the aircraft door, and in-flight meals were
actually prepared onboard. But this soon
changed and they started to use kitchen facilities,
usually located near airports. Food on board increasingly gained attention as flight-times lengthened.
Meal service comprise an important part of in-flight
entertainment. Serving foods and beverages keeps
passengers busy and they are less anxious, so their
time in the cabin goes by quicker.
But in-flight catering has also become a competitive advantage. Food concepts gain international
acclaim; meals are prepared by world famous chefs.
Airlines compete to offer the more refined onboard
menu or the most luxurious items. Airlines invest
in new food concepts, and cabin services feature
top brands.
Many airlines no longer run their own catering
structure. In-flight meals services are often outsourced and two major players have become the
established world leaders: LSG Skychefs, now the
largest airline catering company worldwide but
still owned by Lufthansa, and Gate Gourmet, the
largest independent airline caterer, formerly owned
by the Swissair Group, with a market share of approximately 30%.
Tr a n s l a t i o n : G l o b a l Tr a n s l a t i o n s . B R
The top airline caterers have evolved from simply
running kitchens to become state-of-the-art providers of logistics services. Price pressure from airlines
has driven them to adopt the most cost-efficient
production processes. The quantity of meals loaded
onto an aircraft must be as near as possible to the
actual number of passengers traveling, allowing for
last-minute bookings and no-shows. Portion sizes
are standardized.
At an international airline’s home-base airport,
there could be for example 120 daily departures,
both short- and long-haul flights. Catering companies have to deal with the complexity of this airline
business.
The caterer prepares a range of different types of
meal depending on flying times, times of day and
cabin classes.
Many airlines now allow passengers to order special meals to meet their dietary needs, particularly
kosher, Muslim, children and babies, vegetarian, or
vegan food; to name only a few.
Apart from food, much additional equipment
is carried on a flight: beverages, spare dishes,
12
swisscam magazine 55
12/2008
Many movies show scenes onboard an airplane in
which a friendly flight attendant is pushing a food
trolley along the aisle and asking each passenger:
“Chicken or Beef?” Why has airline food gotten such
a bad reputation?
Actually it has nothing to do with quality. Catering
companies only purchase high quality food items
and all handling, storage and delivery follows very
strict standards.
What is the challenge in serving a
decent meal onboard an aircraft?
The process of preparing fresh food preparation
must take no longer than 24h from first intervention through scheduled onboard meal time. All fresh
food has to be kept in the cold chain. Food to be
stored onboard is packed in airline containers and
trolleys with shelves or trays that are often no more
than 6 cm apart.
Food items to be served hot onboard are usually
precooked in the caterer’s kitchen, quickly chilled
and then kept cool until they are reheated onboard.
There are no electric or gas cookers to finish cooking
your meal - just a convection heater, so many items
are not suitable for onboard meals.
People boarding airplanes today are of diverse
origin. Meals must not be too salty or too spicy,
since they might not be to the liking of many passengers.
These and some other factors influence food preparation for onboard service.
So it’s up to you: chicken or beef? - Have a nice
flight.
Nos primeiros anos de
operação das companhias
aéreas, em torno da década
de 1920, as refeições a bordo
não representavam um grande
problema. A maioria dos vôos
era de curta distância e havia
muitas oportunidades para
servir as refeições em solo,
enquanto a aeronave era
reabastecida e revisada.
O
por Stephan Buser
s primeiros prestadores de serviço
de catering entregavam os alimentos no avião ainda crus e, na
realidade, as refeições eram preparadas a bordo. No entanto, isso
logo mudou e os prestadores começaram a usar
cozinhas industriais, normalmente localizadas
próximas dos aeroportos. As refeições a bordo
começaram a ganhar cada vez mais atenção
conforme os tempos de vôo foram aumentando.
Estes serviços constituem uma parte importante
do entretenimento de bordo. Oferecer alimentos
e bebidas mantém os passageiros ocupados, reduzindo a ansiedade e fazendo com que o tempo
a bordo passe mais rapidamente.
Porém, o catering das linhas aéreas também se
tornou uma vantagem competitiva. A concepção
de alimentos ganhou aclamação internacional; as
refeições passaram a ser preparadas por chefs
carrinho de comida pelo corredor e pergunta para
cada um dos passageiros: “Frango ou carne?”
Por que será que a comida das companhias aéreas ganhou uma reputação tão ruim?
Na verdade, não tem nada a ver com a qualidade. As empresas de catering só compram itens
de alta qualidade e todos os procedimentos de
manuseio, armazenagem e entrega seguem
padrões muito exigentes.
Qual é o desafio de servir
uma refeição decente a bordo
de uma aeronave?
O processo de preparação de comida fresca não
pode levar mais que 24 horas do momento da
primeira intervenção até o horário programado
para a refeição a bordo. Todos os alimentos
frescos devem ser mantidos refrigerados. Os
alimentos armazenados a bordo são embalados
em contêineres e carrinhos da companhia aérea,
com prateleiras ou bandejas que geralmente têm
menos de 6 cm entre si.
internacionalmente famosos. As companhias
aéreas passaram a competir entre si para oferecer menus de bordo mais refinados ou os itens
mais luxuosos, investiram em novos conceitos
de refeição e os serviços de bordo passaram a
apresentar marcas de primeira linha.
Muitas companhias não operam mais suas
próprias estruturas de catering. Os serviços
de refeições de bordo são freqüentemente
terceirizados e dois competidores se tornaram
líderes mundiais: A LSG Skychefs, hoje a maior
empresa de catering aéreo do mundo, mas ainda
de propriedade da Lufthansa, e a Gate Gourmet,
a maior provedora de catering independente,
antes de propriedade do Grupo Swissair, com
uma participação de 30% no mercado.
Oferecer alimentos e bebidas
mantém os passageiros
ocupados, reduzindo a ansiedade
e fazendo com que o tempo a
bordo passe mais rapidamente.
Os maiores provedores de serviços de catering
evoluíram da simples operação de cozinhas para
se tornarem os mais modernos prestadores de
serviços de logística. A pressão para redução
de preços exercida pelas companhias aéreas
motivou a adoção de processos de produção
com o melhor custo-benefício. O número de
refeições entregue em uma aeronave deve ser
o mais próximo possível do número real de
passageiros, mas acomodando embarques de
última hora e no-shows. O tamanho das porções
é padronizado.
Um aeroporto base de uma companhia aérea
internacional pode ter por exemplo 120 decolagens diárias de vôos de curta e longa distância.
As empresas de catering têm que lidar com a
complexidade do negócio das linhas aéreas.
O fornecedor de catering prepara uma gama de
tipos diferentes de refeições, dependendo do
tempo de vôo, hora do dia e classe.
Hoje em dia, muitas companhias aéreas permitem que os passageiros peçam refeições especiais para atender suas necessidades de dieta,
especialmente alimentos kosher, muçulmanos,
para crianças e bebês, vegetarianos ou vegan;
para citar apenas alguns.
Além dos alimentos, muitos equipamentos adicionais são transportados em um vôo: bebidas,
pratos reserva, utensílios de cozinha, amenidades, brinquedos, formulários, travesseiros,
cobertores, jornais, revistas, gelo e todos os
gaveteiros, sacolas, contêineres e carrinhos de
armazenagem.
As coisas ficam ainda mais complicadas quando há troca de aeronaves em conseqüência de
atrasos ou por problemas de manutenção. Por
exemplo, um vôo matinal de Congonhas em São
Paulo para o Rio de Janeiro, programado para
o Airbus com a matrícula PR-MBQ pode ter que
ser feito no Airbus PR-MNH. Todos os itens de
catering teriam que ser descarregados de um
avião e transferidos para o outro, pois agora o
PR-MBQ poderia ter que voar para Recife, com
outro tipo de refeição programada para o vôo
ou, mais importante ainda, pode estar reservado
para um número diferente de passageiros.
As refeições servidas quentes são geralmente
pré-cozidas na cozinha do prestador de catering,
rapidamente resfriadas e mantidas refrigeradas
até serem reaquecidas para serem servidas a
bordo. Não há fogões elétricos ou a gás para
terminar de cozinhar a refeição, mas somente fornos de convecção. Por isso há diversos
itens que não são adequados para refeições
de bordo.
Atualmente, as pessoas que embarcam em
aviões têm diversas origens. As refeições não
podem parecer muito salgadas ou temperadas,
pois podem não atender o gosto de muitos
passageiros.
Esses e outros fatores influenciam a preparação
de refeições para o serviço de bordo.
Então, a decisão é sua: frango ou carne? - Boa
viagem.
Stephan Buser, diretor
executivo da SWISSCAM.
Trabalhou mais de 6 anos
na Gate Gourmet.
Stephan Buser,
executive director of
SWISSCAM. He has worked
at Gate Gourmet for more
than 6 years.
Leitura adicional - Additional reading
Airline - identity, design and culture” de Keith Lovegrove (ISBN 1856692051) - capítulo
sobre “comida” - chapter on “food”.
Flight Catering” de Peter Jones, ITCA
(ISBN 0750662166).
Muitos filmes mostram cenas a bordo de aviões,
nas quais uma cordial comissária empurra um
swisscam magazine 55
12/2008
13
focus:food
The Vegetables Sector
and its Importance within
the Production and Economic
and Social Development Context
Current estimates indicate the sector generates between
R$15 to 20 billion per year in a highly diversified market
with over 80 species and large segmentation due to different
product typologies.
stimates indicate that in Brazil an
area covering 700 to 800 thousand
hectares is planted with vegetables
(including potato and garlic crops) involving approximately 700 thousand
farmers that generate approximately
3 million direct jobs. This labor-intensity activity can be compared with the large-crop
segment, once the vegetables sector requires about
4 to 6 people per hectare against 0.4 people per
hectare in large crops, such as soybean and corn.
“The Fruit, Vegetable and Ornamental Crop agribusiness comprises basically family businesses, and
family agriculture is so important to the country that
this year the Federal Government has released part
of the funds provided by the Plano Safra (http://www.
mda.gov.br/saf/arquivos/0834517738.pdf) to the
sector”, says Francisco Sallit, chairman of Abcsem
(Brazilian Seed and Seedling Trade Association).
key point regarding market supply. In this regard
the seed industry can also greatly contribute by
introducing pest and illness-resistant and tolerant
products. These new varieties can also effectively
help producers to offer safe horticultural products
to consumers.
Brazilians consume three times
less fruit and vegetables comparing
to the 400g individual daily intake
recommended by the WHO (World
Health Organization).
In order to achieve this, a big campaign stressing
the need to increase intake of fruits and vegetables
is planned to be launched involving different segments of society, such as Producer Associations,
Seed Producers and Traders, Fruit and Vegetable
Sector Chambers, the Department of Agriculture, the
Department of Health, the Department of Education,
Supermarket Associations, and Supply Agencies,
among others.
Another issue to be discussed is the significant
contribution of the seed industry to the whole value
chain. In 10 years, productivity in the vegetable
production segment grew approximately 40%, while
the planted surface decreased by about 5%. This
increase in productivity is largely due to the development of new varieties, resulting from the higher
investment in nutrition levels, modern handling
techniques and healthier plants.
In the last decade, the seed industry has developed
and launched new types of products, which are
highly perceived and valued in the other segments
of the production chain for their quality values, including flavor, nutritional value, post-crop life and
other features, such as color and freshness of the
fruit, vegetables and leafies.
Retailers increasingly demand more sophisticated
products in terms of quality, convenience and
practicality. Furthermore, food safety becomes a
14
swisscam magazine 55
12/2008
In the next few years, Brazilian consumers will most
likely feel the need to change their diet, reducing
the ingestion of caloric products and increasing the
intake of fibers, vitamins, mineral salts and lowcalorie, low-fat foods. Vegetable production companies have prioritized their genetic improvement
programs to make a direct contribution by offering
higher nutritional variables. This will be a key factor in preserving consumers’ health and fostering
longevity. A balanced and healthy diet also helps
prevent the chronic illnesses associated to modern
life. “By ingesting 5 servings of fruit and vegetables
per day, one can keep illnesses at bay”.
We must develop this national collective effort targeting the Brazilian population that is consuming
three times less fruit and vegetables than the 400g
individual daily intake recommended by the WHO
(World Health Organization). This is one of the points
Abcsem is working to raise public awareness about,
hoping the benefits will be translated into life quality
and longevity for the Brazilian population.
Abcsem is also planning to intensify its actions
aimed at pressing the competent authorities to
amend and create new legislation benefiting the
fruit, vegetable and ornamental crop sector, and to
promote qualification courses and strengthen its
alliances with partner institutions. Sallit also points
out to the sector’s role in promoting a healthy diet
among Brazilians, whose weight-gain statistics
increase every day.
Francisco Sallit é engenheiro agrônomo, atual presidente da ABCSEM, Gerente
Comercial Vegetais na Syngenta Seeds Ltda e trabalha na empresa há 11 anos.
[email protected]
Agronomist Francisco Sallit is chairman of ABCSEM and manager of the Vegetable
Business Division at Syngenta Seeds Ltda, where he has been working for 11 years.
[email protected]
Proofreading: C.I.I. Idiomas
E
b y Francisco Sallit
Fo t o : m u l t i - C D
A
s estimativas indicam uma área
plantada de 700 a 800 mil hectares de hortaliças (excluindo
cultivos de batata e alho) com
envolvimento de cerca de 700
mil produtores, que acabam
por gerar cerca de 3 milhões
de empregos diretos. Essa intensidade de mãode-obra pode ser contrastada com o segmento
de grandes culturas, pois o setor de hortaliças
demanda cerca de 4 a 6 pessoas por hectare,
contra 0.4 pessoa por hectare das grandes culturas, como soja e milho. “O agronegócio HFO é
O brasileiro consome 3 vezes
menos ‘hortfrutis’ ao dia do que
a OMS recomenda, que é 400g
por pessoa ao dia.
foco:alimentos
O Setor de Hortaliças
e sua Importância no
Contexto da Produção
e Desenvolvimento
Econômico e Social
Atualmente, estima-se que o setor movimente
R$15 a 20 bilhões, através de um mercado muito
diversificado, com mais de 80 espécies e uma
grande segmentação, devido a diferentes tipologias
de produtos.
por Francisco Sallit
constituído basicamente por agricultores familiares e a agricultura familiar tem tanta relevância
para o País que este ano o Governo Federal
destinou parte da verba do Plano Safra ao setor
(www.mda.gov.br/saf/arquivos/0834517738.
pdf)”, observa Francisco Sallit, presidente da
Abcsem (Associação Brasileira de Comércio de
Sementes e Mudas).
Outro ponto a ser abordado refere-se à colaboração expressiva que a indústria de sementes
oferece a toda a cadeia de valor: em um período de 10 anos o incremento da produtividade
do segmento de hortaliças alcançou cerca de
40%, enquanto a superfície plantada teve uma
redução de aproximadamente 5%. Grande parte
desse aumento de produtividade está associada à geração de novas variedades, que tem
altas respostas aos níveis de investimento em
nutrição, modernas técnicas de manejo e alta
sanidade de plantas, que resultam no aumento
expressivo dos níveis de produtividade.
A indústria de semente lançou na última década
e continua gerando novas tipologias de produtos, altamente percebidas e valorizadas pelos
swisscam magazine 55
12/2008
15
demais elos da cadeia produtiva, em razão de
variáveis relacionadas a qualidade, como sabor,
valor nutricional, durabilidade pós colheita e
outros atrativos como cor e frescor das frutas,
legumes e folhosas.
O varejo tem demandado produtos mais sofisticados no ponto de vista de qualidade, conveniência, praticidade e, além disso, a questão da
segurança alimentar torna-se um ponto chave no
que diz respeito ao abastecimento dos mercados.
Nesse ponto também a indústria de sementes
tem uma participação efetiva, pois é constante
a geração de novos produtos que apresentam
resistência e tolerância a determinadas pragas
e doenças. Essas novas variedades também
colaboram efetivamente com a oferta segura de
produtos hortícolas para os consumidores.
Para isso grande campanha com ênfase em
uma dieta rica em frutas e hortaliças deverá ser desencadeada, envolvendo diferentes
setores da sociedade, como as Associações
de Produtores, Indústrias e Comerciantes de
Sementes, Câmaras Setoriais de Hortaliças e
Frutas, Ministério da Agricultura, Ministério da
Saúde, Ministério da Educação, Associações de
Supermercados, Secretarias de Abastecimento
entre outros setores.
Teremos que desenvolver esse mutirão nacional,
pois atualmente o brasileiro consome 3 vezes
menos ‘hortfrutis’ ao dia do que a OMS recomenda, que é 400g por pessoa ao dia. Essa é uma
das bandeiras que a Abcsem estará levando para
a sociedade, cujo benefício esperamos que seja
traduzido na qualidade e longevidade de vida da
população brasileira.
A Abcsem planeja também intensificar a atuação
na promoção de alterações e criação de legislações que beneficiem as HFO, junto aos órgãos
competentes, além de promover e organizar
cursos de capacitação e fortalecer alianças com
instituições parceiras. Sallit salienta ainda a importância do setor para a alimentação saudável
da população, cujas estatísticas sobre obesidade
aumentam a cada dia.
16
swisscam magazine 55
12/2008
Fo t o : D i v u l g a ç ã o
O consumidor brasileiro deverá estar passando
nos próximos anos por uma reorganização de
sua dieta alimentar, reduzindo a ingestão de
produtos calóricos para uma dieta mais rica em
fibras, vitaminas, sais minerais e baixo índice de
calorias e de gordura. As empresas do setor de
hortaliças têm priorizado os seus programas de
melhoramento genético, de forma a contribuir
diretamente com variáveis nutricionais. Esse
será um fator chave para preservação da saúde
e da perspectiva do aumento da longevidade
do consumidor, através de uma alimentação
equilibrada e saudável, que tenha uma função
preventiva de doenças crônicas de uma sociedade moderna. “O consumo de 5 porções ao dia
de frutas e hortaliças deixará o homem distante
de uma farmácia”.
Associação Brasileira do Comércio
de Sementes e Mudas
Av. Papa Pio XII, 847 sala 22
Jd. Chapadão
13070-091 Campinas - SP
Tel/Fax (19) 3243 6472
[email protected]
www.abcsem.com.br
Syngenta Seeds Ltda.
Av. Nações Unidas, 18.001
4º andar - Vila Almeida
04795-900 São Paulo - SP
Tel (11) 5643 6779
www.syngenta.com.br
focus:food
Swiss-Brazilian School
publishes cookbook
Every November the Swiss-Brazilian
School in Sao Paulo organizes its
traditional bazaar. The event gathers
the Swiss-German community and
friends and is attended by numerous
visitors.
b y Lizana M. Biasibetti Finelli de Moraes
E
very year, the event is organized around a
theme. Suggestions for the themes come
from visitors during the event and from
teachers and students during the school
term. The best suggestion is chosen
through vote. For 2008, the winning theme was
The Brazilian and Swiss Cuisines. Many activities
have been planned to fully explore such a rich topic,
foco:alimentos
Escola Suíço-Brasileira
lança livro de receitas
A Escola Suíço-Brasileira de São Paulo promove,
todos os anos, no mês de novembro, um grande
Bazar. É uma festa tradicional da comunidade
suíço-alemã e seus amigos, muito aguardada e
freqüentada por numerosos visitantes.
Durante o processo de confecção, ficou claro
para todos o quão trabalhoso pode ser editar
um livro e quanta responsabilidade se exige e é
depositada em suas folhas. Eis que, após tanto
empenho e dedicação, estamos apresentando
com grande orgulho nosso Livro de Receitas,
o qual poderá ser encontrado na Escola SuíçoBrasileira de São Paulo a partir do dia oito
de novembro, data de nossa grande festa, no
presente ano, explorando o mundo da culinária
destes países que se associam em sua própria
denominação.
por Lizana M. Biasibetti Finelli de Moraes
which offers endless possibilities. Among them, the
idea to publish a cookbook seemed obvious, particularly a book representing the culinary talents of
the students and school staff’s families.
Tr a n s l a t i o n : C . I . I . I d i o m a s
As a starting point, students, parents, teachers and
staff were asked to share with us family recipes of
typical dishes representing one of the cuisines being focused. Around seventy-five recipes, including
sweet and salted dishes, written in Portuguese and
German, were collected. Many hours were required
to collect, organize, read and edit the recipes. The
task was carried out by the dedicated school office
staff, the Portuguese and German teachers, who
revised the texts, the students’ mothers, who typed
the recipes following the pre-defined layout, and the
kindergarten students and teachers, who created
the cute drawings illustrating in the book.
During production of the book, all people involved
could realize how hard it is to publish a book and
how much responsibility is embedded in each of
its pages.
Finally, after a lot of hard work and dedication, we
are proud to release our Cook Book, available at the
Swiss-Brazilian School in Sao Paulo from November
8, when our bazaar will take place, exhibiting the
typical cuisine of the countries represented by our
institution’s name.
O livro pode ser adquirido na Recepção da Escola
Suíço-Brasileira de São Paulo. The book is sold at the
reception of the Swiss-Brazilian School in Sao Paulo.
Preço - Price: R$ 15,00
www.esbsp.com.br / Tel (11) 5682 2140
Fo t o s : D i v u l g a ç ã o
A
cada ano, esse evento é organizado em torno de um tema
atraente. As sugestões são
coletadas entre os próprios
visitantes durante a festa em
curso e entre os alunos e professores, durante o ano escolar.
As várias sugestões são levadas à votação na
Escola. Neste ano de 2008, o tema escolhido foi
a culinária brasileira e suíça. Muitas atividades
foram concebidas para explorar assunto tão rico
em oportunidades criativas. Dentre elas, não
poderia faltar a edição de um Livro de Receitas
que representasse as inclinações culinárias das
famílias ligadas à Escola.
Foi solicitado a alunos, pais, professores e funcionários que contribuíssem com receitas que
acaso possuíssem e guardassem por serem
iguarias características de uma ou outra das
culinárias em foco. Como resultado, obtivemos
aproximadamente setenta receitas de doces
e pratos salgados em português e alemão.
Recebê-las, organizá-las, revisá-las e editá-las
exigiu muito trabalho. A tarefa contou com a
colaboração dedicada da Secretaria da Escola,
de professores das duas línguas que revisaram,
das mães de alunos que gentilmente digitaram
em formato padrão as receitas, e das crianças
e mestres da Pré-Escola que, com grande motivação, criaram os desenhos graciosos para a
ilustração das páginas do livro.
Lizana M. Biasibetti
Finelli de Moraes
é coordenadora do Bazar
da Escola Suíço-Brasileira
de São Paulo.
Lizana M. Biasibetti
Finelli de Moraes is
coordinator of the Bazaar
of the Swiss Brazilian
School in Sao Paulo.
swisscam magazine 55
12/2008
17
Fig. 1 Investimentos diretos da Suíça para países do BRIC entre 1994 e 2006
em milhões CHF - in millions CHF
Swiss Foreign Direct Investment in the BRICs, 1994-2006
Rússia
Índia
6000
China
4000
2000
1994
1999
2006
Fig. 2 Exportações suíças a países membros do BRIC entre 1995 e 2007
Swiss exports to the BRICs, 1995-2007
7%
em milhões CHF - in millions CHF
Brazil is Switzerland’s major
economic partner in Latin America.
In 2007, both Swiss exports (CHF
1.9 billion) and Swiss imports
(CHF 1 billion) to and from Brazil
reached all-time highs growing
above 25%. On the investment side,
Swiss companies employ more than
92,000 people in Brazil with total
investments of CHF 10 billion mostly
in manufacturing and banking
Brasil
8000
0
Swiss-Brazilian economy
Switzerland - Brazil:
Toward a Strengthening
of Economic Relations
10000
5000
6%
4000
5%
3000
4%
3%
2000
2%
1000
0
Participação
do BRIC no
total das
exportações
suíças
BRICs` share
in total Swiss
exports
1%
1995
2000
2007
0%
b y Philippe G. Nell
A
s an emerging country, Brazil is one
of the economies with the greatest
growth potential in the world. The
country is part of the exclusive BRIC
group, made up of Brazil, Russia, India
and China. Among the BRICs, Brazil
receives by far the largest amount of Swiss foreign
direct investment (see figure 1), benefiting from a
strong and long-lasting presence of Swiss firms in
the country. On the trade side, however, since 2000,
Swiss exports to the other BRICs have grown much
faster than to Brazil, which ranks last (see figure 2)
in terms of import volumes.
Recognizing the growing role of the BRICs in the
world economy and their untapped business opportunities, the Swiss government adopted in 2006 an
overall economic strategy for each BRIC. The strategy for Brazil pursues the objective to increase trade
and investment with Switzerland. This aim should be
achieved through improving the framework conditions, eliminating trade barriers, and advancing local
horizontal issues and bilateral cooperation.
In order to implement this strategy, the Swiss
Federal Counsellor D. Leuthard and Brazilian Foreign Minister C. Amorim signed a Memorandum of
Understanding establishing a Swiss-Brazilian Joint
18
swisscam magazine 55
12/2008
Commission on Trade and Economic Relations (JC)
on February 8, 2007. Both Ministers met again in
October 2007 in Bern to launch the first meeting
of the JC with business representatives. The JC
will examine the possibility to enter into economic
Among the BRIC countries, Brazil
receives by far the largest amount
of Swiss foreign direct investment,
benefiting from a strong and longlasting presence of Swiss firms in the
country.
agreements, identify means to increase bilateral
trade and investment flows, and develop economic,
trade, technological and scientific cooperation. The
JC offers an effective platform for each government
to address any economic issue at any time. It is a
confidence-building as well as a flexible problemand solution-oriented instrument.
The challenges to reinforce Swiss-Brazilian relations are significant. On the institutional side, we
have neither an agreement to promote and protect
investments (Bilateral Investment Treaty - BIT) 1 nor
an agreement on avoiding double taxation (Double
Taxation Agreement - DTA)2. A BIT was signed in
1994 but, as many other treaties, it was never
ratified by the Brazilian Congress. Presently, there
are no perspectives for resuming talks, the core
problem being the state-investor dispute settlement
regime whereby a firm can bring a State to Court, in
particular, for appropriate compensation in nationalisation cases. Regarding the DTA, negotiations
could resume in 2009; DTAs aim at easing the tax
burden on foreign investors. The State receiving the
investments would forego some or all taxes, such
as taxes levied on dividends, interests and licences.
1
In Latin America, Switzerland has a BIT with Argentina, Bolivia, Chile, Colombia (under ratification),
Ecuador, Paraguay, Peru, Uruguay, Venezuela; Mexico; Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras,
Nicaragua, Panama; Barbados, Cuba, Jamaica and Dominican Republic (under ratification).
2
In Latin America, Switzerland has a DTA with Argentina (provisory application), Colombia (to be ratified),
Ecuador, Venezuela; Mexico; Costa Rica (to be signed), Jamaica, and, Trinidad and Tobago.
3
In Latin America, Switzerland has concluded free trade agreements with Mexico, Chile, Colombia
(to be signed) and Peru (to be signed).
economia suíço-brasileira
Suíça - Brasil:
A caminho do
fortalecimento
das relações
econômicas
Tr a n s l a t i o n : C . I . I . I d i o m a s
Switzerland and Brazil are also reviewing their 1968
Scientific and Technological Cooperation Agreement.
The new Swiss scientific foreign policy has selected
Brazil to develop joint research programs. In addition, Switzerland has submitted a draft agreement
to Brazil proposing that every year 50 trainees aged
18-35 be allowed to spend 12 months in one of the
partner countries. Discussions must also be held to
define a Mutual Recognition Agreement establishing
analysis requirements for imported wines in order
to facilitate trade.
Also, progress should be made towards decreasing
trade barriers, in particular Brazilian customs duties. This could either be dealt with under the Doha
Round or a free trade agreement with Mercosur 3.
Presently, both options look problematic considering the countries’ failure in July 2008 to agree on
modalities for world trade liberalisation under the
Doha Round and the difficulty of the European Union
to conclude the free trade part of its partnership
agreement with Mercosur. Switzerland and its EFTA
partners would be confronted with the same issues
as the European Union. Other topics of interest for
Swiss businesses include the multiple taxation system, customs procedures linked with new drawback
provisions, import licences and pro forma invoices,
temporary work visas, and participation in projects
sponsored by the USD 250 billion Growth Acceleration Program. Moreover, several questions linked
to patents, registration of medicines, protection
of test data and government purchase price affect
the pharmaceutical industry. Brazil, on the other
hand, has a significant interest in the Swiss policy
regarding biofuels and food imports.
O Brasil é o maior parceiro econômico da Suíça na América
Latina. Em 2007, tanto as exportações (CHF 1.9 bilhão)
quanto as importações suíças (CHF 1 bilhão) para o Brasil
e do Brasil alcançaram a maior alta de todos os tempos,
crescendo mais de 25%. Em termos de investimento, as
empresas suíças empregam mais de 92.000 pessoas no
Brasil, com investimentos totais de CHF 10 bilhões, principalmente na área industrial e bancária.
Switzerland and Brazil have a comprehensive economic agenda. In order to keep pace with the other
BRICs, major efforts will have to be undertaken in the
coming years to improve the economic framework
conditions and increase Brazil’s attractiveness for
new Swiss investors.
Philippe G. Nell, Diretor da Secretaria de
Economia da Suíça para as Américas, participou
de reuniões em São Paulo e Brasília, entre 1 e 5
de setembro de 2008.
Philippe G. Nell, Head of Swiss State Secretariat
for Economic Affairs - Americas held meetings in
Sao Paulo and Brasilia from September 1 to 5, 2008.
por Philippe G. Nell
C
omo país em desenvolvimento,
o Brasil é uma das economias
com o maior potencial de crescimento do mundo. O país é
membro do seleto grupo BRIC,
formado pelo Brasil, Rússia,
Índia e China. Entre os países
membros do BRIC, o Brasil é o que recebe a
maior parte dos investimentos suíços diretos
feitos em países estrangeiros (veja fig.1 / pág.
22), tirando proveito da presença de longa data
de empresas suíças no país. Em termos de
investimentos, no entanto, desde 2000, as exportações suíças para outros países membros
do BRIC têm crescido mais rapidamente do que
as exportações para o Brasil, que aparece em
último da lista em termos de volumes importados
(veja fig. 2 / pág. 22).
swisscam magazine 55
12/2008
19
Reconhecendo a crescente importância dos países do BRIC para a economia e as oportunidades
de negócios ainda inexploradas, o governo suíço
adotou, em 2006, uma estratégia econômica
completa para cada membro do BRIC. A estratégia para o Brasil busca aumentar o comércio
e os investimentos com a Suíça. Esse objetivo
deve ser atingido com a melhoria das condições
estruturais, a eliminação das barreiras comerciais e a promoção de assuntos horizontais locais
e da cooperação bilateral.
Para implantar essa estratégia, a Conselheira
Federal da Suíça, Doris Leuthard, e o Ministro
das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim,
assinaram, em 8 de fevereiro de 2007, um
Memorando de Entendimento que estabeleceu
a Comissão Mista para Relações Comerciais e
Econômicas (CM). Os ministros se encontraram
novamente em outubro de 2007 em Berna para
a primeira reunião da CM com representantes
das empresas. A CM analisará a possibilidade
de realizar acordos econômicos, identificar formas de aumentar o comércio bilateral e o fluxo
de investimentos e desenvolver a cooperação
econômica, comercial, tecnológica e científica.
A CM oferece uma plataforma eficiente para
que cada governo trate de qualquer questão
econômica a qualquer momento. A comissão
promove a construção de uma relação de confiança, sendo também um instrumento flexível
para a resolução de problemas.
Agora é sua vez:
Participe e escreva
sua Carta do Leitor
Envie suas sugestões, críticas ou comentários
para enriquecer a revista e sintonizá-la com
seu público. Aguardamos sua contribuição
em [email protected].
We invite you to participate and
write your reader’s letter.
Send your suggestions, feedback or comments
to [email protected] and help us
improve our maganize and meet our readers’
needs.
20
swisscam magazine 55
12/2008
Os desafios para fortalecer a relação entre a
Suíça e o Brasil são grandes. Em termos institucionais, não temos um acordo para promover
e proteger investimentos (Tratado Bilateral de
Investimento - BIT)1, tampouco um acordo para
evitar a dupla tributação (Acordo sobre Dupla
Tributação - DTA) 2. Os dois países assinaram
um BIT em 1994, que, como muitos outros
tratados, nunca foi ratificado pelo congresso
brasileiro. No momento, não há perspectivas
em retomar as conversas. O principal problema
é o regime de resolução de conflitos entre o
governo e investidores, no qual uma empresa
pode levar um governo à justiça, especialmente
para exigir compensação adequada em casos de
estatização. Em relação ao DTA, as negociações
poderiam ser retomadas em 2009; o objetivo
dos DTAs é abrandar a carga tributária sobre
investidores estrangeiros. O país beneficiado
pelos investimentos abriria mão de alguns ou
todos os impostos, como aqueles que incidem
sobre dividendos, lucros e licenças. A Suíça e
o Brasil também estão revendo o Acordo de
Cooperação Tecnológica e Científica firmado
em 1968. A nova política estrangeira Suíça em
relação à ciência escolheu o Brasil para desenvolver programas de pesquisa em parceria. Além
disso, a Suíça entregou ao Brasil o esboço de
um acordo propondo que 50 trainees de 18 a
35 anos de idade possam passar 12 meses em
um dos dois países. Ainda deve ser discutida
a definição de um Acordo de Reconhecimento
Mútuo para estabelecer requisitos de análise
para vinhos importados com o objetivo de facilitar o comércio.
Entre os países do grupo BRIC,
o Brasil é o país que recebe a
maior parte dos investimentos
suíços diretos feitos em países
estrangeiros, tirando proveito
da presença de longa data de
empresas suíças no país.
Deve-se também avançar as ações voltadas à
redução das barreiras comerciais, principalmente as tarifas alfandegárias. Isso poderia ser
tratado por meio da Rodada de Doha ou por um
acordo de livre comércio com o Mercosul 3. No
momento, as duas opções parecem problemáticas, considerando-se que os países não conseguiram chegar a um acordo quanto à maneira de
promover o livre comércio mundial por meio da
Rodada Doha e a dificuldade da União Européia
em finalizar a parte que tratava da liberação
do comércio em seu acordo com o Mercosul. A
Suíça e seus parceiros do EFTA confrontariam
os mesmos problemas que a União Européia.
Entre os assuntos de interesse de empresas
suíças estão o sistema de taxação múltipla, a
relação entre procedimentos alfandegários com
as novas provisões de drawback, licenças de
importação e faturas pró-forma, vistos temporários de trabalho e a participação em projetos
patrocinados pelos US$ 250 bilhões do Programa
de Aceleração do Crescimento. Além disso, várias
questões relacionadas a patentes, registros de
medicamentos, proteção de dados de testes e
preços de compra do governo afetam a indústria farmacêutica. O Brasil, por outro lado, tem
interesse na política suíça de biocombustíveis
e importação de alimentos.
A Suíça e o Brasil têm uma agenda econômica
abrangente. Para acompanhar os outros países membros do BRIC, o país deve dedicar os
seus esforços, nos próximos anos, à melhoria
das estruturas econômicas e ao aumento da
atratividade do Brasil para novos investidores
suíços.
1
Na América Latina, a Suíça tem um BIT com Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia (sob ratificação),
Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela; México; Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras,
Nicarágua, Panamá; Barbados, Cuba, Jamaica e República Dominicana (sob ratificação).
2
Na América Latina, a Suíça tem um DTA com Argentina (aplicação provisória), Colômbia (a ser
ratificado), Equador, Venezuela; México; Costa Rica (a ser assinado), Jamaica e Trinidad e Tobago.
3
Na América Latina, a Suíça concluiu acordos de livre comércio com México, Chile, Colômbia
(a ser assinado) e Peru (a ser assinado).
notícias da swisscam
Visita de Philippe Nell ao Brasil
A
chamber news
visita do Sr. Philippe Nell,
Ministro Chefe da Unidade
Américas - Secretaria de
Estado para Assuntos Econômicos de Berna, em setembro
passado, teve por objetivo
a preparação do próximo
encontro da Comissão Mista
para Relações Comerciais e Econômicas, que se
realizará no início de 2009 em Brasília.
Além disso, visitou os nossos associados Nestlé:
a fábrica de chocolate em Caçapava e Bobst:
indústria de máquinas para embalagens em
Itatiba.
M
r. Philippe Nell, Minister and Head
of Americas Unit - State Secretary
for Economic Affairs, in Berne,
visited Brazil last September for
the purpose of preparing the next
meeting of the Mixed Commission for Trade and
Economic Relations which will be held early in
2009 in Brasilia.
Tr a n s l a t i o n : G l o b a l Tr a n s l a t i o n s . B R
Em São Paulo, o Sr. Philippe Nell apresentou
a palestra “Swiss Foreign Economic Strategy
Toward Brazil - Issues and Perspectives” aos
associados da SWISSCAM, discutindo assuntos
como bi-tributação, proteção de Investimentos,
propriedade Intelectual, entre outros.
Philippe Nell’s
visit to Brazil
Mr. Philippe Nell gave a presentation in Sao Paulo,
entitled “Swiss Foreign Economic Strategy Toward
Brazil - Issues and Perspectives” to the members
of the SWISSCAM and discussed matters such as
double taxation, investment protection and intellectual property, to name a few.
Additionally, he visited our members Nestlé and
its chocolate plant located in Caçapava and Bobst,
a packing machinery industry in the town of
Itatiba.
Visita à fábrica de máquinas para embalagens
da Bobst. Visit at Bobst’s plant of packing
machinery.
Programa Nutrir da Nestlé para crianças
e adolescentes de comunidades carentes.
Nestlé’s “Programa Nutrir”: an initiative to
promote healthy habits, food safety, and food
combination to children of poor comunities.
A palestra foi realizada na casa do Cônsul
Geral da Suíça. The lecture was held at the
General Council of Switzerland’s house.
swisscam magazine 55
12/2008
21
Fo t o : s w i s s - i m a g e
foco:alimentos
O mercado internacional:
uma nova safra para os vinhos
da Suíça
A Suíça caminha rapidamente para ser
reconhecida em todo o mundo também
pela qualidade de seus vinhos. Mas, por
que um país que tem uma tradição secular
de plantação de uvas e elaboração de
vinhos de diversos tipos não marcou ainda
em definitivo sua presença no panorama
vitivinícola internacional?
por José Augusto Saraiva
A
resposta pode se resumir
a uma palavra: paixão. O
consumidor suíço encontra-se entre os mais entusiasmados amantes do
vinho em todo o mundo,
com um consumo anual
por habitante superior a 40
litros de tal maneira que a
modesta produção nacional não atende a toda a
demanda. A importação é a fonte da maior parte
do vinho consumido no país, correspondendo a
mais de 60% do consumo total. Se, entre os países produtores, os vinhedos suíços representam
menos de 0,5% da extensão total, no ranking
dos consumidores a Suíça encontra-se sempre
entre os dez mais importantes.
Essa enorme força de atração é a principal responsável por não se encontrar facilmente seus
vinhos fora das fronteiras da Confederação. Aí
temos, portanto, o que se poderia chamar de O
Paradoxo Suíço.
22
swisscam magazine 55
12/2008
O consumidor suíço
encontra-se entre os mais
entusiasmados amantes
do vinho em todo o mundo,
com um consumo anual por
habitante superior a 40 litros.
Swiss consumers are
among the most enthusiast
wine lovers in the world
with an annual per-capita
consumption of 40 liters.
tradicionais. Isso os obrigou a rever os antigos
métodos, reduzir o rendimento dos vinhedos,
privilegiarem os vinhos de qualidade superior
em detrimento do vinho mais vulgar. Enquanto
a área cultivada em vinhedos praticamente
permaneceu inalterada, ao longo dos últimos
vinte anos a produção reduziu-se em quase
25%. Igualmente, na frente mercadológica, implicou em desenvolver e promover a marca dos
vinhos suíços em consonância com a imagem
de alta qualidade construída e desfrutada por
outros ícones da presença helvética no exterior:
a tecnologia, o sistema bancário, a hotelaria, os
produtos gastronômicos.
Outro componente importante da estratégia de
promoção da qualidade dos vinhos suíços se
expressa na política de preservação e recuperação das castas autóctones e exclusivas do
País. Desde a década de 1990 iniciou-se um
programa de salvaguarda que tem por objetivo
cobrir a região do Valais com uvas típicas em
um quarto de seus vinhedos.
Mas esta realidade está em forte câmbio. E não
apenas em números se expressa uma intensa
atividade no País; os últimos anos vêm mostrando uma busca permanente pela melhoria da qualidade no vinho produzido. Reflexo de uma con-
Enquanto a área cultivada
em vinhedos praticamente
permaneceu inalterada, ao
longo dos últimos vinte anos
a produção reduziu-se em
quase 25%.
corrência cada vez maior à qual os produtores
de todo o mundo vêm sendo expostos, também
na Suíça os elaboradores de vinhos tomaram
providências para atender a um consumidor
sempre mais alcançável por vinhos oriundos de
toda parte, inclusive de regiões produtoras não
Também como decorrência dessa estratégia,
passa a ser mais freqüente a presença de vinhos
suíços nos principais concursos internacionais,
aonde vão à busca do reconhecimento da qualidade que alcançaram após os esforços qualitativos. E os resultados chegam sob a forma de
muitas premiações e elogiosas referências da
crítica especializada. Enólogos suíços passam a
ser referência para seus colegas em outros países e nomes como Madeleine Gay, Luc Sermier,
Marie-Thérèse Chappaz, Paz Espejo e Nicolas
Zufferrey têm seus vinhos desejados por apreciadores no mundo inteiro.
encantam com a complexidade e elegância
dos vinhos brancos Petite Arvine, com a rústica amabilidade dos tintos Humagne Rouge, e
mais ainda em reconhecer um novo estilo para
a Syrah, especialmente do Valais. Os distintos
terroirs do Vaud, Ticino, Genève, Neuchâtel-Trois
Lacs, Zurich-Grisons aportam individualidade
às uvas locais.
Os primeiros resultados são entusiasmantes
e abrem caminho para que produtores menores sigam os passos das grandes empresas
cooperativas, normalmente os pioneiros nesta
empreitada. Uma pequena fração dos vinhos suíços já pode ser encontrada na Bélgica, Holanda,
Luxemburgo, Alemanha, EUA, alguns países da
Ásia, incluindo a China e também no Brasil.
José Augusto Saraiva
é Diretor da Importadora
Vitis Vinifera.
José Augusto Saraiva
é Diretor da Importadora
Vitis Vinifera.
Esse movimento em busca do mercado internacional é ainda nascente, mas apóia-se na base
sólida representada pelo fantástico patrimônio
genético de variedades de uvas autóctones e
apenas existentes na Suíça. Vinhos que surpreendem mesmo aos aficionados e especialistas,
muitos dos quais pouco conhecem além da
onipresente Chasselas e da delicada mescla
entre Pinot Noir e Gamay na Dôle. E que se
swisscam magazine 55
12/2008
23
A new age
for Swiss wines
in the international
market
Switzerland is on the way to be
recognized worldwide as a quality
wine producer. One could wonder
why a country with a century-old
grape production and winemaking
tradition has not yet established
itself as a major international
winemaking player.
b y José Augusto Saraiva
T
he answer can be summed up in one word:
passion. Swiss consumers are among the most
enthusiast wine lovers in the world with an annual
per-capita consumption of 40 liters, a demand
that cannot be met by domestic production alone.
Imported wines account for 60% of the wine consumed in the country. While Swiss vineyards represent only 0.5% of the world’s total planted area,
in terms of consumption by the Swiss, they rank
among the top ten.
This strong domestic demand is the reason why
Swiss wines are not widely available abroad. And
this is what we call the Swiss Paradox.
However, things are changing in Switzerland. In
addition to the positive production figures, which
reflect the sector’s growth, the country has been
constantly seeking to improve the quality of its
wine. The fiercer competition faced by producers
all over the world is also forcing Swiss winemakers
to adopt effective measures that will enable them to
meet the needs of wine consumers, who are eager
to buy wine produced in different regions, including non-traditional winemaking regions. Therefore,
producers are updating their production methods,
Cave Bovy em Chexbres na
região de vitivinicultura de
Lavaux no Lago de Genebra.
Cave Bovy in Chexbres in
the wine-growing region of
Lavaux on Lake Geneva.
24
swisscam magazine 55
12/2008
While the planted area has remained
the same, the last twenty years saw
production levels falling by 25%.
Another important component of the Swiss strategy
to promote the quality of its wines is the country’s
policy to preserve and recover its native and exclusive grape varieties. In 1990, Switzerland started a
program to protect such varieties through planting
one quarter of the country’s vineyards with native
grapevines.
Also as a result of this strategy, more and more
Swiss wines are present in major international wine
contests, seeking recognition for the high-quality
achieved thanks to producers’ qualitative efforts.
And this recognition comes in the form of numerous
awards and praises from specialized wine critics.
Swiss enologists are now mentioned as reference
among their peers and the wines produced in vineyards supervised by Madeleine Gay, Luc Sermier,
Marie-Thérèze Chappaz, Paz Espejo and Nicolas
Zufferrey are sought after by connoisseurs from all
over the world.
The strategy to reach the global market is new, but
it relies on a solid basis represented by the fantastic
Lavaux, a região de vitivinicultura no lago de
Genebra, pertence ao Patrimônio Mundial da
UNESCO. Colheita de uva próximo a St-Saphorin.
Lavaux, the wine-growing region on Lake
Geneva, is part of the UNESCO World Heritage.
Grape harvest near St-Saphorin.
Humagne Rouge, a rustic and gentle red, and the
modified Syrah from the Valais also delight these
wine experts. The distinct terroirs from Vaud, Ticino,
Neuchâtel-Trois Lacs, Zurich-Grisons show the
uniqueness of the local grapes.
The first results are encouraging, stimulating smaller
producers to follow on the footsteps of the large cooperative outfits, many of which have pioneered the
movement. Today a small number of Swiss wines are
available in Belgium, the Netherlands, Luxemburg,
Germany, the United States, a few Asian countries,
including China, and Brazil.
Tr a n s l a t i o n : C . I . I . I d i o m a s
focus:food
genetic characteristics of Switzerland’s native and
exclusive grapevines. These wines are a surprise
even for wine lovers and specialists, many of whom
know very little about the Swiss varieties other than
the omnipresent Chasselas and the delicate blend
of Pinot Noir and Gamay na Dôle grapes. The Petite Arvine, a complex and elegant white wine, the
Fo t o s : s w i s s - i m a g e
reducing production yields, and abandoning production of cheaper wines to focus on superior quality
wines. While the planted area has remained the
same, the last twenty years saw production levels
falling by 25%. Likewise, on the market side, the
country has been developing and promoting a Swiss
wine brand whose image is linked with the same
quality recognized abroad in a number of other Helvetian icons: the technology, the banking system,
the hotels, and the food.
notícias da swisscam
Presidents’
Club com
Stephen
Kanitz
E
m meio à crise financeira mundial,
Stephen Kanitz mostrou aos espectadores do Presidents’ Club um
ponto de vista otimista para o Brasil,
país com grande biocapacidade e
um dos maiores em disponibilidade
em terras aráveis.
Christian Hanssen e Stephen Kanitz.
Consultor e administrador, Kanitz ressalta que
a situação do Brasil é diferente da dos Estados
Unidos, por ter um setor imobiliário pequeno e
juros reais sempre positivos. A “contaminação”
só ocorreu no Brasil em função da especulação
de empresas que procuraram maximizar os
lucros no mercado financeiro, aumentando os
níveis de risco assumido. Kanitz defende que
o que houve, apesar da crise mundial, foi uma
grande contaminação psicológica.
chamber news
Presidents’ Club
featuring Stephen Kanitz
I
n the midst of the world financial crisis, Stephen
Kanitz presented the audience at the Presidents’
Club an optimistic outlook for Brazil, a country that
has enormous biofuel capacity and one of the largest
available arable land tracts in the world.
Another highlight is the growth in the number
of those enrolled in higher education and in the
number of graduates in business administration,
which makes Brazil a country that has become
increasingly better managed. Good news also for
companies!
Tr a n s l a t i o n : G l o b a l Tr a n s l a t i o n s . B R
Kanitz, a consultant and business executive, remarked that the situation in Brazil is different from
that of the United States, because it has a small
real estate sector and positive real interest rates
at all times. The “contamination” only took place
in Brazil because of corporate speculation in an
effort to maximize profits on the financial market,
thus increasing the risk involved. Kanitz defended
what happened as an enormous psychological contamination, despite the world crisis.
Outro destaque é o crescimento no número de
matrículas no ensino superior e na formação de
administradores, o que faz com que o Brasil seja
um país cada vez mais bem administrado. Boa
notícia também para as empresas!
swisscam magazine 55
12/2008
25
foco:alimentos
Classe baixa, alto lucro?
Fatores de sucesso na base
da pirâmide
Só se consegue construir um mercado de consumo
na base da pirâmide quando se supera a “lógica
dominante” das cadeias tradicionais de valores e
as crenças dos líderes empresariais por meio da
compreensão profunda dos consumidores.
por Marco Adriano Carrino
E
les não são ricos e nem se
enquadram na definição de
classe média, mas também
não são os mais pobres
entre os pobres. Juntos,
eles formam o segmento de
consumo mais inexplorado
do mundo, representando
55% da população mundial.
Juntos eles somam 4 bilhões de pessoas, um
número que pode ser traduzido em um poder
de compra de mais de US$ 1 trilhão por ano.
Eles são os consumidores emergentes da base
da pirâmide (BdP).
Atualmente, a maioria das empresas ainda
compete para ganhar a atenção de uma minoria
de consumidores em potencial e ignoram esse
importante e adormecido mercado. Esses consumidores não têm, de fato, acesso às oportunidades de criação de riqueza, não sendo alvo
dos produtos e serviços oferecidos pelo mercado.
26
swisscam magazine 55
12/2008
Fazer negócios com os pobres em mercados
emergentes requer um entendimento profundo
da realidade global e uma mudança radical
no modo de fazer negócios das empresas. É
necessário ir além da sabedoria convencional
e quebrar paradigmas já enraizados. Hoje, as
empresas são vistas como parceiros importantes
e provedores de soluções no contexto desse desafio, que difere claramente de mera filantropia
ou caridade e que enfoca exclusivamente novos
negócios e mercados que combinam a geração
de lucros e empreendimentos auto-sustentáveis
com as necessidades da sociedade.
No Brasil, as classes C, D e E compõem o mercado BdP, que representa 87% das famílias,
sendo responsável por 53% da renda nacional.
Suas rendas crescem mais rápido do que a
economia. Esses consumidores emergentes,
predominantemente jovens, usam regularmente
xampus e detergentes de marca, gastam cada
vez mais com produtos de beleza e possuem
modernos telefones celulares ou aparelhos de
DVD. Os gastos com alimentação têm prioridade
entre as despesas mensais e, na média, 58% do
orçamento familiar é gasto com alimentos. Em
termos de comida, o foco principal é garantir
a sobrevivência, comendo o máximo possível.
E quando sobra algum dinheiro, a mãe ainda
compra um lanchinho para o filho.
Durante um estágio de dois meses na Swisscam em São Paulo, trabalhando na elaboração
de um manual de procedimentos descrevendo
leite em pó é vendido geralmente em latas de
metal, como muitos outros produtos da Nestlé. A
nova embalagem reduz a vida do produto, mas,
por outro lado, permite que a empresa reduza o
preço, tornando-o mais acessível para famílias
de baixa renda.
A pesquisa mostrou que para muitas empresas a
adoção de canais de distribuição inclusivos ajuda
a aumentar a penetração de seus produtos. A
Nestlé vende alguns de seus produtos a microdistribuidores divididos por área geográfica na
cidade de São Paulo. Esses micro-distribuidores
preparam kits de produtos com um foco temático: café da manhã, lanche escolar, cestas de
alimentos e outros. Além de preparar os kits,
eles contratam vendedoras locais para vendas de
porta a porta. Essas mulheres usam carrinhos de
empurrar. No primeiro contato, os novos clientes
são cadastrados e, quando fazem a primeira
compra, eles ganham 20 dias para pagar por
seus produtos. Como as vendedoras moram no
mesmo bairro que os clientes, a inadimplência é
baixa e elas não ficam expostas a crimes, como
roubos e assaltos.
as tarefas e responsabilidades de cada função
na Câmara, e com o objetivo de escrever minha
tese de graduação, entrevistei várias empresas
nacionais e multinacionais que trabalham principalmente nos setores de bens de consumo e
financeiro, procurando saber mais sobre suas
atividades voltadas ao mercado BdP. O objetivo
de minha tese era identificar e comparar os
principais fatores de sucesso das empresas
No Brasil, as classes C, D e E
compõem o mercado BdP, que
representa 87% das famílias,
sendo responsável por 53% da
renda nacional.
que se dão bem fazendo o bem; empresas que
entendem que não conseguiriam sobreviver em
uma sociedade fracassada. Empreendimentos de
sucesso na base da pirâmide têm em comum
uma compreensão profunda das necessidades
e aspirações dos consumidores dentro de um
ambiente sócio-econômico único, marcado pela
informalidade e pela fraca infra-estrutura.
O primeiro produto redesenhado para a Nestlé
Brasil foi o leite em pó “Ideal”, fortificado com
ferro, cálcio e vitaminas A e D, oferecendo um
produto nutritivo por um preço acessível a famílias de baixa renda. Além de ser elaborado com
uma fórmula exclusiva, o leite em pó “Ideal” vem
em uma nova embalagem plástica de 200g. O
Recentemente, algumas vozes têm se levantado contra as empresas, dizendo que elas
estão “vendendo para os pobres” em vez de
implantar soluções de inclusão social. Ao invés
de apenas vender um produto existente usando
uma abordagem de cima para baixo, reduzindo
o tamanho da embalagem e o preço, algumas
empresas vão além. Para ter sucesso, a cadeia
tradicional de valor precisa enfrentar o desafio
de redesenhar seus produtos, empregar pessoas
das comunidades locais para trabalhar como
vendedores de porta a porta, ou usar sistemas
alternativos de avaliação de crédito para clientes
sem renda formal. Com o objetivo de realinhar
a hipótese BdP, o professor Stuart Hart (2007)
desenvolveu a estratégia “BdP 2.0” (segunda
geração da BdP), que vai além do mero conhecimento, chamando para um diálogo profundo,
colaborando com as partes interessadas, como
colegas, e construindo confiança com uma rede
local de parceiros globais.
Concluindo, não há uma maneira simples de
garantir o sucesso de empreendimentos na base
da pirâmide econômica. A tese combina e apresenta fatores de sucesso internos e externos,
que vão da colaboração intrínseca dos consu-
midores até a quebra dos paradigmas existentes
em estruturas lógicas presumivelmente fixas
no topo das empresas, promovendo a criação
de estratégias de ponta para a co-geração de
negócios, resultando numa situação onde todos
saem ganhando.
Leitura adicional - Further reading
Capitalism at the Crossroads;
Stuart L. Hart (2007), Wharton
School Publishing
BoP information platform:
http://www.nextbillion.net
focus:food
Profitable Poor?
Success factors at the
base of the pyramid
Markets at the base of the pyramid
need to be built by overcoming the
“dominant logic” of traditional value
chains and management beliefs
through a profound consumer insight.
p o r Marco Adriano Carrino
T
hey neither are affluent nor qualified
as middle class, but they are not
the poorest among the poor either.
Together they represent the largest
untapped consumer segment in the
world, accounting for almost 55%
of the world’s population. Together
they make up 4 billion people, a number that can
be translated into a spending power of over US$
1 trillion per year. They are the emerging consumers
at the base of the pyramid (BoP).
Today most businesses are still competing over a
minority of potential customers, ignoring this significant, dormant market. In fact, these consumers
are often deprived of access to wealth creation
opportunities and underserved by the products and
services that the market provides. Doing business
with the poor in emerging markets calls for a deeper
understanding of global issues and a significant shift
in the management’s way of doing business. It is
necessary to go beyond conventional wisdom and
Marco Adriano Carrino trabalhou como estagiário na
Swisscam e escreveu sua tese de graduação sobre consumidores
de baixa renda no Brasil ([email protected]).
Marco Adriano Carrino has worked as an intern at Swisscam
and has written his recent diploma thesis on low-income
consumers in Brazil ([email protected]).
swisscam magazine 55
12/2008
27
During a two month internship at Swisscam in São
Paulo, working on an internal procedure manual
describing the tasks and responsibilities of each
role at the Chamber, and with the aim to write my
diploma thesis, I interviewed national and multinational companies working mainly in the Brazilian
consumer goods and financial industry to learn
about their activities targeting the BoP market. The
thesis aims to identify and compare key success
factors of companies that do well by doing good;
companies that understand that no company can
exist in a disrupted society. Successful ventures at
the base of the pyramid are marked by a profound
understanding of consumer preferences and aspirations within a distinct socio-economic environment
where illicit employment relationships and a weak
infrastructure are still dominant.
The first product redesigned for Nestlé Brazil was
“Ideal”, a milk powder product to which iron, calcium and vitamins A and D have been added to
provide a nutritious product for an affordable price
to lower income families. Beside its exclusive formula, “Ideal” is offered in a smaller 200g newly
designed plastic bag. Traditionally, milk powder
has mainly been sold in metal cans as many other
Nestlé products. The new packaging shortens the
product shelf life, but on the other hand, it allows
the company to reduce its price and make it more
affordable for lower income consumers.
The research showed that for many companies inclusive distribution channels increase the reach of
their products. Nestlé sells some of its products to
micro-distributors acting in predefined geographical areas in the city of São Paulo. These microdistributors prepare product kits with a thematic
focus e.g. breakfast, school lunch, food baskets and
others. Besides preparing the product kits, they hire
local female sales representatives for door to door
sales. These women use a small hand pushed cart.
At first contact new costumers are registered as
clients and, when placing their first order, they get
a 20-day grace period before having to pay for the
products . As the sales representatives live in the
same neighborhood as their customers, payment
default is low and they are not exposed to criminal
violence such as robberies or hold-ups.
(second generation BoP), going beyond just plain
knowledge, calling all stakeholders for a dialogue
by engaging them as colleagues and building trust
among a local network of global partners.
Finally, there is no single way to guarantee success in ventures at the bottom of the economic
pyramid. The thesis bundles and presents internal
and external success factors ranging from deep
consumer insight to breaking paradigms on presumably unchangeable logical frameworks within
management towards next generation strategies
for business co-creation, leading to a real win-win
situation.
Tr a n s l a t i o n : C . I . I . I d i o m a s
In Brazil the income classes C, D and E have been
identified as the BoP market that represents 87% of
all households, accounting for 53% of the national
income. Their incomes are growing faster than the
economy. These predominately young emerging
consumers use branded shampoos and detergents
on a regular basis, increasingly indulge in beauty
products and own modern cell phones or DVD players. Food is a priority among the monthly expenses
and in average 58% of the household budget is spent
on food. When it comes to food, the primary focus is
to guarantee basic survival, filling up the stomach by
eating as much as possible. If there is a little money
left, mothers buy their kids a snack.
Lately, many have been arguing that most companies are just “selling to the poor” instead of implementing more inclusive business solutions. Instead
of just selling an existing product using a top down
approach, by reducing package size and price, some
companies are going a step further. To be successful,
the traditional value chain is challenged to promote
a thorough product redesign, employing staff out of
the local community to work as distributors selling
door-to-door or using alternative credit evaluation procedures for customers with no regular or
formal income. With the objective of bringing the
BoP hypothesis back on track, Professor Stuart
Hart (2007) has designed the “BoP 2.0” strategy
notícias da swisscam
Seminário sobre
investimentos na
Suíça Seminar concerning
chamber news
N
o dia 30 de outubro de 2008, na sede
da FIESP, em São Paulo, foi realizado o
seminário “Suíça - Sua Plataforma
no Coração da Europa”, organizado
pela Agência Suíça de Promoção de Negócios e
Investimentos (Switzerland Trade and Investment
Promotion), da Embaixada da Suíça no Brasil e
da Federação das Indústrias do Estado do São
Paulo - FIESP, com o apoio da SWISSCAM.
O objetivo do evento foi promover as principais
vantagens que a Suíça oferece às empresas brasileiras que desejam expandir seus negócios no
mercado europeu. Especialistas em investimento, tributos e negócios mostraram por que este
país é uma excelente plataforma de exportação
e investimentos na Europa.
De acordo com estudos elaborados pela consultoria PricewaterhouseCoopers, a Suíça tem sido
o destino preferido de empresas estrangeiras
que buscam a inserção de seus serviços e produtos no continente europeu. Este fato se deve,
principalmente, à qualidade da infra-estrutura,
à elevada capacitação da mão-de-obra e, se
comparado com outras nações européias, à
reduzida carga tributária deste país.
O evento também aconteceu em Porto Alegre, na
sede da FIERGS - Federação das Indústrias do
Rio Grande do Sul no dia 28 de outubro.
Um novo evento está previsto para outubro de
2009. Quem se interessar em investir na Suíça
e não quiser esperar até lá, entre em contato
conosco: [email protected] ou
+55 11 5683 7447.
investments in
Switzerland
T
he “Switzerland - Your Platform in the Heart
of Europe” seminar was held on October 30,
2008, at FIESP headquarters in São Paulo,
organized by the Switzerland Trade and Investment
Promotion Agency, of the Swiss Embassy in Brazil
and the Federação das Indústrias do Estado do São
Paulo - FIESP (The São Paulo State Federal of Industries) and with the support of SWISSCAM.
The objective of the event was to promote the
most distinctive advantages Switzerland can offer
Brazilian companies that would like to expand their
businesses in the European market. Specialists in
investments, taxes and business demonstrated why
this country is such an excellent export and investment platform in Europe.
According to studies prepared by the consulting
firm PricewaterhouseCoopers, Switzerland has
been the preferred location for foreign companies
looking to market their products and services on the
European continent. This fact is owed especially to
the high quality infrastructure, labor capacity and
the lower tax burden there in comparison to other
European nations.
The event was also held in the city of Porto Alegre
at the FIERGS (Federation of Rio Grande do Sul Industries) headquarters on October 28.
The event has been scheduled to be held again in
October 2009. If you are interested in investing in
Switzerland and do not wish to wait until then please
contact us at: [email protected] or
+55 11 5683 7447.
swisscam magazine 55
12/2008
29
Tr a n s l a t i o n : G l o b a l Tr a n s l a t i o n s . B R
break established paradigms. Today, businesses
are accepted as important partners and solutionproviders in this endeavor, which is clearly distinct
from philanthropy and charity, and focuses strictly
on new businesses and markets that align profitmaking and self-sustaining ventures with the needs
of the society.
international
In July, an unprecedent milestone
marked the history of Brazilian
emigration. Brazil was finally
recognized as a permanent source
of immigrants, and an event was
organized adressing Brazilians living
abroad.
T
Fo t o : D i v u l g a ç ã o
Conference addresses
Brazilians living abroad
p o r Irene Zwetsch
The Brazilian Council in Switzerland was represented by Maria Rolim Janotta, Carminha Pereira
and Theodora Leite. This issue of the Swisscam
Magazine brings their views on the conference and
an article about how the country plans to deal with
emigration in the future.
The event was the first step taken by the Brazilian
government to address the situation of the 3 or 4
million Brazilians living in all corners of the world,
and it was organized in a way to allow participation
of Brazilians living abroad as well as others living
in the country. The MRE and FUNAG supported the
event’s logistics, making it easier for the participants
to attend. Several information booths, organized by
geographic region, were set up in the gardens of the
Itamaraty Palace, where the conference took place,
providing visitors with information about the work
developed by the different groups involved in the
project. Additional space was also made available
for specific groups to hold meetings during the
event. One such group was the Network of Brazilian
Men and Women Abroad, created last year in Brussels and having as member the Brazilian Council
in Switzerland.
Some aspects of the organization, however, raised
strong criticism, including the selection of the
guests that had their tickets, accommodation and
food expenses paid by FUNAG, in a way that was
considered by many as “undemocratic”. In addition,
lack of proper promotion restricted the participation
of others interested in attending the event, therefore,
some were unable to make it to Rio de Janeiro in
time. Moreover, the event facilities were not large
enough for the number of participants, forcing many
to watch the conference on screens set up next to
the main conference area.
30
swisscam magazine 55
12/2008
Another factor causing frustration was that the
emigrants were not involved neither in the organization of the conference nor in the selection of the
topics, besides not being allowed to ask questions
or make comments during the roundtables. “During the meeting in Europe, for instance, a number
of proposals was put forward without giving emigrants the opportunity to discuss the ideas, align
them and build a basis for a common and coherent
document”, notes Mônica Pereira, from Belgium.
Also the time allotted for the emigrants to speak was
much shorter than that allowed for the diplomats.
According to Theodora Leite “They [the diplomats]
wanted to dominate the talks, and so they did. But I
think they did not listen a lot (unfortunately). I believe
the Brazilians, who wanted to express their minds,
were disappointed”.
Maria Janotta notes the absence of representatives
from other countries, such as Austria and African
countries, but, even so, she believes the results
of this 1 st Conference were positive. She says it
was an enriching experience, especially for the
opportunity to see “how diverse and organized the
Brazilian community abroad is, with many people,
groups and associations fighting for rights that we,
in Switzerland, have already been granted”.
Carminha Pereira agrees with Janotta and adds
that during the Rio de Janeiro meeting, it became
obvious that the “Brazilians living abroad represent
the same diversity of those residing in Brazil, and
living abroad does not mean they all think the same
way. The different groups have different interests,
sometimes, contradictory ones.”
As a result of the Conference, another meeting was
scheduled to take place in 2009 under the sponsorship of the Brazilian government in partnership with
representatives of emigrant groups. A highlight of
the event was the discussion around emigrants’
status. All participants agreed that the communities
living abroad must have a direct channel to communicate with the Brazilian government, but how
this channel would be created is yet to be defined.
Representantes do Conselho Brasileiro na
Suíça: Sandra (ABEC), Theodora, Carminha e
Maria. Representatives of the Brazilian Council
in Switzerland: Sandra (ABEC), Theodora,
Carminha e Maria.
This topic should be at the top of the agenda for
the next conference.
In line with the idea to create this communication
channel, the participants endorsed ratification of
a Constitutional Amendment proposed by Senator
Cristovam Buarque (www.cristovan.org.br) granting
Brazilians living abroad the right to elect congress
representatives and senators. This would be a first
step to assure the voices of those residing outside
Brazil will be heard by the federal government without the need to set up special agencies. This idea
was also brought to the event by the Council (see
the proposals at www.conselho-brasileiro.ch).
Also during the meeting, a motion was approved to
reject the polemic European Directive forcing illegal
emigrants to return to their countries.
All documents generated during the meeting and
the video footage of the 1st Conference on Brazilian
Communities Abroad are available at http://funag.
evento.tv.br and http://www.abe.mre.gov.br (click
on the logo “Brazilians Around the World” on the
left). The page of the Brazilian Council in Switzerland also contains links to these and to other pages
mentioning the Conference.
Irene Zwetsch é
membro do Conselho
Brasileiro na Suíça.
Irene Zwetsch is a
member of the Brazilian
Council in Switzerland.
Tr a n s l a t i o n : C . I . I . I d i o m a s
he 1st Conference on Brazilian
Communities Abroad - ‘Brazilians Around the World’, which
took place on July 17-18 in Rio
de Janeiro and gathered 400
participants, was sponsored by
the General Office for the Brazilian Communities Abroad (SGEB)
and the Ministry of Foreign Affaris (MRE), with support from Fundação Alexandre
de Gusmão (FUNAG). In addition to representatives
from different countries, several governmental and
parliamentary officials, subject-matter experts and
students also attended the event.
internacional
Conferência discute situação
dos brasileiros no mundo
O mês de julho marcou um momento inédito na história da
emigração brasileira. Finalmente reconheceu-se o Brasil
como país de emigração e foi realizado um evento voltado
para a população brasileira residente fora do país.
A
por Irene Zwetsch
I Conferência sobre as Comunidades
Brasileiras no Exterior - “Brasileiros
no Mundo”, aconteceu nos dias 17
e 18 de julho de 2008 no Rio de
Janeiro, sob organização da Subsecretaria-Geral das Comunidades Brasileiras
no Exterior (SGEB), do Ministério das Relações
Exteriores (MRE), com o apoio da Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e reuniu mais de 400
participantes. Além dos representantes vindos de
vários países estiveram presentes autoridades
governamentais, parlamentares, estudiosos do
assunto e estudantes.
O Conselho Brasileiro na Suíça também se fez
representar, por meio de Maria Rolim Janotta,
Carminha Pereira e Theodora Leite. Nesta edição trazemos um resumo das impressões que
as três tiveram no evento e um relato de como
a questão dos emigrantes será encaminhada
daqui para a frente.
Primeiro passo concreto do Governo Brasileiro
em direção aos 3 ou 4 milhões de brasileiros
espalhados mundo afora, o evento foi organizado
de forma a permitir uma ampla participação dos
brasileiros residentes no exterior e dos demais
interessados vivendo no Brasil. Também houve
muito apoio por parte dos colaboradores do MRE
e FUNAG na parte logística, o que facilitou a vida
dos participantes. Vários estandes informativos
por zonas geográficas, montados nos jardins do
Palácio Itamaraty, onde foi realizado o encontro,
garantiam a divulgação e acesso à informação
sobre o trabalho dos vários grupos presentes. Foi
importante também a disponibilização de espaço
físico para a realização de reuniões paralelas
de grupos específicos, como foi o caso da Rede
Brasileiras e Brasileiros no Exterior, criada no
ano passado em Bruxelas e da qual o Conselho
Brasileiro na Suíça participa.
Alguns aspectos da organização porém deixaram
a desejar. Um deles foi a escolha dos convidados
que foram agraciados pela FUNAG (passagens,
estadia e alimentação pagas), não considerada
“democrática” em vários países. Além disso,
falhas na divulgação prévia da Conferência
acabaram limitando a participação de outras
pessoas interessadas, que não tiveram tempo
hábil para organizarem sua ida ao Rio de Janeiro. Por outro lado, a falta de um espaço que
comportasse todos os participantes fez com que
muitos tivessem de assistir à conferência em
telões, ao lado da sala de debates.
O pouco envolvimento dos emigrantes na preparação da conferência, na escolha dos temas
em debate e em sua organização prática geraram frustração, principalmente porque durante
os debates não eram permitidas perguntas ou
comentários daqueles que não faziam parte
da mesa. “Na reunião da Europa, por exemplo,
assistiu-se a uma enumeração de propostas sem
que se tivesse a oportunidade de discuti-las,
harmonizá-las e construir uma base para um
documento comum coerente”, observa Mônica
Pereira, da Bélgica. Ficou clara a desproporção
do espaço concedido aos emigrantes e aos diplomatas. Como resume Theodora: “eles queriam
falar, e muito - e falaram. Ouvir, acho que muito
pouco foi ouvido (infelizmente); os brasileiros
que foram para falar ficaram decepcionados
ao meu ver”.
Maria Janotta, por sua vez, sentiu falta de representantes de outros países, como da Áustria e do
continente africano, mas acredita que para uma
I Conferência, os resultados foram positivos. Ela
considerou a experiência muito enriquecedora,
especialmente pela oportunidade de ver “a diversidade de como nossa comunidade brasileira
está organizada, com muitas pessoas, grupos ou
associações lutando por pequenas reivindicações, que nós aqui na Suíça já conquistamos”.
Carminha Pereira reforça as palavras de Maria e
acrescenta que no encontro do Rio foi possível
confirmar que “os brasileiros no exterior representam a mesma diversidade dos brasileiros
residentes no Brasil e o fato de se estar morando
no exterior não faz com que todos sejam iguais.
Os interesses são bem diferentes e chegando a
ser até contraditórios”.
Como resultado da Conferência foi assumido
o compromisso para a realização de um novo
encontro em 2009, organizado pelo governo
brasileiro em parceria com representantes de
emigrantes. A discussão sobre o tema do Estado
do Emigrante foi um dos pontos altos do evento,
suscitando muito debate. Todos os participantes
concordaram que a população emigrante precisa
ter um canal direto de contato com o Governo
Brasileiro, mas a forma que esse canal deve assumir ainda não está clara e deve ser o principal
tema de discussão do próximo encontro.
No caminho para essa linha de contato, foi
aprovado o apoio dos participantes à proposta
de Emenda Constitucional da autoria do senador
Cristovam Buarque (www.cristovam.org.br), concedendo ao brasileiro residente no estrangeiro
o direito de eleger deputados e senadores. Esse
seria um começo para garantir que a voz dos brasileiros no Exterior seja ouvida no Planalto, sem a
necessidade de criar mais estruturas. Essa idéia
também constava das propostas levadas pelo
Conselho ao evento (confira todas as propostas
no site www.conselho-brasileiro.ch).
Foi aprovada no encontro ainda uma moção de
repúdio contra a Diretiva Européia acerca do
“Retorno” dos migrantes em situação irregular,
que tem causado muita polêmica.
Todos os documentos do encontro, assim como
os vídeos da I Conferência das Comunidades
Brasileiras no Exterior podem ser acessados
nos sites: http://funag.evento.tv.br e http://www.
abe.mre.gov.br (clique na Logo “Brasileiros no
Mundo” , à esquerda).
Na página do Conselho Brasileiro na Suíça também estão incluídos os links para essas e outras
páginas que tratam da Conferência.
swisscam magazine 55
12/2008
31
jurídico
A Pirataria e as
Medidas Judiciais
no Brasil
“A pirataria é o crime do século 21”, já afirmou o Sr. Luiz Paulo Barreto,
presidente do CNCP (Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos
contra a Propriedade Intelectual) e secretário-executivo do Ministério da
Justiça. De acordo com a Interpol, a falsificação de produtos movimenta
em todo o mundo cerca de US$ 520 bilhões por ano.
por Alexandre Fragoso Machado
N
esse mês de dezembro de 2008, mês do
Dia Nacional de Combate à Pirataria, o
CNCP, de acordo com o seu site na Internet (www.mj.gov.br/combatepirataria), lança
nova etapa na estratégia brasileira contra a
fabricação e venda de produtos falsos. Entre
os projetos está a assinatura entre o CNPC e a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
de um acordo para fechar o cerco aos bandidos
que comercializam medicamentos ilegais.
Apesar dos números negativos, a ação contra a
pirataria no país tem rendido bons resultados,
mostrando que o Brasil merece destaque internacional, principalmente em virtude das suas
dimensões continentais.
Pelo menos até novembro de 2008, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostra que 1.618 pessoas
foram presas por contrabando e descaminho. No
mesmo período, a PRF apreendeu 6,4 milhões de
cds e dvds, 1,45 milhão de pacotes de cigarros,
além de mais de 478 mil unidades de remédios,
97 mil litros de bebidas, 200 mil unidades de
produtos eletrônicos e outras 72 mil de equipamentos de informática - todas as mercadorias
eram pirateadas. Já a Polícia Federal realizou
541 operações entre 2006 e 2008, com a prisão
de 1.517 pessoas.
Auxiliando o alcance do resultado acima, o
sistema jurídico brasileiro, tendo adotado o da
Common Law, estabelece legislativamente a
defesa da propriedade industrial e nesse dia-
32
swisscam magazine 55
12/2008
pasão, encontram-se estabelecidas na Lei nº
9.279/96, a Lei da Propriedade Industrial em
vigor (doravante LPI), as ações que antecedem a
colocação de produtos contrafeitos no mercado,
como a busca e apreensão de bens falsificados
no estabelecimento do contrafator, e a destruição
das marcas contrafeitas nos produtos, evidentemente preservando atividades lícitas desenvolvidas em paralelo às ilícitas, respondendo
o agente (civil e criminalmente) por eventuais
excessos cometidos durante a efetivação das
medidas judiciais cabíveis.
Na esfera criminal, a LPI, nos artigos 196 s 206,
discorre, entre outras coisas, sobre a medida
de busca e apreensão facultativa garantida ao
lesado ou à autoridade que é a mais utilizada
pelos titulares de marcas falsificadas. Tratase de medida indispensável para o combate à
infração dos direitos de propriedade intelectual
em geral, usada quando há necessidade de uma
ação rápida por parte da autoridade e daquele
que tem o direito lesado.
Para conter o fluxo de produtos falsificados antes
de chegarem ao mercado, também é medida de
importância cada vez mais presente em nosso
sistema prevista nos artigos 51 a 58 do TRIPs
(Decreto nº 1355/94), anexo do Acordo Internacional que gerou a OMC, refletida no artigo 198
da LPI, qual seja: a possibilidade de apreensão,
de ofício ou a requerimento do interessado, pelas
autoridades alfandegárias no ato de conferência
nos portos, aeroportos e fronteiras em geral, dos
produtos assinalados com marcas falsificadas,
alteradas ou imitadas ou que apresentem falsa
indicação de procedência.
A medida pode se revestir de dois principais
resultados: (a) a apreensão total dos produtos
ditos contrafeitos, objetivando a cessação imediata da distribuição e comercialização indevida
dos produtos piratas; ou (b) a apreensão de um
número suficiente de produtos a instruir perícia
a ser conduzida pelo Poder Judiciário priorizando a identificação de falsificação nos produtos
apreendidos.
Na esfera cível, os processos judiciais concentram-se nos planos das tutelas de urgência e
das tutelas de cunho ordinário. De fato, a ação
mais comumente ajuizada é a ordinária cominatória de cessação de uso do bem intelectual
falsificado, geralmente cumulada com pedido
indenizatório. Tal qual ocorre nas medidas de
busca e apreensão de cunho criminal, a mesma
medida pode ser encampada em ações judiciais
que visam à cessação do uso desautorizado de
bens intelectuais de cunho cível.
Em que pese essa possibilidade, as medidas cíveis intentam a cessação imediata e final do uso
desautorizado de bens intelectuais e em muitas
vezes, essa tutela é obtida de forma antecipada
em ações cautelares, através de medidas liminares ou tutelas antecipadas.
Fo t o : U l i s s e s M a t a n d o s
O pedido de cessação do uso indevido e bens intelectuais é cumulado com pedido indenizatório
pelos danos causados pela infração.
De acordo com a LPI, os danos (lucros cessantes)
podem ser determinados pela forma mais favorável à parte lesada, obedecendo aos seguintes
critérios: (a) os benefícios que o prejudicado teria
auferido se a violação não tivesse acontecido; (b)
os benefícios que foram auferidos pelo autor da
violação do direito; ou (c) a remuneração que o
autor da violação teria pago ao titular do direito
violado pela concessão de uma licença que lhe
permitisse legalmente explorar o bem.
legal
Piracy and Legal
Measures in Brazil
“Piracy is the crime of the 21st century,” according to Mr. Luiz Paulo
Barreto, president of the CNCP (Brazilian Piracy and Crimes against
Intellectual Property Combat Council) and executive secretary of the
Justice Ministry. According to Interpol, product counterfeiting moves
roughly US$ 520 billion per year throughout the world.
b y Alexandre Fragoso Machado
Em vista disto, mesmo na hipótese do infrator
não disponibilizar os documentos contábeis que
demonstrem a quantidade de produtos fabricados e/ou comercializados que infrinjam a patente, é possível determinar os danos usando outros
critérios pré-determinados em Lei.
Alexandre Fragoso Machado é advogado e agente da
propriedade industrial integrante de Momsen, Leonardos & Cia. - SP,
pós-graduado em Direito da Propriedade Intelectual pela PUC-Rio
e em Direito das Novas Tecnologias pelo CEU-SP.
Alexandre Fragoso Machado is a lawyer and intellectual
property agent and member of the law firm, Momsen, Leonardos &
Cia. - SP, with post graduate specialization in Intellectual Property
from the Pontifícia Universidade Católica of Rio de Janeiro as well
and In New Legal Techniques from CEU-SP.
T
his month, December 2008, National Piracy
Combat Month, the CNCP, according to its Internet site (www.mj.gov.br/combatepirataria)
has launched a new phase in Brazilian strategy
against the manufacture and sale of counterfeit
products. Among the projects scheduled is the
signing by CNPC and the National Sanitary Vigilance
Agency (ANVISA) of an agreement to close the circuit
around the criminals who sell illegal medications.
Despite the negative numbers, the drive against
piracy in the country has turned in good results,
demonstrating that Brazil merits international distinction, especially owed to its continental size.
The Federal Highway Police (PRF) at least until
November 2008 reported that 1,618 people had
been arrested for smuggling and embezzlement.
swisscam magazine 55
12/2008
33
Assisting in the achievement of the above results,
the Brazilian legal system has adopted the Common
Law system which establishes within the legislative
sphere an industrial property defense and on this
scale actions which prevent the placement of counterfeit products on the market established in Law
9279/96 and the Industrial Property law in effect
(referred to in Portuguese as the LPI) as well as measures related to search and seizures of counterfeit
goods at the counterfeiters establishment and the
destruction of counterfeit trademarks on products,
while obviously endeavoring to preserve legal activities conducted in parallel to the illegal ones and the
agent responding (in civil and criminal proceedings)
for any excesses committed during performance of
the appropriate legal measures.
In the criminal sphere, the LPI in articles 196 and
206, rests on, among other things, the optional
search and seizure measure guaranteed to the
injured party or to the authority and is most often
used by the proprietors of the infringed trademarks.
This is an indispensable measure in the combat
against the violation of intellectual property rights
in general used when necessary to achieve quick
34
swisscam magazine 55
12/2008
action on the part of the authorities and the one
whose rights have been infringed.
The measure also carries a great deal of weight
toward staunching the flow of counterfeit products
before they hit the market and has gained growing
importance in our system provided for in articles
51 to 58 of TRIPs (Decree 1355/94), attached to
the International Agreement which led to the OMC,
reflected in article 198 of the LPI, which is: the
possibility of an official seizure or one performed at
the request of the interested party, by the customs
authorities at the time of inspection of the ports,
airports and borders in general of products which
bear counterfeit trademarks or ones that have
been altered, imitate or present a false indication
of origin.
The measure can produce two main results: (a)
total seizure of the alleged counterfeit products for
the purpose of immediate cessation of the undue
distribution and sale of the pirated products or (b)
seizure of a sufficient number of products to enable
an expert inspection to be conducted by the Judicial
Branch and prioritize identification of counterfeiting
of the products seized.
In the civil sphere, legal proceedings concentrate
on those urgent protection plans and those of an
ordinary nature. Indeed, the most common action
filed is an ordinary comminatory action to cease use
of the counterfeited intellectual property, normally
culminating in petitions for indemnity. The same
thing occurs in the search and seizure measures
of a criminal nature; the same measure can be
expropriated in legal actions of a civil nature that
seek to halt the unauthorized use of items of intellectual property.
This possibility is important in the civil measures
are intended to immediately and finally halt the
unauthorized us of the intellectual property and
oftentimes this protective measure is secured as a
preventative measure in precautionary measures
based on restraining orders or early preventative
measures.
The petition to cease inappropriate use of intellectual property is coupled with a petition for indemnity
for damages caused by the infringement.
According to the LPI, damages (loss of profits) can
be determined more favorable to the injured party,
based on the following criteria: (a) the benefits that
the injured party would have enjoyed if the violation had not occurred (b) the benefits which were
earned by the perpetrator of the infringement of
the law; or (c) compensation that the perpetrator
of the infringement would pay to the proprietor of
the rights infringed based on the assignment of
a license that would permit this person to legally
exploit the good.
In view of the foregoing, even if the perpetrator
is unable to provide accounting documents that
demonstrate the number of products manufactured
and/or sold that infringe the patent, it is possible to
determine the damages using other criteria already
established in law.
Tr a n s l a t i o n : G l o b a l Tr a n s l a t i o n s . B R
During the same period the PRF apprehended 6.4
million CDs and DVDs, 1.45 million packs of cigarettes in addition to 478,000 units of medications,
97,000 liters of beverages, 200,000 units of electrical products and another 72,000 pieces of computer
equipment; all goods had been pirated. The Federal
Police also conducted 541 operations from 2006 to
2008 resulting in the arrest of 1,517 people.
success story
Diamond do Brasil:
20 years of success
b y Mike Lütolf a n d Eduardo Meirelles
T
Fo t o : D i v u l g a ç ã o
he Swiss company Diamond, the world leader
in optic connectivity, has been present at all
important events in Brazil, such as the Formula 1
Grand Premier in São Paulo, Carnival transmissions
using telecommunications cables for TV stations,
at soccer stadiums such as Maracanã in Rio de
Janeiro, using fiber optics products and is present
at airports in such areas as security and communications and can even be found in tropical forest
areas and oil platforms.
success story
Diamond do Brasil:
20 anos de sucesso
empresa suíça Diamond, líder mundial na área de conectividade óptica,
tem estado presente em importantes
eventos no Brasil, como o Grande
Prêmio de Fórmula 1 em São Paulo,
na transmissão do Carnaval com os cabos de
telecomunicação para as estações de TV, nos
estádios de futebol, como o Maracanã no Rio de
Janeiro, com produtos de fibra óptica. Mas também está presente em aeroportos, com soluções
de vigilância e comunicação, e até em áreas de
floresta tropical e plataformas de petróleo.
Fundada em 1958 na cidade de Losone, Suíça, a
empresa especializou-se inicialmente em usinagem e polimento de materiais de extrema dureza
e fabricação de agulhas para equipamentos de
som. Com o aumento das demandas por soluções
ópticas voltados para aplicações em telecomunicações, a Diamond incorporou essa experiência
nas linhas de produção de componentes ópticos
e posicionou-se um passo à frente no dinâmico
universo das tecnologias de ponta.
Atualmente opera com nove fábricas e com representações em mais de 50 países. A Diamond
escolheu o Brasil para coordenar as operações
no Chile, Peru, Argentina, Venezuela e até na Angola. A instituição conquistou o reconhecimento
do seu sistema de gestão da qualidade com a
certificação ISO 9001 em nível mundial. Como
parte de suas práticas usuais, a identificação,
priorização e gerenciamento de processos fabris que prezam pela manutenção contínua da
integridade do meio ambiente, a Diamond foi
certificada na ISO 14001 pelo seu sistema de
gestão ambiental.
A Diamond Brasil, fundada em 1988, possui estrutura fabril de 3.500 m² localizada no Rio de
Janeiro e conta com Centros de Vendas e Serviços nos Estados de São Paulo e Minas Gerais,
permitindo o atendimento a clientes em todo o
território nacional. Comemorando 20 anos no
Brasil, a empresa possui produtos homologados
pela Anatel excedendo as classes e categorias
normativas mais rígidas, mais uma vez atestando
de forma documental a sua posição de liderança
na área de conectividade óptica.
Currently, Diamond operates nine plants and has
representatives in 50 countries. The company chose
Brazil to coordinate operations in Chile, Peru, Argentina, Venezuela and even in Angola. The entity has
won recognition for its quality management system
Na Diamond o futuro está evoluindo constantemente.
www.diamond-brasil.com.br
Mike Lütolf é Diretor
da Diamond do Brasil.
Mike Lütolf is the
Director of Diamond do
Brasil.
Eduardo Meirelles é
Gerente Novos Negócios
da Diamond do Brasil.
Eduardo Meirelles is
the New Business Manager
for Diamond do Brasil.
and earned ISO 9001 certification on a global scale.
Identification, prioritization and manufacturing process management are all part of its normal practices
to assure continual maintenance the integrity of the
environment earning Diamond ISO 14001 certification for their environmental management system.
Diamond Brasil, founded in 1988, has a 3,500 m²
manufacturing plant located in Rio de Janeiro as
well as Sales and Service centers in the states of
São Paulo and Minas Gerais, to enable it to provide
customer service throughout domestic territory.
Commemorating 20 years in Brazil, the company
offers products that have been approved by Anatel
and exceeds the strictest regulatory classes and
categories, once again substantiating its leadership
position in the area of optic connectivity.
At Diamond the future is continually evolving.
www.diamond-brasil.com.br
swisscam magazine 55
12/2008
35
Tr a n s l a t i o n : G l o b a l Tr a n s l a t i o n s . B R
A
por Mike Lütolf e Eduardo Meirelles
The company, founded in 1958 in the city of Losone, Switzerland, in the beginning specialized in
tooling and polishing extremely durable materials
as well as in the manufacture of needles for sound
equipment. As the demand for optic solutions for
applications in telecommunications increased,
Diamond incorporated this experience in production
lines for the manufacture of optic components has
kept one step ahead in the dynamic state of the art
technology universe.
diretório directory
Comunidade suíça no Brasil
Swiss community in Brazil
Consulados
Consulado Geral da Suíça em São Paulo Cônsul Geral: Hans Hauser
Avenida Paulista, 1754 - 4° andar, 01310-920 São Paulo - SP
Tel (11) 3372 8200, Fax (11) 3253 5716, [email protected]
Consulado Geral da Suíça no Rio de Janeiro Cônsul Geral: Roland
Fischer, Consulesa: Claudia Fontana Tobiassen, Rua Cândido Mendes, 157
11° andar, 20241-220 Rio de Janeiro - RJ, Tel (21) 2221 1867
Fax (21) 2252 3991, [email protected]
Consulado da Suíça em Belo Horizonte Cônsul Honorário:
Dieter Max Pfeiffer, Rua Paraiba 476 / sala 1002 - Funcionários,
30130-140 Belo Horizonte - MG, Tel (31) 3261 7732, Fax (31) 3262 1163
[email protected]
Consulado da Suíça em Curitiba Cônsul Honorário: André Larsen
Rua Ladislau Gembaroski, 115, Tomaz Coelho, 83707-090 Araucária - PR
Tel (41) 3643 1395, Fax (41) 3643 2357, [email protected]
Consulado da Suíça em Fortaleza – vago – (para assuntos consulares,
por favor dirijam-se ao Consulado Geral da Suíça no Rio de Janeiro)
Consulado da Suíça em Joinville Cônsul Honorário: Alberto
Holderegger, Rua Albert Einstein, 119 - Bairro América, 89204-310
Joinville - SC, Tel/Fax (47) 3433 1957, [email protected]
Consulado da Suíça em Manaus Cônsul Honorário: Duno Gerber
Rua Monsenhor Coutinho, 688 - Centro, 69010-110 Manaus - AM
Tel (92) 3233 4422, Fax (92) 3233 4412 , [email protected]
Consulado da Suíça em Porto Alegre Cônsul Honorário: Gernot
Haeberlin, Av. Viena, 374 - São Geraldo, 90240-020 Porto Alegre - RS
Tel (51) 3222 2025, Fax (51) 3222 2463, [email protected]
Consulado da Suíça em Recife Cônsul Honorário: Rudolf Fehr Júnior
Av. Presidente Kennedy, 694A, Peixinhos, 53230-630 Olinda - PE
Tel/Fax (81) 3493 7050, [email protected]
Consulado da Suíça em Salvador Cônsul Honorário: Adriano Vaz Neeser
Av. Tancredo Neves, 3.343 - Ed. Cempre Torre B - sala 506, 41820-021
Salvador - BA, Tel (71) 3341 5827, Fax (71) 3341 0014 ramal 7
[email protected]
Entidades
Armbrustschützen, São Paulo Presidente: Carlos Luiz Marien
Neto, Rua Américo de Moura, 90, 13076-628 Campinas - SP
Tel (19) 3384 6303, [email protected], www.armbrust.com.br
Associação Filantrópica “Criança Feliz” Presidente:
Dr. Paul Gottfried Ledergerber, Rua Urbano Mendes da Silva, 48, Caucaia
do Alto, 06725-115 Cotia - SP, Tel (11) 4611 1129, Fax (11) 4611 1805
[email protected], www.criancafeliz.org.br
Associação Filantrópica Suíça do Rio de Janeiro
Presidente: Urs Bucher, Rua Cândido Mendes, 157 - térreo,
20241-220 Rio de Janeiro - RJ, Tel (21) 2242 6922 (terça-feira
das 9:00 às 12:00h), [email protected]
Associação Luzerner Hinterland - Interior Rio de Janeiro
Presidente: Alberto L. Abib Wermelinger Monnerat, Sede Social: Duas
Barras (RJ), Praça Getúlio Vargas, 176/208, 28610-175 Nova Friburgo - RJ
Tel (22) 2523 6426, Fax (22) 2523 6426, Cel (22) 8116 8771
[email protected]
Associação Suíça de Beneficência Helvetia, São Paulo
Presidente: Konrad Robert Keller, Tel (11) 5561 6606, Vice-Presidente:
Doris Janssen, Tel (11) 5667 4459, Av. Indianópolis, 3145
04063-006 São Paulo - SP, [email protected]
[email protected], www.beneficencia-suica.com.br
Associação Suíço-Brasileira de Ajuda à Criança
BRASCRI, São Paulo Presidente: Prof. João Antonio Martins
Rua Dr. Armando da Silva Prado, 271, Santo Amaro, 04672-040
São Paulo - SP, Tel (11) 5548 1646, Fax (11) 5548 1853
[email protected], www.brascri.org.br
ARCO - Associação Beneficente (atende crianças e
adolescentes), Presidente: Roberto Dimas de Palma, Rua Licínio Felini, 97
Chácara Flórida, 04949-170 São Paulo - SP, Endereço para
correspondência: Caixa Postal 28.707, 04905-991 São Paulo - SP, Tel/Fax
(11) 5517 3440 [email protected], www.arcobrasil.org.br
36
swisscam magazine 55
12/2008
Associação Valesana do Brasil Presidente: Lineo Chemello
Rua General Lima e Silva, 1.382, 90050-102 Porto Alegre - RS
Tel (51) 3221 8740, [email protected]
Sociedade Helvetia de Curitiba Presidente: Jost Oscar Sigel
Rua Ubaldino do Amaral, 1191, 80060-190 Curitiba - PR, Tel (41) 3262 7383
CAS (Clube dos Amigos da Suíça), Rio de Janeiro
Sociedade Suíça de Beneficência em Pernambuco
Presidente: André Stuker, Rua Barão de Ipanema, 56, Sala 501
Copacabana, 22050-030 Rio de Janeiro - RJ, Tel (21) 2256 5657
Fax (21) 2256 5868, [email protected], www.bitourism.com/cas
Casa Suíça Presidente: Jacques E. Delisle, Rua Agnelo Brito, 31
Federação, 40170-100 Salvador - BA, Tel (71) 3245 3233
[email protected], www.ssbb.ch
Clube Esportivo Helvetia, São Paulo Presidente:
Odair Mentone, Presidente do Conselho Deliberativo: Carlos Edson
Strasburg, Av. Indianópolis, 3145, 04063-006 São Paulo - SP
Tel (11) 5072 4515, Fax (11) 2275 6738, [email protected]
Colégio Suíço-Brasileiro de Curitiba Diretor Executivo:
Bernhard Beutler, Rua Wanda dos Santos Mallmann, 537, 83323-400
Pinhais - PR, Tel/Fax (41) 3667 3321, [email protected], www.chpr.com.br
Presidente: Rodolfo Fehr Júnior, Av. Presidente Kennedy, 694 - Vila Popular
53230-630 Olinda - PE, Tel (81) 3493 7050
Sociedade Suíça de Beneficência da Bahia Presidente:
Jacques E. Delisle, Av. Tancredo Neves, 3.343 sala 507B, 41820-021
Salvador - BA, Tel (71) 3341 5827, Fax (71) 3341 5826, [email protected],
www.ssbb.ch
Sociedade Tiro ao Alvo Helvetia Presidente: Pedro L. Wolf
Oliveira, Al. Antonio Ambiel, 820, Colônia Helvetia, 13330-000 Indaiatuba SP, Tel (19) 3875 8689, [email protected], www.helvetia.org.br
Fo t o : D i v u l g a ç ã o
Colônia Helvetia (Sociedade Escolar São Nicolau de Flüe)
Presidente: José Carlos Bannwart, Al. Antonio Ambiel, 895, 13330-000 Indaiatuba - SP , Tel (19) 3875 7436, [email protected]
www.helvetia.org.br
Commune Valaisanne, Curitiba Associação dos Descendentes
Valaisanos do Paraná, Diretor: Dr. José Celso de Almeida, Rua Major
França Gomes, 401, 80310-000 Curitiba - PR, Tel (41) 3274 4095,
[email protected]
Escola de Panificação Suíça de Joinville Prof. Arnoldo Nehls
Presidente: Alodir Alves de Cristo, Rua XV de Novembro, 1383, Cidadela
Antártica - Bairro América, 89201-602 Joinville - SC, Tel (47) 3423 1565
Fax (47) 3436 0033, [email protected]
Escola SENAI “Suíço-Brasileira” Diretor: Osvaldo Lahoz Maia
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 379, 04757-000 São Paulo - SP
Tel (11) 5641 4072, Fax (11) 5641 4072 - Ramal 230, senaisuico@
sp.senai.br, www.sp.senai.br
Escola Suíço-Brasileira de São Paulo Diretor Executivo:
Matthias Meier, Diretor Geral: Bernhard Beutler, Presidente do Conselho de
Administração: André Jakob Larsen, Rua Visconde de Porto Seguro, 391
04642-000 São Paulo - SP, Tel (11) 5682 2140, Fax (11) 5682 2141
[email protected], www.esbsp.com.br
Escola Suíço-Brasileira Rio de Janeiro Diretora Geral:
Luiza Bokelmann, Presidente: Walter Paulo Zoss, Rua Correa de Araújo, 81
22611-060 Barra da Tijuca - RJ, Tel/Fax (21) 2493 0300
[email protected], www.esb-rj.com.br
Fundação Crescer Criança Presidente: Laurette Verena Nüssli
Álvares, Travessa Nüssli, 150 - Vila Ferriello, 18500-000 Boituva - SP
Tel (15) 3263 3731, [email protected], www.crescercrianca.org.br
Grupo Suíço de Beneficência, Rolândia Presidente:
Annelise Furrer Rühmann, Rua São Francisco de Assis, 234, apto. 703
86020-420 Londrina - PR, Tel/Fax (43) 3323 0534
Instituto ProA Presidente: Christine Moeri, Rua Jerônimo de Veiga, 164
12° andar - Itaim Bibi, 04536-000 São Paulo - SP
Tel (11) 3078 1410, Fax (11) 3168 0273, [email protected]
www.institutoproa.org.br
Destaque
A ARCO Associação Beneficente, em seu 19º ano de
atuação, continua promovendo ações de melhoria da
qualidade de vida de crianças e adolescentes da periferia paupérrima da Chácara Flórida, atrás do Jardim
Aracati/Jd. Ângela, zona sul de São Paulo. Além dos três
programas básicos de atendimento - Creche/Pré-escola,
Centro de criança e adolescente-CCA e Casa Lar - a
Arco oferece desde 2005 mais três programas: Agente
Jovem, Preparação para o trabalho e “Lendo, Escrevendo e Calculando com Qualidade”. São mais de 400
os atendidos, nas idades de 1 a 21 anos. É desta forma
que a Arco cumpre sua missão de preparar crianças
para um futuro digno. A Arco convida os leitores deste
Magazine da Swisscam a se afiliar a Arco Associação
Beneficente (www.arcobrasil.org.br), apoiando com
seu interesse este trabalho que tem um grande impacto
na vida das crianças e jovens assistidos.
Instituto Pró-Memória Suíça de Joinville
Presidente: Alberto Holderegger, Rua Albert Einstein, 119 - Bairro América
89204-315 Joinville - SC, Tel/Fax (47) 3433 1957, [email protected]
Igreja Evangélica Suíça São Paulo Pastor: Valdeci dos Santos
Presidente: Theodor Schüepp, Rua Gabriele d’Annunzio, 952, Campo Belo
04619-003 São Paulo - SP, Tel (11) 5044 5802, Fax (11) 5044 6530
www.igrejasuica.com.br
Retiro Suíço Caixa Postal 52, 13230-970 Campo Limpo Paulista - SP
Rua dos Coqueiros, s/n - Figueira Branca, 13233-512 Campo Limpo
Paulista - SP, Tel (11) 4038 7033, [email protected]
www.beneficencia-suica.com.br
Sociedade Filantrópica “Lar Feliz” São Paulo
Presidente: Udo Valter Fast, Rua Jerusalém, 488 - Alto Boqueirão
81770-250 Curitiba - PR, Tel (41) 3258 8133, [email protected]
www.larfeliz.com.br
Sociedade Filantrópica do Estado do Rio Grande do Sul
Presidente: João Alfredo Striebel, Rua Joaquim Caetano da Silva, 55
Esq. Santo Inácio, 90570-130 Porto Alegre - RS, Tel/Fax (51) 3222 2069
[email protected]
Proofreading: C.I.I. Idiomas
Embaixada da Suíça Embaixador: Wilhelm Meier, SES
Avenida das Nações, quadra 811 - lote 41, 70448-900 Brasília - DF
Tel (61) 3443 5500, Fax (61) 3443 5711, [email protected]
Arco, a charity association celebrating its 19th anniversary, is dedicated to promoting actions aiming at
improving the life quality of children, teenagers and
young people living in Chácara Flórida, a poor stricken
borough in the southern outskirts of São Paulo. Besides
its three traditional programs - the Casa Lar Orphanage,
the Day Care Center, the Kindergarten, and the Center
for Children and Adolescents - CCA - (education for
young people) - Arco started offering, in 2005, three
new programs targeting teenagers and young people:
the Young Agent, the Preparation for Work Life, and the
Quality Reading, Writing and Mathematics programs.
The institution currently offers its services to over 400
people, ranging from 1 to 21 years old. This way, Arco is
fulfilling its mission to prepare children for a future with
dignity. Arco invites our readers to become a sponsoring
member of the association (www.arcobrasil.org.br)
and support its work, which has a very positive impact
on the life of the children and young people it assists.
Download

BRASIL - Swisscam