Modelação
Aula T01 – Modelação de Sistemas
Referência:
– Conceptual Modeling of Information Systems (Capítulo 1)
José Borbinha
Programa (Aulas Teóricas)
T01-T02 (2 aulas) – Módulo 1
– Introdução à Modelação de Sistemas
T03-T06 (4 aulas) – Módulo 2
– Modelação Conceptual: Domínio
T07-T11 (5 aulas) – Módulo 3
– Modelação Conceptual: Comportamento
T12-T15 (4 aulas) – Módulo 4
– Ontologias
T16-T19 (4 aulas) – Módulo 5
– Modelação Conceptual: Arquitectura
T20-T21 (2 aulas) – Módulo 6
– Modelação Conceptual: Metodologias
T22-T23 (2 aulas) – Módulo 7
– Ontologias: Temas avançados
T24-T25 (2 aulas)
– Modelação Conceptual: revisões e exercícios
Modelação
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“Modelação” deve ser sobre... “modelar”, certo?...
• Um modelo pode-se definir genericamente como “uma
assumpção de como uma coisa funciona”.
• Essa “coisa” pode ser
– uma teoria, um dispositivo, uma organização, um edifício, um
fenómeno meteorológico, um ecossistema, etc...
– Isto é, será um sistema (de ideias, organizacional, mecânico,
físico, biológico, ...), o qual pode ser real (fenómeno físico,
biológico, etc.) ou artificial (artefacto, máquina, organização,
etc.)
• Modelar será assim uma actividade destinada a criar
modelos de sistemas!!!
• SISTEMA? Discutir…
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...Sistema?...
• Uma definição de sistema: um conjunto
entidades que interagem entre si com o
propósito de atingir um determinado
objectivo.
• Regra geral o objectivo de um sistema é a sua sobrevivência, o que
pode ser levado à letra no caso dos sistemas biológicos, mas também
em qualquer outro contexto (um sistema solar é sistema enquanto
conseguir manter o seu equilíbrio, tal como uma organização, uma
máquina, ...)
• Esta definição aplicada a um “sistema de informação” pode resultar
em :
– um conjunto de entidades (humanas e tecnológicas) interagindo
entre si com o objectivo de satisfazer adequadamente as
necessidades de informação de uma organização e respectivos
processos de negócio!
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...mas como se identifica um sistema? Como se cria
consciência disso?...
• A definição anterior de um “sistema de informação” refere-se
no conjunto a um sistema de entidades materiais (pessoas e
equipamentos tecnológicos) e não materiais (informação e
processos), concebido artificialmente para um dado fim.
– O que pertence e o que não pertence ao sistema é assim
susceptível de ser bem identificado (afinal, o que for ou
não parte de um sistema destes é o que for decidido por
quem o concebe...)
– Mas quanto aos sistemas “naturais”, como por exemplo o
“sistema respiratório de um mamífero”, ou um “sistema
sanguíneo”?
• Isto é, como se cria consciência de um sistema?...
Modelação
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... como se cria então consciência de um sistema?...
• A verdade é que os sistemas “naturais” (“sistema
respiratório de um mamífero”, um “sistema
sanguíneo”, um “sistema solar”, etc.) existem
independentemente das nossas definições...
podemos até não os consciencializar, mas eles
continuam a existir na mesma.
• Mais, se o fenómeno a que eles pertencem for
relevante para algum outro interesse nosso,
podemos até os considerar de facto, mas
englobados noutras perspectivas (como parte de um
outro sistema…)
Modelação
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... como se cria então consciência de um sistema?...
• Por exemplo
– é importante definir o que é, num mamífero, o seu
sistema respiratório, porque nos permite, em
determinadas altura, focar a nossa atenção e dessa
maneira falar, discutir, ou agir de forma consequente
em relação a uma questão concreta com ele
relacionada (tal como curar uma bronquite numa
pessoa, fazer um gato expelir uma bola de pelo,
desenhar um equipamento de respiração para um
bombeiro, etc.)...
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... como se cria então consciência de um sistema?...
• Desta forma podemos concordar que a nossa
consciência de um sistema resulta sempre de uma
definição nossa, elaborada de acordo com objectivos de
quem a elabora!
• Podemos concordar também que um sistema pode ser
definido como composto de outros sistemas
(subsistemas / sistema de sistemas).
• E também, que um mesmo sistema natural até pode ter
várias definições, segundo os objectivos (bombeiro pessoa - pai - cidadão - contribuinte – guarda-redes ...)
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... Conclusão:
• Concordamos que um sistema é algo que:
– Implica uma definição em função de um
objectivo ou contexto de utilidade
– Pode ser definido como sendo composto por
subsistemas
• Por outras palavras:
– Um sistema é uma definição relativa
– Um sistema pode ser decomposto em partes
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Voltando à modelação...
• Podemos modelar sistemas segundo três grandes objectivos
genéricos:
– Teoria/Filosofia: Generalização de uma percepção de
um sistema, normalmente destinada a suportar
tomadas de decisão sobre o mesmo...
– Simulação/Engenharia de Sistemas: Representação
matemática de um sistema, a partir da qual podem
ser feitas previsões ou inferências sobre o mesmo...
– Desenho/Sistemas de Engenharia: Descrição do
funcionamento de um sistema, normalmente
destinado e permitir a criação de uma ou mais
instâncias do mesmo...
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A modelação na perspectiva desta cadeira:
Sistemas de Engenharia:
Descrição do funcionamento de um sistema,
normalmente destinado e permitir a criação
de uma ou mais instâncias do mesmo...
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A importância de modelar...
• A modelação, no contexto da engenharia, tem já técnicas
bem aceites e provadas em muitas áreas (Civil,
Mecânica, Software, ...). Quando se usam técnicas
gráficas, tal ajuda a visualizar (logo a entender) o sistema.
• A modelação permite partilhar conhecimento entre os
“stakeholders” (termo para designar todos os actores que
tenham algum tipo de interesse directo ou indirecto com o
sistema, ou que por ele sejam afectados).
• O resultado de um processo de modelação de um
sistema pode constituir assim um ou mais modelos,
desenvolvidos segundo as perspectivas pretendidas.
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...A importância de modelar
• Desta forma:
– A modelação pode especificar a estrutura e/ou o
comportamento de um sistema (modelos de estrutura
e modelos de comportamento, ou dinâmica)
– Os modelos ajudam a planear, controlar e guiar o
processo de construção de um sistema.
– Os resultados de um processo de modelação podem
(devem!!!) documentar as tomadas de decisão
efectuadas.
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Modelação e Metodologias
• Os processos de modelação estão normalmente associados a
metodologias. A escolha das metodologias a usar e dos modelos
a criar deve derivar dos objectivos a atingir!!!
• Cada modelo pode ser expresso em diferentes níveis de precisão
ou abstracção. Nenhum modelo único será normalmente
suficiente. Qualquer sistema não trivial é melhor representado
através de vários modelos.
• Concluindo, uma modelação de um sistema não se
deve considerar nunca genérica nem totalmente
objectiva! O resultado final de um processo de
modelação dependerá sempre dos objectivos
concretos que se pretendem atingir.
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