OPERAÇÕES NO MERCADO
DE CAPITAIS – 3ª aula
OMCA06 14/10/2013
SOCIEDADES DE CRÉDITO AO
MICROEMPREENDEDOR
As sociedades de crédito ao microempreendedor, criadas
pela Lei 10.194, de 14 de fevereiro de 2001, são
entidades que têm por objetivo social exclusivo a
concessão de financiamentos e a prestação de garantias
a pessoas físicas, bem como a pessoas jurídicas
classificadas como microempresa, com vistas a viabilizar
empreendimentos de natureza profissional, comercial ou
industrial de pequeno porte. São impedidas de captar,
sob qualquer forma, recursos junto ao público, bem como
emitir títulos e valores mobiliários destinados à colocação
e oferta públicas.
SOCIEDADES DE CRÉDITO AO
MICROEMPREENDEDOR - 2
As Sociedades de Crédito ao Microempreendedor
devem ser constituídas sob a forma de companhia
fechada ou de sociedade por cotas de
responsabilidade limitada, adotando obrigatoriamente
em sua denominação social a expressão “Sociedade
de Crédito ao Microempreendedor”, vedada a
utilização da palavra “Banco” ( Resolução CMN
2.874, de 2001).
CETIP
A Cetip (Central de Títulos Privados ou Câmara de
Custódia e Liquidação) é depositária principalmente
de títulos de renda fixa privados, títulos públicos
estaduais e municipais e títulos representativos de
dívidas de responsabilidade do Tesouro Nacional, de
que são exemplos os relacionados com empresas
estatais extintas, com o Fundo de Compensação de
Variação Salarial - FCVS, com o Programa de
Garantia da Atividade Agropecuária - Proagro e com
a dívida agrária (TDA). Na qualidade de depositária,
a entidade processa a emissão, o resgate e a
custódia dos títulos,
CAIXAS DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA
A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia
(CBLC) é um exemplo de Caixa de Liquidação e
Custódia, é uma sociedade anônima de capital fechado,
controlada integralmente pela Bovespa Holding S.A. que
tem como objetivos principais registrar, controlar,
compensar e garantir, por meio dos agentes de
compensação, as operações nos mercados à vista, a
termo, de opções e assemelhadas com títulos de renda
variável e de renda fixa de emissores privados listados
na Bolsa de Valores de São Paulo e de outros mercados
e bolsas, bem como prestar os serviços de custódia de
títulos e valores mobiliários. CLC Câmara de Liquidação
e Custódia no Rio de Janeiro.
SELIC
(Material entregue em aula)
Valor dos títulos
tx SELIC
100.000
0,02795
70.000
0,02912
500.000
0,02823
45.000
0,02901
Índices & Correção
monetária.
Índices & Correção Monetária
.
Basicamente os índices econômicos representam
variações periódicas entre dados e/ou informações
sinalizadoras de tendências de um sistema econômico
de um país, região, estado e até mesmo de produtos
ou grupo de produtos.
Os índices econômicos são fundamentais tanto para
propiciar uma melhor compreensão da situação
presente bem como a projeção das tendências de
curto prazo da economia, quanto para subsidiar o
processo de tomada de decisões estratégicas
governamentais e de empresas e consumidores.
+Índices & Correção Monetária
.
A INFLAÇÃO
A inflação é a elevação generalizada e permanente dos
níveis de preços do sistema econômico, resultando em
deterioração do poder aquisitivo da moeda e
depreciação dos valores dos ativos.
Para o cumprimento da tarefa de aferir estas alterações
de preços, existem diversos índices que procuram medir
a inflação em toda a cadeia de produção e de
comercialização, ou em partes relevantes da mesma.
Os índices de preços mais importantes do país são
aqueles produzidos pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV), pelo IBGE e pela Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo
(FIPE-USP).
+Índices & Correção Monetária
.
Principais índices:
Índices da FGV
Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI)
Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M)
Índices do IBGE
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
Índice da FIPE
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
+Índices & Correção Monetária
.
Acumulação de índices – IGPM
Índice do mês
Índice no ano
Número Índice
(em %)
(em %)
>Jan/93
out/10
1,01
8,979
1.060,82
set/10
1,15
7,8893
1.050,21
ago/10
0,77
6,6627
1.038,27
jul/10
0,15
5,8476
1.030,33
jun/10
0,85
5,6891
1.028,79
mai/10
1,19
4,7983
1.020,12
abr/10
0,77
3,5659
1.008,12
mar/10
0,94
2,7745
1.000,42
fev/10
1,18
1,8174
991,104
jan/10
0,63
0,63
979,545
+Índices & Correção Monetária
.
Atualizações por índices:
Para atualizações por índices procedemos da seguinte
maneira:
- Atualizar o valor de R$10.000,00 pelo IGPM do mês de
outubro de 2010, que foi de 1,01%.
-Atualizar o valor de R$12.346,00 pelos IGPMs dos
meses de agosto a outubro de 2010, que foram
respectivamente 0,77%, 1,15 e 1,01%.
-Atualizar o valor de R$23.450,00 pelo IGPM
acumulado no ano de 2010 (até outubro).
10.101,00
12.711,24
25.555,57
+Índices & Correção Monetária
.
Atualizações por índices: (20:00min)
1) Qual o índice do IGP-M, acumulado por um ano a partir de
junho de 2009?
2) Qual o índice do IGP-M, acumulado por um ano a partir de
março de 2010?
3) Qual o índice acumulado do IGP-M, de julho de 2009 a julho
de 2011?
4) Qual o resultado da atualização do valor de R$143.567,89,
pelo IGP-M, entre abril de 2009 e janeiro de 2012?
5) Atualizar o valor de R$345.232,56 pelo IGP-M de janeiro de
2011 a janeiro de 2012.
6) Meu contrato de aluguel prevê atualização pelo IGP-M, todo
mês de março, quais foram as últimas 3 atualizações que
tive?
+Índices & Correção Monetária
.
Atualizações por índices: (20:00min)
1- Qual a variação ocorrida no IGPM no ano de 2011?
2- Qual a variação ocorrida no IGPM entre maio de 2010 e maio
de 2011?
3- A empresa X têm um contrato de prestação de serviços, que
prevê atualização anual pelo IGPM. Este Contrato foi assinado
em setembro de 2010, o valor mensal das parcelas originais são
de R$4.4756,00, qual o valor destas parcelas em abril de 2012?
4- Qual a variação acumulada do IGPM entre março de 2011 e
março de 2012?
5- Fiz uma aplicação de risco no mercado financeiro (ações,
derivativos, etc) em março de 2009, por três anos, o valor
aplicado foi de R$100.000,00 e o valor do resgate foi de
R$139.000,00, Ganhei R$39.000,00! Foi um excelente negócio
não foi?
+Índices & Correção Monetária
.
Atualizações por índices: (15:00min)
6- Qual foi a variação do IGPM em 2010?
7- Com 6% de juro ao ano, caso eu tivesse feito uma aplicação
indexada ao IGPM, qual teria sido o meu ganho em 2010? E qual
a taxa ao mês (Juro+IGPM)?
RISCO PAÍS
Risco País
- Conceito: Emergin Markets Bond Index (EMBI),
ou seja: Índice da Dívida de Mercados
Emergentes. Basicamente o EMBI mede o grau
de "perigo" que um país representa para o
investidor estrangeiro.
- Criado em 1993 pelo JP Morgan.
- Composto por 21 países emergentes.
- A divulgação do índice é mensal.
+ A final: O que é Risco País & Risco Brasil?
O Risco-País é uma medida que visa classificar
o risco geral de um país.
Basicamente, ele visa calcular o nível de
instabilidade econômica de um país.
O Risco-Brasil, portanto, seria uma medida do
nível de risco de nosso país.
EMBI
O índice EMBI+ (Emerging Markets Bond Index Plus)
é a medida mais utilizada pelo mercado para
expressar o nível de risco de um país.
Dentre os países emergentes que compõem o índice
estão Brasil, México, Argentina, Rússia, África do Sul,
entre outros.
Assim como existe o EMBI+ para os países
emergentes existe também um índice específico para
cada um deles, como o EMBI+ Brasil.
RISCO PAÍS
- Cada 100 pontos de risco representa 1% de juros
que o país devedor deverá pagar a mais sobre o
Treasuries americanos. Se o risco estiver a 900
pontos e o Treasurie a 5%a.a., o preço de captação
será 14%a.a.
- Tem como finalidade servir de referência para
novas captações do governo e das empresas
privadas, uma vez que reflete rapidamente a
percepção que os investidores têm sobre o emissor.
Obs.: EMBI+ (Emerging Markets Bond Index)
Evolução do risco Brasil através de
momentos históricos recentes.
1995 Eficácia do Plano Real.
Antes de 1995 a inflação no Brasil batia os 2.000% ao ano.
A instabilidade era grande e não era possível planejar nada
sem avaliar o impacto gigantesco da inflação.
Um dos indicadores que comprovam a eficácia do Plano Real é
a evolução do Risco Brasil.
Como as incertezas no país diminuíram a partir de 1995, saímos
de um patamar de risco de 1.689 pontos para 337 pontos em
outubro de 1997.
Uma redução de mais de 1.300 pontos, ou 13% do spread entre
os títulos da dívida brasileira e os títulos americanos.
1997 Crise Asiática.
O final de 1997 e o início de 1998 ficaram
marcados por diversas crises no continente
asiático, culminando inclusive na moratória
Russa em agosto de 1998.
Estas crises afetaram diretamente o Brasil,
fazendo com que o (EMBI+ Brasil) saltasse
para 1.779 pontos..
2002 “Efeito Lula”
O mundo vivia o auge da crise financeira de 2000-2002
ocasionada pela bolha da tecnologia e pelos ataques
terroristas de 2001.
A incerteza era grande. Aqui no Brasil, as eleições
presidenciais (“Efeito Lula”) geravam maior volatilidade no
mercado e, por consequência, um maior Risco País.
Neste período, foi registrado o maior nível em toda a série
histórica, alcançando 2.446 pontos em setembro de 2002.
Lembrando que neste período o Dólar era cotado próximo
a R$ 4,00 e a Bovespa já acumulava uma perda de -30%
em 3 anos.
2007 Mínima Histórica.
A recuperação econômica mundial aliada à maior
estabilidade na economia brasileira, fizeram com que o
índice alcançasse a mínima de 137pontos em maio de
2007.
2008 Crise Financeira.
Com a crise de 2008, o índice voltou a superar o
patamar dos 500 pontos, atingindo 677 pontos em
outubro de 2008, valor que não era alcançado em mais
de 4 anos.
EVOLUÇÃO DO RISCO PAÍS – BRASIL 2010
300
250
249
234
233
230
213
209
206
200
184
188
150
100
50
0
Jan/10
Feb/10
Mar/10
Apr/10
May/10
Jun/10
Jul/10
Aug/10
Sep/10
EVOLUÇÃO DO RISCO PAÍS – ARGENTINA 2010
Obs.: EMBI+ (Emerging Markets Bond Index)
RISCO PAÍS
ÍNDICE
PONTOS
BRASIL
229
ARGENTINA
980
04/10/2013
Agências de Classificação de Risco
Existem outras agências que fazem a classificação de risco, as
mais importantes são: Moody’s, Standar & Poor’s , Fitch e
Coface.
Metodologias diferentes, porém os critérios que levam à decisão
de Risco Soberano são relativamente os mesmos, a saber:
- Estabilidade Monetária;
- Liquidez Externa;
- Passivos Governamentais;
- Passivo da Dívida Fiscal;
- Peso da Dívida externa pública;
- Peso da Dívida externa privada;
- Perspectiva de crescimento econômico;
- Reformas Econômicas;
- Risco político sob controle;
- Risco geográfico.
PRINCIPAIS OPERAÇÕES
DE
CRÉDITO A EMPRESAS
FINANCIAMENTOS DE CURTO PRAZO
- Crédito Bancário (Desconto de duplicata, Hot
Money, etc);
- Empréstimos de curto prazo;
- Empréstimos em Conta Corrente;
- Capital de Giro;
- Factoring;
- Credito por assinatura (Aval bancário, fiança ou
garantia bancária);
- Papel Comercial (Comercial Paper) (Desconto de
Títulos de dívidas emitidos por empresas)
- Financiamento garantido por estoque;
FINANCIAMENTOS DE LONGO PRAZO
- Empréstimos bancários de médio e longo prazos;
- FINAME;
- Leasing;
- Crédito Direto ao Consumidor - CDC;
- Capitais alheios estáveis (Recursos de sócios);
- Debêntures;
- Emissão de Ações;
- Cessão de Ativos;
- Linhas de créditos no BNDES (Além do FINAME).
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