Vigilância Epidemiológica: Histórico e
conceitos
Ao final da aula, o aluno deverá:
• Entender o contexto histórico no qual surgiu a
vigilância epidemiológica (VE)
• Conhecer as principais doenças e agravos passíveis de
vigilância
• Conhecer alguns dos principais conceitos da vigilância
epidemiológica
Tópicos
• Breve histórico da Vigilância Epidemiológica
• Que doenças monitorar?
• Conceitos em Vigilância Epidemiológica:
• Critério de caso
• Eliminação/Erradicação
Tópicos
• Breve histórico da Vigilância Epidemiológica
• Que doenças monitorar?
• Conceitos em Vigilância Epidemiológica
Lições da varíola
• A varíola matou quase 500 milhões de pessoas
só no século XX
• Uma das enfermidades mais devastadoras da
história da humanidade
• Considerada erradicada pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) em 1980.
Vacina antivariólica
Lições da varíola
• Foi possível erradicar a varíola porque:
– só seres humanos são hospedeiros
– só há um sorotipo
• imunização protege contra 100% dos casos
– vacina eficaz
•o vírus vivo invade debilmente células, provocando
resposta imunitária vigorosa
– vacina barata e estável
– Foi adotada uma estratégia para erradicação
Campanha de Erradicação da Varíola
DÉCADA DE 60/70
• Busca ativa de casos de varíola
• Detecção precoce de surtos
• Bloqueio imediato da transmissão da doença
• Fundamental para erradicação da varíola em escala mundial
• Base para a organização de sistemas de VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA.
Conceito de vigilância epidemiológica
1963 – DEFINIÇÃO DE VE
“Observação contínua da distribuição e tendências das doenças mediante coleta,
análise e interpretação de dados de morbidade e mortalidade e disseminação
destas informações essenciais para o planejamento, implementação e avaliação de
medidas assistenciais de prevenção e controle”.
1968 – 21ª ASSEMBLÉIA MUNDIAL DE SAÚDE
Ampliação do Conceito de Vigilância, além das Doenças
Transmissíveis.
Vigilância epidemiológica no Brasil
1990:
Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN
2007 – SINAN Net http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/
Tópicos
• Breve histórico da Vigilância Epidemiológica
• Que doenças monitorar?
• Conceitos em Vigilância Epidemiológica
• Notificação
Critérios de inclusão no sistema de vigilância
• Magnitude
 elevada freqüência, grandes contingentes populacionais
 altas taxas de incidência, prevalência, mortalidade e anos
potenciais de vida perdidos
• Potencial de disseminação
 elevada transmissibilidade
•vetores ou outras fontes de infecção
•risco à saúde coletiva
Critérios de inclusão no sistema de vigilância
• Transcendência
 severidade:
•letalidade
•necessidade de hospitalização, sequelas
 relevância social: estigma, sequelas
 relevância econômica:
•restrições comerciais
•redução da força de trabalho
•absenteísmo escolar e laboral
•custos assistenciais e previdenciários
Critérios de inclusão no sistema de vigilância
• Vulnerabilidade (do agravo)
 disponibilidade instrumentos de prevenção e controle
da doença:
•vacinas
•medicamentos
•tipo de transmissão
Critérios de inclusão no sistema de vigilância
• Compromissos internacionais
 metas continentais ou mundiais
•controle
•eliminação ou
•erradicação de doenças
• acordos firmados entre países e/ou organismos
internacionais
Critérios de inclusão no sistema de vigilância
• Epidemias, surtos e agravos inusitados à saúde
 situações emergenciais
 notificação imediata de todos os casos suspeitos
 delimitar a área de ocorrência
 elucidar o diagnóstico
 medidas de controle aplicáveis
Lista de Notificação Compulsória – LNC
Acidentes por animais peçonhentos;
Atendimento antirrábico;
Botulismo;
Carbúnculo ou Antraz;
Cólera;
Coqueluche;
Dengue;
Difteria;
Doença de Creutzfeldt-Jakob;
Doença Meningocócica e outras
Meningites;
Doenças de Chagas Aguda;
Esquistossomose;
Eventos Adversos Pós-vacinação;
Febre Amarela;
Febre do Nilo Ocidental;
Febre Maculosa;
Febre Tifóide;
Hanseníase;
Hantavirose;
Hepatites Virais;
Infecção pelo vírus da imunodeficiência
humana – HIV em gestantes e crianças
expostas ao risco de transmissão vertical;
Influenza humana por novo subtipo;
Intoxicações Exógenas (por substâncias
químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos
e metais pesados);
Leishmaniose Tegumentar Americana;
Leishmaniose Visceral;
Leptospirose;
Malária;
Paralisia Flácida Aguda;
Peste;
Poliomielite;
Raiva Humana;
Rubéola;
Sarampo;
Sífilis Adquirida;
Sífilis Congênita;
Sífilis em Gestante;
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS;
Síndrome da Rubéola Congênita;
Síndrome do Corrimento Uretral Masculino;
Síndrome Respiratória Aguda Grave associada
ao Coronavírus (SARS-CoV);
Tétano;
Tuberculose;
Tularemia;
Varíola; e
Violência doméstica, sexual e/ou outras
violências.
Como notificar? A Maioria dos agravos deve ser
notificado à simples suspeita
Alguns agravos são de notificação imediata- < 24h - LNCI
Notificação imediata
Notificação imediata
Como fazer a notificação imediata?
Alguns agravos têm sistemas de informação
específicos, além do SINAN
Alguns agravos só são notificados em unidades de
vigilância sentinela
Como investigar?
Cada agravo tem ficha de investigação específica
Tópicos
• Breve histórico da Vigilância Epidemiológica
• Que doenças monitorar?
• Conceitos em Vigilância Epidemiológica:
• Critério de caso
• Eliminação/Erradicação
Definição de caso
Lembrar que, para a maioria dos agravos,
basta ser caso suspeito para notificar
CASO SUSPEITO - exemplos
Caso confirmado: AIDS
Eliminação
• Sarampo e rubéola
Eliminação e Erradicação
• Poliomielite: Qual o status da doença no
mundo?
• Ver:
• http://www.who.int/features/factfiles/polio/en/index.html
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