.Porquê?
.Para quê?
.Como?
O modelo de auto-avaliação da biblioteca
escolar
Novembro 2010
Modelo de auto-avaliação da BE
Cristiana Lopes
Poderias dizer-me, por favor, que
caminho hei-de tomar para sair daqui?
- Isso depende do sítio onde queres
chegar! - Disse o Gato.
- Não interessa muito para onde vou...
- retorquiu Alice.
-Nesse caso, pouco importa o
caminho que tomes - interpôs o Gato.
Alice no País das Maravilhas
Alice in Wonderland - Cheshire Cat
Novembro 2010
Modelo de auto-avaliação da BE
Cristiana Lopes
Objectivos:
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Breve apresentação dos
Objectivos/Modelo de Auto-Avaliação da
BE.
Garantir apoio institucional para
o processo de implementação da
auto-avaliação da BE (compromisso
do CP)
Proposta de domínio a ser objecto de
avaliação, partindo de uma decisão
fundamentada e acordada da /entre a
equipa/professor bibliotecário (aprovação
do CP)
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Modelo de auto-avaliação da BE
Cristiana Lopes

Porque a ligação entre a biblioteca escolar, a escola e o sucesso
educativo é hoje um facto assumido por Organizações e Associações
Internacionais que a definem como um núcleo de trabalho e de
aprendizagem ao serviço da escola;

Porque os estudos internacionais mostram , de forma inequívoca, que
as bibliotecas escolares podem contribuir positivamente para o
ensino e a aprendizagem, podendo-se estabelecer uma relação entre a
qualidade do trabalho da e com a BE e os resultados escolares dos
alunos;

Porque as mudanças significativas introduzidas na sociedade e na
forma de acesso, produção e comunicação da informação criaram
novas estruturas e espaços de aprendizagem, re-orientando as
necessidades dos utilizadores e as prioridades educativas;
Porquê avaliar?
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Modelo de auto-avaliação da BE
Cristiana Lopes

Porque as bibliotecas escolares enquanto centros de informação e
conhecimento das escolas, são essenciais para cumprir os objectivos
do currículo, e contribuem para a qualidade do ensino e da
aprendizagem na escola do século XXI;

Porque todos os alunos podem aprender com a biblioteca escolar.
A biblioteca escolar desempenha um papel transformador na vida dos
alunos; não só no seu desenvolvimento intelectual, mas também no
seu desenvolvimento social e cultural;

Porque o valor da biblioteca escolar pode ser medido. Os impactos
na aprendizagem, os contributos para o desenvolvimento pessoal,
social e cultural dos alunos podem ser documentados e medidos.

Porque o papel crucial que a biblioteca escolar desempenha nas
aprendizagens dos alunos não é totalmente compreendido, não é
visível, nem é conhecido por muitos agentes educativos;
.
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Modelo de auto-avaliação da BE
Cristiana Lopes
No contexto da sociedade do século XXI, os novos desafios obrigam
à redefinição de práticas e de processos da biblioteca escolar, dando
lugar a uma acção integradora de objectivos e práticas: a ligação ao
currículo e ao sucesso educativo dos alunos;
(http://www.ala.org/aasl/resources/achievement.html)

Porque a biblioteca é parte integrante da escola, e como tal, tem de
fazer parte do processo de auto-avaliação da mesma; os resultados
deste processo devem ser tidos em linha de conta no futuro plano de
melhoria, de forma a que a biblioteca possa ter o máximo impacto no
ensino e nas aprendizagens.
The school that knows and understands itself is well on its way to
solving any problems it has…self –evaluation is the key to
improvement. (Ofsted, 1999).
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Cristiana Lopes
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Contribui para a melhoria das aprendizagens e do ensino;
Indica o caminho a seguir para atingir níveis de eficiência mais
elevados;
Permite a produção de relatórios com base nas evidências
recolhidas;
Permite definir prioridades em termos orçamentais;
Permite identificar necessidades e esclarecer prioridades no que
respeita à gestão dos recursos humanos;
Evidencia a importância da biblioteca escolar, promovendo a sua
imagem entre os professores e dentro da comunidade.
Permite traçar um plano de melhoria da biblioteca escolar,
identificando pontos fracos e pontos fortes, identificando as áreas
que necessitam de maior investimento a curto, médio e longo prazo.
A aplicação de um modelo de auto-avaliação das bibliotecas
escolares permite dotar as escolas/bibliotecas de um quadro de
referência e de um instrumento que lhes permite a melhoria contínua
da qualidade, a busca da inovação.
Para quê?
Novembro 2010
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Como avaliar?
Novembro 2010
Rede Bibliotecas Escolares
12 de Novembro de 2009
Modelo de auto-avaliação da BE
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Domínios que são objecto de avaliação

Os domínios seleccionados representam as áreas essenciais para
que a BE cumpra, de forma efectiva, os pressupostos e objectivos
que suportam a sua acção no processo educativo. Alguns dos
aspectos incluídos são mais significativos tendo como referência o
contexto organizacional da escola portuguesa, mas todos apontam
para as áreas nucleares em que se deverá processar o trabalho
da/com a BE e que têm sido identificados como elementos
determinantes e com um impacto positivo no ensino e na
aprendizagem.
Descrição do modelo
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Os vários elementos a analisar foram assim agrupados em
quatro domínios e respectivos subdomínios:
A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular
A.1 Articulação Curricular da BE com as Estruturas de Coordenação Educativa
e Supervisão Pedagógica e os Docentes
A. 2 Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital
B. Leitura e Literacia
C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade
C.1 Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular
C.2 Projectos e parcerias
D. Gestão da Biblioteca Escolar
D.1 Articulação da BE com a Escola/ Agrupamento. Acesso e serviços
prestados pela BE
D.2 Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
D.3 Gestão da colecção/da informação
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Cada domínio/subdomínio é apresentado num quadro que inclui um
conjunto de indicadores temáticos que se concretizam em diversos
factores críticos de sucesso.
 Os indicadores apontam para as zonas nucleares de intervenção em
cada domínio e permitem a aplicação de elementos de medição que irão
possibilitar uma apreciação sobre a qualidade da BE.
 Os factores críticos de sucesso pretendem ser exemplos de situações,
ocorrências e acções que operacionalizam o respectivo indicador. A
listagem (não exaustiva) permite compreender melhor as formas de
concretização do indicador, tendo simultaneamente um valor
informativo/formativo e constituindo um guia orientador para a recolha de
evidências.
 Para cada indicador são igualmente apontados possíveis instrumentos
para a recolha de evidências que irão suportar a avaliação.

Finalmente, o quadro apresenta, também para cada indicador, exemplos
de acções para a melhoria, ou seja, sugestões de acções a implementar
no caso de ser necessário melhorar o desempenho da BE em campos
específicos.
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A finalidade central do processo de auto-avaliação das bibliotecas
escolares reside na criação de um ciclo com vista a uma melhoria
contínua do trabalho que é desenvolvido. Esse trabalho é analisado
em termos de processos e de resultados e impactos:
Os processos incidem sobre a verificação do trabalho que é realizado
pela escola e pela biblioteca (por exemplo, criação de guiões de apoio
ao trabalho na biblioteca; procedimentos no âmbito da gestão da
colecção).
Os resultados e impactos incidem fundamentalmente sobre a
verificação dos efeitos desse trabalho nas aprendizagens dos alunos
(por exemplo, aumento das competências em literacia da informação)
e na própria biblioteca (por exemplo, aumento da sua utilização pelos
docentes).
Os quatro domínios (A, B, C, D) que integram o modelo serão sujeitos
a uma avaliação anual (um domínio em cada ano), cumprindo um
ciclo de quatro anos.
Pretende-se que essa avaliação se concretize através de uma análise
mais minuciosa dos elementos que foram considerados essenciais
para uma maior eficácia da Biblioteca Escolar.
Esses elementos (indicadores) devem constituir o quadro central e
orientador do trabalho da(s) Biblioteca(s).
Finalidades
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Procedimentos
1. Seleccionar, a nível da escola o domínio que vai ser
avaliado:
-
deve envolver todos os docentes, cuja colaboração é
indispensável para a concretização da auto-avaliação;
-
por isso, a escola deve escolher os processos de
comunicação considerados mais eficazes para que se
consiga um efectivo
envolvimento de todos os
docentes.
-
em articulação com a sua equipa ou com outros colegas
e com a Direcção da Escola, o Professor Bibliotecário irá
considerar
as
diferentes
possibilidades,
sendo
fundamental que o domínio que irá ser avaliado, uma vez
ponderados os vários factores envolvidos nessa
selecção, seja assumido de forma alargada.
Planear a avaliação
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1.2. Verificar os aspectos implicados na avaliação do domínio
seleccionado
A escolha do domínio que vai ser objecto de auto-avaliação deve
ser acompanhada de uma identificação dos aspectos (pessoas,
estruturas) que vão estar envolvidos nesse processo:
-que departamentos e que docentes estarão mais directamente
implicados?
-Que alunos e que actividades poderão estar mais directamente
envolvidos?
-Que documentos precisam de ser analisados? …
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2. Recolher Evidências
-
Identificar as evidências mais relevantes para o domínio a avaliar:
. Recolher informações de diferentes tipos e relevantes em função do
indicador;
. A recolha de dados deve fazer-se de forma sistemática ao longo do ano;
. Deve incidir sobre o conjunto da população-alvo.
-
Organizar e produzir instrumentos:
. São disponibilizados um conjunto de instrumentos de recolha de dados
que são susceptíveis de serem adaptados à realidade de cada escola;
3. Analisar os Dados
- Fazer apreciações e retirar ilações
- Confrontar os dados com os factores críticos de sucesso e os perfis
de desempenho
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4. Elaborar o Relatório Final e Comunicar Resultados:
- Preencher o Modelo de Relatório
-Comunicar os resultados à Escola/Agrupamento e a outros
interlocutores
(Incluir resumo de resultados no Relatório de Auto-avaliação da
Escola)
5. Preparar e Implementar um Plano de Acção:
- Identificar objectivos e metas a atingir
- Planificar e implementar as acções para a melhoria
- Monitorizar o processo de implementação das acções para a melhoria
Measuring sucess is not an end in itself; it is a tool for improvement.(…)Self-evaluation is
valuable. It may seem initially demanding, perhaps even threatening, but is also enlightening,
invigorating and a very potent catalyst for change and development.
(Scott, 2002).
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
Johnson, Doug (2005) “Getting the Most from Your School Library Media
Program”, Principal. Jan/Feb 2005 <http://www.dougjohnson.com/dougwri/getting-the-most-from-your-school-library-mediaprogram-1.html> [14/10/2009]

Modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares (2009). Rede de
Bibliotecas Escolares. Disponível em www.rbe.min-edu.pt [12/11/ 2010]
McNicol, Sarah (2004) Incorporating library provision in school selfevaluation. Educational Review, 56 (3), 287-296. (Disponivel em
http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/ [12/11/2010]

Bibliografia
Novembro 2010
Modelo de auto-avaliação da BE
Cristiana Lopes
Ross Todd(2008) “The Evidence-Based Manifesto for School Librarians”.
School Library Journal. 4/1/2008. Disponível em
http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html> [13/10/2010].
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
Scott, Elspeth (2002) “How good is your school library resource centre? An
introduction to performance measurement”. 68th IFLA Council and General
Conference August. <http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/028-097e.pdf>
[14/11/2010]
Bibliografia
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