UNIVERSIDADE FED ER A L D O PARÁ
CENTRO A G R O PE C U Á R IO
N Í JCLEO DE ESTUDOS INTEGRADOS SO BR E A G R IC U L T U R A FA M IL IA R
EM PRESA BRASILEIRA DE PESQ U ISA A G R O PE C U Á R IA AM AZÔNIA O R IEN T A L
C U R SO DE M ESTRADO EM A G R IC U LTU R A S FA M IL IA R E S E
DESENVO LVIM ENTO SU STEN TÁ V EL
ANDERSON BORGES SERRA
INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DO SOLO EM
SISTEMAS ALTERNATIVOS AO USO DO FOGO, BASEADOS
NOS PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA, DESENVOLVIDOS
POR AGRICULTORES FAMILIARES NA REGIÃO DA
RODOVIA TRANSAMAZÔNICA - OESTE DO PARÁ
Dissertação apresentada ao Curso de PósGraduação em Agriculturas
Familiares e
Desenvolvimento Sustentável da Universidade
Federal do Pará e da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária - Amazônia Oriental, como
requisito parcial para obtenção do título de Mestre.
Orientadora: Profa. Dra. Tatiana Deane de Abreu
Sá
BELÉM
2005
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural / UFPA, BciIctm-PiP*A
Serra, Anderson Borges
Indicadores de sustentabilidade do solo em sistemas alternativos; ao )>
uso do fogo, baseados nos princípios da agroecologia, desenvolvidois por r ■
agricultores familiares na região da Rodovia Transamazônica / Anderrson ^\
Borges Serra; orientadora, Tatiana Deane de Abreu Sá - 2005
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, C e n tro )
Agropecuário, Programa de Pós-Graduação em Agriculturas A m azônicas, ,
Belém, 2005
1.
Agricultura familiar - Rodovia Transamazônica (Brasil). 2. .
Ecologia agrícola - Rodovia Transamazônica (Brasil). 3. Solos - Mamejjo Rodovia Transamazônica (Brasil). I Título.
CDD - 22.ed. 338.10 '9 8 1 1 5 í5
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO AG RO PECUÁRIO
NÚCLEO DE ESTUDOS INTEGRADOS SO BRE A G R IC U LTU R A FA M ILIA R
EM PRESA BRASILEIRA DE PESQUISA A G R O PEC U ÁR IA AM AZÔNIA ORIENTAL
CURSO DE M ESTRADO EM AG RICULTURAS FA M ILIAR ES E
DESENVOLVIM ENTO SUSTEN TÁ VEL
ANDERSON BORGES SERRA
INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DO SOLO EM
SISTEMAS ALTERNATIVOS AO USO DO FOGO, BASEADOS
NOS PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA, DESENVOLVIDOS
POR AGRICULTORES FAMILIARES NA REGIÃO DA
RODOVIA TRANSAMAZÔNICA - OESTE DO PARÁ.
Dissertação apresentada ao Curso de PósGraduação em Agriculturas
Familiares ^ e
Desenvolvimento Sustentável da Universidade
Federal do Pará e da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária - Amazônia Oriental, como
requisito parcial para obtenção do título de Mestre.
Data de defesa: 25 de agosto de 2005.
Banca Examinadora:
Dra. Tatiana Deane de Abreu Sá (orientadora)
EM BRAPA A M A ZÔ N IA /O RIEN TA L
____________________________________________
^v A d lllllld U U I)
(
^
EMBRAPA AM AZÔNIA O RIENTAL
Dra.
_
ra)
EMBRAPA AM AZÔNIA O RIENTAL
Homenagem
Ademir Alfeu Federicci - "Dena ”
Agricultor de M edicilândia - Coordenador do M üTX
Denunciou esq u em as de desvios de verbas da SUDAM
Liderou p rocesso de discussão sobre U HE-Belo M mte
Assassinado em agosto de 2001.
Bartolom eu Morais da Silva - "Brasiia ”
Agricultor de Castelo dos S o n h o s - Altam ira - D irigente Sincical
Denunciou trabalho escravo, grilagerm de terra e assassinato de agricultores
A ssassinado julho de 2002
IDorothy Mãe Stang - “Irmã Dorohy "
M issionáriía religiosa da Igreja católica no Arapu
Liiderou resistência à grilagem de teiras,
Idealizou modelo de asisentamento para produtores familiires
A ssassinada fevereiro em 2)05
Almas genejrosas que eu tive o prazer de conhccer
Lutavam por uma Tranisam azônica para todos e para sempre,
Pelo deisenvolvim ento da agricultura familiar
Mas tiveram s u a s vidas interrompidas pela barbirie
Dedicatória.
A Raí, m inha mãe, pelos ensinamentos.
Ao Clóvis, meu pai, pelo exemplo de bom homem.
A Oziane, m inha irmã, pelo carinho que tem por mim.
Ao Raphael, meu irmão, pelo companheirismo enquanto estive morando em Belém.
Ao M onteiro, m eu amigo, pelas lições de vida.
A Fabiana Nunes, m inha namorada, pelo companheirismto e amizade.
Aos agricultores de Medicilândia, pela iniciativa de experim entar os sistemas de Roça Sem
Queimar.
AGRADECIME1NTOS.
A CAPES, pela concessão da Bolsa de Estudos, que perm itiu minha estadia em Belém.
Ao m andato do Depu:ado Airton Faleiro, que m e co n ced eu apoio financeiro para com pa de
reagentes e pagam ento de assessoria na realização d o s trabalhos de laboratório.
A Fundação V iver, Produzir e Preservar, pela ajuda logística e financeira para realizaçãc dos
trabalhos de cam po, viagens para M edicilândia e Uruiará.
A Professora Tatiana Deane de Abreu Sá, que desde) o início do curso tem me orientado para
os trabalhos e m e animado com votos de entusiasmo e perseverança.
Ao Dr. Cláudio José Reis de Carvalho, em especial, pelo apoio em todo o processo de anilise
dos dados, nas orientações do trabalho.
Aos amigos Raimundo Parente, Bruno Serrão e Líviía Vasconcelos, pelas orientações em odo
o processo de construção do trabalho, nas an álises estatísticas e nas reflexões sobr: os
resultados encontrados.
Ao Sr. M onteiro e Sr. Benvindo, de M edicilândia e Uíruará, respectivam ente, por concordaem
em ceder suas propriedades para coleta de solos, e: na descrição das práticas adotadas nas
áreas.
Aos Jovens A risteu e César, pelas contribuições mas coletas de solo, respectivam ente cm
M edicilândia e Uruará.
Ao pessoal do laboratório da Embrapa, Ivanildo Trindade, Cleo M arcelo orientaçõ<s e
contribuições na análise dos dados.
A Tereza Primo e Ronaldo Oliveira, em especial, pelai contribuição nas análises laboratoriiis.
Ao Gabriel M edina, amigo de longas datas, pelo com panheirism o, enquanto estive em Behm.
Aos amigos Allan Messias e Leandro Castro, com pamheiros de residência, pelos momento; de
descontração em nossa residência aqui em Belém.
'O tempo está comprovando que a crise ambiental é, efetivamente, uma crise civilizatóra e
que o movimento agroecológico se inscreve no que podemos qualificar como uma graide
transformação, que talvez leve a reverter o processo e as inércias que desemboracan no
holocausto ecológico através da idéia do progresso e do crescimento sem limites. Para i.so,
será necessário construir uma racionalidade ambiental que incorpore um novo modeh de
produção, fundado nos princípios da produtividade neguentrópica. Isso deverá de conduzr a
uma regularização da vida que reverta a s inércias que estão levando para ima
hiperurbanização. Para isso, a ciência e as técnicas da Agroecologia devem articular-se a
uma nova teoria da produção e a novas técnicas produtivas; à construção de um mundcno
/uai predomine o ser das coisas sobre sua utilidade mercantil, onde se revalorize a terras o
trabalho e onde o ser humano possa reconhecer-se em seus saberes e no sentido de sias
açõe
Enrique Leff, 2(D2.
RKSUMO
A agricultura é uma atividade antrópica essencial para toda e qualquer sociedde,
independente do nível de desenvolvimento. A grande questão contemporânea é saber cmo
m antê-la produtiva sem afetar drasticamente os diferenttes ecossistemas terrestres. O olo
pode ser considerado a base de sustentação dos sistem as agrícolas. Assim, perdas ias
propriedades, que reduzam a capacidade de sustentar o crescim ento vegetal ou que im pliqem
riscos am bientais, causam impacto negativo de grande significação para as comuniddes
rurais, com repercussões no meio urbano. Entre os fatores que tom am o solo insustentáveem
term os produtivos e ambientais, está o uso do fogo com o forma de limpeza das áreas paa a
im plantação de cultivos agrícolas. O fogo. uma das mais antigas tecnologias incorporadasios
sistem as de produção, é utilizado até os dias atuais, por faicilitar a limpeza da área e por toiar
os nutrientes da vegetação prontamente disponíveis para a fase de cultivo, através das cinas.
A pesar disso, constitui grande problema devido aos seus; efeitos negativos. Foi dentro dsse
contexto, que um grupo de agricultores familiares, so>b articulação de uma organizcão
regional, a Fundação Viver, Produzir e Preservar, resolveu iniciar uma experiêcia
objetivando testar práticas de implantação de sistem a agrícolas sem o uso fogo, pretendedo
m anter a fertilidade do solo. Esses sistemas altemativo;s, que se convencionou chamai de
"R oça Sem Queim ar”, são caracterizados pela implamtação de Sistemas Agrofloresais
baseados nos princípios da agroecologia. O presente es.tudo busca entender de que fona
esses “sistem as de roça sem queima", podem influenciar na manutenção da sustentabilicide
do solo, perpetuam ente sua capacidade de colheita e renovação da biom assa dos sisteras.
Para tanto, foram estudados como indicadores de sustemtabilidade do solo alguns atribios
ligados à M atéria Orgânica e a Biomassa M icrobiana do solo, por haver uma crescate
percepção de considerá-los indicadores de sustentabilidade. Foram feitas coletas de soloios
m unicípios de M edicilândia e Uruará, no final do período seco, janeiro de 2005, ias
profundidades 0-5, 5-10, 10-20 e 20-30. Os sistem as escolhidos para serem acom panhaos
tinham como com ponente principal o cacau, por ser uma cultura importante econom icam ate
na região Transam azônica e Xingu. Os resultados mostrairam que o estoque de serrapilhira
no solo, a biom assa microbiana de carbono, os teores de carbono orgânico e nitrogênio tot;, a
respiração basal e os índices derivados (relação carbono orgânico / nitrogênio total, relaão
carbono m icrobiano / carbono orgânico e quociente m etabólico dores estudados mostraran se
indicadores sensíveis às alterações ocorridas no solo n o s manejos estudados. Os daos
permitem dizer que os agroecossistemas de “roça sem queim ar”, são capazes de estear
grandes quantidades de material orgânico, com tendência para estoque de carborn e
manutenção da fertilidade do solo, tornando-se, portanto, um a prática agrícola prom issra
para o desenvolvim ento da agricultura familiar em bases sustentáveis.
PALAVRAS CHAVES: Alternativa ao uso do fogo. Indicadores de sustentabilidade do s<o.
Matéria orgânica do solo.
ABSTRACT
Agriculture is a hum an activity essential for society, fo r ali levei of developm ent. 'h e
big question today is how to keep it productive w ith o u t dram atically affecting the
various terrestrial ecosysfems. Soil can be cons.idered the basis for sustairing
agricultural system s. Thus, losses in properties, w hich reduce the ability to susain
plant growth o r that involve risks, negative im p a ct o f great significance to riral
com m unities, with repercussions on the urban environm ent. Among the factors hat
m ake the land productive and unsustainable in envinonmental terms, is the use offire
as a w ay o f cleaning the areas for implementation o f agricultural crops. The fire, me
o f the oldest technologies incorporated into productiion systems, is used to this cay,
for easy cleaning o f the area and make the nutrients readily available to :he
vegetation stage o f cultivation, through the ashes. N evertheless, it is m ajor probem
due to its negative effects. It was within this context th a t a group o f farm ers under he
articulation o f a regional organization, the Foundation Live, Produce and Presen/e,
decided to begin an experiment aimed at te stin g practical im plem entation o f
agricultural system without using fire, intending to maintain soil fertility . Thtse
alternative system s, so-called "Roca W ithout Burning," are characterized by he
im plem entation of agroforestry systems based on th e principies o f agroecology. Tiis
study seeks to understand how these "systems o f fa rm w ithout burning, can influeice
the m aintenance o f sustainability of the soil, its a b ility to perpetually harvest ;nd
renewal o f biom ass systems. For both, were studied as indicators of sustainability o f
some attributes related to soil organic matter and soil microbial biomass, becaise
there is a growing perception considerthem indicators o f sustainability. Soil sampes
were m ade in the municipalities of Medicilândia U ruará and at the end of the Iry
season, January 2005, at depths 0-5, 5-10, 10-20 and 20-30. The systems w<re
chosen to be m onitored as the main com ponent o f cocoa to be an econom icilly
im portant crop in the Tran-region. The results show ed that the stock of litter in :oil
microbial biom ass carbon, soil organic carbon and total nitrogen, basal respiraton
and derived indices (ratio organic carbon / total nitrogen, compared microbial carton
/ organic carbon and metabolic quotient pain indicators studied are not sensitiveto
changes in soil management system. The d a ta support the idea that he
agroecosystem s o f "slash without burning," are capable of storing large am ountsof
organic m aterial, w ith a tendency for carbon storage and m aintenance of fertility s>il,
making it therefore a promising agricultural practice fo r the developm ent of fanily
farming on a sustainable basis.
KEYW ORDS: Alternative to Slash and burn. Indicators o f soil sustainability. Soil
organic matter.
LISTA DE FIGURAVS
6
FIGURA 02:
Mapa da região Transamazônica e Xiingu, municípios de atuação
daF V PP .
Broca da área e plantio de leguminosa ((mucuna-preta) no 1°. Ano
FIGURA 03:
Roço em trilha e plantio da cultura defiinitiva (cacau) no 2o. Ano
7
FIGURA 04
Derrubada e trituração manual da área ((facão, foice e motossera)
7
FIGURA 05
D errubada e trituração m anual d a área (fa c ã o , ffo ic e e m o to sser a ) (b).
7
FIGURA 06
■9
FIGURA 07
Mapa de localização das áreas onde foram feitas as coletas de
campo. Município de Uruará e M edicilíândia
Temperatura e umidade nos municípioss de Uruará e M edicilândia
FIGURA 08
Área preparada sem fogo - “entrelinha «da cultura”
1
FIGURA 09
Área preparada sem fogo - local sob> a “ projeção da copa” do
cacau
Área preparada com fogo - “entrelinha da cultura”
3
FIGURA 01:
FIGURA 10
FIGURA 11
7
0
,4
:4
FIGURA 12
Área preparada com fogo - local sob? a “projeção da copa” do
cacau
Área preparada sem fogo - vista panorâim ica do sistem a (a)
:4
FIGURA 13
Área preparada sem fogo - vista panorâim ica do sistem a (b)
;4
FIGURA 14
Coleta de serrapilheira e interface do so>lo (a)
.•6
FIGURA 15
Coleta de serrapilheira e interface do so>lo (b)
.“6
FIGURA 16
Coleta de solos (a)
as
FIGURA 17
Coleta de solos (b)
FIGURA 18
Croqui da área.
57
LISTA DE S IG L A S
BM S - Biom assa Microbiana do Solo
C EPLA C - Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira
C m ic - Carbono da Biomassa Microbiana
C org - Carbono orgâiico do solo
C Q -TR - Á rea com queima em solo terra roxa
DA - D ensidade Aparente
ES - Estoque de serrapilheira
F - Fum igado
FE - Fum igação Exxição
FI - Fum igação Incubação
FVPP - Fundação Viver, Produzir e Preservar.
ha - Hectares
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma A gçrária
Kg - Q uilogram a
M-LA - Área de ma:a em solo latossolo amarelo.
MOS - M atéria orgânica do solo
M PST - M ovimento Pela Sobrevivência da Transam azônicca e X ingu
MT - Estado do Mato Grosso
M T-DNIT - Ministério dos Transportes - Departamento N aacional de Infra-estrutura
M-TR - Área de mata em solo terra roxa
PA - Estado do Pará
NF - N ão-fum igado
Ntotal - Nitrogênio total do solo
ONGs - Organizações Não-Govemamentais
RESP - Respiração basal
RSQ - Roça Sem Queimar
SAF - Sistem a Agroflorestal
SQ - LA - Á rea sem queima em solo latossolo amarelio
SQ -TR - Á rea sem queima em solo terra roxa
STR - Sindicato de Trabalhadores Rurais.
TR B M - Taxa de respiração específica da biom assa miicrobiana
pg - M icro gram a
SUM ÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1
2 OBJETIVOS
1
2.1 OBJETIVO GERAL
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1
1
3 REVISÃO DE LITERATURA
1
3.1 DESEN VO LV IM ENTO SUSTENTÁVEL, AM A ZÔ N IA E A G R IC U LTU R A
1'
FAM ILIAR - UM RETROSPECTO NECESSÁRIO
3.2 A GRICU LTURA FAM ILIAR COMO BASE PARA O D ESEN V O LV IM EN TO
2
SUSTENTÁVEL DA AM AZÔNIA
3.3 0 SURGIM ENTO DO PROJETO ROÇA SEM Q UEIM A R NA
2.
TRA N SA M AZÔN ICA E XINGU
3.4 PROJETO ROÇA SEM QUEIMAR: UMA EX PERIÊN CIA À LUZ DOS
3<
PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA
3.4.1 Formas e práticas para preparo da área em sistem a de roça sem queim a.
3.
3.5 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DO SOLO NO C O N T EX TO DO
r
PROJETO ROÇA SEM QUEIM AR
3.5.1 Estoque de serrapilheira no Solo
3.5.2 M atéria Orgânica do Solo
3.5.3 Carbono da Biom assa Microbiana do Solo
3.5.4 Atividade M icrobiana - Respiração Basal
3.5.5 Carbono O rgânico do Solo
3.5.6 Nitrogênio Total do solo
3.5.7 índices derivados
3.5.7.1 Relação Carbono Microbiano / Carbono orgânico
3.5.7.2 Relação Carbono Orgânico / Nitrogênio total
3.5.7.3 Quociente m etabólico - Taxa de respiração específica
M
?í
\]
4 M ÉTODOS
V,
u
k
k
k
4.1 DESCRIÇÃO DA AREA
4.1.1 Localização
4.1.2 Clima
4.1.3 Vegetação e Solo
4.2 C aracterização e histórico das parcelas estudadas
4.2.1 Apresentação visual das áreas estudadas.
u
Vi
18
iC
il
4.3 COLETA E PREPARO DAS AMOSTRAS NO CA M PO
i3
4.4 M ETODOLOGIA DE LABORATÓRIO
i6
4.4.1 Característi:£s químicas e granulométricas do solho 56
C
4.4.2 Estoque de Serrapilheira
c
4.4.3 M atéria orginica
c
4.4.4 C arbono orjânico do solo
c.
4.4.5 Nitrogênio t*tal do solo
c,
4.4.6 Conversão dos dados para estoque / área (M OS, CCorg, Ntotal).
ç
4.4.7 C arbono Buraassa Microbiana do solo
4.4.8 Respiração lasal da biomassa microbiana do solo>
5.1 SOLO DE MEDICILANDIA (AREA SEM Q U E IM A I SQ-TR, COM Q U EIM A
t
CQ-TR E M ATA M-TR).
5.1.1 Estoque de serapilheira (ES) - Matéria Orgânicaa do Solo (MOS).
5.1.2 Carbono orgânico do solo (Corg) - Nitrogênio total do solo (Ntotal) Relação C arbono orgânico e Nitrogênio total (Corg / Ntttotal).
5.1.3 C arbono da biomassa microbiana (Cmic) - Relaçç:ão Carbono m icrobiano
e carbono orgâni:o (Cmic / Corg) - Respiração Basssal (Resp ) - Q uociente
metabólico (qC02).
5.2 SOLO DE URUARÁ
-
(ÁREA SEM QUEIMA
-
SQ ^-LA , E ÁREA DE M ATA
t
6
6
7
- M-LA)
5.2.1 Estoque de íerrapilheira (ES) - Matéria orgânica i do solo (MOS).
5.2.2 Carbono or'ãnico do solo (Corg) - Nitrogênio total do solo (Ntotal) Relação Carbono >rgânico e nitrogênio total (Corg/Nto*ttal)
5.2.3 Carbono da biomassa microbiana (Cmic) - Relaçç:ão C arbono m icrobiano
e carbono orgâni:c (Cmic / Corg) - Respiração Bass:al (Resp ) - Q uociente
metabólico (qC 02).
7
7
7
6. CONCLUSOES
7
REFERENCIAS BELIOGRAFICAS
7
13
1. INTRO DUÇÃO
A agriculiua é uma atividade antrópica esseneiical para toda e qualquer socndle,
independente do ivel de desenvolvimento. A grande quiaestão contem porânea é saber cao
m antê-la
produtvi sem
afetar
drasticamente
os
(cdiferentes
ecossistem as
tern^es
(G U A LB E R TO e: d , 2003).
O desem ovm ento da agricultura nos am bierm tes tropicais evolui à cusaia
deteriorização progessiva dos recursos naturais, em fíu m ção da perda da biodiverade
associada à remocã) da vegetação original e conseqüentes; degradação do solo, em fur.çída
redução da fertilidaie e aumento da erosão. A definição ( de um m anejo sustentável recu o
entendim ento do òncionamento do ecossistema em respcoosta às práticas agrícolas utilkais,
tanto no que diz res>eito à produção, quanto no que en v o h w e o am biente.
O solo poJ< >er considerado a base de sustentaççção dos sistem as agrícolas. Asai,
perdas nas propneiices, que reduzam a capacidade de sussfctentar o crescim ento vegetal oi ie
im pliquem riscos inibientais, causam impacto negativreo de grande significação paais
com unidades ruras com repercussões no meio urbano». Por outro lado, a melhcralo
am biente edáfico em efeitos positivos sobre todo o>> am biente, revestindo de gale
im portância o conhccimento da qualidade do solo e sua qiuuantificação via indicadores :í:i<s.
quím icos e biológicos (REICHERT et al., 1990).
São vários <s fatores que contribuem para a depggradação das propriedades :í:i<s.
quím icas e biológcas do solo, como por exemplo,
i
i) retirada da vegetação n;tül
(M ARCH IO RI JLMOR; MELO, 2000); ii) cultivo co n n tín u o e intensivo (PAIVA e ..
2001); iii) retirada (os nutrientes do sistema pelas colheiittas sucessivas (A LV IN , 1989;/)
sistem as de cultivc com revolvimento do solo (G ON ÇA L7W ES; C ER E T T A , 1999); v) jioia
mecanização (ALV/RENGA; DAV1DE. 1999).
Entre osfitores que tomam o solo insustentávebll em term os produtivos e ambiet,
e stá o uso do fo»( como forma de limpeza das áreas parirra a im plantação de cultivos agríe
(FEA RN SID E. ]®3; HOMMA, 1998; NEPSTAD et al.,.„ 1999).
O fogo. ma das mais antigas tecnologias incorjrrporadas aos sistem as de produço
utilizado até os das atuais, por facilitar a limpeza d a a i área e p o r to m ar os nutrient6
vegetação pronUnente disponíveis para a fase de cultiviwo, através das cinzas. A pesar cs
constitui grandepoòlema devido aos seus efeitos negatniw os (CERR1 et al., 1985; EMBR\J
A M A ZÔ N IA OF.ENTAL, 2002; KATO; fCATO, 1999).')).
Para a agrcultura, os principais efeitos negativoojs da queim a da vegetação durat<
fase de preparo d: área para o plantio são as perdas d d le nutrientes retidos na biom asa
vegetação, que aiigem valores de 96% do nitrogênio, 4777% do fósfofo, 48% do potássio,>5
do cálcio, 40% cb<r.agnésio e 76% do enxofre, com prom m etendo a sustentabilidade do sissi
de produção da apcultura familiar (EMBRAPA AMAZCÍÔNIA O R IEN TA L, 2002).
Na regiã) Amazônica, o uso do fogo além
do im ediato com prom etim enti
fertilidade do sexo ganha maior repercussão pelo impaiaacto am biental causado, pois ccn
desm atam ento qu o antecede, contribui para a dim inuiuição da biodiversidade da fios:
am azônica (F E A ^S ID E , 2003), e é responsável pela em m issão de gases form adores do ee
estufa, quando da tueima do material vegetal restante (NCÍOBRE, 2002).
Foi d en tn desse contexto, que na região da BBiR-230, R odovia T ransam azônia
Estado do Pará, n> município de Medicilândia, uma grçrrupo de agricultores familiares,s>
articulação de un; organização regional, a Fundação Vv^iver, P roduzir e Preservar, rescv
iniciar uma experitncia objetivando testar e desenvolverrr práticas de im plantação de sistr
agrícolas sem o is< fogo, pretendendo manter a fertilidiaaide do solo e contribuir com o n
am biente pelo fin co uso do fogo (Informação verbal)1.
Esses siíttnas alternativos, que se convencionoun cham ar de Roça Sem Queimai i
caracterizados ptl; implantação de sistemas agrofloim estais baseados nos princípio
agroecologia (FIN)AÇÃO VIVER, PRODUZIR E PREE2ISERVAR, 2000).
Os sistem;s agroflorestais - SAFs, são formas c cde uso e m anejo da terra nas <u
árvores ou arbusto são utilizados em associação com cccmltivos agrícolas e/ou com arim
num a m esm a área <e maneira simultânea ou numa seqüêücmcia tem poral (V IA N A et al., 19(
Os sistem; agroflorestais além de fornecer
produtos úteis para o ag rid t
preenchem tambénam papel importante na manutenção c (da fertilidade do solo (VIANA e ;
1996). Os SAFsv;n sendo, em especial nas duas últimasss décadas, apontados como opçõs
uso agrícola da era preferenciais, principalmente ptaaira regiões tropicais, pelo elea
potencial que ofenisriam para aumentar o nível de suste;em tabilidade no uso da terra, quait(
aspectos ag ro n ô n o s, sociais, econômicos, e ecológic:c<os (A LV IM , 1989; FERNANIE
SERRÃ O , 1992 ajul SÁ, 1994; VERGARA, 1987).
A agroecob;ia é uma abordagem que fornece umiaía estrutura m etodológica de trahl
para a compreen ã) mais profunda tanto na naturezíaai dos agroecossistem as como d
princípios segund» os quais eles funcionam. Trata-se ucde um a nova visão que integr
princípios agronòncos, ecológicos e socioeconômicos ààài com preensão e avaliação do es
das tecnologias SJ»r; os sistemas agrícolas e a sociedade ic co m o um todo (A LTIERI, 200.)
Uma abordijem agroecológica incentiva os pesquiiiiisadores a penetrar no conhecim r
e nas técnicas « s agricultores e a desenvolver agroecccossistem as com um a depencòt
m ínim a de insuim; agroquímicos e energéticos extermmos. O objetivo é trabalhar con
In form ação lívaitada através de entrevista sem i-estru tu rad a
t
tetn n o v e m b r o d e 2 0 0 4 , c o m o senh or
F ra n cisc o M o n teiro dt A>sis. T écn ico agrícola, agricultor fam iliar. F aaaiz parte d a d ir e ç ã o d o S in d ic a to d e
T rab alh ad ores Rurais (eM edicilândia e foi um d os id e a liz a d o s d o P r c o o j e t o R o ç a S e m Q u eim a r.
alim entar sistena igrícolas complexos onde as inteeerações ecológicas e sinergism os enrs
com ponentes bo5'icos criem, eles próprios, a ftféértilidade do solo, a produtividad; 1
proteção das culra; (ALTIERI, 1987).
As unidaisde Roça Sem queimar articulam 11 fases consecutivas de “preparo de a\
com m anejo de «iências florestais da vegetação
originária da área, e “ im plantaçãt i
sistem as” com rcremento principalmente de legumim inosas entre outras espécies arbir^
am bos com o otytvo de promover a fertilidade dooo solo, pela m anutenção da cobertua>
solo e pela procuêo de biomassa vegetal, que serááá incorporada ao solo (C A M PO S, X
SERRA, 2004; V IK E, 2003).
Partindo cbssa perspectiva, o presente estuuudo busca entender de que form a 2S
“sistem as de rocasim queim a”, que combina sisteeem as agroflorestais e agroecologia,p:
influenciar na nantenção da sustentabilidade do
solo, perpetuam ente sua capacidate:
colheita e renovado da biom assa dos sistemas.
Para tanb serão estudados como indicadooores de sustentabilidade do solo ag:
atributos ligados àMatéria Orgânica do solo e Biom nnassa M icrobiana do solo, por havei u
crescente percep;;o de considerá-los indicadores ddde sustentabilidade (D O R A N ; PARC
1994), m uito enb»n sabendo, que a sustentabilidaddde dos solos tam bém depende de oit
fatores (REICHERT 2003).
Uma das ;<rccterísticas afetadas no processo ddde degradação do solo é o teor de m;U
orgânica do sok MOS), que normalmente decresccce com os cultivos convencionais. E
constatação torm rraior importância em solo maisiss intem perizados, nos quais, a m;tc
orgânica tem m ao participação nos fenômenos de atititividade superficial dos seus constitur.
(BURLE et al., 1)<5).
A m atérií irgânica do solo é a chave para suuua fertilidade e produtividade, e el; t
uma parte prepailerante em todos os aspectos ddda fertilidade do solo, isto é, quím
biclógica e tí;ia já que constitui o principal rrceceptor de nutrientes para as pita
particularmente r,P e S (BURLE et al., 1995).
Por suav<z a biomassa microbiana é um com njponente crítico de todos os ecossistií.
natirais ou maiialados pelo homem, porque é o ag^esnte regulador da taxa de decompo;ã
da matéria orginta e da ciclagem dos elementos,
;atuando, portanto, como fonte e cai
(“ source” e “;iik’) dos nutrientes necessários adao crescim ento das plantas. Já fai
corstatadas rekçics estreitas entre a biomassa microM:b)iana e a produtividade das plantas, x
de imonificaçã*,Uxa de decomposição de resíduos wv^egetais e a biom assa dos níveis tróc
superiores (R E L íiR T , 2003).
A hipótcs: orincipal desta pesquisa é a de q u u ie nos sistem as de “roça sem queirr'
existe maior po:sb lidade da manutenção dos níveis cdke fertilidade e sustentabilidade.
a) Nos sistemas en solo tipo terra roxa, o sistema sesrrm queim ar contribui para a m anuteã
da íustentabilidicedo solo, pois traz menos impacto u m a im plantação do cultivo agrícola, t
tendência para dançar os índices encontrados na áreaai de vegetação natural.
b) Nos sistemasen solo tipo terra roxa, o uso do foge») traz im pacto negativo para a fertilid
e qialidade do sdo, diminuindo suas condições d c
sustentabilidade, com parativam enta
sistema com vejeacão natural.
c) No sistema er solo tipo latossolo amarelo, o sistteesma sem queim ar, mantêm os meso
níveis de sustenaii idade que em uma área de mata, | jpois o m anejo adotado contribui p£
maiutenção de heices desejáveis de fertilidade do solde®.
18
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO (RAL
Este estuobjetiva entender a partir da análiasse de indicadores de sustentabidJe
relacionados à mtria orgânica e a biomassa m icrobiaaana do solo, a influência no
S)1
os
manejos que forai dotados dentro dos princípios do P rrro jeto Roça Sem Queimar.
Os indicdces de sustentabilidade estudados ssserão: a) Estoque de serrapiltaaio
solo. b) Matéria ep ic a do solo, c) Carbono orgânico ccÜo solo, d) Nitrogênio total do >cod)
Carbono da Bioiasa Microbiana do solo, e) Relação*
entre Carbono orgânico e nitxtêio
total do solo, f ielação entre Carbono da biom assssa e Carbono orgânico do so),g)
Respiração basdnQ uociente metabólico.
2.2 OBJETIVOSÍPECÍFICOS
a) Estudar nas árasle maior fertilidade natural, em soMJo tipo terra roxa estruturada eitotca
- município de Netcilândia, se existe diferença no sobllo pelo manejo adotado, companio
um sistema preprao a partir dos princípios do projetoo) roça sem queimar, com um ii:eia
preparado pelo mtdo tradicional de corte e queim a, c o rim uso do fogo.
b) Estudar em so) e menor fertilidade natural, em solillo tipo latossolo amarelo d i s t n t i muniwípio de Urur; os efeitos do manejo sem queim a cccomparativam ente ao um sistemcm
vegetação natural
19
3. REVISÃO II LITERATURA
3.1
DESENYLVIMENTO
SUSTENTÁVEL,
ANvMIAZÔNIA
E
AGRlCULTÜiA
F A M IL IA R -IN NECESSÁRIO RETROSPECTO
O Deseiv> vimento em bases sustentáveis, a irrregião am azônica e a agriaitira
2
farnüar enquait' categoria de análise são temas que se rrccelacionam e são “a bola da vj;”na
agenda do debítt acadêmico, das organizações da socieccodade e do poder público en|iaito
ação política.
Obviamine. essa não é a oportunidade mais
adequada para se d.scuti cim
profindidade tas emas. Não é esse o propósito deste trabíotalho. N o entanto, é necessáropilo
meios um esclacim ento e embasamento conceituai, fazeeecndo um a tentativa de relacionros
resulados desteetudo, mesmo que específicos tratando u c d a fertilidade do solo, mas ue Je
alguna maneira pia análise de índices de sustentabilidadeeee, contribui para avaliar uma mtca
que fretende serenais sustentável” e desenvolvida pela agçrçrricultura fam iliar, possnilitaicoie
tal ai)do, o “des:ivolvimento sustentável no meio am azômiiiico”.
O conceicde desenvolvimento sustentável emerg^giiu recentem ente num esforçi rsa
aboxar os prcoemas ambientais causados pelo cresss6cimento econôm ico. Há mias
interpretações dfrentes do desenvolvimento sustentáveeeel, m as seu objetivo princpil é
descrever um pxcesso de crescimento econôm ico q u e :;
não cause destruição amlioial
(BAKERJEE, 2 0 ).
Vários citnistas, de diversas áreas do conhecimentoooj, buscaram entender e explim lo
poni de vista teíico, o que viria a ser o desenvolvimentcoco sustentável. E possível disnris
A
agriculun fam iliar p o d e
ser caracterizad a
forma: a direção d o s traballo lo
superiooDor ao trabalho c o n tr a ta d o (G U A N Z K X I
da seguinnutite
e s ta le e c im e m o é e e c id a p e lo produtor; o trabalho fa m ilia r é
et al. 1001).
20
coreepções desse rntores em dois segmentos. No prim einrro deles incluem -se os que ên ?or
b as;o conceito ol:ial, apresentado pelo Relatório Brundtlttland, e tentam , de váriis mavias,
dar-lhe plausibi.iiale teórica, quer seja redefinindo ou annmpliando seus significados. Nlntro
segrento, vão s:r encontrados aqueles que edificam sssuas análises sob a base ce una
concepção crítio; do conceito. Na verdade, este grupppo não considera o mocbl» de
Deseivolvimentasistentável como um novo modelo de ddiesenvolvim ento, como se fizcer.
Sua> análises sep o cu p am , principalmente, em entender ooos arranjos ideológicos e poltixs e
as r;lações de pote que orientam o discurso do desenvolw vim ento sustentável no contixcda
novi ordem ecoiunica mundial (FERNANDES, 2003).
Entendend»-jue a discussão acerca do desenvolvinrm ento sustentável não e umdibite
supcndo, e nem tí< pouco existe unanimidade para o ternrm o (com preendendo tambén <u; a
unaiinidade empdrece o conceito, e por princípio, sendddo alcançada, será a suprem;cade
umi nsão em detánento de outras), o conceito de desen^iw olvim ento que tom o para nir, e
que for conseguitc, orienta minha prática acadêmica e maoeu ativism o político (numa eatão
diahtca), é aquebonde os interesses de homens e m ulhhieres devem ser garaiiidos. sam
corroas m ais divtnas fonnas de manifestação cultural. N ^Jesse conceito de deser.volvneito
sust:rtável, o sisteia econômico vigente deverá ter como 11 lim ite m ínim o a satisfação cob:m
esta- 4e todos os lonens e mulheres e como limite m áxim m o, que os meios de produçàede
projredade não sqan apropriados sob poderes absolutistaass, m as sim de form a cemocntci e
soli(á‘ia com as gtrtções presentes e futuras. Sobre o meioo) am biente e natureza, acredtc cue
as ftm as de proiicão devem garantir a manutenção da nrm esm a base do patrimônio iau'al
exiseite (suprimiid) o conceito de recurso natural), para u as gerações futuras. Para taio é
precs) que a relaçlo homem-natureza seja fundamentada ( >em novos valores, onde o bncm
devt.íer entendid )oomo parte da natureza, aquele que incluuasive desenvolveu consciênca
21
A A m azôu tem sido palco de um amplo debatittie sobre projetos voltadas pari 5eu
desíivolvim ento /árias questões relativas à Amazzzcônia têm sido interp-etadas, ;»m
freeüincia, a paiti de visões completamente irreais eee: muitas vezes mitológcas quet:m
preuiicado esptcilmente as políticas públicas vollltttadas ao desenvolvimento repial
(KKAM URA, 159).
Entre as céadas de 50 e 90 a integração - focoirçada e m esm o manu >r.ilitari da
Amiiônia às ecoioiias externas, nacional e internacionaaíal, seguiu o velho modelo do hoiem
agruola: substitui;o de sua floresta por campos de pastaaaigem, culturas comerciais, cultivsde
sub:i:tència e quiluer outra forma das já conhecidasss; de abertura de frontara, con sua
“faini" acom panlate de estradas de rodagem, cidades, 11hiidrelétricas e outros (PINTO, 203).
Essa fantá:t;a incorporação de recursos naturais s; não reaiizou os sonhos de progífso
da hnteira, onde etá a maior reserva de recursos biolddcógicos do planeta. Os resultadicas
inai; ecentes afciões dessas quatro décadas mostrammi que a A m azônia ficou exataur.te
igua 10 Brasil niasintigo, ou pior. O Atlas do Desenvoo^Uvimento hum ano, lançído em 3(3,
m osn que a Ama^nia cresce menos do que as outras rexeegiões brasileiras, de onde parei as
frene; de expansíono rumo norte, e o produto da ativi'i iídade produtiva é partiliado pj u n
númíD cada vez n a o r de pessoas (PINTO, 2003).
Ocorre que >s programas oficiais de desenvoblltvim ento regional, orgirizadcs em
contcvertidos pregimas de ocupação e colonização,
subsidiadores de empiesndinioDs
empe;ariais voltade. à exploração dos recursos florestaniiiis, m inerais hídricos e £gro-pa>trs,
deninstraram q u ep u co contribuiu à melhoria do padrâããto de vida das populações loca: io
contáio, geraran evastação ambiental, desagregaçãcco) de m odos de vida seculamrte
orgaikados e c o n lo social. Em outras palavras, se dddeesencadearam progresso econòtioo
para una fatia miroitária de grandes e médios empresáánrrios e criaram fontes al emati'a de
arreucação estatal p r outro deixaram as massas populaacc;ionais às m argens dos teneficc da
22
"n d em ização ” . i:sas, expropriadas de suas terras.;,;,, expulsas de seu habitat, sjiordimdis a
ncvis padrões depedução em relação aos quais, qiuuiando não é excluída, é traisbrm auiem
mic-ce-obra de b;i:íssimo custo, vêm sofrendo um jj j progressivo processo de errpibrecininto
ac lirgo dos últincs anos, a exemplo dos segmentos-sss majoritários da população basileianas
derais regiões dopiis (MELLO, 1994).
T odavia, nisultimas décadas, graças a um a ssssistemática atividade científia (Bioojia,
S c a b g ia , Econmia, Antropologia e outras ciênccc^ias) sobre o m eio ambierti amazmco
v áis dessas visõe; - tais como de sua hom ogeneíi;iidade, de riqueza fácil, de gande /;zio
derug-áfico, da cilnra nativa como sinônim a de atrnrraso - vêm sendo derrubadis permtiido
unapircepção máí objetiva do seu meio am biente t te também m ostrando as pcsibilidaits e
linisí para um de;cnvolvimento sustentável (KITANVW1URA, 1994).
A região amzônica tem se caracterizado aixnmda por uma nova configu^ão vdtida
paao seu desenvd/im ento em bases sustentáveis; ] políticas descentralizadas, nvalori:a;ão
da Gcala local, nlverização de projetos de finaaaanciamentos, cooperação ir.emacoial,
inCrmexão de eicilas (do local ao global), m ultifpfplicação dos atores de desiivolvineito
(ognzações popdtres, Ongs, igrejas, redes diversaaaas) circuitos com plexos de fiiancianeito
(L il A, 2002).
Em linhas gerais, as fonnas produtivas da
Amazônia, que são o suseitácu-o da
eem nia, se caracenzam por uma grande diversidadldie de atividades e estão moit.das a >a1ir
da)st do patrim ôiiJ natural existente na região. O s ;} meios de produção vão d e s i a exta:ão
dirt ia tloresta t rios (aproveitamento madeireirccoo, coleta de castanha-do-paá, exta:ão
aminla, copaíba, ;ascas, fibras e óleos, pesca artessssanal, pesca com ercial etc.) ixtraçíoda
b asn n eral (apro\e:tamento das reservas de ouro, tésecrro-gussa, bauxita, cassitert;), passudo
peksaividades agropecuárias (criação extensiva dJdle gado, criação de pequtnts animis,
culua: perenes, cilturas anuais), chegando até o prcccocessamento desses produt) de org*m
23
vígtá e animal (igroindústrias do leite, filetageeesm de peixes, laminadoras de rruceira,
sitcúgicas, etc).
Um dos sijeitos importantes que se destt;tíaca nesse processo são os procuores
fan ires rurais (agricultores, extrativistas, pescaaatdores anesanais, populações indignas,
enr >utros). O papel relevante desse segm ento
produtivo está relacionado ao nínero
elcvd) de unidades fam iliares que intervém no meiidáo rural e o im pacto que isso pode ;;usar
tait 10 equilíbrio com o no desequilíbrio de eccceossistemís, solos, recursos aq u áto s e
flerets (FALEIRO. 2001).
3.1 XRICULTURA FAM ILIA R COMO BASE PA\A\RA O DESENVOLVIMENTO RUIAL
D a vÍÍAZÔNIA
Trabalhos acadêmicos das mais variadas origjgçens demonstram, de forma definitivi, as
enrne vantagens da agricultura familiar com paratiitnvam ente às grandes propriedades nrais.
Aí-uiades familiares, a par de atenderem m elhor : aos inteiesses sociais do País, sãc nais
pndtvas, asseguram m elhor a preservação am lbbbiental e são economicamente viíveis
(ttO i/F A O , 2000).
iem exceção, todos os países desenvolvidddeos tiveran na agricultura ramilia- um
suactculo do seu dinam ism o econômico e de
uma saudável distribuição da riqieza
naiicu. Todos eles, em algum momento da históÒDDria, pronoveram a refonm agránae a
vabeção da agricultura fam iliar (INCRA/FAO, 20C0C00).
Jo Brasil, vários estudos foram produzidos 1 buscando dar visibilidade à agricutura
faniaj destacando o seu papel central como prodiuuitora de ilim entos, geradora de renla e
im m inadora do desenvolvim ento local, p articulanm m ente nos m unicípios com característcas
runi u seja, fundam entalm ente aqueles com até 20 >i >mil habiiantes (TORRES, 2001).
24
Um levantinento recente revelou que, entre 1989 ee; 1999, as propriedades com nenos
de 0) hectares ajnsentaram taxa de crescimento anuaald médio do rendimento físico da
pr*aição na ordem <e 5,80% contra 3,29% n a agriculturraa patronal. A taxa anual meda de
crtsim ento da qualidade produzida na agricultura familLliar no m esm o período, por )utro
lato b i de 3,79% ai), contra 2,60% na agricultura patronaaal (PÁ D U A , 2003).
O
domínio disse setor na produção de alimentccos de consum o básico inteno é
evdrte, sendo resxnsável, por exemplo, por 84% da maaandioca, 67% do feijão e 49,/o do
m ib produzidos. M js mesmo nas lavouras de exportação.),', a produção familiar é expreisiva,
rejrstntando 32% di soja, 33% do algodão e 25% do caaafé produzidos. Segundo os cados
coeacos em 199f-l°96, a agricultura familiar era responsssável por 37,9% do valor bruo da
pndição e empregixa 13,8 milhões de trabalhadores, apooesar de receber apenas 25,3t/o do
fínicum ento tota^ ic;rca de 938 milhões de reais) (P Á D IW A , 2003).
Na
estratéga
modemizadora
adotada
no
Brraasil
e
em
outros
países em
de.evolvimento, as propriedades patronais foram consBiõderadas m ais adequadas paa a
irm lnação do pad*ào convencional. A agricultura familli.iar foi relegada à segundo pano,
priicpilmente, no qac se refere a incentivos e acesso a crédddito (EH LER S, 1999).
M esm o assirr, dados recentes da FAO e do INCRA i mostram que essas propriedaíes qut b e ocupam 25% de área cultivada no Brasil - superannm as propriedades patronais - que
ocipn 75% da área - no que se refere à oferta agropecuárivia de quinze importantes proditos;
canisaína e de aves. leite, ovos, batata, trigo, cacau, bamnana, café, milho, feijão, algídão,
tonai, m andioca e aranja. A agricultura patronal só supeucra a fam iliar no abastecim eno de
cam tnvina, cana-de-açúcar, arroz e soja (EH LERS, 1999).).).
Ma região anazônica, a agricultura fam iliar mesr.r.mo tendo 85,4% no núm en de
estibhcimentos, e estando distribuídos em apenas 37,5% dida área total, respondem por 5Í,3%
do ;o' bruto total da produção agropecuária. Em termos f fifundiários, apesar de ter em nédia
25
a jm 57 ha, c o n tn l 008 ha da agricultura patronal, a aggg^iciltura familiar é re>ponsá\e por
82.5 o do pessoal oum do (INCRA/FAO, 2000).
Pelos númeioi ípresentados acima, a agricultura fffaam iiar deve ser pauta prioritau de
poícis públicas \o tid as para o desenvolvimento rurahhll. Ações que integren um a inpla
reord agrária, poltca de crédito e de preços, melHhHiora de estradas e ;ondiçce: de
esionento, armazenunento dos produtos, estratégias de ' \ 'valorização cultural, eiucaçãt ural
dieíiciada, assistémii técnica e pesquisa agropecuária eee;ficente e gratuita, sã) entre ntros
taitG,mecanismos qic irão contribuir para um sustentáveebll desenvolvimento da igricultin na
Anzcnia.
N esse conjunt) de medidas para uma agricultura 1i Ifam liar sustentável, t fundanintal
aiid. orm as de prcdu;ão que mantenham índices d esejáw w en de produtividade io soloedos
ectsisemas a ele ie!acionados. E dentro desse conteeeextc que este trabaüo se ii«re,
pntoendo de algurra forma verificar se o sistem a “roçaaai sen queim ar” que nío usa < ogo
paa) preparo de área, contribui de fato para a m an u tem n çã) da sustentabilidide dossdos
agiols.
3.3(SJRG IM EN TO DO PROJETO ROÇA SEM QUEM NVIAt NA T R A N S A M \Z Ô N C \ E
XN»l
A região aqui denominada Transam azônica <t ie Xingu compreendi
11 Oize)
mmiípos ao longo ca rodovia BR-230 e da bacia do rrmmédD e baixo rio Xin;u, na e;ião
O e tio Pará. Os municípios do eixo da rodovia são >> originários e ainda nfluenüidos
dintainte pela dinâmica da colonização oficial do INC(KCR\. que, no início los ams 70,
pronvu um a migração em massa de pequenos agricultt<tcore> do Centro-Sul e N ordeíi do
paí e.tro da geopolítica de ocupação territorial da AWvmaíônia (BRASIL. ’004). 5:ses
26
mincpios são: Pacají. Anapu, Brasil Novo, Medicilááândia, Jruará, Placas e Rurópolis. Os
mincpios da margen Jo Xingu são - Altamira, VitóSíria do Kingu, Senador José Porfírio e
Potice M oz. Estes, possuem ocupação que remonta O) final d) século XIX e início do seculo
X ', ocupados na época da colonização do Rio
Amazonas, por grupos econônicos
intrcsados nos proditos da floresta e dos rios (extraaação da seringa, pesca peixe-boi. :aça
ariaiu e gato do matt etc.) (BRASIL, 2003).
Figuail Mapa da região Transamazônica e Xingu, municíppoios de atuação da FVPP - Destaque em
verrclo- Uruará e Medicilândia (municípios onde foi realizzzada a psquisa), e municípios em azul Senac .osé Porfírio, Anapu e Pacajá (municípios que fazzcem pare do Pólo do ProAmbienle na
Tranaiaônica). Fonte: Laboratório de Sensoriamento Remotoo i - FVPl-Altamira.
''te décadas de 80 e 90, na região Transamazôniccca e Xiigu deflagrou-se uma série de
maa'etições populares e de organizações de classe ermi tomo da reivindicação de políticas
púbb;, para que os governos estadual e federal ippudesson dar suporte a produção
agroeairia, atendimento aos serviços básicos de saúúáde e educação, entre outras ações
voltdí í amparar o enorme contingente de pessoas que Hnaviarmido deslocadas para a região
no iruode ocupá-la, mas estavam desamparadas pelo pcojder pú)lico.
27
sse processo culminou, em 1992, com a cria«,ção do M PST - M ovim ento Pela
Soo;\ência da Transamazônica, que aglutinava organi:2zaçies de trabalhadores do campo e
da cie, entidades dc classe, pessoas da sociedade civil
emgeral (professores, profissionais
libiii.intelectuais, estudantes, servidores públicos, etcc;). (oncom itantem ente foi criada a
F \P
Fundação Viver, Produzir e Preservar, cormio íitid ad e ju ríd ica voltada para
admirar projetos que colocassem em prática ações v'coltalos para o desenvolvim ento da
Traraizônica e Xingu, e que seriam executados pelo rrmovmento social em parceira com o
podi plico.
FVPP possui hoje 115 (cento e quinze) entidaderss filadas, de todos os 11 m unicípios
da laamazônica e Xingu, que são de sua área de atiuiaço, e desde sua criação vêm se
idenfindo como a principal organização articuladora <ddosmovimentos sociais e do poder
públcm ações e propostas voltadas para o desenvco)lvinento regional de sua área de
atuiic
;sse sentido, a FVPP a partir dc discussões com sstuasentidades filiadas e com setores
do pdoúblico, municipal, estadual e federal, tem elabo>rrad< um Plano de D esenvolvim ento
R ejh que prevê ações e metas de desenvolviment(o) p ra a região T ransam azônica e
X itg !sse plano está montado
em
04
(quatro)
eixis:
Eixo
01
-
Políticas
de
desevíimento social; Eixo 02 - Infra-estrutura de suporrte . produção e a prom oção social,
Eixo).- Ordenamento territorial e gestão am biental; IEiixc 04 - Estratégias Produtivas e
Desev^imento Econômico.
i
que se refere o eixo das estratégias produtiv;ais, ; FVPP desde o início de suas
intennes e discussões, resolveu enfrentar o problermia <os agricultores fam iliares que
tinia i decréscimo no rendimento de suas roças, comi o sicessivo uso do fogo, usado no
pro;tsie limpeza da área (Fundação Viver, Produzir e P^resrvar, 2000).
1- conta dessa questão, no ano de 1995, a FVPP ernviiu um a de suas lideranças, o Sr.
28
Fmsx) de Assis Monteiro, para participar de umtai capaciação voltada para técnicos que
a ta ia Amazônia. Nesta capacitação foram aborcdhados o. princípios da Agroecologia e
reitise experiêncãs desenvolvidas em outras rejgiiôes d( país. Ela foi promovida pela
encd: ecumênica \le m ã “ Pão para o M undo”, im;a Chajada do Guimarães, Estado do
Mtinsso.
V partir dos assuntos vistos na capacitação, no> .ano de 1997, o Sr. M onteiro implantou
ensi propriedade, no m unicípio de M edicilândia, uirrma áreapara testar formas de implantar
a Dt, em uso do fogo, baseado nos princípios da aiigroecoltgia. Foram constatados alguns
reald>s positivos e isso motivou vizinhos e outrco>s agriciltores ligados ao Sindicato de
Trbhidores Rurais a im plantarem também áreas de IR oça Sen Q ueim ar.
Diante dos resultados considerados “surpreenidlientes eprom issores” de M edicilândia,
en 1)*, a FVPP conseguiu apoio financeiro do Go\v/(emo Ftderal do Brasil - M inistério do
M ic/m biente -
Secretaria de Coordenação dai
Amazm ia, e resolveu expandir as
exeírcias de “ Roça Sem Q ueim ar” para todos os rmiumicípics de sua base de atuação. Desta
fon txecutou-se o que se convencionou chamarr
de Prqeto Roça Sem Queimar, que
ob:tara expandir as experiências de M edicilândliiia para os dem ais 10 municípios da
Trasruzônica e Xingu. O projeto foi desenvolvido jp*ar 03 (tês) anos, de 2000 a 2002, e por
15< eito e cinqüenta) agricultores e agricultoras ffiamilians distribuídos nos respectivos
muioDS.
Anda no âmbito das "estratégias produtivas e idesenvdvim ento econôm ico”, previsto
noPn» de D esenvolvim ento Regional da FVPP.’,, existe um a outra linha de ação, a
corcdição do Programa P ROAM BI ENTE.
0
PROAM BIENTE
é um programa de dliesen v o fim en to
rural socioambiental
dirciiaio aos produtores familiares da Am azônia paima a proaição em Sistem as equilibrados
29
co n u ejo integra dos recursos naturais em toda aaaa unidacke >ndução (PROA M BIEN TE,
2012
a região Transamazônica e X ingu
exKÚiiiste um *dc Pioneiro
do
Programa
PR3.ÍBIENTE, eivolvendo 364 famílias d e agricccuiultores, ic nunicípios de Pacajá, Anapu
e Síicr José Porfrio.
iis tipos de serviços ambientais estão sendo}}) trabalhais 10 program a: desm atam ento
evia)seqüestro ce carbono atmosférico, restabeeeellecimenDds funções hidrológicas dos
ecxsstnas, conseivação e preservação da biodivecccrsidade, ;osrvação dos solos e redução
da naabilidade dis paisagens (TURA, 2002).
Uma perspectiva geral, os sistem as implannnnitados roânbito do projeto Roça Sem
Quíiadâo condições em term os técnico-agronômititidico de “casilcar” as práticas sem uso do
fog>xio “positivas" em se tratando dos s e rw w iç o s ante.tiis do PRO AM BIEN TE,
priioaiente -
seqüestro de carbono atm osfécnrrico, prtsra;ão da biodiversidade e
corscvião dos solos, que seriam viabilizados a pamnrttir do tram nto e m anejo que é feito no
sisfcn loça Sem Queimar".
frtanto, a consolidação das experiências
>de sisten sfro d u tiv o s em Roça Sem
Quúasão vistas com especial interesse pelo Proggggram a PLOV.BIENTE, pois proposta é
quceesistem as alternativos ao uso do fogo, portannmnto “pronjares” em term os de serviços
amlitts, sejam adotados nas propriedades de agriccccultores <u a:em parte do ProAm biente
(JumCsta3 - Informação verbal).
M e sentido, é de relevante importância que j j ; se realizei s:udos e acompanham entos
sistmtDS e de processo das experiências de “ ‘ ‘‘'R oça &n Queima”, com o forma de
ideitic. quais as lim itações e possibilidades não SGGeomente faa ua viabilidade agronômica,
lorm ação levan tad a a tr a \é s de entrevista sem i-estrtrtn ru tu rad a en n vem b ro de 2004, c o m o se n h o r
Jurai aia C o sta . A gricultor fa m ilia r em M ed ic ilâ n d ia , partrtrtrt:icipou da ;o r e ia ç à o das a tiv id a d e s d o P rojeto
R oçí si 'teim ar em sua im plem entação.
30
príicefinanceira ds implantação e sustentabilidade (e por conseguinte ser difundido entre
of- çrutores da Tiaisamazônica e Xingu), com o também para serem usadas com o objetivo
dt srrcom o sisteim que atende aos serviços am bientais do ProAmbiente (sendo usado não
sotín 10 Pólo Traniamazônica, como também nos dem ais pólos na Amazônia).
3.1 DJETO ROÇASEM QUEIMAR: UMA EX PERIÊN CIA À LUZ DOS PRINCÍPIOS
DAVRDECOLOGlA
)m o visto anteriormente, o objetivo do Projeto Roça Sem Queimar foi desenvolver
um ptca altemativi ao uso do fogo, como forma de plantio de culturas agrícolas, a partir
deuiiD que agroewlógico.
v Agroecologia tem sido reafirmada como uma ciência ou disciplina científica, ou
sea u campo de conhecimento de caráter m ultidiciplinar que apresenta uma série de
prnipi, conceitos c metodologias que nos permitem estudar, analisar, dirigir, desenhar e
avilinjroecossistenias (ALTIERI, 2001; CAPORAL, 2002; GUZMÁN, 2001; LEFF,
20)1
n essência, o Enfoque agroecológico corresponde à aplicação de conceitos e
prmps da Ecologia, da Agronomia, da Sociologia, da Antropologia, da ciência da
Caur,a;ão, da Economia Ecológica e de tantas outras áreas do conhecimento, no
rece;io e no manejo de agroecossistemas que querem os que sejam mais sustentáveis
atrivso tempo. Trata-se de uma orientação cujas pretensões e contribuições vão além de
asjeu neram ente tecnológicos ou agronômicos da produção agropecuária, incorporando
dinesis mais am plas e complexas, que incluem tanto variáveis econômicas, sociais e
ecdqis como variáveis culturais, políticas e éticas (CA PO RA L, 2002).
31
( processo dt criação do Projeto Roça Sem Queimar, teve como em basam ento
ccneiul, os principia da Agroecologia. E nesse sentido, duas questões foram centrais.
A
(ondução pcls agricultores do processo de experim entação - A condução dos
a g iitce s
no procsso de execução do
Projeto é conceituada como “agricultura
pal33dva”, que premde fazer um desenvolvimento participativo de tecnologias agrícolas,
cor) 'nntação que prmite fortalecer a capacidade local de experimentação e inovação dos
propisigricultores, om os recursos naturais específicos de seu agroecossistema. Trata-se,
p a s ecriar e avalif tecnologias autóctones, articuladas com tecnologias externas que,
medatto ensaio e a ílaptação, possam ser incorporadas ao acervo cultural dos saberes e ao
siacn e valores prprios de cada com unidade (FUNDAÇÃO VIVER, PRODUZIR E
PFBIVAR, 2002).
A partir
ex)riiatadores
desíí
na
princípio,
fases
de
buscou-se
ao
execução
máximo
do
projeto.
envolver
Este
os
agricultores
envolvim ento
se
mítriliada/efetivadaem reuniões para decidir o calendário do projeto durante o ano, na
deinçode quantos e quais os locais usados para os “dias de cam po” e principalm ente, na
libiriaeque os agríultores tinham para “recom binar” formas de plantio das roças,
“iroad” em suas tnidades experimentais. A coordenação do projeto contribuía na
oriíraã dos principies da Agroecologia e na apresentação de com o foram feitas as práticas
"btn uedidas de Nedicilândia”. A partir daí, os agricultores implantavam em seus
resicVG lotes, da forna que fosse conveniente para cada realidade.
a)
'tocupação c*m o manejo do solo -
Existia uma atenção voltada para a
m aittço da cobertua do solo, seja com o material orgânico da vegetação originária da
árei.qe ra mantida e nanejada, como também pela implantação de leguminosas, que eram
implmds, principalmente feijão de porco e mucuna-preta.
32
i
adição de :oberturas ao solo pretende aum entairr a infiltração, reduzir a perda de
rm tn orgânica d( solo, além de estimular o desenw voH m ento dos m icroorganism os
bm.fiG à fertilidadi do solo (FUNDAÇÃO VIVER, PR O ))D lZ IR E PRESER V A R , 2002).
Lses eram ts dois pressupostos fundamentais dlco projeto Roça Sem Queim ar; a
lifedd dos agriculores na gestão de seus experimentos,, e í preocupação na m anutenção e
rmrej a fertilidadi do solo. Destaque para este últim o)j, qie m otivou a realização deste
tn b lb le pesquisa.
b)
kspeito ao onhecim ento empírico de cada agrriicutor/experim entador - D eu-se
litedd< para
que os
agricultores
inovassem
na irrm pljitação
das
roças
em
seus
esia>e;unentos, obetivando o resgate, valorização e aippereiçoam ento do conhecim ento
enpnoí da experiêjcia de vida que cada agricultor possuiída.
c)
Vativar o jnt-*rcâmbio das experiências - Foram
reaizados ‘'dias de cam po”, onde
toco s gricultores preparavam juntos uma área de “Roç;ca &m Q ueim ar” . A idéia era que
esfadiáiica proporciona-se uma interação e envolvimemtito ;ntre os agricultores, para que
elesodssem d is c u t i conjuntamente os resultados que teelesestavam alcançando em seus
lotíi >iporcionando
uma reciprocidade e intercâmbnào das
práticas
e experiências
de:evbdas.
d)
3nservação da biodiversidade existente na áirrea - Prim ava-se pelo m anejo e
vabizço da vegetação existente na área onde foram iir.mpantadas as roças. G eralm ente
fo ra rservadas as espécies de interesse diverso (m ediiocm l, frutos, m adeireiro, óleos e
cascsfira, alimentação, manutenção da sombra, produçàãão (e biom assa vegetal). Segundo
dedfcà de alguns agricultores (FUNDAÇÃO V IV ER li, IRODUZIR E PR ESER V A R,
20(2, S2 foi um dos grandes benefícios da "Roça Sem <(Quàmar”, tendo em vista que no
sisetu tidicional “corte e queim a”, não há como selldecimar e preservar as espécies
exiitnsia área.
33
e)
lersificação de espécies, cultivo e plantio seqüiencial - Além da diversidade e
riqiet isada pelo manejo das espécies que são mantidas-; na área pelo não uso do fogo, do
inciee principalm ente de leguminosas para m anutenção) da cobertura do solo, os sistem as
fonnequecidos também pelo plantio de diversos cultiivos (anual - feijão, arroz, sem ipertn -anana, milho, e perene - cacau, café), além dco plantio de árvores de interesse
divtn adeireiro, medicinal etc). Isso tudo dentro de ujm a seqüência tem poral (rotação,
seqié;e espacial (SA F's com distribuição lógica e interaativas das espécies).
f)
Iiinuição do uso de insumos externos - Uma reggra rigorosa havia de ser cum prida
peltsgultores, a de que não usassem agrotóxicos de ntenhum tipo. Isso era inegociável.
Nãc jdam ser usados, para nenhum fim, produtos sintétticos de origem agroquím ica, nem
conoiizante, nem para combate a infestação de plantas da regeneração natural ou insetos
e m ocm ism os indesejáveis. A proposta era desenvolvesr um sistem a com auto-regulação
trófc(:ulação biótica, com aumento de agentes de co^ntrole natural), e com utilização
sorree recursos provenientes da propriedade. Foram tesfctados alguns biofertilizantes (com
uso ierco e outros somente com plantas), para aumento* da fertilidade do solo, e algum as
“c a llfra proteger as plantas atacadas por fungos, bactérrias e insetos.
3.4. jias e práticas para preparo da área em sistem a i de roça sem queim a.
S istem as de Roça Sem Queimar, como dito, forram im plantados seguindo vários
prin:ío; estratégias agroecológicas, refletindo diretamesnte num a grande diversidade de
sisters e foram implantados pelos agricultores.
ietanto, tomando como base as avaliações da cooordenação técnica do projeto em
conjin m os agricultores, na oportunidade de um semináario de avaliação do projeto, pode-
34
se dize <u- luas forra as formas de preparo de área, i m a s q u ad ram encontrados resultados
m ais ponsíores.
a)
Tp« Abafad» - Consiste em im plantar na
área jlatis de cobertura com bom
potencil e produçfc» de biom assa vegetal, para abiaaafar o mcrial oriundo da vegetação
origina la ;rea. Foam utilizados quatro sistem as ;; a p a r tr è espécies diferentes e da
com binqi eitre ela:.
1- >stna com íanana (M usa sp)4.
2- >stna com V.ucuna-preta (Stizolobium aten rrrim u m , >atante conhecida na região
)d(s;u potetttfl de produção de biom assa5.
3- >Btna com Mamona (Ricinus communis).
4- íi;tna Diversificado - Outra possibilidade errara implxia duas ou m ais espécies ao
n:sn tempo
N esse ‘ ipilafado’-, 3 área é prepara em duas etapas, iddiescrits í eguir;
Ia E ta p - h z e r a loçagem da área com foice, fac:âãão, e aul; de m otoserra. As árvores
maiore;s.oJdxadas. Operação conhecida na região com rm o “b n a\
2a E ta p - \) ó s a bioca, é realizada a sem eadura oui u planti» ls espécies de cobertura no
prim eir a*, no segundo ano, são implantadas as culttitiuras deiiiivas6.
V »aacira foi escolh id a p e lo seu c r e sc im e n to rápido i e e e fo r m a a td so m b ra cerrad a, q u e a te n d e à s
n e c e ssid a e o oafar os galhos e tro n co s oriu nd os d a cap oeira ( S il.I I L V A , 2'0)
^ n m a preta 5e d e s e n v o lv e bem nas c o n d iç õ e s d e s t o o o lo da rq io lo g o d e p o is da se m e a d a c r e s c e
rapidam ettaiu ndo toda a área, form an d o, se g u n d o o s a g r ic u lto in n r e s um “jp t v e r d e ” ( S I L V A , 2 0 0 3 ) .
Vseitvas d efin i-ivas sã o e m geral culturas p eren es. N a s s-i e x p e r iè c is J e s e n v o lv id a s n o p r o je to , fo ra m
im plantaosbiiom ente c íc a u , c u p u a çu , p im e n ta -d o -r ein o e c a fé.
35
Fi>ira: oca da área e plantio de leguminosa (mucunannnna) no 1°. Aio Fi guraLco em trilha e plantio
da d efin itiva (cacau) no 2°. Ano. Destaque para a t t t a regenera çi< t mantji a egetação natural da
ánalonderson Serra.
b)
’i Picadinho - Este forma de preparo d ( ( cde área paie dos prníios desenvolvidos
pec actor Emest Gosth, que prestou assessoiooooria ao projeto no au e 2000. Parte dos
mtsn mcípios do abafado, mas com algumnrrrmas modificações ru fialização. Após a
derbaa vegetação existente na área, os galaaaalhos e troncos são pcdos com facão e
m*t>sasão deixados sobre o solo. Em seguidalddda, são impiaitadas ai Uuras definitivas a
s e e i ifntadas na roça. Nesse sistema, a culturannrra definitiva é implaitd logo no primeiro
an> leeiro da área.
Figia e : Derrubada e tritu ração manual da área (fa&ftfaacão, foice tnctosstra) leiaque para o solo
|ue fica coberto com material vegetal. Foto: A ::. Anderson ferra.
ítema de “Roça sem Queimar” segue a li 11 1 lógico do: sistemas d ultivos em faixas,
coihco mbém como “alley croping”, sistema o 11 de pousio contínuo oi pusio simultâneo,
orne í pcura reproduzir, na área cultivada, i , .
efeitos s:nelhaite; 16 de um pousio
sueiâociclagem de nutrientes, diversificaçãoíááao do ecojs.stema, wtção do solo). A
36
subliiic da área en faixas de produção de matériaaai or;âii;a e faixas de culturas de
remiieto perm iten ransferir nutrientes das primeiras, uccanaiaido-os de form a concentrada
par; a íiias de c u lro (ROSA et al., 2000).
òserva-se dí forma geral nas experiências deseeeiravoMs pelo projeto, um a grande
heteqeeidade quaro às condições nas quais as roçaaass ex>rinentais foram im plantadas.
Rehoacio a; a) ve^tação original da área - vegetação >> prinái; e secundária, desta última,
em lbnr.es período le pousio, b) tipos de solo - solos cddle mi<r; de menor fertilidade, terra
rox; ctiturada eutrof ca, latossolo vennelho-am arelo disss;trófcc mtre outros.
Lrtro
da di/ersidade de com binações das
espce
im plantadas
nas
roças,
preunian entre is espécies florestais, o mogno (((ÍS w ito a m acrophila), a copaíba
(Co)aêj sp.) o Ipê Amarelo (Tabebuia Chrysotrichaai));, a Gsanha-do-Pará (B erthollitia
excüs)£htre as ciliuras perenes, estão o cacau (Theec(o>bron ;acao), a pim enta-do-reino
(Pip:riirum), o cupt-açu (Theobroma grandiflorim ) e ■uo> caécmillon (Coffee Canephora)
(FUUl^AO V IV E I PRODUZIR E PRESERVAR, 200(0)2).
Eiritanto, observou-se também que apesar de luuim a li’csidade na com binação de
espé:n tentadas ao n esm o tempo ou de forma seqüenccciiada a oças foram im plantadas na
lógialihiver uma espécie como com ponente principooaid, qiaD à produção vegetativa e
consiaete retom o econômico da atividade.
NJiti quadro de diversidade dos sistem as de roççpía senqieimar, quando estiven n os
trataiü o sistema Cacau, que é objeto de enfoque para n e e ste suio, estam os nos referindo a
um íieia Agroflorestal com posto por espécies arbórecaais, fbcsais e com outros cultivos
(anuáü/uperenes) com diferentes interesses, que tem ccccom oxroonente principal a cultura
do c;ca.) critério para considerá-lo com o cultura princripipal psú com o dito anteriormente,
pelo nesse de produção e retomo econôm ico da esppp>écic
em com o desdobram ento
prátiiojmar as outras espécies do sistem a com o foo3)rma à contribuir para o m elhor
37
deseroirto vegetativo do componente principakhhl.1, no casoc;ciu. Como por exem plo, o
planti < aneira e o manejo de árvores da vegggggetação irgnil da área com o forma de
pronvtonbream ento temporário do cacau.
Qrse em um levantamento feito pela Funnnnadação \ í\ ji ’nduzir e Preservar, 2002,
p o d en atar que entre as formas de preparo de éáááárea e sitciade produção im plantado, a
utiliz;ãdiucuna-preta e banana, assim como o >> sistemacciu oram as m ais utilizadas,
respecvne.
3.5
IC O R E S
DE SU ST EN T A B IL ID A D Eiiv, DO SCj ) síO C O N TEX TO
DAS
“ROÇS1 Q UEIM AR"
\ta ç ã o do solo para fins agrícolas, seja nnnoaos trópio inilos ou em qualquer outra
região:hra, só pode ser sustentável ou contínuauaaa quand»» ijrcultor utiliza práticas de
manej usejam
capazes
de evitar
o
gradaaaatitivo
empobcrco pode resultar tanto da retirada
enplncm ento
da
terra.
Esse
<((de nutie.tis (o solo pelas colheitas
sucessacio de alterações físicas e quím icas eecmrn consqêiu; da erosão, lixiviação e
compaá<o solo cultivado (ALVIM, 1989).
Avisto, esse sistema pretende tom ar suauuastentáve ib fcrmas de produção, para
tanto ze'cessário investigar se tais práticas i ( i icontribi^n d: alguma m aneira para a
manuttç) fertilidade e sustentabilidade do solo.
ísástem as têm impacto direto nas conaaocdições os*h, para tanto, escolhem os
algunsnores ligados ao teor de matéria orgânniiniica do s»b e;t>que de serrapilheira no
solo, «rtnorgânico, nitrogênio total, relação caaaanrbono egneo e nitrogênio total), e a
ativida? íobiana do solo (teor de carbono da 111
biomasani:r>biana, relação carbono
38
micoi) ‘ carbono orgânico, respiração basal e quooo>cienertabólico, dado pela relação
enteer^ão basal e carbono microbiano).
3.51 ]q e de Serrapilheira no Solo
(onpartimento formado pela serrapilheira e peeedo sd<eo sítio de todas as etapas da
decirpço da matéria orgânica e da ciclagem de nuoüttriene ntretanto, não significa que
os lies fenômenos envolvidos nesse processo occctorran jxlusivamente nessa estreita
p o rá anbiente, pois, assim que um tecido vegetaahll é bndo, começa a ocorrer a sua
dearpço.
E nesse
compartimento,
porém,
qi^qiue s oncentram
os
organism os
resps;i;pela tarefa de fragmentar as cadeias carbôm m icas,eibradas de maneira com plexa
peles iis >rganismos autotróficos (CORREIA; A N D FPR A D :i99).
(oijunto serrapilheira-solo não só rep resen tan fone Ucarbono e energia para os
orgar.n lo solo, mas também o habitat onde todidias a çes do organismo ocorrem,
g aran asu a sobrevivência e reprodução. A serrapilHlllheiraéi>orção mais dinâmica desse
conaic jossivelmente, a mais variável não só entre t ecosi:eias, mas também dentro de
um nsi ecossistema (CORREIA; ANDRADE, 1999) ).)..
Pedo processo de retom o de matéria orgâniccam e eb uientes para o solo florestal
se d té da produção de serrapilheira, sendo coniisusidena
meio mais importante de
tranfcêade elementos essenciais da vegetação para coco soli i/IA L et al., 2004).
CSYF entre os diversos sistemas agropecuáriidios d; is da terra, são aqueles que
acuruu) naior ativo de biomassa. Portanto, são freqqqiuent:rere admitidos como uma das
forram tdequadas de desenvolvimento dos trópicoss s úmite 0STERROHT, 2002).
39
3.52V:éi Orgânica do solo
rtéria orgânica do solo (M OS) é todaaldda fração crgrc, localizada abaixo da
sup:rit ( solo, e consiste de matéria m orta (98°/°/$8S% do tobld ( <rgânico do solo) e viva
(ran n e ltrapassa 4% do total de C orgânicciucco do sdi) c* provenha de plantas,
m icoinnos, da meso e macro fauna morta, e ddtddde resídutsd ainais e m icroorganism os
do » y / DA SILVA; PASCAL, 2000).
rréria orgânica do solo se constitui num i nm compon-ner.prtante da fertilidade do
mesrDjpdo acredita a maioria dos autores, a i a u despeito cd k)de, ultim am ente, terem
surjiognas controvérsias a esse respeito. A rrrrrrm atéria ogiic xerce m últiplos efeitos
sobeisuiedades físicas, químicas e biológicas c g <; do terrera aea.do-lhes, para m elhor, o
nívd eridade e produtividade (M ELLO et al., 11' 111989).
méria orgânica do solo é citada em divenrscrrsas litentirs olre o assunto com o um a
das^rie capazes de detectar as alterações na qyiqqqualidadedi dj :m função do m anejo e
por:QTiite, como indicador da boa fertilidade ( c ;; do solo FIDlí', 2002; K A ISER et al.,
199-;V?'A SILVA; PASCAL, 2000).
Oísenso em relação a MO como indicaddiaador de q iaiaeio solo em ana de dois
fatoe poais. O primeiro, o teor de matéria o rg â â ^ íâ n ic a no oaíniito sensível em relação
às pácc manejo, principalmente nas regiões troppoopicais e ai)bjais, onde, nos prim eiros
ano: euivo, mais de 50% da MO previam eeioeente acumldí i perdida por diversos
procsc <tre esses, a decomposição microbiannmnna e a eoã. Sgundo, a m aioria dos
atribísDolo e do ambiente relacionados às funççcççções básia: o co, citadas na definição,
tem etitarelação com a MO. Destacam-se a i a a i estabililalt o agregados, estrutura,
infilrçíe-tenção de água, resistência à erosão, atitntiütividade lidqta capacidade de troca de
40
cátios (CTC).csnbilidade de nutrientes para as plantaasss., li;i'a;ão de nutrientes, liberação
de C 0 2 e outro ge> para a atmosfera.
A adiçã m ateriais orgânicos é fundamental à cqqqiualddt do solo, caracterizando-se
pela liberação gd.tiva de nutrientes, que reduz procccciesstsomo lixiviação, fixação e
volatilizaçãc, eiln dependam essencialmente da taxai i
de ictm posição, controlada pela
temperatura, nid;, textura e mineralogia do solo, aaiikllém a decom posição quím ica do
m aterial orgiiio iizado (LEITE et al., 2003).
Os est)ui te m atéria orgânica do solo e seus cccc<ormd:inentos são im portantes na
disponibilidaceloitrientes, agregação do solo e no flu?xxciO dí ,a;es do efeito estufa entre a
superfície terrm <atmosfera (LEITE et al., 2003).
A m itínr^ânica do solo representa o principjooail n srató rio de energia para os
microorganisnc Jc nutrientes para as plantas. O declíniidco oi cnscimo da m atéria orgânica
serve para rtesui a preservação dos ecossistemas
natim e os desequilíbrios dos
agroecossisteiu, u seja, é utilizado como critério na
;avaicã) da sua sustentabilidade.
(KAISER eta4 í5 apud PEREZ; RAMOS, 2004).
A mit;nrj;ânica exerce influências benéficas;
sobivárias propriedades físicas,
quím icas e bblgas do solo, importantes no que se irra e fe c i fertilidade do m esm o. Os
principais faioe ctados são, i) estruturação e aeração, iii)))) deishde aparente, iii) retenção e
um idade (MELD al., 1989).
As dirttEi gerais para a manutenção da matériiacai orçaúa do solo são, i) retom ar
todos os resíiic <plantas e de outros materiais orgânitccocos, ibilançá-los com N extra, se
necessário, ii o;ar fertilizantes minerais e orgânicoss^,;, senc:ssário, iv) arar e gradear
apenas o necesriiv) evitar a erosão (MELLO et al., 198$SS9).
41
3.5.3 Carbao aom assa Microbiana do solo
A bim;snicrobiana do solo é definida como o ( to em inente m icrobiano vivo do
solo e é cornoa bactérias, fungos, m icrofauna e a l g a s . . Aavdade dos m icroorganism os
que compcei aiiassa microbiana, incluindo bactérias, a ;; acbiiietos, fungos, protozoários,
algas e micofit resulta na decomposição da m a té rirn ia rgrica do solo, participando
diretam ente lo i'-biogeoquímico dos nutrientes e, coioojnsqeitemente, m ediando a sua
disponibiliIdeu;olo (MERCADANTE et al., 2000).)).). Aai, a biom assa m icrobiana
representa o;oipimento central do ciclo de composiçãtâãão o nsíduos vegetais existentes
sobre a supefíe solo, pode funcionar como compartiÉkiimüt (e reserva, dreno ou com o
catalisadorn dio)osição da matéria orgânica (PAUL; C dT L /R l.1989).
A bim aaicrobiana do solo (BMS) é fonte poterecrncil enutrientes para plantas por
ser o conprtieJ de mais rápida ciclagem que occcccorr i m atéria orgânica. A sua
quantificaçãi é sicial para estudos da dinâmica de m n u t e t i s e da m atéria orgânica,
facilitando ( enjm ento de processos biológicos em ;
sois Istim ativas de C e N da
biom assa rairoh do solo, juntamente ao carbono orgânmmici m trogênio orgânico total do
solo e resp rçãò il microbiana, fornecem índices que p f ppodn tm eionar com o parâm etros
cinéticos p^r o <to da dinâmica do C e N do solo (VASGSCCOJ ELOS, 2002).
A qjatitáo da biomassa microbiana do solo em n m siíei;s agrícolas é essencial nos
estudos de c:la:iJa matéria orgânica e de nutrientes, pipppohpmite avaliar a contribuição
da biom assamntana na decomposição da matéria oiooDrgáia e, consequentem ente, na
fertilidade <ic so.GAMA-RODRIGUES, 1997).
A roonra da quantificação da biom assa niim icoim a deve-se,
portanto, ã
conveniéncaderia como um índice mais sensível daíaaas ítcawes edáficas oriundas de
42
dacont por ser o compartimento de mais rápido "tumni(0/c”da m atéria orgânica do solo
(GaLR)RIG UES, 1997).
inversos os fatores ambientais bióticos e abióóitiio iue interferem na biom assa
microi;atores químicos - teores de carbono e nitrogêéèm orlações com plantas, pH do
solo,rapesados e pesticidas, fatores físicos - textunrra ctutura, microclim a do solo,
intírçô ficas, protozoários e nematóides, ácaros e colêètrmxo; e m aerofauna.
nutenção da produtividade dos ecossistem as aaa;gíohs e florestais depende, em
graic 11 do processo de transformação da matéria oo)ir;âiia e, conseqüentem ente, da
bions;rrobiana do solo. A biomassa m icrobiana repretesiraarn im portante com ponente
ec o ó u is é responsável pela decomposição e mineraradzçõ dos resíduos vegetais no
sole, qi ) constituídos por material facilmente e lenrmtireite decom posto e material
recchtnt Sendo também responsável pelos tluxos dees üits constituintes da m atéria
orgircra, de compostos recalcitrantes não protefidos eeü cei;terial m icrobiano. Assim, a
bionssnrobiana seria o compartimento central do cicloo) ce’ 10 solo, e de acordo com as
condiõ ífoclimáticas do ecossistema e da qualidade ddlasm pilheira, poderia funcionar
corro:opimento de reserva, dreno, ou como um catalisssalc ia decom posição da m atéria
orgá-uPJL; CLARK, 1989 apud GAM A-RODRIGUESÍS.19').
/bnassa microbiana responde rapidam ente à adiliiç;ol< carbono C e nitrogênio N
prortaiitlisponíveis, o que sugere que a maioria doss; oipm entes da m icroflora está
lim iaasC e pelo N (GAMA-RODRIGUES, 1997).
A|iitidade e qualidade dos resíduos vegetais nocoisst:mas produtivos provocam
altenoí
composição da comunidade microbiana, ,
deconcç. Neste sentido, os sistemas de manejo
nu;nciando
a sua taxa de
cd» ;do atuam diretam ente na
persstna)s resíduos no solo, no tamanho da biomassa í micoiiana e, conseqüentem ente,
na siKJtibdade dos agroecossistemas. Assim, a biomastsss; íiro b ian a pode ser utilizada
43
parra in d ic a r > ivl de degradação do solo, em 11 função iisstem a de manejo utilizado
(G vA M A -R O IR j ES, 1997).
Consiler 10 <lue os princípios que norteaaaaram asttncas e práticas agrícolas no
pnotcesso de linpiação do sistema Cacau nas roçaaass passa >aamente pela preocupação na
pr<o>duçãode to a sa vegetal para fins de depósito r r r n o solo,píise do princípio de que estas
esitiratégias
s e :r o s n t* das”
pelo indicador “biom assaaaa microfcai lo solo” .
3.5;.4 A th id a tí Ifrobiana - Respiração Basal
A ativi;k dos microorganismos é mediddcda em eus metabólicos, através de
indiicadores d( C- liberado, 0 2 absorvido, atividdddades eirrúticas e caloríficas, P e S
m im eralizados.Q e ™ 0 respiração do solo é definiddddo com oaborção de 0 2 e/ou liberação
de (C 0 2 pjlas nd;des vivas e metabolizantes do sooo^lo. Já aroração m icrobiana é definida
corm o a atsorço e0 2 ou a liberação de C 0 2 pelas 111 bactéria, irgos, algas e protozoários no
soko, inclundoisr>cas gasosas que resultam de ambbbbos os rrebdismos aeróbio e anaeróbio.
A v/antagtm d e.rjed ir C 02, ao invés de 0 2 , está 11 ino fato 1C)2 refletir a atividade tanto
de im icroo-ganin*aeróbios quanto de anaeróbios (CCCGAMA-IO^IGUES, 1997).
3.5..5 Carbono )g»nico do Solo
E s tu d o s i
espeito do carbono orgânico
do
>>> solo sòlierentes sistem as fornecem
s u b síd io s mponjtes para a avaliação da qualidade dddio solo. Ixt: interesse cada vez mais na
idemtificaçlo dc jstemas de manejo de culturas e | ] jpastageisu: promovam a melhoria do
estoique dt carbrJ no s° l° (FREITAS et al., 2000000). O ne» teor do carbono orgânico
esto>cado io sol
s ta
diretamente relacionado c o m u i
o
aum u ia emissão de C 0 2 para a
44
atnoítrque pode estar aum entando o efeito estufa. ] Is;so pnue o gás carbônico é um dos
priicpi: gases
causadores
verijiDsiínte
nos
desse
últim os
40
efeito
anos
e
cujaas
(R O C H A \,
errsões
200.
no
Daí
mundo
a
cresceram
importância
do
acom ihrento dos sistem as de Roça Sem Queim ar, ] pielo id^ador do carbono orgânicodo
sole.
Va:éria orgânica do solo se constitui num conm ponat importante da fertilidade do
m em osindo acredita a maioria dos autores. A matitéiria ognica exerce m últiplos efeitos
so b ee }priedades tísicas, quím icas e biológicas ddo sok iterando-lhe, para melhor, o
nívddifílidade e produtividade (M ELLO, 1989).
) rbono orgânico é o elemento de maior p a articip çà na com posição da matéria
orgm e
solo. Portanto, com um ente ele é usado
piara oar a quantidade de matéria
orgínc (solo, pela convenção de que a matéria orgââruica o solo é constituída de 58% de
cartoKoànico (M ELLO , 1989).
3.5.* Srênio total do Solo
' trogênio ocupa uma posição de destaquue enti os elem entos essenciais ao
desevevento das plantas. Apesar de apresentar-se í n a caia(a arável do solo, em alguns
casos «njuantidades relativam ente elevadas (maitis
de 7)00 kg ha "'), sua baixa
disp>iilhde, som ada à grande necessidade pelos ' v<eget;s faz com que seja um dos
nutreitsais lim itantes à produtividade da maioria ddas; cu h rs. Sua baixa disponibilidade
é de;<nr de que 95% ou mais do nitrogênio do soolo enoitra-se coinplexado na forma
orgâic; ado som ente uma pequena parte mineralizaad.a pei nicrobiota do solo durante o
ciclc ceu determ inada cultura (CAM ARGO, 1996).
45
3>.5.7 ín d ic e s derivadas
3'. 5 .7.1 C arb o n o micrcbiai'/Carbono orgânico
Considerandc-se <u
biomassa microbiana é um ic:or,tituinte da m atéria orgânica do
sto lo , a quantificação h jfcentagem de C microbiano, ce;im elação ao C orgânico, perm ite
aic o m p a n h a r. de fome na’ rápida, as perturbações sofri udlaspelo desequilíbrio ecológico e
v a r i a ç õ e s no total nototild matéria orgânica, ocasionas p»e:lonanejo do solo, pois reage com
rm a io r rapidez qu eo sp u ân tro s fisico-químicos (C A T T E IL A Í; V ID O R , 1990).
A relação Cmic:C<r, funciona como um parâmetro* icintico para avaliar a dinâm ica da
rm a té ria orgânica e seu ga* e potencial de decom posiçáito n solo, assim com o alterações
s io f n d a s pela BMS nc cspiç» e no tempo. A relação Cmic:<C'or aum enta ou dim inui conform e
O’ a u m e n to ou a diminiiçío da matéria orgânica de baixai qulidade possuem m enor relação
C’m iic :C o rg do que selos ton matéria orgânica de boa quiaillidde nutricional, m esm o quando
o>s n í v e i s do C orgàni:o d( íoIo pennanecem inalterados. lEinn ma região clim ática ou em um
eicoissistem a, a relação C rí^Corg pode ser uma consUainUem equilíbrio com o tem po.
D e s v io s nessa relação jodiri indicar se está havendo perdíat oiacúm ulo de C no solo e quanto
o s o lo está distante do seu ijtado de equilíbrio (V A S C O N C E D S , 2002).
46
'3.5.'7.2 Cax) orgânico / Nitrogênio total
a ilão
C/N da m atéria orgânica do solo é em gteiral via entre 10/1 e 12/1, podendo
^scr maicruenor, de acordo com o estado de decompo>súçãoa m atéria orgânica (M ELLO,
11989).
t. )lão C/N tem sido com um ente usada como* iindador da qualidade da m atéria
<(orgânicíG x> (BAYER; M IELNICZUK, 1997; M E R C A .D A T E et al., 2000).
.33.5.7.3 Oucite m etabólico (relação respiração basal / ciairboi m icrobiano)
/1<ii estudos têm procurado relacionar a quiaimtidle de C -C 02 com o C da
Itbiomass; ii)biana na m esm a am ostra de solo. Essa p r o p ta tem suporte na teoria de
(COdum (Ç9segundo a qual a relação (respiração totíail')/(bmassa total) diminui com o
ittem po oi )0 sucessão num ecossistem a. Esse modelo* tam :m pode ser interpretado pela
irrazão (nsirão m icrobiana) / (biom assa microbiana)j,
no uai o quociente m etabólico
(((TRBM )crui com o aum ento da m aturidade do solo),, po<ndo ser usado para definir e
(cquantificim; claram ente a atividade microbiana e para e;aracrizar os riscos de degradação
(tdos solo: eirmos de m atéria orgânica. Nesse sentido, ai TRM nulo, prediz que, à m edida
cq:|ue um adeiinada biom assa m icrobiana se tom a mais <e:fíciite, m enos C é perdido com o
<(202, peaeiração e uma fração significativa de C é limcoorada ao tecido microbiano.
lD esta forr, na biom assa m icrobiana "eficiente” teria rm ienoaxa de respiração em relação
;at uma bitm “ ineficiente” (G AM A -ROD RIG UES, 19859).
47
4 M ÉTO D O S
4.1 D ESCRIÇ Ã O DA ÁREA
4.1.1 L ocalização
As áreas de estudo estão localizadas no m unicípio de M edicilândia e U ruará. As áreas
estão em propriedades de agricultores familiares que participam do Projeto Roça Sem
Queim ar.
Os m unicípios de M edicilândia e Uruará estão situados na BR -230, R odovia
Transam azônica, respectivamente a 90 e 180 km da cidade de A ltam ira, no sentido para
Itaituba, região O este do Pará.
Figu-a 06: Mapa de localização das áreas onde foram feitas as coletas de campo. Município de Uruará e
Medcilândia. Fonte: Laboratório de Sensoriamento Remoto da FVPP - Altamira-Pará.
4.1.2 C lim a
A tem peratura do ar é sempre elevada, com m édia térm ica anual de 25,6°C e valores
m édos para a m áxim a de 31°C e para a mínima de 22,5°C. A um idade relativa apresenta
valo*es acim a de 80% em quase todos os meses do ano. A pluviosidade se aproxim a dos
2.00)m m anuais, entretanto, é um tanto irregular durante o ano. A estação chuvosa coincide
c o m o cses de dezembro a junho e, a menos chuv/osa, e julho a novembro (CEPLAC,
1*9*94). ita
normal climatológica
é
consideradai
pai
os
municípios
da
rodovia
Tran;ai;ônica e Xingu.
Chuva e Temper,-aitura
26.0
25.5
ô
25.0
<o
■o
.5
24.5
24.0
|
e3
s
£
E
i23.5
23.0
Jan
Fav
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Aigio
Sai Out
Nov
Daz
IFiguri 7Temperatura e umidade nos municípios de UJruarse Medicilândia. Fonte: Aspectos
<agrociiá:os do município de Medicilândia - CEPLAC., 1994
‘4.1.3V çação e Solo
v. 'getação é representada, em sua maior extensião, pia Floresta Densa XingurTapaj): :1a Floresta Densa Submontana da S ub-região da sperfície arrasada da Serra dos
1 (C arajis :1a Floresta Densa dos baixo platôs.
siargens da rodovia Transam azônica, intenso>s desiatam entos propiciaram o
. saparetiieo da Floresta Secundária ou Capoeira.
s solos são representados, em
maior peroentapm , pelo Latossolo Amarelo
<(distróic, m várias associações, incluindo a Areia (Quantosa distrófica. Concrecionário
lILateríio.lidrom órficos Indiscriminados e Gleyzados, a té Ltossolo Vermelho. Em pequena
u o co rrêiaem M edicilândia e Uruará, está o Podzó>l:io Vrmelho-Amarelo, também em
;aissocine com Solos Litólicos distrófícos, L atossolo Vrmelho-Amarelo distrófico e
<(Concr;oirio Laterítico. Com grande presença nos dtois mnicípios, em tom o de 28% de
js>ua án; ttá presente a Terra Roxa Estruturada eu tró fica m associações com Latossolo
49
v e rm e lh o distrófico 'U com Latossolo Roxo distrófico (CE1LAC, 1994; RADAM BRASIL
1 973).
Q uadro 01: Proprieddes quínica do solo em sistemas altermaivos ao uso do fogo. Município de
M edicilândia - solo ipo terrí roxa estruturada eutrófica (sstema sem queima, sistema com
q ueim a e sistema devegetaçio natural - mata - Município de Uruará - solo tipo latossolo
am arelo distrófico (sitema sen queima e sistema de vegetaçãoíatural - mata).
T i p o de Solo
Sistoia
T ra ta ie n to
Roça em
queiia
T cirra Roxa
Estruturada
Eutrófica
Roça <om
queiia
M edicilândia
Mai
Roça Sm
queiia
Latossolo
A marelo
Di strófico
U ruará
Mal
(cm)
pH em
agua
0-5
5-10
10-20
20-30
0-5
5-10
10-20
20-30
0-5
5-10
10-20
20-30
0-5
5-10
10-20
20-30
0-5
5-10
10-20
20-30
6,2
5,5
5,3
5,0
7,4
6,8
6,7
6,3
6,4
5,8
5,3
5,7
5,9
5,5
4,8
4,9
4,3
3,9
3,8
3,7
frofundidade
_
K
Ni
Mg/drm
384
95
227
58
205
56
736
I8<
107
33
60
19
45
17
54
17
269
64
43
15
54
17
29
10
99
25
52
12
72
17
66
17
130
29
103
25
116
35
205
48
Ca
C a+M g
Cmolc/dm
12,8
8,0
7,4
6,1
17,0
13,0
11,5
9,6
14,5
7,6
8,0
6,9
6,1
3,7
2,9
3,5
3,6
2,1
1,6
1,3
9,7
5,8
5,2
3,8
15,2
11,3
9,6
7,4
11,3
5,4
5,8
4,4
4,4
2,6
1,8
2,1
2,3
M
0,9
0,6
AI
H +
Al
0,1
0,1
0,1
0,1
0,0
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,5
0,6
0,5
1,5
2,6
3,0
3,63
3,47
3,63
3,63
2,15
1,98
1,82
0,50
2,81
2,64
2,81
2,64
2,31
2,48
2,15
2,48
3,30
3,63
3,80
3,63
Fonte: Pesquisa de Canpo, 20«>5.
Q uadro 02: Caracteriticas granulométricas do solo em sis>tenas alternativos ao uso do fogo.
M unicípio de Medicilndia - solo tipo terra roxa estruturad; cutrófica (sistema sem queima,
sistem a com queima (sistema de vegetação natural - mata -Município de Uruará - solo tipo
latossolo amarelo distnfico (sistema sem queima e sistema de vgetação natural - mata).
T i p o de Solo
G raulom etria (g/kg)
Sitema
Profundidade
T ra tm e n to
(cm)
Areia
A re i fina
Silte
Argila
______________ _____________________ grossa___________________________ total
Rca Sem
qeima
Terra Roxa
Estruturada
Eutrófica
M e d ic ilâ n d ia
Roa Com
qeima
lata
Latossolo
Amarelo
Di strófico
Roa Sem
qeima
l ruará
fata
F on te: Pesquisa de C m po, 2005.
0-5
5-10
10-20
20-30
0-5
5-10
10-20
20-30
0-5
10-20
20-30
30-40
0-5
5-10
10-20
20-30
0-5
5-10
10-20
20-30
130
120
110
100
130
110
80
90
140
130
1 10
90
150
110
120
140
120
90
80
80
30
30
]0
20
30
20
R0
70
30
30
30
K0
90
50
50
30
20
40
40
30
290
100
320
260
340
260
280
280
380
340
280
310
120
80
110
100
200
330
220
240
320
520
360
420
300
420
460
460
200
240
360
420
140
260
260
220
160
180
240
300
50
4.2 C aracterização e Histórico da área - Unidades E xperim entais do Projeto “ Roça Sem
Q ueim ar”
As experiências a serem estudadas são agrupadas no quadro abaixo. A descrição das
técnicas utilizadas para o preparo da área e forma de plantio das culturas foram as feitas
dentro dos princípios e m étodos do projeto Roça Sem Q ueim ar. O critério para escolha dessas
áreas baseou-se em dar condições de “com paração” das práticas de plantio do cultivo, com
uso do fogo (com queim a), no sistema tradicional, e sem uso do fogo (sem queim a), no
sistem a alternativo proposto pelo Projeto Roça Sem Queim ar. Portanto, os critérios foram os
seguintes.
a)
Localização e tipo de solo: A localização deveria proporcionar condições de
viabilidade logística para coleta das amostras e sobre o tipo de solo, deveria ser representativo
da diversidade de solos da região Transam azônica e Xingu. No caso, os m unicípios de
M edicilândia e U ruará estão relativamente próximos a A ltam ira e representam a diversidade
de solos da região, este últim o, solo com menor fertilidade natural, e aquele, solo de m aior
fertilidade natural.
b)
A ntecedente da área e tipo de preparo: As áreas deveriam ter o m esm o histórico de
manejo (no caso nos dois municípios era uma capoeira de 15 anos de descanso, tendo sido
lavoura branca de arroz por 3 anos, e mata nativa), e terem tipo o m esm o tratam ento e forma
de preparo (no caso, foram preparadas pelo sistema abafado com m ucuna e banana), para que
esses fatores não interferissem nos resultados. No caso, será necessário fazer um inventário
para cada área a ser analisada, considerando.
c)
Cultura representativa das experiências de Roça Sem Queim ar: Entre as culturas
que foram desenvolvidas
pelos agricultores, era necessário escolher um a que fosse
representativa e que tivesse importância econômica para a região. No caso, a cultura do cacau
51
fo i d esen v o lv id t pela grande maioria dos agricultores do Projeto Roça Sem Queimar, além de
s e r u m a cu ltu ra rrportante em termos econômicos para a região Transam azônica e Xingu.
Portanto, )s sistemas escolhidos que atenderam
aos
critérios
foram
são os
a p re s e n ta d o s aba>o;
Q u ad ro 03: D escido das experiências do manejo e itinerário técnicas dos sistemas alternativos
a o u so do fogo.
Vegetação Idade Tratamento Preparo
Demais
Parâmetro
Município Tipo de
Solo_____ Original______________________ da Área
Espécies Implantadas
Agricultor
C ap oeira
F r a n c isc o
Terra R oxa
Estruturada
M o n te ir o *
Eutrófica
M e d ic ilâ n d ia
Preparo d e
Área e
im plantação
das culturas
15
anos
R oça S em
M ucuna
q u e im a
e
________________B a n a n a
R oça
Fogo
C acau,
p im e n ta ,
açaí,
m ogno,
jacaran d á,
crau beira,
ja c a ,
fe ijã o
g u an d u , fe ijã o d e p o rco e urucum
C a c a u , b an an a, te ça e m o g n o .
Q u e im a d a
M ata
prim ária
L atossolo
U ruará
A m arelo
B e n v in d o d a
d istrófico
S ilv a *
C ap oeira
Á r ea d e v e g e ta ç ã o prim ária a d jacen te
15
R oça S em
q u e im a
anos
M u cu n a
C a ca u , a ça í, g r a v io la , in g á , m o g n o ,
e
ban ana
ban an a, m a m o n a , fe ijã o gu an d u
M ata
prim ária
Á rea d e v e g e ta ç ã o p rim ária ad jacen te
F onte: Pesquisa deCampo, 2005.
4 .2 .1 Apresentarão visual das áreas estudadas.
a)
Área 01 -Sistema Sem queim a - M edicilândia - Terra Roxa Estruturada Eutrófica v e g e ta ç ã o origiml da área capoeira de 15 anos - Sistem a Agroflorestal tendo como
co m p o n e n te principal o cacau.
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F igu ra 08: Área preparada sem fogo - “entrelinha da cultura” - Figura 09: Área preparada sem
foigo - local sob a ‘projeção da copa” do cacau. Foto: Anderson Serra.
52
b)
Á rea 02 - Sistema Com queima - M edicilândia - Terra Roxa Estruturada Eutrófica -
vegeiação original da área capoeira de 15 anos -
Sistem a Agroflorestal tendo como
com ponente principal o cacau.
Figura 10: Área preparada com fogo - “entrelinha da cultura” - Figura 11: Área preparada
com fogo - local sob a “projeção da copa” do cacau. Foto: Anderson Serra
c)
Á rea 03 - Sistema Mata - Medicilândia - Terra Roxa Estruturada Eutrófica -
Vegeiação natural da área.
d)
Á rea 04 - Sistema Sem fogo - Uruará - Latossolo Vermelho Distrófico - vegetação
original capoeira de 15 anos - Sistema Agroflorestal tendo como componente principal o
cacau
Figura 12 e 13: Área preparada sem fogo - vista panorâmica do sistema. Foto: Anderson Serra.
e)
Á rea 05 - Sistem a mata - Uruará - Latossolo Vermelho Distrófico - vegetação
original.
53
4.3 C O LET A E PREPA RO DAS AMOSTRAS NO CAMPC
As coletas de solo foram feitas de tal maneira que npresentasseruiceogeneidade
de cada sistem a estudado, e que tivesse um número m ín im o ie amostras pr;p»:eder à uma
análise de variância, com com paração de medias entre os resiltados analisac.
Para tanto, foram feitas 18 perfurações (am ostras sinples), que fcai eiradas para
fazer 06 am ostras com postas. De cada 3 simples, fez-se 01 amosa onposta. As
profundidades foram 05, sendo: Interface, 0-5cm, 5-10cm, l(-20cm e 20 - 3Ci.íitretanto, os
resultados dos dados para interface apresentaram alta variaçio e não forarcoicerados para
fim de discussão nesse trabalho.
As coletas foram feitas em dois momentos, em juiho de 2004 ht do período
chuvoso, e janeiro de 2005, que na verdade já é mês com precipitação eiih (C E P L A C ,
1994), porém o ano de 2005 foi um ano atípico, e ainda nío havia c o n ç d i; chover de
form a acentuada. Existia uma programação para fazer a colea no mês de nvrbo de 2004,
m as não foi possível pois não havia veículo para viajar ao; municípios e\e<icilândia e
Uruará.
Houve problem a no m anuseio das amostras coletaias em junhi vlsurou-se as
am ostras sim ples de tal maneira que ficaram apenas 02 amcstras compostsira cada área,
im possibilitando ao procedim ento da análise estatística. Dessa fomu >s <ados aqui
apresentados e discutidos referem -se às amostras coletadas :m janeiro ce 20 , período de
fim de período seco nos sistemas, com 06 repetições pan cada sisteTi sa<ado. C om
exceção dos sistem as em área de mata, que foram feita; apenas 09 msr;s sim ples,
contabilizando 03 am ostras compostas.
As amostras foram passadas em peneira de 2,0 m m (tera fina) e hoioeezadas. E.m
seguida foram retiradas as raízes e residuos visíveis de plant;s e animais. ian;enadas cm
54
o
sacos plásticos, sendo protegidas da luz e mantidas em caixas téirncs antes de serem
transportadas para o laboratório.
Em cada sistema, foi feita uma trincheira, onde retirou-se solo >aa álculo da DA =
densidade aparente (peso seco do solo coletado / volum e do cilindro usaoxa a coleta)
Esse solo usado para o cálculo da DA, foi usado taméi para a análise
granulom étrica.
Figura 16 e 17: Coleta de solos. Foto: Anderson Serra.
55
F igu ra 18: C roqui da Área, coleta de solos.
Legenda:
©
Planta de cacau.
Ponto de coleta na ‘linha do cacau” (projeção da copa), 30 cm da planta (seta azul)
- interesse em verificar a influência da produção vegetal do cacau.
JL. Ponto de coleta na “entre linha do cacau”, eqüidistante dos “pés” de cacau (seta verm elha)
- interesse em verificar a influência da produção das legum inosas.
O bs. Esquema válido oara as para as áreas sem queim a e com qu eim a de M edicilândia, e sem
queim a para U ruará As duas áreas de mata, em M edicilândia e U ruará, foram feitas com
distância de 5 metros entre as amostras, em linha reta.
56
4.4 M ETO D O LO G IA DE LABORATÓRIO
4.4.1 C aracterísticas químicas e granulométricas do s$<o)ll<o-) valores de pH, K, Na, Ca,
C a+M g, Al, H +A l, assim como os dados das caracteristiiccíais le s do solo, foram analisados
segundo E m brapa (1997), no laboratório de solos da Emb)irraip. -^lATU.
4.4.2 Estoque de Serrapilheira - A metodologia para qnuiaunita a serrapilheira foi descrita
por Em brapa A m azônia Oriental (2002). A serrapilhe;iirrra í cisiderada aqui como todo
m aterial acum ulado sobre o solo (folhas, galhos e
cciae;) em diferentes graus de
decom posição. Foram utilizados quadrados de 0,25m. Es>ís<es.. Verapilheira coletada foi seca
em estufa a 105 c, depois pesado em balança analítica (prtecccii:sok0,01 g).
O cálculo utilizado para serrapilheira foi
BH (t/haa)
=
(PSM/P FM) x (!JP'1F"4 x 0,04
Onde: BH = biom assa da serrapilheira, matéria seca, PSIMÍI =psi seco da am ostra coletada,
PFM = peso fresco da amostra coletada, PFT = peso fresccco> toaoir m etro quadrado (no caso,
m ultiplicou-se por 4, pois foram feitas coletas em quadrnattdo >n 14 de metro - 0,25m.), e
0,04 = fator de conversão.
4.4.3 M atéria orgânica - Método de determinação p or' ]p)ed.p>r ignição. Foram pesados
cerca de 20g de TFSA , com repetição, colocado em esttiuufaa(5 C por 24 horas. D epois
colocado em m ufla por 550 C por 3 horas.
A percentagem de matéria orgânica (%MO) foi callíetuildoila fórmula. (ALEF, 1995).
%MO
=
(Peso estu fa - p e s o n tu n ffllai*(!)
(Peso seco )
57
4 .4 .4 z>no orgânico do solo - O Carbono orgâniiiccco f< cterm inado por colorim etria
(a b so râ k d e 590 nm) a partir da oxidação da matériai icoirgáii com solução sulfocrônica e
aqueciitt(B A K E R , 1976 apud ANDERSON; INGR/AYlIM , )Ç).
4 .4 .5 lUg-nio total do solo - O nitrogênio total foi dteíttcermiso pela digestão do solo com
ácido alrro e água oxigenada, seguida de destilação iaai vaprK jeldahl) com hidróxido de
sódio itil^ão do coletado com indicador de ácido bóriiiccco e ;io clorídrico (A LEF, 19l)5).
4.4.6 Giesão dos dados para estoque / área (M OS,, <(CC'orjISjtal).
)id o s de MOS, Corg e Ntotal, foram trabalhacdkco>s ei itoque total por área, usando
a exprcs ^REIXO et al., 2002).
Est M O S / C / N
=M
O S /C /
W
* I. ,
10>
Em qui
Est M G eto q u e de matéria orgânica, ou C, ou N na canrrm iadeíjdada (M g haa -1)
M OS /'•}- m atéria orgânica, ou carbono orgânico ou írmiitropn total (g kg -1)
Ds - do»<e do solo da camada estudada (kg dm -3)
e - espcsí la cam ada estudada.
4.4.7 Crro Biom assa Microbiana do solo
oitlizado o método da fumigação-extração pairraai est.i; o C (V A N C E et al., 1987;
TATE i , 1988). Amostras de aproximadamente 20g
(((pestfisco) foram acondicionadas
em desedcr e submetidas à fumigação com clorofó)irrmnio i\e de álcool por 48 horas,
agitada y 1 hora em extratos (K 2S04 0,5 M) ei'
filtid; em filtro w hatm an 42.
Imediatmt: após o início da fumigação foram subrmiHe:tid( ex tração conform e citada
58
anteriorm ente. Os extratos foram armazenados em frascoss>ss; piaos sob congelam ento até o
início das análises químicas.
A determinação do C microbiano foi realizada pelo» > imcco;olorimétrico (absorbância
d e 590) m m ) a partir de uma alíquota do extrato juntainrrmeUcm solução sulfocrônica e
aquecim ento (ANDERSON; INGRAM, 1993). Para o cáltcc:iulio I m icrobiano, utilizou-se a
seguinte equação:
C-BM = (F —NF)/Keccfi; , , oti
O nde;
C -B M = C da biom assa microbiana em g de C por g de sokoo>> s a
F = quantidade de C extraído na amostra fumigada em g;
NF = quantidade de C extraído na amostra não fumigada ermmi ge
Kec = fator de eficiência de extração de C
Para a determinação do C-BM, foi utilizado K.ec cddUe (3 oerfeiçoado para solos da
região am azônica pelo laboratório de ecofisiologia da Embrrirrrap -rA T U .
4.4.8 R espiração basal da biomassa microbiana dox>»
sl<
Q uantificação do C 0 2
desprendido no processo de respiração microbiana, duirirnare i ixidação dos com postos
orgânicos. Para isso, 20 gramas de solo (TFSA), livres deees r;z> possíveis insetos, foram
incubados cm frascos de plástico hermeticamente fechado>S)Si, ofirio um frasco m enor com
20 ml de NaOH 0,5 N para capturar o C 02. Após 3 dias dtee; inuido, os frascos com N aO H
foram retirados e o C 0 2 desprendido foi determinado por ttitiittuneta com HC1 0,5 N, ap ó s a
precipitação do carbonato de sódio pela adição de 2 mL de s js<o1ç) quosa saturada de cloreto
de bário (ALEF, 1995).
59
4.5 ANÁDS ÍSTATÍSTICA
Osdics foram submetidos à analise de variância, teste de com paração de médias, à
5% de proaldaie, teste de TUKEY (PIMENTEL GOM ES, 1990).
O rçnma estatístico usado foi o SIGM ASTAT 3.1 (SYSTAT, 2004). As tabelas e
dados forn tabalhadas em no programa Microsoft Excel - versão 2003 e program a
QuatroPRt Ctrel 2005.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO.
Tabela 05: Indicadores de susterlabilidade do solo - Coleta Jsneuo de 2005 - Estoque de serapilheira (ES), loatena orgámca do solo (MOS). caiòono orgânico do solo (Corg).
nitrogênio total (Ntotal). relação Corg Ntotal, carboao microbuno (Cmic), relação CmicCorg. respiraçâo basal (RES?) e quocíente metabólico (qCO). em três ecossistemas (área
’-em queima, ajea com queima e mata), em dois npo; de solo, terra roxa estruturada eutrófica. localizado no município de Medicilindra, e colo tipo iatossoio amarelo distrofico.
localizado no município de Uruará - 3R.-230 Rodopia Tiansamazómca
Indicadores de
sustentabilidade
Serapilheira (1)
M s liecrai el
MOS (1)
Ms hectare1
C .it bouo Orsánico (1)
Ms hectare1
Nirrosènio Total (1)
M s hectare1
C orgânico /Ntotal
(#o)
Carbono Microbiano (2)
(us C g J)
Prof.
(cm)
11.158
1.997
8.753
6.543
7.99S
0 -3 0
94.18 ± 6 .1 4 A
8S.4S = 5.30 A
90.28 = 2.62 A
76,59 = 2.06 ns
S0.26 = 2.52 ns
0 - 30
45.45 ± 0.309 A
36.56 = 0.472 B
43 90 = 2.182 A
38 22 ± 0 376 s
35.66 = 1 595 s
0 —30
0-5
5-10
10-20
20-30
0-5
5-10
10-20
3.34 ± 0.192 A
11.75
12.26
17,88
23.65
948.32 = 35.48 Aa
466,90 ± 46,58 Ab
271.62 = 35.38 Ac
2.17 ± 0.200 B
13.96
15.84
16.88
24.46
265.14 ± 1 3 ^ 6 Ba
225,22 ±17,31 Ba
1 71 7 4 = 08.29 Bb
2.30= 0.046 B
12.43
18.02
22.84
24.37
63 7,67 = 43,66 Ca
273,25 ± 65,90 Bb
208,10 ± 16,95 Bbc
2 .0 1 = 0 142 s
14.4S
18.17
18,18
21.15
420,88 = 81.91 Ba
275.41 = 3733 Abc
217,92 = 25.71 Acd
30i-y3
2 49 ± 0.084 3
11.36
12.43
12.13
18.17
300,75 = 29,28 Aa
249,73 ± 21,15 Aab
195.29 ± 12,52 Ab
<4-17 \fi. SV
T?0 - 9 = o -
'
j-y
Respiração Basal (2)
(ug (!-C O :. 24 solo dia'1)
qCO:
(ug C -CO: .g'1 de CBM d ia 1)
Uruara - Latossolo Amarelo Distrófico
Mata *
Sem Queima **
(M-LA)
(SO-LA)
-
-
Ciuicrobiauo Corçanico (1)
Medicilándia •• T em Roxa Estruturada Eutrófica
Sem Queima **
Cora Queima **
Mata *
(SQ-TR)
(M-TR)
(CO-TR)
0-5
,5-JO
iw
-o
20-30
0-5
5-10
10-20
20-30
0-5
5-10
10-20
20-30
k «A/>/>T>
j,
i_ in níipi - t n m o-
í
m
m
1.05 ± 0 .32 A
32.7S0 = 3.08S Aa
19.419 ± 3.342 Ab
15.111 ±3.209 Ab
14.598 ± 2.562 Ab
0.0346 ± 0.0033 A
0.0425 ± 0.0117 A
0.0566 = 0.0166 A
0.0659 = 0.0183 A
m
m
1.00 = 0.43 A
23.637 ± 1.203 Ba
1S.S76 = 1.829 Ab
15.460= l.S^l Ac
13,523 ± 4.254 Ac
0.0893 ± 0.0064 B
0.0842 ±0,0101 B
0.0898 ± 0.0129 B
0.0938 = 0,0361 B
IAj. o -*o r
ii k m z
1.12 ± 0.27 A
45.871 = 5.713 Ca
22.096=5.821 Ab
21.957= 5,-iS 5 Ab
17.365 ± 2.363 Ab
0.0724 = 0.0132 8
0.0853 = 0.0327 AB
0.1049 (0.0215) AB
0.1019 (0.0101) B
< i - n j í â».
âv
->
4_n m â
4 i ± 6 . ò) á
1.26 ± 0.23 A
22.803 ± 2.970 Ab
21.580 ± 4.SS3 Abc
18.664 ± 2.507 Abc
17.110 = 0.914 Ac
0.0765 = 0.0138 A
0.0871 = 0.0214 A
0.0957 ±0,0125 A
0.0907 = 0.0108 A
í
oi j- ^6 â? k i
km ni
n-j 44
- 1 Oi 4- ">Ç A-J â A
"------ ------ —
*> . A A? D
* Q« « A AC Ti
1,67 ± 0 .18 A
1,54 ± 0 .0 7 A
20,709 ± 1.218 Ab
17.442 ± 0.668 Bbc
15.705 = 0 668 AR13.954 = 0.463 Ac
0.0502 = 0.00S4 B
0.0642 = 0.0098 B
0.0727 = 0.0099 B
0.0768 = 0.0101 A
Media: seguida: de = de:no padrão. Letra: mniuscula: comparam media- entre as área1; (linhas) e Wrr»s minu-tula- com p itim mtdu-. «nu*
p ro fu n d id a d e *. d« um n
ilf t n n i m
M.éài:n segniias poi '« m : iguais nao àiiei em estansricamente entre si (p«ão te:i« ae 1 uKey a
” 1)6 (seis) repetiçoe: - * 03 (três) repetições
Esquema estanstico: (1) - Analise de variánria com 01 fator (tratamento) - (2) - A nilhe de variância com 02 fatores (tratamento x profundidade) C omparaçòe: somente
entre o: sistema: no me:mo tipo de solo (Medicilíndia e 1'ruara).
62
O
O
61
5.1 SOLO DE MEDICILÂNDIA (ÁREA SEM QUEIM^AAAA SC/TR, COM QUEMA CQ-TR E
M A TA M-TR).
5.1.1 Estoque de serrapilheira (ES) - Matéria Orgâniccccca d«So!o (MOS).
O m aior estoque encontrado de ES foi para SQ-TITrrR, o n 11,158 t/ha, seguido M -^R,
8,753 t/ha, e CQ-TR. 1,997 t/ha. Os valores confirm am ai 111 teselt que a serrapilhdra é vartável
de acordo com o ecossistema considerado e seu estágio siuuuacesíoial (DELITTI, 1>89).
O ES na M-TR está de acordo com a descrição fe;i:i:iita ei outros trabalhospara árens de
floresta; 6,39 t/ha e 5,34 t/ha, em solos secos e molhiaaaados respectivamente >ara Floresta
A tlântica - Interior de São Paulo (VITAL et al., 200411W); 71'. t/ha, em floreia tropical
M anaus-Amazonas (CORREIA; ANDRADE, 1999), e jpppoara kresta plantada o m eucaliPto
de 07 anos, 7,46 t/há, município de Três Marias - MG (G ////A M /-IO D R IG U E S , 1*97).
Pressupõe-se que o alto valor de ES tem relação iddddiret;com o manejo dcsistem a SQTR, que além do incremento de espécies legum inosasssss coi o propósito de produção de
biom assa vegetal, existe ainda a regeneração natural
dai
11
vegtição da área qui é
m a n e ja d a
para o mesmo fim.
Algumas leguminosas arbóreas por desenvolverceeeem-s le forma vigoresa em solos
onde a fertilidade é fator limitante para a maioria das esp>ooeécie:vigetais, têm side em pregadas
com o objetivo de fornecer nutrientes para espécies em ccccoonsóou ou para recuptrar os níveis
de matéria orgânica de solos degradados (CORREIA; ANiriTDRA)E, 1999).
Esse sistema, fundamento dos sistemas de roç;aaaa sei queimar, prova’elm ente irá
contribuir positivam ente para a manutenção da fertilidacilddde dcs>lo, pois promere condi<;<)es
favoráveis às propriedades físicas, químicas e biológicas (ddddo sco tendo em vista jue a adição
de
cobertura
ao
solo
pode
aumentar
considerave±bH m ere a
infiltração, reduzir
a
62
evapotranspiraçãoeaea de matéria orgânica do scoccolo, altm de estim ular a> aynunkades
m icrobianas (CORlii;^NDRADE, 1999).
No sisterru ioo, as coberturas (no caso, a u a i vegetição m anejada eincnnenio de
legum inosas). subttina serrapilheira original, seeeeendo un m isto de fonü dt cartono,
energia e habitat. In u;nto na disponibilidade de eEcnnnergia.associada à exist;ncú de n^vos
habitats favoráveis àdcização, contribui para um aauuuumentt da densidade e Ihesidace de
todos os grupos dafau 2 solo. Essa prática de m aneyyyyo tem sido considerada com) unu dos
processos chave pa-; miutenção da estrutura e fertiililiülidadedos solos tropicas (CORRÊA.’
A N D RA D E, 1999)
Diversos etidscom leguminosas confirrm aaaam a contribuição que estis d?o à
m anutenção da qiaicd do solo. As legum inosas; i i ; guanui (Cajanus Cajai), eucei*a e
m ucuna-preta (Stiltz)bi aterrimn), promoveram auinunmentono teor de matéra cr»ánici do
solo em função do n;ta; vegetal depositado na s u p e rrtttflc ie d» solo (MARTINS et a.. 19 *M).
A incorponçú os restos vegetais das
keeeegumirosas promoveu urn aum>í'lto
proporcional na pncuicem grãos da cultura de sojnnnrgo, qie havia sido plaital) con> as
leguminosas. Verifciueiue a deposição de m a te r ia lllll fisiohgicamente inerte na sjperfície>
as leguminosas fora;ca utilizadas como banco d e : ::
proteíias, contribuíram pa-a elevü' o
percentual de materaoiâica do solo (MARTINS et akhhlil., 1990.
Para o sistem QrR, 0 valor de ES na o rd e m n m de 1, >9 t/ha, encontrase xixo, p°*s
em decorrcncii da |iei;la, parte da serrapilheira sooooofre conbustão, liberandt aizas ri^as
em bases que se incmui ao solo. A quantidade de rceeeesíduosvegetais sobre o :olo lecres^e>
juntam ente com oí edos alterados existentes no>>>> interiir do solo. A qiantdade de
serrapilheira diminii snicativãm ente depois da quuuueeima, t continua decres:erd) coin 0
tempo (MARTINS <t il 190).
63
A queim a de áreas para fins de plantio ou colheoeeita em efeitos negativts drást- 08
s o b re as populações de animais do solo. Além da elim inaaaaçãodreta de praticameite todo os
a n im a is que vivem na superfcie do solo, a destruição >>» da ;errapilheira esgoia a fon e de
c a rb o n o e energia e desestrutura o habitat. Sem esssssa s condições e sem habitat a
reco lo n izarão , quando ocorre, é lenta e restrita a poucoDoas gnpos (C O R R EIA ; /NDRA?^»
1999).
Inúmeras modificações das propriedades físicas, qqqquímcas, m ineralógicas t biológvas
do s o lo ocorrem a partir do momento em que o sistema naaaaturl é destruído pelo ftgo e o í^ 0
u tiliz ad o para o cultivo é depois abandonado à capoeira (CZCDERJIet al., 1985).
Os valores de estoque de MOS são de 94 ,Ü S £ 8 tAa, 88,48 t/ha, e *0,28 tha,
respectivam en te os sistemas SQ-TR. CQ-TR e M-TR. N ãáddo hídiferença significatva en t‘t os
sistem as. Isto pode estar relacionado com o fato de e sse : j ; sol. ser de alta fertiliJide naiua*E ntretanto, o valor maior foi encontrado na área SQ > M - ll 11 R >CQ-TR.
Essa constatação permite deduzir que a queima daaaa vejeiação im plicou na liminui'30
do estoque de MOS na área. Teores menores de MO foDODramcnservados, após aqueim a ^ 3
vegetação, em solos tipo aluvial eutrófico dc textura areno 999sa (IEZERRA et al., l 0^ ).
Entretanto, a diminuição do teor de matéria orgânuiiiiica d solo sob cultivo rão se <kve
unicam ente à redução da quantidade de resíduos adicionnnnado, mas tam bém ao
a im e n to
da
ativ id ad e microbiana, causada por melhores condiçõesses d aeração, temperauras i ^ ,s
elev ad as e alternâncias mais freqüentes de umedecimento » • • e seagem do solo (S T E V E N S C N ,
1982 apud MALCHIOR1 JÚNIOR. 1999).
É oportuno estudar a correlação entre a MOS e o tt tte o rk argila para os s.semas CQ‘
T R e M-TR, pois o alto teor de argila comum em solos tippppo trn roxa, pode ter :ifluenciíd°
com plexando húmus, atuando como fonte de Al e Fe, eeee cortrindo estabilidacea m aié’’a
64
oiqg^áânica do solo («FvLDES, 1995). Daí o fato de não hanaaavr diferença significati\aeit'e °
esttcoo)que de MOS eir.Q-TR e M-TR.
Na compaiç entre sistemas onde houve a quuuueeina da vegetação, com 5jttcas
oirjg’éâânicas, práticas oencionais e área de mata nativa, emnnm s«lo podzólico vermelho arai^0’
eotmasstatou-se a dimiuo dos teores de MO do solo (GERVAAAMDES, 1995).
5..A...12 C arbono orà:o do solo (Corg) - Nitrogênio ttttto a l do solo (Ntotal) - i.eaÇao
C aurrrbono orgânico? trogênio total (Corg / Ntotal).
Os estoque:drorg e Ntotal seguiram a m esm a tt t tteidência observada para a
coirmm m aior estoqueuio sistema SQ-TR, depois para á r e a n u N-TR, e posteriormente pír;
T!Pl...
Estoques cretes de matéria orgânica em solos
anazônicos foram atribuílis ao
auirmmento da fitoma;a)rodução de matéria orgânica bruta 1 1 1 c<m a sucessão (VIEIRA. 9*0Não há difen estatisticamente significativa entreeee; airea SQ-TR e M-TR pari u»)r8 >
com m i valores de 4 5 ,5 a e 4 3 ,9 0 t/ha, respectivamente. PoDDDirén, entre o estoque obsenalc' n0
si:s’.t(eesma M-TR comalo ao sistema CQ-TR, com 36,56 t t t t t / h , existe diferença sign:fcitva>
conrm i maior estoqu
Corg para área de M-TR. Resuuuuiltdo com m aior quantidue de
Coirrrjgânico para árednata também foi encontrado quanddddco om parado à sistemas ccn :ana'
de-<aa<içucar, café e mhGONÇALVES; CERETTA, 1999).).).)..
A quantidac tearbono orgânico acum ulado no
sg g g co I i
depende fundamentalnitne Qa
qu;airm tidade de masi :a produzida pelos sistemas de culilililltua (GONÇALVES; C E R i^ A ,
19‘9>CÇ9). Este com ponnto pennite dizer que o estoque de <( ( (Ccg na área sem queimar c rt?lor
enru lffunção do manei )tado, caracterizado pela grande prccccodção de biom assa vegetal
O estoque d<Cg na área de mata é m aior do que nnnnia rea queimada, porque en ío1°s
courmii cobertura vegtmatural, o Corg encontra-se em
cuilíbrio dinâmico, com t(Ores
praittiiicamente constatcom o tempo. Essa condição é alterr:r:rraa quando o solo é submíteo 30
cuillttnwo, e um novo qibrio é atingido num nível que varnnrriami razão das caracterísciuS do
sisttieerma de manejo M o . Nos trópicos, a introdução d e ; ; j sitemas agrícolas em áreai o*5™
vegetação nativa resulta, geralmente, num a rápida perdi de C orgânico, em virtdd;
com binação entre calor e um idade (G ON ÇA LV ES; C E R E T ÍA , 1999).
Neves et al. (2004), acom panhando sistem a agroslvipastoril com parado à áídt
m ata, também verificou dim inuição no estoque de carbonc orgânico do solo, em funaco
m anejo, atribuindo tal com portam ento ao aum ento da o>idação de com postos orgáis,
ruptura mecânica dos agregados e exposição da superfície do solo ao im pacto das goi:e
chuva.
Os estoques de Ntotal ficaram em 3,34 t/ha, 2,30 t/ha e 2,17 t/ha, para áre sn
queim a, mata e com queima, respectivam ente.
Existe diferença significativa entre a área sem queiirn, com parando-a as dem ais r<,
e não existe diferença significativa entre a área de m ata e a áiea queimada.
Novamente o manejo do sistem a pode ter influenciindo no aum ento do estoqe;
Ntotal na área sem queima, pois a adição de resíduos de legim inosa reflete em acrésciro)
N total do solo em diferentes sistem as de preparo (convencioial, reduzido e sem preparo
A intluência exercida pela presença da legum inosa não significa apenas a adiço:
carbono orgânico ao solo, mas, também, ao fato de ela fx ar nitrogênio do ar, meca;
bactérias do gênero Rhizobium.
Aumento no estoque de Corg e Ntotal em sistem as agrícolas está associado ao ia
aporte de resíduos vegetais retom ados ao solo, tam bém foi constatado por Leite et al. (20
Esta constatação permite dizer então que o estoque de serrapiheira influenciou positivarei
na matéria orgânica do solo, através dos indicadores C org e Ntotal, na área sem queima.
Por conseguinte, por meio dos benefícios causados à fertilidade e à estrutura do o
as aplicações dos compostos orgânicos podem aum entar o rendim ento das cultun,
portanto, contribuir para ganhos ainda maiores de C org e N btal, a partir de m aior apon
resíduos vegetais, promovendo uma relação de causa-consequincia.
66
A área onieima, apresentou o menor estoque332; dt Ntotal no solo, in d ic a io ue
houve m udança 1 . obrtura vegetal. Esta constatação tamhhhlbén foi encontrada em estuo ),n
cronossequêncií leforesta-primária cupuaçu, em trabaaaailht desenvolvido por Moti e
M alavolta (2000 u< afirmam ainda que a d im in u iç ão ))) di Ntotal pode está assccu a
m udanças signifc.t'a na estrutura do solo, afetando a suaaaaiatvidade biológica.
O
estoqu;liítotal foi significativamente maior í i n r u í r e a sem queima. P resaiõse
que o sistem a dtnç sm queimar pela sua prática de aduliliblbaião verde com o uso de eséeS
da fam ília das ltginnsas, possibilita que quantidades exxxxcprssivas de nitrogênio p o lm er
adicionadas ao s)b ps incorporação destas plantas, em 1 1 1 fuição da fixação biológicai’te
nutriente. A praiiad adubação verde com uso de leeee?£uninosas resultando em \c°r
necessidade de itliaão de adubos nitrogenados minera-a-aras para que altas produti/iaeS
sejam alcançada.^}.RETO, 1999).
Na relaçà)Gr / Ntotal, com exceção da protunnnmciiade 10-20, quando cornpr^
com a m esm a pnfiniade da área com queima, todas as c ( c cdínais profundidades da áie snl
queimar apresenaai menor relação Corg/Ntotal. EstCCCte om portam ento está ligac :1
qualidade da mat:ra>rânica presente na área sem queim aaaau, |ue pode ter relação ao is ,aí>
leguminosas, corutitío verificada por Amado et. al. 199999)6,que indica que a u tiliz íço ^
sistemas de cultua: uuncluíam leguminosas determinarannnrn , grande adição de resídic c1*3
se refletiram em aráshos no Ntotal do solo.
Amado et d.( 1>96), também identificaram que aaaai dminuição da relação CT
cronossequência li Icesta-primária - cupuaçuzal, esteeee 2*e relacionado ao aum eit *:l
população de legmicas, que promoveu mudanças siggggjrilcativas na estrutura di o0,
afetando sua ativiiaUbjlógica.
E de se considerar ainda que mudanças
relacionados à uma série de fatores, como clima,
nos tecres de N total do soli
pH , atixidade m icrobiana, proprxcf
físicas do solo, manejo, vegetação e material de origeeeeem (LONGO, 1999).
5.1.3 C arbono da biomassa microbiana (C m iccccc) - Reação C arbono microban
carbono orgânico (Cniic / Corg) - Respiração 1 H IB asal (Resp ) - Q uociente metbti'
(q C 0 2 ).
Os valores de Cmic foram maiores em todas ta a a a s profurdidades no sistem a SQ-T., 01
diferença estatisticam ente significativa, comparado aaaaaos sistenas M-TR e CQ-TR. N o :snl
SQ -TR, os valores variam entre 226,49 e 948,32 pg (CCCC.g1, pan as profundidades 20-30m
05, respectivam ente. O sistema CQ-TR teve os meno:>ODDres estoqaes para todas as profundiít
Redução do C microbiano em função do cultivo tamfcbbbbém foi observado por Cerri et al. (95
Em todos os tratamentos o comportamento dcoodo Cmic apresentou decréscim o de c-t
com o aum ento da profundidade. Em cada uma das; >>> três áreís, houve diferença s ig n itú 1
entre as cam adas 0-5cm e 5-10cm. Entre a cam ada lKH<10-20cm t 20-30cm, não houve dilnç
significativa. M aior atividade microbiana, e por conasiaaseguinte naior estoque de C micrbn
nos prim eiros 15cm iniciais, também foi constatado pjoopor Cerri ;t al. (1985).
No sistem a M-TR, ficou entre 170,19 a 637,(,CCC67 49 pg C.g' , para a profundidae(
30cm e 0-5cm , respectivamente.
No sistem a CQ-TR, que apresentou os m enojnnnres valor;s para todas as profundiaj'
ficou entre 146,33 a 265,14 49 pg C .g'1, para as carm nnnadas 20-50cm e 0-5cm respectivaiQt
Isso indica que o m anejo-tratamento influenciou na diiliiilinâmica ca biom assa microbiana.
Com a rem oção da cobertura vegetal, 0 ciclooooo de equiíbrio dinâm ica na ciclagnj,
nutrientes é quebrado,
alterando a qualidade e;J2 3
a quaitidade
de
m atéria orgna
Consequentem ente, há uma diminuição da atividadeseee microbima, principal responsávc jl;
ciclagem de nutrientes e pelo fluxo de energia dentrooooo do soloe que exerce grande inflèii;
tanto na transform ação da matéria orgânica quanto ddddda estocajem do carbono e mineras^
seja, na liberação e 11a imobilização de nutrientes (K\NNMALAV0LTA, 1987). Os efeitoski
3
pertu rb ação nas propriedades do solo interferem na <ccccapacidade de regenerar a florts 1
m esm o n a introdução de outras plantas.
A diminuição da biomassa microbiana foi obs;eeeervada por Cerri (1985), em áE-q"
tinha sido queimada para o plantio de sistemas aggggrícolas. Para o estudo citad«,;se
com portam ento foi atribuído à destruição da biom ass;aaaa superficial pelo fogo, decornn ?
aquecim ento e da perda de água consecutivos à queirmnnna, e tam bém , à uma inadaptaçud'’
m icroorganism os p&-a utilizar o carbono do húmus c c td o solo, uma vez que, com c g’
rom peu-se o suprimento de substâncias orgânicas n«oooovas, derivadas da vegetação /n "
serrapilheira.
Entretanto, alguns anos após a implantação ( t c dos cultivos, há uma adaptaçi
m icro flora e da micro fauna, e também produtos orgânnnnicos novos são gerados pelas jht?
cultivadas, principalmente pelas raízes, restabelecendcoooo a biom assa no solo (MARA^IO
1982). M esm o assim, o tempo de recuperação-reestabel:l:l;lecimento do sistem a CQ -TR, i ã f 1
suficiente para alcançar teores de Cmic próximos ao sistMrtctema M-TR.
A inda descrevendo sobre o sistema CQ-TR, veeeerificam os que M aranino (1981)^
estudo nos cultivos convencionais, percebeu que a aeeeeeleração da mineralização da nari1
orgânica do solo, inicialmente e posteriormente por uimanna indução a m ineralização da peri1
biom assa, aliados à menor disponibilidade de C orgâmnnnico no solo durante todo o ci<l<cf
cultivo, não pennitem o reestabelecimento da biom assa rnnmicrobiana.
O
fundamento Cmic/Corg foi menor em todas aaaas profundidades para o sistemi ÇT
TR, indicando que o Cmic tem menor participação
no Corg do solo, mostrando bxl
qualidade nutricional do solo. Cerri (1985) estudando urrmnna terra roxa estruturada submetdai’
cultivo com algodoeiro por dez anos encontrou valores idddde C microbiano / C orgânico nafx 1
de 0,7 a 0,8, valores que são menores à um sistema com 111 mata nativa adjacente.
N o sistem a SQ-TR, a relação Cmic/Corg foi maiiiiitiorsignificativam ente para isl'3*
cam adas iniciais, quando comparado ao sistema CQ-TR.l.1.1, iidicando que na área SÇ-'^ A
q u an tid ad e de carbono imobilizado como biomassa microbbbbiaia foi maior.
O s teores de Cmic/Corg no sistema M-TR est;t;t;tão de acordo com a bibli);a1:l
consultada; 1,7% para O-lOcm (GERALDES et al., 1995555). 1,3% para O-lOcm; 1,29
lOcm (C E R R Ie t al., 1985).
Em todas as áreas existe uma tendência para dimiiiiiiinução da relação Cmic / C*r inl
função da profundidade, indica que vai caindo a qualidadeeee nuricional, e pela m enor atvia*c
m icrobiana.
A respiração basal tem sido maior no sistema M-TRRRR, p ra todas as profundidades.vl1*
existe diferença apenas na camada inicial entre as áreeeeas, todas as dem ais não d f ê11
estatisticam ente.
Indica que o sistema M-TR está ddddespendendo C 0 2 pela ati'iaJc
m icrobiana.
Vale destacar que os valores de respiração basal c c td e srito s na literatura são bistfrc
variados. Insam et al. (1991), analisando amostras proveeeenieites de solos cultivados ;cn a
m esm a cultura por até 77 anos, observaram que a respiraçççção >asal variou de 8,40 a 335 \ &
g"1 dia
de C -C 0 2 no solo. Rodrigues et al. (1994), por suaaaa vtz, constataram que a respr;?°
basal, em solos coletados sob condição tropical, variou de ; ; : 6 ,.' a 20 pg g ’ 1 dia _l de C-CCi*0
solo. Tal variação pode ser influência da diferença entre ; ; ; as ases de decom posição di
(BALOTA et al., 1998), ou com a precipitação pluvvvvionétrica, temperatura do a c
consequentemente, da umidade do solo (ESPÍNDOLA et al.1.1.1., 2)01).
Em todos os sistemas, as quantidades de C -C 02222 esprendidas decrescem o i 3
profundidade de am ostragem, refletindo os maiores contttititeíuos de carbono, bem co n i()S
maiores teores dos nutrientes nas camadas superficiais.?.*.}. Como nas camadas inicias ?e
encontram os melhores índices de MO, sugere que atividaaaade nicrobiana é fortem ente lgda
70
ao substrato orgânicc ispindola et al. (20 0 1 ) tambérmnri observou resultados parecido; e?e
e m sstem a com eucaipc e mata nativa.
O m enor valer de quociente metabólico foi cccconstatado na área sem queimiris’0
significa que a b io m sa está se tornando mais eficiemnntte para a liberação, pois tem artr*
ta x a de respiração, Sepxido Espindola et al. (2001)^,1,l, o q C 0 2 decresce com o tenj
suceisão em um ecosiítm a, pois, na medida em que ( ( o ecossistem a se desenvolve, o^c 11
m a is condições para i cbrevivência dos m icroorgannsssm os no solo, reduzindo a eneg
m anitenção requerid;. Segundo Balota et al. (1998)),),), a respiração basal por unidie
Ibiom issa m icrobiana linnui em agroecossosistemas rrrrrmais estáveis. O utra possibilidalié 3
de qie altos teores te Cmic e baixos valores do qjquuociente m etabólico, sugerem qe a
1biom issa microbiana, firciona como um compartimemnnito de reserva de nutrientes, e\iti<°
] perda; através de pro;eíos de lixiviação. Comportarmonento observado por E spindolaeaM
' (((2001), na região da Báiala Fluminense.
5.2 S )L O DE U R U A I/ - (ÁREA SEM QUEIMA - SíÇÇQ-LA, E Á REA DE M ATA - V-A*
:: 5.2.1 Estoque de serri|ihcira (ES) - Matéria orgâniiddea do solo (M O S).
O ES encontrad) 10 sistema M-LA, foi maior, 7,',í,í,99 t/ha, do que na área SQ-LA,64^
111 t/ha.
O valor de MO> tanbérn seguiu a mesma tendêínnncia, sendo m aior no sistema N-A’
i i icom <0,26 t/ha, do que íaárea SQ-LA, 76,49 t/ha. Porcééénn, não existe diferença signifi:a\a
( ( ientre ;s áreas.
Isto sugere quea>se alterar o manejo, a m atérrnria orgânica sofre rápidas alteriç^’’
;; ;atingiido um novo equlbiio, sendo maior na mata natunuiral, menos em culturas perm an^^'
( ( ((BAL)TA et al„ 1988)
Um outro fator que corrobora positivamente para o >>i aum ento da serrapilheira ncske
que o cultivo do cacau é considerado um cultivo protetor ddddo solo e econom icam ente acbaí0
para o am biente regional da Transamazônica (M ORAIS; S/A /A N T O S, 1986).
A biom assa da vegetação secundária em solos áciddddos e degradados quando corvti 3
em cinzas, não aumenta o status nutricional do solo. Assi;i>i;im, sugere-se o uso de prátc? e
m anejo da biom assa da capoeira que sejam alternativas paaaara a derruba e queima. Portuoe
im portante que a biomassa seja utilizada como cobertura 1 1 1 m orta ou que as capoeiras tjr1
enriquecidas com espécies de valor econômico (M ED EIRO )33S; CARVALHO, 1997).
5.2.2 C arbono orgânico do solo (Corg) - Nitrogênio (ttto ta l do solo (Ntotal) - Rilçí*
C arbono orgânico c nitrogênio total (Corg/Ntotal)
Os valores de Corg e Ntotal foram maiores na áreessa sem queim ar do que na á \ P
mata, havendo diferença significativa para ambos.
O
estoque de Corg e Ntotal na área sem queimar, 1f 1ficaram em 38,22 t/ha e 2,4) h’
respectivam ente. Para área de mata, ficou em 35,66 t/ha i u e 2,01 t/ha, para Corg e Wtr
respectivam ente.
Novam ente pressupõe-se que o manejo da área ssssem queima, com incremeitic 2
leguminosas, foi responsável pelo aumento no estoque d e ) 33 Ntotal, pois as leguminosísei 1
potencial de fornecimento de nitrogênio no solo atra w rv és da fixação biológica, ef
decomposição de folhas, caules e raízes, e pela morte de nóooodulos (ESPÍNDOLA et al., 1(1 ■
Solos deficientes de nitrogênio, as leguminosas fixadorassss competem com vantagerr h1
espécies não nodulíferas ou não leguminosas e são uma altltltltemativa importante e econ>rcl
para adicionar o nitrogênio ao sistema solo-planta-animal (ESSSSPINDOLA et al., 2001).
Entre as espécies leguminosas, mucuna-preta, usadaaaa na área sem queim a em e:ttc
mostrou-se com m aior potencial para a proteção do solo connnntra a erosão, quando c o m p a n i 1
72
c ro ta lá ria e labelabe. Na comparação feijão bravo (Croocotylia floribunda), m ucuna c iz ^
( S tizo lo b iu m niveum) e feijão guandu (Cajanus cajan), a 1 1 im ucuna preta novam ente apree ^11
m e lh o r potencial para cobertura do solo (M EDEIROS; C M A .R V A L H O , 1997).
Para o fundamento produtividade total de maa<atéria seca, entre 14 e s p é a s ^
le g u m in o sas estudadas, o labelabe, o feijão-de-porco >> e o guandu-com um , este ttK>
em p re g ad o também na área sem queima em estudo, foramnm as espécies que mais m ostram ^
p ro m isso ras (BARRETO; FERNANDES, 1999).
Portanto, o incremento de leguminosas m o stra-se;e: com o estratégia prom issora aia
m an u ten ção da sustentabilidade dos sistemas em estudo.
Um a outra contribuição importante da legum inossssa para o m anejo sem fogo, e:ác
abafam ento das espécies de crescimento espontâneo da áreeeea. Sendo esse um dos o b je tiv sIS
roça sem queimar. Nessa perspectiva, a mucuna-preta, m nm ostrou-se ser a m ais efic ien ttf 3
este abafam ento de espécies de crescimento espontâneo, c i (quando com parada o feijão-brve
feijão-guandu (JUCKSCH et al., 1998).
Para o estoque de Corg na área de sem queima, o » ) aporte de m aterial vegetal taibn
deverá ter influenciado positivamente, pois resíduos orgãâíânicos depositados no solo, aóa
decom posição, são essenciais no processo de adição e perddcda de C orgânico do solo (D O iA
1 980).
A relação Corg/Notal é maior na área de mata param a todas as profundidades, istoi(e
estar relacionado ao fato de que na floresta p rim á ria ,,,
dim inuição da mineralização da matéria orgânica do
o aum ento da relação C /N ia
s g g ío I o
geralm ente ocorrem pelaa 3
quantidade de folhas, ramos e galhos, que são de difícil dddlecom posição (V IEIRA; SAN O ’
1987).
5.2.3 C arbono da bioma^si microbiana (Cm ic) ------ R elação C arbono microba> c
carb on o orgânico (Cmic / (org) - Respiração B a sssía l (Resp ) - Q uociente met;bi;p
(q C 0 2 ).
Os
teores
de
Crmc entre
os
sistem a
SQQQ}-LA
e
M -LA ,
foram
d;fcrit's
significativam ente somente eitre a primeira profundddiidade. Para as dem ais, não bive
diferença significativa.
No sistem a SQ-LA, c Cmic ficou entre 191,15 |.}4 p g C.g ' 1 e 300,75 pg C .g ' 1 . ]a
cam adas 20-30cm e 0-5, respectivamente. No m esm o sisssstem a,quando se estuda o efe.ti it'e
as cam adas, verifica-se que eriste diferença apenas daaaas duas cam adas iniciais, mosr*f°
m aior atividade microbiana pa a as camadas iniciais. O ( c cdecréscimo da população micnhf 3
em
profundidade
deve-se [rovavelmente
às
condiúridções
m ais
desfavoráveis pir 0
desenvolvim ento dos microorganismos, tais com o a rrrm en o r aeração do solo e a ni(,r
disponibilidade de matéria orgáiica (LUIZÃO et al., 199ÍIM1).
No sistema M-LA. o Cnic ficou entre 184,01 e 444120,88 p g C.g"1, para as carnais^*'
30 e 0-5cm, respectivamente.
Entre o sistem a SQ-L/
e
M-LA, houve diferennm ça significativa entre o
e s to q u d e
Corgânica, com m aior estoque para a área SQ-LA. Entititiretanto, a m esm a tendência nxft'1
acompanhada para o teor de Cmic, pois houve diferençççça significativa entre os tra:aneOs
apenas na camada inicial. Teo-es de C orgânico tendernrrm a dim inuir e não necessarianite
levam
à
redução de C microbano do solo, pois esses
valores nem sem pre se
r e l a ;»*!1'1
(WARDLE, 1992).
A relação Cmic/Corg decresce de acordo com o auum mento da profundidade para o <’is
sistemas. Entretanto, as menores relações de C m i c /C o r g ; f o r a m encontradas no sisten; Q '
LA. em todas as profundidades, indicando que os maioooores teores de carbono imobilzl(i
como biomassa microbiana foran maiores na área de floreeessta.
A respiração basal foi maior em todas as profuinnndidades no sistem a SQ-LA d o ^ ii 1
área M -LA, com valores entre 17,110 e 22,803 pg C-CíCCC^.g"1 solo d ia '1, para as profunade
20-30 e 0-5 respectivamente, indicando que a com umiiiiidade m icrobiana nesse ecossisea :
m ais ativa. Um m aior valor de respiração basal podidde ser reflexo da m aior depositãd
m atéria orgânica, reserva c fluxo de nutrientes (FERNAVXANDES et al., 1997).
Com parado a área de mata, existe diferença apeeeenas entre a segunda profundidaid
5-10, para as dem ais não há diferença significativa.
O
quociente metabólico foi menor no s is te m a m M -LA para todas as profundiles
variando entre 0,0502 e 0,0768 q C 0 2 para as profimcdddidades 0-5 e 20-30, respectivanít
Parece ocorrer uma relação inversa entre a biom assa irrm icro b ian a e o quociente m etalóo
sugerindo que, em maiores teores de C, podem ocorreeeer aum enta da biom assa m icroba
dim inuição do quociente metabólico. Resultado encontrrrrado tam bém por Balota et al. ( 9i)
em estudo com cultura trigo/soja e trigo/milho.
75
6 CO N CLU SÕ ES
1 . O estoque de serrapilheira no solo, a biomassa m icrobiana de carbono, os teores de carbono
o rg â n ic o e nitrogênio total, a respiração basal e os índices derivados (relação carbono
o rg â n ic o / nitrogênio total, relação carbono microbiano / carbono orgânico e quociente
m e tab ó lico dores estudados mostraram-se indicadores sensíveis às alterações ocorridas no
s o lo nos manejos estudados.
2.
N o solo de Medicilândia o sistema sem queimar apresentou índices favoráveis à
m a n u ten çã o da sustentabilidade do solo, quando com parado ao sistem a tradicional com uso
d o fogo.
3. N o solo de Uruará, o sistema sem queimar apresentou índices próximos ao encontrado no
s is te m a com vegetação natural, indicando que às práticas de roça sem queim ar favorecem o
restabelecim en to das condições e níveis desejáveis de fertilidade do solo.
4. O s agroecossistem as de “roça sem queimar’’, baseados nos princípios da agroecologia, são
c a p a z e s de estocar grandes quantidades de material orgânico, com tendência para estoque de
ca rb o n o e manutenção da fertilidade do solo, tomando-se, portanto, uma prática agrícola
p ro m isso ra para ser implantada nos Pólos do Programa ProAm biente, como um a estrategia
p a ra o desenvolvim ento da agricultura familiar em bases sustentáveis.
76
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