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Classificação do artigo 12 mar 2015 O Globo
CATARINA ALENCASTRO E CAROLINA BRÍGIDO opais@ oglobo.com. br
Toffoli vai a Dilma após mudar de
turma no STF
Gilmar Mendes se reúne com Cunha e nega ter conversado sobre Lava­Jato
O ministro Toffoli foi recebido por Dilma ontem, dia em que foi formalizada sua ida para a turma do
STF que julgará a Lava­Jato. ­BRASÍLIA­ O ministro Dias Toffoli foi recebido em audiência pela presidente
Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, um dia depois de decidir passar a integrar a Segunda Turma do
Supremo, que julgará a maior parte da Lava­Jato. O encontro durou uma hora e meia, com a presença
dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo ( Justiça).
Dilma e Toffoli negaram que o tema da conversa, marcada de última hora, tenha sido a Lava­Jato. Os
dois disseram que o encontro discutiu a proposta de Toffoli de criar o Registro Civil Nacional. No Acre,
Dilma explicou: — Porque hoje era o dia que eu podia e ele podia. Eu podia, mas quase que não podia,
porque eu vinha para cá. Mas, como tem duas horas de fuso, fiz a reunião com o ministro Toffoli.
A reunião não estava prevista até a noite de terça­feira, quando foi divulgada a agenda da presidente.
Toffoli disse que foi coincidência o encontro entrar na agenda de Dilma ontem. A assessoria do ministro
divulgou o ofício de 18 de dezembro em que ele pediu audiência.
Ontem, o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, autorizou a transferência de Toffoli da
Primeira Turma para a Segunda Turma. Toffoli disse que decidiu mudar em resposta ao apelo de colegas.
Na Segunda Turma, ele participará do julgamento de 21 dos 25 inquéritos da Lava­Jato.
A proposta de transferência partiu dos ministros Gilmar Mendes e Teori Zavascki, com o objetivo de
preencher a vaga aberta com a saída de Joaquim Barbosa. Até maio, a presidência da Segunda Turma
permanecerá com Teori, que também é o relator dos inquéritos. A partir de maio, caberá a Toffoli presidir
a Segunda Turma e pautar os julgamentos.
— Na medida em que o (ministro) mais antigo não expressou a vontade de ir, eu, como segundo mais
antigo, me expressei nesse sentido — disse Toffoli, que reagiu às críticas de que sua mudança para a
Segunda Turma tem viés político.
Ontem, o ministro Gilmar Mendes, do STF, reuniu­se com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB­RJ), que está na lista da Lava­Jato. Gilmar negou que o assunto tenha sido Lava­Jato. Segundo
ele, o tema foram projetos apresentados na época do Pacto Republicano. Logo depois que Gilmar deixou o
gabinete, Renan Calheiros e Fernando Collor, que também estão na lista dos investigados, foram ao
gabinete de Cunha.
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