Eleições 2010
Algumas coisas que
precisamos saber sobre as
eleições
Eleições 2010 – Olho nela


A próxima eleição
merece toda a
nossa atenção
O voto decidirá o
futuro do nosso
país
Eleições 2010


É hora de
escolhermos os novos
governantes.
Esse momento
propícia a formação
de Grupos de
Acompanhamento ao
Legislativo ou
atividades similares
Eleições 2010

Mas a proximidade
das eleições pode
trazer velhos hábitos
da cultura política
brasileira, que são
verdadeiros perigos a
um rico processo de
conscientização
O VOTO

– majoritário
É preciso ficar atento: a
apuração dos votos em
eleições majoritárias para o
Executivo (Presidente,
Governadores e
Senadores) é muito
diferente da apuração em
eleições proporcionais para
o Legislativo (deputados
estaduais e federais).
ou proporcional
O VOTO
– majoritário

Quando se trata de
eleger o presidente
ou governador, os
candidatos disputam
uma única vaga,
sendo eleito quem
obtiver a maioria dos
votos; por isso, é
uma eleição
majoritária
1
1
2
+
O VOTO

– proporcional
Como a Câmara é
composta por muitos
deputados, é preciso
fazer um cálculo para
apurar o número
necessários de votos
para o candidato se
eleger
O VOTO

– proporcional
Este cálculo visa
apurar o quociente
eleitoral: divide-se o
número de votos
válidos pelo número
de lugares na
Câmara Federal ou
Assembléias
Legislativas.
O VOTO

– proporcional
O quociente eleitoral em São Paulo
São Paulo tem aproximadamente 32 milhões de
eleitores (TSE-2010)
Na eleição podemos ter algo entre
25.000.000 votos válidos
Número de cadeiras na Câmara Federal = 70 (B)
25.000.000
70
357.143
O VOTO

– proporcional
O quociente eleitoral aproximado em São Paulo
357.143
Quando votamos em um deputado o que acontece?
1. Os votos na legenda e os votos para um
candidato específico são primeiro somados
para o Partido
2. A soma dos votos do Partido é dividido pelo
Quociente Eleitoral
3. O resultado da divisão indica o número de
lugares que o partido terá na Câmara
O VOTO

– proporcional
O quociente eleitoral em São Paulo
Veja o exemplo a seguir
1. Se o partido XX somar 1.750.000 votos,
teremos:
1.750.000 ÷ 357.143 = 4,9
O Partido XX tem direito
a 4 lugares ou cadeiras
Os 4 candidatos com mais votos do partido XX ocupam
estas 4 cadeiras. Assim, o candidato, mesmo tendo
conseguido menos do que 357.143 votos, poderá ser
eleito.
357.143
O VOTO
– proporcional
Esta matemática dá lugar a situação
esquisita. Todo mundo se lembra
de que, quando Enéas foi eleito
deputado federal, com mais de
500.000 votos, ajudou a eleger
candidatos de seu partido, que
tiveram menos de 500 votos
O VOTO

– proporcional
O quociente eleitoral
Depois de feito o cálculo, sobra ainda muitos
votos.
A divisão das sobras é feita
entre os partidos que elegeram
candidatos. Para entender melhor:
http://www.tre-sp.gov.br/eleicoes/2004/quociente.htm
Em resumo. Os partidos que não
atingem o QE têm seus votos
desprezados.
O VOTO

– proporcional
O quociente eleitoral
Em São Paulo, em 2006, pouquíssimos
deputados, conseguiram atingir o QE.
A grande maioria, não chegou sequer
à metade do quociente exigido.
Portanto, precisaram dos votos dos
colegas de partido para se elegerem
O VOTO
– proporcional
Esse sistema eleitoral contribui para garantir a
representatividade dos cidadãos porque o voto
dado a um candidato menos votado ajuda a eleger
outro candidato do mesmo partido.
Em tese os membros de cada partido devem ter o
mesmo ideário político, é de se esperar que todos
os candidatos e candidatas de um mesmo partido
se identifiquem com o projeto do partido.
Porém, quando o partido se transforma em simples
legenda eleitoral, sem coerência partidária, o nosso
voto pode sim eleger pessoas indesejáveis
Havendo coerência partidária, não há “voto perdido”
em eleições proporcionais (exceto quando o partido
não alcança o quociente eleitoral).
O VOTO
– proporcional
Mas esse sistema pode distorcer a
representatividade ao facilitar a
eleição de políticos profissionais
que estimulam a candidatura de
pessoas desinformadas, somente
para acrescentarem votos ao seu
partido. Tais políticos induzem as
pessoas estimadas em suas
comunidades a se candidatarem
aos cargos eletivos, porque elas
trazem votos sem, contudo,
colocarem em risco o seu
favoritismo. Passadas as eleições,
essas pessoas descobrem que
foram usadas apenas como
alavancas eleitorais.
O VOTO
– proporcional
Quando, porém, uma pessoa de nossa
comunidade é envolvida na
campanha, na ilusão de conseguir
eleger-se, a frustração pode ser
grande.
Em geral, a campanha não destaca o
partido, e sim sua vida pessoal e
familiar, sua participação na Igreja,
sua honestidade pessoal e outros
temas alheios à política. Por isso não
são raros os casos em que líderes
usados para alavancarem campanhas
de políticos profissionais provocam
divisões na comunidade.
O VOTO


– proporcional
É evidente que os cristãos, leigos e
leigas, podem e devem participar de
campanhas eleitorais, mas é preciso
que essa participação tenha clareza
sobre as regras do jogo eleitoral. Não
podemos esquecer a recomendação
de Jesus:
“Eis que vos envio como ovelhas no
meio de lobos; sede pois prudentes
como as serpentes e simples como
as pombas” (Mt. 10, 16).
O VOTO



– proporcional
Entendermos bem o funcionamento do sistema
eleitoral é importante para que possamos saber qual
será o destino do nosso voto.
Voto para deputado não se “perde”, porque conta
para o partido.
Informar-se sobre os outros candidatos lançados pelo
partido do candidato em quem desejamos votar é tão
ou mais importante quanto informar-se sobre as
qualidades do próprio candidato e sua capacidade
para o exercício de cargo político. Lembre-se: o voto
vai primeiro para o partido e só depois para o
candidato.
O VOTO

vem crescendo na sociedade brasileira a
consciência da ética na política, isto é, o
dever que têm os políticos de se
comportarem conforme os preceitos da
Democracia. Eles são obrigados a agir com
honestidade, fidelidade às promessas de
campanha, compromisso com o bem comum
acima dos interesses individuais .
O VOTO

a política como atividade humana deve ser
regida pelo cumprimento dos Direitos
Humanos, segundo sua hierarquia: os direitos
referentes à vida devem prevalecer sobre os
direitos referentes às coisas, e os direitos
referentes ao bem de todos devem prevalecer
sobre os direitos referentes ao bem particular.
Por exemplo: se for obrigado a cortar custos,
o governo deve cortar antes o gasto com o
pagamento da dívida pública do que os
gastos com saúde e educação.
O VOTO


“Meus irmãos, se alguém disse que tem fé,
mas não tem obras, que adianta isso?”
(Tg 2, 14)
Um último recado: a participação política e
cidadã não termina com o voto, no dia da
eleição. Ela prossegue durante todos os dias,
no acompanhamento dos eleitos, na luta
pelas melhorias em nossas comunidades, na
exigência da ética na política. O exercício da
política, com responsabilidade, faz parte
da vivência cristã da fé.
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O VOTO– proporcional - Escola de Política e Cidadania