1
Ministério da educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Dois Vizinhos
Diretoria de Graduação e Educação Profissional
PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Projeto de Abertura do Curso de
Licenciatura em Educação do Campo
Habilitações em:
• Ciências Agrárias
• Ciências da Natureza e Matemática.
Dois Vizinhos
2010
2
Projeto de Abertura do Curso de
Licenciatura em Educação do Campo
Habilitações em:
• Ciências Agrárias
• Ciências da Natureza e Matemática.
Projeto apresentado ao Conselho de
Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação –
COEPP pela Comissão designada por
portaria nº 065 de 25 de junho de 2009 e
pela Direção do Campus Dois Vizinhos da
Universidade Tecnológica Federal do
Paraná.
Comissão de Elaboração:
Profª MSc. Vanice Schossler Sbardelotto
Prof. Dr. Alfredo de Gouvêa
Prof. Dr. Celso Eduardo Pereira Ramos
Prof. MSc. Serinei Cesar Grigolo
Dois Vizinhos
2010
2
3
ÍNDICE
1 HISTÓRICO ...................................................................................................................04
1.1 Histórico da UTFPR....................................................................................................04
1.2 Histórico do Campus Dois Vizinhos............................................................................08
2 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO....................................................................................... 10
3 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA.................................................................11
3.1 Concepção do curso...................................................................................................11
3.2 Justificativa e finalidades............................................................................................13
3.2.1 Introdução .................. ...........................................................................................13
3.2.2 Caracterização da Região Sudoeste do Paraná.....................................................13
3.2.3 Demanda Regional de Formação em Licenciatura em Educação do Campo ........19
3.2.4 Trajetória da Licenciatura em Educação do Campo...............................................22
3.2.5 A Demanda de Formação de Professores para o campo........................................26
3.2.6 Origem da Educação do Campo..............................................................................27
3.3 Objetivos do Curso......................................................................................................29
3.4 Competências, Habilidades e Atitudes Esperadas do Egresso .................................30
3.5 Perfil Profissional........................................................................................................31
3.6 Titulo Profissonal, Atribuções e Campo de Atuação Profisional.................................31
4 MATRIZ CURRICULAR................................................................................................32
4.1 Lógica da Organização Curricular...............................................................................33
4.2 Composição da Formação..........................................................................................34
4.2.1 Ênfases e Núcleos Formadores .................. ..........................................................38
4.3 Matriz Curricular do curso...........................................................................................40
4.4 Disciplinas por Semestre/Periodização.......................................................................41
4.5 Ementário das Disciplinas...........................................................................................65
4.7 Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório...........................................................65
4.8 Trabalho de Conclusão de Curso............................................................................ ...66
4.9 Planos de Ensino e Referências Bibliográficas...........................................................66
5 INFRA-ESTRUTURA DO CURSO................................................................................66
5.1 Instalações e Equipamentos.......................................................................................66
5.2 Biblioteca e Acervo Bibliográfico.................................................................................67
5.3 Setores de produção e pesquisa................................................................................67
5.4 Laboratórios..............................................................................................................71
6 CORPO DOCENTE ......................................................................................................74
6.1 Relação de Docentes..................................................................................................74
6.2 Relação das disciplinas/núcleos e docentes ministrantes..........................................76
ANEXOS............................................................................................................................80
ANEXO A – Regulamento acadêmico...............................................................................81
3
4
1 HISTÓRICO
1.1 HISTÓRICO DA UTFPR
A instituição atualmente denominada Universidade Tecnológica Federal do Paraná
iniciou suas atividades no começo do século XX, quando em 23 de setembro de 1909,
através do Decreto Presidencial nº 7.566, foi institucionalizado o ensino profissionalizante no
Brasil. Em 16 de janeiro de 1910, foi inaugurada a Escola de Aprendizes e Artífices de
Curitiba, à semelhança das criadas nas capitais de outros estados da federação. O ensino
ministrado era destinado, inicialmente, às camadas mais desfavorecidas e aos menores
marginalizados, com cursos de ofícios como alfaiataria, sapataria, marcenaria e serralheria.
Em 1937, a Escola iniciou o ensino ginasial industrial, adequando-se à Reforma
Capanema. Nesse mesmo ano, a Escola de Aprendizes Artífices passou a ser denominada
de Liceu Industrial de Curitiba e começou o Ensino Primário. A partir de 1942, inicia o ensino
em dois ciclos. No primeiro, havia o Ensino Industrial Básico, o de Mestria, o Artesanal e o
de Aprendizagem. No segundo, o Técnico e o Pedagógico. Com essa reforma, foi instituída
a Rede Federal de Instituições de Ensino Industrial e o Liceu mudou a denominação para
Escola Técnica de Curitiba. Em 1943, surgem os primeiros Cursos Técnicos: Construção de
Máquinas e Motores, Edificações, Desenho Técnico e Decoração de Interiores. Em 1944, é
ofertado o Curso Técnico em Mecânica.
Em 1946, foi firmado um acordo entre o Brasil e os Estados Unidos visando ao
intercâmbio de informações relativas aos métodos e à orientação educacional para o ensino
industrial e ao treinamento de professores. Decorrente desse acordo criou-se a Comissão
Brasileiro-Americana Industrial (CBAI), no âmbito do Ministério da Educação. Os Estados
Unidos contribuíram com auxílio monetário, especialistas, equipamentos, material didático,
oferecendo estágio para professores brasileiros em escolas americanas integradas à
execução do Acordo. A então Escola Técnica de Curitiba tornou-se um Centro de Formação
de Professores, recebendo e preparando docentes das Escolas Técnicas de todo o país, em
cursos ministrados por um corpo docente composto de professores brasileiros e
americanos.
Em 1959, a Lei nº 3.552 reformou o ensino industrial no país. A nova legislação
acabou com os vários ramos de ensino técnico existentes até então, unificando-os. Permitiu
maior autonomia e descentralização da organização administrativa e trouxe uma ampliação
dos conteúdos da educação geral nos cursos técnicos. A referida legislação estabeleceu,
ainda, que dois dos membros do Conselho Dirigente de cada Escola Técnica deveriam ser
representantes da indústria e fixou em 4 anos a duração dos cursos técnicos, denominados
então cursos industriais técnicos. Por força dessa lei, a Escola Técnica de Curitiba alterou o
4
5
seu nome, à semelhança das Escolas Técnicas de outras capitais, para Escola
Técnica Federal do Paraná.
No final da década de 60, as Escolas Técnicas eram o "festejado modelo do novo
Ensino de 2° Grau Profissionalizante", com seus alunos destacando-se no mercado de
trabalho, assim como no ingresso em cursos superiores de qualidade, elevando seu
conceito na sociedade. Nesse cenário, a Escola Técnica Federal do Paraná destacava-se,
passando a ser referência no estado e no país.
Em 1969, a Escola Técnica Federal do Paraná, juntamente com as do Rio de Janeiro
e Minas Gerais, foi autorizada por força do Decreto-Lei nº 547, de 18/04/69, a ministrar
cursos superiores de curta duração. Utilizando recursos de um acordo entre o Brasil e o
Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), foram implementados três
Centros de Engenharia de Operação nas três Escolas Técnicas referidas, que passaram a
oferecer cursos superiores. A Escola Técnica Federal do Paraná passou a ofertar cursos de
Engenharia de Operação nas áreas de Construção Civil e Eletrotécnica e Eletrônica, a partir
de 1973.
Cinco anos depois, em 1978, a Instituição foi transformada em Centro Federal de
Educação Tecnológica do Paraná (CEFET-PR), juntamente com as Escolas Técnicas
Federais do Rio de Janeiro e Minas Gerais, que também ofereciam cursos de ensino
superior de curta duração. Era um novo modelo de instituição de ensino com características
específicas: atuação exclusiva na área tecnológica; ensino superior como continuidade do
ensino técnico de 2º Grau e diferenciado do sistema universitário; acentuação na formação
especializada, levando-se em consideração tendências do mercado de trabalho e do
desenvolvimento; realização de pesquisas aplicadas e prestação de serviços à comunidade.
Essa nova situação permitiu no CEFET-PR, a implantação dos cursos superiores com
duração plena: Engenharia Industrial Elétrica, ênfase em Eletrotécnica, Engenharia
Industrial Elétrica, ênfase em Eletrônica/Telecomunicações e Curso Superior de Tecnologia
em Construção Civil. Posteriormente, em 1992, passaria a ofertar Engenharia Industrial
Mecânica em Curitiba e, a partir de 1996, Engenharia de Produção Civil, também em
Curitiba, substituindo o curso de Tecnologia em Construção Civil, que havia sido
descontinuado.
Em 1988, a instituição iniciou suas atividades de pós-graduação "stricto sensu" com
a criação do programa de Mestrado em Informática Industrial, oriundo de outras atividades
de pesquisa e pós-graduação "lato sensu", realizadas de forma conjunta, com a
Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná
(PUC-PR), além da participação do governo do Estado do Paraná como instituição de apoio
ao fomento. Mais tarde, em 1991, tendo em vista a interdisciplinaridade existente nas
atividades de pesquisa do programa, que envolviam profissionais tanto nas áreas mais
5
6
ligadas à Engenharia Elétrica quanto aqueles mais voltados às áreas de Ciência
da Computação, o Colegiado do Curso propôs que sua denominação passasse a
ser de "Curso de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial" (CPGEI),
o que foi aprovada pelos Conselhos Superiores do CEFET-PR.
A partir de 1990, participando do Programa de Expansão e Melhoria do Ensino
Técnico, o CEFET-PR estendeu sua ação educacional ao interior do estado do Paraná com
a implantação de suas Unidades de Ensino Descentralizadas nas cidades de Medianeira,
Cornélio Procópio, Ponta Grossa e Pato Branco. Em 1994, o então CEFET-PR, através de
sua Unidade de Pato Branco, incorporou a Faculdade de Ciências e Humanidades daquele
município. Como resultado, passou a ofertar novos cursos superiores: Agronomia,
Administração, Ciências Contábeis, entre outros. No ano de 1995, foi implantada a Unidade
de Campo Mourão e, em 2003, a Escola Agrotécnica Federal de Dois Vizinhos foi
incorporada ao CEFET-PR, passando a ser a sétima UNED do sistema. .
Em 1995, teve início o segundo Programa de Pós-Graduação "stricto sensu", o
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia (PPGTE), com área de concentração em
Inovação Tecnológica e Educação Tecnológica, na UNED Curitiba.
Em 1996, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96 de
20 de dezembro de 1996, desvincula a educação profissional da educação básica. Assim,
os cursos técnicos integrados são extintos e passa a existir um novo sistema de educação
profissional, ofertando cursos nos níveis básico, técnico e tecnológico, no qual os Centros
Federais de Educação Tecnológica deveriam prioritariamente atuar. A partir de então, houve
um redirecionamento da atuação do CEFET-PR para o Ensino Superior, prosseguindo com
expansão também da Pós-Graduação, baseada num plano interno de capacitação e
ampliada pela contratação de novos docentes com experiência e titulação.
Devido a esta mudança legal, a UTFPR interrompe a oferta de novas turmas dos
cursos técnicos integrados a partir de 1997. Este nível de ensino continuou a ser
contemplado em parcerias com instituições públicas e privadas, na modalidade pós-médio.
Em 1998 iniciou-se o Ensino Médio, antigo 2º grau, desvinculado do ensino
profissionalizante e constituindo a etapa final da educação básica, com duração mínima de
três anos, ministrado em regime anual.
Em 1999, tiveram início os Cursos Superiores de Tecnologia, como uma nova forma
de graduação plena, proposta pelo UTFPR em caráter inédito no País, com o objetivo de
formar profissionais focados na inovação tecnológica.
Também em 1999 o CPGEI iniciou o doutorado em Engenharia Elétrica e Informática
Industrial.
Em fevereiro de 2001 começou a funcionar em Curitiba, com o nome de Programa
de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais um curso de mestrado,
6
7
envolvendo professores de diferentes áreas como: Física e Química e Mecânica.
No ano de 2002 ocorreu a primeira defesa de dissertação do programa.
Em 2003 a Unidade de Ponta Grossa passa a ofertar o mestrado em Engenharia de
Produção, comprovando o crescimento da pós-graduação, juntamente com a interiorização
das atividades do sistema. Na continuidade, em 2006, foi aprovado o Programa de PósGraduação em Agronomia (PPGA), em Pato Branco; em 2008, o Programa de PósGraduação em Ensino de Ciência e Tecnologia (PPGECT), em Ponta Grossa. Em 2009, a
UTFPR acrescenta mais dois Programas de Pós-Graduação, um em Engenharia Elétrica
(PPGEE), em Pato Branco, e outro em Engenharia Civil (PPGEC), em Curitiba.
Em outubro de 2005 pela Lei Federal 11.184, O CENTRO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA tornou-se a Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Os
alicerces para a Universidade Tecnológica foram construídos desde a década de 70, quando
a Instituição iniciou sua atuação na educação de nível superior. Assim, após sete anos de
preparo e obtido o aval do Governo Federal, o Projeto de Lei n° 11.184/2005 foi sancionado
pelo Presidente da República, no dia 7 de outubro de 2005, e publicado no Diário Oficial da
União, em 10 de outubro de 2005, transformando o Centro Federal de Educação
Tecnológica do Paraná (CEFET-PR) em Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR), a primeira do Brasil.
A iniciativa de pleitear junto ao Ministério da Educação a transformação teve origem
na comunidade interna, pela percepção de que os indicadores acadêmicos nas suas
atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão credenciavam a instituição a buscar a
condição de Universidade Especializada, em conformidade com o disposto no Parágrafo
Único do Artigo 53 da LDB.
O processo de transformação do CEFET-PR em universidade pode ser subdividida
em três fases principais:
•
A primeira fase, 1979-1988, responsável principalmente pela inserção institucional no
contexto das entidades de Ensino Superior, culminando com a implantação do
primeiro Programa de Mestrado;
•
A segunda fase, 1989-1998, marcada pela expansão geográfica e pela implantação
dos Cursos Superiores de Tecnologia;
•
A última fase, iniciada em 1999, caracterizada pelo ajuste necessário à consolidação
em um novo patamar educacional, com sua transformação em Universidade
Tecnológica.
Em 2006, o Ministério da Educação autorizou o funcionamento dos Campi
Apucarana, Londrina e Toledo, que começaram suas atividades no início de 2007, e
Francisco Beltrão, em janeiro de 2008. Assim, em 2009, são 11 campi, distribuídos no
Estado do Paraná.
7
8
Após a transformação em Universidade, ocorreu um processo acelerado de
implantação de novos cursos de graduação. Assim, no segundo semestre letivo de
2009 foram ofertados 28 cursos de tecnologia, 24 cursos de engenharia, 5 bacharelados em
outras áreas e 3 licenciaturas.
Em 2009, ano de seu centenário, a UTFPR conta com 1.393 docentes, 647 técnicoadministrativos e 16.091 estudantes matriculados em cursos de Educação Profissional de
Nível Técnico, de Graduação e em Programas de Pós-Graduação lato e stricto sensu,
distribuídos nos 11 Campi, no Estado do Paraná.
1.2 HISTÓRICO DO CAMPUS DOIS VIZINHOS
A história da UTFPR Campus Dois Vizinhos é resultado de inúmeros esforços da
comunidade sudoestina. Na década de 70, representantes políticos, comunitários e com
apoio do conjunto da população, que mais tarde viria se constituir na Associação dos
Municípios do Sudoeste do Paraná - AMSOP buscavam materializar a idéia de construir o
que seria a primeira Escola Agrotécnica Federal (EAF) do Estado. Segundo IBGE (2007)1, o
Sudoeste do Paraná conta com uma população de 565.513 (quinhentos e sessenta e cinco
mil, quinhentos e treze) habitantes, economia voltada ao setor primário, composto
basicamente pelo minifúndio, a exemplo do oeste catarinense e paranaense. A implantação
desta Escola se tornou uma busca contínua na vida do Sudoeste do Paraná e
especialmente no município de Dois Vizinhos.
Em 1992, por instrução da Secretaria da Educação Média e Tecnológica - SEMTEC,
do Ministério da Educação e do Desporto, Dois Vizinhos foi contemplado com a criação da
Escola, emitindo para tanto, parecer favorável à aquisição de uma área com
aproximadamente 200 hectares, indispensável para a viabilização do projeto, ficando
evidenciado, portanto, a necessidade de uma contrapartida do Município. As exigências do
MEC e as normas do Programa de Expansão do Ensino Tecnológico - PROTEC foram
prontamente atendidas.
Em agosto de 1993, o Município adquiriu 191,3ha de terra, deixando assim
evidenciada a vontade dos munícipes em edificar a futura EAF em Dois Vizinhos. No dia 20
de dezembro de 1996, a, Prefeitura Municipal de Dois Vizinhos procedeu a inauguração das
obras já realizadas.
Para o funcionamento desta instituição de ensino e considerando a morosidade na
criação da Autarquia Federal, proposta inicial, criou-se através de ordem Ministerial uma
Unidade de Ensino Descentralizada - UNED (Portaria Ministerial 047, publicada no DOU em
1
. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2007. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em 21/01/2008.
8
9
14.01.97), vinculada à EAF de Rio do Sul - SC, uma Autarquia Federal vinculada
ao MEC/SEMTEC criada pela Lei 8.670 de 30 de junho de 1.993 e autarquizada
pela Lei 8.731 de 16 de novembro de 1.993, para posterior processo de autarquização ao
qual este Município concordou.
Em 14 de março de 1997, procedeu-se o teste de seleção da primeira turma de
alunos, para o Curso de Técnico Agrícola com habilitação em Agropecuária, a qual colou
grau em maio de 2000, sendo, portanto a turma pioneira de formados desta escola.
Com os novos desafios propostos pela reforma da educação, em março de 1999, no
seu terceiro ano de existência, deu-se início ao primeiro curso Técnico Agrícola no sistema
Pós-Médio dentro dos moldes da reforma da educação, com habilitações em Agricultura,
Zootecnia e Agropecuária.
A
autarquização
da
UNED
Dois
Vizinhos,
proposta
inicial
foi
buscada
incessantemente, mas tornava-se um sonho cada vez mais distante, visto a política
implementada pelo governo federal à época, até chegar a um veredito, que não seria
realizada, pela interpretação de um decreto do Ministério da Educação que proibia a criação
de novas autarquias federais.
A manutenção da UNED - Dois Vizinhos vinculada à EAF Rio do Sul, trazia uma
série de problemas de ordem administrativa e de apoio pedagógico, já que o provisório se
tornava em permanente e a distância (aproximadamente 460 km) representava uma barreira
difícil de ser transposta.
Diante de tal realidade, novas alternativas se buscavam para a solução destes
problemas. Eis que surgiu a idéia, em meados de 2001, de a UNED - Dois Vizinhos ser
incorporada pelo sistema CEFET-PR. Mais uma longa caminhada foi iniciada, com muitas
dificuldades, até que a idéia foi aceita. Foi criada, então, uma comissão, com representantes
de ambas as Instituições, para a elaboração de um projeto de incorporação da UNED - Dois
Vizinhos ao sistema CEFET-PR.
No dia 19 de novembro de 2003 foi assinado o repasse, pela Escola Agrotécnica de
Rio do Sul, da Escola Agrotécnica Federal de Dois Vizinhos para o Sistema CEFET-PR,
ficando vinculada administrativamente à UNED Pato Branco do sistema CEFET-PR. Criouse, o Campus Dois Vizinhos da UTFPR, com sede administrativa no Campus Pato Branco.
No início de 2007, o Campus Dois Vizinhos da UTFPR passou a ter autonomia
administrativa.
9
10
2 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO
•
Denominação do Curso: Curso de Licenciatura em Educação do Campo;
•
Titulação conferida: Licenciado em Educação do Campo;
•
Habilitação: Séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio apresentam as
seguintes ênfases: Ciências da Natureza e Matemática; Ciências Agrárias;
•
Modalidade de curso: Licenciatura;
•
Duração do Curso: quatro anos;
a) tempo normal – 08 semestres letivos;
b) tempo mínimo e máximo – conforme estabelecido no Regulamento da
Organização Didático Pedagógica aplicável ao curso.
•
Processo Seletivo: a admissão dos alunos será feita por processo seletivo definido
pela UTFPR;
•
Número de vagas oferecidas: 60 (sessenta) vagas;
•
Turnos previstos: Diurno;
•
Ano e semestre de início de funcionamento do Curso: 2010, segundo semestre;
•
Regime de Funcionamento: Regime de alternância;
O Regime de Alternância é um dos elementos constitutivos deste projeto, pois
garante que o estudante passe parte do tempo na Universidade e outro na comunidade de
origem, escola rural. Também é um dos elementos importantes da dinâmica do curso, pois
garante aos educadores do campo, a possibilidade de exercer suas atividades profissionais
na sua escola ou comunidade concomitante com o seu aperfeiçoamento profissional na
academia sem abandonar suas atividades de professor, sendo esta uma das metodologias
que mais se aproxima com a nossa realidade e necessidade.
A alternância tempo/escola e de tempo/comunidade será um dos elementos centrais
da proposta pedagógica, pois mesmo com mudanças em curso no campo, a organização
pedagógica do curso mantém elementos de sua especificidade, uma vez que as
proposições de ensino-aprendizagem e as práticas de produção têm revelado limites que,
não superam a problemática do êxodo rural.
Os referenciais gerais do conhecimento histórico-cultural expresso na organização
curricular serão, nesse sentido, componentes que tencionarão o modo de pensar e viver
propiciados pelo cotidiano da vida e da produção, que se constituem no ponto de partida
para cumprir os objetivos do ensino proposto neste projeto.
A relação entre o tempo/escola e o tempo/comunidade será pedagogicamente
pensada, de forma que o estudo e as reflexões, ao mesmo tempo gerem novidades no
campo conceitual e operativo das práticas sociais e, na relação oposta, a vivência nas
práticas políticos, sociais, culturais e produtivas gerem problemas, questões, tensões, que
10
11
serão reaproveitadas pelo processo escolar, demandando novas incursões pelo
conhecimento sistematizado.
Assim, o tempo em que os educadores do campo vivenciam nas suas comunidades
será dedicado a um constante processo de reflexão pedagógica sobre a realidade do
campo, os quais posteriormente enriquecerão o debate da etapa presencial na academia e,
desta forma possibilitando uma troca de saberes, buscando superar as dicotomias entre o
saber acadêmico e a realidade da vida no campo.
As atividades de alternância serão determinadas por períodos alternados de 15 dias
na escola/comunidade de origem e 6 dias no Campus Dois Vizinhos da UTFPR. Após o
período presencial os alunos receberão atividades pedagógicas para serem desenvolvidas
nas suas escolas e/ou comunidades.
11
12
3 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
3.1 CONCEPÇÃO DO CURSO
A presente proposta de implementação de um Curso de Graduação - Licenciatura
em Educação do Campo atende à demanda formulada pelo Ministério da Educação, por
meio do Edital n° 9, de 29 de abril de 2009. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Dois Vizinhos, em consonância com as entidades representativas do segmento
agrário e educacional do sudoeste do Paraná, teve neste edital a oportunidade de oferta da
sua primeira turma nesta modalidade de curso. “O projeto de oferta do Curso de
Licenciatura em Educação do Campo” foi elaborado e submetido e, tendo sido aprovado
pelo MEC, busca-se pelo presente a aprovação junto às instâncias internas da UTFPR.
O Curso tem como objeto a escola de Educação Básica do Campo, com ênfase na
construção da organização escolar e do trabalho pedagógico para os anos finais do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio.
Pretende formar e habilitar profissionais para atuar na educação fundamental e
média nas escolas do campo, jovens pertencentes às comunidades do campo que tenham
concluído o Ensino Médio e/ou pessoas que estejam atuando em outras atividades
educativas não escolares junto às populações do campo. O curso tem a intenção de
preparar educadores para uma atuação profissional que vai além da docência, dando conta
da gestão dos processos educativos que acontecem na escola e no seu entorno.
Simultaneamente, o curso pretende contribuir para a construção coletiva de um
projeto de formação de educadores que sirva como referência prática para políticas e
pedagogias de Educação do Campo. Dessa forma, insere-se num esforço de afirmação da
Educação do Campo como política pública, em um processo de construção de um sistema
público de educação para as escolas do campo.
A matriz curricular desenvolve uma estratégia multidisciplinar de trabalho docente,
organizando os componentes curriculares em quatro áreas do conhecimento: Linguagens
(expressão oral e escrita em Língua Portuguesa, Artes, Literatura); Ciências Humanas e
Sociais; Ciências da Natureza e Matemática, e Ciências Agrárias.
A presente proposta oferecerá aos estudantes do Curso de Licenciatura em
Educação do Campo, a opção de escolha de habilitação em uma destas áreas: Ciências da
Natureza e Matemática ou Ciências Agrárias. Cada estudante poderá optar pela habilitação
em uma delas, na qual será certificado. Assim, será ofertada uma turma com duas
habilitações.
A organização curricular prevê etapas presenciais (equivalentes a semestres de
cursos regulares) em regime de alternância entre Tempo/Espaço Escola-Curso e
Tempo/Espaço Comunidade-Escola do Campo, tendo em vista a articulação intrínseca entre
12
13
educação e a realidade específica das populações do campo, bem como a
necessidade de facilitar o acesso e a permanência no curso dos professores em
exercício, ou seja, evitar que o ingresso de jovens e adultos na educação superior reforce a
alternativa de deixar de viver no campo. Entende-se por Tempo-Escola os períodos
intensivos de formação presencial no campus universitário e, por Tempo-Comunidade, os
períodos intensivos de formação presencial nas comunidades camponesas, com a
realização de práticas pedagógicas orientadas.
A carga horária total prevista é de 3960 horas/aula, integralizadas em oito etapas
(semestres) presenciais de curso.
De acordo com a intenção da proposta do MEC, que estimula a parceria das IES,
com entidades educacionais com atuação na formação de educadores e junto às
populações do campo e suas organizações, o curso será implementado mediante a parceria
entre as seguintes organizações:
a) do campo: ACESI/FETRAF – Associação Centro de Educação Sindical da
Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar; INFOCOS – Instituto de Formação do
Cooperativismo Solidário; ARCAFAR – Associação das Casas Familiares Rurais;
ASSESOAR – Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural; CAPA – Centro de
Apoio ao Pequeno Agricultor; SisCOOPAFI – Sistema das Cooperativas da Agricultura
Familiar Integradas; SisCLAF – Sistema das Cooperativas de Leite da Agricultura Familiar;
CRESOL/BASER – Base das Cooperativas de Crédito com Interação Solidária; AFASP –
Associação das Agroindústrias Familiares do Sudoeste do Paraná; MAB – movimento de
Atingidos por Barragens; MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra; Cooperiguaçu –
Cooperativa Iguaçu de Prestação de Serviços.
b) instituições governamentais que se articulam em torno do território: ACAMSOP –
Associação das Câmaras de Vereadores do Sudoeste do Paraná; AMSOP – Associação
dos Municípios do Sudoeste do Paraná; ASSEC – Associação dos Secretários Municipais
de Agricultura da Região de Pato Branco; ASSEMA – Associação dos Secretários
Municipais de Agricultura e Meio Ambiente da Região de Francisco Beltrão; EMATER –
Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural; Escolas Agrotécnicas,
representadas pela Escola Agrícola Francisco Beltrão; IAP – Instituto Ambiental do Paraná;
IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná; INCRA – Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária; SEAB – Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento; UNIOESTE –
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – campus de Francisco Beltrão; UTFPR –
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – campi de Pato Branco, Dois Vizinhos e
Francisco Beltrão.
Ainda de acordo com a proposição do MEC, a realização do curso dar-se-á através
da organização de turma específica, composta a partir de demandas identificadas pelas
13
14
instituições parceiras, de modo a favorecer uma formação identitária de turma e a
gestão coletiva do processo pedagógico. Será realizada seleção específica, cujos
critérios e instrumentos atenderão ao caráter de ação afirmativa desta proposição com
prioridade a ser dada aos professores em exercício nas escolas do campo.
3.2 JUSTIFICATIVA E FINALIDADES
3.2.1 Introdução
A demanda por educação no campo na região sudoeste vem sendo amplamente
debatida por diversos movimentos sociais, universidades e população do campo. Desta
forma, para caracterizar a demanda e justificar a proposição do curso, faz-se necessário
apresentar a região e a discussão que se desenvolve nela em torno da educação do
campo.
3.2.2 Caracterização da Região Sudoeste do Paraná
Esta caracterização foi elaborada pelo grupo gestor do território sudoeste do Paraná,
de onde se extraem os elementos que localizam a importância da educação do campo para
o território. A utilização desta produção é fundamental para entender o contexto em que o
presente curso nasceu e foi sendo demandado, a ponto que a inserção da UTFPR neste
contexto, a credencia apresentar este projeto.
Contextualizamos aqui a realidade demográfica, sócio-econômica e ambiental do
território do Sudoeste do Paraná. A região está localizada no Terceiro Planalto Paranaense
e compreende uma área de 17.043 km2 de extensão, que representa cerca de 8% do
território estadual. Abrange 42 municípios situados entre a margem esquerda do rio Iguaçu e
a divisa com a região Oeste de Santa Catarina.
Os municípios que, atualmente, integram o território do Sudoeste são os seguintes,
por ordem alfabética: Ampére, Barracão, Bela Vista da Caroba, Boa Esperança do Iguaçu,
Bom Jesus do Sul, Bom Sucesso do Sul, Capanema, Chopinzinho, Clevelândia, Coronel
Domingos Soares, Coronel Vivida, Cruzeiro do Iguaçu, Dois Vizinhos, Enéas Marques,
Francisco Beltrão, Flor da Serra do Sul, Honório Serpa, Itapejara do Oeste, Manfrinópolis,
Mangueirinha, Mariópolis, Marmeleiro, Nova Esperança do Sudoeste, Nova Prata do Iguaçu,
Palmas, Pato Branco, Pérola do Oeste, Pinhal de São Bento, Planalto, Pranchita,
Renascença, Realeza, Salgado Filho, Salto do Lontra, Santa Izabel do Oeste, Santo Antônio
do Sudoeste, São João, São Jorge do Oeste, Saudade do Iguaçu, Sulina, Verê e Vitorino.
14
15
A população do território do Sudoeste, em 2000, totalizava 557.380
habitantes, sendo que 60,6% localizavam-se nas áreas urbanas e 39,4% nas
zonas rurais, segundo a classificação adotada pelo Censo Demográfico do IBGE.
Analisando-se esses dados numa perspectiva histórica, de 1970 a 2000, pode-se perceber o
movimento migratório que ocorreu na região ao longo desse período, pois, na década de
1970, a população rural representava 82% do total.
Quadro 1: Distribuição relativa da população rural e urbana, entre 1970 e 2000
Área
1970
1980
1991
2000
2000*
Rural
82,0
68,0
52,5
39,4
47,1
Urbana
18,0
32,0
47,5
60,6
52,9
Fonte: IBGE. Censo Demográfico (1970, 1980, 1991, 2000).
* Desconsiderando os dados relativos aos municípios de Francisco Beltrão e Pato Branco.
Levando em consideração os dados apresentados no Quadro 2, pode-se verificar
que 22 municípios possuem mais da metade da população nas áreas rurais e 32
apresentam taxas de urbanização abaixo da média regional, ou seja, menor que 60,6%.
Essas informações apontam para a permanência do caráter eminentemente rural dessa
região, ainda que uma importante parcela dos municípios apresente índices mais altos de
concentração da população em áreas urbanas.
Quadro 2. Distribuição da população total, urbana e rural nos municípios do território do
Sudoeste do Paraná, em 2000
Município
Ampére
Barracão
Bela Vista da Caroba
Boa Esperança do Iguaçu
Bom Jesus do Sul
Bom Sucesso do Sul
Capanema
Chopinzinho
Clevelândia
Coronel Domingos Soares
Coronel Vivida
Cruzeiro do Iguaçu
Dois Vizinhos
Enéas Marques
Flor da Serra do Sul
Francisco Beltrão
Honório Serpa
Itapejara do Oeste
Manfrinópolis
Mangueirinha
Mariópolis
Marmeleiro
População Total População Urbana
Nº
%
15.623
10.403
66,59
9.271
5.825
62,83
4.503
757
16,81
3.107
564
18,15
4.154
382
9,20
3.329
1.307
39,26
18.239
9.311
51,05
20.543
10.529
51,25
18.338
14.814
80,78
7.004
797
11,38
23.306
14.732
63,21
4.394
2.214
50,39
31.986
22.382
69,97
6.382
1.250
19,59
5.059
590
11,66
67.132
54.831
81,68
6.896
1.443
20,93
9.162
4.961
54,15
3.802
448
11,78
17.760
6.460
36,37
6.017
3.771
62,67
13.665
7.168
52,46
População Rural
Nº
%
5.220
33,41
3.446
37,17
3.746
83,19
2.543
81,85
3.772
90,80
2.085
62,63
8.928
48,95
10.014
48,75
3.524
19,22
6.207
88,62
8.574
36,79
2.180
49,61
9.604
30,03
5.132
80,41
4.469
88,34
12.301
18,32
5.453
79,07
4.201
45,85
3.354
88,22
11.310
63,68
2.246
37,33
6.497
47,54
15
16
Nova Esperança do Sudoeste
5.258
Nova Prata do Iguaçu
10.397
Palmas
34.819
Pato Branco
62.234
Pérola do Oeste
7.354
Pinhal do São Bento
2.560
Planalto
14.122
Pranchita
6.260
Realeza
16.023
Renascença
6.959
Salgado Filho
5.338
Salto do Lontra
12.757
Santa Isabel do Oeste
11.711
Santo Antônio do Sudoeste
17.870
São João
11.207
São Jorge do Oeste
9.307
Saudades do Iguaçu
4.608
Sulina
3.918
Verê
8.721
Vitorino
6.285
Sudoeste Total
557.380
Fonte: IBGE. Censo Demográfico, 2000.
1.224
5.311
31.411
56.805
2.720
737
4.814
3.160
9.951
2.928
2.158
5.602
5.695
10.814
5.788
4.511
1.987
1.195
3.029
3.190
337.969
23,28
51,08
90,21
91,28
36,99
28,79
34,09
50,48
62,10
42,08
40,43
43,91
48,63
60,51
51,65
48,47
43,12
30,50
34,73
50,76
60,63
4.034
5.086
3.408
5.429
4.634
1.823
9.308
3.100
6.072
4.031
3.180
7.155
6.016
7.056
5.419
4.796
2.621
2.723
5.692
3.095
219.484
76,72
48,92
9,79
8,72
63,01
71,21
65,91
49,52
37,90
57,92
59,57
56,09
51,37
39,49
48,35
51,53
56,88
69,50
65,27
49,24
39,37
O IDH do Sudoeste (0,760) situava-se abaixo do IDH do Paraná (0,787) e mais
distante ainda quando comparado ao IDH nacional (0,792), no ano 2000. O Sudoeste só
possuía um indicador superior à média brasileira e paranaense: a longevidade das pessoas
do Sudoeste alcançava 0,775, contra 0,741 (Brasil) e 0,747 (Paraná). Nos demais
indicadores os valores de referência encontram-se abaixo das médias estadual e nacional. A
variável renda per capita (0,653) é a que mais se distanciava das posições ocupadas pelo
Paraná (0,736) e do Brasil (0,763), demonstrando que a renda regional encontra-se num
patamar bem inferior: 16 municípios apresentam um IDH abaixo do IDH do Sudoeste.
Comparando-se o IDH-Municipal com o IDH do Paraná, observa-se que 18 municípios
possuem indicadores inferiores ao do estado. Analisando-se o ranking das posições de cada
município, percebe-se que sete localizam-se entre os 50 mais bem colocados e apenas
cinco entre as cem posições mais baixas (Bom Jesus do Sul, Coronel Domingos Soares,
Honório Serpa, Manfrinópolis e Pinhal do São Bento).
O Sudoeste do Paraná, comparado as outras regiões do interior do país, caracterizase por ser uma região de ocupação relativamente recente, visto que só a partir das últimas
seis décadas iniciou a formação dos primeiros núcleos urbanos, estabelecendo, assim, um
processo mais intenso de dinamização das atividades econômicas, em particular daquelas
relacionadas à agropecuária. No decorrer desse período, e principalmente com a
implementação do modelo de modernização agrícola conservadora, a partir de fins da
década de 1960, o papel das atividades agrícolas tem desempenhado um lugar central na
estrutura econômica regional.
16
17
Num panorama mais geral, o Sudoeste abriga 8 unidades de abate e
processamento de aves, 30 laticínios, 23 frigoríficos para abate e processamento
de suínos e bovinos, 8 empresas ligadas à produção de ração animal, em especial para
aves, 101 serrarias (desdobramento de madeira), 34 estabelecimentos para a produção de
lâminas e chapas de madeira, dentre outros empreendimentos que estabelecem uma
relação direta com as atividades agropecuárias. Porém, é importante ressaltar que uma
parcela das empresas ligadas aos segmentos de siderurgia, metalúrgica e usinagem de
metal (48), de ferramentas, ferragens, funilaria e cutelaria (43) e embalagens plásticas (7)
possui uma relação com as demandas do setor agropecuário (IPARDES, 2004, p. 85).
Nesse mesmo estudo realizado pelo IPARDES, é possível recuperar também
elementos importantes para se entender a dinâmica do mercado de trabalho da Mesorregião
Sudoeste.
A
população
economicamente ativa
dessa
região,
em
2000,
é
de,
aproximadamente, 243.000 pessoas, sendo que 94.000 (42,1%) encontram-se ocupadas
nas atividades agropecuárias ou de extração florestal. É importante ressaltar que 30 dos 37
municípios que compõem a Mesorregião Sudoeste do IBGE possuem uma extrema
dependência das atividades agropecuárias, na medida em que respondem por 40% ou mais
da população ocupada nesse setor (IPARDES, 2004, 59-60).
Segundo o IBGE (1996), na estrutura fundiária no sudoeste do Paraná há o
predomínio de pequenos estabelecimentos. Dos mais de 50 mil estabelecimentos rurais da
região, 90% possuem áreas inferiores a 50 hectares e ocupam 46% da área.
Especificamente na microrregião de Francisco Beltrão, onde se situam a grande maioria dos
municípios, cerca de 95% dos estabelecimentos tem área inferior a 50 ha, que
conjuntamente ocupam 75% da área.
No levantamento que está sendo realizado pelo Departamento de Estudos SócioEconômicos Rurais (DESER), no âmbito do projeto Diversificação das Áreas Produtoras de
Tabaco na Região Sul, levando em consideração 40 dos 42 municípios do Sudoeste2,
observa-se que em 12 municípios a combinação entre soja-milho-leite representa o sistema
de produção dominante nos estabelecimentos rurais3. Mas é comum também que, pelo
menos, dois deles se articulem a um terceiro produto (ovos, suínos, frangos, fumo) e
formem um novo sistema (soja-ovos-milho, soja-leite-suínos, milho-leite-soja etc.). Essas
situações específicas ocorrem em 34 municípios, demonstrando a efetiva importância
desses produtos na composição do VBP da agropecuária do território do Sudoeste.
Em função da evolução histórica acima apresentada, o território do Sudoeste
apresenta uma grande diversidade de instituições e organizações sociais.
2
A ausência de dois municípios (Bela Vista da Caroba e Palmas) desse banco de dados justifica-se em função
de não produzirem fumo em suas terras.
3
Analisando-se as informações referentes aos três principais produtos na composição do VBP Agropecuário dos
municípios, verifica-se que soja e leite, cada um, são citados em 29 municípios e o milho aparece em 27.
17
18
De um lado, da perspectiva do Estado e de seus organismos
governamentais, verifica-se uma lenta tendência de retomada de seu papel como
indutor dos processos de desenvolvimento econômico. Essa tendência difere da lógica que
embasou a concepção do Estado Mínimo, provocando um violento desaparelhamento dos
órgãos e das políticas governamentais voltados para a agricultura familiar. Os efeitos desses
processos foram sentidos diretamente pelos produtores familiares na redução dos serviços
públicos de assistência técnica e extensão rural, no desaparecimento de diversos
instrumentos de política agrícola e na ausência de programas de infra-estrutura social para
as áreas rurais dos municípios (moradia, saneamento, estradas, energia elétrica, lazer,
educação, saúde, dentre outros).
As estruturas institucionais disponíveis nas três esferas de governo (federal, estadual
e municipal) da região Sudoeste possuem grandes fragilidades para atender às demandas
imediatas da agricultura familiar e do desenvolvimento rural, particularmente no que diz
respeito à falta de profissionais qualificados para atuar de acordo com os princípios da
sustentabilidade e de infra-estrutura física e de recursos financeiros para desempenhar os
serviços públicos essenciais às populações rurais.
Por sua vez, ao se olhar para o território do Sudoeste do ponto de vista das
organizações sociais, é possível constatar uma tendência de expansão e diversificação das
formas de organização coletiva dos produtores familiares (sindicatos, movimentos sociais,
associações de produção, agroindústrias, cooperativas de crédito, de produção e de
comercialização, entidades de assessoria técnica, redes de cooperação, dentre outras),
transformando-os em sujeitos sociais para intervir nesse contexto. Essas novas
institucionalidades foram criadas como fruto do avanço dos processos sociais que exigem
estruturas organizativas adequadas para responder aos desafios colocados pela realidade e
também das capacidades acumuladas regionalmente que permitem forjar essas inovações
organizacionais. Esse processo tem contribuído para o crescimento da visibilidade e da
expressão social e política da agricultura familiar nessas regiões, tornando-a um
personagem central na implementação de ações voltadas para a conformação de um projeto
de desenvolvimento sustentável.
A constituição desses espaços organizativos resulta também do processo de
mudanças verificado no meio rural e, em especial, no setor agrícola da região Sudoeste.
Diante do contexto de implementação de um modelo de desenvolvimento socialmente
excludente, economicamente concentrador de riquezas e de terras e ambientalmente
insustentável, a agricultura familiar adquiriu um maior grau de complexificação social,
econômica, política e cultural. A partir de meados da década de 1990, a nova realidade
imposta pela inserção dependente do país no processo de globalização forçou os
18
19
segmentos familiares rurais a se posicionarem de forma mais propositiva no
cenário da disputa dos interesses econômicos.
Essa situação é derivada da conjugação de fatores externos e internos. De um lado,
para enfrentar os dilemas colocados pela realidade macro-econômica na qual está inserida,
torna-se necessário que a agricultura familiar esteja mais organizada para defender seus
interesses estratégicos e imediatos, bem como para melhor se posicionar num mercado
oligopolizado e competitivo. Nesse sentido, o contexto global impulsiona-a a construir
organizações sociais e redes que respondam à complexidade dessa nova situação histórica.
Criaram-se também movimentos sociais de mulheres agricultoras, de sem terra e de
atingidos por barragens, associações e cooperativas de produção, cooperativas de crédito
solidário, organizações não-governamentais, redes de comercialização e certificação de
produtos agroecológicos. Nesse contexto, surgiram também espaços coletivos de gestão
territorial do desenvolvimento, a exemplo do Grupo Gestor do Território do Sudoeste do
Paraná e do Fórum da Mesorregião Grande Fronteira Mercosul, visando priorizar e
implementar políticas de desenvolvimento a partir de uma perspectiva territorial e não
apenas políticas públicas setoriais.
A capacidade da agricultura familiar para constituir, particularmente ao longo das
duas últimas décadas, uma diversidade de institucionalidades organizacionais demonstra
não só a sua capacidade de resistência política, econômica, social e cultural aos processos
globais em curso na sociedade. Reflete também a capacidade desses setores de responder
aos desafios derivados de sua inserção subordinada no atual modelo hegemônico de
desenvolvimento, apresentando uma pluralidade de alternativas capaz de gerar um
posicionamento mais dinâmico nos novos contextos que se abrem pela luta social.
Transformar reivindicações coletivas em políticas públicas, desenvolver iniciativas
inovadoras para a construção de um modelo tecnológico fundado na sustentabilidade e em
formas de cooperação, ampliar o acesso aos direitos sociais, fortalecer espaços de
participação cidadã e instituir relações humanas baseadas na eqüidade social tem sido uma
constante.
Nesse momento, diante das duas tendências acima apontadas (retomada do papel
indutor do Estado nos processos de desenvolvimento rural e expansão/diversificação das
organizações sociais da agricultura familiar), ambos setores tem percebido a urgência de se
colocar na agenda política das principais instituições governamentais e organizações de
representação dos interesses coletivos da agricultura familiar da região Sudoeste do Paraná
a necessidade de se concretizar uma articulação democrática capaz de abarcar essa
multiplicidade de institucionalidades. A conformação desse campo busca o fortalecimento
dos laços de cooperação recíproca e solidária entre forças sociais que ocupam diferentes
posições nesse cenário, mas que podem compartilhar de um objetivo estratégico comum.
19
20
Além disso, visa fortalecer a agricultura familiar enquanto uma estratégia
imprescindível para a construção de um projeto sustentável, solidário e
democrático de desenvolvimento no meio rural. Portanto, a diversidade e a multiplicidade
desses complexos processos sociais ainda em construção devem ser potencializadas, sem
que se criem mecanismos hierarquizados e verticalizados que inibam as iniciativas
inovadoras ou ainda que reproduzam a histórica fragmentação das ações voltadas para o
desenvolvimento.
3.2.3 Demanda regional de formação em Licenciatura em Educação do Campo
Resgatando dados apresentados no quadro 1, destaca-se o fato de 47,1% da
população pertencentes ao território do sudoeste4 vive no campo, explicitando a
necessidade de investimentos e esforços governamentais pela melhoria da qualidade de
vida dessas populações.
Acrescido a esse fato os Núcleos Regionais de Educação de Pato Branco, Francisco
Beltrão e Dois Vizinhos apresentam juntos 105 escolas do campo que, potencialmente,
demandam professores com formação específica em Educação do Campo para adequar os
Projetos Políticos Pedagógicos das escolas às Diretrizes Operacionais para a Educação
Básica nas Escolas do Campo, tendo em vista que todos os professores que atuam nestas
escolas possuem formação adequada para a docência da Educação Básica, ou estão em
fase de qualificação, porém sem a adequação à realidade do campo.
Observou-se que no Núcleo Regional de Educação de Pato Branco, existem
atualmente 28 escolas do campo; atuam nestas escolas um total de 420 professores e
apenas 7 deles residem próximo aos estabelecimentos onde atuam, os demais se deslocam
das sedes dos municípios para as escolas do campo. A mesma realidade observa-se no
Núcleo Regional de Educação de Dois Vizinhos, que conta com 19 escolas do campo, com
246 professores, sendo que todos deslocam-se das sedes dos municípios para as escolas
do campo. No Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, existem 48 escolas, com
596 professores e 494 se deslocam para as escolas do campo.
Esta realidade ocasiona problemas de diferentes naturezas: em períodos de chuvas,
os professores não conseguem se deslocar, e muitas escolas ficam sem aulas por vários
dias no ano letivo; como o deslocamento para as escolas do campo é difícil para os
professores, muitos deles solicitam remoção para escolas urbanas, sempre que possível,
assim ocorre uma grande rotatividade de professores nas escolas do campo e, o que
consideramos de maior relevância, é que pelo fato de os professores que atuam nestas
escolas não terem a vivência da realidade do campo, das suas características e
4
Excetuando os municípios de Pato Branco e Francisco Beltrão.
20
21
necessidades, os Projetos Políticos Pedagógicos destas escolas não contemplam
a educação do campo em seus marcos situacionais, operacionais e conceituais.
Apenas uma escola do Núcleo Regional de Dois Vizinhos, o Colégio Estadual São Francisco
do Bandeira, desenvolve uma experiência de educação do campo em parceria com o
Projeto Vida na Roça e seu PPP contempla as Diretrizes Operacionais para a Educação
Básica nas Escolas do Campo.
Assim, o projeto ora apresentado, visa formar professores, a médio e longo prazo
para a atuação nestas escolas; formar professores que tenham a vivência do campo
articulada com o processo de escolarização, formação e certificação, pretendido com a
escola formal, assim como, fortalecer as escolas do campo, com professores que sejam da
própria comunidade onde a escola está inserida, refletindo sobre as necessidades e
adequando os currículos às características específicas destas escolas. Como público alvo,
destina-se à jovens do campo que concluíram e que estão em fase de conclusão do Ensino
Médio nestas escolas do campo.
Quadro 3. Escolas do Campo dos Núcleos de Pato Branco, Francisco Beltrão e Dois
Vizinhos.
Município – NRE Pato Branco
ESCOLA/COLÉGIO
Bom Sucesso
E.E.Colônia Paraíso
Chopinzinho
C.E.João Paulo I
C.E.Cely Tereza Grezzana
C.E.Santa Inês
E.E.Linha Aparecida
E.E.São Luiz
C.E.Orestes Tonet
E.E.Gleci R.Zanchett
E.E.Jupira Bondervalle
E.E. Monteiro Lobato
E.E.Cândido Rossoni
C.E.Castelo Branco
E.E.Duque de Caxias
CE.do Núcleo Santa Lúcia
E.E.Carlos Gomes
Clevelândia
Cel.Domingos Soares
Cel.Vivida
Itapejara do Oeste
Mangueirinha
C.E.Vilma dos S. Dissenha
E.E.André G. Sobral
E.E.Conceição Almeida
E.E.Valêncio Dias
E.E.Dorival Cordeiro
Palmas
C.E.Rural Paulo Freire
Pato Branco
C.E.Bairro São Roque
E.E.Frei Ceciliano
E.E.N.Sª.do Carmo
C.E.São Luís
E.E.Dois Irmãos
E.E.José de Anchieta
E.E.D.Pedro I
São João
21
22
Boa Esperança do Iguaçu
Município – NRE Dois Vizinhos
5
C. E. Boa Esperança do Iguaçu
Cruzeiro do Iguaçu
E E Canoas - E Fund
E E Irma Celestina Maria
Dois Vizinhos
E E Gernano Stledile.
E E Linha Conrado
C E São Francisco do Bandeira
E E Barra Bonita - E Fun
E E Rio Gavião - E Fund.
Nova Esperança do Sudoeste
Nova Prata do Iguaçu
Salto do Lontra
São Jorge D'Oeste
Ampére
Barracão
Bom Jesus do Sul
Capanema
Enéas Marques
E E Cecília Meireles - E Fund.
E E De Barra do Lontra
E E Prof. José Luiz PEdroso
E E De Linha Boeira
E E Nosso Senhor do Bonfim
E E De Pinhal da Várzea
E E De Sede da Luz
E E De Iolopolis
E E Nova Sant’Ana
E E Pio X
Município – NRE Francisco Beltrão
E E Água Boa Vista
E E Pe. Antônio Vieira
E E Nossa Senhora Aparecida
E E De Varem Bonita
E E E Padre Anchieta
E E São Roque
E E Sen. Teotonio Vilela
C E Santo Emílio
E E Albino J. Calcagnotto
E E Tanredo Neves
E E XV de Novembro
E E Castelo Branco
E E – Duas Barras
E E De Pinheiro
E E Rui Barbosa
E E Antônio Francisco Lisboa
E E Pinhalzinho
E E De Vista Alegre
Flor da Serra do Sul
Francisco Beltrão
E De Tatetos
Assentamento Missões
E E Arnaldo Fávero Busato
Manfrinopolis
Marmeleiro
Perola
E E Rui Barbosa
C E Bom Jesus
E E Esquina Gaúcha
E E Castelo Branco
E E Sagrada Família
E E Duque de Caxias
E E Irmão Miguel
E E São Valério
E E Barra do Rio Branco
E E Vista Gaucha
Planalto
Pranchita
5
Único colégio de Ensino Fundamental e Médio do município.
22
23
Realeza
C E De Flor da Serra
E E De Saltinho
Salgado Filho
Santa Isabel do Oeste
E E Duque de Caxias
E E Anunciação
E E Jacutinga
E E Nova Estrela
E E São Judas Tadeu
E E São Pedro
Santo Antonio do Sudoeste
E E Marques do Herval
E E Km 10
E E Nova Riqueza
E E Dom Pedro II
E E Rodolfo G. da Silva
E E Rui Barbosa
E E Tancredo Neves
E E Deodoro da Fonseca
E E Regente Feijó
Verê
Estes dados apontam para a grande significância da educação no campo na região
sudoeste do Paraná. Pode-se constatar também que 14 destas escolas oferecem além dos
anos finais do ensino fundamental, o ensino médio, indicando o público alvo para a
Licenciatura em Educação no Campo.
3.2.4 Trajetória da Licenciatura em Educação do Campo
O marco inicial desse processo, que culmina com a proposição da primeira Turma de
Licenciatura em Educação do Campo, tem início já na II Conferência Estadual por uma
Educação Básica do Campo, realizada em Porto Barreiro-PR, de 02 a 05 de novembro de
2000. Neste seminário a região começou a discutir, com as entidades que participavam da
“Articulação Paranaense por Uma Educação do Campo” a necessidade de uma nova forma
de compreender e fazer a educação, desde as necessidades e anseios dos povos do
campo. Esses povos, formados pelos agricultores familiares, camponeses, acampados,
assentados da Reforma Agrária, do Movimento dos Atingidos por Barragens entre outros,
possuem uma identidade, lutam para que a educação seja pensada reconhecendo suas
especificidades e a maneira própria de conceber O mundo, o modo próprio de vida.
O Movimento pela Educação do Campo ganha força com a Articulação Paranaense,
a qual, dentro outras ações assumiu o papel de reunir as demandas de formação expressas
pelas diferentes representações que faziam parte da mesma, encaminhando-as à espaços
educacionais que se propunham acolhe-las. Dentre elas, a Escola Técnica Federal do Rio
Sul – Unidade de Dois Vizinhos, hoje UTFPR, foi um dos primeiros espaços que veio
colocar-se em diálogo com estas proposições. O Curso Técnico Profissionalizante em
Desenvolvimento Sustentável e Agroecologia, desenvolvido entre os anos de 2002-2003 foi
23
24
uma das primeiras experiências desenvolvidas com este caráter. Este curso foi
protagonista, gerando a multiplicação da mesma modalidade em outras
Universidades.
Esta nova forma de conceber a formação em parceria com os Movimentos Sociais
levam o Campus Dois Vizinhos da UTFPR, avançar em outra importante referência de
desenvolvimento da região, o Projeto Vida na Roça – PVR6. Uma experiência que pode ser
considerada síntese de um aprendizado histórico das organizações da população do campo
e constitui-se como método de conceber e gerir o Desenvolvimento multidimensional7,
trazendo para um mesmo espaço, além das formas organizadas da população, os órgãos de
governo e universidades.
O PVR fundamenta-se no princípio de que o ser humano é um ser de trabalho que se
constrói nas relações sociais e de que, independentemente de seu lugar social, toma
decisões, cria, transforma e age de forma coletiva e organizadora na defesa de seus
interesses de classe. A partir desta concepção, todas as ações realizadas na comunidade
buscam consolidar uma nova forma de organização local com autonomia e respeito às
diversidades. A participação das pessoas (crianças, jovens, idosos, mulheres e homens) na
elaboração, execução e avaliação dos projetos, possibilita que as mesmas tenham o
controle, interno e externo, tanto no processo como no produto, gerando ações e
proposições para os espaços públicos e formativos.
Desta forma, as pessoas vão construindo um projeto de desenvolvimento que não se
reduz às atividades econômicas isoladas, fragmentadas ou de dependência. Ao contrário, a
concepção de desenvolvimento busca dar conta da totalidade da existência humana,
envolvendo os aspectos econômicos, sociais, políticos, culturais, construída tanto na
educação formal como na educação não formal, imprescindível para ir atingindo novos
níveis nas diferentes formas de organização.
Este projeto aposta no fortalecimento da capacidade organizativa da população do
campo e suas comunidades em, coletivamente, estudar sua situação no contexto da
sociedade, identificar os principais desafios estabelecendo as prioridades de ação, negociar
os aportes das políticas públicas e contribuir de forma permanente nos rumos e na gestão
6
As discussões em torno da implantação do projeto Vida na Roça (PVR) em Dois Vizinhos ocorreram entre os
representantes da agricultura Familiar e da Prefeitura Municipal de Dois vizinhos, da Assesoar e da UNIOESTE,
escola Técnica Federal do Rio Sul – Unidade de Dois Vizinhos,na sede da Assesoar, em Francisco Beltrão. Os
primeiros contatos com o Projeto Vida na Roça se deram em setembro de 2001, quando aconteceu a I
Conferência Regional de Educação do Campo em Dois Vizinhos, onde se discutiu a relação entre Educação
Pública do Campo e desenvolvimento. Com o fortalecimento do debate através da Conferência, as entidades da
Agricultura Familiar de Dois Vizinhos e Prefeitura Municipal re-animam o debate que, além da decisão política,
acabou aceitando o desafio de colocar em prática as primeiras ações.
7
O PVR tem o diferencial de construir processos de desenvolvimento procurando abranger as múltiplas
dimensões, tais como: educação, saúde, saneamento, cultura, gênero e gerações, produção e renda, dentre
outras demandas que possam emergir. Neste sentido, “democratizar o poder, construir hegemonia popular,
sacudir o imobilismo, superar a impotência criada por práticas clientelistas e fragmentadas, tão comumente
usadas na política, canalizar e focalizar esforços em nome de um projeto coletivo, e acima de tudo, permitir que
24
25
de seus projetos de vida. O Campus Dois Vizinhos da UTFPR assumiu esta
dinâmica e sistematicamente acompanhou e contribui com o processo,
especialmente na dimensão de educação. Nesta dimensão, envolveu-se significativamente
com a escola pública do campo de abrangência das comunidades do Projeto Vida na Roça,
a qual tem desenvolvido uma proposta pedagógica inovadora que integra ações práticas na
perspectiva da agroecologia, junto ao currículo da escola.
No Sudoeste do Paraná, para coordenar esse debate foi organizada a Articulação
Sudoeste “Por Uma Educação do Campo”, formada pelas organizações, entidades e
movimentos populares, preocupados com a causa da educação, cujo Campus Dois Vizinhos
da UTFPR esta inserido. Como culminância desses processos, a cada dois anos foram
realizados seminários regionais de educação do campo, com expressiva participação de
professores do campo, lideranças dos Movimentos Sociais e Entidades, sendo que o do
anos de 2002 foi realizado nas próprias dependências Campus Dois Vizinhos da UTFPR.
Com a constituição do Grupo Gestor no Território Sudoeste, constituiu-se a Câmara
Temática de Educação, que no processo de revisão e aprofundamento do Plano Territorial
de Desenvolvimento Rural Sustentável, na definição da política de desenvolvimento
territorial, passa integrar-se a Articulação Sudoeste de Educação, constituindo-se assim um
espaço fortalecido pela Articulação e pelo acúmulo do debate presente nesta instância.
Dentre um conjunto de ações que vem pautando, nos dias 06 e 07 de novembro/08 realizou
o III Seminário Regional de Educação do Campo envolvendo diretamente a comunidade
local/municipal e mais de 60 organizações entre escolas, universidades, sindicatos,
cooperativas, ONGs e órgãos públicos da região, do estado e nacional, cujo Campus Dois
Vizinhos da UTFPR fez parte da Coordenação Geral.
Deste seminário, foram tiradas importantes Diretrizes para a região e que delineiam
as ações da Câmara. Dentre as proposições estão presentes itens que transcrevemos aqui
pela força de sua expressão:
A educação ser pensada a partir dos seus sujeitos, vigiar e garantir as
políticas propostas para o Estado do Paraná, fortalecimento das ações de
formação das organizações sociais populares. O território, orientado pelas
proposições do seminário, levará para a AMSOP proposta de que os
municípios incluam a educação do campo nos seus PPAs (planos plurianual
dos municípios). O território tem claro que precisa fortalecer a educação do
campo, a partir das secretarias de educação. Acredita-se que isto
desencadearia demandas de formação de professores para as
universidades. “Nós Movimentos Sociais precisamos articular nossas
demandas e fazer as Universidades assumi-las como pesquisas, cursos de
formação dos educadores do campo, potencializando nossas ações. Já tem
alguns debates sobre cursos de especialização de educação do campo nas
8
faculdades particulares, as públicas é que precisam avançar nesse debate.
os próprios sujeitos co-mandem o processo, a partir de suas escolhas conjuntas, tem sido as grandes
potencialidades do PVR.”
8
Carta do III Seminário Regional de Educação no Campo, novembro de 2008.
25
26
Nesta caminhada, os Sujeitos Históricos do Sudoeste do Paraná congregam forças e
em um momento expressivo como foi a 8 ° Jornada da Agroecologia no Paraná, que reuniu
3 mil pessoas, realizam um Seminário de Educação do Campo. Esse espaço pauta mais
uma vez as demandas de formação para a Educação do Campo, dentre elas a de formação
dos educadores observando o específico do campo, ampliando para às áreas de
conhecimento.
Portanto, a abordagem da educação do ponto de vista do acesso da população do
campo ao ensino formal público não deixa de ser a grande luta. Os dados demonstram que
além de ser desafortunadamente desigual em relação a urbana, e apesar dos últimos
esforços dos órgãos públicos, em busca da reversão dos dados, os índices, fruto da dívida
histórica, ainda permanecem alarmantes. Temos ainda uma significativa diferença entre
escolaridade no campo e na cidade. De acordo com o relatório - Situação da Infância e
Adolescência Brasileira 2009 – O Direito de Aprender – recentemente divulgado pelo Fundo
das Nações Unidas (Unicef) os jovens do campo com 15 anos ou mais tem 4,5 anos de
estudo concluídos, contra 8,5 anos da população urbana.
Levando em consideração a caracterização da região apresentada, além dos
elementos referentes às discussões em torno da educação do campo e inserção do Campus
Dois Vizinhos da UTFPR junto a comunidade local, apresentamos a proposição deste
projeto assim justificada:
a) pela região sudoeste do Paraná apresentar indicadores de grande população rural
e sua forte influencia no desenvolvimento da região;
b) para reconfigurar a situação da educação do campo, pois há a indicação de menor
escolarização em anos nas populações do campo, precarização do ensino, exposição das
crianças à situações de risco em função da nuclearização, fazendo-se necessário estimular
a manutenção de escolas no campo, bem como, a formação de professores com perfil para
atuarem nela;
c) pela demanda por uma Licenciatura em Educação do Campo, discutida e
apresentada pelos movimentos sociais e organizações ligadas ao campo (ANEXO I, II, III,
IV, V e VI). Essas organizações, de grande inserção e representatividade regional, têm
debatido temas voltados ao desenvolvimento do campo, como, soberania alimentar,
agroecologia, sustentabilidade, dimensões estas que levaram ao debate educacional;
d) pela inserção do Campus Dois Vizinhos da UTFPR nos debates dos movimentos e
organizações e pelo histórico da discussão da educação do campo, compreendendo seu
papel educativo na produção, reprodução e transmissão do conhecimento;
e) pelo compromisso social, como instituição pública de ensino, em que deve
responder às políticas públicas de educação no campo;
26
27
f) neste mesmo sentido, o Campus Dois Vizinhos da UTFPR responde à
diretriz institucional de formação de professores.
3.2.5 A demanda de formação de professores para o Campo
As questões do campo são mais amplas que as educacionais, envolvem questões
relacionadas à política agrícola e à política agrária dos governos. Mas, historicamente, em
nosso país, as políticas educacionais não levaram em conta a realidade e as demandas do
campo. Reconhece-se que tais questões não são simples, porém a sua solução depende
do compromisso político e do financiamento público, bem como da organização social, dos
Movimentos Sociais para indicar formas efetivas de propostas de educação.
A Educação do Campo não se restringe à escolarização, ela interrelaciona-se na
educação, cultura, economia, política, novas relações com a terra, entre as pessoas, na
produção e com a vida. Assim, em primeiro lugar, o Curso de Licenciatura em Educação do
Campo tem a finalidade de formar educadores do campo e para o campo. Educadores que
tenham uma visão de globalidade da realidade e do ser humano que a compõe.
A universalização da oferta das séries finais do ensino fundamental e médio
constitui-se em um dos maiores desafios presentes no sistema educacional brasileiro.
Neste contexto, a formação e a ampliação do quadro de educadores que atendam estes
níveis de ensino é um ponto fundamental na superação desse desafio.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA revela
que 82,2% dos jovens de 15 a 17 anos freqüentaram a escola em 2004, porém apenas
45,1% estavam matriculados no ensino médio, que é o nível adequado à faixa considerada.
Segundo o mesmo estudo, o mais grave é a presença de uma queda no número de
matriculas neste nível de ensino a partir de 2005, nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
Essa situação agrava-se ainda mais no meio rural, em que pouco mais de um quinto
dos jovens na mesma faixa etária está cursando o ensino médio. A Pesquisa Nacional de
Educação na Reforma Agrária (PNERA, 2004), feita pelo Instituto Nacional de Pesquisa em
Educação - INEP em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA, apontou que entre as 8.679 escolas existentes em assentamentos, apenas 373
delas oferecem o ensino médio.
A escassez e a falta de formação de professores encontram-se entre os vários
fatores responsáveis por esse quadro. Segundo dados do INEP, há uma carência de 235
mil professores para o ensino médio no país, principalmente nas áreas de ciências da
natureza. Associado a esse quadro, a evasão nos cursos de licenciatura nas universidades
de todo país é excessivamente elevada, por vários fatores que vão desde a repetência
sucessiva nos últimos anos à falta de recursos para os alunos se manterem nos cursos.
27
28
Além disso, o número de vagas oferecidas pelas universidades para os cursos de
Licenciatura é insuficiente para a demanda atual.
O Brasil corre ainda o sério risco de ficar sem professores do ensino médio na rede
pública na próxima década. A pesquisa realizada pelo IPEA mostra que em um universo de
2,5 milhões de educadores, cerca de 60% estão mais próximos da aposentadoria que do
início de carreira.
A situação dos professores de ensino fundamental das escolas do campo é ainda
mais preocupante. De cada 100 professores que atuam de 5ª a 8ª séries, 57 cursaram o
ensino médio e de cada 100 professores que atuam neste nível, 21 só tem o próprio ensino
médio. Nas séries iniciais de cada 100 educadores apenas 9 têm curso superior, mas há
professores que não fizeram nem o magistério nem concluíram o ensino médio (8% do
total). Esse dado destaca a grande demanda de formação de educadores para as escolas
do campo.
3.2.6 Origem da Educação do Campo
O conceito de Educação do Campo é novo. Tem menos de dez anos. Surgiu como
denúncia e como mobilização organizada contra a situação atual do meio rural: situação de
miséria crescente, de exclusão/expulsão das pessoas do campo; situação de desigualdades
econômicas, sociais, que também são desigualdades educacionais, escolares. Seus sujeitos
principais são as famílias e comunidades de camponeses, pequenos agricultores, sem-terra,
atingidos por barragens, ribeirinhos, quilombolas, pescadores, e muitos educadores e
estudantes das escolas públicas e comunitárias do campo, articulados em torno de
Movimentos Sociais e Sindicais, de universidades e de organizações não governamentais.
Todos buscando alternativas para superar esta situação que desumaniza os povos do
campo, mas também degrada a humanidade como um todo.
Uma das mais marcantes características deste movimento: sua indissociabilidade do
debate sobre os modelos de desenvolvimento em disputa na sociedade brasileira, e o papel
do campo nos diferentes modelos. A especificidade mais forte da Educação do Campo, em
relação a outros diálogos sobre educação deve-se ao fato de sua permanente associação
com as questões do desenvolvimento e do território no qual ele se enraíza. A afirmação de
que só há sentido o debate sobre Educação do Campo como parte de uma reflexão maior
sobre a construção de um Projeto de Nação, é o chão inicial capaz de garantir o consenso
dos que se reúnem em torno desta bandeira.
A luta principal da Educação do Campo tem sido por políticas públicas que garantam
o direito da população do campo à educação, e a uma educação que seja no e do campo.
NO: as pessoas têm direito a ser educadas no lugar onde vivem; DO: as pessoas têm direito
28
29
a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à
sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais. E esta educação inclui a
escola: hoje uma luta prioritária porque há boa parte da população do campo que não tem
garantido seu direito ao acesso à chamada Educação Básica.
Um dos fundamentos da Educação do Campo é que só há sentido em construir
processos pedagógicos específicos às necessidades dos sujeitos do campo, vinculados à
construção de um outro tipo de modelo de desenvolvimento. Não há sentido desencadear
esforços para a produção de teorias pedagógicas para um campo sem gente, para um
campo sem sujeitos, ou, dito de outra forma, para uma ruralidade de espaços vazios.
A base fundamental de sustentação da Educação do Campo é que o território do
campo deve ser compreendido para muito além de um espaço de produção agrícola. O
campo é território de produção de vida; de produção de novas relações sociais; de novas
relações entre os homens e a natureza; de novas relações entre o rural e o urbano.
A Educação do Campo está ajudando a produzir um novo olhar para o campo. E faz
isso em sintonia com toda uma nova dinâmica social de valorização deste território e de
busca de alternativas para melhorar a situação de quem vive e trabalha nele. Uma dinâmica
que vem sendo construída por sujeitos que já não aceitam que o campo seja lugar de atraso
e de discriminação, mas sim consideram e lutam pra fazer dele uma possibilidade de vida e
de trabalho para muitas pessoas, assim como a cidade também deve sê-lo; nem melhor
nem pior, apenas diferente; uma escolha.
3.3 OBJETIVOS DO CURSO
Objetivo Geral
Formar educadores para atuação específica junto às populações que trabalham e
vivem no e do campo, no âmbito das diferentes etapas e modalidades da Educação
Básica, e da diversidade de ações pedagógicas necessárias para concretizá-la como
direito humano e como ferramenta de desenvolvimento social.
Desenvolver estratégias de formação para a docência multidisciplinar em uma
organização curricular por áreas do conhecimento nas escolas do campo.
Contribuir na construção de alternativas de organização do trabalho escolar e
pedagógico que permitam a expansão da educação básica no e do campo, com a
rapidez e a qualidade exigida pela dinâmica social em que seus sujeitos se inserem
e pela histórica desigualdade que sofrem.
29
30
Objetivos Específicos
•
Formar e habilitar profissionais em exercício na educação fundamental e média
que ainda não possuam a titulação mínima exigida pela legislação educacional
em vigor
•
Habilitar professores para a docência multidisciplinar em escolas do campo nas
seguintes áreas do conhecimento: Ciências da Natureza e Matemática; Ciências
Agrárias.
•
Formar educadores para atuação na Educação Básica em escolas do campo
aptos a fazer a gestão de processos educativos e a desenvolver estratégias
pedagógicas que visem a formação de sujeitos humanos autônomos e criativos
capazes de produzir soluções para questões inerentes à sua realidade,
vinculadas à construção de um projeto de desenvolvimento sustentável de
campo e de país.
•
Preparar educadores para a implantação de escolas públicas de Educação
Básica de nível médio e de educação profissional nas/das comunidades
camponesas.
•
Capacitar
docentes
para
uma
atuação
pedagógica
de
perspectiva
transdisciplinar e articuladora das diferentes dimensões da formação humana
pretendida.
•
Garantir uma reflexão/elaboração pedagógica específica sobre a educação para
o trabalho, a educação técnica, tecnológica e científica a ser desenvolvida
especialmente na Educação Básica de nível médio e nos anos finais da
educação fundamental.
3.4 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPERADAS DO EGRESSO.
O Currículo do curso permitirá ao egresso adquirir as seguintes competências e
habilidades para:
• Solucionar problemas concretos;
• Organizar e planejar intervenção coletiva em determinada realidade;
• Melhorar a comunicação oral e escrita;
• Apropriar-se (busca e interpretação) do conhecimento disponível e ter elaboração
teórica própria;
• Articular teoria e prática; conhecer e de intervir numa realidade específica;
relacionar convicções com tomadas de posição e comportamentos cotidianos;
30
31
• Compreender criticamente o processo histórico de produção do
conhecimento científico e suas relações com o modo de produção da
vida social;
• Compreender a realidade do campo no Brasil hoje;
• Posicionar-se com cuidado do desenvolvimento humano integrado ao
desenvolvimento da natureza;
• Compreender o processo de formação da consciência humana;
• Posicionar-se diante de idéias, questões ou situações;
• Posicionar-se de modo a demonstrar valores humanistas e compromisso com
transformações que visem uma sociedade de justiça, igualdade e liberdade para
todos.
• Implementar, a partir de uma capacidade teórico-metodológica, estratégias
pedagógicas para a condução de processos educativos que articulem projetos,
sujeitos e interpretação da realidade específica.
• Compreender as principais correntes de pensamento filosófico e científico que
influenciam o pensamento pedagógico e identificação de concepções que têm
sido referência na construção da Educação do Campo.
• Apropriar-se da construção teórico-prático da Educação do Campo.
• Posicionar-se como pesquisador da realidade e ter domínio de procedimentos
básicos para realização de uma pesquisa científica.
• Compreender os processos formadores dos sujeitos do campo, incluindo o recorte
dos diferentes ciclos etários (especialmente aqueles próprios das ênfases
escolhidas para o curso).
• Exercer a docência a partir de uma concepção de educação e de forma articulada
às diferentes dimensões do processo pedagógico escolar.
• Apropriar-se das categorias teóricas básicas e dos métodos de construção
científica da área da docência escolhida que permitam a continuidade dos estudos
por conta própria.
• Compreender a lógica do trabalho interdisciplinar e transdisciplinar no modo de
produção da ciência e no modo de organizar o estudo/o ensino por área do
conhecimento.
• Organizar/desenvolver, a partir de uma capacidade didático-metodológicas,
atividades de ensino por área do conhecimento.
3.5 PERFIL PROFISSIONAL
31
32
O Curso será desenvolvido de modo a profissionalizar os participantes para
atuar, de acordo com o Art. 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional 9394 de 20 de dezembro de 1996, nas seguintes funções:
Na docência na educação básica – séries finais do Ensino Fundamental, Ensino
Médio, na modalidade Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional, em uma das
áreas de conhecimento propostas pelo curso: Ciências da Natureza e Matemática e
Ciências Agrárias. A proposta é de que a turma ofereça aos estudantes a opção de escolha
em uma destas áreas, sendo esta definição construída entre a Universidade e suas
parcerias considerando as demandas/perfil do grupo e as condições objetivas da oferta.
Na gestão de processos educativos escolares, entendida como formação para a
educação dos sujeitos das diferentes etapas e modalidades da Educação Básica, para a
construção do projeto político-pedagógico e para a organização do trabalho escolar e
pedagógico nas escolas do campo.
Na gestão de processos educativos nas comunidades: preparação específica para o
trabalho formativo e organizativo com as famílias e ou grupos sociais de origem dos
estudantes, para liderança de equipes e para a implementação de iniciativas e ou projetos
de desenvolvimento comunitário sustentável que incluam a participação da escola.
3.6 TÍTULO PROFISSIONAL, ATRIBUIÇÕES E CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL.
A área de atuação profissional é definida, considerando a Constituição Federal de
1988: artigos 205, 206, 208 e 210; a Lei nº 9.394, de 20/12/1996, de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional; a Lei nº 10.172, de 9/01/2001, que institui o Plano Nacional de
Educação; o Parecer CNE/CEB 36/2001 sobre Diretrizes Operacionais para a Educação
Básica nas Escolas do Campo; a Resolução CNE/CEB 1/2002 que institui Diretrizes
Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo; Parecer CNE/CP 009/2001
sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação
Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena; e a Resolução
CNE/CP 1/2002 que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de
Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação
plena. Assim, o profissional formado no curso de Licenciatura em Educação no Campo
receberá o título de Licenciado podendo atuar na Educação Básica, preferencialmente nas
Escolas do Campo, nas áreas de Ciências da Natureza e Matemática ou Ciências Agrárias,
de acordo com a opção de habilitação escolhida pelo estudante.
32
33
4 MATRIZ CURRICULAR
A realização do curso através da organização de turma específica composta a partir
de demandas identificadas pela Instituição e/ou pelas parcerias constituídas, de modo a
favorecer uma formação identitária de turma e a gestão coletiva do processo pedagógico.
Esta forma de organização curricular deverá intencionalizar atividades e processos que
garantam/exijam sistematicamente a relação prática-teoria-prática vivenciada no próprio
ambiente social e cultural de origem dos estudantes. (Conforme proposta do MEC)
A organização curricular por etapas presenciais (equivalentes a semestres de cursos
regulares) em regime de alternância entre Tempo/Escola e Tempo/Comunidade, para não
condicionar o ingresso de jovens e adultos na educação superior à alternativa de deixar de
viver no campo. (Cf Proposta MEC)
A carga horária será de 3300h para a ênfase em ciências agrárias e 3300h para a
ênfase em ciências da natureza e matemática, distribuídas em 8 etapas, sendo prevista
uma etapa a cada semestre integralizando 4 anos de curso.
A carga horária total do curso será assim composta:
• Núcleo de Estudos Básicos NEB = 780h
• Núcleo de Estudos Específicos NEE =
o
1500 h ênfase em ciências agrárias;
o
1500 h ênfase em ciências da natureza e matemática;
• Núcleo de Atividades Integradoras = 820h, sendo 210h de pesquisa; 150h de
práticas pedagógicas; 400h de estágios, 60h de seminários integradores.
• Atividades acadêmico-científico-culturais com 200h.
Serão 9 h diárias de trabalho nos componentes curriculares durante cada
Tempo/Escola.
Serão ofertadas 60 vagas para a turma do curso.
A partir do quarto período os alunos deverão optar por uma das ênfases, Ciências da
Natureza e Matemática ou Ciências Agrárias.
4.1 LÓGICA DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A organização curricular do Curso de Licenciatura em Educação do Campo está
baseada nas seguintes premissas:
33
34
• Objeto de estudo/profissionalização do curso: Licenciatura em Educação
do Campo com habilitação em Séries finais do Ensino Fundamental e Ensino
Médio apresentam as seguintes ênfases: Ciências da Natureza e Matemática;
Ciências Agrárias.
• Organização curricular que permita aos estudantes-educadores vivenciar na
prática de sua formação a metodologia (e particularmente a da docência por área
do conhecimento) para a qual estão sendo preparados a atuar nas escolas do
campo.
• O currículo deste curso está organizado em três níveis desdobrados: Núcleo de
Estudos Básicos (NEB), Núcleo de Estudos Específicos (NEE), divididos em duas
ênfases [Ciências da Natureza e Matemática] e [Ciências Agrárias], Núcleos de
Atividades Integradoras (NAI), Atividades acadêmico-científico-culturais. Para o
desenvolvimento do currículo deste curso é previsto: disciplinas, seminários,
estudo independente, estudos temáticos, oficinas de capacitação pedagógica,
oficinas de produção de materiais didáticos, trabalhos de campo e projetos.
• A definição dos diferentes componentes curriculares de cada área, bem como
seus conteúdos e metas de aprendizado específicas, será uma construção
processual do curso, integrando o trabalho pedagógico dos educadores e
buscando envolver progressivamente os estudantes (como parte da sua formação
profissional). Devem ser consideradas as ementas indicadas neste documento e a
visão de totalidade de cada Núcleo de Estudos que deverá ser objeto de
discussão entre os educadores durante as primeiras etapas do curso.
• Haverá uma intencionalidade na articulação entre a organização de estudos e as
demais dimensões e práticas formativas oportunizadas pelo curso (gestão coletiva
do processo pedagógico, participação em atividades de trabalho no local de
realização do curso, convivência na turma e entre diferentes turmas).
• Cada etapa poderá ter um foco temático ou de práticas cuja definição será uma
construção processual no curso, integrando o planejamento específico da etapa:
diálogo entre o Projeto Pedagógico, o processo pedagógico da turma e demandas
do movimento da realidade de atuação dos estudantes.
• A organização curricular deverá considerar e articular no planejamento de cada
etapa: o objeto do curso, os Núcleos de Estudo, possíveis focos (temas e ou
práticas) da etapa, diferentes tipos de componentes curriculares e o princípio
filosófico-metodológico da práxis.
• Todos os educandos terão um estudo introdutório nas áreas do conhecimento em
que o curso poderá habilitar para a docência, tendo em vista uma preparação
34
35
básica para discutir o papel de cada área no currículo do ensino
fundamental e no ensino médio e também para organizar estudos e
práticas que integrem as diferentes áreas. Cada estudante fará a opção pela
ênfase [Ciências da Natureza e Matemática] e [Ciências Agrárias], da docência
ofertada.
• O processo de avaliação deverá permitir uma articulação radical entre Tempo
Escola e Tempo Comunidade. Para tanto as atividades de Tempo Comunidade
deverão ser planejadas de modo a atender as especificidades da comunidade de
inserção de cada educando, mas com orientação docente em tempo Escola. Em
Tempo Escola o processo avaliativo, considerado como elemento do processo
pedagógico e não como uma etapa ou etapas pontuais deste, será discutida
coletivamente pela equipe docente e de coordenação, que elegerão as estratégias
e metodologias adequadas a cada etapa.
4.2 COMPOSIÇÃO DA FORMAÇÃO
A composição apresentada desdobra os conteúdos exigidos pela legislação dos
cursos de licenciaturas.
Tabela 4.1 - Relação das Disciplinas e Carga Horária do Núcleo de Estudos Básicos, Núcleo
de Estudos Específicos e Núcleos de Atividades Integradoras do Curso de Licenciatura em
Educação no Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR.
Área
Teoria
Pedagógica
(240h)
Economia
Política
(225h)
Filosofia
(120)
Disciplinas
C/H
Total
C/H
C/H
Teórica Pratica
C/H
APCC
NÚCLEO DE ESTUDOS BÁSICOS – NEB (780h)
Teoria Pedagógica 1
45
45
Teoria Pedagógica 2
45
45
Teoria Pedagógica 3
45
45
Teoria Pedagógica 4
30
30
Desenvolvimento Humano e
45
45
Aprendizagem 1
Desenvolvimento Humano e
30
30
Aprendizagem 2
240
240
Economia Política 1
45
45
Economia Política 2
45
45
Economia Política 3
30
30
Questão Agrária
30
30
Realidade Brasileira 1
30
30
Realidade Brasileira 2
45
45
225
225
Filosofia 1
30
30
Filosofia 2
45
45
45
45
Filosofia 3
120
120
35
36
Política
Educacional
(105)
Política Educacional 1
Política Educacional 2
Política Educacional 3
Linguagens,
Leitura,
Interpretação
e Produção
de Textos.
(90h)
Técnicas de Leitura e Interpretação de
Textos
Técnicas de Produção de Textos
Libras 1
Libras 2
Total NEB
45
30
30
105
15
45
30
30
105
15
15
30
30
15
30
30
90
780
90
780
NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS – NEE
Ênfase Ciências Agrárias (1500)
Ênfase Ciências da Natureza e Matemática (1500)
- disciplinas em todas as áreas – para todos os estudantes (330 h);
- área específica para ênfase em Ciências Agrárias (870h);
- área específica para ênfase em Ciências da Natureza e Matemática (870h);
- gestão de processos educativos escolares - para todos os estudantes (135h);
- gestão de processos educativos nas comunidades - para todos os estudantes (165h).
Linguagens
(75h)
Ciências da
Natureza e
Matemática
(105)
Ciências
Humanas e
Sociais (75h)
Mediações entre Forma Social e Forma
Estética
Estética e Política
45
30
15
30
15
15
Saúde, Sexualidade e Reprodução.
Tópicos de Matemática
45
60
45
60
Introdução ao Estudo da Área de
Ciências Humanas e Sociais
Conceitos Organizadores das Ciências
Humanas e Sociais
30
30
45
45
30
30
45
30
15
330
285
45
Tópicos de Geometria Elementar
60
60
Álgebra Linear e Geometria Analítica B
Didática da Matemática 1
Fundamentos de Matemática Elementar
60
30
90
60
30
90
Funções Reais de uma Variável Real
60
60
Hidrodinâmica, Termodinâmica
Cálculo Diferencial Integral
Genética
60
60
60
60
60
60
Ciências
Gestão da Unidade Familiar
Agrárias (75h) Produção
Ecologia de Agroecossistemas.
de
Subtotal
ÁREA DO CONHECIMENTO (ÊNFASE)
Ciências da Natureza e Matemática (870h)
Ciências da
Natureza e
Matemática
(855h)
36
37
O Organismo Animal
Mecânica
45
60
45
60
Equações Diferenciais Aplicadas
Estudos dos Ecossistemas de Energia e
Ciclos Biogeoquimicos
Educação Financeira
Estatística
Eletromagnetismo e Eletricidade
Introdução à Análise Real
45
60
45
60
45
45
45
45
870
45
45
45
45
870
60
45
60
45
45
60
45
60
45
45
75
75
60
60
75
75
60
60
45
45
75
75
75
75
para
60
60
de
30
30
60
60
870
870
30
30
15
30
15
15
Subtotal
ÁREA DO CONHECIMENTO (ÊNFASE)
Ciências Agrárias (870h)
Tema
Contextual I –
Estudos
do
Meio Biofísico
(255h)
Introdução à Botânica
Introdução à Zoologia
Agropedologia 1
Fisiologia Vegetal
Recursos Florestais na Propriedade
Rural
Tema
Introdução à Fitotecnia
Contextual II– Introdução à Zootecnia
Sistemas de Agroclimatologia e Hidrologia
Produção
Sistemas de Cultivo e de Criação
(270h)
Tema
Forragicultura
Contextual III
–Práticas
Olericultura e Plantas Medicinais
Agrícolas
(195h)
Agropedologia 2
Tema
Contextual
IV–Ferramentas para o
desenvolvimento
rural
(150h)
Subtotal
Fundamentos em Topografia
Legislação Ambiental
Elaboração
e
Análise
Projetos para Agricultura Familiar
Desenvolvimento Rural
GESTÃO
DE
PROCESSOS
EDUCATIVOS
ESCOLARES – para todos os estudantes (135h)
Escola e
Escola e Educação do Campo 1.
Educação do Escola e Educação do Campo 2.
Campo (60h)
Organização
Escolar
e
Método
de
Trabalho
Organização Escolar e
Trabalho Pedagógico 1.
Organização Escolar e
Trabalho Pedagógico 2.
Método
de
30
15
Método
de
30
30
37
38
Pedagógico
(75h)
Organização Escolar e
Trabalho Pedagógico 3.
Método
de
Subtotal
15
15
135
105
30
GESTÃO DE PROCESSOS EDUCATIVOS NAS
COMUNIDADES - para todos os estudantes (165H)
Projeto de
Desenvolvimento do
Campo (45h)
Sujeitos
do
Campo (30h)
Métodos de
Organização
e Educação
Comunitária
Projeto de Desenvolvimento do Campo
45
45
Sujeitos do Campo
30
15
Métodos de Organização e Educação
comunitária 1.
Métodos de Organização e Educação
comunitária 2.
15
15
45
30
15
Métodos de Organização e Educação
comunitária 3.
30
15
15
Subtotal
TOTAL (NEE) Ênfase Ciências Agrárias
165
1500
120
1380
45
120
TOTAL (NEE) Ênfase Ciências da Natureza e
Matemática
1500
1380
120
(90h)
NÚCLEOS DE ATIVIDADES INTEGRADORAS – NAI (820h)
Pesquisa 1
15
15
Pesquisa 2
30
15
Pesquisa 3
30
15
Pesquisa
Pesquisa 4
30
15
(210h)
Pesquisa 5
30
15
Trabalho de Conclusão de Curso 1
45
30
Trabalho de Conclusão de Curso 2
30
30
Subtotal (pesquisa)
210
135
Práticas Pedagógicas 1
45
30
Práticas
Práticas Pedagógicas 2
45
30
Pedagógicas
Práticas Pedagógicas 3
60
45
(150h)
Subtotal (Práticas Pedagógicas)
Estágio Curricular Supervisionado 1 –
Estágios
Comunidade
(400h)
Estágio Curricular Supervisionado 2 –
EJA
Estágio Curricular Supervisionado 3 –
Gestão e Docência
Estágio Curricular Supervisionado 4 –
Gestão e Docência
Subtotal (Estágio Curricular Supervisionado
Obrigatório)
15
15
15
15
15
15
75
15
15
15
150
100
105
60
45
40
100
60
40
100
60
40
100
60
40
400
240
160
38
39
Seminário Integrador 1
Seminário Integrador 2
Seminário Integrador 3
(60h)
Seminário Integrador 4
Subtotal ( Seminários Integradores)
Total (NAI)
Seminários
Integradores
Atividades
Complementares
(200h)
15
15
15
15
60
820
15
15
15
15
60
540
Atividades Acadêmico-CientíficoCulturais
Totalização
TT
TOTAL DO CURSO (Ênfase Ciências Agrárias)
3300h
TOTAL DO CURSO (Ênfase Ciências da Natureza e 3300h
Matemática)
280
200
AT/AP APCC
2700h 400h
2700h 400h
A.C
200h
200h
4.2.1 Ênfases e Núcleos Formadores
A organização do curso prevê três grupos distintos de disciplinas, aqui nominados de
NÚCLEOS FORMADORES, sendo eles: Núcleos de Estudos Básicos – realizados por todos
os estudantes; Núcleos de Estudos Específicos – que compreende, entre outras disciplinas,
a ênfase do curso, assim, os estudantes farão a opção por uma ou outra ênfase, em que
são destinadas 30 vagas para cada uma delas; Núcleo de Atividades Integradoras –
realizada por todos os estudantes, que compreender, entre outras disciplinas, o estágio
curricular supervisionado obrigatório; e atividades complementares. As cargas horárias são
assim dispostas entre os diferentes núcleos:
Tabela 4.2 – Organização da carga horária conforme o Núcleo de Estudos do Curso de
Licenciatura em Educação no Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR.
NÚCLEOS DE ESTUDO
NÚCLEO DE ESTUDOS BÁSICOS (NEB)
NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS (NEE) – Ênfase em Ciências
Agrárias
- disciplinas em todas as áreas;
- área específica;
- gestão de processos educativos escolares;
- gestão de processos educativos nas comunidades
NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS (NEE) – Ênfase em Ciências
da Natureza e Matemática
- disciplinas em todas as áreas;
- área específica;
- gestão de processos educativos escolares;
- gestão de processos educativos nas comunidades
NÚCLEO DE ATIVIDADES INTEGRADORAS
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
CARGA HORÁRIA
780 h
1500 h
1500 h
820 h
200 h
39
40
TOTAL (Ênfase Ciências Agrárias)
TOTAL (Ênfase Ciências da Natureza e Matemática)
CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Conteúdo
3300 h
3300 h
AT
APCC
Total
Núcleo de Estudos Básicos – NEB
780
Núcleo de Estudos Específicos – NEE
1380
120
1500
Núcleo de Atividades Integradoras – NAI
540
280
820
780
Atividades Complementares
200
Total
3300
CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA
Conteúdo
AT
AP
APCC
Total
Núcleo de Estudos Básicos – NEB
780
Núcleo de Estudos Específicos – NEE
1380
120
1500
Núcleo de Atividades Integradoras – NAI
540
280
820
780
Atividades Complementares
200
Total
3300
40
41
4.3 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO NO CAMPO
MATRIZ CURRICULAR
1º Período
ECONOMIA POLÍTICA 1
2º Período
1.1
0
54/0/0
ECONOMIAPOLÍTICA 2
6
NEB
FILOSOFIA1
LIBRAS 2
TEORIA PEDAGÓGICA1
NEB
POLÍTICAEDUCACIONAL
1
1.3
0
54/0/0
NEB
FILOSOFIA 2
6
NEB
54h/a
1.4
0
54/0/0
TEORIAPEDAGÓGICA 2
6
NEB
LIBRAS 1
4
NEB
ESCOLA E EDUCAÇÃO
DO CAMPO 1
2
NEE
SUJEITOS DO CAMPO
NEB
TÉCNICAS DE LEITURA
E INTERPRETAÇÃO DE
TEXTOS
NEB
36h/a
1.6
0
18/0/18
MEDIAÇÕES ENTRE
FORMA SOCIAL E
ESTÉTICA
NEE
36h/a
1.7
0
18/0/18
SAÚDE, SEXUALIDADE E
REPRODUÇÃO
2
NEE
PESQUISA 1
2
NAI
PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS 1
4
NAI
INTR. AO ESTUDO DA
ÁREADE CIÊNCIAS
HUMANAS E SOCIAIS
NEE
18h/a
1.9
0
36/0/18
NEB
TEORIA PEDAGÓGICA3
6
NEB
54h/a
2.4
0
54/0/0
TÉCNICAS DE
PRODUÇÃO DE TEXTOS
2.5
0
18/0/0
GESTÃO DA UNIDADE
FAMILIAR DE
PRODUÇÃO
NEE
54h/a
ORG. ESCOLAR E
MÉTODO DE TRAB.
PEDAGÓGICO 1
NEE
ESTÉTICA E POLÍTICA
2
2.6
0
36/0/18
NEE
TÓPICOS DA
MATEMÁTICA
NEE
CONCEITOS ORG. DAS
CIÊNCIAS HUMANAS E
SOCIAIS
NEE
54h/a
ECOLOGIADE
AGROECOSSISTEMAS
4
4
ORG. ESCOLAR E
MÉTODO DE TRAB.
PEDAGÓGICO 2
NEE
36h/a
2.10
0
18/0/18
PESQUISA 3
2
PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS 2
NAI
PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS 3
54h/a
72h/a
3.4
0
18/0/0
3.5
0
18/0/18
FUNDAMENTOS DA
MATEMÁTICA
ELEMENTAR
NEE
36h/a
INTRODUÇÃO À
BOTÂNICA
NEE
INTRODUÇÃO À
ZOOLOGIA
6
AGROPEDOLOGIA 1
NAI
NEE
ORG. ESCOLAR E
MÉTODO DE TRAB.
PEDAGÓGICO 3
NEE
36h/a
PROJETO DE
DESENVOLVIMENTO DO
CAMPO
NEE
72h/a
2
NEE
36h/a
4.5
0
108/0/0
O ORGANISMO ANIMAL
12
NEE
FUNÇÕES REAIS DE
UMA VARIÁVEL REAL
NEE
INTRODUÇÃO À
FITOTECNIA
INTRODUÇÃO À
ZOOTECNIA
MÉTODOS DE ORG. E
EDUCAÇÃO
COMUNITÁRIA 1
NEE
18h/a
2
54h/a
5.6
0
72/0/0
72h/a
5.7
0
90/0/0
90h/a
5.8
0
90/0/0
AGROCLIMATOLOGIAE
HIDROLOGIA
5.9
0
72/0/0
8
NEE
MÉTODOS DE ORG. E
EDUCAÇÃO
COMUNITÁRIA 2
NEE
72h/a
5.10
0
36/0/18
4
54h/a
5.11
0
18/0/18
PESQUISA5
6
54h/a
5.5
0
54/0/0
10
18h/a
4.11
0
54/0/0
72h/a
90h/a
54h/a
4.10
0
18/0/0
8
NEE
72h/a
4.9
0
54/0/0
NEE
54h/a
72h/a
36h/a
4
EDUCAÇÃO
FINANCEIRA
NEE
EST. ECOSSISTEMAS
DE ENERGIAE CICLOS
BIOGEOQUÍMICOS
NEE
CÁLCULO DIFERENCIAL
INTEGRAL
TEORIA PEDAGÓGICA4
OLERICULTURA E
PLANTAS MEDICINAIS
NEB
72h/a
AGROPEDOLOGIA2
NEE
6.4
0
72/0/0
ELETROMAGNETISMO E
ELETRICIDADE
8
FUNDAMENTOS EM
TOPOGRAFIA PARA
LEGISLAÇÃO
AMBIENTAL
NEE
MÉTODOS DE ORG. E
EDUCAÇÃO
COMUNITÁRIA3
NEE
TRABALHO DE
CONCLUSÃO DE
CURSO 1
NAI
SEMINÁRIO
INTEGRADOR 2
NEE
72h/a
6.5
0
72/0/0
INTRODUÇÃO A
ANÁLISE REAL
6.6
0
90/0/0
6.7
0
90/0/0
FORRAGICULTURA
NOME DADISCIPLINA
TC
R- Referência da Matriz
APS - Atividade Prática Supervisionada (semestre)
AT/AP/APCC - Teóricas/Práticas/Ativ, Prática como Componente Curricular (em hora aula no semestre)
TT - Total de aulas (emhora aula semanal)
CHT - Carga Horária Total do Semestre em hora/aula
PR- Pré-Requisito
TC - Tipo de Conteúdo
2
NAI
18h/a
54h/a
54h/a
7.7
0
54/0/0
SISTEMADE CULTIVOS
E DE CRIAÇÃO
NEE
72h/a
8
8
72h/a
6.9
0
18/0/18
2
ELAB. E ANÁLISE DE
PROJETOS P/ AGRIC.
FAMILIAR
NEE
36h/a
6.10
0
36/0/18
DESENVOLVIMENTO
RURAL
4
7.9
0
36/0/0
4
36h/a
7.10
0
72/0/0
8
54h/a
NEE
72h/a
6.11
0
18/0/0
RECURSOS
FLORESTAIS NA
PROPRIEDADE RURAL
7.11
0
54/0/0
NEE
54h/a
18h/a
NAI
SEMINÁRIO
INTEGRADOR 3
NAI
36h/a
ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO 2 - EJA
120 h/a
6
7.12
0
36/0/0
4
36h/a
7.13
0
18/0/0
2
18h/a
ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO 3 - GESTÃO E
DOCÊNCIA
120 h/a
ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO 4 - GESTÃO E
DOCÊNCIA
120 h/a
400 HORAS
CHT
LEGENDA
4
8.4
0
18/0/0
7.5
0
54/0/0
7.8
0
72/0/0
TRABALHO DE
CONCLUSÃO DE
CURSO 2
120 h/a
SEMINÁRIO
INTEGRADOR 4
54h/a
54h/a
18h/a
TT
PR
36h/a
6
6.8
0
72/0/0
2
ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO 1- COMUNIDADE
NEE
8
54h/a
NEE
90h/a
4.12
0
18/0/0
R
APS
AT/AP/APCC
ESCOLA E EDUCAÇÃO
DO CAMPO 2
8.3
0
36/0/0
6
NEE
90h/a
2
NAI
4
36h/a
7.6
0
54/0/0
EQUAÇÕES
DIFERENCIAIS
APLICADAS
4.13
0
18/0/18
PESQUISA 4
8.2
0
36/0/0
NEB
36h/a
7.4
0
54/0/0
54h/a
6
NEE
72h/a
2
NAI
POLÍTICA
EDUCACIONAL 3
6
10
NEE
7.2
0
36/0/0
8.1
0
54/0/0
6
NEB
36h/a
7.3
0
54/0/0
ESTATÍSTICA
6
54h/a
10
NEE
REALIDADE BRASILEIRA
2
4
8
NEE
8º Período
7.1
0
36/0/0
4
NEB
36h/a
6.3
0
54/0/0
2
NAI
POLÍTICA
EDUCACIONAL 2
8
10
NEE
54h/a
4.8
0
72/0/0
MECÂNICA
6
5.3
0
72/0/0
7º Período
6.1
0
36/0/0
6.2
0
72/0/0
8
72h/a
4.7
0
54/0/0
NEB
6
108h/a
4.6
0
72/0/0
5.2
0
54/0/0
8
6
36h/a
3.12
0
18/0/0
SEMINÁRIO
INTEGRADOR 1
FISIOLOGIA VEGETAL
4
3.11
0
54/0/18
GENÉTICA
DESENVOLVIMENTO
HUMANO E
APRENDIZAGEM2
36h/a
5.4
0
72/0/0
8
NEE
54h/a
3.9
0
36/0/0
NEE
6
NEE
54h/a
3.8
0
36/0/18
HIDRODINÂMICA,
TERMODINÂMICA
8
72h/a
3.7
0
54/0/0
NEB
4
NEE
6º Período
5.1
0
36/0/0
4
NEB
DESENVOLVIMENTO
HUMANO E
APRENDIZAGEM1
8
4.4
0
36/0/0
DIDÁTICA DA
MATEMÁTICA
18h/a
6
NAI
36h/a
4
NAI
NEE
54h/a
2
36h/a
2.12
0
36/0/18
4.3
0
72/0/0
3.10
0
18/0/18
2
NAI
72h/a
4
NEE
36h/a
2.9
0
36/0/0
NEE
8
54h/a
2.8
0
36/0/0
8
ÁLGEBRA LINEAR E
GEOMETRIAANALÍTICA
B
3.6
0
72/0/0
4
2.7
0
54/0/0
4.2
0
72/0/0
3.3
0
54/0/0
6
REALIDADE BRASILEIRA
1
36h/a
54h/a
2
18h/a
2.11
0
18/0/18
PESQUISA 2
NEB
5º Período
4.1
0
36/0/0
4
NEB
TÓPICOS DE
GEOMETRIA
ELEMENTAR
2
54h/a
6
NEE
36h/a
1.8
0
18/0/0
6
6
54h/a
1.5
0
36/0/0
FILOSOFIA 3
36h/a
2.3
0
54/0/0
QUESTÃO AGRÁRIA
36h/a
3.2
0
54/0/0
4
36h/a
4º Período
3.1
0
36/0/0
4
NEB
54h/a
2.2
0
36/0/0
4
NEB
ECONOMIA POLÍTICA3
6
NEB
54h/a
1.2
0
36/0/0
3º Período
2.1
0
54/0/0
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS
TIPO DE CONTEÚDO (TC)
NEB - NÚCLEO DE ESTUDOS BÁSICOS
NEE - NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS
NAI - NÚCLEO DE ATIVIDADES INTEGRADORAS
41
240 h/a
ATIVIDADES COMUNS
CIENCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA
CIENCIAS AGRÁRIAS
FRENTE
Atualização: SETEMBRO 2010
42
4.4 DISCIPLINAS POR SEMESTRE LETIVO / PERIODIZAÇÃO
Primeiro Período
Economia Política 1
Filosofia 1
Teoria Pedagógica 1
Política Educacional 1
Libras 1
Escola e Educação do Campo 1
Sujeitos do Campo
Pesquisa 1
Práticas Pedagógicas 1
Total
Segundo Período
AT
h/a
AP
h/a
APS
h/a
APCC TOTAL
h/a
h/a
54h/a
36h/a
54h/a
54h/a
36h/a
18h/a
18h/a
18h/a
36h/a
18h/a
54h/a
36h/a
54h/a
54h/a
36h/a
36h/a
36h/a
18h/a
54h/a
324h/a
54h/a
378h/a
AT
h/a
18h/a
18h/a
AP
h/a
APS
h/a
APCC TOTAL
h/a
h/a
Economia Política 2
Libras 2
Filosofia 2
Teoria Pedagógica 2
Técnicas de Leitura e Interpretação de Textos
Mediações entre Forma Social e Estética.
Saúde, Sexualidade e Reprodução.
Introdução ao Estudo da Área de Ciências Humanas e
Sociais
Gestão da Unidade Familiar de Produção.
Organização Escolar e Método Trabalho Pedagógico 1
Pesquisa 2
Práticas Pedagógicas 2
54h/a
36h/a
54h/a
54h/a
18h/a
36h/a
54h/a
36h/a
36h/a
18h/a
18h/a
36h/a
18h/a
18h/a
18h/a
36h/a
36h/a
36h/a
36h/a
54h/a
Total
450h/a
72h/a
522h/a
Terceiro Período
AT
h/a
Economia Política 3
Filosofia 3
Teoria Pedagógica 3
Técnicas de Produção de Textos
Estética e Política
Tópicos de Matemática
Conceitos Organizadores das Ciências Humanas e
Sociais
Ecologia de Agroecossistemas
Organização Escolar e Método Trabalho Pedagógico 2
Pesquisa 3
Práticas Pedagógicas 3
Seminário Integrador 1
54h/a
36h/a
36h/a
18h/a
54h/a
18h/a
Total
468h/a
Quarto Período
18h/a
AP
h/a
APS
h/a
36h/a
54h/a
54h/a
18h/a
18h/a
72h/a
AT
APCC TOTAL
h/a
h/a
18h/a
18h/a
18h/a
18h/a
72h/a
AP
APS
54h/a
36h/a
54h/a
54h/a
18h/a
54h/a
54h/a
36h/a
54h/a
54h/a
18h/a
36h/a
72h/a
54h/a
54h/a
36h/a
36h/a
72h/a
18h/a
540h/a
APCC TOTAL
42
43
h/a
Ciências da Natureza e Matemática
Questão Agrária
Tópicos de Geometria Elementar
Álgebra Linear e Geometria Analítica B
Didática da Matemática
Fundamentos da Matemática Elementar
Organização Escolar e Método Trabalho Pedagógico 3
Projeto de Desenvolvimento do Campo
Métodos de Organização e Educação Comunitária 1
Pesquisa 4
Total
36h/a
72h/a
72h/a
36h/a
108h/a
18h/a
54h/a
18h/a
18h/a
432h/a
Ciências Agrárias
Questão Agrária
Introdução à Botânica
Introdução à Zoologia
Agropedologia 1
Fisiologia Vegetal
Organização Escolar e Método Trabalho Pedagógico 3
Projeto de Desenvolvimento do Campo
Métodos de Organização e Educação Comunitária 1
Pesquisa 4
Total
36h/a
72h/a
54h/a
72h/a
54h/a
18h/a
54h/a
18h/a
18h/a
396h/a
Quinto Período
AT
h/a
Ciências da Natureza e Matemática
Realidade Brasileira 1
Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 1
Hidrodinâmica e Termodinâmica
Funções Reais de Uma Variável Real
Genética
O Organismo Animal
Métodos de Organização e Educação Comunitária 2
Pesquisa 5
Estágio Curricular Supervisionado 1 – Comunidade
Total
36h/a
54h/a
72h/a
72h/a
72h/a
54h/a
36h/a
18h/a
72h/a
486h/a
Ciências Agrárias
Realidade Brasileira 1
Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 1
Introdução à Fitotecnia
Introdução à Zootecnia
Agroclimatologia e Hidrologia
Métodos de Organização e Educação Comunitária 2
Pesquisa 5
Estágio Curricular Supervisionado 1 – Comunidade
Total
36h/a
54h/a
90h/a
90h/a
72h/a
36h/a
18h/a
72h/a
468h/a
Sexto Período
AT
h/a
h/a
AP
h/a
AP
h/a
h/a
APS
h/a
APS
h/a
h/a
h/a
18h/a
18h/a
36h/a
72h/a
72h/a
36h/a
108h/a
18h/a
54h/a
18h/a
36h/a
450h/a
18h/a
18h/a
36h/a
72h/a
54h/a
72h/a
54h/a
18h/a
54h/a
18h/a
36h/a
414h/a
APCC TOTAL
h/a
h/a
18h/a
18h/a
48h/a
84h/a
36h/a
54h/a
72h/a
72h/a
72h/a
54h/a
54h/a
36h/a
120h/a
570h/a
18h/a
18h/a
48h/a
84h/a
36h/a
54h/a
90h/a
90h/a
72h/a
54h/a
36h/a
120h/a
552h/a
APCC TOTAL
h/a
h/a
Ciências da Natureza e Matemática
43
44
Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 2
Mecânica
Estudos dos Ecossistemas de Energia e Ciclos
Biogeoquímicos
Cálculo Diferencial Integral
Educação Financeira
Métodos de Organização e Educação Comunitária 3
Trabalho de Conclusão 1
Estágio Curricular Supervisionado 2 – EJA
Seminário Integrador 2
Total
36h/a
72h/a
36h/a
72h/a
72h/a
72h/a
54h/a
18h/a
36h/a
72h/a
18h/a
450h/a
72h/a
72h/a
54h/a
36h/a
54h/a
120h/a
18h/a
534h/a
Ciências Agrárias
Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 2
Olericultura e Plantas Medicinais
Agropedologia 2
Fundamentos em Topografia para Legislação Ambiental
Métodos de Organização e Educação Comunitária 3
Trabalho de Conclusão 1
Estágio Curricular Supervisionado 2 – EJA
Seminário Integrador 2
Total
36h/a
90h/a
90h/a
72h/a
18h/a
36h/a
72h/a
18h/a
432h/a
Sétimo Período
Ciências da Natureza e Matemática
Política Educacional 2
Teoria Pedagógica 4
Estatística
Eletromagnetismo e Eletricidade
Introdução à Análise Real
Equações Diferenciais Aplicadas
Trabalho de Conclusão 2
Estágio Curricular Supervisionado – Gestão e Docência
Seminário Integrador 3
Total
Ciências Agrárias
Política Educacional 2
Teoria Pedagógica 4
Forragicultura
Sistema de Cultivo e de Criação
Elaboração e análise de projetos para agricultura
familiar
Desenvolvimento Rural
Recursos Florestais na Propriedade Rural
Trabalho de Conclusão 2
Estágio Curricular Supervisionado 3 – Gestão e
Docência
Seminário Integrador 3
Total
Oitavo Período
AT
h/a
18h/a
18h/a
48h/a
84h/a
18h/a
18h/a
48h/a
84h/a
AP
h/a
APS
h/a
36h/a
36h/a
54h/a
54h/a
54h/a
54h/a
36h/a
72h/a
18h/a
414h/a
36h/a
90h/a
90h/a
72h/a
36h/a
54h/a
120h/a
18h/a
516h/a
APCC TOTAL
h/a
h/a
48h/a
48h/a
36h/a
36h/a
54h/a
54h/a
54h/a
54h/a
36h/a
120h/a
18h/a
462h/a
36h/a
36h/a
54h/a
72h/a
36h/a
36h/a
54h/a
72h/a
36h/a
72h/a
54h/a
36h/a
36h/a
72h/a
54h/a
36h/a
72h/a
18h/a
486h/a
AT
h/a
48h/a
48h/a
AP
h/a
APS
h/a
120h/a
18h/a
534h/a
APCC TOTAL
h/a
h/a
44
45
Realidade Brasileira 2
Política Educacional 3
Escola e Educação do Campo 2
Estágio Curricular Supervisionado 4 – Gestão e
Docência
Seminário Integrador 4
Total
Atividades Complementares
54h/a
36h/a
36h/a
54h/a
36h/a
36h/a
72h/a
18h/a
216h/a
AT
h/a
48h/a
48h/a
AP
h/a
APS
h/a
APCC TOTAL
h/a
h/a
Atividades Acadêmico-Científico-Culturais
TOTAL DO CURSO
ÊNFASE EM CIÊNCIAS DA NATUREZA E
MATEMÁTICA
ÊNFASE EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS
120h/a
18h/a
264h/a
240h/a
AT
h/a
3480h/a
3480h/a
AP
h/a
APS
h/a
APCC TOTAL
h/a
h/a
480h/a
480h/a
3960h/a
3960h/a
4.5 EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS
A seguir são apresentadas as ementas das disciplinas, por período letivo.
1º PERÍODO
ECONOMIA POLÍTICA 1
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Contexto histórico do desenvolvimento da economia política e suas categorias básicas;
abordagem desde os clássicos do pensamento da área; retomada breve da história dos
modos de produção e das formações sociais.
FILOSOFIA 1
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Problematização sobre modos de pensar o conhecimento e a ciência introduzindo questões
do debate atual; bases históricas e filosóficas do pensamento moderno e de sua crítica e
autocrítica.
TEORIA PEDAGÓGICA 1
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
45
46
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Concepções de educação e matrizes pedagógicas construídas ao longo da história do
pensamento educacional; elementos de algumas matrizes pedagógicas produzidas desde a
concepção humanista-histórica; estudo a partir de alguns clássicos do pensamento social e
pedagógico.
POLÍTICA EDUCACIONAL 1
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Estudo crítico sobre o processo de constituição, organização, conteúdo e método de
implementação das políticas públicas – o papel do Estado na formulação das políticas
educacionais.
LIBRAS 1
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC (00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Línguas de sinais e minoria lingüística; as diferentes línguas de sinais; status da língua de
sinais no Brasil; cultura surda; organização lingüística da libras para usos informais e
cotidianos: vocabulário; morfologia; sintaxe e semântica; a expressão corporal como
elemento lingüístico.
ESCOLA E EDUCAÇÃO DO CAMPO 1
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Constituição histórica da Educação do Campo como prática social e categoria teórica;
questões do debate atual sobre Educação do Campo.
SUJEITOS DO CAMPO
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Estudos sócio-histórico antropológicos sobre os diferentes sujeitos do campo e sua inserção
na dinâmica social. Sujeito transformador. Práticas sociais e culturais. Conceitos de campo e
46
47
de sujeito nas diferentes agriculturas: tradicional, moderna e alternativa. Aspectos
sócio-históricos e metodológicos de construção dos sujeitos. As distintas
percepções dos sujeitos; a participação social e a apropriação de conhecimentos; as
contribuições de gênero e das gerações na reconstrução do conceito de campo.
PESQUISA 1
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Exercícios sobre construção de referenciais para fundamentação teórica de um projeto de
investigação; instrumentos e técnicas de pesquisa; preparação para a utilização do diário de
campo no Tempo Comunidade.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 1
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Espaço interdisciplinar e transdisciplinar articulado a realidade vivenciada pelos educandos
no curso e a prática pedagógica da escola; didática, planejamento e avaliação; preparação
dos estágios e oficinas de capacitação pedagógica; estudo das experiências pedagógicas
da Educação do Campo.
2º PERÍODO
ECONOMIA POLÍTICA 2
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Conceitos e categorias fundamentais do método da Economia Política na compreensão da
formação, funcionamento e transformação do capitalismo; interpretações da sociedade
atual.
LIBRAS 2
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: LIBRAS 1
Ementa
47
48
A educação de surdos no Brasil; cultura surda e a produção literária; emprego da
Libras em situações discursivas formais: vocabulário; morfologia; sintaxe e
semântica; prática do uso da Libras em situações discursivas mais formais.
FILOSOFIA 2
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Modos de pensar o conhecimento e a ciência na Época Contemporânea; termos do debate
atual.
TEORIA PEDAGÓGICA 2
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Filosofia da práxis e teoria pedagógica; aprofundamento do estudo das matrizes de
formação humana e suas implicações na constituição do projeto político-pedagógico da
Educação do Campo.
TÉCNICAS DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Elementos da comunicação; funções da linguagem; técnicas de leitura e interpretação de
texto; tipos textuais: narração descrição e dissertação; gêneros textuais; produção e
interpretação de textos.
MEDIAÇÕES ENTRE FORMA SOCIAL E ESTÉTICA
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Estudo das obras estéticas e suas mediações; estudo dos processos históricos de produção
artística, com ênfase em suas determinações econômicas, sociais e culturais; estudo da
cultura como produto e processo social; estudo da historicidade das formas e dos
conteúdos.
SAÚDE, SEXUALIDADE E REPRODUÇÃO
48
49
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Reprodução, modos de reprodução dos seres vivos e sexo; determinação do sexo;
características sexuais primárias e secundárias; ação dos hormônios na maturação sexual,
fertilização e desenvolvimento do feto; riscos da gravidez precoce e tardia; construção do
papel de gênero nas sociedades e identidade de gênero; doenças sexualmente
transmissíveis; alimentação durante a gravidez, amamentação e infância; cultura e
alimentação.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Estudos introdutórios ao estudo da Área de Ciências Humanas e Sociais, salientando os
processos de formação das ciências que a compõem, relacionando com os diferentes
contextos históricos, e os instrumentos/métodos de trabalho que as caracterizam.
GESTÃO DA UNIDADE FAMILIAR DE PRODUÇÃO
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Introdução ao marco teórico e conceitual; os movimentos camponeses e sua inserção na
cena política; as relações de trabalho na agricultura (mutirão, troca-de-dia, arrendamento,
assalariamento temporário); o enfoque multidisciplinar e enfoque sistêmico; o sistema geral,
modelização dos sistemas complexos; o estabelecimento agrícola familiar visto como um
sistema; a família como sistema de decisão e os elementos constitutivos do sistema
operante; o sistema de produção: constituição e funcionamento; evolução e reprodução; as
interações entre a economia, estratégias e práticas dos agricultores.
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E MÉTODO DE TRABALHO PEDAGÓGICO 1
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Compreensão conceitual e abordagem histórica sobre organização escolar e método de
trabalho pedagógico; Aprofundamento teórico sobre concepção e formas de organização
escolar.
49
50
PESQUISA 2
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Início da atividade-processo de pesquisa que vai culminar no trabalho monográfico; reflexão
sobre a escola do campo e os processos educativos nas comunidades como objeto de
estudo; apresentação da proposta de linhas de pesquisa do Curso; início de elaboração da
“carta de intenções” de pesquisa de cada estudante; discussão da “carta de intenções” de
pesquisa com o coletivo de origem do estudante no Tempo Comunidade.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 2
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Escola como espaço de trabalho coletivo de reflexão e ação; análise de Projeto Político
Pedagógico: instrumento teórico-metodológico de organização do trabalho pedagógico e do
trabalho escolar na sua totalidade; elaboração, acompanhamento e avaliação de
planejamentos para estágio.
3º PERÍODO
ECONOMIA POLÍTICA 3
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Desafios históricos do capitalismo e do movimento socialista.
FILOSOFIA 3
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Método de pensamento e produção do conhecimento pela pesquisa; a pesquisa como forma
de diálogo entre teoria e prática; construção de referencial filosófico-metodológico.
TEORIA PEDAGÓGICA 3
50
51
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Estudos sócio-histórico-antropológicos sobre a forma escolar de educação e sobre os
sujeitos da educação básica.
TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTOS
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Técnicas de produção de textos; coesão; coerência; produção de textos: fichamentos,
resumos, resenhas e textos narrativos, descritivos e dissertativos.
ESTÉTICA E POLÍTICA
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Estudo da produção cultural como um terreno efetivo dos embates sociopolíticos, tanto da
perspectiva da sedimentação da configuração contemporânea das forças sociais, quanto da
perspectiva das principais transformações históricas dessa dinâmica; padrões hegemônicos
e contra-hegemônicos de representação da realidade.
CONCEITOS ORGANIZADORES DAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Estudos sobre os conceitos organizadores da área de ciências humanas e sociais,
relacionando com as demais áreas do conhecimento numa perspectiva de totalidade, tendo
como contexto a escola básica e a realidade do campo brasileiro.
ECOLOGIA DE AGROECOSSISTEMAS
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Definições da ecologia; história e objeto da ciência ecológica; história e objetivos da ecologia
filosófica e política; ecologia das populações e estudo dos ecossistemas; as características
dos principais ecossistemas naturais; fluxos de energia e cadeias alimentares; fatores
51
52
determinantes da dinâmica das populações; capacidade de suporte, curva de
Gauss; dinâmica dos sistemas predadores-presa; ciclos bio-geoquímicos;
definição, importância e valor da biodiversidade; estudos de agroecossistemas; análise de
riscos ambientais e gestão ambiental na agricultura familiar.
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E MÉTODO DE TRABALHO PEDAGÓGICO 2
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Aprofundamento teórico sobre concepção e formas de trabalho pedagógico em escolas de
educação básica.
PESQUISA 3
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Exercícios sobre as implicações dos conceitos de disciplinaridade, multidisciplinaridade,
interdisciplinaridade, transdisciplinaridade na prática de pesquisa; discussão sobre a “carta
de intenções” de pesquisa de cada estudante e primeiro esboço do projeto de pesquisa.
TÓPICOS DE MATEMÁTICA
Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Progressões – Trigonometria – Matrizes – Sistemas Lineares e Determinantes – Análise
Combinatória – Probabilidade – Polinômios e Equações Algébricas.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 3
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Estudo preparação e produção de materiais para a prática docente; conhecimento e reflexão
sobre teorias e experiências pedagógicas inovadoras; análise global e crítica da realidade
educacional articulado ao espaço comunidade da vida do educando.
SEMINÁRIO INTEGRADOR 1
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)
52
53
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Espaço destinado a garantir a discussão interdisciplinar dos temas incluídos nas linhas de
pesquisa do curso e a socialização dos projetos de pesquisa realizados pelos estudantes;
promover a interlocução entre os docentes participantes do curso nas diferentes áreas de
conhecimento, enriquecendo a construção das pesquisas e monografias.
4º PERÍODO
TÓPICOS DE GEOMETRIA ELEMENTAR
Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Geometria Euclidiana Plana; Geometria Euclidiana Espacial; Geometria Não-Euclidianas.
ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA B.
Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Geometria analítica plana;
Vetores;
Espaços
Vetoriais, Transformações
Lineares;
Autovalores e Autovetores.
DIDÁTICA DA MATEMÁTICA 1
Carga horária: AT(36) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
O conhecimento matemático e o ensino da Matemática; Objetivos e valores do ensino da
Matemática; Noções de transposição didática, contrato didático, situações didáticas,
obstáculo epistemológico, registro de representação, campos conceituais, engenharia
didática; Matemática e as práticas de ensino, pesquisas contextualizadas; Planejamento
didático para a Matemática; Modalidades de Avaliação.
QUESTÃO AGRÁRIA
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
53
54
O que é questão agrária; a evolução da situação de posse e uso da terra no Brasil
e a formação do campesinato brasileiro; diferentes teses clássicas sobre a
questão agrária brasileira; debate atual sobre reforma agrária e desenvolvimento do campo.
INTRODUÇÃO À BOTÂNICA
Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Níveis de organização nos vegetais; sistemática vegetal: princípios e conceitos básicos;
hierarquia taxonômica; nomenclatura botânica; sistemas de classificação; métodos em
taxonomia clássica e biossistemática; morfologia externa e interna de plantas superiores;
evolução das estruturas vegetativas e reprodutivas; origem, evolução e dispersão de plantas
superiores; descrição e identificação de plantas; reprodução: sexual, gâmica e orgânica;
estudo de plantas de interesse econômico regional.
INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Nomenclatura zoológica e fundamentos práticos de taxonomia zoológica; morfologia,
sistemática e fisiologia dos seguintes filos: Protozoa; Platelmintos; Nematelmintos; Annelida,
Artropoda e Chordata; filogenia da classe Insecta; identificação em nível de família das
principais ordens de insetos de interesse agronômico; método de conservação e
identificação de insetos.
AGROPEDOLOGIA 1
Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Geologia, mineralogia e pedologia; gênese e morfologia do solo; física e química do solo.
Gestão da água; levantamento e classificação de solos; identificação de solos através de
métodos de classificação em campo e certificação em laboratório.
FISIOLOGIA VEGETAL
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
54
55
Relações hídricas: transpiração e absorção de água; metabolismo mineral das
plantas: nutriente, absorção e transporte de elementos, carências minerais;
fotossíntese;
respiração;
crescimento:
germinação
de
sementes,
reguladores
do
crescimento; desenvolvimento das plantas: vernalização, fotoperiodismo, rendimento das
plantas cultivadas; fisiologia da produção.
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E MÉTODO DE TRABALHO PEDAGÓGICO 3
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Análise de práticas de gestão de processos educativos desenvolvidas pelos estudantes em
escolas de educação básica.
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DO CAMPO
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Papel da agricultura camponesa no Brasil; abordagem histórica e debate atual sobre
projetos de desenvolvimento do campo e projeto de país.
METODO DE ORGANIZAÇÃO E EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA 1
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Introdução ao estudo de métodos de organização de base e educação comunitária a partir
da experiência dos movimentos sociais e do referencial da educação popular.
FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR.
Carga Horária: AT(108) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(108)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Lógica
de
argumentação;
Argumentos
Válidos;
Inferência
Lógica;
Técnicas
de
Demonstração; Teoria de conjuntos; Relações de Ordem e Equivalência; Operações
internas; Estruturas Algébricas; Os Inteiros.
PESQUISA 4
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)
55
56
Pré-requisito: Não tem
Ementa
O diálogo entre teoria e prática; a importância do rigor metodológico e da consciência do
percurso do pensamento na interpretação da realidade; conclusão do projeto de pesquisa;
preparação para o início do trabalho de campo; início da pesquisa de campo no Tempo
Comunidade.
5º PERÍODO
FUNÇÕES REAIS DE UMA VARIÁVEL REAL
Carga horária: AT(72) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Números reais; Relação de ordem; Intervalos; Valor absoluto. desigualdades; Relações;
Funções. Funções transcendentes
REALIDADE BRASILEIRA 1
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Visão panorâmica da formação social do Brasil: colônia, emancipação, abolição e revolução
burguesa no Brasil; concepções da estrutura agrária brasileira.
DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM 1
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Aspectos culturais, neurológicos e psicológicos do desenvolvimento humano e da
aprendizagem; estudos específicos sobre o ciclo da adolescência e juventude.
HIDRODINÂMICA E TERMODINÂMICA
Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
As origens da hidrostática e da hidrodinâmica; hidrostática: os conceitos de pressão e
densidade; os princípios de Arquimedes, Pascal, lei de Stevin e vasos comunicantes e suas
aplicações no campo; hidrodinâmica e a conservação da energia: a lei de Bernoulli e suas
56
57
aplicações no campo; as origens da termodinâmica; termometria; os conceitos de
calor, energia e capacidade térmicas; as formas de transmissão do calor; as leis
da termodinâmica; teoria cinética dos gases e a hipótese ergódica; processos isotérmicos,
isobáricos e adiabáticos; o ciclo de Carnot.
GENÉTICA
Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Origem da domesticação de plantas e animais e a mudança do comportamento nômade
para sedentário da humanidade; principais centros de domesticação do mundo; primeiras
explicações sobre herança e sexo; genes e cromossomos; DNA e o conceito moderno de
gene; código genético do DNA às proteínas; mitocôndrias, cloroplastos e bactérias; tipos de
divisão celular; conceito de genótipo e fenótipo; noções básicas de probabilidade; Mendel:
primeira e segunda leis da herança; dominância completa e incompleta; interação gênica;
ligação; melhoramento genético e diversidade genética; transgenia.
O ORGANISMO ANIMAL
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Características gerais dos organismos vertebrados e invertebrados; homeostase; sistemas:
nervoso, endócrino, digestório, respiratório, circulatório, urinário, reprodutivo e músculo
esquelético; neurônios, natureza do impulso nervoso, neurotransmissores; controle do
movimento; sentidos: visão, audição, tato, paladar, olfato; sistema de defesa do organismo.
INTRODUÇÃO À FITOTECNIA
Carga Horária: AT(90) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(90)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Formas e níveis de manipulação de agroecossistemas; estudo de viabilidade técnica e
econômica de agroecossistemas; os tipos de cultivos, enfocando as explorações agrícolas
nacionais e regionais; noções de ecofisiologia de cultivos anuais; doenças e pragas de
principais cultivos regionais; produção de cultivos anuais como: cereais e grãos.
INTRODUÇÃO À ZOOTECNIA
Carga Horária: AT(90) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(90)
57
58
Pré-requisito: Não tem
Ementa
A zootecnia e seus objetivos; origem da domesticação das principais espécies produtoras de
alimento e trabalho; noções de anatomia e fisiologia animal: ruminantes e monogástricos;
nutrição animal: princípios da nutrição, necessidades nutricionais dos monogástricos e
ruminantes e balanceamento de dietas alimentares; reprodução animal.
AGROCLIMATOLOGIA E HIDROLOGIA
Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Clima e seu efeito no meio natural e antrópico; o clima regional e mudanças climáticas;
fenômenos climáticos; classificação climática e zoneamento agroclimatológico; radiação
solar e balanço de energia; temperatura; umidade do ar; vento e transferência turbulenta;
precipitação pluviométrica; evaporação e evapotranspiração; coeficiente cultural; estação
agrometeorológica; estratégias de manipulação do ambiente físico de interesse na
agropecuária; microclima de ambientes agrícolas parcialmente modificados; aspectos
micrometeorológicos relacionados à epidemiologia vegetal e animal; balanço hídrico
climatológico; análise de dados de precipitação; ciclo hidrológico; bacias hidrográficas.
METODO DE ORGANIZAÇÃO E EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA 2
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Aprofundamento do estudo de métodos e fundamentos para o trabalho de organização e
educação comunitária; orientação metodológica para construir com a comunidade um
projeto de intervenção na realidade do campo envolvendo a escola.
PESQUISA 5
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Bancas de qualificação do relatório de pesquisa; oficina sobre análise de dados; revisão da
redação do relatório de pesquisa e elaboração de artigo no Tempo/Comunidade.
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 1 - COMUNIDADE
Carga Horária: AT(120) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(120)
58
59
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Análise global e crítica da realidade educacional na relação com os conhecimentos didáticos
metodológicos, na práxis com as comunidades do campo.
6º PERÍODO
CÁLCULO DIFERENCIAL INTEGRAL
Carga horária: AT(72) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Limites; Continuidade; Derivadas; Diferenciais; Integração indefinida; Integração definida.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: não tem
Juros, taxas e descontos; Inflação e atualização monetária; Equivalência de capitais; Séries
de pagamentos; Depreciação e amortização; Imposto de renda; Investimentos; Previdência
social e previdência privada; Mercado financeiro; Mercado de ações.
DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM 2
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Educação e envelhecimento: processos individuais e sociais de envelhecimento; construção
social da velhice; especificidade dos processos de aprendizagem na educação de adultos e
idosos.
MECÂNICA
Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
As origens e os principais conceitos da Mecânica, Leis de Newton: estática, cinemática e
dinâmica; os conceitos de velocidade e aceleração; movimentos simples; vetores; a lei de
Hooke e o sistema massa-mola; o atrito e a dissipação de energia; as leis de Kepler e da
gravitação universal; ferramentas básicas da mecânica; força, torque e suas aplicações no
59
60
campo; o conceito de energia mecânica e sua conservação; aplicações dos
conceitos da mecânica no campo.
ESTUDOS DOS ECOSSISTEMAS DE ENERGIA E CICLOS BIOGEOQUÍMICO
Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
O sol na história humana; fluxo de energia na natureza; fotossíntese e o papel dos
produtores primários; conceito de ecossistema; cadeias e teias tróficas; conceito de
organismo, população e espécie; papel dos grupos de organismos no ecossistema;
comunidade e sucessão; interações entre os seres vivos; clima; distribuição dos seres vivos
e diversidade de acordo com o clima e quantidade de energia; principais formações vegetais
mundiais.
OLERICULTURA E PLANTAS MEDICINAIS
Carga Horária: AT(90) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(90)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Introdução à olericultura; fatores climáticos e edáficos; planejamento da horta: localização,
escolha e preparo do terreno, solo, nutrição; tipos de exploração em olericultura:
diversificada, especializada, agroindustrial, horta doméstica, recreativa ou educativa;
reprodução de olerícolas; cultivo em ambiente protegido; irrigação; controle fitossanitário;
comercialização; principais famílias botânicas; identificação e cultivo; estudo das plantas
medicinais; valorização do conhecimento popular.
AGROPEDOLOGIA 2
Carga Horária: AT(90) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(90)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Biologia do solo; matéria orgânica e ciclo do nitrogênio; atividade biológica; gestão do
fósforo; complexo sortivo e gestão das bases; toxicidade e desequilíbrio mineral;
comportamento face a determinada prática cultural e diagnóstico pedológico; potencial de
fertilidade química; acidez e calagem; a queimada e seus efeitos nas propriedades
químicas, físicas e biológicas do solo; avaliação da fertilidade do solo; adubos e adubação
orgânica e mineral.
FUNDAMENTOS EM TOPOGRAFIA PARA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
60
61
Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Conceitos fundamentais em: planimetria, altimetria; topologia: formas gerais de modelado
topográfico; processo de representação; traçado das poligonais; perfis topográficos;
símbolos e convenções; noções de cartografia; noções em sensoriamento remoto; noções
em posicionamento por satélite (GPS); legislação ambiental.
METODO DE ORGANIZAÇÃO E EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA 3
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Análise de práticas e projetos de intervenção na realidade desenvolvidos pelos estudantes
no tempo/espaço comunidade: método de trabalho e projeto de desenvolvimento do campo
em que se inserem.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 1
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Oficina sobre análise de dados e conclusão do trabalho monográfico; conclusão da redação
da monografia.
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 2 – EJA
Carga Horária: AT(120) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(120)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Prática educativa com jovens e adultos; cultura e cotidiano escolar: sujeitos, saberes,
espaços e tempos; planejamentos e avaliações; identidade dos sujeitos da escola: classe
social, gênero, sexualidade e etnia.
SEMINÁRIO INTEGRADOR 2
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Espaço destinado a garantir a discussão interdisciplinar dos temas incluídos nas linhas de
pesquisa do curso e a socialização dos projetos de pesquisa realizados pelos estudantes;
61
62
promover a interlocução entre os docentes participantes do curso nas diferentes
áreas de conhecimento, enriquecendo a construção das pesquisas e monografias.
7º PERÍODO
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS
Carga horária: AT(54) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Equações diferenciais ordinárias de primeira ordem; Equações diferenciais ordinárias de
segunda ordem. Aplicações.
ESTATÍSTICA
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: não tem
Estatística descritiva. Distribuição amostral. Estimação pontual e por intervalos. Testes de
hipóteses. Análise de regressão linear simples.
POLÍTICA EDUCACIONAL 2
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Análise crítica e contextualizada das políticas e formas de organização da educação básica
brasileira; educação de jovens e adultos (EJA) na legislação brasileira, limites e
possibilidades.
TEORIA PEDAGÓGICA 4
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
A educação básica sob os princípios do trabalho, da ciência e da cultura; especificidade do
ensino médio; estudos sobre politecnia, educação tecnológica e educação profissional
desde a realidade do campo.
ELETROMAGNETISMO E ELETRICIDADE
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
62
63
Ementa
Eletrostática e o conceito de carga elétrica; lei de Coulomb; campo elétrico;
potencial elétrico e a capacitância; eletrodinâmica e o conceito de corrente elétrica; a
resistência elétrica e a lei de Ohm; circuitos elétricos e suas aplicações no campo; as leis de
Kirchoff; as origens do eletromagnetismo; o magnetismo terrestre e o funcionamento da
bússola; campo magnético; força magnética; campo magnético produzido por correntes;
indução e indutância eletromagnética.
FORRAGICULTURA
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Importância e estudo das espécies forrageiras; critérios de escolha da espécie a ser
utilizada; implantação, formação e manejo de pastagens; controle de pragas e doenças; uso
de leguminosas em consórcio com pastagens; implantação, formação e manejo de bancos
de proteína; uso e formação de capineiras; principais espécies forrageiras utilizadas como
capineiras; degradação e recuperação de pastagens degradadas; métodos de conservação
das forrageiras: fenação e ensilagem.
SISTEMA DE CULTIVO E DE CRIAÇÃO
Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
O estudo agronômico de cultivos: metodologia de diagnose; estudo das condições do meio
agrícola: práticas do agricultor; zoneamento do conjunto das parcelas; a roça como
componente do estabelecimento agrícola, composição hierarquizada de um sistema de
produção; ampliação da visão da parcela para a micro-região; sistematização e elaboração
de diagnósticos sobre os sistemas de cultivos característicos da agricultura familiar regional;
definição do sistema de criação; estrutura e interrelações do sistema de criação; fluxos e
funcionamento do sistema de criação; produtividade do rebanho; fatores externos do
sistema de criação; relações entre sistemas de cultivo e criações.
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS PARA AGRICULTURA FAMILIAR
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
63
64
Discussão, reflexão e prática de elaboração de projetos voltados para a agricultura
familiar; a agricultura familiar como unidade de produção e suas especificidades
com relação a projetos e financiamentos; captação de recursos; programas e órgãos
financiadores; acompanhamento e execução de projetos.
DESENVOLVIMENTO RURAL
Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Desenvolvimento rural; desenvolvimento agrícola; interdisciplinaridade nas questões de
desenvolvimento; noção de desenvolvimento sustentável; aspectos históricos da agricultura
no Brasil; a agricultura familiar no Brasil; os diferentes instrumentos de intervenção do
estado nacional para o desenvolvimento rural: infra-estrutura; política agrária; incentivos;
subvenções; proteção de mercado; a evolução do pensamento no Brasil sobre o papel da
agricultura familiar; a evolução das políticas públicas e suas conseqüências sobre a
agricultura familiar; as instituições de apoio à agricultura, de pesquisa, de formação e de
desenvolvimento no Brasil e as suas relações com a agricultura familiar e as organizações
de produtores.
RECURSOS FLORESTAIS NA PROPRIEDADE RURAL
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Importância econômica, social e ecológica de florestas; situação florestal do Brasil e do
Paraná; sementes e mudas florestais; implantação de florestas; sistemas agroflorestais;
tratos culturais em florestas; noções de manejo florestal; rentabilidade de florestas e
sistemas florestais.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 2
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Defesa da monografia perante banca e redação de artigo a partir da monografia.
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 3 – GESTÃO E DOCÊNCIA
Carga Horária: AT(120) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(120)
Pré-requisito: Não tem
64
65
Ementa
Docência na área de habilitação e gestão de processos educativos na escola;
gestão educacional, formas de implementação e operacionalização de uma gestão
democrática e emancipadora.
SEMINÁRIO INTEGRADOR 3
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Espaço destinado a garantir a discussão interdisciplinar dos temas incluídos nas linhas de
pesquisa do curso e a socialização dos projetos de pesquisa realizados pelos estudantes;
promover a interlocução entre os docentes participantes do curso nas diferentes áreas de
conhecimento, enriquecendo a construção das pesquisas e monografias.
INTRODUÇÃO À ANÁLISE REAL
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Cálculo Diferencial Integral
Conjunto dos números naturais; Conjuntos finitos, infinitos, enumeráveis e não-enumeráveis;
corpo dos números reais ordenados e completos.
8º PERÍODO
REALIDADE BRASILEIRA 2
Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Visão panorâmica da história da formação do povo brasileiro desde suas matrizes étnicas e
culturais; debates contemporâneos sobre alternativas de desenvolvimento para o Brasil e os
desafios de construção de um projeto de nação.
POLÍTICA EDUCACIONAL 3
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Diretrizes operacionais para a educação básica nas escolas do campo; educação rural nas
constituições brasileiras; educação rural e legislação educacional; educação no campo.
65
66
ESCOLA E EDUCAÇÃO DO CAMPO 2
Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Estudos sobre a escola na perspectiva da Educação do Campo.
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 4 - GESTÃO E DOCÊNCIA
Carga Horária: AT(120) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(120)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Docência e gestão de processos educativos escolares; escola com espaço de trabalho
coletivo de reflexão e ação cotidianas; projeto político pedagógico: instrumento teóricometodológico de organização do trabalho pedagógico da sala de aula e da escola na sua
totalidade.
SEMINÁRIO INTEGRADOR 4
Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)
Pré-requisito: Não tem
Ementa
Espaço destinado a garantir a discussão interdisciplinar dos temas incluídos nas linhas de
pesquisa do curso e a socialização dos projetos de pesquisa realizados pelos estudantes;
promover a interlocução entre os docentes participantes do curso nas diferentes áreas de
conhecimento, enriquecendo a construção das pesquisas e monografias.
4.6
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
As atividades complementares obedecerão ao estabelecido no Regulamento para
Atividades Complementares dos Cursos de Graduação da UTFPR.
4.7
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO
As Diretrizes para os Cursos de Graduação da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná, o Regulamento da Organização Didática Pedagógica aplicável ao curso, assim
como o Regulamento de Estágio Curricular Obrigatório da UTFPR, definirão os
procedimentos operacionais para este modelo de atividade de ensino.
O Estágio Curricular Supervisionado desenvolvido no Curso deverá obedecer ao
regulamento Geral de Estágio da UTFPR.
66
67
O Estágio Curricular Supervisionado será realizado nas comunidades de
origem dos educandos, e será acompanhado pelos professores do Curso, pelos
especialistas da área e pelos movimentos sociais, prioritariamente, em Escolas Públicas do
campo e articulado, preferencialmente, aos projetos parceiros de educação dos movimentos
sociais. O Estágio Supervisionado, em suas etapas específicas, compreenderá a carga
horária distribuída ao longo do Curso.
4.8
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO
O trabalho de Conclusão de Curso obedecerá ao Regulamento para Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) para os Cursos de Graduação da UTFPR. A monografia é
trabalho de caráter científico, produzido como resultado de pesquisa, a partir de fontes
conceituais ou empíricas, articulando conhecimentos construídos ao longo do curso,
articulado com as linhas de pesquisa da Educação do Campo.
4.9
PLANOS DE ENSINO E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Os planos de ensino e as referências bibliográficas das disciplinas seguem o Projeto
Pedagógico do Curso e serão constantemente revisados durante a semana de planejamento
de ensino no início do semestre. Portanto, devido à dinâmica de atualização desses
documentos, os mesmos não foram incluídos na presente proposta.
67
68
5 INFRA-ESTRUTURA DO CURSO.
A seguir é apresentada uma relação das instalações e equipamentos disponíveis
para o uso do curso. Para tal, além da infra-estrutura do Setor Administrativo e de Apoio
(incluindo o ginásio esportivo), e da Biblioteca, existem doze Unidades de Ensino e
Pesquisa (UEPs) e quatro laboratórios.
5.1 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
Tabela 5.1.1 – Área destinada ao setor administrativo e de apoio
Instalação
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
Almoxarifado
Alojamento (com vagas para 120 alunos)
Ginásio esportivo
Cozinha/Refeitório/Auditório
Depósito
Guarita
Lavanderia
Residência funcional (casa de hóspedes)
Residência funcional (pessoal administrativo)
Residência funcional (pessoal de apoio)
Salas administrativas
Vestiário (para alunos semi-internos)
Total
Qtde.
01
03
01
01
01
01
01
01
04
04
15
01
34
Área/
Instalação (m2)
300,00
300,27
1.253,69
766,11
164,25
4,00
107,75
172,26
117,20
78,66
179,67
Tabela 5.1.2 – Área destinada ao setor pedagógico e de pesquisa
Instalação
Qtde.
Área/instalação
(m2)
1. Laboratórios
04
56,71
2. Pátio coberto, cantina e banheiros
01
299,98
3. Sala de audiovisuais
01
69,70
4. Sala para biblioteca com 3 ambientes
01
203
5. Salas de aula
11
46,10
6. Salas para professores
09
19,89
Total
26
Área Total
(m2)
300,00
900,81
1.253,69
766,11
164,25
4,00
107,75
172,26
468,68
314,64
551,30
179,67
5.183,28
Área Total
(m2)
226,84
299,98
69,70
203,00
507,10
179,01
1.485,63
5.2 BIBLIOTECA E ACERVO BIBLIOGRÁFICO
A Biblioteca oferece aos seus usuários os seguintes serviços:
•
orientação para a utilização da Biblioteca;
•
orientação aos usuários em suas pesquisas;
•
consulta local;
68
69
•
empréstimo domiciliar;
•
reserva de materiais;
•
empréstimo entre Bibliotecas;
•
levantamento bibliográfico;
•
portal de Periódicos Capes.
•
orientação para a normalização de trabalhos acadêmicos, de acordo com a ABNT;
•
catalogação na fonte;
Tabela 5.2.1 – Composição do Acervo
Tipo de obra
Livros
Folhetos
Periódicos
Anais
DVD
Total
Títulos
3282
863
156
111
170
4582
Exemplares
6071
1225
2886
187
185
10554
5.3 SETORES DE PRODUÇÃO E PESQUISA
Tabela 5.3.1 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Produção de Mudas
Instalação
Instalação
Qtde.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Viveiro - área sombreada
Viveiro - área sombreada para cultivo
Estufa para produção de mudas
Estufa túnel baixo
Galpão de ferramentas
Sala ambiente, escritório e banheiros
Telado para produção de mudas
Total
01
01
01
01
01
01
01
07
960,0
357,0
50,0
37,5
40,0
100,1
50,0
Tabela 5.3.2 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Fruticultura
Instalação
Qtde.
Área/instalação (m2)
1.
Sala de apoio
01
50,0
Total
01
Tabela 5.3.3 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Silvicultura
Instalação
1.
2.
3.
4.
5.
Área/instalação
(m2)
960,0
357,0
50,0
37,5
40,0
100,1
50,0
1.594,6
Floresta Estacional Semidecidual em estágios médio e inicial de
regeneração
Trilha de interpretação ecológica
Plantios de recuperação ambiental com espécies nativas
Talhões de espécies florestais exóticas
Arboreto
Total
Área Total (m2)
50,0
50,0
Qtde.
01
Área Total
(m2)
483.000,0
01
06
02
01
11
2.000,0
50.000,0
17.000,0
14.000,0
566.000,0
69
70
Tabela 5.3.4 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Plantas Medicinais e Aromáticas
Instalação
Qtde.
Área/instalação
Área Total
2
(m )
(m2)
1.
Área de cultivo
01
400,0
400,0
Total
01
400,0
Tabela 5.3.5 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Paisagismo*
Instalação
Qtde.
Área/instalação (m2)
1.
Sala de apoio
01
25,0
Total
01
Área Total (m2)
25,0
25,0
* Composta por todos os espaços destinados à jardinagem e paisagismo do Campus.
Tabela 5.3.7 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Mecanização
Instalação
Qtde.
Área/instalação
(m2)
1. Carpintaria
01
192,02
2. Galpão para abrigo de máquinas
01
648,01
3. Paiol
01
133,60
01
76,90
4. Residência funcional
5. Sala ambiente, escritório e banheiros
01
100,10
Total
05
Área Total
(m2)
192,02
648,01
133,60
76,90
100,10
1.150,63
Tabela 5.3.7.1 – Equipamentos Disponíveis na Unidade de Ensino e Pesquisa em
Mecanização
Equipamentos
Qtde.
1.
Arado com 3 discos reversíveis
01
2.
Arado subsolador com engate hidráulico de 5 hastes
01
3.
Armário de aço com duas portas
02
4.
Bebedouro elétrico industrial
01
5.
Bigorna em ferro fundido com 20 kg
01
6.
Bomba hidráulica acionada por roda d’água
01
7.
Bomba p/ combustível rotativa com filtro para tambor de 200 l
01
8.
Bomba para graxa manual 20 kg
01
9.
Cadeira universitária com porta livros e prancha fixa
50
10.
Carreta agrícola de 4,5 ton com 2 eixos
01
11.
Cavaletes para mecânico – capacidade de 6 ton
05
12.
Colheitadeira de forragem para silagem
01
13.
Compressor de ar capacidade 200 libras
01
14.
Conjunto de irrigação agrícola
01
15.
Cultivador adubador com duas caixas de adubo
01
16.
Distribuidor de esterco com capacidade de 4.000 l
01
17.
Enxada rotativa agrícola
01
18.
Furadeira de bancada – motor 0,5 cv
01
19.
Grade aradora, 12 discos recortados
01
20.
Hidrocompressor de alta pressão
01
21.
Macacos hidráulicos tipo garrafa com capacidade de 2 ton
02
22.
Mesa em madeira para escritório
02
70
71
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
Micro-trator com 2 rodas, sistema de engate rápido
Moto-esmeril com rebolo e escova
Pulverizador costal de 20 l
Pulverizador de barras com tanque de 400 l
Roçadeira mecânica com roda traseira
Sulcador adubador de 2 linhas
Torno de bancada em ferro fundido fixo
Trator agrícola diesel quatro rodas, potência 14 cv
Trator agrícola diesel, tração 4x4, potência 40 cv
Turbo atomizador com capacidade 400 l
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
Tabela 5.3.8 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Piscicultura
Instalação
Qtde.
Área/instalação
(m2)
1. Laboratório para produção de alevinos
01
120,0
2. Viveiro (Açude)
04
20,0
Total
05
Tabela 5.3.9 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Apicultura
Instalação
Qtde.
Área/instalação (m2)
1. Apiário
01
5.000
Total
01
Tabela 5.3.10 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Avicultura
Instalação
Qtde
1.
Galpão de avicultura de corte automatizado
01
2.
Galpão de avicultura de postura
02
3.
Residência funcional
01
4.
Sala ambiente, escritório e banheiros
01
Total
05
Área Total
(m2)
120,0
80,0
200,0
Área Total (m2)
5.000,0
5.000,0
Área (m2)
1.800,00
372,24
76,90
100,10
Tabela 5.3.11 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Suinocultura
Instalação
Qtde.
Área/
Instalação (m2)
1. Complexo contendo unidade produtora de
01
300
leitões – instalações para 42 matrizes, com
sala ambiente, escritório, farmácia, banheiros e
alojamento para plantonista
2. Esterqueira e fossa séptica
01
635,48
3. Residência funcional
01
76,90
Total
03
Tabela 5.3.12 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Bovinocultura
Instalação
Qtde. Área/instalação
(m2)
1. Área destinada à pastagem
01
144.600,00
Total (m2)
1.800,00
744,48
76,90
100,10
2.721,48
Área Total
(m2)
300
635,48
76,90
1.012,38
Área Total
(m2)
144.600,00
71
72
2. Campo experimental e demonstrativo de
plantas forrageiras
3. Complexo contendo instalações para gado
leiteiro, sala ambiente, sala de ordenha,
escritório, depósito e banheiros
4. Residência funcional
Total
01
3.350,00
3.350,00
01
280,52
280,52
01
04
76,90
76,90
148.307,40
Tabela 5.3.12.1 – Equipamentos Disponíveis na Unidade de Ensino e Pesquisa em
Bovinocultura
Equipamentos
Qtde.
1.
Conjuntos de ordenha
03
2.
Resfriador de expansão com capacidade de 1.000 l
01
Tabela 5.3.13 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Agroindústria
Instalação
Qtde.
Área/instalação
(m2)
1.
Abatedouro
01
121,03
2.
Curral de espera
01
27,47
3.
Fábrica de ração
01
131,09
Total
03
Área Total
(m2)
121,03
27,47
131,09
279,59
Tabela 5.3.13.1 – Equipamentos Disponíveis na Unidade de Ensino e Pesquisa em
Agroindústria
Equipamentos
Qtde.
1.
Arquivo de metal
02
2.
Balança eletrônica de bancada, capacidade 250 kg
02
3.
Balcão com duas portas, 1,2 m com pia inox
01
4.
Cadeira universitária com porta livros
30
5.
Caldeira, capacidade 100 kg
01
6.
Câmara fria para maturação de queijo
01
7.
Câmara frigorífica
01
8.
Depenador de frango em aço inox
01
9.
Engenho de cana de açúcar com capacidade de 400 l por hora
01
10.
Fogão industrial 04 bocas com forno
01
11.
Freezer Vertical EF340 Esmaltec 110
01
12.
Máquina elétrica de moer carne
01
13.
Mesa em madeira para escritório
02
14.
Mesa para evisceração
01
15.
Misturador para salame, capacidade 50 kg
01
16.
Pasteurizador de leite a placa, capacidade 300 l
01
17.
PHmetro de bancada com eletrodo sensor
01
18.
Sala de maturação de salame
01
19.
Sangrador para aves em aço inox
01
20.
Serra fita para cortar carne
01
21.
Tacho para fabricação de doce de leite
01
72
73
5.4 LABORATÓRIOS
Tabela 5.4.1 – Laboratório de Bromatologia e Microbiologia
Equipamentos
1.
Agitador magnético com aquecimento
2.
Balança analítica (precisão)
3.
Bomba a vácuo
4.
Capela de exaustão
5.
Chapa aquecedora com resistência e dimmer de temperatura nominal até
300º C.
6.
Compressor hermético com no mínimo 1/6 hp a base de óleo
7.
Deionizador de água capacidade de 50 l por hora
8.
Estufa de secagem e esterilização
9.
Manta aquecedora para balões de fundo redondo, capacidade de 250 ml
10. pHmetro digital microprocessado; permite a análise com resolução 0,01
11. Sistema de determinação de nitrogênio por destilação e digestão, com
exaustão de vapores ácidos para 8 provas macro.
12. Termômetro de máxima e mínima
Tabela 5.4.2 – Laboratório de Qualidade do Leite
Equipamentos
1.
Balança de precisão com capacidade mínima de 2.200 g, sensibilidade de
aproximadamente 0,01g
2.
Banho maria digital
3.
Barrilete para o depósito de água purificada, capacidade mínima de 30 l.
4.
Butirômetro para o leite
5.
Centrífuga para 8 butirômetros com rotação 1.100 rpm
6.
Chapa aquecedora com resistência e dimmer de temperatura nominal até
300ºC.
7.
Crioscópio eletrônico digital destinado a determinar o ponto de
congelamento do leite.
8.
Destilador de água
9.
Estufa bacteriológica
10. Estufa para secagem e esterilização
11. PHmetro digital microprocessado; permite a análise com resolução 0,01
12. Microscópio binocular
13. Mini-agitador magnético sem aquecimento com capacidade de agitação de
até 5.000 ml
14. Refratômetro manual escala de 0 a 32%
Tabela 5.4.3 – Laboratório de Microbiologia e Fitopatologia
Equipamentos
1.
Agitador magnético
2.
Agitador mecânico
3.
Autoclave vertical mr. Phoenix
4.
Balança de precisão capacidade 5.000 g
5.
Banho Maria
6.
Bomba a vácuo
7.
Câmera de fluxo laminar
8.
Capela de exaustão
9.
Colorímetro
Qtde.
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
02
Qtde.
02
01
01
08
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
Qtde.
01
01
01
01
01
01
01
01
01
73
74
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
Condicionador de ar 10.000 btus
Direcionador mod. P104p mr. Paragon
Estereomicroscópios completos
Estufa de cult.bacteriol
Estufa de secagem
Evaporador rotativo
Freezer
Germinador de grãos
Micro-centrífuga refrigerada
Microscópio completo
Microscópio Studar completo (ufc system) mb5ro
Microscópio Studar gmdo completo
Nortex
PHmetro
Refrigerador
Tabela 5.4.4 – Laboratório de Informática
Instalação
1.
Sala ambiente
Total
01
01
07
01
01
01
01
01
01
04
01
04
01
01
01
Qtde
01
01
Área (m2)
56,71
Total (m2)
56,71
56,71
Tabela 5.4.4.1 – Equipamentos Disponíveis no Laboratório de Informática
Equipamentos
1.
Cadeira
2.
Computador conectado a internet
3.
Mesa para computador
Qtde.
15
15
15
Tabela 5.4.4.2 – Recursos Áudio-Visuais do Laboratório de Informática
Recurso
1.
DVD
2.
Projetor multimídia
3.
Retroprojetor
4.
Televisão 29 polegadas
5.
Videocassete
Qtde.
02
07
07
02
02
74
75
6 CORPO DOCENTE
O corpo docente será composto pelos professores dos cursos existentes no
Campus de Dois Vizinhos da UTFPR. Todos os professores que ministrarem aulas no
curso deverão fazer parte das reuniões, da organização do curso, acompanhar o projeto
pedagógico e demais atividades pertinentes. No decorrer do Curso, algumas disciplinas
poderão ser ministradas por professores convidados de outras instituições.
Os professores relacionados a seguir constituem a equipe docente que estão
potencialmente comprometidos com a implantação do curso de licenciatura para
educadores do campo. O quadro ainda poderá sofrer alterações pontuais quando da
implementação do curso, considerando as alterações próprias da distribuição docente ao
início de cada ano letivo e a adequação às disciplinas previstas no PPP do curso.
Além dos professores pertencentes ao quadro do Campus Dois Vizinhos da
UTFPR, que terão a carga horária destinada a atender as disciplinas do curso de
Licenciatura em Educação do Campo incluídas em seu plano de atividades docentes, a
proposta aprovada junto ao Ministério da Educação, por meio do Edital n° 9, de 29 de abril
de 2009 prevê recursos para contratação de professores, para as áreas nas quais o quadro
de docentes do Campus Dois Vizinhos da UTFPR não está apto a atender, ou que, por
ventura, não disponha de carga horária suficiente para o atendimento das disciplinas
propostas.
A contratação de professores que se fizer necessária ocorrerá mediante
contratação direta para o cumprimento de carga horária determinada, tendo o seu valor
fixado em R$ 50,00 por hora.
6.1 RELAÇÃO DE DOCENTES.
Quadro 3 - Relação dos professores potencialmente comprometidos com a implantação do
Curso de Licenciatura em Educação no Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR.
DOCENTE
Adalberto Luiz de
Paula
Adriana Sbardelotto Di
Domenico
Alessandro Jaquiel
Waclawovsky
Alfredo de Gouvêa
GRADUAÇÃO
TITULAÇÃO
Eng. Agrônomo
M.Sc. e Dr. Em Agronomia
Licenciada em
Matemática
Eng. Agrônomo
M.Sc em Matemática
Licenciado em
M.Sc. em Agronomia e Dr.
Em Ciências Agrárias
M.Sc. e Dr. em Agronomia
Eng. Agrônomo
D.E
D.E
D.E
D.E
Ciências Agrícolas
Almir Antônio Gnoatto
REGIME DE
TRABALHO
M.Sc. e Dr. em Agronomia
D.E
75
76
Amanda Claro
Química
Gutierrez
Américo Wagner
Ciências
Eng. Agrônomo
Júnior
André Ponzoni
Angélica Signor
Licenciatura em
M.SC. Física da Matéria
Física
Condensada
Eng. Agrícola
M.Sc. Agronomia; Dr. Eng.
Agrícola
Eng. Agrônomo
D.E
40hs
D.E
M.Sc. e Dr. em Agronomia
D.E
Ramos
Dalva Paulus
Eng. Agrônoma
M.Sc. e Dr. em Agronomia
Daniela Estevans
Licenciado em
M.Sc. em Ciências
Ciências Biológicas
Biológicas/Botânica
Licenciada em
M.Sc. em Ciências
Ciências Biológicas
Biológicas e Dr. em
Daniela Macedo Lima
D.E
M.Sc. Agronomia/Dr. (PósDoc) em Fitotecnia
Mendes
Celso Eduardo Pereira
M.Sc. em Ciências e Dr. Em
D.E
D.E
D.E
Ciências
Eleandro José Brun
Eng. Florestal
M.Sc. e Doutor em Eng.
Florestal
Everton Ricardi
Licenciado em
M.Sc. Agronomia/Produção
Lozano da Silva
Ciências Biológicas
Vegetal
Fernando Campanha
Eng. Florestal
M.Sc. Biologia Vegetal e Dr.
Bechara
Recursos Florestais
Flares Tadeu de Liz
Lic. Letras
Esp. L. Portuguesa
Jean Carlo Possenti
Eng. Agrônomo
M.Sc. e Dr. Ciência e
Tecnologia de sementes
Magnos Fernando
Zootecnista
D.E
D.E
D.E
D.E
M.Sc. Zootecnia
D.E
Ziech
Maria Madalena
D.E
Eng. Cartográfica
Santos da Silva
M.Sc e Dr. em Ciências
Geodésicas
D.E
D.E
Sklarski
Michele Potrich
Ciências Biológicas
M. Sc. Em Agronomia
Paulo Cesar
Eng. Agrônomo
M.Sc. Solos, Dr. (Pós-Doc)
Conceição
Solos
D.E
Paulo Segatto Cella
Zootecnista
M.Sc. e Dr. Zootecnia
D.E
Paulo Sergio Pavinato
Eng. Agrônomo
M. Sc. em Ciência do Solo e
D.E
76
77
Dr. Agronomia
Raquel de Almeida
Física
M.Sc. em Física
D.E
Rocha Ponzoni
Sérgio Miguel Mazaro
Eng. Agrônomo
M.Sc. e Dr. em Agronomia
D.E
Serinei Cesar Grigolo
Eng. Agrônomo
M.Sc. em Agronomia
D.E
Sidemar Pressotto
Eng. Agrônomo
M.Sc. Sociologia
D.E
Nunes
Thomas Newton
Eng. Agrônomo
Martin
M.Sc. Agronomia; Dr. em
Produção Vegetal
D.E
6.2 RELAÇÃO DISCIPLINAS/NÚCLEOS E DOCENTES MINISTRANTES
Disciplina
Núcleo
Possível Docente Ministrante
NÚCLEO DE ESTUDOS BÁSICOS – NEB
Teoria Pedagógica 1
Teoria Pedagógica 2
Teoria Pedagógica 3
Teoria Pedagógica 4
Desenvolvimento Humano e
Aprendizagem 1
Desenvolvimento Humano e
Aprendizagem 2
Professor Pedagogo
Professor Pedagogo
Professor Pedagogo
Professor Pedagogo
Professor Externo
Economia
Política
Economia Política 1
Economia Política 2
Economia Política 3
Questão Agrária
Realidade Brasileira 1
Realidade Brasileira 2
Professor externo
Professor externo
Professor externo
Professor externo
Professor externo
Professor externo
Filosofia
Filosofia 1
Filosofia 2
Filosofia 3
Professor externo
Professor externo
Professor externo
Política
Educacional
Política Educacional 1
Política Educacional 2
Política Educacional 3
Professor Pedagogo
Professor Pedagogo
Professor Pedagogo
Linguagens,
Leitura,
Interpretação
e Produção
de Textos
Técnicas de Leitura e Interpretação de Professor Substituto
Textos
Técnicas de Produção de Textos
Professor Substituto
Libras 1
Professor da Área
Libras 2
Professor da Área
Teoria
Pedagógica
Professor Externo
NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS – NEE
77
78
Linguagens
Mediações entre Forma Social e Forma Professor externo
Estética
Estética e Política
Professor externo
Ciências
da
Natureza
e
Matemática
Ciências
Humanas e
Sociais
Saúde, Sexualidade e Reprodução
Tópicos de Matemática
Ciências
Agrárias
Professor externo
Professor externo
Introdução ao Estudo da Área de Professor Externo
Ciências Humanas e Sociais
Conceitos Organizadores das Ciências Professor externo
Humanas e Sociais
Gestão da Unidade Familiar
Produção
Ecologia de Agroecossistemas
ÁREA DO CONHECIMENTO (ÊNFASE)
Ciências da Natureza e Matemática
Tópicos de Geometria Elementar
de Almir Antônio Gnoatto
Everton Ricardi Lozano da Silva
Professor Externo
Fundamentos de Matemática Elementar Professor Externo
Álgebra Linear e Geometria Analítica
Funções Reais de uma Variável Real
Ciências
da
Natureza
e Cálculo Diferencial e Integral
Estatística
Matemática
Educação Financeira
Hidrodinâmica e Termodinâmica
Genética
O Organismo Animal
Mecânica
Professor Externo
Professor Externo
Professor Externo
André Ponzoni
Professor Externo
Professor Externo
Alessandro Jaquiel Waclawovsky
Marcelo Marcos Montagner
Professor Externo
Introdução à Análise Real
Professor Externo
Estudo de Ecossistemas de Energia e Everton Ricardi Lozano da Silva
Ciclos Biogeoquímicos
Didática da Matemática
Professor Externo
Eletromagnetismo e Eletricidade
Professor Externo
Equações Diferenciais Aplicadas
Professor Externo
ÁREA DO CONHECIMENTO (ÊNFASE)
Ciências Agrárias
Tema
Introdução à Botânica
Contextual I – Introdução à Zoologia
Estudos
do Agropedologia 1
Meio Biofísico Fisiologia Vegetal
Recursos Florestais na Propriedade
Rural
Tema
Introdução à Fitotecnia
Contextual II– Introdução à Zootecnia
Sistemas de Agroclimatologia e Hidrologia
Produção
Tema
Forragicultura
Contextual III
Daniela Estevan
Professor Externo
Professor Externo
Américo Wagner Júnior
Eleandro José Brun
Professor Externo
Professor Externo
Adalberto Luiz de Paula
Magnos Fernando Ziech
78
79
–
Práticas Olericultura e Plantas Medicinais
Agrícolas
Agropedologia 2
Tema
Fundamentos em Topografia
Legislação Ambiental
Contextual
IV–
Elaboração
e
Análise
Ferramentas Projetos para Agricultura Familiar
para
o Desenvolvimento Rural
desenvolvime Sistema de Cultivo e de Criação
nto rural
Celso Eduardo P. Ramos
Professor Externo
para Maria Madalena Santos da Silva
Sklarski
de Sidemar Pressotto Nunes
Gestão de Processos Educativos Escolares
Escola e
Escola e Educação do Campo 1
Educação do Escola e Educação do Campo 2
Campo
Organização
Escolar
e
Método
de
Trabalho
Pedagógico
Organização Escolar e
Trabalho Pedagógico 1
Organização Escolar e
Trabalho Pedagógico 2
Organização Escolar e
Trabalho Pedagógico 3
Serinei Cesar Grigolo
Professor Externo
Professor Substituto
Professor Substituto
Método
de Professor Pedagogo
Método
de Professor Pedagogo
Método
de Professor Pedagogo
Gestão de Processos Educativos nas Comunidades
Projeto
de Projeto de Desenvolvimento do Campo Professor Substituto
Desenvolvime
nto do Campo
Sujeitos
do Sujeitos do Campo
Professor Externo
Campo
Métodos de
Métodos de Organização e Educação Professor Substituto
Organização Comunitária 1
e Educação
Métodos de Organização e Educação
Professor Substituto
Comunitária
Comunitária 2.
Métodos de Organização e Educação Professor Substituto
Comunitária 3.
NÚCLEOS DE ATIVIDADES INTEGRADORAS – NAI
Pesquisa
Pesquisa 1
Pesquisa 2
Pesquisa 3
Pesquisa 4
Pesquisa 5
Trabalho de Conclusão de Curso 1
Trabalho de Conclusão de Curso 2
Professor Externo
Professor Externo
Professor Externo
Professor Externo
Professor Externo
Professor Substituto
Professor Substituto
Práticas
Pedagógicas
Práticas Pedagógicas 1
Práticas Pedagógicas 2
Práticas Pedagógicas 3
Professor Pedagogo
Professor Pedagogo
Professor Pedagogo
79
80
Estágios
Seminários
Integradores
Estágio Curricular
Comunidade
Estágio Curricular
EJA
Estágio Curricular
Gestão e Docência
Estágio Curricular
Gestão e Docência
Supervisionado 1 – Professor Pedagogo
Supervisionado 2 – Professor Pedagogo
Supervisionado 3 – Professor Pedagogo
Supervisionado 4 – Professor Pedagogo
Seminário Integrador 1
Seminário Integrador 2
Seminário Integrador 3
Seminário Integrador 4
Professor Externo
Professor Externo
Professor Externo
Professor Externo
80
81
ANEXOS
81
82
ANEXO 1
REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO
DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO
DO CAMPUS DOIS VIZINHOS DA UTFPR
Proposta elaborada Com base no REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICOPEDAGÓGICA DOS CURSOS DE BACHARELADO E LICENCIATURA DA UTFPR, pela
equipe:
Profª MSc. Vanice Schossler Sbardeloto
Prof. Dr. Alfredo de Gouvêa
Prof. Dr. Celso Eduardo Pereira Ramos
Prof. MSc. Serinei Cesar Grigolo
Abril, 2010.
82
83
REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO- PEDAGÓGICA DO
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO
DO CAMPUS DOIS VIZINHOS DA UTFPR
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná (UTFPR), tendo em vista a Lei nº 9.394, Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, de 20 de dezembro de 1996 e a Lei nº 11.184, Lei de transformação do Centro
Federal de Educação Tecnológica do Paraná em Universidade Tecnológica Federal do
Paraná, de 07 de outubro de 2005, aprova o presente Regulamento, aplicável ao curso de
Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR.
Capítulo I
DA NATUREZA DOS CURSOS
Art. 1º – O curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da
UTFPR deve ser estruturado de forma a atender o que estabelecem o Estatuto da UTFPR,
as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Bacharelado e Licenciatura da UTFPR e
demais diretrizes aplicáveis.
Capítulo II
DO CURRÍCULO E PROGRAMA DO CURSO DE LICENCIATURA EM
EDUCAÇÃO DO CAMPO DO CAMPUS DOIS VIZINHOS DA UTFPR
Art. 2º – O currículo pleno do curso de Licenciatura em Educação no Campo do Campus
Dois Vizinhos da UTFPR obedece ao disposto na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
na Lei 11.184 de 07 de outubro de 2005 e nas Resoluções específicas expedidas pelos
órgãos competentes.
§ 1º – O currículo referido no caput do artigo é o conjunto de disciplinas e atividades
constantes do curso, organizado em regime semestral de alternância – tempo/escola e
tempo/comunidade – e apresentados com as respectivas denominações e localização por
período, cargas horárias, ementas.
§ 2º – O currículo a que se refere este artigo, com as disciplinas ordenadas em obrigatórias
e optativas, serão submetidas para aprovação pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e PósGraduação.
§ 3º – Deve ser elaborado Plano de Ensino para cada disciplina constante na matriz
curricular de cada curso.
Art. 3º – Os Planos de Ensino das disciplinas dos currículos, deverão conter no mínimo:
a) objetivo geral da disciplina;
b) objetivos específicos da disciplina;
c) carga horária em aulas teóricas e/ou práticas, atividades práticas como componente
curricular e total;
d) ementa da disciplina;
e) conteúdos programáticos;
f) metodologia para aulas teóricas e/ou práticas e atividades práticas como componente
curricular
f) descrição dos critérios e forma de avaliação;
83
84
h) bibliografia (básica e complementar).
Parágrafo único - No início de cada período letivo é obrigatória a divulgação aos
alunos matriculados na disciplina, pelo docente, do conteúdo programático e critérios de
avaliação.
Art. 4º – Os Planos de Ensino deverão ser apresentados pelos professores e aprovados
pela coordenação do curso a cada período letivo.
Art. 5º – As alterações dos ementários e/ou dos currículos serão propostas pela
coordenação de Curso e sua implantação dependerá de aprovação pelo Conselho de
Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação.
Parágrafo Único - As alterações a que se refere o caput deste artigo, só entrarão em vigor
no período letivo seguinte ao da aprovação.
Capítulo III
DO REGIME ESCOLAR
Art. 6º – O curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da
UTFPR será desenvolvido em regime semestral, em períodos de alternância em
tempo/escola e tempo/comunidade, sendo o ano civil dividido em dois períodos letivos de,
no mínimo, 100 (cem) dias de efetivo trabalho acadêmico em cada um, excluído o tempo
reservado aos exames finais.
§ 1º – O Tempo Escola é o período de presença direta dos alunos em atividades na
Universidade. Organiza-se esse tempo, conforme estratégias pedagógicas definidas em
cada momento, com a coordenação, educadores e alunos. Cada módulo de conteúdos
consiste de unidades didáticas oferecidas em meses concentrados de aulas, seguidas de
um período em que o acadêmico retorna para o meio rural, para desenvolver atividades de
campo (Tempo Comunidade).
§ 2º – O Tempo Comunidade se caracteriza por ser um tempo presencial dos alunos nas
comunidades de origem, ou seja, nas propriedades rurais, na família, assentamentos,
acampamentos, associações, organizações sociais, entre outras, realizando tarefas
previstas em projetos que se originam de problemáticas locais e atividades construídas
conjuntamente com os educadores do Curso.
§ 3º – O período destinado ao tempo/comunidade é parte integrante do período que
compreende o semestre de efetivas atividades acadêmicas.
§ 4º – O Tempo Escola terá no mínimo 50% dos dias de efetivo trabalho acadêmico.
§ 5º – O Tempo Escola será composto de períodos de seis dias de presença direta dos
alunos no Campus, com no máximo 54 aulas, sendo no máximo 9 horas/aulas diárias.
Art. 7º – O Calendário Acadêmico do Curso de Licenciatura em Educação do Campo do
Campus Dois Vizinhos da UTFPR, será elaborado anualmente pela Diretoria de Graduação
e Educação Profissional do Campus, e encaminhado ao Conselho de Ensino, Pesquisa e
Pós-Graduação para aprovação.
Art. 8º – O detalhamento do Calendário Acadêmico será elaborado pela Diretoria de
Graduação e Educação Profissional do Campus Dois Vizinhos e nele deverão constar, no
mínimo, os seguintes itens:
I.
período de matrícula;
II.
datas de início e término dos períodos letivos;
III.
datas de início e término de eventual período letivo especial;
IV.
período para pedidos de transferência por alunos provenientes de outras instituições;
V.
data limite para solicitação de equivalência ou convalidação de disciplinas;
VI.
data limite para cancelamento de matrícula em disciplina;
84
85
VII.
período para realização de segunda chamada;
VIII. período para realização dos exames finais;
IX.
datas limite para o lançamento de notas, freqüência e entrega dos diários de classe à
divisão de registros acadêmicos;
X.
períodos para o planejamento das atividades de ensino;
XI.
dias letivos, feriados e recessos escolares;
XII.
período de férias dos docentes;
XIII. datas de realização do processo seletivo para os cursos superiores da UTFPR;
XIV. data limite para requerer trancamento total de matrícula;
XV.
data limite para requerer exame de suficiência em disciplina;
XVI. data limite para requerimento de matrícula e validação das Atividades
Complementares.
Capítulo IV
DA ADMISSÃO AO CURSO
Art. 9° – A admissão no primeiro período do curso de Licenciatura em Educação do Campo
do Campus Dois Vizinhos da UTFPR, far-se-á mediante processo seletivo, ou através de
convênios específicos, nas datas previstas no Calendário Acadêmico.
§ 1º – O processo seletivo previsto no caput obedecerá às normas aprovadas pelo Conselho
de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação, no tocante à forma e mecanismos de avaliação,
seleção dos conteúdos e critérios de classificação por opção de inscrição.
§ 2º – O planejamento, execução e divulgação do processo seletivo para o Curso de
Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR ficará a cargo de
uma Comissão Permanente de Processo Seletivo designada pelo Reitor da UTFPR.
§ 3º – As normas do processo seletivo, as datas de execução, as vagas e a documentação
necessária serão tornadas públicas através de Edital próprio, elaborado pela Comissão
Permanente de Processo Seletivo e aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e PósGraduação.
Capítulo V
DO REGISTRO E MATRÍCULAS
Art. 10 – Quando classificado e cumprindo as exigências previstas no Edital do Processo
Seletivo a cada início de semestre o aluno será matriculado em todas as disciplinas do
período do currículo em vigor do curso.
Art. 11 – O aluno deverá matricular-se em todas as disciplinas previstas para cada período.
§ 1º – O coeficiente de rendimento do aluno será calculado de acordo com a expressão a
seguir, levando-se em consideração todas as disciplinas cursadas integrantes da Matriz
Curricular do seu curso
CR = [Σ (MF.CH) / Σ CH]
10
Onde:
CR = coeficiente de rendimento
CH = carga horária total da disciplina
MF = média final na disciplina, expressa na escala de 0 a 10
§ 2º – As Atividades Complementares não serão computadas no cálculo do coeficiente de
rendimento.
85
86
Art. 12 – Não será concedido o trancamento de matrícula no curso
Art. 13 – Não será concedido o cancelamento de matricula em disciplinas salvo
requerimento por motivos de saúde ou de força maior, devidamente comprovados, para
análise pela Diretoria de Graduação e Educação Profissional.
Art. 14 – O cancelamento de matrícula ou a perda do direito à vaga no curso ocorrerá:
I – por transferência para outra instituição de ensino;
II – por expressa manifestação de vontade do aluno;
III – se o aluno, por qualquer motivo, não obtiver aprovação em nenhuma disciplina do
primeiro semestre ou ano letivo de ingresso;
IV – se o aluno não efetuar sua matrícula ou trancamento de matrícula no curso em
qualquer período letivo;
V – por ato administrativo decorrente de motivos disciplinares;
VI – por ato administrativo decorrente de processo de jubilamento;
VII – se o aluno após concluir todos os pré-requisitos para a conclusão do curso não
completar o estágio dentro do prazo máximo para jubilamento.
§ 1º – Entende-se por cancelamento de matrícula no curso ou cancelamento de curso a
cessação total dos vínculos do aluno com a UTFPR.
§ 2º – O aluno que tiver sua matrícula cancelada no curso com fundamento nos incisos III,
IV e V, poderá requerer seu reingresso, desde que devidamente justificadas as causas que
provocaram o cancelamento, podendo ser reintegrado no período seguinte ao da ocorrência,
contando o período da ocorrência para os prazos referidos no artigo 15 deste regulamento;
§ 3º – O requerimento e a justificativa serão examinadas pelo Diretor de Graduação e
Educação Profissional ao qual o curso está vinculado.
Art. 15 – A conclusão do curso Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois
Vizinhos da UTFPR deverá ser obtida pelo discente dentro do prazo máximo de nove
semestres.
§ 1º – Caso o discente não consiga concluir o curso dentro do prazo a que alude o caput
deste artigo, será submetido a processo de jubilamento.
§ 2º – No caso de aluno portador de necessidades especiais que importem limitações da
sua capacidade de aprendizagem e nos casos de força maior, assim julgado por Comissão
designada para esse fim pelo Diretor do Campus, poderão ser dilatados até o limite de 50%
(cinqüenta por cento), os prazos de que trata o caput deste Artigo.
Art. 16 – Não será aceito o requerimento de matrícula do aluno, no período letivo em que se
constatar que o mesmo atingiu o tempo máximo estabelecido no Artigo 15, deste
Regulamento.
Art. 17 – O aproveitamento de estudos e a convalidação de disciplinas já concluídas em
outros cursos, dar-se-á conforme regulamentação em vigor, pelo Diretor de Graduação e
Educação Profissional após análise por parte da coordenação do curso.
§1° – As matérias desdobradas em diferentes disciplinas e não cumpridas integralmente,
nos estudos anteriores, serão analisadas com base no parecer da coordenação de curso,
observando a similaridade dos conteúdos e da carga horária com as disciplinas do currículo
do curso pretendido.
§ 2°– Entende-se por equivalência a convalidação de disciplina na qual o aluno tenha sido
aprovado, com conteúdo programático idêntico ou semelhante, cursada em outro registro,
currículo, curso ou instituição, no mesmo nível de ensino. Deve ser analisada a identidade
entre as disciplinas, analisando a compatibilidade dos conteúdos realizados no currículo de
origem, mediante a aferição do respectivo programa, não deixando de levar em
consideração a comparação entre o enfoque da disciplina nos dois currículos em questão,
de forma a privilegiar a integralização e consolidação dos conhecimentos e habilidades
indispensáveis à sua capacitação profissional.
86
87
§ 3°– A equivalência não será negada por divergência na denominação, no prérequisito, na carga horária ou no percentual de correspondência de pontos do
conteúdo programático das disciplinas, nem tampouco será concedida simplesmente por
igualdade destas características.
Art. 18 – A coordenação do curso, em conjunto com os Chefes de Departamento
Acadêmico e Chefe de Departamento de Educação, fornecerão à Diretoria de Graduação e
Educação Profissional antes de cada período letivo, as informações necessárias para
montagem e publicação dos horários escolares, tais como disciplinas e turmas a serem
ofertadas, as habilitações a que se destinam, o número de vagas e os horários
correspondentes.
Art. 19 - Será permitida a matrícula em disciplinas de enriquecimento curricular,
condicionada à existência de vagas.
§ 1º – O pretendente à matrícula em disciplinas de enriquecimento curricular deverá
requerê-la, anexando quando for o caso, o histórico escolar e comprovante de conclusão de
curso ou declaração de matrícula.
§ 2º – O aluno matriculado em disciplina de enriquecimento curricular, ficará sujeito a todas
as normas disciplinares e didático-pedagógicas da UTFPR, bem como ao recolhimento da
taxa de materiais de laboratórios, quando couber.
§ 3º – Os alunos de que trata o parágrafo 1º, estarão dispensados da exigência de
cumprimento dos pré-requisitos.
§ 4º – Ao aluno aprovado em disciplina de enriquecimento curricular, será fornecido
certificado de aproveitamento com registro da carga horária e conteúdo programático, e
quando for aluno da UTFPR, serão feitos os devidos registros no seu histórico escolar.
§ 5º – O aluno poderá solicitar enriquecimento curricular até o limite de 03 (três) disciplinas
por período letivo.
§ 6º – É vedada a matrícula como enriquecimento curricular em Estágio Supervisionado,
Trabalho de Conclusão de Curso e Atividades Complementares.
§ 7º – As disciplinas cursadas como enriquecimento curricular não darão direito a certificado
de conclusão de curso ou diploma.
Art. 20 – A UTFPR aceitará a inscrição de aluno não regular para cursar:
I – disciplinas isoladas, condicionado à existência de vagas;
II – cursos seqüenciais.
§ 1º – Define-se como aluno não regular aquele que tenha concluído o ensino médio ou
equivalente, não esteja cursando qualquer um dos cursos superiores da UTFPR e tenha
sido selecionado em processo de seleção específico para cursar disciplinas isoladas do
ensino superior ou curso seqüencial.
§ 2º – Define-se como curso seqüencial o conjunto de disciplinas inter-relacionadas dentro
de um campo do saber, pertencentes a qualquer um dos currículos dos cursos superiores da
UTFPR e desenvolvidas segundo legislação e/ou regulamento específico.
§ 3º – A Diretoria de Graduação e Educação Profissional competente divulgará, no início de
cada período letivo, a relação de cursos seqüenciais que poderão ser disponibilizados, bem
como a relação de disciplinas nas quais poderão ser aceitas inscrições de alunos não
regulares.
Art. 21 – O processo de seleção de alunos não regulares para preenchimento das vagas
previstas no parágrafo 3º do artigo anterior, será executado pela Diretoria de Graduação e
Educação Profissional competente e pautar-se-á em critérios específicos tornados públicos
através de Edital próprio.
Art. 22 – Após homologada a matrícula na instituição, todo aluno matriculado estará sujeito
a todos os procedimentos definidos no Regulamento da Organização Didático-Pedagógica
do Curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR, no
87
88
Regulamento do regime disciplinar discente da UTFPR e demais regulamentos da
instituição.
Art. 23 – Ao aluno não regular que concluir com aprovação uma disciplina isolada será
concedido certificado, com registro da carga horária e o conteúdo programático; e ao aluno
não regular que concluir com aprovação um curso seqüencial será concedido certificado,
conforme o tipo do curso seqüencial previsto em legislação e/ou regulamento específico.
Capítulo VI
DO ENSINO, DO RENDIMENTO ESCOLAR E DA APROVAÇÃO
Art. 24 - O rendimento escolar será apurado através de:
I – verificação da freqüência;
II – avaliação do aproveitamento acadêmico.
Parágrafo Único – É obrigatória a presença discente no mínimo em 75% (setenta e cinco por
cento) da carga horária das disciplinas ou trabalhos acadêmicos dos cursos ou programas,
exceto quando adotadas tecnologias de ensino à distância aprovadas previamente pelo
Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação.
Art. 25 – A aprovação em unidade curricular dar-se-á por uma Nota Final, proveniente de
avaliações continuadas realizadas ao longo do semestre letivo e por freqüência.
§ 1º – Considerar-se-á para todos os efeitos, avaliação continuada, toda estratégia
pedagógica aplicada no processo de avaliação da aprendizagem prevista no plano de
ensino de cada unidade curricular.
§ 2º – Considerar-se-á aprovado por média, o aluno que tiver freqüência igual ou superior a
75% (setenta e cinco por cento) e média parcial igual ou superior a 6,0 (seis), consideradas
todas as avaliações previstas no plano de ensino da disciplina.
§ 3º – O aluno com Nota Final inferior a 6,0 (seis) e/ou com freqüência inferior a 75% será
considerado reprovado.
§ 4º – Será propiciado ao aluno o acesso aos resultados das avaliações continuadas.
§ 5º – No caso de reprovação no período normal, o aluno poderá requerer a realização de
avaliação especial, em até 60 dias após o início do período subseqüente.
Art. 26 – As notas parciais deverão ser publicadas pelos professores, em locais previamente
comunicados aos alunos com antecedência mínima de 03 (três) dias úteis da data marcada
para a próxima avaliação.
§ 1º – O controle da divulgação dos resultados das avaliações será efetuado pelas
coordenações de curso e/ou chefias de Departamento.
§ 2º – É assegurado ao aluno mediante solicitação ao professor, à coordenação do curso ou
à chefia de Departamento acadêmico, o acesso à sua avaliação após correção, bem como
aos critérios adotados para a correção.
Art. 27 – No caso do aluno perder, por motivo de doença ou força maior, alguma avaliação
parcial composta apenas de prova ou teste de conhecimentos, poderá ser solicitada à
coordenação de curso, através de requerimento protocolado no Departamento de Registros
Acadêmicos, anexando a devida comprovação, uma única segunda chamada por disciplina,
no semestre ou ano letivo, desde que solicitada em até 10 (dez) dias corridos após a
realização da avaliação.
§ 1º – A solicitação, via requerimento, prevista neste artigo poderá ser deferida ou não, após
análise da coordenação do curso ou chefia do Departamento Acadêmico ao qual a disciplina
esteja vinculada.
§ 2º – A avaliação versará sobre todos os conteúdos ministrados na disciplina durante o
semestre letivo.
88
89
Art. 28 – Para efeito de verificação da freqüência não haverá abono de faltas ou
dispensa de freqüência, salvo os casos previstos em lei.
Art. 29 – É assegurado ao aluno o direito à revisão do resultado das avaliações, desde que
esta seja requerida à coordenação do curso com a devida justificativa em até 10 (dez) dias
corridos após a publicação do resultado.
§ 1º – A revisão de prova será efetuada por banca composta por pelo menos dois
professores e pelo coordenador do curso do aluno, excetuando-se o professor cuja prova
está sendo revisada.
§ 2º – Para efeito do que prevê o parágrafo anterior, a banca deverá ter disponível para
análise e parecer:
I – o instrumento de avaliação aplicado ao aluno com o respectivo gabarito;
II – os critérios de avaliação utilizados pelo professor responsável pela disciplina.
§ 3º – O resultado da revisão da avaliação será informado ao aluno através de parecer
fundamentado.
Art. 30 – Para um melhor desenvolvimento do plano de ensino das disciplinas e por
iniciativa do professor, poderá ser desenvolvido, concomitante ao período letivo, estudos de
recuperação de conteúdos e notas.
Art. 31 – O aluno que julgar possuir extraordinário conhecimento em disciplinas do curso,
poderá ter abreviada a duração do mesmo mediante requerimento e execução de exame de
suficiência na disciplina requerida, a ser aplicado por banca examinadora designada pelo
Diretor de Graduação e Educação Profissional ao qual o curso está vinculado.
§ 1º – Será dispensado de cursar a(s) disciplina(s) requerida(s) o aluno que obtiver grau
mínimo igual a 7,0 (sete) no exame de suficiência, devendo o fato ser registrado no histórico
escolar.
§ 2º – O previsto neste artigo não se aplica a aluno que já tenha sido reprovado na disciplina
requerida, e está limitado a 01 (um) pedido de exame de suficiência por disciplina.
§ 3º – O aluno deverá comprovar o seu conhecimento através de documentação específica
a ser previamente analisada pela coordenação de curso.
§ 4º – O Exame de Suficiência não se aplica ao Estágio Supervisionado, Trabalho de
Conclusão de Curso e Atividades Complementares.
Capítulo VII
DA TRANSFERÊNCIA E APROVEITAMENTO DE CURSO
Art. 32 – A UTFPR poderá aceitar pedidos de transferência e de aproveitamento de curso,
condicionados à existência de vagas e respeitado o estabelecido em regulamento
específico.
Art. 33 – A UTFPR concederá transferência, a pedido do aluno, em qualquer época do
período letivo, desde que o mesmo não esteja em pendência com algum setor da Instituição
ou respondendo a processo administrativo.
Capítulo VIII
DA MOBILIDADE ACADÊMICA
89
90
Art. 34 – A Mobilidade Acadêmica, interna, nacional ou internacional seguirá o
estabelecido em regulamento específico.
Capítulo IX
DO ESTÁGIO
Art. 36 – Os estágios serão do tipo Curricular Obrigatório.
Art. 37 – As atividades de estágio curricular obrigatório seguirão regras próprias constantes
em regulamento específico.
Capítulo X
DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Art. 39 – As atividades referentes ao Trabalho de Conclusão de Curso seguirão regras
constantes em regulamento específico.
Capítulo XI
DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Art. 40 – As Atividades Complementares seguirão regras constantes em regulamento
específico.
Capítulo XII
DAS ATIVIDADES NOS PERÍODOS DE RECESSO ESCOLAR
Art. 41 – Entre os períodos letivos regulares poderão ser desenvolvidos programas de
ensino, pesquisa e extensão.
Art. 42 – Verificada a necessidade e mediante proposta da coordenação do curso, a
Diretoria de Graduação e Educação Profissional, poderá programar período letivo especial
em regime intensivo, também denominado de “turma de período especial”, dentro dos
prazos estabelecidos no Calendário Escolar.
§ 1º - O período letivo especial revestir-se-á, para efeito de integralização do curso, das
mesmas características do período letivo regular, no tocante aos conteúdos programáticos,
carga horária e avaliação.
§ 2º - O plano de ensino da disciplina a ser ministrada em “turma de período especial”,
deverá ser previamente adequado às atividades em regime especial pelo professor que a
ministrará, com supervisão da coordenação do curso.
§ 4º - O aluno poderá matricular-se em apenas uma disciplina em cada período letivo
especial, salvo em situação de excepcionalidade previamente autorizada pela Diretoria de
Graduação e Educação Profissional competente.
90
91
Capitulo XIII
PRAZO PARA CONCLUSÃO DO CURSO E ACOMPANHAMENTO
Art. 43 - O aluno do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UTFPR terá o prazo
máximo para a conclusão do curso de 8 semestres.
Art. 44 – Os alunos poderão cursar disciplinas fora do período de oferta normal em casos de
dependência ou cancelamento de matrícula no semestre subseqüente. As disciplinas serão
ofertadas de forma condensada ou semi-presencial.
§ 1º - Entende-se por regime semi-presencial a disciplina que será ministrada utilizando
ferramentas de ensino à distância, sendo que as avaliações devem ser realizadas
presencialmente durante o Tempo-Escola.
§ 2º - Entende-se por disciplina condensada aquela que será ofertada de forma intensiva e
presencial.
Capítulo XIV
DOS GRAUS, DIPLOMAS E CERTIFICADOS
Art. 45 – A UTFPR conferirá os seguintes diplomas e certificados:
Idiploma de curso superior de formação específica;
IIdiploma de graduação;
IIIcertificado de conclusão de disciplina isolada ou de curso superior de
complementação de estudos.
IVcertificado por área de aprofundamento, conforme previsto no projeto do curso.
Art. 46 – Serão conferidos graus relativos aos cursos, em consonância com a legislação
vigente.
Art. 47 – A cerimônia de colação de grau é ato solene da UTFPR e será realizada em
sessão pública, em dia e horário previamente fixados.
§ 1º - Ao colar grau, os formandos prestarão juramento na forma estabelecida pela
regulamentação específica.
§ 2º - O Reitor da UTFPR ou pessoa por ele designada, com a presença de no mínimo dois
professores, poderá proceder à imposição de grau, em ato público, a formando(s) que não o
tenha(m) recebido no ato solene e coletivo, lavrando-se termo subscrito pelo Reitor ou
representante, pelos professores presentes e pelo(s) graduando(s).
Capítulo XV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 48 – Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos pela Pró-reitoria de
Graduação e Educação Profissional, ouvido o Conselho de Ensino, Pesquisa e Pósgraduação no que couber.
Art. 49 – O recurso contra decisões dos órgãos executivos ou colegiados deverá ser
interposto pelo interessado, por escrito, no prazo máximo de 10 (dez) dias corridos,
contados da data de ciência ou divulgação da decisão a recorrer, dirigido à Diretoria de
Graduação e Educação Profissional do campus.
91
92
Art. 50 – O presente Regulamento entrará em vigor a partir da sua aprovação no
Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação.
92
Download

Projeto do Curso