17-02-2012
Tiragem: 18600
Pág: 36
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Semanal
Área: 29,05 x 24,95 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
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APEMIP diz que ainda há
desequilíbrios no arrenda
A comparação dos dados
do INE (dados censitários,
reportados a 23 de Março
de 2011) com os dados da
incidência da procura (com
base em dados recolhidos
pelo Gabinete de Estudos
da APEMIP, em Dezembro
de 2011) evidencia um
desequilíbrio na procura e
oferta no arrendamento.
O litoral continua a ser a região que mais
procura tem registado no mercado de arrendamento e onde a oferta ainda é inferior.
«Existe um desequilíbrio no mercado de
arrendamento urbano em Portugal. Com
os números rigorosos que resultam da desmistificação dos valores que têm vindo a
ser apresentados como os que retratam o
mercado de arrendamento, este não existe
com a folga na Oferta, como alguns desejariam, mesmo que se conte por oferta
imóveis degradados dos centros históricos
das grandes cidades, que só numa imaginação fértil poderiam alojar seja quem for»,
afirma Luís Lima, Presidente da APEMIP.
Os números da oferta de arrendamento
residencial, que o Censos 2011 projeta,
em dezassete dos vinte distritos e regiões
autónomas do país a Oferta é superior à
procura, em alguns casos muito superior à
Procura. Só nos distritos de Aveiro, de Lisboa e do Porto é que se verifica o contrário.
Os distritos de Lisboa e Porto evidenciam
uma já expectável pressão por parte da
Procura, sendo precisamente neste distritos que se verifica uma maior incidência
da procura por arrendamento residencial,
revelando-se a oferta existente como insuficiente e divergente das necessidades
expressas pelas famílias (sobretudo em termos de valores das rendas).
O distrito de Faro, um distrito do li-
toral, apresenta-se com 11% dos imóveis
vagos para arrendamento e com um desfasamento enorme face à Procura. Aqui
há uma sobreposição do arrendamento
sazonal com o arrendamento tradicional
o que, desde logo, falseia aquelas leituras, mesmo que a procura fosse idêntica, o que está muito longe de acontecer.
Para a associação, as políticas de habitação em Portugal devem ser «alicerçadas
numa leitura crítica dos dados existentes
e encontrar-se orientadas para a satisfação
das necessidades reais que o mercado evidencia, só assim, os necessários estímulos
(hoje ainda longe de serem os suficientes)
para a criação de uma verdadeira bolsa nacional de arrendamento residencial poderão ser desenhados e implementados com
sucesso».
A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal
esclarece que é preciso contrariar o «injustificado otimismo daqueles que falam
na existência de mais de cem mil fogos na
oferta imobiliária para o mercado residencial de arrendamento urbano». De acordo
com a APEMIP, estes números contabilizam, por exemplo, toda a Oferta dos distritos de Bragança ou Portalegre, onde a
Procura é tão escassa que não chega a poder contabilizar-se percentualmente, mas
também a oferta do Distrito de Faro que
se estima em 11% da realidade nacional,
para uma percentagem de Procura de apenas 2%. «Como as casas não podem deslocalizar-se para onde a Procura pressiona
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mais, seria necessário inverter a tendência
das movimentações demográficas em Portugal, que continua a ser do Interior para o
Litoral, ou seja, das regiões onde há Oferta
mas não há Procura, para as regiões onde
há Procura mas não há Oferta», lê-se no
documento divulgado.
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Imobiliário
APEMIP diz que ainda
há desequilíbrios no regime do
arrendamento
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APEMIP diz que ainda há desequilíbrios no arrenda