Logística
Em Foco
IMPRESSO ESPECIAL
N° 0.502.006.706/2002
ECT/DR/RJ
COMPANHIA VALE
DO RIO DOCE
CORREIOS
Número 7 • Ano 2
Setembro • Outubro • Novembro 2005
ATENDIMENTO QUE FAZ A DIFERENÇA
Área Comercial da Vale Logística tem estrutura segmentada
com foco nas áreas de atuação de seus clientes
Página 6
editorial
destaques
A FACE VISÍVEL
DA LOGÍSTICA
VALE CONQUISTA POSIÇÃO DE DESTAQUE
EM AGÊNCIAS DE AVALIAÇÃO DE RISCO
Quando uma empresa é parceira da Vale Logística, contrata
serviços que incluem o emprego de ativos de porte, envolvem sistemas de informação,
estratégia, planejamento e,
acima de tudo, inteligência em
logística. Mas, no dia-a-dia,
os nossos clientes não vêem
o desenrolar das nossas operações de Logística. O que eles efetivamente
vêem e encontram são os profissionais de
nossa equipe que prestam atendimento
customizado a cada um dos nossos clientes,
independente de segmento, regiões e
tamanho da empresa. Eles são “a face
visível” dos nossos negócios, transmitindo
os nossos valores, a nossa missão e a nossa
filosofia de trabalho. A matéria de capa
fala da nossa estrutura comercial, baseada
principalmente nas pessoas que a tornam
real e eficiente para o cliente.
Contamos com uma equipe formada por
profissionais que têm experiência técnica de
logística e também conhecimento específico
dos segmentos de mercado em que atuam
cada um de nossos clientes. Gente criativa e
proativa, capaz de identificar oportunidades,
propor as melhores soluções de logística e
criar relacionamentos de confiança com
visão de longo prazo, com todos os nossos
parceiros – exemplo disso é o contrato entre
a Vale e a Copebrás, que também abordamos
nesta edição.
Os resultados comprovam o acerto de se
investir no atendimento logístico. Nossa
carteira de clientes vem se ampliando e
cresceu 22% no período de 2001 a 2004,
com a ampliação da oferta de serviços e
a entrada de novos segmentos de mercado.
Um crescimento que reflete em igual
medida a expansão dos negócios dos nossos
parceiros, que ganham em eficiência,
confiabilidade e em competitividade
– sejam eles grandes corporações ou
pequenas empresas.
Nesta edição o leitor vai conhecer ainda
o perfil dos profissionais que garantem a
eficiência dos nossos serviços marítimos,
descobrir como funciona a gestão centralizada de toda a malha ferroviária da Vale
– o que proporciona ainda mais produtividade – e ainda saber como o transporte
rodoviário se integra aos nossos serviços
intermodais.
Boa Leitura.
O
reconhecimento da Vale do Rio Doce
como líder mundial no mercado de
minério de ferro e maior operadora
de logística do Brasil vem proporcionando
uma melhora progressiva na percepção
de seu risco pelos investidores internacionais. Uma evolução que acaba de ganhar
três marcos significativos. Em julho, a
Companhia teve sua avaliação elevada por
uma das maiores agências de classificação do mundo, a Moody’s Investors Service.
Com seu rating de crédito promovido ao
nível Baa3, a Vale passou a ser a primeira
empresa privada brasileira a fazer parte do
seleto grupo com o menor custo de capital
do mercado. Em agosto, outra agência de
rating, a canadense Dominion Bond Rating
Service (DBRS) – especializada na indústria de mineração e metais e uma das quatro
maiores do mundo–
incluiu a Vale em seu
rol de empresas, com
a classificação BBB
(low). E, no começo de
outubro, foi a vez da
renomada Standard &
Poor’s Ratings Services
(S&P), conceder a clas-
sificação BBB para o risco de crédito corporativo da CVRD.
A qualificação da DBRS corresponde ao grau
de investimento para dívida sem garantia
emitida pela Companhia. Na classificação
da Moody’s, Baa3 significa a qualificação
de crédito com risco moderado, sem
elementos especulativos, correspondendo
ao grau de investimento – nível equivalente
ao BBB atribuído pela S&P. As avaliações
são importantes para a estratégia da Vale
a longo prazo, pois funcionam como
instrumentos para a redução do custo do
capital, fundamental para o cumprimento do
programa de investimentos da Companhia.
Uma conquista que se alinha ao seu
compromisso com a geração de valor para
seus acionistas.
QUEREMOS OUVIR
A SUA OPINIÃO
Ao final deste ano, o Logística em Foco
completa seu segundo aniversário, e para
oferecer as melhores e mais atualizadas informações sobre a atuação e as parcerias da Vale
Logística, queremos conhecer melhor você.
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expediente
Veículo trimestral destinado a clientes e parceiros da Vale Logística.
Dúvidas e sugestões: [email protected]
Internet: www.cvrd.com.br/logistica
Elaboração: Diretoria Executiva de Logística
Edição e Coordenação Geral: Departamento de Comunicação Institucional
MAURO DIAS
Jornalista responsável: Marize Mattos / 08156147-4
Realização: Ateliê 19 - [email protected]
Diretor Comercial da Vale Logística
Diagramação: doispontos:soluções
Fotos: Arquivo CVRD
Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação sem autorização prévia
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SETEMBRO l OUTUBRO l NOVEMBRO 2005 • VALE LOGÍSTICA
tecnologia
TECNOLOGIA, RASTREAMENTO
E CONTROLE DAS INFORMAÇÕES
Além de monitorar e controlar a circulação de trens, os Centros de Controle Operacional
asseguram benefícios para os clientes
C
om a gestão centralizada da frota de
material rodante, as ferrovias ganham em eficiência e monitoram a
circulação de trens em função das demandas por transporte. Em linhas gerais, esse
é o trabalho dos Centros de Controle Operacionais (CCOs). Responsáveis pela segurança e pela produtividade nas estradas de
ferro, eles permitem a operação de toda a
ferrovia a partir de um único ponto e, por
meio de um meticuloso planejamento, regulam também o carregamento e a descarga de vagões, buscando a otimização
das operações.
“Semelhantes aos controladores de vôo dos
aeroportos, os CCOs possuem painéis com
a representação gráfica de toda a via férrea, onde é possível localizar trens em
circulação e verificar os estados dos alarmes e as restrições operacionais. Além
disso, os centros possuem sistemas de
monitoramento, comunicação e licencia-
mento de trens”, explica Carlos André
Andrade, gerente de CCO da Ferrovia Centro Atlântica – FCA.
Fundamentais para a otimização dos serviços de transporte no modal ferroviário,
os CCOs, na Vale Logística, são alvos de
investimento permanente, tanto em formação de pessoal, quanto em equipamento.
Exemplo disso é o estabelecimento do novo
sistema operacional único (UNILOG), que
integrará a Ferrovia Centro Atlântica – FCA
à Estrada de Ferro Vitória a Minas – EFVM
e à Estrada de Ferro Carajás – EFC.
“O novo sistema já foi implantado na FCA
e, até junho do ano que vem, estará também
na EFVM e na EFC’, afirma Carlos Andrade.
Além do UNILOG, está sendo desenvolvido
com exclusividade para a Vale Logística, um
novo sistema – o SGF que oferecerá funcionalidades que visam tornar ainda mais
efetivos o controle e o planejamento do
tráfego em áreas críticas, por exemplo. “O
programa planeja, resolve conflitos de cruzamento e otimiza ao máximo as paradas
de trens. É extremamente eficiente na coordenação e na otimização dos processos”,
afirma o gerente de CCO da FCA.
Equipamentos de alta tecnologia, como
computadores de bordo e identificadores
de vagões, também estão prestes a serem
implantados. “Os primeiros receberão informações dos CCOs e irão monitorar o
desempenho do maquinista, controlando
aspectos como segurança, consumo de combustível e velocidade, evitando ao máximo
choques e esforços que possam trazer danos
aos vagões e às cargas”, afirma Carlos
Andrade. Os identificadores são dispositivos magnéticos que serão colocados nos
vagões, permitindo, por meio do rastreamento online, o acompanhamento de toda
a trajetória das cargas de cada cliente,
conferindo ao processo ainda mais segurança e pontualidade.
Centro de Controle Operacional
da CVRD em Belo Horizonte
VALE LOGÍSTICA • SETEMBRO l OUTUBRO l NOVEMBRO 2005
3
eventos
VALE ASSUME A GESTÃO
LOGÍSTICA DA COPEBRÁS
Acordo prevê
a movimentação
de 750 mil toneladas
de insumos
em três anos
A
Copebrás, empresa do
grupo Anglo American,
firmou um acordo com
a Vale Logística para a gestão
logística de suas operações com
insumos. Pelo contrato, que
já vinha sendo implementado
desde março de 2005, a Vale
assume a gestão do sistema
logístico para o abastecimento
de insumos – rocha fosfática e
enxofre – das duas unidades
industriais da Copebrás, em
Catalão (Goiás), e Cubatão (São
Paulo), incluindo o transporte
pelos modais ferroviário e rodoviário e o controle de estoques. Com um valor total de
cerca de R$ 100 milhões, o contrato terá duração de três anos.
Durante esse período, serão
transportadas 750 mil toneladas
por ano, sendo cerca de 540 mil
toneladas de rocha fosfática, de
Catalão para Cubatão, e 160 mil
toneladas de enxofre, partindo
do Porto de Santos, do estado
de São Paulo para a unidade da
empresa em Goiás.
A Copebrás é a segunda maior
produtora de matéria-prima para
fertilizantes do Brasil, tendo seu
foco na produção de insumos
fosfatados para a agricultura,
além de matérias-primas para
as indústrias de alimentação
animal e de produtos de limpeza.
Em 2004, a empresa atingiu
um faturamento de US$ 300
Nelson Pereira dos Reis,
diretor-presidente da Copebrás
e Mauro Dias, diretor comercial
da Vale Logística
milhões, produzindo mais de 1,2
milhão de toneladas de rocha
fosfática.
Com o acordo, a Copebrás ganha uma operação mais otimizada, maior regularidade e
previsibilidade, diminuição de
estoque, e, por conseqüência,
reduz seus custos. “Por sua vez,
a Vale ganha com a gestão otimizada de seus ativos e agrega
mais valor aos serviços que presta”, diz Cleber Cordeiro Lucas,
gerente geral da unidade de
Agricultura da Vale Logística.
Segundo Nelson Pereira dos
Reis, diretor-presidente da Copebrás, a expansão das atividades da empresa era planejada
há muito tempo. “Realizamos
essa transferência até Cubatão
desde 1979. Tínhamos planos
de expansão, mas esses gargalos nos impediam de expandir
nossas atividades. Agora, temos mais tranqüilidade para
realizar investimentos já que a
operação da Vale Logística nos
traz segurança”, afirma.
LOGÍSTICA DA VALE PARTICIPA DA
EXPOPORTOS 2005
E
ntre os dias 3 e 5 de agosto último, realizou-se no Centro de Exposições Floriano Varejão, na Serra, Espírito
Santo, a ExpoPortos 2005. A feira tem como foco os
segmentos de equipamentos, produtos, serviços de transporte
e comércio internacional. Reúne representantes de portos
e terminais portuários, agentes e operadores portuários,
empresas de comércio exterior e logística, transportadores
e marítimos e demais envolvidos, direta ou indiretamente,
de operações de logística portuária. A Vale Logística, líder
em operações na região, esteve presente ao evento com um
concorrido stand. Além da exposição de seus produtos e
serviços, a Vale promoveu palestras nas quais apresentou
seus planos de expansão para o Espírito Santo.
Vistas do stand da Vale
na ExpoPortos 2005
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SETEMBRO l OUTUBRO l NOVEMBRO 2005 • VALE LOGÍSTICA
soluções vale
MÃO
NA RODA
Serviço de transporte rodoviário viabiliza operações intermodais para os clientes
D
esenvolvido com exclusividade
para os clientes que utilizam
as soluções intermodais da Vale
Logística, o serviço de transporte rodoviário
ganha cada vez mais importância no
desenho final das chamadas “operações
porta-a-porta”, em que a empresa se
responsabiliza integralmente pelo transporte
de cargas em contêineres desde seu ponto
de origem até o destino final. Desenhado
e gerenciado pela Vale Logística, o serviço
complementa a utilização dos modais
ferroviário e marítimo, possibilitando
soluções integradas e exclusivas, ideais para
cargas industrializadas.
“Viabilizamos operações intermodais por
meio de parcerias de longo prazo com
empresas rodoviárias, cujos contratos são
customizados de acordo com as necessidades
de cada operação”, explica o gerente geral de
serviços rodoviários da Vale Logística, Paulo
Gonçalves. “A frota não faz parte de nosso
ativo, mas nossa área de gestão rodoviária
é responsável pela modelagem e pelo
monitoramento de toda a operação, desde
a origem até o destino final, garantindo
o cumprimento de todas as metas com
o padrão de qualidade da Vale Logística.”
Com o transporte rodoviário, a Vale Logística
passa a oferecer soluções integradas com
custos ainda mais atrativos, confiabilidade
e grande comodidade. É necessário um
único ponto de contato com o cliente para a
efetivação de toda a operação e, além disso,
a Vale Logística possui uma completa infraestrutura para recebimento e armazenagem
dos mais diversos produtos em armazéns
próprios e garantindo segurança total das
cargas. “Essa é outra vantagem dos nossos
serviços”, explica o gerente de operações
intermodais, Carlos Esmeraldino. “Ao optar
pela intermodalidade, o cliente passa a ter o
seu estoque em trânsito. A produção sai da
planta do cliente e não há custo adicional de
armazenagem. Com um bom planejamento,
é possível tirar proveito disso e diminuir
ainda mais os custos logísticos”, explica
Esmeraldino.
Diminuir o custo final da operação logística
dos clientes foi fator determinante para o
desenvolvimento do serviço de transporte
rodoviário. “No passado, no nosso país,
o uso dos modais de massa, como a ferrovia e a cabotagem, foi inviabilizado
pela necessidade, em alguns momentos,
do complemento rodoviário nos trechos
entre a origem e os terminais ferroviários
ou portos. Era mais barato lidar com um
só fornecedor rodoviário e concentrar o
processo, mesmo com as desvantagens deste
modal”, explica Paulo Gonçalves. A solução
integrada da Vale Logística reverte esse
quadro. Explorando ganhos operacionais
ao longo do processo e buscando maximizar
a utilização do modal ferroviário como
uma opção logística, a empresa oferece o
melhor desenho operacional, sobretudo
para produtos industrializados e de maior
VALE LOGÍSTICA • SETEMBRO l OUTUBRO l NOVEMBRO 2005
5
valor agregado. Um bom exemplo disso é a
operação porta-a-porta desenvolvida para
a Ford, ligando as fábricas de autopeças
localizadas na Grande São Paulo e no Vale
do Paraíba à fábrica de Camaçari, na Bahia,
a uma distância de 2.890 quilômetros, na
mais complexa operação logística realizada
por uma montadora brasileira.
Pontualidade no atendimento
Operações Intermodais
 Programado  Real
537
569
Rio Grande
São
Francisco
Santos
Salvador
Suape
Fortaleza
 Eficiência
99 %
183
197
98 %
103
102
99 %
48
48
100 %
352
352
100 %
91
91
100 %
Ter.
Minas Gerais
386
386
100 %
Ter.
São Paulo
181
181
100 %
873
865
Ter.
Sumaré
Ter.
Camaçari
Ter. Centro
Oeste
329
329
284
279
99 %
100 %
98 %
Consolidado Jan/Set 2005
TIME DE ESP
Estruturada para atender a seus clientes de forma segmentada, a área
A
Vale Logística estruturou sua
área comercial por segmentos de
mercado de forma a atender a
seus diversos tipos de clientes com profissionais especializados, oferecendo e criando
sempre as soluções logísticas que melhor
se ajustam às suas necessidades. Afinal, na
última década, as atividades empresariais e
em particular as atividades de logística passaram por grandes mudanças, que incluíram
novos conceitos, novos modelos e, principalmente, uma nova visão estratégica de sua
importância dentro do processo produtivo.
Antes vistos como partes independentes
desse processo, transporte, estocagem e
todos os demais serviços e infra-estrutura,
ligados a essas atividades, passaram a ser
planejados como uma cadeia, fundamental
para que as empresas concretizem seus
objetivos. Assim, mais do que unificar e
rebatizar processos já conhecidos, a logística
trouxe com ela um elevado nível de sofisticação e especificidade para esses processos,
de modo a atender às novas demandas.
Na Vale Logística, a implementação dessa
nova filosofia se iniciou há alguns anos e
incluiu a completa reestruturação da área
comercial. Em lugar de organizar a estrutura de atendimento e o pessoal de acordo
com a localização geográfica dos ativos
ou tipo de equipamento – ferrovia, navio,
porto – a empresa optou por criar divisões
baseadas nos principais ramos de atividade
econômica nos quais concentra seus serviços: siderurgia, agricultura; construção;
produtos petroquímicos e combustíveis,
intermodal (carga conteinerizada), produtos
florestais, rochas ornamentais e logística
interna. Foi criada também a área de administração de vendas com foco principal
no Serviço de Atendimento ao Cliente,
além das áreas de planejamento de marketing, arrendamento e concessões e projetos
logísticos, que atendem de forma linear
às necessidades de todos os segmentos.
Para isso, a empresa formou times de especialistas, focados nas características e problemas logísticos de cada um dos segmentos
e de cada cliente em particular. “A tendência
hoje é de que as empresas tenham operações
logísticas cada vez mais complexas. Essas
empresas precisam, então, de especialistas
que ajudem a resolver essas questões” diz
Mauro Dias, Diretor Comercial da Vale
Logística. Ele explica que esse é justamente
um dos principais fatores responsáveis pelo
aumento da terceirização da logística no
mercado atual.
Com isso em mente, as equipes da Vale têm
um alto grau de proximidade e de especialização com suas áreas de atuação e com
seus clientes, buscando, dentro dos ativos
que a empresa opera, e até nos de terceiros,
a melhor solução logística para esses clientes. “Muitos dos negócios que fazemos
vêm desse relacionamento, de entender as
necessidades logísticas de cada cliente e,
então, propor soluções customizadas. Essa
é a razão para estarmos estruturados dessa
forma”, revela Mauro.
Na prática, cada cliente lida diretamente
com um gerente de contas que está permanentemente atualizado sobre o negócio do
cliente – dentro da Vale. Com uma visão
profunda e clara de cada área, é mais fácil
detectar as oportunidades que ela oferece e
ampliar os negócios com os clientes, seja
com o crescimento dos serviços já prestados,
seja oferecendo novos serviços ou ainda
atingindo novos mercados e regiões. Um
bom exemplo dessa ampliação de negócios
está no contrato assinado entre a Vale
Logística e a Copebrás (veja na página 4
desta edição).
Equipe da Gerência Geral da Siderurgia e Construção da Vale Logística
6
SETEMBRO l OUTUBRO l NOVEMBRO 2005 • VALE LOGÍSTICA
capa
PECIALISTAS
comercial da Vale Logística tem foco nos relacionamentos de longo prazo
Cada um dos segmentos atendidos pela
equipe comercial da Vale Logística possui
uma estrutura própria, encabeçada por
um gerente geral. E, sob a coordenação
desse gerente, um gerente de conta para
cada subsegmento de negócios. Murilo de
Mello Campos é um dos seis gerentes de
conta da gerência geral de siderurgia. “O
meu papel é construir relacionamentos
de longo prazo, ser a porta de entrada do
cliente em nossa empresa e vice-versa”, diz
Murilo. “Mantenho um contato pessoal e
permanente com os clientes. Trabalho para
que o cliente seja atendido da melhor forma”,
revela. Lidando diretamente com grandes
conglomerados como Lafarge e Votorantin,
Murilo destaca que os gerentes de conta
têm de ter muito conhecimento sobre suas
áreas e criatividade para oferecerem soluções
logísticas apropriadas. “É uma relação de
confiança pessoal e profissionalismo. Não
há espaço para blefe. Executivos de grandes
Total = 29% Minério = 26% Carga Geral = 38%
Crescimento Acumulado
do PIB Brasil 2001/2004 = 9,1%
25,9
97,1
25,1
90
1341
21
2001
2002
2003
110
28,9
100
1300
minério/pelotas
carga geral
CAGR
87
1400
1200
Dando suporte para a equipe no que diz
respeito a números, gestão da carteira e
resultados dos projetos, há ainda um analista
de negócios que, por sua vez, conta com um
assessor e um estagiário. Todos focados nas
áreas dos clientes que atendem.
1570
1500
Cada gerente trabalha com um apoio comercial. Além dos dois, cada subsegmento
conta ainda com o suporte de um servicedesigner – que acompanha toda a parte de
projetos, fazendo levantamentos completos
das variáveis e características do cliente
e das possibilidades de atendimento –, e
de um analista de mercado. Este analista
acompanha permanentemente as atividades
do setor com uma visão conjuntural e
abrangente, importantes na identificação das
demandas e oportunidades.
150
1512
1600
empresas sabem que os serviços serão
prestados por uma empresa sólida, mas
entregam esse serviço à pessoa que está ali
na sua frente”.
Crescimento de TKU
Evolução da Carteira de Clientes
nº de clientes
Esse princípio está intimamente ligado a
outra característica da filosofia de trabalho
da Vale Logística, que é a visão de longo
prazo. Com a carência de infra-estrutura em
nosso país, o planejamento é cada vez mais
importante e o relacionamento proporcionado pela estrutura comercial da empresa
permite um planejamento colaborativo.
“Hoje, para crescer, é preciso investir, criar
novas capacidades. E isso, principalmente
na área de infra-estrutura, leva tempo”,
diz Mauro Dias. Com a proximidade entre
a Logística e o cliente, é possível fazer um
planejamento de longo prazo e, desse modo,
garantir o atendimento. “Há empresas com
planos de expansão para 2009, 2010, que
já estão integradas em nosso planejamento.
A questão do custo continua sendo o foco
da logística, mas sua abordagem está mudando”, revela o diretor.
A ESTRUTURA COMERCIAL EM DETALHES
1282
Além do conhecimento dos clientes e da
percepção de oportunidades, os serviços
da Logística estão baseados em outros
dois itens fundamentais. O primeiro deles é o nível de serviço, ou seja, a garantia
de que o cliente vai ter o produto certo, na
hora certa e no local certo. O segundo é o
custo, que visa a atender a essas demandas
de uma forma eficiente, com o menor nível
de estoque possível. “A questão do custo,
que sempre foi um foco em logística, hoje
está mudando”, diz Mauro Dias. Além disso,
muitas empresas têm em sua estratégia um
diferencial em serviços logísticos e, por isso,
precisam contar com serviços confiáveis e
eficientes. “Garantir que o cliente terá seu
suprimento de produtos ou de insumos, sem
paralisações, com pontualidade e qualidade,
é fundamental. Hoje todo mundo trabalha
com níveis de estoques baixos, pois estes
representam custos. A confiabilidade do
sistema é essencial e muitas vezes o barato
sai caro”, analisa.
50
1100
1000
2002
2003
2004
2005
A carteira de clientes da CVRD cresceu 22%,
entre 2001 e 2004, com a ampliação da oferta
de serviços e a entrada de novos segmentos
de mercado.
VALE LOGÍSTICA • SETEMBRO l OUTUBRO l NOVEMBRO 2005
7
0
2004
Estes investimentos permitiram o crescimento
de 29% na produção das ferrovias operadas pela CVRD entre 2001 e 2004, com destaque para
carga geral que cresceu 38% no período.
especialização
CIMENTANDO BONS RESULTADOS
Com o auxílio de planejamento e inteligência logística da Vale, a Camargo
Corrêa tem obtido melhorias no seu processo produtivo que justificaram
mudanças no desenho inicial dos serviços e ampliação da cooperação entre
as duas empresas. “Revisamos nossa participação no inbound, ampliando
as operações com insumos como escória, por exemplo. Além disso, introduzimos uma nova operação, escoando a produção de clínquer de Ijaci para
outras duas fábricas da Camargo Corrêa, o que aumentou a produtividade
do grupo; e já estudamos a utilização de um modelo logístico semelhante ao
de Ijaci em Pedro Leopoldo, onde está a segunda maior fábrica de cimento
do grupo”, explica o gerente de conta da Gerência Geral de Siderurgia
e Construção da Vale Logística, Luiz Fernando Villela.
8
Evolução do volume em toneladas
250.000
200.000
5%
e3
d
ção
lu
evo
207.335
“Não se trata apenas de transporte”, explica o gerente de Logística da Camargo Corrêa, Rubens Prado. “A relação é bem mais abrangente. A Vale
Logística se responsabiliza por uma série de operações dentro e fora da
planta de Ijaci. Suas locomotivas entram na fábrica, o que facilita e reduz os
custos do processo, e o consórcio se responsabiliza pela administração dos
materiais transportados, o que inclui o acompanhamento de fornecedores
e todo o gerenciamento dos insumos até o início da produção. E o mesmo
se dá com a pós-produção, na etapa de escoamento”.
Logística de Ijaci auxilia
o bom desempenho da
Camargo Corrêa Cimentos
150.000
153.901
I
nserida na estratégia de colocar a Camargo Corrêa Cimentos entre as três
maiores produtoras de cimento no Brasil, a fábrica de Ijaci, em Minas
Gerais, também abriga um dos mais ousados e bem sucedidos projetos
de logística de nosso país. Atendendo ao desafio lançado pela Camargo Corrêa ao mercado, um consórcio liderado pela Vale Logística assumiu, desde o
início das operações daquela fábrica, em 2002, todas as operações logísticas
de inbound (abastecimento) e outbound (escoamento), além de toda a transferência de matéria-prima para as demais plantas do grupo.
100.000
50.000
0
1º semestre de 2004
1º semestre de 2005
SETEMBRO l OUTUBRO l NOVEMBRO 2005 • VALE LOGÍSTICA
melhores práticas
infra-estrutura
CRIATIVIDADE É FUNDAMENTAL
Grupo soluciona defeito crônico em locomotivas
O projeto desenvolvido por empregados integrantes do Grupo
Fundamental de CCQ, da Oficina de Componentes Mecânicos
de Locomotivas de Tubarão tem um quê de “ovo de Colombo”:
com modificações executadas na oficina, um defeito que
afetava cerca de 120 locomotivas das frotas da CVRD e
da FCA, modelos DDM e GT-MACOSA, e que aumentava
muito a necessidade de manutenção corretiva foi eliminado.
Ponto para a criatividade e a iniciativa dos cinco técnicos
em mecânica e ganho para a produtividade das
ferrovias em que essas máquinas operam,
trazendo benefícios para a operação de
todos os clientes da Vale Logística.
O nome do projeto é auto-explicativo:
Rebaixamento do Bloco de Baixa Pressão de
Água do Protetor do Motor GM. O protetor é o
que poderíamos chamar em termos leigos de um
“anjo da guarda” do motor, interrompendo seu funcionamento
em casos de falta ou excesso de pressão de água. O bloco de baixa
pressão é um dos componentes do protetor, que permite que o
sistema monitore a água utilizada no arrefecimento do motor.
Sobre esse bloco, fica instalado um diafragma de borracha. Se
a pressão da água é insuficiente, esse diafragma aciona uma
válvula que interrompe o funcionamento do motor – impedindo
uma avaria mais grave.
GRANITO
SOBRE TRILHOS
“O problema é que, por receber a pressão da água em apenas um
ponto de sua superfície, o diafragma costumava se romper com
facilidade, parando a máquina sem que houvesse problemas de
pressão”, conta Thiago Rodrigues Silva, técnico em mecânica
e líder do Grupo Fundamental. Esse defeito específico era a
causa de 55% dos serviços de manutenção do protetor. “Depois
de um período de análise e observação, decidimos alterar o
desenho do bloco de modo a distribuir essa pressão por uma
área maior do diafragma (veja na foto). Desse modo, o problema
foi eliminado”, diz Thiago.
Com novos pórticos, o Terminal
de Governador Valadares torna-se
a melhor opção para o escoamento
de pedras de grande formato
A
pós as obras no Terminal de Governador Valadares,
os produtores de granito do nordeste de Minas Gerais,
sobretudo do pólo de Medina, ganharam uma ótima opção
para escoar sua produção até o Espírito Santo. “Conseguimos em
tempo recorde adequar o terminal às novas exigências do mercado
de granito e assim ampliar a nossa capacidade de oferta a este
mercado”, comenta André Leal, Gerente Comercial da Gerência
Geral de Florestal e Granito. Dotado de novos pórticos – pontes
rolantes que movimentam os pesados blocos de granito – o
Terminal ampliou sua capacidade e já está apto a receber blocos
de até 40 toneladas, adequando-se aos padrões internacionais e
possibilitando a utilização, em larga escala, do modal ferroviário
até os grandes beneficiadores do produto e seu principal porto
exportador, ambos em Vitória, no Espírito Santo.
Hoje, praticamente todas as locomotivas que utilizam
motores GM nas frotas da Vale Logística já receberam o novo
componente. Por sua invenção, o Grupo Fundamental – que
além de Thiago, é composto pelos também técnicos mecânicos
Douglas da Silva Rodrigues, Marcelo Ferreira Cosme, Diego de
Souza e Amarildo Della Valentina – foi premiado na convenção
de CCQ em 2004.
Os integrantes do Grupo
Fundamental e o protetor do
motor: pequena modificação
resolveu problema crônico
“Com os antigos pórticos, transportávamos apenas blocos de até
28 toneladas”, explica Paula Oliveira, analista comercial da Vale
Logística. “Agora, nossos clientes podem transportar seus produtos
por um modal mais seguro, beneficiando-se ainda de estrutura
especializada do Terminal que, além disso, oferece espaço de
armazenagem segregado com capacidade para 80 blocos de 40
toneladas”. Além dos produtores de Medina, o Terminal também
se torna uma boa opção para os produtores de granito da região
de Guanhães, em Minas Gerais.
VALE LOGÍSTICA • SETEMBRO l OUTUBRO l NOVEMBRO 2005
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transporte intermodal
CRESCIMENTO A BORDO DE TRENS E NAVIOS
Pequenas empresas expandem seus negócios utilizando serviços intermodais da Vale
S
erviços que oferecem segurança, confiabilidade e custos
vantajosos para volumes a partir de um contêiner, com cobertura
de grande parte do país. Um pacote oferecido pela Vale Logística
e que vem sendo adotado com sucesso por cada vez mais empresas
de pequeno e médio porte.
sileiras foram maiores que os feitos em rodovias. E, nos portos,
verificou-se um crescimento expressivo da cabotagem. O aumento de cargas em vagões e porões revela o crescente
número de pequenas empresas que expandem seus negócios
utilizando meios de transporte antes restritos aos grandes
volumes. A Vale, maior operador logístico do país, teve
45% de seus clientes de serviços ferroviários movimentando menos de 20 contêineres por mês em 2004. Na navegação costeira, atendeu a 1.240 clientes distintos. Ao todo,
71% dos clientes movimentam menos de cinco contêineres mensais.
“São clientes pequenos em tamanho, não em importância”,
diz Rômulo Ottoni, Gerente Geral Intermodal da Vale Logística.
“Oferecemos a eles serviços que se baseiam em transporte multimodal ou intermodal, fazendo o recolhimento dos produtos
no endereço do cliente e, por meio de ferrovia, cabotagem e,
eventualmente, outros meios e providenciamos sua entrega no
destino”, explica. São serviços que aumentam a competitividade
dos clientes e que agregam valor, dando uma alternativa ao
tradicional transporte rodoviário.
“É estratégico atender a esses pequenos clientes e a Vale reserva parte de seus recursos de logística para garantir esse
atendimento com qualidade”, afirma Rômulo. “Um cliente
que é pequeno hoje pode ser um grande cliente amanhã. E nós
podemos crescer com ele”, diz.
A empresa vem contribuindo para mudar o panorama do transporte no país: em 2004, os investimentos nas ferrovias bra-
SEGURANÇA QUE FAZ
A DIFERENÇA
Glauco Túlio, da
Imperibel: “os produtos
chegam aqui limpos”
G
lauco Túlio entrou na distribuidora
goiana Imperibel em 1997 como
auxiliar administrativo. Hoje é Gerente
Administrativo e sua ascensão profissional
coincide com o crescimento da empresa
que, inicialmente, operava distribuindo
apenas refrigerantes localmente. Em
1999, a empresa firmou uma parceria
com a Sucos Del Valle. “No primeiro mês
comercializamos 30 caixas de suco. Hoje
vendemos algo em torno de 16 mil caixas”,
orgulha-se. Em proporcional ascensão, o
faturamento mensal da empresa, que em
julho foi de R$ 850 mil, passou para R$
1.245 mil em agosto e é projetado para
bater os R$ 2 milhões até dezembro.
Desde abril de 2004, a Vale Logística é
parceira da Imperibel em duas de suas
ENLATADOS GAÚCHOS
NO NORDESTE
A
gaúcha Oderich iniciou suas atividades há 98 anos, comercializando banha de porco e, anos mais tarde, carnes
preparadas. A maior expansão da Oderich,
no entanto, começou há cerca de sete anos,
quando a fábrica em São Sebastião do Caí
somou-se a uma unidade em Pelotas e se
consolidou com a compra de uma fábrica
de latas, em Eldorado do Sul, ano passado.
“Hoje trabalhamos com 170 produtos distintos, com linhas de doces, carnes, atomatados e maioneses. Estamos amplindo
nossa capacidade”, revela José Antônio
Dresch, gerente de vendas.
A Oderich utiliza os serviços da Vale
Logística há cerca de seis anos. “Nós reforçamos nossa participação, principalmente na
região Nordeste, com o transporte marítimo.
Como nossos produtos têm alto peso e baixo
valor agregado, a logística tem um peso
grande na competitividade”, diz o gerente.
Atualmente, praticamente todos os navios
da Docenave que partem de Rio Grande levam
contêineres da Oderich com destino a Salvador, Suape (Pernambuco), Fortaleza e Maceió.
A média mensal é de 35 a 40 contêineres de
40 pés. “A grande vantagem na cabotagem é
a segurança”, diz José Antônio. “Se você demora a entregar, acaba ficando sem produto
no cliente. Além disso, o índice de avarias por
via rodoviária é muito grande. Na cabotagem,
o índice é praticamente zero”.
10
linhas de produtos: a dos sucos Del Valle
– trazidos da fábrica em Americana, São
Paulo – e a dos produtos de limpeza Rosatex
– de Guarulhos. “Antes, contratávamos
caminhões cobertos e tínhamos problemas
de avarias nas caixas”, conta Glauco.
“Com a parceria com a Vale, utilizando
contêineres de 40 pés, os produtos chegam
aqui limpos”, relata. A Vale logística é
responsável por retirar os contêineres das
indústrias, embarcá-los no trem expresso,
retirá-los no porto seco de Anápolis e
entregá-los no depósito em Goiânia, dentro
da programação e com total segurança.
“Quando a mercadoria sai da fábrica, já
conto como se estivesse em meu depósito”,
elogia. “É o meu estoque em trânsito”,
elogia Glauco.
José Antônio Dresh,
da Oderich: preços
competitivos com
a cabotagem
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DEDICAÇÃO TOTAL
E PERMANENTE
Do comandante e do chefe de máquinas dependem a eficiência
e a segurança dos navios mercantes
Gilberto de Lima Cerdeira (à direita),
comandante de longo curso, e o oficial
superior de máquinas, Guinemêr,
a bordo de um navio da Docenave
“Há uma série
de exigências que
vão surgindo e
que nos obrigam
a uma atualização
constante”
LUIGI GOULART VIANA
Conduzir com segurança
e eficiência as maiores
máquinas do mundo,
deslocando milhares de
toneladas, com uma escala
de trabalho que, às vezes,
a mantém longe de casa
por meses, não é para
qualquer pessoa. A vida
no mar oferece desafios
diários, exige dedicação
total e, como as demais
carreiras relacionadas ao
sistema logístico, demanda
atualização e superação
constantes. Superação
que os profissionais da
Docenave incorporaram à
rotina, contribuindo para o crescimento da
empresa e a consolidação de sua liderança
no mercado.
Para ser um oficial nas áreas de Náutica
ou de Máquinas no transporte aquaviário,
é preciso antes passar por uma Escola de
Marinha Mercante. No Brasil, há duas dessas
escolas, uma no Rio de Janeiro e outra
em Belém, do Pará. Ambas pertencem à
Marinha do Brasil e, enquanto é estudante,
o aluno faz simultaneamente o curso de
Reservista Naval - NFORM, vivendo em
regime de internato. As formações para
piloto – carreira de Náutica – e maquinista
– de Máquinas – têm duração total de
quatro anos e se iniciam com um mesmo
período básico, que é seguido de uma
especialização.
Na carreira de Máquinas, a formação se
concentra em mecânica, elétrica, máquinas
a vapor, refrigeração etc. “O navio é uma
pequena cidade, que possui geração de
energia, de frio e propulsão”, explica
Roberto da Conceição Guimarães, supervisor
de motores da Docenave que, durante 30
anos, atuou como chefe de máquinas a
bordo de navios de carga. Quem opta pela
Náutica, irá aprender desde navegação
astronômica – técnica utilizada por Cabral
VALE LOGÍSTICA • SETEMBRO l OUTUBRO l NOVEMBRO 2005
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– à navegação eletrônica. “Ao pessoal de
náutica cabe também cuidar da estabilidade
do navio, além da salvatagem, manobras,
carga e descarga”, revela Luigi Goulart
Viana, Gerente de Operações da Docenave,
que também já navegou como Oficial de
Náutica durante sete anos.
Ao final, ambos recebem diplomas de
nível superior, como bacharéis em ciências
náuticas, e estão habilitados como segundos
oficiais. Com a experiência – e depois de
cursos de aperfeiçoamento –, os profissionais
vão galgando os degraus até chegarem
a Capitão de Longo Curso (Comandante)
ou Oficial Superior de Máquinas (Chefe
de Máquinas). Atualmente, o mercado de
trabalho para os profissionais de marinha
mercante está bastante aquecido. “Na última
década houve uma grande desaceleração e
as escolas diminuíram suas turmas. Hoje
há carência de pessoal especializado”, diz
Roberto.
A dedicação ao mar não impede que os
profissionais da Docenave se atualizem.
“Para que adotássemos o ISPS – Sistema
Internacional de Proteção para Navios e
Portos – em nossos portos e navios, todos
foram treinados. Assim como essa, há uma
série de exigências que vão surgindo e que
nos obrigam a uma atualização constante”,
revela Luigi. Na parte de máquinas, as
atualizações têm como foco os novos
equipamentos e padrões de manutenção.
“Quando comecei a viajar, em 1989, a tripulação do navio era composta por 36 homens.
Hoje, ela está na faixa de 19 tripulantes,
por conta da automatização dos navios,
que ganharam competitividade”, diz Luigi.
O tempo destinado às operações de carga
e descarga também foi reduzido. “Na navegação de cabotagem, a distância entre os portos
é pequena. Os navios são rápidos e é possível
sair de um porto pela manhã, chegar a outro
à noite, fazer o serviço de carga e/ou descarga durante a noite e, na manhã seguinte, já
estar novamente no mar, a caminho de outro
destino”, ilustra Roberto Guimarães.
3 BILHÕES DE REAIS
´
EM LOGISTICA
E´
UM INVESTIMENTO SEM
TAMANHO: BENEFICIA
GRANDES, MÉDIAS E
PEQUENAS EMPRESAS.
A Vale é a maior operadora de logística do Brasil porque sabe da importância estratégica do setor para o desenvolvimento do país. Nos últimos 4 anos,
a Vale investiu R$ 3 bilhões em logística, investimentos que beneficiam empresas brasileiras de vários segmentos e portes. Neste período, a carteira
de clientes da Vale cresceu 22%, atendendo 1.600 empresas. E não pára por aí: no mesmo período, cresceu 38% na movimentação de cargas de terceiros,
mais do que a economia nacional no mesmo período. E, para atender de forma completa seus clientes, a Vale possui uma logística intermodal que
conta com uma ampla infra-estrutura interligando trilhos, terra e mar. VALE. INTELIGÊNCIA EM LOGÍSTICA.
www.cvrd.com.br
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Em Foco Logística