XLIII CONGRESSO DA SOBER
“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”
Perfil Estratégico da Gestão Ambiental: O Caso de uma Agroindústria
Ana Tarsila de Miranda e Souza Sette
Universidade Federal de Lavras
Rua Esmeralda, 35 Lavras MG 37200-000
[email protected]
Priscila Rezende da Costa
Universidade Federal de Lavras
Alojamento Feminino da UFLA s/n Lavras MG 37200-000
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Simone de Abreu Ribeiro
Universidade Federal de Lavras
Alameda dos Ipês, 229 Lavras MG 37200-000
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Wanderci Alves Bitencourt
Universidade Federal de Lavras
Rua Valdemar Novaes, 98 Lavras MG 37200-000
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Ricardo de Souza Sette
Universidade Federal de Lavras
Rua Esmeralda, 35 Lavras MG 37200-000
[email protected]
6 - Agricultura e Meio Ambiente
Pôster
1
Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005
Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural
XLIII CONGRESSO DA SOBER
“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”
Perfil Estratégico da Gestão Ambiental: O Caso de uma Agroindústria
Resumo
A inserção da discussão ambiental nas indústrias do agronegócio é resultado do crescimento
da consciência ecológica no ambiente dos negócios, motivado pela necessidade de
cumprimento dos aspectos legais e pela adoção da filosofia de responsabilidade social pelas
empresas. Visando um aprofundamento deste tema, este artigo tem como objetivo avaliar as
ações estratégicas de uma agroindústria, situada no Sul de Minas Gerais, no que diz respeito à
responsabilidade, comprometimento e gestão ambiental e para tanto, realizou-se um estudo de
caso de natureza qualitativa. A coleta de dados se processou pela análise documental,
observação não-participante e pela realização de entrevistas. Como resultado, foi possível
inferir que as agroindústrias devem ultrapassar a visão atual para assumir a responsabilidade
que lhe confere o poder político que possuem. Passa-se assim, do simples marketing
institucional, para uma atitude construtiva capaz de desenvolver instrumentos e estratégias
dentro das políticas ambientais, com amparo legal, para conciliar o lucro com as atividades
ambientalmente sustentáveis.
Palavras-Chave: Perfil Estratégico, Gestão Ambiental, Agroindústria
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Perfil Estratégico da Gestão Ambiental: O Caso de uma Agroindústria
1. Introdução
A inserção da discussão ambiental no agronegócio é resultado do crescimento da
consciência ecológica no ambiente dos negócios, motivado pela necessidade de cumprimento
dos aspectos legais e pela adoção da filosofia de responsabilidade social pelas empresas.
Entretanto, esse nível de consciência pode variar entre diferentes sociedades e entre diferentes
empresas, dependendo da atividade desenvolvida, dos seus objetivos, da sua cultura e do seu
tamanho.
Nos países desenvolvidos os recursos investidos pelas agroindústrias em ações
ambientais tem aumentado substancialmente nos últimos anos. A literatura voltada para o
gerenciamento ambiental aponta para o fato de que as indústrias podem aumentar a sua
competitividade e ao mesmo tempo reduzir os efeitos negativos de suas atividades no meio
ambiente. Christmann (2000), se refere às “melhores práticas” ambientais, através de estudos
de casos de empresas que criaram vantagens competitivas devido as suas estratégias voltadas
para a proteção do meio ambiente. Entre as razões que tentam explicar porque as
agroindústrias adotam posturas ecológicas pode-se destacar o cumprimento da legislação, as
vantagens competitivas, as preocupações éticas, e as iniciativas da alta gerência (Ransal e
Roth, 2000).
No entanto, esses estudos são baseados em grandes complexos, geralmente situados
em países desenvolvidos, onde as sanções legais são muito mais rigorosas e a comunidade
normalmente exerce várias formas de pressão. Subestima-se, sempre, a importância das
pequenas industrias do agronegócio, talvez, à sua pouca visibilidade. Lima (2000), lembra que
apesar das pequenas e médias empresas possuírem bases financeiras limitadas, atuarem em
setores relativamente tradicionais, não terem disponibilidade de recursos humanos
qualificados e carecerem de competência para planejamento, não se pode deixar de
reconhecer sua importância econômica e social.
Autores como, Batalha e Demori (1990) e Rattner et.al.(1985) dão destaque às funções
macro e microeconômicas das pequena empresas. Para eles, esse segmento funciona como
“amortecedores” de choques em épocas de crise econômica, desempenham as tarefas menos
compensadoras, mas necessárias ao funcionamento do sistema e têm papel decisivo no
processo de acumulação, concentração e dispersão de capital. Do ponto de vista
microeconômico, suas vantagens são muitas em relação às grandes indústrias. As
agroindústrias reconhecidamente mais flexíveis e menos burocratizadas, o que lhes permite
respostas mais rápidas e mais adequadas ao ambiente. Além disso, geram tecnologias mais
contextualizadas, o que lhes garante um papel de locus privilegiado de inovações
tecnológicas.
Para Longenecker, Moore e Petty (1997), os interesses dos proprietários de
agroindústrias e dos ambientalistas não são necessariamente ou uniformemente conflitantes e
muitas pequenas industrias têm atuado no sentido de eliminar elementos desagradáveis ao
olhar dos clientes, melhorar o paisagismo e tomar outras medidas para aprimorar suas
instalações. Outras têm modernizado seus equipamentos e modificado processos com o
propósito de diminuir a emissão de poluentes do ar e da água. Em alguns casos, afirmam esses
autores, pequenas industrias têm estado em posição de obter benefícios em decorrência de sua
ênfase na ecologia. São as indústrias com produtos que são inofensivos ao meio ambiente e
que obtém vantagem competitiva sobre produtos concorrentes que são poluentes.
No Brasil, poucos estudos têm sido realizados sobre as indústrias do agronegócio, e
dentre elas a questão ambiental tem sido obviamente negligenciada. Em levantamento
realizado por Lima (2000), baseado em artigos científicos publicados em periódicos de
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administração e anais dos Encontros Anuais da Anpad (ENANPAD), relativos ao período
1980 a 2000, não foi mencionado estudos que tratem da questão da relação dessas industrias e
o meio ambiente. Portanto, o objetivo desse estudo é tentar contribuir para o preenchimento
dessa lacuna e avaliar as ações estratégicas de uma agroindustria de pequeno porte da Região
do Sul de Minas Gerais, no que diz respeito à responsabilidade, comprometimento e gestão
ambiental.
2. Referencial teórico
2.1 Importância do Meio Ambiente para o Agronegócio
Todos os elementos de uma cadeia de produção no agronegócio, desde atividades
industriais na produção de insumos e processamento de produtos agropecuários, até o
transporte e as atividades em empresas rurais, afetam diretamente o meio ambiente. O
elemento básico do agronegócio, ou seja, a matéria-prima agropecuária, é produzido em
empresas que utilizam recursos e interagem, diretamente, com o meio ambiente. A adoção de
tecnologias modernas viabilizou a expansão da produção agrícola e o aumento altamente
expressivo da produtividade. Por outro lado, o desmatamento de área de florestas e,
principalmente, a utilização de defensivos agrícolas aumentaram o risco ambiental. A
comprovação e a divulgação desses efeitos foram importantes marcos históricos do
movimento ambientalista.
No início da década de 60, a ecologista Rachel Carson publicou o livro “Primavera
Silenciosa“, no qual os efeitos ecológicos da utilização de inseticidas e pesticidas na
agricultura americana foram apresentados. Tais produtos controlavam, inicialmente com
grande eficiência, a população de insetos e outras pragas, ocasionando entretanto, a morte de
pássaros, predadores naturais dos insetos. A ausência de predadores possibilitava o
surgimento de populações ainda maiores de insetos, as que demandavam quantidades
crescentes de defensivos, levando a alta taxas de contaminação em rios e lagos. A pressão de
movimentos ecológicos sobre o uso de defensivos agrícolas começou a obter resultados.
Atualmente, pesquisadores têm desenvolvido técnicas de manejo e defensivos menos
agressivos. Os efeitos ambientais da agropecuária sobre o meio ambiente são, entretanto, bem
mais amplos que a contaminação de pássaros, rios e lagos por defensivos.
Desta maneira, para que uma agroindústria se torne competitiva e ganhe consumidores
neste mercado cada vez mais preocupado com as questões ambientais, é necessário levar em
consideração aspectos como:
• responsabilidade ambiental,
• infra-estrutura ambiental,
• tratamento de efluentes,
• embalagens de produtos tóxicos,
• reservas florestais,
• condições da água, solo e ar, e
• manuseio e utilização de produtos tóxicos.
A legislação ambiental é cada vez mais rigorosa, e os custos de multas são crescentes.
Evitar multas é somente um aspecto da preocupação com o meio ambiente no agronegócio. A
fonte primária de recursos para qualquer atividade produtiva e, mais diretamente, o
agronegócio, é o meio ambiente. Preservá-lo é, portanto, uma decisão econômica estratégica
para qualquer empresa.
2.2 A gestão ambiental nas organizações
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A discussão da questão ambiental tem tido muita repercussão no dia-a-dia das
organizações e no ambiente dos negócios em que elas operam. A idéia de desenvolvimento
sustentado tem trazido nova visão ao conceito de gestão ambiental das organizações,
direcionando-as no sentido de maior responsabilidade na manutenção da estabilidade e da
diversidade dos recursos naturais utilizados.
Até a década de 80, a proteção ambiental era vista pelas empresas como uma questão
marginal, custosa e muito indesejável, pois diminuiria a vantagem competitiva de custos das
empresas. Proteção ambiental era sinônimo de incremento de custos, investimentos que
dificilmente seriam recuperados, constituindo-se em um obstáculo ao crescimento da
produção. Contudo, a partir dos anos 80, esta postura contrária à proteção ambiental tem
mudado. Paulatinamente, as empresas perceberam que preservar a qualidade ambiental
poderia ser uma oportunidade de investimento e de ganhos futuros e, paradoxalmente,
transformar-se numa vantagem competitiva sustentável. Atualmente, as empresas não podem
ignorar o meio ambiente na sua gestão, sob o risco de aumentar os custos e perder
oportunidades de mercado.
Segundo Donaire (1999), os motivos pelos quais as empresas se sentem encorajadas a
aceitar a responsabilidade pela proteção ao meio ambiente envolvem disposição política e
recursos financeiros que serão utilizados em Política Ambiental para estabelecer objetivos e
metas, especificações da atividade e responsabilidade que permitirão alcançar os resultados
esperados pela atuação dos responsáveis na produção, na área de P&D, suprimentos,
marketing e recursos humanos entre outras.
Para a consolidação definitiva da área de meio ambiente, a organização deve
potencializar ao máximo suas atividades, buscando integração profissional com todos os
demais setores da empresa a fim de que os objetivos organizacionais sejam atingidos. A área
de meio ambiente dentro da organização requer a execução de estudos especiais, como o
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e/ou estudos específicos para a avaliação da quantidade e
da qualidade de efluentes. Vários aspectos dessa integração dependem da disponibilidade de
recursos, da atuação e da reputação do responsável no meio ambiente.
Bateman e Sneel (1998) discutem a importância para as empresas da incorporação da
variável ambiental na sua gestão e sugerem que as empresas seriam induzidas à gestão
ambiental porque: a) há necessidade de obedecer as leis; b) empresas devem tornar-se mais
eficazes, reduzindo custos com reciclagem, diminuição do consumo de matérias-primas,
energia e evitando desperdícios; c) elas devem ser mais competitivas e abrir novos mercados;
d) elas não devem correr o risco de comprometer sua imagem junto à opinião pública,
associando suas atividades com poluição e degradação ambiental; e e) devido à
responsabilidade social e ética das empresas com a sociedade no presente e no futuro.
Diante disso, muitas organizações passaram gradualmente a incluir a dimensão
ecológica na gestão de seus negócios. Na década de 70, a política ambiental das empresas dos
países desenvolvidos limitou-se a incorporar tecnologias de depuração face às exigências dos
órgãos governamentais de controle. A partir da década de 80, a ênfase recaiu no ciclo de vida
do produto, aquisição de matéria-prima, processo de fabricação, destinação do lixo industrial,
até a disposição final do produto após o uso pelo consumidor. Fabricantes, fornecedores
distribuidores, consumidores deviam observar os danos que seus produtos causavam ao
ambiente em todos os estágios.
Atualmente, a questão principal tem sido a operacionalização da administração da
variável ambiental nas empresas, pois elas podem se encontrar em diferentes estágios do
desenvolvimento da gestão ambiental, reflexo de ações e posturas adotadas em relação ao
meio ambiente. As respostas das empresas não são uniformes e variam conforme o grau de
consciência ecológica e a fase de implantação da gestão ambiental.
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2.3 Tipologia de Estratégias Ambientais Empresariais
Nessa mesma linha de raciocínio, Meredith (1994) sugeriu uma tipologia de possíveis
estratégias ambientais empresariais desenvolvidas durante o processo de internalização da
dimensão ambiental nas organizações, segundo uma escala de evolução das atitudes dos
agentes econômicos em relação ao meio ambiente. Esta escala começa com a estratégia
reativa, passa por um estágio intermediário, denominado estratégia ofensiva, e termina com a
estratégia inovativa.
Na estratégia reativa, as empresas confinam suas ações em um atendimento mínimo
e relutante com relação à legislação ambiental local e ao gerenciamento mínimo de seus
riscos, os quais assumem papel dominante na estratégia ambiental das mesmas. Não
modificam a estrutura produtiva e os produtos, atendo-se somente à incorporação de
equipamentos de controle de poluição nas saídas dos seus efluentes para o meio ambiente
(end-of-pipe). A percepção das empresas está baseada na proposição de que não há
oportunidade de mercado para compensar os aumentos de custos proporcionados pela
internalização da dimensão ambiental. Existe uma incompatibilidade entre a responsabilidade
ambiental da empresa e a maximização de lucros.
A dimensão ambiental é vista como uma ameaça, não havendo, portanto, integração
entre o meio ambiente e as unidades estratégicas de negócio, as decisões quanto às soluções
dos problemas ambientais só atingem o nível de estratégia funcional e são tomadas na base do
ad hoc. Este é o mais baixo estágio de classificação das estratégias ambientais, onde a gestão
ambiental das organizações é orientada à conformidade.
Na estratégia ofensiva, segundo estágio de classificação, os princípios básicos
adotados pelas empresas é a prevenção da poluição, a redução do uso de recursos ambientais e
o cumprimento além das leis, através de mudanças incrementais (não fundamentais), nos seus
processos/produtos/serviços antes que os concorrentes façam: seleção de matérias-primas,
alterações na embalagem e estabelecimento de padrões industriais.
O objetivo é obter vantagem competitiva, onde possível, sem muito investimento.
Técnicas de marketing são usadas pelas empresas para atrair um maior número de
consumidores já conscientizados com a questão ambiental. As empresas percebem a variável
ambiental como uma oportunidade, porém o controle da poluição ainda é uma função
eminentemente da produção. Há interface entre as estratégias ambientais e de negócio, no
nível de planejamento estratégico das companhias, porém forma pouco clara e imprecisa.
Na estratégia inovativa, as empresas se antecipam aos problemas ambientais futuros,
através da sua resolução e fortalecem suas posições no mercado. A excelência ambiental
torna-se condição necessária para o sucesso das empresas, porém não o suficiente. Há
necessidade da integração da excelência ambiental e comercial. Envolve desenvolvimento,
produção e comercialização de novos produtos, mudanças substanciais de performance
ambiental e gerenciamento dos ciclos de vida dos mesmos. O princípio básico adotado é o
acoplamento total e sinérgico entre estratégias ambiental e de negócio, de tal forma que elas
tornam-se quase indiferenciáveis, sendo guiadas pela estratégia corporativa.
A integração da variável ambiental ocorre ao nível do gerenciamento ambiental
estratégico, considerado função da administração e questão de mercado, em um quadro de alta
ameaça e alta oportunidade. Neste terceiro estágio, a questão ambiental é incorporada nas
estratégias empresariais mais gerais e torna-se um elemento importante de construção de
vantagens competitivas duradouras.
2.4 Benefícios da Gestão ambiental
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Para North (1992), os benefícios da gestão ambiental são inúmeros de ordem
econômica e estratégica e podem ser assim categorizados:
a. BENEFÍCIOS ECONÔMICOS: envolvem a redução de alguns custos e o incremento das
receitas derivadas da atuação inovadora verdes.
- Economia de custos no processo
• Redução do consumo de materiais: água, energia e outros insumos.
• Aumento nos rendimentos do processo.
• Reciclagem, venda e aproveitamento de resíduos e diminuição de efluentes.
• Redução de multas e penalidades por poluição.
- Incremento de receitas
• Aumento da contribuição marginal de “produtos verdes” que podem ser vendidos a
preços mais altos.
• Aumento da participação no mercado devido à inovação dos produtos e menos
concorrência.
• Linhas de novos produtos para novos mercados.
• Aumento da demanda para produtos que contribuam para a diminuição da poluição.
b. BENEFÍCIOS ESTRATÉGICOS: incluem a melhoria da imagem institucional, ao
compromisso da alta gerência ao chão de fábrica e a elevação da demanda por produtos
sustentáveis.
• Melhoria da imagem institucional.
• Renovação do “portfólio” de produtos.
• Aumento da produtividade.
• Alto comprometimento do pessoal.
• Melhoria das relações de trabalho.
• Melhoria e criatividade para novos desafios.
• Melhoria das relações com órgãos governamentais, comunidade e grupos
ambientalistas.
• Acesso assegurado ao mercado externo.
• Melhor adequação aos padrões ambientais.
Porter (1999) complementa afirmando que a melhoria na relação com o meio ambiente
é capaz de beneficiar a produtividade dos recursos utilizados na organização, porque traz
benefícios para o processo e para o produto.
Os benefícios para o processo envolvem : a) economias de materiais, resultantes do
processamento mais completo, da substituição, da reutilização ou da reciclagem dos insumos
de produção; b) aumentos nos rendimentos do processo; c) melhor utilização dos subprodutos;
d) conversão dos desperdícios em forma de valor; e) menor consumo de energia durante o
processo de produção; f) redução dos custos de armazenamento e manuseio de materiais; e g)
eliminação ou redução do custo das atividades envolvidas nas descargas ou no manuseio,
transporte e descarte de resíduos.
Os benefícios para o produto incluem : a) produtos com melhor qualidade e mais
uniformidade; b) redução dos custos do produto; c) redução nos custos de embalagem; d)
utilização mais eficiente dos recursos pelos produtos; e) aumento da segurança dos produtos;
f) redução do custo líquido do descarte do produto pelo cliente; e g) maior valor de revenda e
de sucata do produto.
A inclusão da dimensão ambiental nas empresas amplia o conceito de administração,
pois objetivos e propósitos das empresas deixam de ser puramente econômicos e influem na
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estrutura organizacional e no planejamento estratégico. A incorporação da componente
ambiental na estrutura organizacional deve ser vista como um processo que se inicia com a
absorção da proteção ambiental na função de produção e desloca-se paulatinamente para as
outras funções administrativas - planejamento e gestão de recursos.
Donaire (1999) salienta que algumas variáveis devem ser consideradas para se
entender a estrutura das atividades de proteção ambiental como tipo de atividade, o porte da
empresa e a visão da alta administração a respeito da questão ambiental.
O risco de atividade pode envolver maiores riscos de poluição ou degradação
ambiental, o que por sua vez exigirá diferentes ações por parte da administração das
empresas, e portanto, podem resultar em diferentes arranjos organizacionais. Empresas de
médio e pequeno porte, geralmente, não têm um departamento ou setor específico que cuida
do meio ambiente, nesses casos, a responsabilidade e desenvolvimento das atividades pode
estar inserida na função de produção.
Finalmente, a maneira como a alta administração se posiciona em relação à questão
ambiental determina os arranjos organizacionais e a efetividade das atividades de proteção
ambiental. Se esta for um reflexo do compromisso da alta administração, inserida nos
objetivos, as políticas e diretrizes da empresa, considerada importante e portanto prestigiada,
possuidora de status e autoridade, a função ecológica será parte integrante da estrutura
organizacional e não apenas uma atividade acessória e figurativa.
3. Metodologia
Os trabalhos de investigação científica necessitam da descrição da trajetória
metodológica percorrida pelos pesquisadores para alcançar os objetivos que orientam a sua
investigação. No alcance dos objetivos deste trabalho, adotaram-se os postulados do
paradigma interpretativo de análise organizacional. Os estudos desenvolvidos sob esta ótica
partem do pressuposto de que os integrantes de uma organização são os principais atores da
sua construção social, ou seja, pressupõem que os membros de uma organização são os
criadores, mantenedores de valores, crenças, significados e os principais agentes de
transformação da realidade organizacional. Portanto, a organização, de acordo com essas
concepções teóricas, é descrita como o resultado das interpretações que os seres humanos
fazem do que ocorre a sua volta e dos cursos de ação que eles escolhem tomar diante das
interpretações que realizam acerca de uma realidade (Brito, 2000).
Os estudos organizacionais que seguem esse paradigma de análise procuram produzir
descrições e explicações de eventos e práticas de gestão de acordo com a experiência
vivenciada pelos membros da organização.
Um método de pesquisa considerado adequado para o desenvolvimento de uma
investigação qualitativa é o estudo de caso, pois esse tipo de abordagem procura trabalhar
com cenários sociais bastantes específicos. A presente investigação constitui um estudo de
caso, uma vez que circunscrita a uma unidade de estudo (Laticínio), tendo caráter de
profundidade e detalhamento. Como a análise esteve embasada na localidade e nas
contingências situacionais, achou-se necessária à adoção de uma perspectiva interpretativa, a
fim de se proporcionar maior dinamismo e precisão de estudo (Fleury, 1986; Demo, 1987).
3.1 O universo da pesquisa
O universo em que se realizou a investigação abrange uma agroindústria de pequeno
porte, inserida no ramo de laticínios, localizada no município de Lavras, Sul do estado de
Minas Gerais. Está inserida no mercado há 19 anos e tem um quadro composto por 90
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funcionários. Essa organização foi escolhida para ser o objeto de estudo deste trabalho por
apresentar práticas ambientais consideradas inovadoras pela opinião pública local.
3.2 Natureza da pesquisa e procedimento de coleta de dados
Foi realizada uma pesquisa qualitativa no laticínio, por envolver a interpretação das
particularidades dos comportamentos ou atitudes cotidianas dos indivíduos e as práticas
ambientais desenvolvidas.
Devido ao tipo de abordagem escolhida, essa pesquisa procurou avaliar as ações do
laticínio, no que diz respeito à responsabilidade e comprometimento com o meio ambiente.
A obtenção dos dados para a análise deste estudo de caso embasou-se na triangulação
de algumas técnicas de pesquisa, tais como entrevista com o diretor-presidente da referida
organização, observação não-participante e análise documental.
A entrevista foi pautada em um questionário semi-estruturado, previamente
formulado. Cabe ressaltar que a realização de uma única entrevista foi satisfatória para fins
desta pesquisa de natureza qualitativa, que não exige tratamento estatístico dos dados nem
estabelecimento de coeficientes de fidedignidade nos instrumentos utilizados para sua
realização (Triviños,1992).
Para a realização desta entrevista, procurou-se seguir as orientações de Triviños
(1992), como ouvir mais e falar menos, perguntar quando não compreender a resposta ou
quiser obter mais informações acerca do assunto tratado, pedir aos participantes para contar
episódios ocorridos na organização, evitar reforçar as respostas, partilhar experiências, dentre
outra técnicas.
A escolha da entrevista como método de coleta de dados foi considerada adequada ser
menos rígida, no sentido de conservar uma certa padronização das perguntas sem impor
opções de respostas; e menos constrangedoras, por permitir ao entrevistado formular uma
resposta pessoal, que melhor descrevesse suas opiniões acerca das práticas ambientais
vigentes nas empresas pesquisadas (Vergara,1998; Laville e Dionne,1999).
A entrevista teve o propósito de corrigir, confirmar, complementar e ilustrar os
resultados obtidos pela observação, além de possibilitar a obtenção de outras informações
relevantes para a pesquisa, principalmente a respeito das percepções e interpretações de
significados individuais quanto à gestão ambiental vigente na empresa estudada (Fleury,
1986; Vergara, 1998).
4. Resultados obtidos
4.1 Aspectos gerais da gestão ambiental vigente no Laticínio pesquisado
A conscientização ambiental do laticínio iniciou-se por pressões legais, uma vez que o
mesmo não possuía infra-estrutura de tratamento de resíduos e efluentes, e somente depois de
ser penalizado legalmente por órgãos ambientais regulamentares é que algumas práticas
ambientais começaram a ser desenvolvidas. Estes fatos evidenciam que o laticínio pesquisado
apresentava no início de suas atividades uma estratégia reativa, uma vez que as ações
ambientais do mesmo estavam associadas unicamente ao atendimento da legislação ambiental
local e existia uma incompatibilidade entre a responsabilidade ambiental e a maximização de
lucros. Conseqüentemente, a dimensão ambiental era vista como uma ameaça, não havendo,
portanto, integração entre o meio ambiente e as práticas estratégicas de negócio do laticínio
pesquisado.
No entanto, tempos depois com a profissionalização do negócio o Laticínio passou de
uma estratégia reativa para uma estratégia pró-ativa, pois atualmente os princípios ambientais
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básicos adotados pelo mesmo estão pautados na prevenção da poluição, na redução do uso de
recursos ambientais e no cumprimento além das leis, através de mudanças incrementais (não
fundamentais), nos seus processos. No contexto organizacional interno estas mudanças se
concretizam pela prática de inúmeras ações ambientais e podem ser assim classificadas:
-
Manutenção de um processo de tratamento de resíduos e efluentes que resulta na
recuperação da água utilizada no processo produtivo e a subtilização dos resíduos na
elaboração de fertilizantes.
Desenvolvimento de programa de economia de matéria –prima;
Realização de um programa de treinamento para redução dos desperdícios – uso adequado
de material de limpeza;
Realização de cursos/treinamentos para funcionários a fim de se promover a
conscientização ambiental dos mesmos; e
Utilização de tecnologias limpas.
Além destas ações ambientais internas, no âmbito externo estas também se fazem
presentes, uma vez que o laticínio mantém uma parceria com a Fundação Pró Defesa
Ambiental (Entidade sem fins lucrativos com o objetivo de organizar, implantar e apoiar
ações que visem preservação ambiental, promoção social, construção de cidadania e avaliação
dessas ações no meio urbano e rural dos ecossistemas brasileiros, tendo como critério
principal para a elaboração, execução e avaliação de projetos, o envolvimento popular), na
qual é concedido por parte do Laticínio um apoio financeiro às práticas desta fundação e em
contra partida lhe é concedido o direito de uso da marca da fundação nas embalagens dos
produtos fabricados pelo mesmo.
É também importante ressaltar que o laticínio não possui certificação ambiental e está
sujeito à fiscalização do FEAM (Fundação Estadual de Meio Ambiente, que é uma entidade
ligada à secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, do estado de
Minas Gerais). A FEAM tem por finalidade propor e executar a política de proteção,
conservação e melhoria do meio ambiente no que concerne à prevenção e à correção da
poluição ou da degradação ambiental provocada por atividades industriais e de infra-estrutura,
bem como promover e realizar estudos e pesquisas sobre a poluição, qualidade do ar, da água
e do solo. Tal fiscalização é processada com o envio mensal de relatórios emitidos pela
empresa e com a fiscalização “in loco”, (consiste na visita de um técnico da FEAM
semestralmente à empresa).
No que tange os benefícios oriundos das ações ambientais do laticínio, constatou-se
que todos os programas e ações realizadas pelo mesmo, apresentam retornos expressivos. A
diminuição de desperdícios de matéria-prima e suprimentos, melhoria da auto-estima dos
funcionários, melhoria da produtividade e diminuição dos custos de produção, foram os
retornos mais significativos relacionados ao ambiente interno, e a melhoria da imagem e
adequação às exigências legais de exportação os retornos relacionados ao âmbito externo.
Com relação aos fatores que impulsionaram o desenvolvimento de programas
ambientais tanto externos quanto internos, pode-se listar por ordem de importância os
principais, que são: pressão de órgão especializado/legislação;vantagem competitiva; imagem
perante a comunidade; e pressão dos consumidores/clientes.
Diante do exposto, constata-se que o objetivo das estratégias ambientais propaladas
pelo o Laticínio é obter vantagem competitiva, onde possível, sem muito investimento, pois o
mesmo percebe a variável ambiental como um diferencial competitivo. Conseqüentemente, há
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interface entre as estratégias ambientais e de negócio, no nível de planejamento estratégico do
Laticínio pesquisado, porém de forma pouco clara e imprecisa.
4.2 Diagnóstico das ações ambientais
A política ambiental adotada pela agroindústria pesquisada está hoje internalizada de
uma forma ofensiva, uma vez que o objetivo desta organização é obter vantagem competitiva,
onde possível, sem muito investimento. Técnicas de marketing, como a presença do selo do
programa pró defesa ambiental nas embalagens dos produtos do laticínio, são usadas pela
empresa para atrair um maior número de consumidores já conscientizados com a questão
ambiental.
Paralelamente, embora haja consciência por parte do laticínio quanto ao impacto
ambiental das suas ações, muito ainda pode ser feito e são várias as práticas ambientais a
serem implementadas, tais como: proteção aos funcionários no ambiente de trabalho, coleta
seletiva de lixo, reciclagem de embalagens e auditoria ambiental interna. Cabe ressaltar que a
operacionalização destas práticas sofre algumas restrições em função da falta de recursos
financeiros, ausência de informações técnicas e dificuldades em estabelecer parcerias com
entidades governamentais e privadas.
Quanto aos objetivos e metas ambientais, o laticínio vem realizando esforços para
melhorar seu atual desempenho ambiental e tem como metas centrais o reconhecimento da
gestão ambiental como uma das principais prioridade da organização e como fato
determinante do desenvolvimento sustentável e o estabelecimento de políticas, programas e
procedimentos que conduzam as atividades organizacionais à uma lógica ambiental
sustentável.
Com referência ao tratamento de efluentes e de resíduos, o laticínio procura identificar
e conhecer o fluxo destes nas suas atividades, classificá-los segundo suas periculosidades e
suas possibilidades de reaproveitamento, eliminar ou reduzir a existência de resíduos na
origem e desenvolver métodos seguros de transporte dos seus produtos.
No entanto, a grande dúvida do laticínio é de não saber se o investimento realizado
com a questão ambiental será rentável, pois alega que muitas vezes pode levar muito tempo
para conseguir o retorno desse investimento.
Quanto à conscientização ambiental organizacional, o laticínio percebe que se uma
empresa pretende implantar a gestão ambiental em sua estrutura organizacional deve ter em
mente que seu pessoal pode transformar-se na maior ameaça ou no maior potencial para que
os resultados esperados sejam alcançados. No entanto, a conduta do laticínio no que se refere
à conscientização dos empregados quanto à importância das práticas ambientais ainda é
bastante superficial, estando associada somente à discussão das características gerais e
processuais das mesmas. Portanto, alguns temas específicos poderiam ser incluídos nos
treinamentos existentes de forma a promover a plena conscientização ambiental da
organização e dos agentes sociais a ela associados, como: auditoria ambiental, auditoria
energética, e responsabilidade social da empresa etc.
Finalizando, observa-se que os projetos ambientais já efetuados pelo laticínio, muitas
vezes não são plenamente avaliados quanto ao seu desempenho e que as melhorias contínuas,
na maioria das vezes, são induzidas por pressões externas à empresa, por parte da sociedade
civil. Dessa forma, é necessário à agroindústria avaliada, continuar melhorando as políticas
corporativas, os programas e performance ambiental tanto no mercado interno quanto externo,
levando em conta o desenvolvimento tecnológico, o conhecimento científico, as necessidades
dos consumidores e os anseios da comunidade, tendo como ponto de partida as
regulamentações ambientais.
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5. Considerações finais
Os estudos discutidos neste artigo sobre a gestão ambiental nas organizações
agroindustriais ressaltam algumas considerações importantes que merecem ser destacadas.
Primeiro, mostram que tem havido evolução na natureza das ações ambientais
empresariais, evolução esta em que o laticínio analisado mostrou-se inicialmente mais reativo
e conformista, e posteriormente mais ativo e atento às questões ambientais.
Segundo, embora persistam as regulamentações como fonte contigenciadoras das
estratégias ambientais empresariais, outros fatores têm-se tornado importantes, em particular a
melhoria na reputação da empresa e a busca de redução de riscos.
Terceiro, observou-se que as questões ambientais têm atualmente dimensões
econômicas (redução de custos, melhoria de eficiência ) e simbólicas (melhoria na reputação e
na imagem da organização). Na verdade, estas dimensões econômicas e simbólicas das ações,
estruturas e estratégias entrelaçam-se para prover as condições necessárias à sobrevivência e
ao crescimento das organizações.
A pesquisa também demonstrou que um dos grandes desafios para o desenvolvimento
sustentável é a ausência de profissionalização. Não existe ainda uma formação profissional
atuante no mercado. Torna-se imprescindível distinguir que a natureza dos objetivos e ações
decorrentes das políticas ambientais são distintas daquelas perseguidas pelas organizações que
possuem finalidade lucrativa. É preciso buscar um enfoque adequado para as esferas de
formulação, acompanhamento e avaliação de projetos nessa área. Se o que se pretende é o
desenvolvimento sustentável, torna-se fundamental o acompanhamento do processo através
do qual o objetivo será alcançado, muito embora, seja igualmente importante os resultados
obtidos.
Dessa forma, conclui-se que agroindústrias e em específico o laticínio pesquisado
devem ultrapassar a visão atual, constatada na pesquisa, para assumir a responsabilidade que
lhe confere o poder político que têm. Passa-se assim, do simples marketing institucional, para
uma atitude construtiva capaz de desenvolver instrumentos e estratégias dentro das políticas
ambientais, com amparo legal, para conciliar o lucro com as atividades ambientalmente
sustentáveis.
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