PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO E
CAPACIDADE VITAL EM INDIVÍDUOS
PNEUMOPATAS CRÔNICOS
HOSPITALIZADOS
Kelser Souza Kock
Alessandra Brunel Paes
Ana Paula Vieira Hugen
Introdução
• O pico do fluxo expiratório (PFE) é uma medida
simples que reflete o calibre das vias aéreas
proximais. O PFE é um parâmetro expiratório
esforço-dependente, freqüentemente usado para
monitorizar pacientes asmáticos e sua resposta
ao tratamento (1,2,3).
Introdução
• A capacidade vital (CV) é os dos volumes
pulmonares mais utilizados na prática clínica,
definido como a mudança de volume medido na
boca entre as posições de plena inspiração e
expiração completa (4,5).
Introdução
• Objetivos:
▫ Verificar o pico de fluxo expiratório (PFE) e a
capacidade vital inspiratória (CVI) e capacidade
vital
expiratória
(CVE)
de
indivíduos
pneumopatas crônicos internados na Enfermaria 7
do Hospital Nossa Senhora da Conceição.
Metodologia
• A população do estudo foi composta por
indivíduos
pneumopatas
internados
na
Enfermaria 7 do Hospital Nossa Senhora da
Conceição, localizado em Tubarão-SC, no
período de agosto a novembro de 2009. A
amostragem foi obtida por aqueles que
estivessem estáveis clinicamente e aceitassem
participar da pesquisa.
Metodologia
• Testes realizados:
▫ Ventilometria
 Capacidade Vital Inspiratória (CVI)
 Capacidade Vital Expiratória (CVE)
▫ Medição do Pico de Fluxo Expiratório
 Pico de Fluxo Expiratória (PFE)
Metodologia
• Os instrumentos de pesquisa utilizados foram
um Ventilômetro de Wright de 100 litros mark 8
marca Ferraris™ para avaliação da CVI e CVE e
um medidor de Pico de Fluxo expiratório marca
Assess™.
Metodologia
• Análise estatística: estatística descritiva (média e
desvio padrão) dos dados referentes ao PFE, a
CVI e a CVE. Estatística inferencial, utilizando o
teste de Wilcoxon com p < 0,05 para comparar a
diferença entre essas variáveis.
Resultados e Discussão
• Foram avaliados 14 indivíduos com idade média
de 61 ± 14 anos, sendo 8 homens e 6 mulheres.
As causas de hospitalização foram DPOC
exacerbada, pneumonia, asma e derrame
pleural.
Resultados e Discussão
Gráfico 1 – Capacidade Vital
Resultados e Discussão
• Um dos mecanismos básicos envolvidos nas
alterações respiratórias é a falta de insuflação
pulmonar adequada que decorre de um padrão
respiratório monótono e superficial, restrição
prolongada no leito e disfunção diafragmática
temporária.
Resultados e Discussão
• Desse modo, há redução da capacidade residual
funcional (CRF), dos volumes de reserva
inspiratório (VRI) e expiratório (VRE) e da
capacidade vital (CV), ocorrendo ainda redução
dos fluxos expiratórios, provavelmente em
função da redução da atividade diafragmática6.
Resultados e Discussão
Gráfico 2 – Pico de Fluxo Expiratório
Resultados e Discussão
• As recomendações para a monitorização com o
medidor de PFE são: detecção do aumento da
obstrução ao fluxo aéreo, permitindo tratamento
precoce; auxílio no ajuste do tratamento;
produção de um feedback ao paciente sobre o
estado de suas vias aéreas; identificação de
fatores desencadeantes ambientais; e avaliação
da resposta ao tratamento.
Resultados e Discussão
• Entretanto, por ser um teste isolado da função
pulmonar, a validade e a confiabilidade da
medida do PFE dependem do uso da técnica
correta e da realização do esforço máximo. Os
pacientes têm dificuldade em manter a
aderência ao monitoramento regular de longo
prazo devido à inconveniência da realização
repetida da medida, à falta de motivação ou à
falta de um plano útil de automanejo baseado no
PFE7.
Resultados e Discussão
• Houve diferença estatística entre o PFE e o CV
tanto inspiratória quanto expiratória (p<0,05).
Conclusão
• Em nosso estudo, observamos que os pacientes
avaliados apresentaram maior disfunção
ventilatória restritiva que obstrutiva. Esse fato
foi verificado na comparação entre os valores de
CV e PFE, os quais demonstram que a CV foi
menor que o PFE.
Conclusão
• Ponderamos que, mais pesquisas devem ser
feitas para corroborar nossos resultados.
Contudo, esses dados podem direcionar que a
fisioterapia respiratória em nível hospitalar
realize mais técnicas de reexpansão que
desobstrução pulmonar.
Referências
• 1. Toyoshima, M T K; Ito, G M; Gouveia, N. Morbidade por doenças respiratórias em
pacientes hospitalizados em São Paulo/SP. São Paulo: Rev. Assoc. Med. Bras. vol.51 no.4,
July./Aug. 2005.
• 2. SILVA, Luiz Carlos Correia da, RUBIN, Adalberto Sperb, SILVA, Luciano Müller Correia
da. Avaliação Funcional Pulmonar. Rio de janeiro: Revinter, 2000.
• 3. Leiner, CG et al. Expiratory peak flow rate. Standard values for normal subjects. Use a
clinical test of ventilatory function. Am Rev Respir Dis 1963; 88: 644.
• 4. Pereira, C A C. Espirometria. J Pneumol 28(Supl 3) – out., 2002.
• 5. Barreto, S S M. Volumes Pulmonares. J Pneumol 28(Supl 3) – out., 2002.
• 6. Dias, CM et al. Inspirometria de incentivo e breath stacking: repercussões sobre a
capacidade inspiratória em indivíduos submetidos à cirurgia abdominal. Rev. bras.
fisioter., Abr 2008, vol.12, no.2, p.94-99.
• 7. Paes, Cilso Dias et al. Comparação de valores de PFE em uma amostra da população da
cidade de São Carlos, São Paulo, com valores de referência. J. bras. pneumol., Fev 2009,
vol.35, no.2, p.151-156
Download

Visualizar