www.arvoredoleite.org Esta é uma cópia digital de um documento que foi preservado para inúmeras gerações nas prateleiras da biblioteca Otto Frensel do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), antes de ter sido cuidadosamente digitalizada pela Arvoredoleite.org como parte de um projeto de parceria entre a Arvoredoleite.org e a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes para tornarem seus exemplares online. A Revista do ILCT é uma publicação técnico-científica criada em 1946, originalmente com o nome FELCTIANO. Em setembro de 1958, o seu nome foi alterado para o atual. Este exemplar sobreviveu e é um dos nossos portais para o passado, o que representa uma riqueza de história, cultura e conhecimento. Marcas e anotações no volume original aparecerão neste arquivo, um lembrete da longa jornada desta REVISTA, desde a sua publicação, permanecendo por um longo tempo na biblioteca, e finalmente chegando até você. Diretrizes de uso A Arvoredoleite.org se orgulha da parceria com a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes da EPAMIG para digitalizar estes materiais e torná-los amplamente acessíveis. No entanto, este trabalho é dispendioso, por isso, a fim de continuar a oferecer este recurso, tomamos medidas para evitar o abuso por partes comerciais. Também pedimos que você: ● Faça uso não comercial dos arquivos. Projetamos a digitalização para uso por indivíduos e ou instituições e solicitamos que você use estes arquivos para fins profissionais e não comerciais. ● Mantenha a atribuição Arvoredoleite.org como marca d'água e a identificação do ILCT/EPAMIG. Esta atitude é essencial para informar as pessoas sobre este projeto e ajudá-las a encontrar materiais adicionais no site. Não removê-las. ● Mantenha-o legal. Seja qual for o seu uso, lembre-se que você é responsável por garantir que o que você está fazendo é legal. 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C an ni atti-Brazaca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 Aspectos físicos, químicos e físico-químicos de queijo de coalho obtido de leite de búfal a . Renata Golin Bueno Costa, Luiz Ronaldo de Abreu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 3 Avaliação da adequação dos rótulos de leites com ercializados no município do Rio de Janeiro às normas de rotulagem nutricio nal . Elga B . da Silva, K amila de O. do Nascimento, Simone P. Mathias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 9 4 Operações de higienização na indústria de laticínios: aspectos determinantes p ar a sua eficiência - uma revisão . Adbeel L. S antos, P edro H. B. Oliveira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . 25 5 Rendimentos de fabricação de queijo de coalho obtido de leite de búfal a . Renata Golin Bueno Costa, Luiz Ronaldo de Abreu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1 6 Utilização de eletroforese em gel de poliacrilamida p ar a caracterização simultânea de produtos lácteos e detecção de fraudes. Danielle Braga Chelini P ereira, P aulo Henrique Fonseca da Silva, Marco Antônio Moreira Furtado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 7 7 Normas p ar a publicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 7 A ISP do BrasiVGerminal tem sempre uma solução técnica e criativa para auxiliar a indústria de laticínios. Suas combinações de ingredientes agregam valores funcionais aos produtos, como estrutura, textura, consistência, brilho, cor e sabor. Além disso, propicia economia e funcionalidade no Espessamento, Estabilização e Gelificação de seus produtos. Para isso, os profissionais de sua equipe técnica estão sempre à disposição para auxiliar no desenvolvimento de diversos produtos lácteos: iogurtes, requeijão, queijos, manteiga, sorvetes, sobremesas, entre outros. Conte com nosso expertise e obtenha Vantagem competitiva no mercado. R e v . 1nst. L atic . "Cândido Tostes" - Juiz d e For a - VoI. 6 2 (359); 1-50 - N ov/Dez de 2007 EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS C en tro Tec no l ó g ico I nstitu to de L a t ic í n ios " C â nd ido Tostes" Revista B i mestr a l Uma empresa do grupo ISP do Brasilltda Via das Paineiras, 3.864 - Bairro Pinhal Cabreúva - SP CEP 13315-000 11 4529-8622 - INVI/W.ispcorp.com.br INTERNATIONAL SPEClAlT Y PROOUC TS ' E nder eço : Revista do I nstituto d e L a t ic ín ios " C â ndido Tostes" Ru a Tenente Fr ei tas, 1 1 6 - Santa Terez i nha 3 6 . 04 5 -5 6 0 - Juiz de Fora - M inas G er a is - Brasil Tel . : 3224-3 1 1 6 - D D D : 3 2 / Fax : 3 22 4 -3 1 1 3 - DDD 3 2 digitalizado por CTfllcr BIBLIOTECA EPAMtG arvoredoleite.org .. Pág. 2 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", Nov/D ez, na 3 5 9 , 6 2 : 2-2, 2007 Governo do Estado de Minas Gerais Aécio Neves da Cunha Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Gerais Gilman Viana Rodrigues Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais Baldonedo Arthur Napoleão - Presiden te Luiz Carlos Gomes Guerra - Diretor de Administração e Finanças Enilson Abrahão - Diretor de Operações Técn icas P ág. 3 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N o v/D e z , na 3 5 9, 62, 3-8, 2007 ANÁLISES DA DISPONIBILIDADE IN VITRO DE FERRO E COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DE LEITES E DERIVADOS ENRIQUECIDOS COM FERRO Analyses of avaHabiHty of iron in vitro and centesimal composition of iron enriched milk and dairy products Centro Tecnológico- Instituto de Laticínios Cândido Tostes Karina OLIVEIRA J Solange G. CANNIA TTI-BRAZACA2 Comitê Gerencial Gerson Occhi - Chefe do CT/ILCT Luiz Carlos Gonçalves Costa Júnior - Ger. Est. do Prog. de Pesquisa Processamento Agroindustrial Adauto de Matos Lemos Danielle Braga Chelini Pereira - Coord. do Programa Ensino Leite e Derivados José Lourenço Pereira Russi Supervisor do Núcleo de Administração e Finanças Luiza Carvalhaes Albuquerque Nelson Tenchini Macedo - Supervisor do Núcleo de Indústria e Comércio Paulo Henrique Fonseca da Silva Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes Editores Responsáveis Luiza Carvalhaes Albuquerque Luiz Carlos Gonçalves Costa Júnior Corpo Revisor da Revista do ILCT (ordem alfabética) Adauto Ferreira Barcelos Alan Frederick Wolfschoon-Pomb o Aloí sio José Antunes Antonio Fernandes de Carvalho Arnaldo Yoshiteru Kuaye Ariene Gimenes Fernandes Van Dender Célia Lucia de Luces Fortes Ferreira Celso José de Moura Cláudia Lúcia de Oliveira Pinto Daise Aparecida Rossi Edna Froeder Arcuri Fernando Antônio Resplande Magalhães Humb erto Tonhati João de Deus Souza Carneiro José Antonio Marques Pereira Luiz Carlos Gonçalves Costa Júnior Luiz Ronaldo de Abreu Marco Antônio Moreira Furtado Paulo Henrique Fonseca da Silva Renata Golin Bueno Costa Sandra Maria Pinto S ílvio Luiz de Oliveira Soglia Corpo Editorial (ordem alfabética) Danielle Braga Chelini Pereira Denise S obral Ítalo Tuler Perrone Junio Cesar Jacinto de Paula Luiz Carlos Gonçalves Costa Júnior Luiza Carvalhaes de Albuquerque Maximiliano S oares Pinto Vanessa Aglaê Martins Teodoro Os trabalhos apresentados são de inteira respo nsab ilidade de seus autores. Juiz de Fora, dezembro de 2007 \" ------DE PESQUISA DE MINAS GERAIS - EPAMIG- Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes", n. 1 - 1 946 - Juiz de Fora. Instituto de Laticínios "Cândido Tostes", 1 946 . v. ilust. 23 cm n. 1 - 1 9 ( 1 94 6-48), 27 cm, com nome de Felctiano, n. 20-73 ( 1 948-57), 23 cm, com o nome de Felctiano. SUMÁRIO No mercado existem vários alimentos adicionados de ferro, com a finalidade de minimizar a carência deste elemento, que ocorre em grande parte da população . O projeto teve como objetivo verificar a disponibilidade de ferro in vitro e a composição centesimal de leite e derivados industrializados enriquecidos com ferro, disponíveis para o consumo em supermercados da cidade de Piracicaba. Foi realizado levantamento nos supermercados da cidade de Piracicaba e foram encontrados apenas três produtos, dois tipos de leite (LA e LB) e um tipo de queijo petit suisse ( QP S ) . Foi analisada a composição centesimal que variou de acordo com as características próprias de cada alimento. P ara a diálise de ferro, foi observado que o maior valor foi para LB 0,23%, LA 0 , 1 3% e sendo o mais baixo QPS com 0,09%. Para o teor de ferro foi observado que QPS apresentou o maior valor 3, 04mg/I00g. Conclui-se que há poucas marcas de leites enriquecidos com ferro disponível no mercado da cidade de Piracicab a e que sua disponibilidade é muito baixa comparando com as necessidades do público alvo do produto. E necessário avaliar o tipo de ferro a ser adicionado para determinado produto, analisando suas características químicas e dietéticas para que esse mineral seja aproveitado melhor no organismo. Palavras-chave: ferro, anemia, disponibilidade, leite, queij o petit suisse. 1. INTRODUÇÃO A forti fi c a ç ã o de a l i mentos tem se m o s trado u m a a ç ã o d e grande sustentabilidade p ara o controle da anemia por carência de ferro em todo o mundo e deve ser incentivada. H oj e, são encon trados no mercado vários tipos de p rodutos que são fortificados com ferro, p orém a sua disponi bilidade varia de acordo com o alimento ao qual o mesmo fo i adicionado, bem como o tipo de com posto férrico utili zado (BRAS I L , 2004). A anemia por deficiência de ferro é a de sordem nutricional mais comum no mundo, sendo mai s prevalentes em mulheres e crianças princi pa lmente de países em des env olvimento (WH O , 200 1 ; NEUMAN et ai. , 200 0 ) . N o B r a s i l as deficiências a l i mentares s ã o freqüentes, o problema d a anemia ferropriva a ssu me ainda maior importância, mais de 60% da popu lação de crianças até quatro anos tem anemia ferro priva (SOGLIA, ABREU e B ARCELOS, 200 1 ) . O combate à anemi a nutr i c i onal t em s i do preocu p ação cada vez mais atual dos técnicos, governos e organismos internacionais (FISBER et ai. , 2003 ; GERMAN O , 2 0 0 2 ) e a r edu ção d a anem i a p o r carência de ferro no B rasil foi priorizada entre a s diretrizes da P ol ít i ca N a c i onal de A l im enta ç ã o ( B RAS I L , 2004 ) . Name e Guerra (20 0 1 ) afirmam que para a fortificação ter efetividade de prevenção da ane mia alguns fatores devem ser considerados como o consumo médi o/diário do alimento pelo grupo em questão, a quantidade do nutriente presente n a p o rç ã o c on s u m i da, a l é m de c o n s i de rar a biodisponib ilidade do ferro adicionado e os fatores que i nterferem. Para a fortificação de alimentos com ferro , algumas dificuldades técnicas específicas podem ocorrer, uma vez que as formas biodisponíveis do m ineral são qu i micamente reativas e t endem a produzir alterações indesej áveis nos alimentos aos quais é adicionado. A seleção adequada do veículo A partir de setembro de 1 958, com o nome de Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes". 1 . Zootecnia - Brasil - Periódicos. 2. Laticínios - Brasil - Periódicos 1 . Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Juiz de Fora, MG, ed. ISSN 0 1 00-3 674 CDU 636/637(81)(50) Mestranda em Ciências Tecnologia de Alimentos. Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição, Escola Superior Luiz de Queiroz - USP, Cep 1 34 1 8900, Piracicaba, SP, Brasil. - e-mai!: [email protected]. Docente do curso de P os Graduação em Ciências Tecnologia de Alimento. D ep artamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição, Escola Superior Luiz de Queiroz - USP, Cep 1 3 4 1 8900, Piracicaba, SP, Brasil. - e-mail : sgcb [email protected]. digitalizado por arvoredoleite.org P ág. 4 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N o v/D ez, n° 3 5 9, 62, 3 -8 , 2007 e a forma do nutriente a ser empregada são funda menta is, p o i s , o elemento escolhido como fonte de ferro interfere nas caracter í sti cas sens ori a i s dos a l i mentos, e c a d a forma apresentam u m a m a i or ou m e n o r bi o d i sponibi l i dade, sempre s e obs ervando o custo e a viabili dade do e l emento (ANDRAD E , 2 0 0 4 ) . O ferro quelato é um composto solúvel de ferro (2 0%) com glicina (8 0%), em dupla ligação química - cova lente coordenada e iônica. D essa forma, o ferro é tota lmente envolvido p e l o aminoácido, impedindo i nterações c o m outros nutri entes da dieta. A vantagem da forti fi cação com o ferro quelato é absorção cinco vezes maior que a do ferro na forma de sais. D evido a essas razões e à competição entre cálcio e ferro para a absorção é que tem sido recomendado forti ficar o l e i te com o ferro quelato (AN D RAD E , 2 0 0 4 ; MARC H I , 2 0 04 ) . H u rrel ( 1 9 9 7 ) c l a s s i fi c a o s compostos norma l mente u t i l izados em quatro g ru p o s : ( 1 ) aqueles que são solúveis em água (sulfato ferroso, gliconato ferroso, lactato ferroso); (2 ) o s que são pouco solúveis na água, mas solúveis em ácidos, como o suco gástrico (fumarato ferroso, succinato ferro s o e o s a c arato férri c o ) ; ( 3 ) o s que s ã o insolúveis em água, e p ouco solúveis em ácidos dilu ídos ( ortofosfato férrico, pirofo s fato férri co, pós de ferro e l ementar e ortofo s fato amônia férri c o ) ; e ( 4 ) compostos de ferro p r o te g i d o s/ encapsu lados (FeNaED TA, hemogl obina) . Os suplementos de ferro comuns são o sul fato ferroso, o fumarato ferroso, o ferro polimal t o sado e o ferro redu zido, entre outros. Todos possuem u mas características básicas, que é sua baixa absorção, a lém de alguns apresentarem mu danças nas características sensoriais dos produtos. Já o ferro quelato não tem esses prob lemas, a lém da a l ta biodisponibilidade, e garante uma maior segurança, não ocasi onando os efeitos colaterais característicos os sais de ferro (ANDRADE, 2004; MARC H I , 2 0 0 4 ) . Entre o s ali mentos habitu almente escolhi dos como veículo para o ferro, o leite e derivados tem sempre se demons trado efici ente. O progra ma do governo do Estado de S ão Paulo Viva Leite vem a cr e s centando 6 mg de fe rro b i s- g l i c i no quelato (Ferro che l®) p o r l itro de l eite. A u ti l i zação do leite e seu s derivados ( i ogurtes), como veículo para fortificação com ferro vem sendo fe i t o há m u i to tempo p or v á r i a s empresas de l a t i c í n i o s , sem, contu d o , ter a i mp l ementação de u ma política governamenta l . D ev ido a o fato de s e r u m a l i mento amplamente c o n s u m i d o , vários trabalhos utilizando leite em pó ou fluidos enri qu ecidos com ferro revelou de forma indis- cutível a recuperação de crianças quanto ao esta do nu tric i onal de ferro ( AND RAD E, 2 00 4 ) . O o bj et i v o d e s s e trab a l ho foi verificar a disponibilidade de ferro in vitro e a composição centesimal de lei tes e derivados industrializados, enriquecidos com ferro, disp oníveis p ara o c on sumo em supermercados da cidade de Piracicaba . 2. MATERIAL E M É TODOS 2.1 Lev a n t a mento dos alimen to s en ri quec i d o s com ferr o no s s upermer cados da cidade de Piracicaba F oram v i s i tados 1 1 supermercados na cidade de P i r a c i caba em novembro de 2 0 0 3 , localizados nas regiões: central, oeste, norte, leste e s u l . O levantamento reali zado foram de todos o s p rodutos lácteos enriqu e c i d o s com ferro, disponíveis p ara o consumo, e s p e c i fi c amente leites. O s critérios de avaliação para inclusão do produto na p e squ i s a foram o s seguintes: ser produto l ácteo, apresentar no rótu l o declaração como um produto "fortificado" ou "enriquecido" com ferro e ser direcionado ao público infant i l . Todos o s supermercados receberam r e sumo d a pesquisa e carta de apresentação da universidade para devida autorização da pesqu isa. 2.2 An á l ises 1 ° Etap a : Seqüên cia an alíti c a p ar a d i ges t ã o d a a m o s tr a . Homogeneizar 2 0 g d a amostra em 5 0ml de água deionizada Adicio nar HCI 6 N até pH 2 Adicionar HCl 0 , 0 1 N até completar o volu me de 1 0 0ml D i gestão c om adição de 3 , 2 m l de solução HCI - pepsina 2° Etap a : Seqüên cia analítica p a r a As análises químicas de teor de matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo e d e cinzas fo ram rea lizadas de acordo com a metodologia indicada pela AOAC (2 0 0 5 ). 2.1.3 Disponibilidade de ferro in vitro A anális e da diálise de ferro foi realizada s egund o método proposto por Whi ttaker et aI. (1989). Foram realizados em três etapas: Adi cion ar 2 , 5 ml de s o lução precipitante de proteína . Aquecer por 1 0 miutos com água fervente. C entrifugar a 3 8 00g por 1 0 minutos. P ip etar 5 ml do sobrenadante. Misturar vigorosamente e deixar 1 0 minutos em rep ouso. ac i dez titulável C o l o car 2 5 m l do d i gerido em E r lenmeyer de 1 2 5 m l L e i t u ra a 5 3 3 nm e m e s p e c tr o fo t ô m et r o B e ckman m o d e l o 6 4 0 D U 2.1.4 Teor de Ferro 2.1.1 Prep aro das am ostras 2.1.2 Comp osição das amostras Pip etar 5 ml do dialisado para tubo de c en trifuga de 1 5m!. Adic ionar 2,5 ml de solução crimogêmica. Incubação a 3 7°C em banho-maria, com agi tação por 2 h oras q u í m i c as A p esqu isa foi real izada no D epartamento de Agroindústria, Nutrição e Alimentos da Escola Superior Luiz de Queiroz-USP. Foram utilizadas 3 amostras adqui ri das nos supermercados da cidade de P i ra c i ca b a . As mesmas fo ram analisadas conforme vendidas, j á na forma para con sumo . No caso dos alimentos em estudo o tipo de ferro a d i c i onado p a r a fo rti fi c a ç ã o foi o ferro aminoquelato para os leites e sulfato ferroso para queijo petit suisse. Pág. 5 N ov/D ez, nO 3 5 9, 62, 3 -8 , 2007 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", 3° Etap a : Seqüên cia an alíti c a p a r a d i álise O ferro foi determ i nado p e l o método de S arruge & Haag ( 1 974), sendo utilizado o ácido nítrico e perclórico para a digestão nitro p e r c l ó r i c a das amo stra s . A p ó s resfr i a m ento e dilu ição do material com á gua desminera lizada, fo i r e a l i z a d a a l e i t u r a a 2 4 8 , 3 n m em e s p e c t r o fo t ô m e t r o d e a b s o r ç ã o a t ô m i c a , no L ab o r a t ó r i o d e N u t r i ç ã o M i n e r a l de P l a n tas d o D e p a r t a m e n t o de S o l o s e N u t r i ç ã o de P l a ntas, da E S ALQ/U S P. 2.3 A n á lise E s tatística Acrescentar 3 vezes o volume de N a H C 03 0,5N diluídos em 7 5 ml de água destilada, onde os sacos ficaram submersos. Cobrir e colocar em banho -mari a com agi tação por 3 O mim á 3 7°C . As determ i na ç õ e s fo r a m r e a l i z a da s e m tripl icata . O del ineamento estatístico foi o intei ramente a o a c a s o , sendo o s dados ana l i sados s e g u n d o teste de T u k e y ( 5 % ) ( P I M E N T E L , G O M E S , 1 9 8 2 ) . F o i u t i l i zado o s o ftware S A S ( 1 9 9 6 ) para aná lise d o s dado s. 3. RES ULTAD O E D I S C U SS à O Adici onar 5ml de suspensão de bile pancrea tina em cada frasco e incubou por duas horas. Transferir o conteúdo da diálise para beckers e c ompletar o vol ume até 2 5 m!. 3.1 C a r a c te r i z a ç ã o dos produtos en c o n t r a d o s Foram encontrados nos supermercados da cidade de Piracicaba apenas três produtos com os critérios de inclusão da pesquisa, dentre eles leites de duas marcas e queijo petit suisse um marca. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N o v/D ez, nO 3 5 9 , 62, 3-8, 2007 Pág. 6 N o quadro 1 abaixo estão relacionados em quantos s up ermerca dos foram encontrados . O produto Q u eij o Petit S u isse ( Q P S ) foi encontrado em todos os su permercados e pode s er consi dera do produto que tem grande dispo nibilidade para compra . Provavelmente a procura e consumo da população estimulem os pontos de venda a a dqu i r i r em o produto, p r i n c i p almente pelo o p ú b l i c o i nfa n t i l , a o qual é direcionado esse produto. Já o leite, apesar de ser u m produto de consumo d i á r i o da p o p u l a ç ã o i nfant i l , nem todos os supermercados tinham disponível para venda esse tipo de produto enriquecido com ferro. O QPS p ode ser um produto não a c e ssív e l em questão de cu sto p ar a toda a c lasse econômica do p aí s , mas o b s e rv a - s e grande d i fu s ã o de distribuição, ao contrár i o do s l eites. Observou-se que em l e ite URT, ape sar de inúmeras marcas e vari edades, apenas duas mar- c a s t r a b a l h a v a m c o m l e i t e e n r i qu e c i do c o m ferro. Embora não ser obj etivo da pesqu i sa ob servou u m cust o a lto do leite enriquecido com p a r a d o c om o l e i te c o m u m o que d i fi c u l t a o a c e s s o a toda p opu l a ç ã o , i n fe l i zmente, p o i s é um produto de grande i mp ortância na a l i men t a ç ã o i n fanti l . 3.2 C o m p o s i ç ão d as a m o s t r a s A comp o s i ç ã o das amostras variou de acordo com as c a ra cteríst i ca s própr i a s de cada alimento ( Tabela 1 ) . 3.3 Teo r de fer r o e d i s p o n i b i l i d a d e d e fer r o Na Tabela 2 s ã o apresentados o s teores de ferro nos produtos lácteos. Produtos Leite A (LA) Leite B (LB) Queij o Petit Suisse (QPS) Lista de S u permer c a d o Região central Supermercado 1 Supermercado 2 S up ermercado 3 X X X X X X X X X X X X X X X Região O este Supermercado 4 Supermercado 5 X Região Leste Supermercado 6 Supermercado 7 Região Norte S up ermercado 8 Supermercado 9 Região Sul Supermercado 1 0 Supermercado 1 1 X X X Q u a d r o 1. Relação de supermercados com os produtos enc ontrados. Tabela 1. C omposição das amostras em base fresca ( g/ l O O g) . P r o d u to U midade % P r o teí n a % C inzas % E. Etéreo % C arboidrato s % LA LB QPS 8 5 , 5 3 1±0,0 2 a 8 6 ,0 8±0 , 1 a 6 8 ,3 4±0 ,2b 2 , 6 1 ±0 , 3 c 3 , 04±0 , l c 7 , 1 0±0 , Ob 0 , 8 4±0 , Oc 0 , 9 1 ±0 , Ob 1 ,0 7±0 ,oa 4 , 1 1 ±0 , 2a 3 , 22±0 , 3 b 4 ,0 2±0 , 2 " 6,90 6 , 74 1 9,46 'Média ± desvio padrão 2Letras diferentes na vertical indicam diferenças significativas (p:::.O,05) Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, n ° 3 5 9 , 62, 3 -8 , 2007 Tabela 2. Teor de ferro em mgl l O O g presente de leites e derivados. A m o stras3 Teor de ferro em mg/l00g LA LB QPS 1 ,2 2 1±0,00Fa 2 ,2 5 ±0 , 0 0 2b 3 , 04 ±0 , 0 1 0 a 'Média ± desvio padrão lLetras diferentes na vertical indicam diferenças significativas (p:::..O,05) 3LA (leite marca A); LB (leite marca B); QPS (queijo petit suisse). As necessidades de ferro estão relaciona das às diversas etapas da vida . Segundo D RI Dietary Reference Intake s ( 2 0 0 2 ) , necess i dade preco nizada de crianças na faixa etária da pré-escola (4 a 8 anos) é 1 0 mg/dia e gestantes é de 2 7 mg/dia, esses grupos são mais vulneráveis a anemia ferro priva. Comparando os resultados encontrados c om as necessidades desses grupos, observamos que os 1 00 g dos a l i mentos enr i qu ecidos, como o l e i t e L A supriria 2 2 , 5 % d a s necessidades de ferro d a criança e 8 , 3 % da gestante. S e for consu m i do o leite, com adição de ferro o pré-escolar teria que consu mir aprox i m a damente 8 2 0 g/dia de LB o u 450g/dia d e LA, enquanto que as gestantes 2 .2 1 Ogl dia de LB e 1 2 00g/dia de LA. Para o consumo de queijo petit suise a necessidade seria de 3 3 0 g/dia para pré-escolares e 8 90g/dia para gestantes. Estas quantidades são para cobrir as necessidades de ferro somente a partir desses produtos. Portanto, devi do a quantidade de ferro em LA, é necessário menor quantidade p ara atingir a recomendação, do que utilizando LB e PS a quantidade é muito grande para ser consumida . O consumo do leite segundo o IBGE (2004) tem u m papel i mp o rtante na p arti c i p a ç ã o das calorias totais co nsumidas dia riamente, tanto na p op u l a ç ã o com renda � de s a lário mín i mo até com renda superior a 5 salários. Segundo S oglia, Abreu e B arcelos ( 2 0 0 1 ) a fortificação do leite com ferro p e r m i t e a l c a n ç a r t o d a s as c l a s s e s so c i a i s , c h e g a n d o até popu l a ç õ e s m a i s v u lne ráv eis, contribuindo para u ma a ç ã o nobre, em relação a este grave problema de saúde pública. P orém , dependendo da concentração do ferro a quantidade a ser consumida pode ser inviável para parte da popu lação. An a l i sando a d i sp on i b i l i dade de fer r o , Tab e l a 3 , o b serv o u - s e que todos o s a l i mentos apresentaram va lores baixos, ou s ej a, menores que 1 0 % de dispon i b i l i dade. S egundo G ermano ( 2 0 0 2 ) a b i o d i s p o n i b i l idade do ferro pode ser influenciada por diversos fatores como químicos, genéticos e dietéticos. Apesar da forma química ser cons i derada de excel ente d i sp onibilidade os Pág. 7 resu ltados mostram que nesses produtos foram b a ix o s . Na Tabela 3 verificou-se que o maior valor encontrado p ara a disponibili dade de ferro foi a amo stra L B , para as outras amostras os valores encontrados foram para LA, e sendo o mais baixo Q P S , mesmo a última amostr a sendo a que apresentou o maior teor de ferro. I ss o pode ser explicado por Germano (2002) que em seu estudo mostra que a variação do tipo de ferro adicionado ao produto também deve se levado em consideração para ter b om aproveitamento dessa fort ifi cação, não servido apenas como apelo comerci a l . Tabela 3. Porcentagem da diá lise de ferro das amostras (matéria fresca) A m o stras3 % de ferro dialisado 0 ,2 3 0 1 0 , 1 3 3 4±0 , 0 9 b 0 , 0 9 5 2±0 , 2 1 c 'Média ± desvio padrão 2Letras diferentes na vertical indicam diferenças significativas (p:::..O,05) 3LA (leite marca A); LB (leite marca B); QPS (queijo petit suisse). 4 . C O N C L U SÕE S Conclui-se que h á poucas marcas d e leites fortific ados com ferro d i sponível no mercado da cidade de Piracicaba e que sua disponi b i lidade é baixa comparando com as necessidades do pú blico a lvo do produto e que se deve aprofundar melhor na escolha do tipo de ferro, suas interações e quan tidades adicionadas aos produtos, analisando suas características químicas e dietéticos para que esse mineral sej a aproveitado me lhor no organismo. S U M M ARY In the market there are many iron enriched fo ods, w ith the purpose of minimizing the lack of this e lement that occu r s in a sign i fi cant part of the population . The aim of the proj ect was to verify the availabi lity of iron in vitro and the centesimal composition o f indu s tri a l i z e d iron enriched m i lk and dairy p roducts, available for c u s tomers in supermarket of P i r a c i c a b a . In a survey on Piracicaba 's supermarkets , only 3 types of p roducts were fou nd, two types of m i lk (LA a n d LB) and one type of petit s u i s s e cheese ( Q P S ) . The centesimal c o m p o s i t i o n ana lyzed varied according t o the characte ristics of each product. For the iron dialyses, the h i ghest value observed was for LB 0 . 2 3 % , LA 0 , 1 3 % and the lowest for QPS 0 . 0 9 % . For the iron tenor Q P S digitalizado por arvoredoleite.org P ág. 8 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N o v/D ez, nO 3 5 9 , 6 2 , 3 - 8 , 2007 presented the h i ghest v a l u e , 3 . 0 4 mg/ l 0 0 g . If fal lows that there are few brands of iron enriched m i lk available in the P i r aci caba m arket and its ava i lability i s very low compared to the need of the target audience. I t' s necessary to evaluate the type o f iron the will b e a dded to a determined product, analyzing its chem i c a l and d i etary characteristics, so that this mineral cam be better absorbed by the body. Keywords: iron, anemia, availability, m ilk, cheese petit su isse. 5 . REFERÊ NCIAS BIBLIOGRÁFICAS AND RA D E , K . C. A fortifi c a ç ã o de a l imentos com ferro no control e da anemia ferropriva. São P a u l o . Rev i s ta B r as ileira de C iê n c i a s d a S a úde. n. 3 , p . 5 0 -5 5 . j an./j u n . 2 00 4 . A S S O C I AT I O N O F O F F I C IAL AN ALY T I C AL C H E M I S T S - A O A C . O ffi c i a l M et ho d s o f Analysis. 1 6 Ed. Washington: AOAC, 1 9 9 5 . 2 v. B RA S I L , M i n i st é r i o da S a ú de . C ar ê nc i a s N u t r i c i o n a i s n o B ra si l . I n : Tex t o t é c n i c o d a á r ea t é c n i c a de al i menta ç ã o e n u t r i ç ã o . B r a sí l i a , 2 00 4 . D i sp oníve l em <htppll www. saude. gov. b rlsps/ áreastecnicasl carenci asl i ndex/html> Acesso em 1 5 /maio 2 0 0 4 . D RI - D i etary reference intak e s . T h e N at i onal A c a demy S c i e n c e , 2 0 0 1 . D i s p oníve l em <www. nap . edu> acesso em: 0 5 dezembro 2 0 0 2 . 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O queijo apresentou teor de umidade médio de 48,70% (m/m) e de cloreto de sódio de 1 , 80% (m/m). O GES obtido foi 49,40% (m/m) e o pR após a fabricação foi 6,30 , atingindo, ao final de 30 dias, o valor de 5,60. A proteólise influenciou no derretimento do queijo quando exposto ao calor tanto quanto o pR. Palavras-chave: laticínios, fermento lático, salga na massa, pasteurização por injeção direta de vapor. INTROD U Ç Ã O O queijo de coalho fabricado com leite de vaca é o mais tradicional e um dos mais difundidos e fa bricados na r e g i ã o N ordeste do B ra s i l , princ i p a l mente n o s estados de P ernamb u c o , Ceará, R i o Grande d o Norte e Paraíba. Nesses es tados, ele se destaca entre os principais queij os artesana is de fabricação e consumo comprova damente incorporado à cultura regional de tradição secular, transferida por geraç ões. É um produto muito consumido assado na brasa ou mesmo frito (Munck, 2 0 0 4 ) . Em função d o grande consumo desse queijo fabricado com leite de vaca, o Ministério da Agri cultura definiu um Regulamento T écnico de Iden tidade e Qualidade de Queijo de Coalho, Instrução Normativa n° 3 0 , de 26 de j unho de 20 0 1 (Brasi l, 200 1 ) . E sse regulamento o define como um queijo que se obtém por coagulação do leite por meio de coalho ou outras enzimas coagulantes apro priadas, complementada ou não pela ação de bac téri a s l át i c a s s e l e c i onadas e comerc i a l i z a d o , norma lmente, c o m até 1 0 dias de fabricação. É classificado como queijo de média ( 3 6 % a 4 5 , 9 % (mim)) a alta u midade ( 4 6 % a 5 4 ,9 % (mim)), de massa semi-cozida ( at é 4 5 ° C ) ou cozida ( entre 45° e 5 5 °C ) , apresentando teor de gordura no extrato seco entre 3 5 % (mim) ( s e m i -gordo ) e 6 0 % (mim) (extra-gordo) (B rasi l , 2 0 0 1 ) . Como a legislação para esse queijo é muito ab rangente e p ou c o defi n i d a , c o ntemp l a as v a r i a ç õ e s p e r c e b i d a s na c o m p o s i ç ã o fís i c o q u ím i c a do p ro d u t o , r efle t i ndo na fa l ta d e identidade d o queijo d e coalho fabricado c o m leite de vaca. Com a crescente p rodução de leite de bú fa l a , a fabricação de qu eij o de coalho com e sta matéri a-prima torna-se uma a lternativa, embora sua produção sej a to ta Iment e artesanal e sem padronização a lguma na fabricação. Se, para o queijo de coalho obtido de l eite de vaca, qu e já é um produto l argamente produzido, a l cança r a padronização é ainda um desafio, para o leite de búfala, essas dificuldades são ainda maiores. Por isso, o objetivo principal deste trabalho foi verificar a lgumas cara cterísticas físicas, quí micas e físico-químicas do queijo de coalho obtido de leite de búfala. MATERIAL E M É TODOS As fabricações do queijo de coalho fabricado c o m l e i t e de b ú fa l a fo ram r e a l i z a d a s nas dependênc ias do Laticínio B o m Destino, situado na zona rural de Morro do Ferro, distrito de Oli veira, MG. Os queijos foram fabricados segundo t e c n o l o g i a proposta por C o sta ( 2 0 0 7 ) , repre sentada pelo fluxograma (Figura 1 ) , com 6 repe tições ( fabri cações ) . Parte d e trabalho d e tese d a 1 a autora para obtenção d o título d e Doutor e m Ciência dos Alimentos/DCA!UFLA Pesquisadora/Professora, DsC - Tecnologia de Queijos EPAMIG CT/ ILCT [email protected]. Pesquisador/Professor titular DCA! UFLA, PhD . [email protected]. digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 1 0 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N o v/D ez, n° 3 5 9 , 62, 9 - 1 7, 2007 As aná lises fí sicas, qUlmlcas e físico-qu í micas dos leites, soros e q u e ij o s obtidos n o exp erimento , foram conduzidas nos l aboratórios do Departamento de C iência dos Alimentos (D CA) na Universidade F ederal de Lavras (UFLA) . L e i t e i n t e gr a l p a s t e u r i zado p o r i nj e ç ã o direta d e vap or (6 5 °C/3 0 minutos) F e rmento l á t i c o m e s o fí l i c o l i o fi l i z a d o L a c to c o c c u s lactis s u b e s p . c r e m o r i s e Lactococcus lactis subesp. lactis ( 1 /6 da dose recomendada p e l o fabr i cante) II Adição de coalho (50% da dose recomendada pelo fabricante) , c loreto de cálcio 5 0 % (40 mL/ I 00L) e cloreto de sódio (500g para 1 00L) Coagulação (40 min), corte da coalhada (grão 2) e repouso (3 min) Aquecimento indireto ( at é 42°C - elevação de I °C/2-3 min) e mexedura Ponto da Massa (grãos secos e firmes) D e ssoragem e salga da massa ( l kg N aC lI 1 0 0 L leite) Pré-prensagem (dobro de peso da massa) em formas de queijo prato de 2 kg A composição centesimal do leite e do soro c o letado 1 5 minutos após o corte da coalha da foram realizadas no dia da fabricação dos queijos. O leite de búfala cru foi analisado quanto ao índice c r i o s c ó p i c o ( B r a s i l , 2 0 0 6 ) com o o bj e tivo de ca lcular a p orcenta gem de águ a incorporada no l e i t e p e l a p a steurização por i nj e ç ã o d i reta de vapor, conforme fórmula descrita por P ereira et aI. (20 0 1 ) . O leite de búfala cru apto à fabricação dos queijos foi pasteurizado p elo sistema LTLT, a 6 5 ° C , p o r 3 0 m i n u t o s , com i nj e ç ã o d i reta de vapor. As seguintes análises foram realizadas na amostra de leite de búfala pasteurizado: densidade a 1 5 ° C ; teor p ercentual (mim) de sólidos totai s ; teor percentual (mim) d e gordura; teor percentual (mim) de proteína ; t e o r p ercentual ( mim) de lactose por meio do método da C loramina-T e índice crioscópico, segundo Brasil (20 0 6 ) . P ara a s a n á l i s e s de a c i dez t i t u l á v e l ; densidade a 1 5 °C; p H ; t e o r percentual (mim) d e gordura; t e o r percentual (mim) de proteína; teor percentual (mim) de s ó l i do s t o t a i s e teor p e r centual (mim) de lactose do soro ( B rasil, 20 0 6 ) , as amostras de soro foram coletada s 1 5 minutos após o corte da coalhada. O s queijos, após prensagem, foram levados à câmara fria ( 1 0°- 1 20c) por 12 horas, fracionados ( 1 2 unidades p or forma) e embalados a vácuo em embalagem termoencolhíveI . Em cada embalagem selecionada aleatoriamente, contendo 4 unidades de queijo, retirou-se uma unidade, também de forma al eatória (amostra ) . O pro cedimento de p reparo da amostra foi realizado triturando-se totalmente uma unidade de queijo em mu ltiprocessador para homogene i z a ç ã o , que serviu para p o steri ores análises, segundo i nstruções de Brasil (20 0 6 ) . Os que ij os foram anali sado s 1 d i a após a fa bricação, após a permanênc ia dos qu eij o s p or 1 2 horas sob refri geração a l O- 1 2° C . quanto aos seguintes aspectos: pH; teores percentuais (mim) de umidade e sólidos totais; teor percentual (mim) de gordura teor de cloreto de sódio; teor de lactose por meio do método da Cloramina T; teor p ercentual ( mim) de nitrogênio total (Brasil, 20 0 6 ) ; frações nitrogenadas p e l o método de Kj e ldahl , segundo Gripon et ai. ( 1 9 7 5 ) : nitrogênio tota l; nitrogênio solúvel em pH 4,6 (NSpH4,6) e nitrogênio solúvel em TCA a 1 2% (m/v) (NS TCAI 2 % ) ' para avaliação de proteólise e cálculos de: relação percentual NSpH4iNT e relação percentual NS TCAI 2%/NT. Tostes", N ovlD ez, n° 3 5 9 , 62, 9- 1 7 , 2007 Rev. I nst. Latic . "Cândido enado s em câmara P ° s te riorm ente, foram armaz . dias após a fabrica ção , r e fin ge rada ( 5 0C) até 3 0 . c onven clOn a ratura tempe send o esta , , foram penodo esse tocagem de queij os . D urante . l e lactose resIdua de teor pH, de análises realizadas . Idade) nos profund e o (extensã se l, dices de proteóli de búfala nos temq eiJ' os de coalho obtido, de leite Co ' pos 8, 15 e 30 dias apos a labncaçao. Para a aná l ise dos resu ltados encontrados ada a estatístic a descritiva , por se tratar utiliz foi de u m novo produto, i nexistente no mercado e sem trabal hos c ientí ficos publicados a respeito , que permiti am a comparação de resultados. Con siderando, também, que a composiç ão física, quí mica e físico-químic a do leite de búfala apresenta peculi aridades em relação ao de vaca, ocorrerão alterações na forma de fabricação do mesmo e na comp osição dos queij o s . Por isso, comparações com dados de literatura para queijo de coalho ob tido de leite de vaca foram feitas somente p a ra efeito didático, pois se tratam de dois produtos distintos . Nesse caso, a análise estatística i nfe rencial no experimento fo i desnecessária. : • Figura 1. Fluxograma da fabricação do queijo de coalho de leite de búfala (Costa, 2007) Os queijos foram acondicionados em câmara fri a ( 1 00- 1 2°C) até completar 8 dias após a fabri cação dos queij os. Esse período foi necessário para que obtivessem melhores características sensoriais. Tabela 2. Tabela 1. Índices crioscópicos médios do leite de b ú fa l a cru e p a steurizado p o r inj eção direta d e vapor pelo sistema LTLT ( 6 5 ° C/3 0 m i n . ) , com suas respectivas v a r i a ç õ e s . Média de 6 repet i ç õ e s Lei te c ri o s c ó pi c o eH) Va l o res mínimo e máximo Leite cru L e ite pasteurizado -0,543 - 0 , 5 3 8 -( -) 0 , 5 4 6 0,490 - 0 , 4 7 4 - ( -)0 , 5 02 O índi c e c r i o s coplCO do l e i t e , u s ado em v á r i o s p a í s e s p a r a a v e r i fi ca ç ã o de p o s s í v e l adulteração d o leite c o m adição d e água, indica o valor encontrado aba ixo do p o nto de congela mento da águ a pura. O valor médio encontrado de -0 , 5 4 3 °H para o leite de búfala cru foi seme lhante ao encontrado por Cockrill et ai. ( 1 9 84 ) , q u e consi deram o índice crioscópico m é d i o p ara leite bubalino de -0,5 44°H . Val ores próximos a - Val ores fís i c o s , qUlmlc o s e fís i co qu ímicos médios do leite de búfala pasteu r izado por i nj e ç ã o direta de vap o r p e l o s i st ema LTLT (6 5 °C I 3 0min.), c o m s u a s respectivas varia ções. Média de 6 repetições. C o n s t i t u i n t es Va l o res Va l o res mínimo e m á x i mo Densidade a 1 5 °C (g/mL) I nc o rporação de á gua (% m/v) Extrato seco total (% mim) Umidade (% mim) Gordura (% mim) Proteína ( % mim) Lactose ( % mim) 1 ,0 3 0 1 ,028 - 1 ,032 9,00 5 ,6 0 - 1 1 ,2 1 4 , 90 1 4 , 7 0 - 1 5 , 40 85,10 4 , 92 4,25 5 ,06 8 5 ,3 0-84,70 4 ,26 - 5 ,4 5 3 ,9 8 -4,64 5 ,0 6 -5 , 1 2 C o m p o s i ç ão fís i c a , q u í m i c a e fí s i c o q u í m i c a d o lei te de b ú fa l a • Enformagem e prensagem (2, 0 7 bar) por 3 0 , vi ragem e 9 0 mino 0 , 5 3 0 0H , ou mais próximo de zero, são relativos a lei te adu lterado. O índice crioscópico do leite p asteurizado di minu i u em relação a o le ite cru , p a ssando, em média, de -0 , 5 4 3 °H para -0,4 9 0 0H . Essa redução foi devido à p asteurização do l eite por inj eção direta de vapor que causou u m a incorporação média de água de 9 % (m/v) . Resultados s eme lhantes foram encontrados por S ilveira & Abreu (20 0 3 ) com o si stema de i nj eção de vapor para pasteurização de leite de vaca para fabricação de queij o prato (média de 9,4% m/v) . Posteriormente, o leite de búfa l a p asteuri zado pelo s i stema LTLT ( 6 5 °C/3 0 min . ) foi ana l isado quanto a sua composição fisica, qu ímica e físico -química. Os resultados estão apresentados na Tabela 2. RESULTADO S E D I S C U S S à O O l e ite c r u e p a s t euri zado p e l o s i stema LTLT (6 5°C/3 0min . ) foi analisado quanto ao seu índice c r i o s c óp i c o , confo rme apresentado na Tabela 1 . Pág. 1 1 A densidade obtida fo i semelhante à citada por F errara & Intri eri ( 1 9 9 2 ) , que enc ontraram va lores entre 1 , 026 a 1 , 0 3 3 g/mL . Observou-se que, à medida que a lactação avançou, a densidade diminuiu. A razão disso foi que o trabalho iniciou se no começo do período da lactação das búfalas, no qual o leite s e encontrava com um teor mais baixo de gordura. À medida que avançou a lacta ção, a produção diminuiu e ocorreu a e levação de alguns compostos, como a gordura. D e acordo com Walstra & Jenness ( 1 9 8 4 ) , a densidade s ofre al terações em função das variações dos componentes do leite, principalmente a gordura, pois teores mais e levados de g ordura proporc i onam densidades menores. A densidade também foi influenciada pelo sistema de pasteurização do leite por inj e ção de vapor, que causou incorporação de água no leite, alterando o valor desse parâmetro. digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 1 2 III Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ovlD ez, n° 3 5 9 , 62, 9- 1 7, 2007 o extrato seco total médio encontrado p a ra o leite de búfala ( 1 4 ,9 % m/m) foi , em média, 7,4% menor que o citado pela FAO ( 1 9 9 1 ), que é de 1 6 gl 1 0 0 g. E s se valor inferi o r foi devido a o m e n o r t e or de gordura do l eite, como p ôde ser observado na Tabela 2, pois, c o mo é sabido, o extrato seco total constitui todos os comp onen tes do leite, com exceção da água. Além disso, o leite foi pasteurizado por inj eção direta de vapor, que p ermite i ncorporação de 9% (m/v) de água a o mesmo, em média, o que c on t r ib u i u p ara a diluição dos constituintes e um aumento do teor de umidade . O teor médio de gordura encontrado no leite de 4 , 92% (mim) foi baixo comparado ao obtido p o r You s s e f & Khattab ( 1 9 9 7 ) , situado entre 5 , 5 % e 8 , 5 % (mim ) . S egundo Fernandes e t ai. (20 0 5 ) , o teor de gordura em bubalinos no B rasil mantém-se s empre acima de 5 , 5 % ( mim) , sendo esta uma característica particular da espécie. Este teor mai s baixo observado j u stifica-se pela época de realização do traba lho, que coincidiu com o período de início da lactação das búfalas. O teor tende a aumentar com o avançar da lactação, pois à medida que a produção diminui, ocorre elevação de alguns compostos, como a gordura. Outra causa para esse valor inferior foi o tipo de pasteurização do l e ite, por inj eção direta de vapor, que incor porou á g u a , d i l u i u o extrato s e c o t o t a l e, conseqüentemente, o teor de gordura. Para o teor de proteína, o valor m é d i o encontrado de 4 ,25 % (mim) está de acordo c o m o esperado (3 ,6-5 ,2% mim) segundo FAO ( 1 9 9 1 ) . Fernandes et ai. (200 5 ) , em pesqu isas nacionais, encontraram, no leite de búfa las, teores variáveis entre 3 , 8 % e 4 , 5 % (mim) . Qu anto à lactose, o teor médio obtido de 5 , 0 6 % ( mim) foi s emelhante ao encontrado p or S indhu & S inghal ( 1 9 8 8 ) e Duarte et aI. (20 0 1 ) , que obtiveram va lores variando entre 4 , 8 3 % e 5 ,4 8 % (m/m) . C o m p o s i ç ã o fís i c a , qUl m l c a e fís ic o q u í m i c a d o s o r o c o leta d o 1 5 m i n u t o s ap ó s o c o rte da c o alhada A composição média do s soros col etados 15 minutos após o corte da coalhada, durante a s fabricações, encontra-se na Tabela 3 . Ver i fi c a - s e que a p erda d e c omponentes sólidos do leite no soro , durante a fabricação, foi mínima, principa l mente de gordura e proteína, que apresentam a l t o s teores n o leite bub a l i n o quando comparado c o m o bovino. E spera-se que estas perdas sejam mínimas, para que se obtenha um m a i o r rendimento em u m a fabricação de queij os. O teor elevado de lacto s e no soro é es perado, visto que este d issacarídeo é solúvel em água e a su a presença no soro em termos p er centuais, situa-se na mesma proporção ou até mais do que o valor encontrado originalmente no l eite. S egundo F ox & Law ( 1 9 9 1 ) , aprox imadamente 98% da l actose do leite é perdida no soro. Tabela 3. Valores fisicos, químicos e fisico-quí micos do soro obtido na fabricação do queijo de coalho de leite de búfala, coletado 1 5 minutos após o corte da coalhada e suas respectivas variações. Média de 6 repetições. C o n s t i t u i n tes Val o res Va l o res m í n i mo e máximo Extrato s e co total (% mim) Umidade ( % mim) Gordura ( % mim) Proteína (% mim) Lactose ( % mim) pH Acidez titulável * 8,50 8 , 22- 8 , 62 9 1 ,50 0,76 0,86 5,70 6,50 0 , 1 05 9 1 ,3 4-9 1 ,7 8 0,5 8 - 1 ,07 0 ,5 1 - 1 , 1 0 5 , 6 2- 5 , 7 9 6 ,4 0 - 6 , 7 0 0 ,09-0, 1 3 * % (m/v) de compostos ácidos expressos como ácido lático A acidez do soro, coletado após o corte da coalhada, constitui um dos parâmetros de controle da fab ricação de queij o s . A acidez deve s er, em média, 2/3 da encontrada no leite. Como se pode observar pelos dados da Tabela 3, o valor encon trado de 0 , 1 0 5 % de compostos ácidos expre ssos como ácido lático no soro correspondeu a 63% da acidez do leite, o que demonstra um bom controle do processo de fabricação. C o m p o s iç ã o centes i m al do q ueij o de c o alho O s qu e ij o s , dep o i s d e e mb a l a dos, fo ram analisados quanto à sua comp o s i çã o conforme apresentado na Tab ela 4. Tabela 4 . C omposição centesimal d o queij o de coalho, após 1 dia de fabricação e suas respectivas variações . Média de 6 rep e t i ç õ e s . Co n s t it ui n tes Extrato s e co t o t a l Umidade Gordura Pr o t e í n a Lac t o s e Cloreto de sódio (mim) Va l o res mínimo e máximo 5 1 ,3 0 48,70 25 , 3 0 1 8,55 2, 0 9 1 , 80 49 , 1 0-52,90 4 7 , 1 0-5 0 ,90 24 ,20-27 , 8 0 1 7 , 1 6 -2 1 , 1 2 2, 0 0 -2, 1 5 1 , 6 0 -2, 0 0 Teo r % Rev. Inst. Latic . "Cândido Tostes", N ovlD ez, n O 3 5 9, A umid ade final média encontrada no quei jo foi de 4 8 , 7 0 % ( mim) . A umidade do queij o não pode ser muita elevada, pois i sso implica em grande separa ção de soro durante a fritura e amo lec i mento durante o assamento ( Munck, 20 0 4 ) . Com o esse que ij o n ão p o ssui regu lamento espe cífico, quand o comparado com o teor de umidade do Regulamen to Técnico de I dentidade e Q uali dade de Queijo de Coa lho fabricado com l eite de vaca (Brasi l , 20 0 1 ) , verifica-se qu e o mesmo o classi fica como que ij o de média ( 3 6 % a 4 5 , 9 % (mim) a a l t a u mi d a d e (4 6 % a 5 4 , 9 % mim ) . Tesh ima e t ai. (20 0 4 ) encontraram v a l o res de umidade varian do entre 4 4 , 6 0 % a 4 6 , 8 0 % (ml m) . Na região do Recife, o queijo foi classificado como de a l ta u mi dade e , em S ergipe, como de aIta umidade a muito alta umidade ( S ena et ai. , 20 0 0 ) . Entretanto, todas e s s a s r e ferênc i a s s ã o p a r a qu e ij o de c o a lh o p r o d u z i d o com l e i t e de vaca, visto que não existe legislação esp ecífica para este produto com leite de búfala e escassez de traba lhos p u b l ic ados sobre o a s sunto . Além disso, devido às características específicas do leite bubalino, que apresenta micelas com maior di mensã o , p ortanto menos hi dratadas (Albano & Mincio ne, 1 9 8 4 ) e p e l o fat o de a c o alhada ter difi c u l dade em reter u m i da d e e , cons eqüente mente, o s qu e ij o s tenderem a ser mais s e c o s (Furtado, 1 999), para que o queijo fabricado com leite de búfa l a apresente características seme lhantes ao de vaca, a umidade deve ser ma is alta. Na p adroni zação de queij os , a legi slação brasileira preconiza não apenas o teor de gordura, mas o seu percentual em relação ao extrato seco, denominado gordura no extrato seco (GE S ) . Para o queijo de coalho fabricado com leite de vaca, o Regu lamento T é cnico (Brasil, 20 0 1 ) classifi c a o como um que ij o semig ordo a extragordo, com um GES vari ando entre 3 5 % (mim) e 60% ( ml m). Para o qu eij o de coalho obtido de leite de búfala, o GES encontrado fo i de 4 9 ,4 % (mim), o que p o de ser consi derado também como queij o gordo, baseado n a amplitude citada. Marques et ai. (20 0 2) encontraram para queij o de c o a l h o produzido com l eite d e vaca, cru e pasteurizado, ambos integrais, respectivamente, os segu i ntes teores de GES : 3 5 , 8 5 % (mim) e 42, 1 5 % (mim) . Como o leite de búfa l a apresenta um teor mais elevado de gordura que o bovino, a fabricação do queijo é realizada com leite integral e a perda de gordura no soro é pequena. O q u e ij o , por s u a vez, d e v e p o ssuir u m G E S mais e l evado, com parado a o de vac a . O mesmo se verifica com o teor de p roteína que, no leite bubalino, é maior que no b ov i n o e, c o n se qüen temente, o qu e ij o apresenta maior teor desse constituinte. O s valo res não p odem ser c omparados com os do leite §l, 9- 1 7, 2007 Pág. 1 3 de vaca, p o i s a s u m i dades dos queij o s s ã o di ferentes , o que influencia no teor de extrato seco e, cons eqüentemente, no de proteína. Quanto ao teor de cloreto de sódio, o valor médio encontrado de 1 , 8 0 % (mim) está de acordo c om o obtido p o r Chinelate et ai. (20 0 4 ) , que encontraram, para queijos de coalho fabricado com l eite de vaca produzidos no estado do C eará, um teor de c loreto de sódio variando entre 1 , 6 1 % a 2, 1 0 % (mim ) . Observa-se que o t eor de cl oreto de sódio dos queijos de coalho obtido de l eite de vaca produzidos no Nordeste é e l evado, compa rado ao dos produzidos com o l eite de búfala. O teor de NaCl em queij o varia muito conforme a indú stria, a tecnologia e, principalmente, quanto a o mercado consumidor e p o d e ser fa c i lmente aj u st ado confo rme a conveniênci a . A c o m p a nhamento d o p H dos q ueij o s d u r a n te a est o c agem Os resultados da evolução do pH dos queijos são apresentados na Figura 2. ::c: Q. 6,6 6,4 6,2 6 y = -O,021x + 6,1341 R2 = 0,7038 5,8 5,6 5,4 5,2 -l-----�---� 15 30 Tempo (dias) F i g u r a 2. Evolução do pH dos queijos de coalho de leite de búfala, durante 30 dias de estocagem em câmara fr i a . Val o res médi os obti dos de 6 fabricações. Observa-se que o pH sofreu uma queda mais acentuada entre o primeiro dia e o oitavo após a fab ricação, p o i s os queij o s foram mantidos em u m a c â mara fri a de temperatura m a i s e l evada ( 1 0- 1 20c), para que as bactérias láticas pudessem atu a r e des envo lver c a r a c t e r í s t i c a s s e n s o r i a i s peculiares a o t i p o de queij o , conforme sugerido por Munck (20 0 4 ) . No 8° dia, o pH encontrava s e em confo r m i dade com o recomendado p ara queij o s fabricado s com cu l tura lática, que não deve ser inferior a 5 , 7 0 , de modo a evitar que o queij o derreta quando a s sado ou frito (Munck, 20 0 4 ) . Após esse p eríodo, o queij o fo i l evado para outra câmara fria de temperatura mais baixa que a p ri meira ( 5 °C ) . N e s t a , o pH não s o freu queda acentuada, pois a temperatura mais baixa redu ziu o desenvo lvimento das bactérias do fer- digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 1 4 III !li Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N o v/D ez, na 359, 62, 9 - 1 7 , 2007 mento . S e os q u e ij o s t i v e s s em s i d o a c o n d i ci onado s desde o dia seguinte da fabricação n a temperatura de 5 ° C , o p H talvez e sta b i l i zaria acima ou com ligeiro decré scimo. A tecnologia do queijo de coalho gera uma m a s s a n ã o l a v a da e de b a i x a fe r m e n t a ç ã o e, portanto, apresenta elevado teor de lactose resi dua l . Além disso, o l eite de búfala naturalmente já apresenta teor mai s elevado de l actose, quando comparado ao de vaca, e, como nessa fabricação u sou-se fermento lático, mesmo que em dosagem reduzida, e sta queda de pH era esperada . O pH varia mu ito nos qu eij os de coalho de vaca . Por ex emp l o , no estado do C eará, situa-se na faixa d e 4 , 9 0 a 6 , 3 7 ( S eb r a e , 1 9 9 8 ; N a s s u et a i. , 200 I ) . Cavalcante et ai. (20 0 5 ) verificaram que o pH do qu e ij o de coalho de leite de vaca fa bricado com cultura l ática endógena i solada do queij o de c o a l h o artesanal fo i de 5 , 3 0 no dia seguinte à fabricação do mesmo. Segundo Munck ( 20 0 4 ) , o v a l or d e 5 , 7 0 de p H no q u e ij o de coalho é o l imiar p ara o início do derreti mento quando assado e, portanto, a descaracteriza ção do produ t o . A l é m d i s s o , o consumo desse queij o deve ser r á p i d o , p o i s , quanto ma i s e l evado o p H , melhor a resistência ao derretimento . O próprio Regu lamento T écnico de Identidade e Qual i dade de Queij o de C oalho, Instrução Normativa na 3 0 , de 2 6 de j unho d e 200 1 ( B r a s i l , 200 I ) , i ndica que o me smo deve ser comerc i a l izado normal mente com até 10 dias de fabricação. Nesse caso, a temperatura utilizada nos 8 primeiros dias ( 1 0 1 2° C ) é um p o u c o s u p e r i o r à en contrada n o s balcões refrigerados d e supermercados (até 1 0 °C) e, porta nto , o envio do queij o di retamente para o supermercado após sua fabricação, como muitas indú strias fa zem, seria suficiente p ara al cançar as cara cterísticas s ensoriais durante sua exposi ção, embora o sabor não fo sse tão evi dente nos primeiros dias. Ac o m p a nhamento da p r o teó lise duran te a esto c agem Durante o período de estocagem dos queijos sob refrig eração o s mesmos foram a v a l i ados quanto aos índices de proteó lise. E xten s ã o NS p H4,/NT) d a p r o teólise ( rel a ç ã o % A relação percentual NS p H4iNT dos queij os de coa lho obtido de leite de búfala durante o pe ríodo de estocagem, está apresentada na Figura 3 . E s s a r e l a ç ã o , t a m b é m c o n h e c i da c o m o extensão da prote ó l i s e , é um índice q u e quan- t i fi c a , p r i n c i p a l m e n t e , p ep t í d e o s o r i u n dos da ação de p ep t i d a s e s do coagulante. O au mento d a r e l a ç ã o N S p H 4 ./ N T é e s p e r a d a d u r a n t e a estoc a gem, u m a vez que as enzimas oriundas, principalmente, do coagu l ante v ã o degra dando a matriz c a s e í n i c a e produzindo p eptídeos de massa m o l e c u l a r e l evada, qu e são s o l úv e i s , e v ã o au me n t a n do s e u s t e o r e s em r e l a ç ã o a o n i tr o gên i o t o t a l dos q u e ij o s c om o p a s s a r d o temp o . Verifica-se qu e, embora a quantidade de c oa gu l ante u t i l izado na fabricação dos queij o s tenha sido redu zida, ou sej a , 5 0 % da dose re comendada p e l o fabri cante, verificou-se eleva ção na extensão da proteólise . S abe-se que quan to maior o teor de u mi dade de um queij o , mais rápida e intensa se dará a proteólise e, por con seqüênci a , mudanças na consistência e no sabor do queij o . Além disso, ba ixos teores de clo reto de sódio também c o laboram para o aumento da d e g r a d a ç ã o p ro t é i c a . O a u m e n t o da c o n c e n tração do cl oreto de sódio provoca abaixamento na ativi dade de água e diminu i ç ão da disponi bilidade desta para degradação protéica na reaçã o enzimática, caracterizada, principa lmente, p e l a h i dró l i se das l i gações peptídicas ( S u razinki & Peterson, 1 9 7 3 ) . Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D e z , na 3 5 9, 62, 9- 1 7 , 2007 m enor e , p ortanto , o processo de maturaçã o é m ais l ento (Laborda & Rub i o l o , 1 9 9 9 ; Verdini & Rubi o l o , 2 0 0 2 ) . P r o fundidade da p r o teólise ( rel a ç ã o % NSTCA12%/NT) Também chamada profu ndidade de proteó lise, esse índice quantifica, principalmente, p ep tídeos e aminoácidos oriundos da ação das endo e exopeptidases bacterianas (descarboxilases e desa minases) do fermento lático. O comportamento da profundidade da pro teólise está i lustrado no gráfico da F igura 4 . 15,0 .... � 4 1 ,0 13,0 ci; 12,0 1 1 ,0 ;J'. 10,0 .5 9.0 Z .;: 8,0 7,0 í- � ..; � Z � '" "" " � 16,0 15.0 y= 0, 1 70I x + 1 1 ,35 R' = 0,88 1 7 14,0 13,0 12.0 1 1 .0 10,0 15 30 Tempo (dias) F i g u r a 3. Extensão de proteó l i se dos qu e ij o s d e coalho d e leite d e búfala durante 3 O d i a s de e s t o c a gem em c â m a r a fr i a . Va l o re s médi o s o b t i d o s de 6 fa bri c a ç õ e s . T a m b é m a e l e v a ç ã o da p r o t e ó l i s e fo i m a i o r nos p r i me i ro s o i to dias, na qual a tem p e r a t u r a de e s t o c a g e m do q u e ij o e r a m a i s e l e v a d a ( I 0 - 1 2° C ) d o q u e n o t e m p o r e s t a n t e ( 5 ° C ) . A t e mp e r a t u r a é u m fa t o r i mp o rt a n t e du rante a m o d i fi c a ç ã o d o s p r o c e s s o s b i o q u í m i c o s e fí s i c o s q u e o c o rr em n o p r o c e s s o d e matur aç ã o . Temperaturas e l evadas ace leram a h i d r ó l i s e , reduzem o t empo de maturação, a l teram a ativi dade proteolítica das enzimas e o p e rfi l de p e p t í d e o s fo r ma d o s . Em c o n d i ç õ e s d e r e fri g e r a ç ã o , a v e l o c i d a d e d a s r e a ç õ e s é A c o m p anha ment o d a deg r a d a ç ã o d a l a c t o se d u r a nte a es t o c agem Tempo (dias) F i g u r a 4. 17,0 qu e ij o i n fl u en c i ará no derret i mento da mesma forma que o pH e pode até ser mais influente que o ú ltimo, visto que o p H é c ontrolado pela tec nologia de fabricação . Além disso, P erez (20 0 5 ) verificou aumento d o go sto amargo ao l ongo d o tempo (dias 2 0 , 4 0 , 60 e 90) para todos os queijos de c o a lho c o merci a i s a n a l i sados, e mb o ra a ex tensão da proteólise tenha sido b aixa e a profun didade menor a inda. A formação do gosto amargo é fortemente influ enciada pela ação do coagulan te r e s i du a l e da plasmina, formando peptíde o s hidrofób icos q u e causam g o s t o amargo. Qu ando há atuação das enzi mas do fermento láctico ou 'microbiota secundária, o gosto amargo desaparece com o tempo (Perez, 20 0 5 ) . P ortanto, sugere-se que esse tipo d e queijo seja consumido o quanto antes, com a redução do prazo de validade utilizado pelas indústrias, pois o mesmo apresentará melhores caracterí sticas de resi stência ao derretimento e também sensoriais. . 15 Pág. 1 5 30 P ro fu n d i d a de de p r o t e ó l i s e d o s queij o s de coalho de l eite de búfala durante 3 0 d i a s de e s t o c a g em em câmara fria. Val ores médios obtidos de 6 fabr i cações . Embora tenha sido utilizada uma p equena quanti dade de fermento l á t i c o , a mesma fo i sufi c i ente para degradar as proteínas do qu eij o liberando peptídeos e aminoácidos. A s mesmas considerações feitas sobre umidade e teor de clo reto de sódio são v á l i da s p ar a a profundidade. Observou-se que, apesar de todos o s trabalhos re ferentes a queijo de coalho elaborados a partir de leite de vaca se referirem apenas ao controle do pH do qu e ij o p ar a evitar que o mesmo derreta quando assado, a prote ó l i se também infl u en c i a no s e u derretiment o . Quando comparados queijos de duas fabricações que apresentavam p H seme lhante ( 5 , 7 ) , aquele com maior tempo de estoca gem (30 dias) derreteu e perdeu a forma, enquanto o outro, que se encontrava com apenas 8 dias de fabricação, manteve sua forma quando frito. Se gundo Kindstedt ( 1 9 9 1 ) , o derretimento é depen dente da atividade proteo lítica da cu ltura lática empregada e dos teores de gordura e umidade do queijo. Altos teores de gordura, umidade e proteó lise intensa r esultam em maior derr etimento . Portanto, embora a lgumas i ndústrias apre sentam prazos de validade para queij o de coalho de l eite ,de vaca de 2 a 4 meses, a proteólise no A lactose presente nos queijos foi analisada durante o período de estocagem em câmara fri a p o r 3 0 dias, conforme apresentado n a F i gura 5 . 2,5 �E ..,. 2 y = -0,021 1 x + 1 , 9523 R2 = 0,7751 -; 1,5 j .. ." o 0,5 J!I 15 te m po (d ia s) Fig u r a 5 . 30 Acompanhamento da degradação da lactose nos queijos de coalho de leite de b ú fa l a durante 30 d i a s de e s t o c a gem em c â m a r a fri a . Va l ores médi os obtidos de 6 fabricações. Com o i t o dias de fab r i c a ç ã o , o teor de lactose reduziu u m pouco, cerca de 1 9 % quando comparado com o teor de l actose do queij o com u m dia de fabricação, o que ocasionou o declínio do pH dos q u e ij o s , p o i s os mesmos e s tavam estocados em uma câmara fri a com temperatura de 1 0 0- 1 2° C , p a ra que as bactérias l á t i c a s do fermento p u d e s s em degradar e s s a l a c t o s e m e l ho rando a s caracterí s t i c a s sensor i a i s d o s queij o s . Quando ocorreu mudança na temperatu ra, o co rreu também um decréscimo na redução digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 1 6 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, nO 3 5 9 , 62, 9- 1 7 , 2007 da lactose, como pode ser observado na redução do p H ( F i gura 2 ) . C om o esse queij o apresenta b a i x a ferm entaç ã o e a massa n ã o é l av a da , o mesmo apresenta um teor considerável de lactose r e s i du a l , que confere escurec i mento n o qu e ij o (Reação d e M ai l lard) , quando exposto a o calor. C ON C L U SÕ E S O s resultados obtidos permitem concluir que: O queij o de coalho fab r i cado com leite de búfala apresenta características físicas, químicas e físico-qu ímicas diferentes do queij o de coalho de leite de vaca e , por tanto, sugere-se a criação de um padrão de identidade e qualidade desse queijo p e los órgãos competentes, o que não exi ste atualmente, a o contrá rio daquele obtido de l eite de vaca. O c omportamento do pH durante esto cagem do queij o permite a comercia l ização sob refrigeração, por até 3 0 dias, sem comprometimento das caracterís t i ca s típicas, como derretimento. O p H após a fabricação foi 6 ,3 0 , atingindo, ao final de 30 dias, o valor de 5 , 6 0 . • lip , • li l lil : li! , BRAS I L . 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"Cândi Pág. 1 9 AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DOS RÓTULOS DE LEITES COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO ÀS NORMAS DE ROTULAGEM NUTRICIONAL Suitability's survey in labeling of different brands of milk from Rio de Janeiro Elga B. da SIL VA l.2 Kamila de O. do NASCIMENTOl Sim one P. MA THIA Sl.3 S U M ÁRI O I I 11 1 1 di: : 111 " o leite e seus derivados apresentam proteínas de alto valor biológico em sua composição, além de configurarem as principais fontes de cálcio da dieta, nutriente fundamental para a formação e a manutenção da massa óssea. O presente trabalho teve como obj etivo avaliar adequação dos rótulos de diferentes le ites comercializados no município do Rio de Janeiro às normas de rotulagem nutricional (BRASIL, 2003a, BRASIL, 2003b). As amostras foram selecionadas ao acaso, sendo adquiridas no município do Rio de Janeiro, no período compreendido entre outubro e novembro de 2006. Foram analisados 18 rótulos de leite, separados para análise por similaridade de composição em três grupos: integral (n=6), semidesnatado (n=6) e desnatado (n=6). Em 72,2% dos produtos havia alguma espécie de não-conformidade. Observou-se que com relação ao contraste da cor de fundo com a IN, 38,8% das amostras encontravam-se não-conformes, dificultando a visualização destas informações pelo consumidor. Os valores diários dos nutrientes deveriam basear-se em uma dieta de 2000kcal ou 8400KJ, porém 1 6 , 6% dos rótulos continham como base uma dieta de 25 00kcal, valor revogado pela Resolução RDC n° 360. Com relação à gordura trans, 1 6,6% das tabelas não quantificava esta substância, que passou a ser item obrigatório da rotulagem nutricional. Em 44,4% dos rótulos observaram-se alegações de saúde (health claims). Ressalta-se a importância da fiscalização na rotulagem de alimentos e bebidas embalados, visando prover aos consumidores informações claras e coesas acerca do produto que estão adquirindo. Termos de indexação: alimentos-rotulagem, alimentos-legislação, informação nutricional, leite. I N T ROD U Ç Ã O o l e i t e é um a l imento amp l a mente c on sumido por indivíduos de diferentes faixas etárias, configurando a fonte de cálcio mais expressiva da di eta humana. Ao l ado dos seu s derivado s , esta categoria de produtos tem papel fu ndamenta l no aporte de cálcio dietético, principalmente em mo mentos b i o l ó g i c o s específi c o s como a ado l es cência e a gestação . Atualmente o mercado disponi b i l iz a u m número significativo d e marcas d e leite d e vaca na su a versão convenc ional ( i ntegral) , entretanto a crescente preocupação com a escolha de alimentos mais saudáve i s aumentou considera velmente a oferta de l eites desnatados; e em menor escala encontram-se os leites semidesnatados, que apre sentam pequena redução no teor de gordura. A rotulagem nutricional adequada e cl ara torna-se fu ndamental p a r a que o consumido r tenha acesso a informações úteis e precisas acerca do produto que estiver adqu irindo . A l i a da à educação nutriciona l , a rotulagem pode auxi liar os indivíduos a escolher corretamente os alimentos de acordo com suas necessidades específicas. Neste sentido, a rotulagem de leites deverá fornecer ao consumidor i n formação nutrici onal c o nfi áve l e comp leta, conforme preconizado pelas resoluções RDC n° 3 6 0 e n° 3 5 9 , do M in i stér i o da Saúde (BRASIL, 20 0 3 a, BRASIL, 2003b) . O s avanços tecn o l ó g i c o s na á r e a d e a l i mentos, j untamente c o m a urbanização o corrida no Brasil, acarretaram u m aumento do consumo de produtos industrializados, paralelo ao desen volvimento de uma consciência crítica frente aos consumidores e aos órgãos associados à defesa do Mestranda do D epartamento de Tecnologia de Alimentos do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Aluna de Especialização em Segurança Alimentar e Qualidade Nutricional do Centro Federal de Educação Tecnológica de Química/RJ. Estagiária da Embrapa Agroindústria de Alimentos/RJ. Autora a ser contactada: Elga Batista da Silva, endereço: Rua Oito, casa 35, Campinho, Campo Grande. Rio de Janeiro/RJ. CEP: 23 0900-400. Endereço eletrônico: e lga_batista@hotmail .com. digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 20 11 ' 1 1 11 ' 111:: : Ilt" , Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, n° 3 5 9 , 6 2 , 1 9 -23 , 2007 consumidor. A r egu lamentação da rotu l ag em de a l i mentos, defi n i ndo critéri o s de i dentida de e q u a l i dade, representa a interfa c e entre o consumidor e o fabricante, a lém de fo rnecer as informações necessárias aos profissionais de saúde na prescrição dietética ( C ÂND I D O , 2 0 0 0 ) . Oliveira e t aI. (2005), afirmam que a rotulagem e as i n formações nutr i c i on a i s dos a l i mentos constituem elementos fundamentais na orientação dos profi s s i o na i s e dos consumidores sobre a qualidade do produto possibilitando a escolha que melhor lhe convie r. Através da rotulagem é possível estabelecer um canal de comunicação entre empresas produtoras de a l i mentos e consumidores que desejam melhores informações sobre os produtos que compram. Entre outros o bj et i v o s , a regulamentação da rotulagem procura proteger os consumidores de declarações abusivas ou infundadas que possam induzi-los a quaisquer erros (ARAÚJO & ARAÚJO, 200 1 ) . Diante da crescente diversida de de gêneros a li mentí cios d i sp oníveis no mercado, torna-se fu ndamental a adoção da rotulagem nutricional clara, confiável e completa. P ara Zanette e t aI. (200 6 ) , o rótu l o dos a l i mentos p ermite o acesso do consumidor a informações como quantidade, caracter í s t i c a s nutricionais, composição, qual idade e riscos que os produtos podem apresentar à saúde. De acordo com Lima, Guerra e Lira (20 0 3 ) ap ud Maimon et aI. (20 0 5 ) além das informações gerais, os rótu los constituem veículo ímpar para fornecer ao consumidor informações nutricionais i nd i spensáveis à aqu i s i ç ã o dos a l i mentos p ar a compor u ma d i et a saudáv e l . N e s s e sentido, a conscientização da p o p u l a ç ã o com r e l a ç ã o à s informações veiculadas pela rotulagem nutricional encontra-se em ascensão. S egundo Á lvares et aI. (20 0 5 ) , o s rótu los devem apresentar corretamente a composição de nutrientes do a l imento, uma vez que o acesso a estas informações é condição básica para a escolha de alimentos adequados à manutenção da saúde. A tendên c i a atual do c onsumidor é b u scar conhe cimento acerca do valor nutricional dos produtos que consu mirá, sobretudo com relação ao teor de macro e micronutrientes, bem como de seu Valor Energético Total ( VE T ) . O Regu l a mento T é c n i c o de R o t u l agem Nutricional Obrigatória de Alimentos e Beb idas nO 40 foi aprov ado em 200 1 pela Res olução da D i retoria Colegi ada (RDC), considerando a ne cessidade de padronizar a declaração de nutrientes nos rótulos de alimentos e bebidas embalados. Este regu l a mento foi estabelecido para o r i entar o s consu m i dores quanto ao consumo de a l imentos com vistas a uma alimentação saudável (BRASIL, 200 1 ) . A Resolução RDC n° 360 determina, atual- mente, as normas de rotul agem nutricional e tem como obj etivo informar o consumi dor sobre as propriedades nutric ionais de um a l i mento, tendo revogado a Resolução RDC nO 4 0 . D enomina-se l e i t e , s e m o u tr a especifi cação, o produto normal , fresco, integral, oriundo da ordenha completa e ininterrupta de vacas sadias e limpas (BRASIL, 1 9 52). De acordo com o Guia Alimentar do M inis tério da Saúde (20 0 5 ) , os leites e seus derivados devem estar presentes em dietas equilibradas por contribuírem para a saúde de maneira global, apre sent ando proteínas de a l t o valor b i o l ógico em su a c o mp o s i ç ã o . E s t e s produtos são ricos em vitaminas, além de representar as principais fon t e s de c á l c i o da a li mentação, nutriente funda mental para a formação e a manutenção da massa ó ssea; recomendando-se o consumo de 0 3 porções diárias deste grupo de alimentos (BRASIL, 20 0 5 , T O RRES, 2004 e FONSECA et a I , 200 3 ) . S egundo a Instrução Normativa n ° 5 1 , do M i n i st ér i o da Agricultura e do Ab a stecimento, será aplicada a legislação específica a esta categoria de produtos, qu e deve ser rotu l ado como "Le i te P asteurizado Integra l" (que deverá conter o teor original de gordura em sua composição, ou sej a , no mínimo 3 % deste macronutriente), "Leite Pas teurizado S emidesnatado" (de 0,6 a 2,9g de gor dural l O O g) e " L e i t e P a steurizado D e snatado" (apresentando no máximo 0 , 5 g de gorduraI l OO g) , segundo o tipo correspondente ( B RASIL, 2002; B RASIL, 1 95 2 ) . Todos o s produtos d e origem animal devem estar identificados por meio de rótulos registrados, a p l i c a d o s sobre as matéri a s -p r i m a s , produt o s , v a s i l hames o u continentes, q u e r quando dire tamente destinados a o consumo p ú b l i c o , quer quando destinem-se a outros estabelecimentos que os b eneficiarão ( B RASIL, 1 9 52). O obj etivo do presente trabalho foi avaliar a a dequ ação dos rótu los de diferentes leites co merc ializados no município do Rio de Janeiro às normas de rotu lagem nutricional. MATERIAIS E M É TODOS As a mostras foram selecionadas ao acaso, s en do adqui r i da s no comércio varej ista do mu nicípio do Rio de Janeiro, no período compreen d i do entre outubro e novembro de 2 0 0 6 . Ana l i saram-se 1 8 rótu l o s de leite de procedênc i a nacional, acond i ci onados em emb a l ag em carto nada, proces sados pelo sistema UAT /UHT, sepa rados para análise por similaridade de composição e m três grup o s : i ntegral (n= 6 ) , semi desnatado (n=6) e desnatado (n=6) . Verificou-se a concordânci a d a r otu lagem nutricional destes produtos com o s p arâmetros Tostes", N ov/D ez, n° 3 5 9 , 62, 1 9-23 , 2007 Rev. Inst. Latic. "Cândido - Regulamento T écdas Resolu ções RD C n° 360 de Alimentos Nutricional m lage Rotu e sobr o ic Regu lamento T écnico de mbala dos e n° 3 5 9 po rçõ es de A l i men tos Embalados para Fins de Rotula gem Nutricional (BRASIL, 2003a, B RASIL, 20 03b ) e P ort aria n° 27 - Regulamento T écnico s obre Informa ção Nutricional Complementar do Mini stério da Saúde (BRASIL, 1 99 8 ) . � RES ULTADO S E D I S C U SS à O A Informação Nutricional ( IN) de todas as am ostras analisadas e stava disposta em forma to de tabela, e em 72,2% dos produtos havia alguma espécie de não-confo rmidade. 27, 80% o produtos com algum a não-conformidade l1li produtos conforme 72,20 % Figura 1 . Perfil geral dos rótu los Segundo a Resolução RDC n° 3 6 0 , é obri gatório declarar a quantidade e o valor energético de carboidratos, proteínas, gorduras totais, gor duras saturadas, gorduras trans, fibra ali mentar (todos em gramas) e sódio (em m i l igramas) . A informação n u tr i c i o n a l ( I N ) deverá aparecer agrupada em um mesmo lugar, estruturada em for ma de tabel a, com os va lores e as unidades em colunas ou de maneira linear, dependendo das di mensões do rótu l o . Em 22,2% das mesmas não mencionava a gordura trans. Todos o s nutrientes dispostos nas tabelas apresentaram conformidade para as unidades correspondentes a cada nutriente. Toda IN deverá estar redigida no i di oma oficial do país de consumo, devendo ser colocada em lugar visível, com caracteres legíveis e em cor contrastante com o fundo onde estiver i mpressa . Observou-se, para todas as amostras, adequação com relação a o idi oma da IN (re digida em p or tuguês), bem como para a localização e o tipo de caracter da mesma. Com relação ao contraste da cor fundo com a IN, 3 8 , 8 % das amostras encon travam-se não-c onformes, d ificu ltando a visua lização destas informações pelo c onsumidor. A expressão ' INFORMAÇÃO NUTRI C I O NAL' , o valor e as unidades d a porção e d a medida caseira devem estar em maior destaque do que o resto da IN. Cor, tamanho, estilo e tipo de fonte foram utilizados pelos fabricantes dos leites para difere nciar estes d o i s itens do restante da I N . Some nte em 1 1 , 1 % d a s amostras e s t e i t e m da Reso lução RDC n° 3 60 não foi obedecido. Os va lores diários dos nutrientes que obri gatoriamente deverão constar na tabela de IN serão Pág. 21 baseados em uma dieta de 200 0 kcal ou 840 0KJ, informação que deverá estar próxima à declaração dos nutrientes. E m 1 6 , 6 % dos rótu los obs ervou se não-conformidade para este item, encontrando se como base a dieta de 2500 calorias, valor revo gado pela Resolução RDC nO 3 6 0 . Apenas u m a amostra apresentou a alegação ' 0 % de gordu r a ' , declaraç ã o em conform i dade com a legislação visto que a mesma era de l eite desnatado . Entretanto, o fabricante po deri a evi denc iar que o produto apresenta esse percentual deste macronutriente em função de seu padrão de identidade; ou sej a, todo leite desnatado não apre senta gordura em sua comp o sição química. Ainda com relação à s tabelas de l ei te des na tado foram declarados dizeres como ' 0 % ' de gorduras totais e saturadas, a lém de apresentarem a expressão ' não contém' . C om relação à gordura trans, 1 6 , 6 % das tabe l a s não quanti ficava esta substância, que passou a ser i tem obri gatório da rotul agem nutri cional de acordo com a RDC nO 3 6 0 . Expressões como ' não estabelecido ' e 'ND ' foram encontradas. O conceito de v a l o r diário recomendado não é aplicado à gordura trans, visto que esta substância não confi gura um nutri ente; embora o arcabouço legislativo vi gente não faça menç ão a esta condi ção. O s ácidos graxo s trans, também denomi nados gorduras trans, n ã o s ã o s i ntetizados no organismo humano e resultam de processo natural de b io-hidrogenação ou de processo industrial de hi drogenação parcial ou total de óleos vegetais ou marinhos (GEUKING, 1 99 5 ) . Segundo Chi ara, Silva e Jorge (2002), os efeitos adversos dos isôme ro s trans na saúde humana têm sido associ ados às doenças cardi ovasculares, ao p rocesso de cresci mento e desenvolvimento da criança e à fase ges tacional . A diferença entre os ác idos graxos trans provenientes de gordura l áctea e os de g ordu ra hidrogenada não se refere apenas às quantidades, reduzidas na primeira e elevadas na segunda, mas também está relacionada ao tipo de lsomero pre dominante em cada um ( C H I ARA, S I C H I ERI e CARVALH O , 2 0 0 3 ) . Deverá ser incluída como parte d a I N a se guinte frase: "Seus valores diários podem ser maio res ou menores dependendo de suas necessidades energéticas". Em 3 3 ,3 % dos rótulos este texto não foi ob servado , po dendo confu ndir o consumidor visto qu e existem recomendações de calorias e nutri entes espec ífi ca s para as d i ferentes fa ixas etári as e para determinados momentos biológicos. M inerai s e vitaminas são considerados nu trientes de declaração voluntária, porém os teores destes e stavam presentes todos os rótulos ana li sados, que apresentavam cálcio e/ou ferro em suas tabelas de IN; a lém das vitaminas A e D mencio nadas em uma das amostras. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N o v/D ez, n° 3 5 9, 62, 1 9-23 , 2007 Pág. 22 D titu lo da IN não d e s t a ca d o (11,1 %) o não quantificavam gordura trans ( 1 6 ,6 % ) o não faziam m e nção à gordura trans ( 2 2 ,2 % ) o cor d e fu n d o s e m contraste c o m a t N (38,8 % ) 0,00% 10.00% Figura 2. I , .,, ! ' � 1)' , 11\1' ; dr::: : 111 ... , 20,00% 30,00% 40.00% Algumas inadequações observadas nas amo stras E m 4 4 , 4 % dos rótu l o s o b s ervaram-se alegações de saúde (h ealth claims ) . Alegações de propriedade funcional e de saúde são empregadas em rótulos de várias categorias de alimentos, sendo regu lamentadas pela Portari a n"27 /9 8 do M i nis tério da Saúde ( B RASIL, 1 9 9 8 ) , Nos rótu los dos leites encontraram-se claims como ' reduzido em 54% de gordura que o integral ' , ' enriquecido com cálcio ' , ' 1 % de gordura' e ' proteínas, vitaminas e s a i s miner ai s ' , todos em conformida de c om a Portaria supracitada. Estudo realizado por S i lva e B arros (20 0 6 ) com 65 produ tos a base de s oj a evidenciou a presença d e alegações d e saúde em 80% das embalagens pesquisadas. ° Quadro 1 apresenta itens que apresenta ram conformidade em 1 00% dos rótu los analisados. Porção medida/caseira à capacidade ou dimensão Va lor energético total e o percentu al de Va lor diário ( % VD) em kcal ou KJ Apresentação da I N em porção Unidades corresp ondentes a cada nutri ente Idioma, localização e caracteres da IN Q u a d r o 1. I t ens a n a l i sados que apresentaram conformidade em 1 0 0 % dos rótu los Observou -se conformidade em todos os ró tu los para porção e para medida caseira à capa cidade ou dimensão, a tendendo às especi ficações preconizadas pela Resolução RDC n° 3 5 9 . Enten de-se como porção a quantidade média do alimento que deveria ser consumida por pessoas sadias, maiores de 3 6 meses, em cada ocasião de consumo, com a finalidade de promover a alimentaçã o sau dável ( B RAS I L , 2003a). CONCLUSÃO As inadequações encontradas nos rótu l o s dos l e ites evi denc i a m a urgên c i a de um maior controle por parte dos órgãos fisca l izadores nesta área. ° prazo estipulado pelo Ministério da Saúde para que os fabricantes de alimentos aj ustem seus rótulos às exigências legais expirou em 3 1 de julho de 2 0 0 6 , entretanto as i rregu laridades persistem mesmo meses após esta da t a . Ressalta -se a im portância da fi s c a l i zação na rotu la gem de a l i mentos e bebidas embalados, visando prover aos consumidores informações claras e coesas acerca do produto que e stão adquirindo. Recomenda-se que fabricantes preocupem-se em atender a todos o s p a râmetros sani tári o s durante o desenvol vimento dos rótulos de seus produtos para adequá los ao arca bouço l egi slativo vigente. AGRADECIMENTOS À C o ordenação de Aperfe i ç o amento de Pessoal de N ível S u perior (CAP E S ) pelas bolsas de Mestrado concedidas às três autoras. S U MMARY M i1k and its derivatives present proteins of high bio logical value in its composition, besides they configure the main sources o f calcium from diet, fu ndamental nutrient for the formation and the maintenance of the b one mass . The objective of this study was to evaluate Nutritional Information (N I) in different milks and compare it to the pertinent legislation (BRASIL, 2 0 0 3 a , B RASIL, 2003b). Samples were selected at random, purchased in the municipal district of Rio de Janeiro, in the period understood between October and November, 200 6 . Eighteen milk labels were analyzed, separated by composition simil arity in three d i sti ngu ished groups: integral (n=6), partially skimmed (n=6) and skimmed (n=6). In 72,2% of the products there was some no-conformity species. It was observed that regarding the contrast o f the bottom color w i th ( N I ) , 3 8 , 8 % of the samp les were no-con form, hindering the visualization of these information for the consumer. The daily values of the nutrients must be based on a diet of 2000kcal or 8400KJ, however 1 6 , 6 % of the labels contained as b a se a diet of 2500kcal, value revoked by Brazilian law (BRASIL, 2003a). Regarding the fat trans, 1 6 ,6% of the tables didn ' t quantify this substance, that started to be obli gatory item of the nu tri ti onal i nformation . In 44,4% of the labels health claims were observed. The importance of the fiscalization is emphasized by the nutrit i onal information of foods and drunk wrapped, seeking provide to consumers clear and united information concerning the product that they are acquiring. I ndex ter m s : fo od- l a b e l i n g , fo odlegislatiol1, nutrit ional information, milk. Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, nO 3 5 9, 62, 1 9-23 , 2007 REFERÊ NCIAS BIBLIOGR ÁFICAS ÁLVA RES , F ernanda, ARAÚJ O , W i lma M. C . , B ORGO, Luiz A . , B ARRO S , L . M . Informações nutricionais em rótulos de queij os industrializados. Rev. Hig. 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OLIVEIRA 2 S U M ÁR I O - Pro duto atóxico; - Não corrosivo; - Não vol áti l ; - N ã o i rritante ; - Ecologica m ente correto ; - Biodegradáve l ; - N ã o conta m i n a nte; - Alto poder a ntioxidante . (Além do tempo de ação dos desinfetantes tradicionais) Coadj uvan te n a san itizaç ão salas, e q u i pame ntos e l ocai s o n d e são derivad os e proce ssado s o entre o utros. como q u e ijos, q ui nab ra @q u i n abra .co m . b r www. q u i nab ra . com . br Qualidade em benefício da natureza A indústria d e laticínios v e m passando por grandes transformações, c o m aumento na capacidade produtiva para atender ao crescente número de consumidores, que traz novos desafios tecnológicos. Se gurança alimentar, qualidade e eficiência econômica são essenciais. Nesse sentido, conhecer e aplicar corretamente as técnicas de limpeza e sanificação são fatores primordiais para o sucesso das empresas. Este artigo tem como objetivo apresentar alguns aspectos que s ão determinantes para a eficiência dessas técnicas e realçar a importância do desenvolvimento de sistemas de higienização que levem em consideração as características de cada planta de processamento. Palavras-chave: laticínios; leite; higiene; limpeza; sanitização. 1. I N T RO D U Ç Ã O o crescente desenvolvimento da i ndústria de laticínios, sobretudo após o fim do p eríodo de regulamentação do mercado por parte do governo federal, t em e x i g i d o um constante aperfe i çoa mento das tecnologias de produção . Q u a l idade, segurança e eficiência nas operações de processa mento são fundamentais nesse a mb i ente c ompe titivo ( G omes & L e i t e , 2 0 0 1 ; S i lva & N e v e s , 1 9 9 9 ) . O a u m e n t o da c a p a c i dade de p r o c e s samento para atender a demanda e tem trazido novos p r ob l e ma s : p erdas p ó s -p r o c e s s a m ento, diminu ição da vida de prateleira e contaminações por m i crorgan i smos p a t o g ê n i c o s ( F i g u e i redo, 2000). C omo exemp lo, a adoção da refrigeração logo após a o rd enha e transport e a grane l , que melhorou de forma significativa a qualidade mi crob i o l ó g i c a , s e l e c i o n a um grupo d e m i cror ganismos d e n o m i n a d o p s i c ro t ró fi co s . Se sua contagem a tingir valores próximos 1 06 U FC/mL ou mai s , enzimas t ermorre s istentes proteo l íticas e l ip o l ít i ca s p oderão s e produzidas, resu ltando em a l terações como gelifi c a ç ã o em l e ite UHT, " o ff fl avor" no l e i te pasteuri zado, d i m i n u i ç ã o do rendimento e s a b o r e s e s tranhos em queij o s (FEIJÓ et. ai. , 2002) . Considerando leite obtido de animais sadios, os mi crorganismos c ontami nantes do leite p odem ser oriundos do ambiente, 2 superfícies e água ( P i nheiro & Mosquim, 1 9 9 1 ) . Nesse senti d o , a esc o l ha certa e a apl icação de forma eficiente das técnicas de l impeza e saniti zação são fundament a i s . A s operações d e higienização e m u m a indús tria de laticínios devem ser consideradas sob quatro aspectos fundament a i s : Exigências lega i s : a legislação brasi leira exige de uma forma geral que os produtos alimentícios produzidos e comercializados atendam a um p adrão míni mo de identi dade e que as empresas apliquem os progra mas de Análise de Perigo e Pontos Críticos de C ontro l e (AP P C C ) , B oas Práticas de Fabricação (B PF) e do Procedimento Pa drão de Higiene Operacional (PPHO ) ; C ompet itividade: o a t u a l mercado onde estão inseridas a s empresas laticinistas exige qualidade, confiabilidade e seguran ça. Esses fatores são fundamentais para a competitividade das empresas, manuten ção e ampliação dos consumidores (S i lva & N eves, 1 9 9 9 ) ; Econômicas: reduzem custos com perdas de matéria-prima e produtos acabados, p a radas entre c i clos de higienização, pro dutos para higienização (Farraw, 1 96 3 ) ; e Tecnológicas: a aptidão do leite e de produ tos intermediários para o pro cess amento o o o o Professor/Pesquisador do CT/ILCT, EPAMIG. [email protected]. Professor/Pesquisador do CT/ILCT, EPAMIG. [email protected]. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, n° 359, 62, 25-29, 2007 Pág. 26 depende fundamentalmente da qualidade mi crobiológica (Pinheiro & Mosquim, 1 9 9 1 ). • E fi c iên c i a da higieniza ç ã o S egundo Andrade & Macedo ( 1 9 9 6 ) , a hi gi enização possu i duas etapas bem definida s : a l impeza e a san i t i z a ç ã o . A p r i m e i r a tem a fi n a l i d a de de remover os r e s í d u o s o r g â n i c o s e m inerai s aderidos às superfícies. A sanitização t em como obj etivo e liminar os m i crorganismos patogên icos e reduzir a níve i s seguros, o s a lte radores. Para a realização dessas etapas, p ode-se util i zar duas técnicas principais: l i mpeza aberta o u l impeza por circulação, sendo e s s a ú l t i m a , conhecida c o m o C lean-in-P lace (CIP), q u e p ode ser reali zada em circu i t o s totalmente fechados ou mistos. ( Johnsondiversey, 20 0 6 ) . A s vari áveis envolvi das e m u m p r ocedi mento de limpeza e sanitização são: tempo, tem peratura, ação qu ímica e ação mecânica. A busca pela otimização da correlação entre elas é que vai determinar a eficiência dessa operação (Fryer el. aI. , 20 0 6 ) . A alteração no valo r de qualquer uma dessas variáveis i mp l i cará em u m re arranj o do sistema. Assim, a diminuição no tempo de contato exigirá maior concentração dos detergentes e sani fi cantes, ou maior ação mecânica, por exemp lo, (S chroder, 200 5). É importante salientar que a re lação entre essas variáveis não é linear, o que existe é uma ação sinérgica entre elas. Nesse sentido, deve se considerar: A seqüência correta das operações: o pro cedimento básico de higienização envolve enxá güe, l impeza com detergentes a lca linos, enxágüe, l impeza com detergentes ácidos, enxágüe e sanitização. Essa seqüên cia deve ser observada pelo fato de que os resíduos orgânicos e incrustações minerais protegem os microrganismos da ação do sanificante (Macêdo et aI. , 1 9 96). Os resí duos também podem aumentar o consumo de sanificantes, pois muitos deles reagem primeiro com a matéria orgânica, a exem plo do cloro. Isso pode gerar um impacto econômico considerável. N o intervalo en tre a l impeza alcalina e a l impeza ácida deve-se avaliar se não há resíduos de pro dutos alcalinos, pois isso aumentaria o con sumo das soluções ácidas; A l i mpeza deve ser realizada imediata mente após o processamento, e a sanitiza ção imediatamente antes . Isso se deve ao fato de que no intervalo entre os ciclos de l i mpeza pode o correr re-contaminação e desenvolvimento microbiano (Andrade & Macêdo, 1 9 9 6 ) ; • • • • • • C ustomização do s procedimentos de hi gien ização: apesar da legislação utilizar o termo " Procedimento P adrão de H igiene Operacional, PPHO " , não quer dizer que ele deva ser o mesmo para todas a s in dústrias. O planejamento e aplicação das técnicas de higienização devem ser realiza dos l evando-se em consideração a indivi dualidade de cada planta de processamento. A c o nce ntraç ã o das soluções, tempo de contato, temperatura de u t i l i zação e i n tensidade da mecânica dependem das ca racterísticas dos resíduos, da natureza das superfici es de contato e do layout de pro cessamento . Para Souza el aI. ( 1 9 9 5 ) , a adoção de um sistema de higienização ade quado tem grande impacto nos custos ope racionais e conseqüentemente no custo dos produtos para os consumidores; As concentrações das soluções de limpeza e sanitização devem ser constante mente ava liadas: para soluções alcalinas deve-se utilizar a titulação, pois grandes variações de concentração a lteram pouco o pH, po rém, alteram muito a capacidade de deter gência, essa propriedade está ligada direta mente à alcalinidade ativa; O preparo das soluções deve ser fe ito o mais próximo possível da u tilização. Mui tas das soluções detergentes e sanifi can t e s p erdem s u a a t i v i dade rap i damente qu ando diluídas em água, a exemplo do h ip oc l orito de sódio; N a utilização de vapor como agente sani ficantes, deve-se ter especial cuidado para que não haja resíduos de leite ou de pro dutos, pois o aquecimento brusco provoca a precipitação de proteínas, sobretudo la c toglobu lina, o que incrementa a formação de depósitos e biofilmes bacterianos; Registros, conexões, anéis de borracha e válvulas são freqüentemente associados a contaminação do leite, so bretu do após o tratamento térmico. E special cuidado deve ser tomado na higienização desses locais; A água u t i l i zada na h i g i e n i z a ç ã o deve atender aos p adrões de p otabilidade, con forme determina (Brasil, 2004). A dureza da água expressa em mg/L de CaC03, deve ser contro lada, uma vez que índices ele vados podem provocar incrustações, e al guns saneantes, como o hidróxido de só dio e a c l orexidina, podem r e a g i r com esses sais diminuindo sua eficiência, além de fac i li t ar o crescimento de microrga n i s mo s (Andrade & Macêdo, 1 9 9 5 ) . A água pode ser o principal veículo de con- Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N o v/D ez, n° 3 5 9, 62, 25-29, 2007 • • • • taminação e re-contam inação nas li nhas de processamento de l e ite. Assim, deve se proceder a desinfecção da água na pró p r i a i n d ú s t r i a , e o seu m o n i t o r a mento deve ser d i á r i o . Normalmente s e usa o hipoclorito de sódi o para a des i nfecção de á guas, e nesse caso, o teor de c l oro ativo e o p H devem ser monitorados fre qüentemente, pois o h ipoclorito é muito instável e uma variação brusca na quan t i dade de matéria orgânica presente na água pode a l terar sign i fi c a t ivamente o teor de cloro residual livre; A utilização de soluções ácidas deve ser fe ita com cautela devido a o seu c aráter corrosivo. No planej amento dos p rocedi mentos de h ig i enizaç ã o , deve-se c on s i derar d u a s linhas d e processamento : uma quente e o u tra fri a . A l i nha fr i a com preende aquel as etapas de produ ção em que o leite ou produtos está à baixa tem peratura e a quente aquelas em que estão a a ltas temperaturas (Johnsondiversey, 20 0 6 ) . A sedimentação de proteínas, so bretudo de p-lactoglobulina, e de minerais é fav o r e c i d a p e l o aumento da t e m p e ratura (Walstra et aI. , 200 4 ) . A presença de incru stações reduz a eficiência da hi g i en i za ç ã o , p o i s acarreta au mento no consumo de energia pela redução do coe ficiente de transferência de cal or, aumen- , to no c o n s u m o de á gu a , aumento n o s tempos d o s ciclos d e limpeza e formação de pontos de corrosão (Jun & Puri, 2005). Podem ainda facil itar a formação de bio fi lmes m i c r o b i anos e redu z i r sens i v el me nte o poder s a n i fi c ante (Varga s & Pinto, 1 9 7 9 ) . Nesse senti do, a util ização correta das so luções ácidas é fundamental nas l i nhas consideradas "qu entes " ; Nos trocadores de calor, a diferença de temperatura entre a água de aquecimento do leite e o leite que está sendo aquecido deve ser con stantemente avaliada . Como a presença de incru s t a ç õ e s d i fi c u l t a a transfe rênc i a de ca lor, p o d e o c o r r e r o s u p e r a qu e c i mento da á gu a em a l g u n s equip ament o s ; Ação mecânica: n o caso da limpeza "CIP", o regime de escoamento das soluções nas tubu lações e equipamentos deve ser "tur bulento" . De acordo com Johnsondiversey (20 06), a velocidade de passagem das so luções de li mpeza deve ser de no mínimo 1 , 5 m/s para assegurar u ma ação mecâ nica adequada. Por motivos operacionais, deve-se tra b a l h ar com v e l o c idade um digitalizado por • • • • • • • Pág. 27 pouco acima desse va lor, pois o sistema fica muito sensível a qual quer variaç ão. A velocidade de escoamento depende da vazão e do diâmetro da tubulação, p o r tanto, a escolha correta das bombas, bem como a correta regu lagem da válvula de contro l e de fl u x o para manter a vazão necessária é fu ndamenta l; No di mensi onamento das linha s, deve-se evitar a presença de "zonas mortas", onde a velocidade do fluxo é insuficiente devido à perda de carga, que pode ser causado por uma variação brusca no diâmetro da tubu lação, ou pela presença de cantos, válvu las e excesso de curvas (T etra Pak , 1 9 9 5 ) ; É muito c omum a p r e s e n ç a de homo genei zadores e outros tipos de b o mbas pos itivas na linha de pro cessa mento que fazem parte de um circu ito "CIP". Nesse caso, a instalação de um "by pass" se faz necessária para evitar perda de vel ocidade e conseqüentemente da ação mecânica ne cessária. Outra al ternativa é a utilização de uma bomba só para esse procedimento; As centrí fugas, caso não sejam auto-lim pantes, devem ser l i mpas com uma fre qüên cia maior que os pasteurizadores a que estão a c o p l a d a s . M u i tas vezes, o s pa steurizadores c o n s e g u e m fu nc ionar com e fic iência por mais tempo e as des natadeiras e centrífugas podem exigir que sejam abertas para uma limpeza interme diária para remoção da massa de resíduos . O que vai determinar os interva l o s de l i mpeza serão a qual idade e volume do leite processado, a capacidade do equipa mento e a experiência do operador; O s detergentes e sani ficantes u t i l i zados em um si stema "CIP" não devení formar muita espuma, pois a presença da mesma p o de provocar cavitação nas bombas e c onseqüen te diminuição da vida útil do equipamento; No caso dos pa steurizadores, é importan te aci onar a válvula de desvio de fluxo para permitir a higienização da tubulação de ret o rn o ; N a util ização d e equipamentos auxiliares como o "spray ball", para a higienização de tanques, silos e superficies, deve-se evitar a formação de "sombras", ou seja, regiões onde as so luções de limpeza e sanitização não alcançam. A pressão de saída do fluxo das soluções, bem como a altura e o direcio namento do jato central devem cobrir toda a superfície (Johnsondiversey, 200 6 ) ; As bombas de retorno, ou sej a , aquelas ver arvoredoleite.org Pág. 28 · • • Rev. Ins1. Latic. "Cândido Tostes", N ovlD ez, n° 359, 62, 25 -29, 2007 qu e levam a s soluções de limp eza e sa nitização dos tanques e silos onde foram u t i l i zadas até a central C I P, devem ser espec i a i s e capazes de manter o seu de sempenho mesmo e m condições onde há grande entrada de ar. Para isso, as bombas centrífugas chamadas de "anel líquido" ou as "auto-escorvantes" são as mais indica das. Isso é i mportante para que não haja formação de "piscinas" no fundo de tan ques e silos, onde não haveria ação mecâni ca (T etra P ak , 1 9 9 5 ) ; ° mo nitoram ento d a c o n c e ntração das soluções e m u m s i s tema " C IP " é fei to norma l m e n te p o r m e i o de sensores de condutividade. Alterações de p H , tempe ratura ou c omp o s t o s e st r a nh o s p o d e m influ enciar n o s valores obtidos por meio de dispositivos e l etrôni cos b a seados em condutivi dade ( O ptek , 20 0 7 ) . S ensores fotométr i c o s p o dem ser u s a do s j u nto a m e d i d o r e s de turbidez e outros d i sp o sitivos para fornecerem informações adi c i ona i s , e a s s i m d eterminar com m a i s prec i s ã o o i n í c i o e o fim d e cada c i c l o q u e constitui o procedimento de h i g i e nização . E s s e s sensores emitem u m feixe de luz através da solução que fornece uma resp osta produzida pelos sól i dos suspen sos ou pela gordura . Esse tipo de sistema é capaz de otimizar de forma significativa os c iclos de higienização; A eficiência da higienização deve ser ava liada por meio de análises fisico-qu ímicas e microbiológicas, sendo que o momento ideal para amostra gem é imediatamente antes do início de cada processo de pro dução (Leitão, 1 9 8 1 ) . De acordo com Ser rano ( 1 9 84), a amostragem das superfícies consiste na recuperação de microrga ni smos por meio de líquidos ou sólidos. Métodos de enxágüe e "swab" são exem plos aplicáveis. A resposta das técnicas tradi ci ona i s demandam u m certo t emp o, e quando ela chega, o processamento foi terminado e pouco se pode fa zer caso a avaliação não tenha sido satisfatória. Sistemas que utilizam técnicas de biolumi nescência b a s eadas na determ inação do AT P têm s e mo strado muito efi c i entes. A grande vantagem dessa técnica é o fato de ela dar resposta durante o processamen to (Murphy et ai. , 1 99 8 ) . Assim é possível a v a l i a r e corrigir ev entu a i s fa lhas no sist ema de h igienização e evitar grandes perdas de leite e de produ tos. • Em uma linha de processamento de l eite, um bom ponto para se avaliar a eficiência da higienização é o retardador, pois ali a temperatura do leite é elevada e a velo cida de do escoamento é menor, l ogo ha verá intensa formação de dep ósitos. 2. C O N S ID E RAÇ Õ E S FINAIS Para que uma indústria laticinista possa ser competitiva no mercado ela deve desenvolver suas a t i v i dades com a m a i o r efi c i ên c i a p o ss í v e l , reduzindo c u s t o s e m e lhorando a s u a produti vidade. A aptidão do leite para o processamento depende fundamental mente de sua qu a l i dade microb i o l ó g i c a , e a lém do mai s , b o a parte do s problemas que ocorrem com os produtos durante sua elaboracão bem como na d i s t r i b u i ç ã o e consumo pod�m ser atribuídos às falhas no sistema de higieniza ç ã o . N ã o se p retende aqu i a tri b u i r t o d o s o s prob l emas no processamento do leite a higienização, como exemplo, pode-se citar o estu famento precose em qu eij os causa do por c onta minação do leite por bactérias do grupo coliforme devido à falhas no tratamento térmico (Furtado, 1 9 9 0 ) . O s sistemas de higienização devem atuar de forma sinérgica com as tecnologias de proces samento, garantindo a estabilidade microbiológica do leite em níveis aceitáveis ao longo de sua cadeia produtiva, por isso eles devem ser desenvolvidos levando-se em consideração as características de proces samento do l ei te e de seus deriva dos em cada p lanta industrial. D esta forma, as empresas laticinistas estarão caminhando no sentido de atin gir o seu� obj etivo que é o de oferecer ao consu midor, produtos de qualidade e maior valor agre gado a preços competitivos. S U M M ARY The dairy i ndustry comes passing by great transformati ons, a s well a s the i ncrease in the productive capacity to assiste of to the increasing number of consumers that brings new technological challenges. Food safety and an economic efficiency are essential in this direction. The knowledge about the correct uses of the c leaning and sanitization techniques are primordial factors to the companies success. Of this papei- is the obj ective to present some aspects determinative for the effi ciency of these techniques and to enhance the i mportance of the development of c leaning systems that takes i n considerat i o n the characteristics o f each processing plant. Keywo r d s : Dairy industry; milk; hygiene; clean ; saniti zation. Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N o v/D ez, n° 3 5 9 , 62, 25-29, 2007 Á Ê 3. RE FER N CIAS BIBLIOGR FICAS AND RAD E , N. J . ; M AC Ê D O , J . A . B . Higienização n a I ndústria de A l i mento s . E d . Varela, S ã o Paulo, 1 9 9 6 . 1 82p. BRASIL. Ministério da Saúde. Normas de qualidade da água para consumo humano. P ortaria n. 5 1 8 , de 25 de março de 2004 . Diário Oficial da União, Seção 1 . Brasí lia, D F, p . 26-2 8 . 2004. FARRALL, A . W. E ngenieria p ara l a indu s tri a lechera. Méxi co: Ed. H errero, 1 9 6 3 . 4 4 5 p . FEIJÓ , L . D . PINHEIRO , C . A . ; S ILVA, A . C . O . ; C E R Q U E I R A , M . M . O . ; S O UZA, M . R . ; PENNA, C . 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Os queijos produzidos apresentaram rendimento de 5,62 Llkg com teor de umidade de 48,7% e com ajuste para teor médio de umidade de 46,0%, de 6, 1 0 Llkg. Palavras-chave: laticínios, aproveitamento de sólidos, perdas, fermento látlco. INTROD U Ç Ã O ° queijo de coalho de leite de vaca é o mais tradicional e u m dos mais difundidos e fabricados na região Nordeste do Brasi l, principa lmente nos estados de P ernambuco, C eará, Rio Grande do Norte e P araíba. Nesses estados, ele se destaca entre os principais queijos artesanais de fabricação e consumo comprovadamente i ncorporado à cul tura regional de tradição secu lar, transferida por gerações. É um produto muito consumido assado na brasa ou mesmo frito (Munck, 2004). Com a crescente produção de leite de búfala, a fabricação de queijo de coalho com esta matéria prima tornou-se u m a a l tern a t i v a , emb o ra s u a produção s ej a a i n d a totalmente artesanal e s e m padronização algu ma na fabricação . ° leite de búfa l a apresenta caracterí sticas mu ito próprias e que p ermitem sua fác i l i denti ficação, do ponto d e vista físico, químico, fisico químico e sensorial. Seu sabor é p eculiar, ligeira mente a doci cado e é mu ito mais branco quando comparado ao leite bovino, devido à ausência quase total de p-caroteno (pró-vitamina A), na matéria gorda. P ossui acentu adas diferenças em relação ao leite de vaca, as quais se manifestam desde o colostro ( B enevides, 1 9 9 8 ) . Comparado a o leite d e vaca, apresenta maior teor médio de sólidos totais, 1 6 % (mim) , contra aproximadamente 12% (mim), além de teores tam bém superi ores de lactose, vitamina A e cálcio (Elias, 1 9 9 8 ; Rajorhia, 1 9 8 7) . Dentre os dema i s c omp onentes , o teor de gordura do leite de búfala apresenta maior variação p er c entu a l, varia ndo de 5 , 5 0 % a 8 , 5 0 % (mim) (Youssef & Khattab, 1 9 97). Esses valores são con siderados elevados, comparados ao leite de vaca, qu e apresenta, em média, 3 ,6 0 % (mim) de teor de gordura (Verruma & Sa lgado, 1 994). As proteínas do leite de búfala são similares às do leite de vaca, porém, não são idênticas nem estão nas mesmas proporções, com uma variação no teor de 3 , 6 3 % a 5 ,26% (mim) para o leite d e búfala e d e 3 ,25% a 3 ,90% (mim) para o de vaca (FAO, 1 99 1 ) . Estas características físicas, químicas e físico-químicas propiciam u m maior rendimento industrial médio do leite, que é 40% superior ao do leite bovino na e l ab oração de produtos lácteos (Nader F i l ho e t aI., 1 9 84). Existem diversas fórmu las para ava l i ar o rendimento de fabricação, desde as mais simples e usuais na indústria como l itros de leite por quilo grama de queij o (L/kg) até as que consideram a comp os i ç ão fís ica, química e fís ic o-qu ímica do l ei te, do soro e do queijo, além da quantidade de queijo produzida. Seja qual for a adotada pela indús tria, o obj etivo final é sempre conseguir a maior quanti dade de queij o possível, gastando-se uma menor quantidade de leite e ainda, obtendo, conse qüentemente, o mínimo de p erdas durante o pro cesso de elaboração de um produto de boa qualida de. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi ava l i ar aspectos inerentes ao rendimento de fabrica ção de queijo de coalho obtido de leite de búfala. Parte de trabalho de tese da I" autora para obtenção do título de Doutor em CiênCia dos AbmentosIDCA/UFLA. PesqUisadora/Professora, DsC - Tecnologia de Queijos EPAMIG CT/ ILCT [email protected]. Pesquisador/Professor titular DCA! UFLA, PhD . [email protected]. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, n O 3 5 9 , 62, 3 1 -3 5 , 2007 Pág. 3 2 MATERIAL E M É TODOS Os queijos de coalho de leite de búfala foram fabricados em escala i ndustrial, nas dependências do Laticínio B om D estino, situado na Zona Rural de Morro do Ferro, Distrito de Oliveira, estado de Minas Gerais. As análises físicas, químicas e físico químicas dos leites, dos soros e dos queijos obtidos no trabalho foram conduzidas nos l ab oratórios do D epartamento de C i ênci a dos Alimentos (DCA) na Universidade Federal de Lavras (UFLA) . Leite pasteurizado por injeção de vapor (65°C /30 minutos) e integral J} Fermento lático mesofílico ( 1 /6 da dose reco mendada pelo fabricante) J} Adição de coalho (50% da dose recomendada pelo fabricante), cloreto de cálcio 50% (40 mL/ I 00L) e cloreto de sódio (500g para 1 00L) J} Coagulação (40 min), corte da coalhada (grão 2) e repouso (3 min) O s queij o s foram fabricados segundo tec nologia proposta por Costa ( 2 0 0 7 ) , apresentada na Figura I , com 6 repeti ções (fabricações) . P ara cálculo dos rendimentos de fabricação foram realizadas as segu intes anál i ses no l eite de búfa l a p asteurizado e no soro do que ij o obtido 1 5 minutos após o corte da coalhada : densidade a 1 5 °C e teor p ercentual (m/m) de gordura pelo método buti rométrico ( B r a s i l , 2 0 0 6 ) . O s queij o s após prensagem foram levados à câmara fri a ( l O - 1 2 °C) por 1 2 horas, pesados, fr a c i o n a d o s , e m b a l a d o s , transportados e ana lisados 1 dia após a fabricação, quanto aos teores p ercentuais ( m/m) de u m i dade e s ó l i do s tota is, p e l o método gravimétrico ( B ras i l , 2 0 0 6 ) . P ara esta análise foi selecionada a l eatoriamente u ma embal agem, contendo quatro unidades de queijo, da qual retirou-se uma, também, de forma a lea tória . Essa foi triturada totalmente em multipro c e s s ador p a ra homo gene i z a ç ã o , servindo para realização das citadas análises (Brasil, 2 0 0 6 ) . Os resu ltados obtidos n a s aná l ises fís icas, químicas e fí sico-químicas dos leites, dos soros e dos qu eij os, assim como as pesagens dos mesmos foram utilizadas para o cálculo de rendimento de fabricação, por mei o de fórmulas (Furtado, 1 9 99): • • Aquecimento indireto (até 42°C - elevação de I °C/2-3 min) e mexedura Llkg l i tros de l eite por quil ograma de queij o ( Llkg) ; litros de leite por quilograma de queijo ajus tado (Llkg A) , de acordo com a fórmula: x ( 1 00 - umidade pretendida) �..:::---.: :.:------=---_......::... volume leite (kg) = ---- kg queijo • x teor de sólidos totais do queijo (%) rendimento técnico pelo método emp íri co, segundo a fórmula: 1 00 - teor % soro X 1 00 método empírico (%) • = -------=-- teor % gordura leite rendimento técnico pelo método técnico calculado, de acordo com a seguinte fórmula: método técnico (%) = 1 00 - (kg leite - kg queijo) x teor % gordura soro x 1 00 (kg leite/ D 15"C leite) x teor % gordura leite x D 15T soro Sendo: - D 15"C: densidade a 1 5°C Figura 1 . Fluxograma da fabricação do queijo de coalho de leite de búfala (Costa, 2007) Para a aná lise dos resu ltados encontrados foi utilizada a estatística descritiva, p or se tratar de um novo produto, inex istente no mercado e sem trabalhos científicos publicados a respeito e tampouco tratamentos diferenciados no experi mento que permitiriam a comparação de resulta dos. Além disso, a composição física, química e físico-química do leite de búfala apresenta peculia ridades em relação ao de vaca, com conseqüentes alterações na forma de fabricação do mesmo e na composição dos queijos. Por isso, comparações com dados de literatura para queijo de coalho obtido de Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, n° 3 5 9 , 62, 3 1 -3 5 , 2007 leite de vaca foram feitas somente para efeito didá tico, pois se tratam de dois produtos distintos (obti dos de espécies diferentes, com características dis tintas e próprias). Nesse caso, a análi se estatística inferencial no experi mento foi desnecessária. RES ULTADO S E D I S C U S S à O A partir dos resultados obtidos nas fabrica ções dos queij os, seguem-se as diferentes formas de expressão de rendimento de fabricações dos queij os. Pág. 3 3 se traduz em maior rendi mento . N esse aj u ste do teor de umidade pode ser utilizado um padrão médio adotado pela indústria, um valor da literatura ou o exigido pela legislação vigente (Costa Júnior, 2006) . Na Figura 2 são apresentados diferentes va lores de rendimento de fab ricação do queij o de co a lho fabricado com leite de búfala. C omo não existem trabalhos sobre este queijo, tampouco legis lação específica para o produto, os cálculos de rendi mento aj u stado foram realizados baseando-se em valores de umidade sugeridos para este queijo fabri cado c om leite de vaca. R e n d i m e n t o em L/kg O rendi mento econômico é amplamente util izado pela indú stri a . O mesmo é monitorado pelos queijeiros para controle do processo, visan do medir o desempenho da fabricação. É o rendi mento mais s imples de ser calculado, dado em litros de l eite gastos em uma fabricação p ara se produzir um quilograma de queijo (Furtado, 1 9 99). Para o queijo de coalho de leite de búfala, o rendimento obt i do fo i , em média , de 5 , 62 Llkg. Devido às características próprias do leite de bú fala, que apresenta altos teores de sólidos totais e, conseqüentemente, mais proteínas, cálcio e gordura, esse rendimento mais alto já era esperado, quando da transição do leite para o queijo. O leite de búfala apresenta rendimento industri a l médio 4 0 % superior ao d e l e i t e d e v a c a na elaboração de produtos l ácteos (Nader Filho e t a i. , 1 9 8 4 ) . N o queijo d e coalho d e leite d e vaca, o mesmo situa-se em 8 , 5 Llkg (Munck, 2 0 0 6 ) * . N es s e c as o , o rendimento do queijo de coalho de leite de búfa la fo i 3 3 , 8 % maior em relação à mé dia do qu eij o produzido com leite de vaca. No entanto, o mesmo pode ser maior sob determinadas condições, como: o teor de gordura do leite de búfala que, nesse tra balho, apresentou-se abaixo da média (4,92% m/v) e o teor de u midade variável conforme condições impostas pelo merc ado, por exemp l o . Produção aj u s t a d a N o dia-a-dia de u m a fábrica é muito difícil obter queijos de diferentes lotes de produção com a mesma composição fí si co-química p or melhor que sej a o controle de qualidade da matéria-prima e do processo de fabricação (Furtado, 1 999). Sendo assim, para se realizar a análise comparativa do rendimento de fabricação, é necessário fazer o ajuste do teor de umidade nos resultados. Dessa forma, é possível pa dronizar o rendimento e verificar se realmente hou ve diferenças entre produções distintas. Pode-se ter uma produção em que o volume gasto de leite foi bem menor que em outra, porém, nem sempre isso 3,0 2,0 1 ,0 O,O.JL------.--�--_,_--=:.::.:..--,--==-_r' Figura 2. Efeito comparativo de rendimento em fabricações de queij os de coalho de leite de búfala alternando-se valores de teor de umidade Quando se compara o rendimento s imples em L/kg com o ajustado, ou seja, L/kg A, utilizando se o valor médio de umidade de 46,0 0% (m/m) para queijo de coalho de leite de vaca sugerido pela lite ratura (Munck, 2004), observa-se que o rendimento diminuiu de 5 , 62 Llkg para 6, I O Llkg, devido ao teor mais alto de umidade encontrado neste trabalho com o queijo de coalho, que foi de 48,70% (mim). Outra maneira de ajustar a produção é com parar com os teores de umidade exigidos pela legis la ção, no Regulamento T é cni c o de I denti dade e Qualidade de Queij o de Coalho, que o classifica como queijo de média (3 6 % a 4 5 , 9 % mim) a alta umidade (46% a 5 4,9% mim) (Brasil, 2 00 1 ) . Nesse caso, foram utilizados teores de umidades mínimo (3 6 % mim) e máximo ( 5 4 , 9 % mim) p ermitidos, visto que o valor intermediário já foi utilizado com o sugerido pela literatura. Os rendimentos Llkg A nestes casos foram de 7,59 Llkg A e 4,94 Llkg A, respectivamente p ara os extremos da l egislação. Obviamente, quando se diminui o teor de umi dade do queijo, aumenta-se a quantidade de leite para produzir um kg de queijo. Embora o teor de umidade de 3 6 ,00% (mim) para o queijo de coalho possa ser considerado baixo, Chinelate et ai. (2004), analisando queijos de coalho produzidos no estado de C eará, en contraram esse valor. No entanto, verifica-se uma queda no rendimento de fabricação, o que não é muito MUNCK, A. V. Comunicação técnica. Juiz de Fora, 2006. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, n ° 3 5 9 , 6 2 , 3 1 -3 5 , 2007 Pág. 3 4 viável economicamente em uma fabricação. Também, se, por um lado, teores elevados de umidade como o de 5 4,90% (mim) aumentam mu ito o rendimento, por outro lado, podem causar problemas no queijo, como grande separação de soro durante a fritura e amolecimento durante o assamento (Munck, 2 004). R e n d i m e nto t é c n i c o ° rendimento técnico pode ser calculado pelo método empírico ou técnico, utilizando-se para isso, dados fisicos, químicos e fisico-químicos referentes à composição do leite, do soro e do queijo obtidos. Rendime nto técnico - método e mp írico ° rendimento técnico obtido pelo método em pírico baseia-se tão somente nos teores de gordura do soro coletado 1 5 minutos após o corte da coalhada, e de gordura do leite, para calcular a perda percentual deste constituinte na fabricação. No queijo de coalho fabricado com leite de búfala, o rendimento técnico obtido foi, em média, de 84,70% de aproveitamento da gordura no queijo, ou seja, uma perda de gordura no soro de 1 5 ,30%. Embora o leite de búfala apresente um alto teor de gordura, a sua perda no soro pode ser considerada pequena. A falta de trabalhos a respeito e, conseqüentemente, de literatura especializada, im pede a comparação dos dados obtidos. Rendimento técnico - método técnico Quando o rendimento é calculado pelo méto do técnico, são considerados a produção obtida, as densidades do leite e do soro, os teores de gordura do leite e do soro e a quantidade de leite. Nesse caso, o aproveitamento da gordura no queijo, calcu lada pelo método técnico foi, em média, de 87,30% e conseqüentemente, a p erda de gordura no soro foi, em média, de 1 2,70%, Nota-se que houve dimi nui ção de 20,80% do método técnico para o empí rico, como pode ser verificado na Figura 3 . 88 87 % 82 81 �-------,--�---( gordura método empírico Figura 3. Efeito comparativo de rendimento téc nico (aproveitamento da gordura e pro teína no queijo) calculados pelos méto dos técnico e empírico em fabricações de queijos de coalho de leite de búfala Do mesmo modo que se calcu la a perda de gordura no soro pelo método técnico, é p o ssível calcular a p erda de outros constitui ntes, como a proteína ou outro de interesse específico. Nesse caso, o aproveita mento da proteína no queij o fo i , em média, de 8 3 ,30%, o que resultou uma perda de pro teína no soro, em média, de 1 6,70%. Quanto à com paração com outros trabalhos, a mesma consideração feita no método empírico se aplica nesse caso. CONCLUSÕES A p artir dos resultados obtidos permite-se concluir que o s dados de rendimento de fabricação do queijo de coalho com leite de búfala permitiram demonstrar grande aprovei tamento dos componentes do leite com, conseqüentemente, o mínimo de perdas no soro. Os queij o s produzidos pela tecnologia proposta apresentaram rendimento de 5 ,62 Llkg, com teor de umidade de 48 ,70% (mim) e ajuste para teor médio de umidade de 46,00%, Qe 6 , 1 0 Llkg A. AGRAD ECIMENTOS À UFLA e, em especial, a o D epartamento de C i ência dos Alimentos, pela oportunidade de realização do trabalho; À CAPES, pela concessão da bolsa de estudos. Ao L a t i c í n i o B o m D e s t i n o , a o s fun c i o nário s q u e contribuíram na execução do trabalho e ao proprietário, Sr. João Batista que permitiu que o trabalho fosse desenvolvido em suas instalações s em n enhum empe c i l h o . A o Dr. Luiz Carlos Gonçalves Costa Júnior, pesquisador do CT/ILCT da EPAMIG p elo incen tivo e apo i o i ncondic ional neste trabalho . Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N o vlD ez, nO 3 5 9 , 62, 3 1 -3 5 , 2007 Á Ê RE FER NCIAS BIBLIOGR FICAS BENEVIDES, C . M . de J. Leite de búfala: qualidades te cno l ó g i c a s . H i g i e n e A l i m e n t a r , S ã o P a u l o , v . 1 2 , n. 54, p . 7 0 , mar/abr. 1 99 8 . BRASI L . Mini stér i o d a Agricu ltu ra, Pecuária e R e gu l a m e n t o técnico de Aba stec imento. identi d a d e e q u a l i d a d e d e q ue ij o d e c o a lh o . Instrução Normativa n. 30, de 26 de junho de 2 00 1 . BRASI L . Min istér i o d a Agricu ltura, Pecuária e Abastecimento. M é to d o s a n alíti c o s o fi ci a i s físico - q u ím i c o s p a ra c o n t r o l e d e l e i t e e p roduto s lácte o s . Instrução N ormativa S D A nO. 68, de 12 de dezembro de 2 0 0 6 . CHINELATE, G. C. B . et aI. Avaliação do teor de sódio no queijo de coalho produzido no estado do C eará. R e v i s ta do I n s ti t u t o de L a ti c í n i o s C â ndido Tostes, J u i z d e F ora, v. 5 9 , n. 3 3 9 , p . 1 3 4 - 1 3 7, j u l/ago. 2 0 0 4 . C O S TA, R . G. B . Tec n o lo gia de fab r i c a ç ã o e caracterização de q u eij o de c o a l h o o btido d e leite d e b ú fa l a . 2 0 0 7 . 8 9 p . T e s e ( D ou torado e m C iência dos Alimentos)-Universidade Federal de Lavras, L avras, MG. COSTA J Ú N I O R, L. C. G. U s o de e x te n s o re s n a fa brica ção d e q ueijo minas fres cal. 2 0 0 6 . 76p. Tese (Doutorado e m Ciência dos Alimentos) Universidade F ederal de Lavras , L avras, MG. Pág. 3 5 E LI A S , M . B ubalinocultura: p o tencial e pers pectivas no Paraná. Londrina: IAPAR, 1 99 8 . 2 8 p . FAO . O b ú fa l o . B ra s í l i a : M in i stéri o d a Agricultura, São Paulo, Associação B rasileira dos C r i adores de B ú fal o s , 1 9 9 1 . 3 2 0 p . ( FA O . Produção Animal e S aúde, 4 ) . FURTAD O , M . M . Principais problemas d o s queij o s : causas e prevenç ã o . S ão P a u l o , F onte C omunicações e E ditora, 1 9 9 9 . p . 1 3 0 - 1 3 2 . M UN CK, A . V. Q u e ij o d e C oa l h o - p r i n c í p i o s b á s i c o s da fabricação. 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S U M M ARY " C o a l h o cheese" i s a very traditional product, o f great consumption i n northeast as well i n the s outheastern region of B razil. When produced from buffa lo 's m i lk, it shows superior i ndu strial y i e l d than when it i s p rodu ced from cow ' s m i l k , due to i t s phys i c a l , chemical and physi ochem ical composition. I n this work some mathematical models had been used t o set the " C o alho chees e " yield. T he resu lts showed the great recovery of m i l k components and min imal l ose in the whey ( 1 5 . 3 % and 1 2 . 7 % of fat i s lost into the whey for the e mp i r i c a l and technical method, respectively and 1 6 , 7 % of protein is l ost into the whey for the method technical method) . T h e cheeses sh owed 5 , 6 2 Llkg of y i e l d with h u m i d ity content 4 8 , 7 % (mim) and 6 , 1 0 Llkg when the humidity was adj usted to 4 6 ,0 % . Keywo r d s : dairy, rec overy of milk components, losses, lactic starter culture . digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 3 6 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, nO 3 5 9 , 62, 3 7 -4 5 , 2007 Pág. 3 7 UTILIZAÇÃO DE ELETROFORESE EM GEL DE POLIACRILAMIDA PARA CAR ;\-CTERIZAÇÃO SIMULTÂNEA DE PRO DUT OS LACTEOS E DETECÇÃO DE FRAUDE Sl Utiliza tion of polyacrylamide gel eletrophoresis for simultaneous characterizat ion of dairy products and detection of adulterations Danielle Braga Chelini PEREIRA2 Paulo Henriq u e Fo nseca da SIL VA3 Marco A n tô nio Mo reira FURTAD 04 S U M Á RIO o M inistério d a Agricultura define as características e o s requisitos tecnológicos ·para cada produto lácteo no Brasil. Os l imites estabelecidos devem ser cumpridos, mas demandam métodos analíticos capazes de avaliá-los ou mensurá-los com se gurança e que sejam viáveis para aplicação. São limitações importantes para o setor de laticínios, a adição de soro de queijo ao leite, a adição de leite de vaca ao leite de outras espécies e a comercialização de leite reconstituído. O intuito do presente proj eto foi desenvolver metodologia analítica capaz de detenninar, simultaneamente, soro adicionado ao le ite (qualitativo e quantitativo), leite de vaca adicionado ao de cabra e reconstituição de l eite em pó para comercialização como leite fluido. A determinação simultânea favorece a viabilidade da técnica analítica empregada, bem como melhora a agilidade das detenninações. Foram avaliadas as seguintes técnicas eletroforéticas: native PAGE (poliacrilamida gel e l etrophoresis), SDS (dodeci l sulfato de sódio) PAGE e UREA PAG E , em diferentes concentrações de acri lam i da, inclusive com gradi ente de c oncentração no ge l . Além d i sso, foram ava l i adas diferentes metodologias de preparo de amostra e as potencialidades de software comercial na avaliação dos resultados de detecção e quantificação das misturas citadas. O tempo de análise foi reduzido em 4 horas, ao alterar o protocolo e mpregado na fase inicial do proj e to, do sistema de pl acas vertical (slab) para o sistema em mini géis. O consumo de reagentes foi também reduzido, em média, em 6 vezes. As técnicas de preparo de amostra foram simpl ificadas. Os resultados comparativos demonstraram diferenças sign i ficativas entre as amostras avaliadas, indicando o método SDS-PAGE, e mpregando géis com 1 0% de acrilamida sem formação de gradiente, como ap licável para avaliação simultânea das fraudes indicadas. Palavras-chave: eletroforese, soro de queijo, leite de cabra, leite reconstituído, controle de qualidade. 1 . I N T RO D U Ç Ã O " Sacco Brasil, Rua U rug uaiana, 1 379, Bosq ue, 1 3026-002 Cam p i nas S P Tel/Fax: 1 9-3253-53 33 E-mai/: saccobra sil@sacc obrasi l . com . br www.sacc osrl . it www. cleric i .org O valor nutritivo de um alimento é definido pela concentração, balanço e biodisponibilidade dos nutrientes fornecidos, e pela presença ou não de componentes tóx icos e/ou antinutri c i onais. Com relação ao leite, sua qualidade nutricional é ampla mente conhecida e sua i mp ortânci a , bem como a dos derivados lácteos, na alimentação humana bas tante destacada; é fonte de macro e micronutrien tes essenciais para o crescimento, desenvolvimen to e manutenç ão da saúde, e constitui u ma das princ ipais fontes de proteínas na a l imentação de animais j ovens e humanos de todas as i dades. 2 4 o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas tecimento (MAPA), a Agência N acional de Vi gi lância Sanitária (ANVISA - Ministério da Saúde), os serviços de inspeção estaduais e municipais, entre outros órgãos, fiscalizam a cadeia láctea no Brasi l, orient ando-se por padrões legais que definem as características e requisitos tecno l ógicos para cada produto em específico. Os limites estabelecidos de vem ser cumpridos, mas demandam métodos analí ticos capazes de avaliá-los ou mensurá-los com se gurança, e ao mesmo tempo viáveis para aplicação. São li mitações imp ortantes para a cadeia láctea a adição de soro de queijo ao leite, a adição de l eite de vaca ao leite de outras espécies e a Proj eto de Pesquisa financiado pela FAP E M I G CVZ 46 1 /2004. Danielle Braga Chelini Pereira - Mestre em Ciência dos Alimentos. Professora e Pesquisadora da EPAMIG/CT/ ILCT. E-mail: [email protected]. Paulo Henrique Fonseca da Silva Doutor em Ciência dos Alimentos. Pesquisador e Professor da EPAMIG/CT/ ILCT. E-mail: [email protected]. Marco Antônio Moreira Furtado Doutor em Ciência e Tecnologia de Alimentos. Professor da Faculdade de Fannácia e Bioquímica / Universidade Federal de Juiz de Fora - E-mai l : [email protected]. digitalizado por arvoredoleite.org 38 Rev. Inst. Latic. "Cândi do Tostes", N ov/D ez, n° 3 5 9 , 62, 3 7-45 , 2007 ído . N ? �aso come rcial izaçã o d e l e i te recon stitu c o ns � l t� � nte da adiçã o d e soro, s e este n ã o for . oD1b lhz ar explíci t o da formu l ação, i mp orta dlSp o da pre detecçã a lize i viab que o analític método sença d o m esmo . Q u anto à m i stura de l e i t e- de diferentes espécies animais, i sto pode ocorrer de v i do ao maior valor comercial dado a o leite de c ab r a , p o r exemp l o ; passa a ser de interesse a detecção da mistura. O leite b enefici ado comer c i al izado na forma flu i da deve ser submetido a tratamento térmico qu e garanta a segurança do consumidor, mas qu e preserve as características nutri cionais do mesmo. Assim, a formalização de um método analítico que permita estimar o nível de tratamento sofrido, p erm itindo detectar, por exemplo, a comercialização não declarada de l eite reconstitu ído, apresenta vantagens à fiscalizaçã o . O e s c o p o do p re sente trabalho foi desen volver metodologia analítica c apaz das determi nações s i mu l t âneas de soro adic ionado a o leite (qualitativo e quantitativo) , leite de vaca adicio nado ao de cabra e reconstituição de leite em pó para comerci al ização como leite fluido. A deter minação simultânea favorece a viabilidade da téc n i ca analít ica empregada, bem como mel hora a agilidade das determinações. Os resultados obtidos serão de grande valor para a modernização dos regu lamentos técnicos de identidade e qualidade do l eite e derivados, fa vorecendo o M inistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no estabelecimento de novos in dicadores legais para a determinação da natureza e das características de identificação dos produtos. De p o sse do conheci mento gerado n e st e proj eto, a comunidade científica, o setor produti vo , os órgãos de inspeção e a sociedade passarão a se valer de procedimentos anal íticos que p ossam assegurar a identidade do leite e derivados. O s re su ltados deste proj eto contribuirão decisivamente para o c ombate às fraudes pelos órgãos c ompe tentes, preservando a idoneidade de produtos e em presas comprometidos com o respeito às leis e ao consumidor. Espera-se, em conseqüência, o forta lecimento dos produtores e indústrias brasileiras no mercado internacional, bem como o incremento na credibilidade dos órgãos fiscalizadores do país, contribuindo para a redução das barreiras tecno lógicas à exportação de produtos lácteos nacionais. A separação e quantificação das diferentes proteínas do leite têm sido realizadas p or métodos baseados em u ma partição química seguida de de terminação de nitrogênio e por métodos baseados nas propri edades e l etroforéticas das proteínas ( Covarrubias e t aI. , 1 9 8 8 ) . Strange e t aI. ( 1 9 92) citam trabalhos que concluem ser a eletroforese o método que fornece melhores resultados nas ava l i ações quant i tativas das caseínas do leite, b em como S D S -PAGE al tamente apropriado p ara de- terminação do conteúdo em caseínas e soro proteínas de p rodutos l ácte os. Em 200 3 , Pereira adaptou metodologia analí tica baseada em técnicas de eletroforese para detec ção do leite de cabra adicionado ao leite de vaca. O método permite a separação e avaliação de frações protéicas, que também são alteradas mediante tra tamento térmico (empregado na obtenção de l eite em pó) e pela ação de enzimas coagulantes. Assim e de conformidade com os trabalhos de vários autores qu e empregam técnicas el etro foréticas para de tecção de fraudes dessa natureza, estimou-se que sej a possível adaptar metodologia que disponibilize ferramenta analítica de control e s imultâneo , por eletroforese, das fraudes citadas. O soro de queijo, na forma fluida ou em pó, tem se tornado u m i mp ortante comp onente de muitos produtos formulados (Hemmati & Keeney, 1 9 7 9 ) . O aproveitamento deste sub-produto deve ser incentivado a fim de que se possa usufruir de seu considerável valor nutricional, e preservar a natureza do i mpacto ambienta l representada pela el iminação do mesmo sem o devido tratament o . Entretanto , s u a a d i çã o aos produtos com erci a lizados com a denominação "Leite pasteurizado" ou Leite "UHT" constitui fraude contra a econo mia popular, bem c aracteri zada nos r espectivos regu l amento s de i dentidade e qualidade. M esmo em produ t o s formu l a dos, t o rna-se i mp er i o s o o emprego de metodologia analítica confiável, que permita a comprovação da conformidade do pro duto com a composição reg istrada. D e S ouza et aI. (20 0 0 ) , trabalhando com soluções aquosas de amostras em uréia 8 mol/L, submetidas a um gradiente de 1 0% a 1 8 % no gel de acrilamida p ara S D S -PAGE, ob servaram a l ta correlação l inear entre a concentração relativa de soro adicionado ao l eite e as concentrações de p roteínas lácteas. Segundo Spadoti & Oliveira ( 1 999), o uso de leite reconstituído, misturado ao leite in natura, pode ria ser útil para a estabilização da oferta de produtos no mercado , considerando a sazona l idade da pro dução leiteira, tendo sido citados trabalhos relevantes que sugerem adequações tecnológicas viabilizadoras desta a lternativa. Quan do o leite é submeti do a aqu ecimento suficiente para causar desnaturação protéica, importantes a l terações fí sico-qu ímicas p odem ocorrer com as soroproteínas ( Hashimoto & Antunes, 1 9 92) , de forma que se pode avaliar, por meio destas alterações, a presença de l eite re constituído em mistura ao leite pasteurizado. 2. MATERIAL E M É TODOS O proj eto foi conduzido no Laboratório de P e s q u i s a F í s i c o -qu í m i c a e M i crob i o l ó g i c a , no C entro Tecnológico Instituto de Laticínios C ân- Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N o vlDez, n° 3 5 9, 62, 3 7-45 , 2007 dido Tostes da EPAMIG, e m Juiz d e Fora/MG. As amostras foram col etadas no N ú c l eo I n du stria l d o próprio C entro, j unto a produtores d e leite da região e j unto ao comércio local. A seqüência de análise, após a preparação das a mostras, envolve as seguintes fases: p repa ração dos géis, i njeção das amostras, corrida, re velação e conservação. As metodologias analíticas empregadas foram adaptadas, à luz da avaliação da sensibilidade e simultaneidade conseguidas, com auxí l i o do software de lei tura comp arativa com os p adrões de proteínas l ácteas. Os protocolos foram adequados p ar a u m volume final d e 5 m L (gel d e separação) e 1 ,5 mL (gel de empilhamento) . Os temp o s empregados para corrida e tratamentos seqüentes dos géis obti dos também foram reduzidos e ava liados. N o presente trabalho, foi util izado equipa mento MINI PROTEAN 3 CELL SERIAL 525 BR, Bio Rad Laboratórios Brasil Ltda (São Paulo, S P, Brasil) , empregando fonte P O WERPAC B A S I C , B io R a d Laboratories, (Hercules, CA) . A metodo logia analítica que se mostrou adequada à avaliação simu ltânea de perfis e l etroforéti cos de amostras de l ei te de cabra, l ei te de vaca, soro de qu eij o (obtido p o r coagulação enzimática d e leite d e va ca) e leite tratado term i c amente ( l ei t e em p ó ) , empregou as seguintes etapas analíticas. 2 . 1 Preparação dos géis e c o r rida Foram empregados géis de poliacrilam ida a 1 0%, acrescidos de dodecil su lfato de sódio (SDS) como a gente desnaturante. Outras concentrações e formulações foram testadas, conforme meto do logias anteriormente descritas por Laemli ( 1 9 7 0 ) e P ereira (20 0 3 ) . A preparação d o s géis envo lveu a l impeza das placas de vidro, e montagem conforme instru ções do equipamento, empregando duas p lacas de vidro (uma com espaçador e a placa menor), prende dores, e o compartimento de apoio com borrachas de vedação do sandu í che de placas. S e quenc i al mente, as soluções foram preparadas e colocadas no sanduíche de placas para po limerização. O preparo do gel de poliacrilamida seguiu o segu inte protocolo final (Tabela 1 ) . Ta bela 1 . Preparo do gel de separação 1 0% (vo lume suficiente para u m gel) C o mpo n e n te Acrilami da/B is Tampão pH 8 , 8 SDS 1 0 % Água desti lada TEMED Persulfato de amônio 1 0 % Vo l u m e 2,5 /lL 1 ,9 /lL 75 /lL 3 ,0 /lL 1 0 /lL 5 0 /lL Pág. 3 9 Os géis preparados foram colocados no su porte de géis (peça que contém os eletrodos), sendo retirados do compart imento de apoio , soltos dos prendedores, e acomodados de forma que as placas menores ficassem voltadas para o meio do suporte. Quando apenas um gel será analisado, há uma pla ca 'c ega para complemento do si stema, com indi cação da posição adequada grafada na própria pla ca. O suporte de géis foi acomodado na cesta, as presilhas desta foram fechadas e o conjunto encai xado na cuba de eletroforese. Foram usados apro {,Cimadamente 1 25 mL de solução tampão de corri da (tampão de eletrodo) diluída entre as placas com os géis, de forma que o nível de líquido atingisse a metade da altura entre a placa menor e a mais alta . de cada sanduíche de p lacas. Na cuba de eletroforese, foi adicionado um volume de aproximadamente 200 mL do me smo tampão de corrida, de forma que os fios que l igam os eletrodos e a parte inferior dos géis permane ceu i m ersa n o tamp ã o . A s o l u ç ã o tamp ã o foi mantida em geladeira te o momento do uso, com o intu ito de manter a temperatura durante a cor rida sem e l evação ex cessiva. O marcador de poços (amarelo) foi encaixa do na parte superior das placas, entre os eletrodos, e foi fei ta a apl icação das amostras. Foi utilizada micropipeta ( 1 0 a 1 00 /lL) para injeção de 20 /lL de amostra p o r p o ç o . F oram i nj etados também padrões proté icos ( padrões de peso molecu lar e de proteínas do soro - a-Iactoalbumina e p-Iactog lobulina), bem como tampão de amostra nas extre midades para determinações em branco. A inj eção das amostras deve ser feita em tempo i nferior a 1 5 minutos, evitando seu espa lhamento além dos l imites do pocinho correspondente. Inj etadas as amostras, o marcador de p o ços foi ret irado , a tampa enca ixada respeitando a s cores dos e l etrodos (preto n o encaixe preto e vermelho no encaixe verme lho), e o aparelho ligado conforme instruções do fabricante c ompi ladas em p r o c edimento p a drão elab orado p ara esta opera ç ã o . 2 . 2 Preparação das amostras e padrões As amostras foram preparadas pela dissolu ção, em 1 (um) m i l i l i tro de tampão de amostra (Tabela 3 ) , de 40 /lL da amostra líquida e 1 0 mg de a mostra s sólidas. Não fo i necessário nenhum p r o c e d i m ento a d i c i o na l . As amo stras foram conservadas congeladas em freezer a - 20°C até o momento do uso, quando foram descongeladas em temperatura amb i e n t e e a p l i c a da s d i reta men te, c om o c u i dado de c o l et a r u m a p o r ç ã o central do tub o . F oram ap licadas amostras de l eite d e vaca cru, pasteurizado e UHT, leite de cabra cru e UHT, digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 40 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, nO 359, 62, 3 7-45 , 2007 leite em pó, soro de queijo obtido pela coagulação . enzimática de leite bovino. Também foram avalIa das amo stras proveni entes de diferentes produ tores p a ra o leite de vaca, n o caso do l eite de cabra t ambém de animais individuais . Amostras conservadas por algum perí odo sob refrigeração foram também aplicadas. Quanto à avaliação dos efeitos da tecnologia de obtençã o de l eite em p ó , esta fo i executada comparando os perfis protéicos do l eite fluido de origem e do produto p rocessado nas i nsta lações do Núcleo Industrial do C T/ILCT da EPAMIG. A avaliação da adição de soro de queijo foi realizada em percentu ais de 1 2 , 5 ; 2 5 e 5 0 % ao l ei te de vaca, a lém da determinação dos p erfis protéicos de amostras c ompostas exclus ivamente de soro de queijo e de leite de vaca. Nestas últimas, foi uti l izado frequentemente a líqu ota do me smo leite utilizado na fabricação de queijo do qual o soro foi p roveniente, amostras coleta das no Nú cleo Industrial do CT/I LCT. As amostras de leite de cabra fo ram ava liadas com acréscimo de 1 2 , 5 , 2 5 e 50% de l eite de vaca, em paralelo com amostras genu ínas. Ob servou-se o comportamento de amostras de l ei te UHT adqu iridas no mercado local, mas também de amostras de l eite cru e pasteurizado coletadas no Núcleo Industrial do CT/ILCT e doadas p or produtores da regiã o , respectivamente p ara leite de vaca e cabra. As comparações foram s empre conduzidas entre amostras submetidas ao mesmo procedi mento tecnológico. Os padrões foram preparados pela dissolu ção de 1 0 mg de padrão em 2 mL de tampão de amo stra para as proteínas do soro . O p adrão de peso molecular foi diluído em 200 !J.L de tampão de amostra dentro de seu tubo de origem, e assim mantido congel ado até o momento do u s o . F o i descongel ado em temperatura ambi ente e p r e pa rado para i nj e ção pela dilu ição d e 1 0 !J . L e m 5 0 !J. L d e tampão de amostra . A injeção dos padrões foi feita pela alíquota de 20 !J.L para proteínas do soro e 1 0 !J.L para o padrão de peso mo lecul ar. Os padrões de proteínas do soro coos tituíram�se, individualmente, de a-Iactoalbumina e � -lactogl obul ina. O padrão de peso mo lecu lar utilizado foi fornecido pela BIO RAD (SDS-PAGE Molecular Weight Standards, Low Range - B I O R A D Laborat ories, Hercu l es, CA) , comp o sto d e fosforilase b ( 9 7 4 0 0 D a ) , albumina d o soro bovino ( 6 6 2 0 0 Da), ovoalbumina ( 4 5 0 0 0 D a ) , anidrase carbônica (3 1 000 Da), inibidor de tripsina (2 1 5 00 Da) e li sozima ( 1 4400 Da) . Nos poços das extremidades dos géis, foram injetadas alíquotas de 20 !J.L do tampão de amostra p u r o , recém-preparado ou conservado em ge ladeira, como determinação em branco. Tabela 2 . C omposição d o tampão d e amostra ( preparar no momento do uso) Co mpo nente Água destilada Tampão TRIS - H C I p H 6 , 8 G l icerol p . a . S D S a 1 0% 2-mercaptoetanol (utilizar capela de exaustão) - conservar em geladeira Azul de bromofenol 0 , 5 % (m/v) conservar em gel adeira Vo l u m e 4,0 1 ,0 0,8 1 ,6 mL mL mL mL 0 , 4 mL 0 ,2 mL C oncomitante à aplicação d a s amostras fo i providenciado o registro da seqüência de amostras aplicadas, que permitiu sua i dentificação no mo mento da leitura e avaliação dos géis. 2 . 3 Fixação, c o loração, d e s c o l o ração e c o n s e r v a ç ão O tratamento dos g é i s a p ó s corrida e l e troforética consi stiu na fixação d a s proteínas se paradas, segu ida da coloração e descoloração em p re gando corante a b ase de prata ou Comassie Blue. Para conservação, foi também avaliado pro cedimento de secagem dos géi s . A ) Fixação Obj etiva melhorar a e stab i l i dade dos géis aos t ra tamentos segu i ntes à corrida, p ermitindo visual ização de bandas e aná lises dos perfis pro téicos das amostras. Para proceder à fixaç ão o gel foi manti do na solução fixadora por 1 (uma) hora. Após o término da corrida, detectado pela perda da linha azul de marcação da corrida, o equi pamento foi desligado. A tampa foi retirada, bem como a cesta que acomoda as p lacas com os géis. As presilhas da cesta foram abertas e as p lacas de vidro com os géis foram retiradas após desloca mento superior do suporte que as apóia. As placas foram abertas com auxílio de espátula plástica que acompanha o aparelho. Esta espátula fo i também utilizada para facil itar a retirada do gel quando aderido à p laca de vidro. O gel de empilhamento foi descartado e o gel de separação marcado por cortes em posições definidas que permitem a iden tificação das amostras inj etadas, conforme regis tro efetuado no momento da aplicaçã o . O s géi s a s s i m obtidos foram acomodados em frascos largos e de pouca altura, j á contendo volume suficiente da solução fixadora para imer gi-Ios completamente, nos qua i s foram mantidos por 1 (uma) hora. A solução fixadora pode ser reutilizada por longos períodos, mas é recomendável que seja fil- Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, nO 3 5 9, 62, 3 7-4 5 , 2007 trada a o retornar a o frasco d e a rmazenam ent o . C onservar e m geladeira. B) Coloração Após a fixação, os géis foram transferidos para frascos contendo solução corante, conforme composição descrita na técnica native PAGE. Foi também o bservada a imersão completa dos géis na solução corante, com cuidado para que a adesão entre géis não dificultasse a coloração. O tempo de imersão foi de 3 horas. E n tretanto, pela mistura de 2 5 % a 5 0 % de solução descorante a o corante, o tempo de coloração pode ser estendido para até 1 2 horas se necessário, evitando a realização de operações analíticas fora do horári o de expedi ente do pessoal. A solução corante pode ser reutilizada por longos períodos, devendo ser mantida em geladeira e fi ltrada sempre qu e necessário. C) Descoloração A descoloração é feita pela imersão dos géis em solução descorante ( c onservada sob refr i g e ração) até que a coloração do gel estej a adequada, ou seja, qu e s e perceba grande destaque na colo ração das bandas em relação ao fundo . O volume de s o lução descorante deve ser sufic iente p ar a imergir todo o g e l . Esta solução n ã o foi reutilizada. 41 F o i empreg ando s o ftware específi c o Q u antity One I -D Analysis Software, B i o Rad Laboratories, Inc. ( H ercules, CA, USA) para avaliaçã o dos géis por meio de lei turas compara tivas consider ando o s padrões protéicos empregado s, p ermitindo con clusões sobre a metodologia que manteve a espe cificidade das avaliações indi vidua is quando em pregada simultaneamente para a detecção das frau des pesquisadas. 3. R E SULTADOS E D I S C U S S à O 3 . I Detecção da adição de leite de v aca ao leite d e cabra F oram obtidos perfis diferenciados no mé todo S D S -PA G E 1 0 % , a n a l i sando s i m u l tanea mente com os demais produtos que foram escopo deste proj eto ( soro de qu eij o adici onado ao leite de vaca e da detecção de leite reconstitu ído) . As F i g uras segu intes i lu stram o desempenho desta metod o l o g i a , mas tam bém a e v o l u ç ã o que foi sendo o b t i d a na metodo l o g i a adaptada para o equipamento de minigéis. D) Conservação A cons ervação dos géis pode ser feita por imersão em s o lução de glicerol a 1 0 % , . mantida em geladeira até o m omento do uso. O s géis de vem ficar perfe itamente imersos e o frasco tam pado ( especialment e s e a c onservação for fe ita por l ongos períodos e/ou em geladeira ) . E im p ortante identi ficar b em o s frascos que c ontém o s gé i s . P o rém, este tipo de conservação exige muito espaço do l aboratório e apre s enta pouca praticidade, devido ao risco de entornar a s olução e do resseca mento dos géis, tendo sido empregado uni camente p a ra curtos p eríodos . A secagem dos géis a presenta-se como al ternativa preferencial, melhorando a estabi lidade dos mesmos e p er m i tindo o arqu i v amento m a i s confortável e seguro d o s resu ltado s . O processo consiste nas etapas descritas no anexo I V. 2 . 4 L e itura A leitura e análise dos géis foram realizadas, a p ó s regi stro e d ig it a l i za ç ã o d o s mesmos em scanner de mesa HP 3 770 (Hewlett Packard Brasil Ltda., C ampinas, São P aulo, Brasil) ou m áquina digital S ONY DSC W55, resolução 5,0 megapixel. A. B. C. D. E. F. G. H. Leite de vaca cru L eite de vaca pasteurizado Leite de vaca ferv ido Leite de vaca com proteólise bacteriana àcentuada Soro de queijo Leite de vaca adicionado de soro de queij o (5 0%) L e i te em pó desnatado L e it e em pó desnatado reconstituído (9 % de s ó lidos) Fig ura I . EIetroforese em gel de poli acrilamida ( 1 2 , 5 %) com SDS de amostras de leite de vaca em d i ferentes tratamentos térmicos e soro de qu e ij o . Observa-se n a Figura 1 a indefinição d a s ban das protéicas, que foi bastante otimizada com as alterações processadas na obtenção do gel da Figura 2. As amostras de soro são as que mais diferem em relação às demais, conforme Figura 2, e o leite em pó teve a concentração da amostra adequada. Tam bém a voltagem empregada foi considerada . digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, n° 3 5 9, 62, 3 7-45 , 2007 Pago 42 ser empregada n a defi n i ç ã o dos perfi s destes produtos e detecção de m i sturas. As Figuras a seguir i lustram os géis obtidos pela técnica SDS-PAGE a 1 0% . O bservam-s e d i ferenças nos perfi s pro téicos apresentad os n a F i gu r a 3, especial mente entre as bandas identifi cadas pela l etra A e H , respectivam ente, amostras genu ínas d e leites das duas espécies (vaca e cabra). As misturas apresen taram perfis intermediá rios, correspond entes aos percentu a i s que apresentam de proteínas prove A. B. C. D. E. F. G H. Leite de vaca cru Leite de vaca pasteurizado Leite de vaca fervido Leite de vaca com proteólise bacteriana acentuada Soro de queijo Leite de vaca adicionado de soro de queijo ( 5 0%) Leite e m pó desnatado Leite em pó desnatado reconst ituído ( 9 % de sól i dos) F i g u r a 2. Eletroforese em gel de poli acrilamida ( 1 2,5%) com SOS de amostras de leite de vaca em d i ferentes tratamentos térmicos e soro de queij o . A marca vermelha mostra a fração caseí nica residual no soro após tratamento enzimático, que difere este produto do leite genuíno, podendo A. Leite de vaca B . Leite de cabra acrescido de porção de 5 0 % C. Leite d e cabra acrescido de p orçã o de 2 5 % D . Leite d e cabra acrescido de porção de 1 2 , 5 0/0 E. Padrão de peso molecular F. a-Iactoalbumina bovina G �-Iactogl obu l ina bovina H . Le ite de cabra Figura 3 . leite de vaca na pro leite d e vaca n a pro leite d e vaca n a proB l O-RAD Eletrofore se em gel d e poliacrilamida ( 1 0 ,0%) com SOS de amostras de leite de vaca, leite de cabra e misturas. Rev. lnst. Latic. "Cândido Tostes", N ovlD ez, n° 3 5 9 , 62, 3 7-45 , 2007 As leituras foram realizadas simultaneamente com as determinações apresentadas nos itens 3 . 1 e 3 . 3 . Observam-se di ferenças nos p erfis protéicos apresentados na Figura 4, especialmente entre as ban das identificadas pela letra A e H, respectivamente, amostras exclusivas de soro de queijo e leite de vaca fluido. As misturas apresentaram perfis intermediá rios, correspondentes aos percentuais que apresen tam de proteínas provenientes de cada produto. n ientes de cada leite. A avaliação do perfil obtido para o leite de cabra fluido fornecida pela software de análise de dados é apresentada como anexo V. O perfil obtido para leite de vaca foi coincidente para as corridas comparativas l eite de cabra versus l eite de vaca e leite de vaca com soro de queij o . A F i gura 6 (seção 3 . 3 ) indica q u e os perfis obtidos para leite de cabras individuais não variou, . mesmo após conservação em condições de refri geração (geladeira doméstica) por 1 2 dias. 3 . 2 Detecção da adição de s o ro de q uei jo ao leite de vaca A F i gura 4 demonstra os resultados obtidos para a avaliação eletroforética de leite de vaca, soro de queijo e misturas pelo método S DS-PAGE 1 0%. A. Soro de queijo B . Leite de vaca acrescido de soro de queijo na pro porção de 5 0 % C. Leite d e vaca acrescido d e soro de queijo n a pro porção de 2 5 % D . Leite d e vaca acrescido de soro de queijo n a prop orção de 1 2, 5 % E . Padrão d e p eso molecu lar B IO-RAO F. a-Iactoalbumina bovina G �-lactogl obu l ina bovina H . Leite de v aca Figura 4. Eletroforese e m gel d e poli acrilamida ( l 0 ,0 %) com SOS de amostras de leite_ -de vaca, soro de queij o e mi sturas:--- amostras, conforme descr i t o no item 3 . 1 . Estes resultados geram uma boa expectativa com relação a baixa interferência da conservação do l ei t e a fri o sobre o método sugerido. A. B. C. D. Figura 5 . Eletroforese em gel de poli acrilamida ( 1 5 ,0%) com SDS de amostras de leite de vaca, soro de queij o e misturas. A F i gura 5 i lu stra a adequação da m e todologia proposta ( SD S -PAGE 1 0%) c o m relação à s dem a i s metodol o g i a s testadas. Por exe mp lo , no método apresentado nesta F igura, a técnica foi seguida s i m i larm ente em todas a s etap as, a exceção do percentual de acrilamida do gel. O que se observa é uma separação protéica i nsuficiente para caracterizar perfi l específico das a mostras, o que permitiria compara-las. As 5 primeiras colu nas (esquerda para direi ta) correspondem a amos tras de le ite de vaca, soro e suas m i sturas, e as duas seqüentes correspondem a padrões de a-lacto albumina e � -lactoglobulina bovinas. 3.3 Diferenciação entre leite de vaca flui do e leite de vaca em pó reconstituído Pela utilização da técnica SDS-PAGE a 1 0%, pode-se s i mu ltaneamente avaliar perfi s de l ei te de vaca fluido e leite em pó, conforme i lustrado na Figura 6 . O b servam-se p e r fi s bastante diversos n a intensidade das bandas e dificuldade d e separação em l inhas bem definidas no caso do leite em pó, quando comparadas as colunas B e C com a coluna O. A s i m i l a r i dade das c o l unas B e C i nd i c a a repetibi l idade de resultados pelo método sugerido. Qu anto às colunas E até H, foi avaliada a confi a b i l idade dos perfis obtidos c o m relação a indivi dua li dades dos animais e conservação das Pág. 43 E. F. G H. Padrão de p eso molecular Bl O-RAD Leite de vaca fluido 1 Leite de vaca fluido 2 Leite de vaca em pó (amostra de leite fluido 2 submetida a concentração e secagem) Leite de cabra animal I Leite de cabra animal 2 Leite de cabra animal 3 Leite de cabra animal 3 conservado em geladeira por 1 2 dias Figura 6. Eletroforese e m gel d e poliacrilamida ( 1 0 ,0%) com SDS de amostras de leite de vaca fluido, leite em pó (leite flui do após tratamento de concentração e secagem) e de amostras individuais de leite de cabra . 4 . C O N C L U SÕE S Avali ados os resultados obtidos, conclui-se que a metodologia proposta - ELETROFORESE EM GEL DE POLIACRILAMIDA A 1 0% COM SDS é capaz de identificar perfis específicos e diversos para os produtos estudados (leite de vaca fluido e em pó reconstituído, leite de cabra, soro de queij o) e suas misturas. Portanto, pode ser empregado como ferra menta analítica para detecção de adulterações, auxi liando as indústrias, a sociedade e, principalmente, os órgãos de fiscalização no controle dessas ações. Em relação a metodologias anteriormente realizadas, percebeu-se vantagem na técnica adap tada, especialmente quanto a: Redução do número de fases empregadas para preparação de amostras, tornando esta etapa mais curta, barata e fácil de realizar; Redução do gasto de reagentes e� função do menor tamanho do gel (gel de 30 mL para 5 mL) e da cuba de corrida (consumo de 3000 mL de tampão para 3 5 0 mL de tampão) digitalizado por • • arvoredoleite.org Pág. 4 4 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, n ° 3 5 9, 62, 3 7 -45 , 2007 Redução do tempo de análise, de 3 00 para 1 00 minutos (tempo de corrida) , e realiza ção das etapas de fixação e coloração com maior conforto p ara o analista. É necessário implementar, subsequentemen te e st u do s no s entido de determinar, p ar a cada p r'oduto em específico, as interferências tecnoló gicas para a sensibilidade da metodologia sugerida, especialmente no que concerne à contagem de mi crorganismos psicrotróficos, capaz de alterar a dis tribuição protéica dos produtos. • using gels with 1 0% of acrylamide without gradient formation, is applicable for simultaneous evaluation of the adulterations indicated. K eywo r d s : e l ectrop h o r e s i s , whey, g o a t milk, r econstituted milk, qual ity c ontr o I . REFERÊ NCIAS BIBLIOGR ÁF I C AS ALFENA S , A. C . E l e t r o fo re s e de i s o enzimas e p r o te í n a s afi n s . F u n damentos e ap l i ca ç õ e s e m plantas e microrganismos. Viçosa: UFV, 1 9 9 8 . v. 1. 574 p. AGRAD EC I MENTO Os autores agradecem à Fundação de Am paro à P e s q u i s a do E s t a do de M i n a s G e r a i s (FAP E M I G ) p e l o financi amento do p r oj et o d e p esqui sa q u e originou este artigo. S U MMARY The Ministry of the Agriculture defines the characteristics and the technological requirements for each dairy product i n Brazil. The establ i shed l imits should b e accomp l i shed, but they demand analytical methods capable to evaluate them or to measure them with safety and these methods must b e viable for util ization. The addition of whey to the m i lk, the addition of cow milk to the milk of other spe cies and the commerc i a l i zation o f reconst ituted m i l k a r e i mportant l i mitations for the dairy sector. The a i m of this proj ect was to develop analytical metho do l ogy capable to determine, simultaneou sly, whey added to the milk (qualitative and quantitative), cow milk added to the goat milk and reconstitution of powdered mi lk for commer c i a l i zati on as flu id m i l k . The simultaneous determination favors the viability of th e analytical procedure u sed and improves the agil ity o f the determinati ons . T he fo l lowing electrophoresis techniques were evaluated: native PAGE (polyacrylamide gel e l etrophoresi s ) , S D S (dodeci lsodium sulfate) PAGE and UREA PAGE, in different acrylamide concentrat ions and with concentrat i o n gradient i n the gel. D i ffer ent methodo logies for sample preparation and the potentialities of the use of commerc ial software in the ev aluation of the de tection r e su l ts and quantific ation of the mentioned mixtures were evaluated. The time of analysis was reduced in four hours, changing the u sed proto col i n the initial phase of the project from the vertical plates system (slab) to the mini-gel system. The consumption of reagents was also reduced, on average, in six times. The methodo logy for sample p reparation was simplified. The comparative resu lts demonstrated s ignifi cant differenc e s among the ev alu ated samp les, indicating that the SD S-PAGE me"thod, ALFENAS, A. C . e t ai. Eletroforese de proteínas e i s o e nzimas de fun g o s e essê ncias flo re stais. Viçosa: UFV, 1 9 9 1 . 242 p . BASCH, J . J . et a i . Quantitation of caseins a n d w h e y p r o t e i n s o f processed m i l k s and w h e y protein c o ncentrate s , app l i c a t i o n o f g e l e lectrophores i s , a n d c o m p a r i s o n with H ar l and Ashworth procedure. J o u r n al o f D airy Science, Champaign, v. 68, n. 1 , p . 2 3 -3 1 , 1 9 8 5 . BLAKESLEY, R . W. ; B OEZI, J . A . 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PREFEITURA MUNICIPAL DE JUIZ D E FORA. Programa Municipal de D efesa do C onsumidor. Regulamenta os direitos do consumidor. Código de D efesa do C onsumidor. L ei n.O 8 0 7 8 , de l 1 /set/ 1 990. T ítulo I, Capítulo IV, Seção I, Artigos 8, 9 e l O . PEREIRA, D . B . C. Utilização de técnicas de e l e t r o fo re s e em g e l de p o l i a c r i l a m i d a p ara detecção d a a d i ç ã o d e l e i t e d e v a c a a o l eite de cabra. UFLA, 2 0 0 3 . (Tese de mestrado) . PEREIRA, D. B. C. et ai. Físico-química do leite e derivados métodos anal íticos. 2 . ed. Juiz de F ora: Templo Gráfica e E ditora, 2 00 1 . 2 3 4 p. - S ILVA J ÚNIOR, J. o. Eletrofo rese de proteínas: guia teórico-prático . Rio de Janeiro: Interciência, 200 l . 1 25p. S T RAN GE, E . D . et aI. C hromatographic and eletrophoretic methods used for analysi s of milk proteins. J o u r n al of C h ro mat o g r aphy, Amsterdam, n. 6 2 4 , p . 8 1 - 1 02 , 1 9 9 2 . VIDIGAL, M. C . Separação de proteínas através de eletrofo rese em gel de SDS-poliacrilamida. Juiz de Fora : EMB RAPAlNUTRE, 2 0 0 1 . B RASIL. Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vi g i l â n c i a S an i t ár i a . P o l í t i c a N a c i o n a l de Alimentação e Nu tr i ç ã o . Conselho N ac i o n a l de Saúde, 0 6 de maio de 1 99 9 . BRAS I L . S ecretari a de D e fesa Agropecuária d o Ministério d a Agricultura e d o Abastecimento. Leis. D ecret o s . I ns t r u ç ã o N o r m ativa n.o 3 7 , da de 3 1 / 1 0/2 0 0 0 : Regulamento Técnico de P rodução, I dentidade e Q u a l i dade do L e i t e de C a b r a . Disponível e m : <http://www. agricultura. gov.br/sda/ dipoa/instnorm37 _leitecabra .htm> . Acesso em: 2 1 fev. 2 0 0 3 c . C O VARRU B I A S , M . P. ; I S RA E L , L . E . ; VALDENEGRO , V. Desnaturação de proteínas do soro de l e i t e por p r o c e s s o s térmicos - U H T . D ensitometria e m géis d e poliacrilamida. Revista do I n s tituto de Laticínios " C ândido Tos t e s " , Juiz d e Fora, v . 4 3 , n. 2 5 8 , p . 1 5 -2 0 , 1 9 9 8 . FOX, P . F . ; MULVIHILL, D . M . M i l k protein s : molecul ar, c o l l o i d a l a n d functional proper t i e s . digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 4 6 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N o v/D ez, na 3 5 9, 62, 47-50, 2007 47 Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes ISSN 0 1 00-3 674 VERSÃO IMPRESSA NORMAS PARA APRESENTAÇÃO E PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS o Inform e Agrope cuário é um veículo d e d ifusão das tecnolo gias gerada s ou adapta das pela EPAMI G. Cada edição esgota todos os aspect os de uma cultura ou ativida de agrope cuária, contri b u indo para o desenv olvime nto do ag ronegó cio d e M inas Gerais. Esse trabalh o favorece o intercâ rnbio de informa ções e a consta nte atualização de produt ores ru rais, técnico s, estuda ntes e professores de Ciênci as Agrári as sobre técnica s e manejo s mais adequ ados e produt ivos. A R e v i s ta do I n s tituto de L atic í n i o s C ândido To stes publica artigos e comu nicações c i entífi c a s na área d e Leite e D er i v a d o s . O s trabalhos deverão ser apresentados e m p ortuguês, i n g l ê s ou espanh o l , devendo o b servar as disposições n ormativas relacionadas abaixo. Os trabalhos serão submetidos à revisão pela C o mi s s ã o E di t o ri a l , s endo que cada trab a l h o será analisado por um membro d o C o rpo Revisor. Em caso de p arecer desfavorável do revisor, u m segundo e um terceiro relatores s e r ã o ouvidos, e somente se esses dois últimos pareceres analisados forem favoráveis é que será tomada a decisão final a cerca da publicação pela C o missão Editorial. O (s) parecer(es) does) relator(es) será(ao) encaminhado(s) aos autores para que verifiquem as sugestões e procedam às mo difi cações que se fizerem nece ssári as. I n formações sobre p u b l i c a ç õ e s e o u trabalhos deverão ser o b t i d a s v i a ema i l : revistadoilct@epam i g . br ou p e l o telefone ( 3 2 ) 3 2 24 3 1 1 6 c o m Luiza Carvalhaes Albuquerque (rama l 3 0 6 ) . N O RMAS GE RAIS O s artigos e comunicações submetidos para publicação deverão ser apresentados em meio digital (disquete, CD ou DVD), utilizando-se o processador de texto Micro s o ft Wo rd fo r Win d o ws ( versão 98, 2000, XP ou 2 0 0 3 ) , ser escrito em português, inglês ou espanhol. N o material em meio digital deverá constar, além do artigo o r i g i n al, uma cóp i a em P DP do mesmo, p orém, o mitin d o o s a u t o r e s e a c h am a d a d e ro dapé d a p r i m e i r a página (para serem enviadas ao revisor científico, e eventualmente, a um segundo) . Usar somente nomenclaturas o fi c i a i s e abrev i aturas consagradas, n ã o empregando abreviaturas no título do artigo. Juntamente com o disquete, C D ou D VD , deverão ser enviadas 1 (uma) cópia impressa original com numeração de linhas em todo o texto, com todas as fi guras, quadros e tab e l a s ; 1 (uma) c ó p i a omitindo o s autores e a chamada d e rodapé d a primeira página (para ser enviada ao consultor científi co) . Todas as cóp i a s impressas deverão ser fei tas em papel branco, tipo A4 ( 2 1 cm x 2 9 , 7 cm ) , o u em formulário contínuo em uma só face, fonte: Times New Roman, tamanho : 1 2 , espaç amento 1 , 5 , observada uma m argem d e 2 , 5 c m para o l ado esquerdo e de 2 ,5 cm para o direito, 2,5 cm p ara margem superior e i n fe r i o r , 2 , 5 cm p a r a o cabeçalho e 2 , 5 cm para o rodapé. C ada trabalho deverá ter no m á x i m o 1 6 p ág i n a s e j u nto d o mesmo deverá ser enca minhado o fício dirigido a C o mi s s ão Editorial da REVISTA DO ILCT solicitando a publicação do a rtigo. Esse ofício deverá ser a s s i n a d o p o r t o d o s o s a u t o r e s , constan do : nome dos autores sem abreviação; data ; titulação d e cada; endereço profi s s i on a l completo ( logradouro, número, bairro, caixa p ostal (se houver), C EP, c i da de , estado, país), telefone e e-mail de contato de todos; informação da área e m que o artigo se enquadra ( Vi d e t a b e l a a n e x a ) ; e Te r m o d e c o n c o r d â n c i a e c e s s ã o d e d i r e i t o s d e r e p ro d u ç ã o g r á fi c a : O s a b a i x o a s s i n a d o s , a u t o r e s do a r t i g o i ntitu lado " t í t u l o " , declaram t e r l i d o e aprovado o manu scrito na sua totalidade e c o n c o rdam em s u b m e t ê - l o à Revista d o ILCT p a ra av a l i a ç ã o e p o s s í v e l publi cação como resu ltados originai s. o que i mplica dec l a r a ç ã o E st a m an u s c r i t o , i n dep e n d e nt e do i d i o m a , n ã o foi submetido a o u t r o s p e r i ó d i c o s o u r ev i s t a s c o m a m e s ma fi n a l i d a de . S en d o a s s i m , " D e c l a r o ( a m o s ) q u e de ceder o direito a c e i t o ( a m o s) r ep ro d u ç ã o g r á fi c a p a ra a R e v i s ta d o I L C T n o c a s o do a r t i g o c om o t í t u l o d e s c r i to a c i ma ( o u t í t u l o q u e p o s teriormente chegar a s e r adotado, p ara a t e n d e r à s s u g e s t õ e s de e d i t o r e s e r ev i so r e s ) venha s er pu b l i c a d o n a Revista d o ILCT. Em adição (necessário s e e x i s t i r m a i s que u m a u t o r) , concordamos em no mear ___________ c om o s e n d o o a u t o r a qu e m t o d a c or r e s p o n d ên c i a e 1 ( u m ) e x e m p l a r deverão ser envi ados . " • • • • • o Qualquer inclusão, exclusão o u alteração na o rdem dos a u to res de v e rá s e r n o tific ada m ediante ofício assinado p o r todos os auto res (inclusive do autor exclu ído) . digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 4 8 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ovlD ez, n ° 3 5 9 , 62, 47-5 0 , 200 7 N O RM AS ESPEC Í FICAS DO ARTIGO 1) Título e Auto res INSTRUÇ Õ E S PARA PREPARAÇ Ã O E ENCAMINHAMENTO DE TRABALHOS! Marciano F. PRIMEIR0 2 Júlio E. SECOND 2 Denis R. ÚLT IM0 2 Endere ç o s p a ra c o rresp o n dê n c ia e dos a u tores devem cons tar no rodapé da p rim eira p ágin a . 2) C o rpo g e r a l d o a rtigo ° a r t i g o c i e ntífi c o deverá conter o s segu i ntes tópicos: a) T Í T U L O , su fi c i entemente c l a r o , c o n c i s o e completo, evitando p a l a vras supérfluas. Recomenda-se começar pelo termo que represente o aspecto mais importante do trab alho, com os demai s termos em o rdem decrescente de i mportânci a . D eve ser apresentada a versão do título para o idioma inglês; b) N OM E ( s) D O (s) A U T O R(es) com o s o b r e n o me p a r a c itaç õ e s b i b l i o g r á fi c a s d e s t a c a do EM L ETRAS M AI Ú S C U L A S , a l i nhados à direita, em espaçamento simples, um nome debaixo do outro , e no ro dap é da primeira página , deverão v i r a formação acadêmica e o endereço profi s sional c ompleto de todos o s autores, com e-ma i l e n o máximo c o m 6 ( seis) autores; c) S U M ÁRIO (de acordo com NBR6028 da ABNT). ° sumário não deve ultrapassar a 2 5 0 (d uzentos e c i n q üenta) pal a v r a s , n ã o d e v e p o s s u i r p arágrafo s e estar centralizado logo abaixo da lista dos autores. Após o S u m á r i o deve-se i n c l u i r T E R M O S PARA INDEXAÇÃO, 3 (três) a 6 (seis) palavras-chave que deverão ser apresentadas n o i d ioma deste, separados p o r p onto e vírgula e evita ndo-se a utilização de termos já usados no título e sumário. d) T Í T U L O EM I N G L Ê S ( S U M MARY) obrigatório, exceto quando o artigo for escrito na íntegra em língua inglesa - incluindo, em seguida, INDEX TERM S (Keywords) da mesma forma do item c; e) INTRODUÇ Ã O (incluindo a Revisão de Literatura/Referencial Teórico); f) MATERIAL E M ÉT O D O S ; g) R E S U LTAD O S E D I S C U SS à O (podendo cont er tabe las, quadros e fi guras) podendo ser s eparados, se necessário ; h) C O N C L U SÕE S ; i) R E F E RÊ N C I A S BIBLIOGR Á FICAS e j ) AGRADECIMENTOS ( op c i onal) . A apresentação do texto deverá ser em lima c o lu n a s o m e n te . As p áginas de v e m s e r n u m e radas s e q ü e n c ialm e n te, b e m c o m o a s linhas, iniciando-se a numeração destas em cada 3) O ri e nt a ç õ e s e s p e c í fi c a s A c o municação poderá conter os seguintes tópicos assim apresent ados: I . TAB E L A S e Q U A D R O S : deverão ser feitos no Word e inseridos após citação dos mesmos dentro do próprio texto, salvo em do c . 2. Caso o artigo c o ntenha GR Á F I C O S , F O T O GRAFIAS, S ÍM B O L O S FIGURAS, e F Ó RM U LAS, e s s a s d e v e r ã o o b e d e c e r às s e g u i nt e s n o r m a s : deverão F o t o g r afias : ser apresentadas em p r e to e b r a n c o , nítidas e com contraste, inseridas n o texto a p ó s a c i t a ç ã o das mesmas e também em um arqu i v o à parte, s alvas e m e x t e n s ã o " J P E G" c o m r e s o l u ç ã o d e 3 0 0 dpi ; Figuras deverão ser apresentadas em p r e to e b r a n c o , n í t i d a s e com c ontraste, i n seridas n o texto após a citação das mesmas As figuras deverão ser elaboradas com l etra Times N ew R o m a n , tamanho 1 0 , s e m negrit o ; s e m c aixa de textos e a g r u p a d as ; Gráfi c o s deverão ser i nseridos após citação dos mesmos, dentro do própri o texto, e l aborado pre ferenci a l mente em Excel, c o m l e tr a T i mes N e w Roman, t a m a n h o 1 0 , s e m n e g rito ; S í mb o l o s e F ó r mu las Q u í m i c a s deverão ser feitas em processador que p o s s i b i l i t e a formatação para o p r o grama Page M aker (ex: Equation), s e m perda d e suas formas ori ginais. 3. REFER Ê NCIAS BIBLIOGRÁ FICA S : a l i sta de referênc i a s b i b l i ográfi c a s normalizada conforme a N B R 6 0 2 3 / 2 0 0 2 d a ABNT. A exatidão das referências constantes da listagem e a co rreta c itação no texto são de resp o nsab ilidade do (s) autor(es) do artigo. O ri e n t a ç õ e s g e r a i s : - D eve-se apresentar todos os autores do documento cient í fi c o (fo nte) ; - ° nome do periódico deve ser descrito por extenso, não deve ser abrev iado; - Em todas a s referências deve-se apresentar o l ocal de publicação ( cidade), a ser descrito no lugar adequado para cada tipo de documento; - As referências devem ser ordenadas Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, n° 3 5 9, 62, 47-5 0 , 2007 - ° espaçamento deve ser duplo. EXEMPLIFICAÇ ÃO (TIPOS M AI S COMUNS): ARTIGO D E P E RI Ó DIC O : NETO , A. R . ; PINTO , S . M . ; ABREU, L . R . ; ' PEREIRA, R. G. F. A.; MAGALHÃES, F . A . R. Avaliação fisico-quím ica de pão de queijo fabricado com gordura de l e i te fra c i o n a d a . R e v i s t a d o I n s tituto d e L atic ín i o s C â n d i do To s t e s , Juiz de Fora, v. 54, n. 3 1 3 , p . 46-4 9 , mar./abr. 2 0 0 0 . LIVRO : a) livro no todo : FURTAD O , M . M . Q u e ij o s fin o s maturad o s p o r fung o s . S ão P a u l o : M i l kbizz, 2 0 0 3 . 1 2 8 p . b ) P arte d e l ivro c o m autoria específica: BRITO, J . R . ; PINT O , S . M . ; B RITO, M . A. V. P. B oas práticas de produção de l eite bovino na agricu ltura fam i liar. I n : N E T O , F. N . Recomendações básicas para a ap l icação das boas práticas agropecuárias e de fabricação na agricul tura familiar. Brasília: Embrapa Info rmação Tecnol ógica, 2 0 0 6 . p . 1 9 6 205. c ) Parte de l ivro sem autoria específica: AB REU, L . R. Caracterí sticas e formas de aproveit amento do soro do queij o . In: . Processame nto d o l eite e tecno logia de p rodutos l ácteos. Lavras : FAEPE, 2 0 0 5 . cap o 5 , p. 9 1 - 1 5 7 . DISSERTAÇ Ã O E TESE: R I B EI R O , L . C . Produ ç ã o , comp oslçao e rendimento em queij o s do leite de ovelhas S anta I n ê s . 2 0 0 5 . 6 4 f. D i ssertação ( M e strado em Ciência dos Alimentos) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2 0 0 5 . M AT I O L I , G. P . I n fl u ê n c i a d o l e i t e p r o ve nie nte de v a c as m a s títi c a s no r e n d i m e nto d e q u e ij o fr e s c al . 2 0 0 0 . 5 5 p . Dissertação (Mestrado e m Ciências dos Alimentos) - Uni versidade F ederal de Lavras, Lavras, 2 0 0 0 . Nota: "A folha é composta d e duas páginas: anverso e verso. Alguns trabalhos, como teses e dis sertações são i mpressos apenas no a nverso e, neste caso, indica-se f." (ABNT, NBR6023/2002, p. 1 8 ) . TRABALHOS D E C ON GRE SSO E O UTROS EVENTOS: S O B RAL, D.; VIOTTO , W. H . Requ eij ões culinários análogos. In: CONGRESSO NACIONAL DE LATICÍNIOS , 24, 2007, Juiz de Fora. Anais . . . Pág. 4 9 D O C UMENTOS E L E T RÔ N I C O S : As obras consu l tadas o n lin e são referenci adas co nfo rme n ormas esp ecíficas para cada tipo de documen to (monogra fi a n o todo e em p arte, trabalho apresenta do em evento, artigo de peri ódico, artigo de j ornal, etc. ) , a c r e s c id a s d e i n fo r m aç õ e s s o b r e o e n d e r e ç o e l e t r ô n i c o apresent ado e n t r e braquete s « » , precedid o d a expr e s s ã o " D i s p o nível em:" e d a data de acesso ao d o c u mento, p recedida d a expressão " Ac e s s o e m : " . Nota: "Não se recomenda referenciar material eletrônico de curta duração n a s redes" (ABNT, NBR6 0 2 3 /2 0 0 0 , p . 4). S egundo padrões internacionais, a divisão de endereço eletrônico, no fim da linha, deve ocorrer sempre apó s barra (I). M O NOGRAFIA (AC E S S O O N L I NE ) : a ) l ivro n o todo TAKAHASHI, T. (Coord . ) . Tecn o logia em fo c o . B ra s í l i a : S o c i n fo/MCT, 2 0 0 0 . 90 p . D i sp o n í vel e m : <http//www. s o c i n fo . org. br> . Acesso em: 22 ago. 2 0 0 0 . b) parte d e livro TAKA H A S H I , T. M ercado, trabalho e oportu n i da d e s . I n : ______ So ciedade d a i n fo rm a ç ã o n o B r a s i l : l ivro verde. B ra s í l i a : Socinfo/MCT, 2 0 0 0 . cap o 2 , p . 1 3 -24. D i sponível em: <http ://www. socinfo . gov. br> . Acesso em: 22 ago . 2 0 0 0 . c) Parte de congresso, s eminário, etc. G I E S B RE C H T , H. O. Ava l i a ç ã o de desempenho de institutos de pesquisa tecnológica: a experiência de proj eto excelência na pesquisa tecnológica. I n : C O N G R E S S O A B I P T I , 2 0 0 0 , F ortal eza. G e s t ã o d e i n s tituto s d e p e s q u i s a tecnológica. Fortal eza : Nutec, 2 0 0 0 . D i sponível em: < h ttp : //www. a b ipti . org. b r> . Ac esso em: 0 1 dez. 2 0 0 0 . d ) Tese S ILVA, E . M . Arbitrariedade do signo : a língua brasileira de sinais (LIBRAS). 1 9 9 7 . 1 44 p. D issertação (Mestrado em Lingüística Apl icada e E studo de L í ng u a ) P on t i fí c i a Uni versidade C at ó l i c a de São P a u l o , São P a u l o , 1 9 9 7 . D i sp o n í vel em: <http : //www.terra . c o m . br/ v i rt u a l b o o k s/ fre ebook/port/did/ t e s e s . htm> . Acesso em: 2 8 novo 2 0 0 0 . ARTIGO DE PERI Ó D I C O (ACE S S O ON LINE): RESENDE, A. M. G. Hipertexto: tramas e trilhas de um conceito contemporâneo. I n fo rm aç ã o e S o c i e d a d e , Rec i fe , V . 1 0 , n . 1 , 2 0 0 0 . S eção Edu caçã o . D i sponível e m : <http : // www.informaçãoesociedade.ufpb.br/> . Acesso em : 3 0 novo 2 0 0 0 . digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 5 0 Rev. rnst. Latic. "Cândido Tostes", N ov/D ez, (AUTOR-DATA) (co nforme ABNT, N B R 1 0 5 2 0/ 2002) Dois a utores - Steel & Torri e ( 1 9 6 0 ) o u ( STEEL & T O RRIE, 1 9 6 0 ) . Três ou m ais autores - Valle e t aI. (194 5 ) ou (VALLE e t a i . , 1 9 4 5 ) . Quando forem citados dois autores de uma m es m a o bra de ve-se s ep ará- los p e lo s in a l & (co mercial) 4. A C omissão Editorial da REVISTA do I L C T n o t i fi c ará o autor do recebimento do original e, p osteriormente, o informará sobre sua p u b l i c a ç ã o . O s artigos que necess itarem de modificações serão devolvidos ao autor designado como representante e responsável pela publicação para a devida revisão. 5 . Os artigos não aprova d o s serão devolvidos. 6 . Os artigos serão publicados em ordem de a p r o v aç ão . 7 . O n ã o -c u mprimento dessas normas impli cará na devolução do artigo ao autor. 8. Processo para publicação de trabalhos. Os artigos submetidos à REVISTA do ILCT para publicação são encaminhados a Com issão Edito rial que fará o reg i stro (proto c o lo de receb i mento) p ara que s ej a verifi c a d o s e está apresentado de acordo com as normas editoriais. I me d i atamente após e s s a verifi c a ç ã o , o autor representante do artigo receb erá em s e u e mail u m d o c um e nt o d e s u b m i s s ão do artigo p a r a fin s c o m p r o b ató rio s . P osteri ormente é encami nhado a 2 (dois) membros do Corpo Revisor p ara emitirem seus p areceres. Se aprovado por ambos, o artigo é re envi ado aos autores p ara a s correç õ e s ( s e n e c ess ári o ) ; dep o i s de c o r r i g i d o retoma a o s consultores para verificarem se a s sugestões foram atendidas p ara emissão do parecer final. O autor representante receberá notificação via email. de a ce ite p a r a p u blic aç ã o . F i n a l ment e o art i g o é encaminhado para correções de I nglês, Referências B ibliográficas e Português. A segu ir o artigo é encaminhado para editoração e pub licação . Caso o(s) autor(es) não sejam assinantes da REVISTA do ILCT, o autor representante receberá p e l o s C orre i o s u m exemplar do número em q u e consta o artigo tio 3 5 9 , 62, 47-5 0 , 2007 submeti d o . D em a i s exemp l ares deverão ser s o l i c itados à p arte mediante pagamento antecipado, incluindo despesas de envio . 9 . O s do cumentos contendo artig o s, cópia digital e o utros deverão s er enviados em um ú nico volume p a r a o seguinte e ndereç o : Revista d o Instituto d e L aticínios Cândido Tostes C om i s s ã o Editorial A/C Luiza C. Albuquerque E ndereço : Rua Tenente L u i z de Freitas, número 1 1 6 - B airro S anta Terezinha C EP 3 6 .045-5 6 0 Ju iz de Fora - MG E S TAS N O R M A S DE P U B L I C A Ç Ã O E STAR à O D I S P O N Í V E I S N O S I T E D A EPAMIG: www.epamig. br/revistadoilct Á REAS PARA AVALIAÇ Ã O P E L O C O R P O EDITORIAL ·Produção animal, zootecnia, veterinária; Microbiologia, sanificação, higienização: Leites fermentados, culturas lácteas; Queijos processados, requeijão; Tecnologia de queijos; Físico-química, química de lácteos; Concentrados, desidratados, soro; A nálise sensorial; Eq uip am entos, instalações, operações unitárias; Tecnologia sorvetes e gelados comestíveis; Tecnologia UHT/UA T; Tecnologia m anteiga; Desenvolvimento novos produtos; Legislação, rotulagem; Economia/ A dm inistração/Gerência! In ova ção; Qualidade do leite; Gestão ambiental / tratamento resíduos e ejluentes. • • I nsumos para ind ústria de alimentos ESTABILIZA NTES 1flt15?f1JRAS AROMAS • • S LÁT/CAS • • • • • C RANlES • • llE • FRUtAS • • • • • • Estamos trabalhando para garantir maior din âmica nos trâmites p ara p u b licação, o q ue irá c o n trib u ir para m e lh o ria na q u a lidade da RE VIS TA D O /L C T, e fu t u ra m e n te, é n ossa in tenção disp o nib ilizar on-lin e todo o pro cesso de p u blicação e cons ulta das edições. RE VISTA do /LCT Rua Bruno Simili, 380 · Distrito ÇEPt36092 050 �uiz de Fora .. OI OI MG Tel.(3 ��,;ª249-760g{�!i��x (32)3249�7§1 O c www. gema com��9m.br , gem��9m@ gema com.c o m '! r b digitalizado por arvoredoleite.org