máxima de crescimento facial ocorre
na mesma época ou discretamente
após o ponto máximo de velocidade
de crescimento em estatura, durante
a adolescência. Por outro lado
BAMBHA e VAN NATTA1 (1963) e
BISHARA et al.4 (1981), mostraram
que durante a adolescência, o aumento
máximo, em determinadas dimensões
faciais, é atingido na mesma época que
o aumento máximo na estatura.
BERGERSEN3 (1972) e MARTINS e
SAKIMA31 (1977), também não observaram diferença na intensidade de
crescimento entre a estatura e a face
nos dois anos de duração do SCP, notando aumento significante no início
do surto e, diminuição significante no
crescimento da face e na estatura no
final do surto, concordando com
NANDA38 (1955).
turidade fisiológica 13,46. Por isso, o conhecimento do crescimento, por parte
do ortodontista, é muito favorável
para auxiliar no diagnóstico e no plano de tratamento17, pois indivíduos
que apresentam velocidade de maturação vagarosas ou aceleradas exibem comparável atraso ou avanço no
crescimento em estatura ou da
face1,12,43,45.
Muitos pesquisadores procuraram
estabelecer correlações significativas
entre estágios de maturação óssea,
identificado através de radiografias da
mão e punho, crescimento em estatura e crescimento facial3,10,11,13,19,20, 21,26,
28,31,36,38,49,52
. Os estudos realizados por
esses autores, geralmente compararam indicadores de estágios de maturação óssea com o período de crescimento adolescente, isto é, com o início, pico e fim do SCP. Contudo, o principal objetivo desses estudos tem sido
determinar a época de velocidade máxima de crescimento. A contínua observação tem demonstrado que a taxa
as das dimensões das medidas cefalométricas lineares, com o desvio padrão e, as medidas máximas e mínimas, da primeira e segunda radiografia dos grupos I e II para os indivíduos do sexo masculino e os do feminino.
Com relação às dimensões da maxila e da mandíbula estudadas: comprimento da maxila (Co-A), altura do
ramo mandibular (Co-Go), comprimento do corpo mandibular (Go-Gn)
e, comprimento total da mandíbula
(Co-Gn), verificamos que houve crescimento durante o período em estudo, como foi verificado em estudos
longitudinais 1,3,4,21,28,29,30,34,36,38, 43,
44,47,49,50,51
.
Comparamos as médias das medidas cefalométricas lineares: CoA, CoGo,
GoGn e CoGn para a primeira e segunda radiografia, entre os indivíduos do
sexo feminino e masculino, para os
grupos I e II. Observando as representações gráficas nas figuras 7, 8, 9 e
10, evidencia-se que houve diferença
Dimensões cefalométricas estudadas e seus incrementos
Nas tabelas 2 e 3, repectivamente, observamos os valores das médiTABELA 2
Sexo masculino. Grupo I e Grupo II. Estatística descritiva das medidas
cefalométricas lineares na primeira e segunda radiografia.
Sexo Masculino
Medidas Cefalométricas (mm)
CoGo
GoGn
CoA
CoGn
Grupo I
Grupo II
Grupo I
Grupo II
Grupo I
Grupo II
Grupo I
Grupo II
n=21
n=9
n=21
n=9
n=21
n=9
n=21
n=9
1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx
Média
DP
86 87,48 89,78 91,67 51,42 53,23 52,78 54,56 70,09 71,28 72,44
4,47
4,75
6,44
7,12
3,68
3,37
3,31
3,91
2,75
3,00
2,60
74 108,4 111,0 111,8 113,8
4,09
3,06
2,96
4,2
6,29
MMn 80,00 81,00 76,00 77,00 46,00 46,00 49,00 49,00 65,00 66,00 68,00 68,00 104,0 105,0 106,0 107,0
MMx 95,00 98,00 98,00 101,0 60,00 60,00 58,00 60,00 75,00 77,00 76,00 82,00 116,0 116,0 121,0 129,0
* DP= Desvio Padrão, MMn= Medida mínima, MMx=Medida máxima.
TABELA 3
Sexo feminino. Grupo I e Grupo II. Estatística descritiva das medidas
cefalométricas lineares na primeira e segunda radiografia.
Sexo Feminino
Medidas Cefalométricas (mm)
CoA
CoGo
GoGn
CoGn
Grupo I
Grupo II
Grupo I
Grupo II
Grupo I
Grupo II
Grupo I
Grupo II
n=31
n=32
n=31
n=32
n=31
n=32
n=31
n=32
1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx 1º Rx 2º Rx
Média 81,48 83,54 83,75 85,50 48,35 50,41 49,50 51,00 67,45 69,35 69,28 70,87 103,4 106,6 105,6 108,0
DP
3,74
3,74
3,43
3,20
2,53
2,68
3,02
3,10
3,48
3,64
3,45
3,64
4,43
4,38
4,28
4,35
MMn 72,00 76,00 79,00 80,00 44,00 44,00 39,00 44,00 56,00 58,00 64,00 64,00 93,00 99,00 98,00 100,0
MMx 91,00 92,00 91,00 94,00 55,00 57,00 54,00 58,00 73,00 75,00 78,00 78,00 113,0 115,0 114,0 116,0
* DP= Desvio Padrão, MMn= Medida mínima, MMx=Medida máxima.
R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 19-31, jul./ago. 2001
25
estatisticamente significante ao nível
de 5% entre os indivíduos do sexo masculino e os do feminino para todas as
dimensões das medidas cefalométricas
lineares estudadas, para os grupos I e
II, tanto para a primeira como para a
segunda radiografia.
Nossos achados concordaram
com os de HARRIS 17 (1962),
HUNTER 21 (1966), SAVARA e
TRACY 44 (1967), INGERSLEV e
SOLOW22 (1975), MITANI34 (1977),
BISHARA et al.4 (1981), LEWIS et
al. 28 (1982), McNAMARA Jr. 52
(1984), LEWIS et al. 29 (1985),
PRATES et al.43 (1988), PINZAN et
al.41 (1993), SIQUEIRA e PRATES47
(1995) e URSI53 (1996) que, comparando as medidas cefalométricas
entre os indivíduos do sexo masculino e os do feminino, notaram haver
diferença estatisticamente significante, sendo que o complexo crânio-facial
foi menor nas mulheres do que nos
homens, principalmente em relação
aos comprimentos da maxila e mandíbula.
TOFANI49 (1972) verificou que o
crescimento da mandíbula continua depois da menarca, contudo a quantida-
CoA - Grupo I e II
CoGo - Grupo I e II
mm
92
91
90
89
88
87
86
85
84
83
82
81
80
de de crescimento, na média, é maior
antes do que após a menarca. NANDA38
(1955), BJÖRK e HELM5 (1963) e
HUNTER21 (1966) observaram que o
crescimento facial continuou até a terceira década de vida na maioria dos
indivíduos do sexo masculino, mesmo
depois que o crescimento em estatura
tenha terminado, enquanto que para
os do sexo feminino, o crescimento
facial cessou na segunda década de
vida. PRATES et al.43 (1988) atribuíram esta diferença entre os sexos ao
fato dos meninos apresentarem um
SCP, nas dimensões faciais, mais tar-
mm
55
54
53
52
51
50
49
48
47
46
45
1º Rx-Gl
2º Rx-Gl
Feminino
1º Rx-Gll
2º Rx-Gll
1º Rx-Gl
Rx
2º Rx-Gl
Feminino
Masculino
1º Rx-Gll
2º Rx-Gll
Rx
Masculino
FIGURA 7 - Representação gráfica das médias das dimensões da medida cefalométrica CoA no grupo I e II
para a primeira e segunda radiografia, nos indivíduos
do sexo feminino e masculino.
FIGURA 8 - Representação gráfica das médias das dimensões da medida cefalométrica CoGo no grupo I e II
para a primeira e segunda radiografia, nos indivíduos
do sexo feminino e masculino.
GoGn - Grupo I e II
CoGn - Grupo I e II
mm
mm
114
114
112
112
110
110
108
108
106
106
104
104
102
102
100
Rx
1º Rx-Gl
2º Rx-Gl
Feminino
1º Rx-Gll
2º Rx-Gll
100
Rx
1º Rx-Gl
Masculino
FIGURA 9 - Representação gráfica das médias das dimensões da medida cefalométrica GoGn no grupo I e II
para a primeira e segunda radiografia, nos indivíduos
do sexo feminino e masculino.
2º Rx-Gl
Feminino
1º Rx-Gll
2º Rx-Gll
Masculino
FIGURA 10 - Representação gráfica das médias das dimensões da medida cefalométrica CoGn no grupo I e II
para a primeira e segunda radiografia, nos indivíduos
do sexo feminino e masculino.
R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 19-31, jul./ago. 2001
26
dio e mais intenso. Apesar disso, diferenças na morfologia crânio-facial entre os sexos são poucas e pequenas16,22.
Observando-se as tabelas 4 e 5, verifica-se que não houve diferença estatisticamente significante ao nível de 5%
entre os grupos I e II para os incrementos de cada medida cefalométrica
linear estudada (CoA, CoGo, GoGn,
CoGn), tanto para os indivíduos do
sexo masculino como para os do sexo
feminino (Fig. 11 e 12).
Os incrementos anuais observados
no trabalho de TRACY e SAVARA50
(1966) para os indivíduos do sexo feminino variaram de 1,2 a 1,7mm entre
os oito e 13 anos de idade para a altura
do ramo (CoGo), de 1,6 a 1,8mm para
o comprimento do corpo da mandíbula
(GoPog) e 2,1 a 2,7mm para o comprimento total de mandíbula (CoPog), sendo relativamente menor do que no nosso estudo que teve aumento variando
de 1,5 a 2,06mm entre os 9,13 e 10,7
anos para a altura do ramo (CoGo), 1,9
a 1,59mm para o comprimento do corpo da mandíbula (GoGn) e, 2,44 a
3,19mm para o comprimento total da
mandíbula (CoGn). Esta mesma similaridade de crescimento anual durante o
período estudado foi vista por MITANI35
(1981). Para os indivíduos do sexo
masculino, os incrementos anuais observados no trabalho de SAVARA e
TRACY44 (1967), variaram de 1,2 a
1,7mm entre os nove e 12anos
TABELA 4
Sexo Masculino. Comparação entre os grupos I e II. Resultado do teste t(Student) e Intervalo de Confiança
(IC) para o valor médio da diferença entre os incrementos médios das medidas cefalométricas lineares.
Sexo Masculino
Medidas Cefalométricas (mm)
Grupos
CoA
CoGo
GoGn
CoGn
I
II
I
II
I
II
I
II
n=21
n=9
n=21
n=9
n=21
n=9
n=21
n=9
Média
1,48
1,89
1,81
1,78
1,19
1,56
2,62
2,00
Desvio Padrão
1,25
1,83
1,91
1,48
1,29
2,30
2,20
2,45
t
-0,72
0,04
-0,56
0,68
g1
28
28
28
28
p
0,48
0,97
0,58
0,50
IC (95%)
-1,59 a 0,76
-1,44 a 1,50
-1,70 a 0,97
-1,24 a 2,48
TABELA 5
Sexo Feminino. Comparação entre os grupos I e II. Resultado do teste t(Student) e Intervalo de Confiança
para o valor médio da diferença entre os incrementos médios das medidas cefalométricas lineares.
Sexo Feminino
Medidas Cefalométricas (mm)
Grupos
CoA
CoGo
CoGn
I
II
I
II
I
II
I
II
n=31
n=32
n=31
n=32
n=31
n=32
n=31
n=32
Média
2,06
1,75
2,06
1,50
1,90
1,59
3,19
2,44
Desvio Padrão
1,86
1,46
1,55
1,61
1,16
1,68
2,12
1,85
t
0,75
1,42
0,85
1,51
g1
61
61
61
61
p
0,46
0,16
0,40
0,14
IC (95%)
-0,53 a 1,16
-0,23 a 1,36
-0,42 a 1,04
-0,24 a 1,76
SEXO MASCULINO
mm
3
mm
3,5
2,5
3
SEXO FEMININO
2,5
2
G I
1,5
G II
1
2
G I
1,5
G II
1
0,5
0
GoGn
Med.
CoA
CoGo
GoGn
CoGn
Cef.
FIGURA 11 - Representação gráfica dos incrementos médios das medidas cefalométricas nos grupos I e II, nos
indivíduos do sexo masculino.
0,5
0
Med.
CoA
CoGo
GoGn
CoGn
Cef.
FIGURA 12 - Representação gráfica dos incrementos médios das medidas cefalométricas nos grupos I e II, nos
indivíduos do sexo feminino.
R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 19-31, jul./ago. 2001
27
de idade para a altura do ramo (CoGo),
de 1,3 a 1,6mm para o comprimento
do corpo (GoPog) e por volta de 2,1mm
para o comprimento total da mandíbula
(CoPog), que apesar de similares aos
encontrados em nosso trabalho, apresentam também valores menores para
os respectivos incrementos como foi
evidenciado para as meninas. BJÖRK5
(1963) encontrou diferença estatisticamente significante entre a quantida-
de de crescimento no início (período
pré-puberal – 1,5mm/ano) e o pico do
surto (período puberal – 5,5mm/ano).
No trabalho de PRATES et al.43
(1988), o crescimento mandibular apresentou maior aumento no período compreendido entre 12 e 14 anos de idade
para os meninos e TOFANI49 (1972)
verificou que o crescimento mandibular
ocorre com maior magnitude na faixa
etária entre 11 e 12 anos para as meni-
nas. LASCALA e VAROLI27 (1993) evidenciaram maior crescimento da altura do ramo (CoGo) e do comprimento
do corpo da mandíbula (GoMe) durante
o segundo quinquênio (dez a 15 anos),
enquanto que o comprimento total da
mandíbula apresentou maior crescimento no terceiro quinquênio (15 aos
vinte anos).
TRACY et al.51 (1965) interrelacionaram algumas medidas cefalo-
TABELA 6
Grupo I. Comparação entre os sexos feminino e masculino. Resultado do teste t(Student) e Intervalo de Confiança
(IC) para o valor médio da diferença entre os incrementos médios das medidas cefalométricas lineares.
Grupo I
Medidas Cefalométricas (mm)
Sexo
CoA
CoGo
GoGn
CoGn
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
n=31
n=21
n=31
n=21
n=31
cn=21
n=31
n=21
Média
2,06
1,48
2,06
1,81
1,90
1,19
3,19
2,62
Desvio Padrão
1,86
1,25
1,55
1,91
1,16
1,29
2,12
2,20
t
1,27
0,53
2,07
g1
50
50
50
50
p
0,21
0,60
0,043*
0,35
IC (95%)
-0,34 a 1,52
-0,71 a 1,22
0,02 a 1,40
-0,65 a 1,80
0,94
*diferença estatisticamente significante ao nível de 5%
TABELA 7
Grupo II. Comparação entre os sexos feminino e masculino. Resultado do teste t(Student) e Intervalo de Confiança
(IC) para o valor médio da diferença entre os incrementos médios das medidas cefalométricas lineares.
Grupo II
Medidas Cefalométricas (mm)
Sexo
CoA
CoGo
GoGn
CoGn
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
n=32
n=9
n=32
n=9
n=32
cn=9
n=32
n=9
Média
1,75
1,89
1,50
1,78
1,59
1,56
2,44
2,00
Desvio Padrão
1,46
1,83
1,61
1,48
1,68
2,30
1,85
2,45
t
-0,24
-0,47
0,58
g1
39
39
39
39
p
0,81
0,64
0,96
0,56
IC (95%)
-1,32 a 1,04
-1,48 a 0,93
-1,35 a 1,43
-1,08 a 1,95
GRUPO I
mm
3,5
0,06
GRUPO II
mm
3,5
3
3
2,5
2,5
2
Masc.
2
Masc.
1,5
Fem.
1,5
Fem.
1
1
0,5
0
Med.
CoA
CoGo
GoGn
CoGn
Cef.
FIGURA 13 - Representação gráfica dos incrementos das
medidas cefalométricas no grupo I, nos indivíduos dos
sexos feminino e masculino.
0,5
0
Med.
CoA
CoGo
GoGn
CoGn
Cef.
FIGURA 14 - Representação gráfica dos incrementos das
medidas cefalométricas no grupo II, nos indivíduos dos
sexos feminino e masculino.
R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 19-31, jul./ago. 2001
28
métricas mandibulares em meninas, encontrando correlação entre o incremento do comprimento total da mandíbula
com o da altura do ramo e com o do
comprimento do corpo. LASCALA e
VAROLI27 (1993) e URSI53 (1996)
concordam com ODEGAARD39 (1970)
e NAKANE- MATSUMOTO e TELLES37
(1988) que verificaram que a inclinação do plano mandibular e o ângulo
goníaco diminuem com a idade, a altura do ramo e o comprimento do corpo
da mandíbula tendem a aumentar durante o crescimento, concluindo que a
diminuição do ângulo do plano mandibular com crescimento condilar e com
aumento da altura do ramo mandibular, influencia beneficamente o tratamento ortodôntico.
Nas Tabelas 6 e 7, relacionamos os
indivíduos do sexo feminino com os do
sexo masculino para os incrementos de
cada medida cefalométrica linear (CoA,
CoGo, GoGn, CoGn), nos diferentes grupos, verificando-se que somente o valor
do incremento da medida cefalométrica
linear GoGn do grupo I foi estatisticamente significante, porque o valor de p
foi menor do que 0,05.
Nossos achados reforçaram os encontrados por MAJ e LUZI30 (1964),
JOHNSTON et al.25 (1965), LEWIS et al.28
(1982) e LEWIS et al.29 (1985) que relatou haver similaridade dos incrementos médios nos dois sexos (Fig. 13 e
14). Enquanto que JAMISON et al.24
(1982), discordando, verificaram que as
mudanças incrementais na altura e nos
parâmetros faciais foram significantemente diferentes entre os sexos, além
de apresentarem aumento maior no
período de pico de crescimento puberal
crementais nos parâmetros faciais entre os meninos e as meninas.
Por último, unimos os incrementos
de cada medida cefalométrica linear dos
indivíduos do sexo masculino com os
do sexo feminino, pois como visto anteriormente quase não houve diferença estatisticamente significante entre eles.
Comparamos as médias dos incrementos para cada medida cefalométrica linear entre os grupos I e II, independente do sexo, obtendo os valores contidos
na tabela 8 e representados na figura
15. Evidenciamos que não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos I e II para as médias dos
incrementos das medidas cefalométricas
lineares, quando da união dos indivíduos do sexo masculino e os do feminino, porque o correspondente valor de p
foi maior do que 0,05.
A explicação para não encontrarmos diferença estatisticamente significante entre os grupos I e II para ambos
os sexos, está relacionada ao período
para ambos os sexos. Apesar disso, MAJ
e LUZI30 (1964) e JOHNSTON et al.25
(1965) observaram ainda maiores valores de incrementos para as meninas,
concordando com os nossos resultados,
onde a figura 13 mostra que no grupo
I, os incrementos para o sexo feminino
foram maiores do que para o sexo masculino, sendo que somente o incremento para o comprimento do corpo da
mandíbula é estatisticamente diferente
entre os sexos. NANDA38 (1955),
HUNTER21 (1966), MITANI34 (1977) e
BISHARA et al.4 (1981) encontraram
maior aumento no crescimento total para
os meninos do que para as meninas,
tanto para altura do ramo e comprimento mandibular. SIQUEIRA e
PRATES47 (1995) também afirmaram
que a quantidade de crescimento para o
comprimento da maxila e da mandíbula
era maior para os meninos, concordando com JAMISON et al.24 (1982) que
observaram diferença significante no
perfil de crescimento das mudanças inFeminino
+
Masculino
mm
3,5
3
2,5
2
G I
1,5
G II
1
0,5
Med.
0
CoA
CoGo
GoGn
Cef.
CoGn
FIGURA 15 - Representação gráfica dos incrementos das medidas cefalométricas nos grupos I e II, independente do sexo.
TABELA 8
Comparação entre os grupos I e II. Resultado do teste t(Student) e Intervalo de Confiança (IC) para o valor médio
da diferença entre os incrementos médios das medidas cefalométricas lineares, independente do sexo.
Medidas Cefalométricas (mm)
CoA
CoGo
GoGn
CoGn
Grupos
I
II
I
II
I
II
I
II
(Masculino + Feminino)
n=52
n=41
n=52
n=41
n=52
cn=41
n=52
n=41
Média
1,83
1,78
1,96
1,56
1,62
1,59
2,96
2,34
Desvio Padrão
1,65
1,52
1,69
1,57
1,25
1,80
2,15
1,97
t
0,14
1,17
0,09
1,43
g1
91
91
91
91
p
0,89
0,24
0,92
0,16
IC (95%)
-0,62 a 0,71
-0,28 a 1,08
-0,60 a 0,66
-0,24 a 1,48
R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 19-31, jul./ago. 2001
29
estudado compreender a fase de aceleração do SCP, na qual o crescimento
tenderia a linearidade, ou seja, o indivíduo quando inicia o surto teria um
incremento anual relativamente igual
até atingir o pico do SCP. As faixas
etárias estudadas se encontram dentro das descritas no trabalho de LEWIS
et al.28 (1982) que mostrou que o SCP
mandibular ocorre entre os dez a 17
anos de idade para os meninos e de
oito a 15 anos de idade para as meninas, concordando com os achados de
BISHARA et al.4 (1981) e JAMISON et
al.24 (1982). Assim, SINGER46 (1980)
sugeriu iniciar a terapia ortodôntica
logo no início do surto para corrigir a
maloclusão enquanto o paciente está
crescendo, pois além do clínico poder
deixar passar o pico de velocidade de
crescimento devido a grande variação
na época de ocorrência entre os indivíduos, o ortodontista teria mais tempo
de crescimento individual do paciente
para tratar do problema, conseguindo
obter melhores resultados. O mesmo
foi sugerido por BISHARA et al.4
(1981), URSI52 (1994) e VIAZIS54
(1995) que afirmaram não haver justificativa para o tratamento da discrepância ântero-posterior ser adiado, se
o tratamento é indicado precocemente, uma vez que as mudanças nas relações mandibulares no início e pico do
surto são de magnitudes clinicamente
e estatisticamente similares e, o período de crescimento máximo pode não
ser de magnitude suficiente para corrigir a discrepância. Além disso, URSI52
(1994) observou que o tratamento iniciado no período do SCP, teria o seu
tempo reduzido e seria mais eficiente,
concordando com VIAZIS54 (1995)
que concluiu que o adiamento do tratamento poderia acarretar problemas
funcionais ou estéticos mais severos.
Abstract
Orthodontics Discipline of the School of
Dentistry in São José dos Campos –
UNESP, from seven years and two
months to 13 years and five months
old. The hand-wrist radiographs with
their lateral cephalometric radiographs
from the same patient according to gender (male and female) and to period in
which they were in the pubertal growth
curve, in groups I and II, corresponding
to the beginning and peak of the PGS,
respectively. Using the t (Student) statistical test, it was concluded that there
Growth; Hand-wrist radiography; Lateral cephalometric radiography; Mandibular growth; Maxillary
growth; Pubertal growth Spurt.
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Individual knowledge of facial growth
and development during pubertal growth
spurt (PGS) is important as an adjunct
for orthodontic diagnosis and treatment
planning. In this study, we proposed to
compare the maxillary and mandibular
growth between the initial and peak
phases of the PGS, also verifying if growth
differences between males and females
exists. We used 93 hand-wrist radiographs and 186 lateral cephalometric
radiographs from the patients’ file of the
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CONCLUSÕES
Pelos resultados obtidos nesta
pesquisa, chegamos às seguintes
conclusões:
a) o crescimento maxilar e mandibular na fase de aceleração do SCP
tendeu a linearidade;
R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 19-31, jul./ago. 2001
b) houve aumento no tamanho
de todas as dimensões cefalométricas estudadas, tanto para os indivíduos do sexo feminino como para os
do masculino;
c) houve diferença estatisticamente
significante para todas as dimensões
cefalométricas lineares estudadas
(CoA, CoGo, GoGn, CoGn) entre os indivíduos do sexo masculino e do feminino, sendo que as medidas foram
maiores para os meninos do que para
as meninas;
d) não houve diferença estatisticamente significante para os incrementos de cada medida cefalométrica
linear estudada (CoA, CoGo, GoGn,
CoGn) entre os grupos I e II, tanto para
os meninos como para as meninas;
e) houve similaridades dos incrementos médios nos dois sexos para
a maioria das medidas estudadas;
f) não houve diferença estatisticamente significante entre as médias dos incrementos de cada medida
cefalométrica estudada entre os grupos I e II, independente do sexo.
was no significant statistical difference
for the increments of each linear cephalometric measurements studied between
the groups I (beginning of the PGS) and
II (peak of the PGS), either for boys or
girls, suggesting a linear maxillo-mandibular growth during the acceleration
phase of the PGS.
Key-words:
30
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Endereço para correspondência
Thaís Hamui da Cunha Prata
Rua Dr. Melo Alves, 392 apto. 1301
Bairro: Cerqueira Cesar
CEP: 01417-010 - São Paulo - SP
31
<faltando>
Artigo de Divulgação
Ortodontia: Muito mais que Belos Sorrisos
Orthodontics: More Than Just Pretty Smiles
Resumo
Jay Bowman
As tendências atuais em relação
ao tratamento ortodôntico enfatizam
a abordagem sem extração, a despeito da ausência de sustentação por
parte da literatura recomendada para
muitas das alternativas propostas à
extração de pré-molares. Além disso,
relatos curiosos publicados em periódicos não-recomendados, têm questionado os efeitos estéticos do tratamento com extração. Tendo em vista
que a cada dia aumentam na Odontologia os tratamentos fundamentados em evidências, relatos sobre os
efeitos (positivos e negativos) de diferentes opções de tratamento ortodôntico, têm surgido em números
cada vez maiores. O objetivo deste
artigo é resumir os resultados de investigações que descrevem o impacto estético do tratamento ortodôntico
com e sem extração.
INTRODUÇÃO
É inegável e facilmente observável
o fato de que o sol nasce no leste e se
põe no oeste. Mesmo assim, muitos
optarão por não acreditar em um fenômeno que parece tão óbvio. E, se a
discussão envolver questões profissionais, muitos são fortemente inclinados a ignorar as evidências de seus
sentidos, ocasionalmente deixam de
lado a dúvida e acabam aceitando uma
evidência curiosa ou relatos de casos
como fatos. 1 Esta mesma situação
ocorreu na virada do século XX,
quando do surgimento da pseudociência, ocasião em que teorias foram sistematicamente apresentadas sem qualquer base.2 Esta revisão é um resumo
da estética facial em termos de pesquisa, realidades ambientais e promoção pessoal.
O Papel da Estética Facial na
Ortodontia
Nas atuais discussões sobre a estética facial, a Ortodontia normalmente é tomada como bode expiatório no
circuito de conferências, na literatura
e, ocasionalmente, nos tribunais. São
muitos os que se autodeclaram especialistas em estética facial, muitos deles com interesses particulares. No entanto, há pouca sustentação até o momento para qualquer hipótese sobre
estética em particular. Considerando o
atual estado da arte neste novo
Jay Bowman
Palavras-chave:
Estética facial; Extração x não extração;
Perfil facial.
O Dr. Bowman é diplomado pelo Conselho Americano de Ortodontistas, pela Sociedade Edward H. Angle de Ortodontistas e pelo Colégio Americano de Odontologia. É professor Adjunto Associado na Universidade de Saint Louis,
desenvolveu e ministra o Curso “Straightwire” na Universidade de Michigan e mantém consultório particular em
Portage, Michigan.
001-01 ART. Orthodontics: More Than Just Pretty Smiles
Tradução: Maria Alexandra P. C. Grosso; Revisão Científica: Dra. Rosely Suguino; Diagramação: Valéria Vieira.
R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 33-42, jul./ago. 2001
33
Download

turidade fisiológica 13,46. Por isso, o co- nhecimento