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Danotec promove aeronáutica
A DANOTEC (Associação das Empresas de
Defesa, Armamento e Novas Tecnologias)
começou a abrir as portas da indústria
aeronáutica europeia às empresas portuguesas do sector.
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Uma delegação de membros desta associação, representando duas
dezenas de empresas e instituições tecnológicas, deslocaram-se na
semana passada à Bélgica e ao Luxemburgo, onde mantiveram
contactos com responsáveis do NIAG (Grupo de Aconselhamento
Industrial da NATO), da NAMSA (Agência de Manutenção e
Abastecimento da NATO), da AECMA (Associação Europeia de
Indústrias Aeroespaciais), do EDIG (Grupo Europeu de Indústrias de
Defesa) e do EqIMG (Grupo de Gestão Industrial dos Equipamentos
da Comissão Europeia), para a discussão bilateral de oportunidades
de negócio entre potenciais parceiros.
Na prática, a Danotec assume-se como uma «bolsa de contactos»
entre empresas nacionais e estrangeiras. «É esta competitividade
internacional que permitiu a empresas portuguesas o fornecimento à
NAMSA (agência que providencia uma vasta gama de produtos e
serviços logísticos aos 18 países membros da NATO), em 2001, de
bens e serviços no montante de sete milhões de euros - revela o
presidente da associação, Pelágio Castelo Branco. - Este valor
poderá ser multiplicado se, por parte da indústria nacional, houver
um conjunto de acções concertadas com as instâncias oficiais». A
AECMA possui e gere uma base de dados gratuita para as PME,
ligada à cadeia de fornecimento aeroespacial e é o promotor
privilegiado das oportunidades oferecidas pelo 6º Programa Quadro
(1075 milhões de euros para Investigação & Desenvolvimento, até
2006). Pela mão da Danotec, algumas PME portuguesas estão já
posicionadas para projectos nesta área, em associação com grandes
empresas europeias. «Vamos ver se entram, pelo menos, uma dúzia
de empresas portuguesas», admite.
No entanto, Pelágio Castelo Branco está consciente da realidade e
do longo caminho que as empresas portuguesas ainda têm de
percorrer até integrarem os consórcios construtores de aviões.
«Pode haver desejo de participar, mas, para chegar lá... - frisa o
presidente da Danotec - é necessário preencher todos os requisitos
e tem de haver capacidade de produto. Já não é para o A400 M,é
para o próximo, daqui a 10 anos. A título de exemplo, a cadeia de
abastecimento do Airbus A380 está cheia. Todos os fornecedores
têm o seu lugar tomado».
Criada há dois anos, com o estatuto de associação privada, por um
grupo inicial de 15 empresas (hoje, conta com 40 associados), onde
se destacam a Empordef («holding» do Estado para as indústrias de
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Defesa), os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) e a
Efacec, a Danotec tem por propósitos ajudar a preparar o tecido
científico e o tecido industrial ligados à Defesa, optimizando o
investimento de fundos públicos e privados. «O trabalho da
associação é estar em todas as reuniões dos centros de decisão. Se
não se participa, não se marca posição, não se sabe o que se está a
passar. As nossas empresas não têm cultura associativa», afirma
Pelágio Castelo Branco.
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Na área do ambiente, a aproximação da Danotec à NASA culminou,
em Setembro, com a assinatura de uma carta de intenções entre os
governos português e norte-americano, para a criação de um Centro
de Prevenção da Poluição, em Portugal, no qual participarão
também o ISQ (Instituto de Soldadura e Qualidade) e o INEGI
(Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial). «Trata-se de
uma associação sem fins lucrativos, no campo da prevenção da
poluição, dedicada à resolução dos problemas inerentes à soldadura
sem chumbo», explicou o mesmo responsável. A eliminação do
chumbo é já obrigatória no Japão e nos Estados Unidos, estando
fixada a data de 2007 para a proibição geral na União Europeia.
[28-10-2002] [ Alexandre Coutinho, Expresso ]
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