Parede lúdico – terapêutica
Escola Básica Padre Joaquim Maria Fernandes
2012
Apresentação e Justificação
Depois de analisadas as necessidades mais prementes para os alunos com Necessidades
Educativas Especiais da nossa Escola, surgiu-nos a ideia de criar um objeto de equipamento
que pudesse ajudar um aluno do oitavo ano, com Paralisia Cerebral com hemiparesia
esquerda, a desenvolver as suas capacidades cognitivas, sensoriais e motoras. Este objeto será
uma “parede sensorial”, em três dimensões, de pladur (gesso cartonado) que terá inseridas
caixas de formas variadas, em alturas, adaptadas ao aluno para que este possa desempenhar
as tarefas de colocar e tirar diferentes objetos. Serão criadas várias formas com diversas
texturas e cores que se fixarão com velcro permitindo imaginar/apreender diferentes
composições. Etiquetas com palavras e símbolos SPC poderão ser utilizadas para o
desenvolvimento da leitura funcional do aluno. Algumas superfícies serão pintadas de cores
apelativas. Esta “parede” será amovível, permitindo a sua exploração em diversos contextos
de aprendizagem.
Metodologia
Foram selecionados para participar neste projeto os alunos do nono ano de escolaridade,
Bruno Bolas, João Carapeta, Tiago Serralheiro, Cláudia Fernandes e Maria Inês Raimundo que
fizeram o levantamento métrico da sala de educação especial, assim como todos os desenhos
para calcular a dimensão do objeto de estudo para o poderem projetar. Os alunos com
Necessidades Educativas Especiais, Nuno Neves e Fernando Bolacha, também participaram; o
primeiro fazendo uma pesquisa sobre a Paralisia Cerebral e o segundo recortando e colando
texturas de revistas para a apresentação em suporte de papel deste projeto.
Foi usada a metodologia do Design. Inicialmente os alunos realizaram uma pesquisa sobre a
existência deste tipo de equipamento, como não encontraram quaisquer referências,
contámos com a participação da Fisioterapeuta da Cerciestremoz, Doutora Marlene Santinho
que nos deu o seu apoio no desenvolvimento desta ideia.
Recursos utilizados
Este projeto foi desenvolvido nas aulas de Educação Visual do sétimo, oitavo e nono anos de
escolaridade, sob a orientação da professora Ana Peres, na Formação Cívica e Ciências
Naturais do nono ano, com a colaboração do professor Alberto Casaca, Diretor da turma B, da
professora Maria do Carmo Moreira e das docentes de Educação Especial, Genoveva Mendes
e Sílvia Ferreira.
Procuraram utilizar-se materiais reutilizáveis .
Levantamento fotográfico para estudo prévio da dimensão e das caraterísticas
do objeto a projetar tendo em conta as dimensões da sala e os alcances do
aluno.
1,47m
1,86m
Relação Homem-Espaço
Estudo projetual - Representação técnica de formas
Planta da sala de Educação Especial – desenho aproximado à escala 1:40 com
localização da “parede sensorial” a azul.
Corte AA’ da sala de Educação Especial – desenho aproximado à escala 1:40 com
localização da “parede sensorial”.
Corte BB’ da sala de Educação Especial – desenho aproximado à escala 1:40.
Corte CC’ da sala de Educação Especial – desenho aproximado à escala 1:40 com
localização da “parede sensorial”.
Corte DD’ da sala de Educação Especial – desenho aproximado à escala 1:40.
Solução Final - Maquete
Resultados obtidos
Os resultados
obtidos
foram os
desejados: os
alunos
selecionados
empenharam-se na concretização deste projeto, os alunos com Necessidades
Educativas Especiais também participaram com empenho e todos os outros
intervenientes referidos anteriormente.
O projeto realizado corresponde aos objetivos deste concurso, pois enquadra-se nos
seus princípios de “ Igualdade
de
Oportunidades”, de “Não
discriminação” e da
”Inclusão/Sociedade para todos”. Em primeiro lugar refletimos sobre a necessidade de ao
criarmos um equipamento inovador para um aluno com NEE, tendo em conta os benefícios
que ele pode adquirir a nível de estimulação e desenvolvimento de capacidades cognitivas,
coordenação motora e aptidão sensorial, estarmos verdadeiramente a contribuir, enquanto
comunidade escolar, para a inclusão participada. Achamos que o aluno não está a
desenvolver estas capacidades por falta de recursos.
Este projeto tem em conta este aluno, mas naturalmente poderá servir outros.
A Direção da Escola apoia esta iniciativa e está disposta a concretizar o projeto.
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