ILDA BASSO (Org.)
JOSÉ CARLOS RODRIGUES ROCHA (Org.)
MARILEIDE DIAS ESQUEDA (Org.)
II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO
LINGUAGENS EDUCATIVAS:
PERSPECTIVAS INTERDISCIPLINARES NA ATUALIDADE
BAURU
2008
S6126 Simpósio Internacional de Educação (2. : 2008 : Bauru, SP)
Anais [recurso eletrônico] / 2. Simpósio Internacional de
Educação / Ilda Basso, José Carlos Rodrigues Rocha,
Marileide Dias Esqueda (organizadores). – Bauru, SP :
USC, 2008.
Simpósio realizado na USC, no mês de junho de 2008,
tendo como tema : Linguagens educativas – perspectivas
interdisciplinares na atualidade.
ISBN 978-85-99532-02-7.
1. Educação – simpósios. 2. Linguagens educativas. I.
Basso, Ilda. II. Rocha, José Carlos Rodrigues. III. Esqueda,
Marileide Dias. VI. Título.
CDD 370
UM RELACIONAMENTO MUITO DELICADO: PLANTÃO PSICOLÓGICO NOS
PORÕES DE UMA FACÇÃO CRIMINOSA.
Rodrigo Amaro ANDRADE
USC
Regina C. P. Lourenço FURIGO
USC
Este estudo refere-se a um caso atendido na Clínica de Psicologia Aplicada e Fonoaudiologia
da Universidade do Sagrado Coração (Bauru-SP) pelo estágio de Plantão Psicológico. O caso
é de uma paciente do sexo feminino, 46 anos, ensino médio completo, enfermeira. A queixa é
uma extrema preocupação com a filha de 19 anos, ensino médio completo, auxiliar
administrativo que namora um rapaz presidiário e tem envolvimento com uma facção
criminosa organizada e também, por isso, o relacionamento de mãe e filha estava muito
abalado. A paciente chegou ao Plantão, nervosa, e relatou toda história de sua vida até chegar
ao ponto da crise. Inicialmente foi necessário fazer um trabalho para acalmar seu o desespero,
pois estava muito assustada com a situação que tinha descoberto há pouco tempo. Tinha
acabado de ter uma briga com a filha que chegou a agressões físicas. O trabalho, até agora, foi
realizado em cinco atendimentos com a mãe e dois atendimentos com a filha. Após o primeiro
atendimento foi solicitado que filha viesse a Clínica para uma conversa com o plantonista,
para apresentar a sua versão da situação e de seu relacionamento com a mãe. Mostrou-se
muito solícita em ajudar, confirmando informações que a mãe apresentou, inclusive de sua
ligação com a facção. Então, o trabalho do estagiário, com auxilio da supervisora, foi o de
fazer com que a progenitora se voltasse mais para sí, e se preocupasse mais com as suas
prioridades, com o que a deixa bem. Foi orientada a não interferir mais nas relações que a
filha tinha e nem o que ela fazia fora de casa, a fim de diminuir as brigas entre elas. Por
alguns atendimentos, precisava de exemplos claros de comportamentos, pois estava muito
fragilizada e não conseguia elaborar claramente o que o estagiário dizia, precisava memorizar
passo-a-passo as informações. Já no ultimo retorno, iniciou dizendo não ter mudado nada,
porém, depois de alguns minutos de conversa, o estagiário identificou varias mudanças
ocorridas e apresentou-as à paciente que se surpreendeu com a evolução que havia
acontecido, pois percebeu que não se importava mais com as escolhas da filha, apesar de
continuar amando-a da mesma forma, mas que precisava ficar bem com ela mesmo e dizia
que a vida a ensinará o que a filha precisa-se. Tinha a consciência tranqüila de ter tentado de
todas as formas possíveis ajudar a filha. Este estudo tem como objetivo o relato do caso
clinico através do qual foram amenizados os sofrimentos e conflito que a mãe tinha em
relação à filha. Outro objetivo foi considerar a eficácia da ajuda psicológica oferecido pelo
serviço do Plantão Psicológico no contexto de uma Clínica Escola de Psicologia, como meio
de intervenção, a partir da vivência do próprio plantonista e de seu cliente. O Plantão tem a
finalidade de viabilizar um atendimento do tipo emergencial, privilegiando a demanda
emocional imediata do cliente, sem a necessidade de agendamentos; destinado a pessoas que a
ele recorrem, espontaneamente, em busca de ajuda para problemas de natureza emocional.
Palavras chave: Plantão Psicológico, facção criminosa, relacionamento mãe-filha;
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um relacionamento muito delicado: plantão psicológico nos