MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO INFANTIL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO. Mírian Trajano1 [email protected] Fabrícia Carla de Albuquerque Silva2 [email protected] Cleriston Izidro dos Anjos3 [email protected] Resumo: Este artigo é o resultado da experiência vivida no Estágio Supervisionado em Educação Infantil, o qual foi composto de observações, elaboração de uma proposta de trabalho e intervenções em uma creche da rede pública do município de Maceió - AL. O projeto foi desenvolvido na turma do Maternal II da referida instituição, sendo uma proposta se intervenção de estudantes do curso de Pedagogia sob orientação do supervisor de estágio da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O projeto intitulado ―A Arte de Cultivar e Preservar‖ voltou-se para a concretização de um sonho idealizado pela instituição, mas que não havia sido colocado em prática: a construção de uma horta na escola com a ajuda das crianças, afim de que elas despertassem para o interesse pela temática ambiental. Além disto, procurou trazer novidades, para a rotina escolar e nesta perspectiva, este não se limitou a criação de uma horta na creche, mas procurou sensibilizar as crianças e os docentes com relação à importância da preservação da natureza, a partir de um trabalho sistemático, atrativo e prazeroso. Para consecução do nosso objetivo, foram utilizadas estratégias tais como: aprender de forma lúdica e experimentações. Palavras - chaves: Educação Infantil - Meio Ambiente - Experimentação. 1 Graduanda concluinte do curso de Pedagogia da UFAL. Graduanda concluinte do curso de Pedagogia da UFAL. 3 Professor das disciplinas: ―Estágio Supervisionado‖, ―Saberes e Metodologias em Educação Infantil‖ e ―Arte e Educação‖ na UFAL. 2 2 INTRODUÇÃO A matriz curricular do curso de Pedagogia, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), traz como proposta para os estudantes do sexto período do curso: o estágio em Educação Infantil; com intuito de estimular no estudante o movimento de práxis pedagógica, no sentido de ação-reflexão-ação. Este estágio ocorreu no segundo semestre do ano de 2009, em uma instituição de Educação Infantil, fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed) e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O grau de escolarização dos pais/responsáveis varia muito, existem pais com Doutorado, Graduação, Ensino Médio e, também, com o Ensino Fundamental incompleto. Inicialmente foram feitas entrevistas, observações e levantamento da caracterização geral da instituição, bem como, caracterização de uma turma específica. Este movimento inicial é fundamental para a compreensão da estrutura, organização, anseios, práticas e demandas da instituição em que o estagiário irá contribuir e, simultaneamente, aprender. Por conseguinte, foi elaborado um projeto com o objetivo de estimular, de forma concomitante, reflexão e ações de valorização e preservação da natureza por parte das crianças e de todos os que compõem a instituição; foram propostas novas situações para a rotina das crianças, desenvolvendo experimentos, dinâmicas e brincadeiras relacionadas às questões ambientais e a criação de uma horta na referida instituição. A turma observada era composta por 15 crianças, compreendendo a faixa etária entre 2 anos e meio e 3 anos e meio, na qual havia duas educadoras: uma auxiliar de classe e uma estagiária (ambas atuando como professoras da turma). No que se refere à condução do trabalho pedagógico as professoras faziam revezamento: a cada semana uma planejava e ministrava as atividades nas diversas atividades diárias enquanto a outra auxiliava. A partir das informações obtidas na instituição, a avaliação das crianças é feita por meio de relatórios semanais, que procuram avaliar os seguintes aspectos: a 3 socialização, a oralidade, a matemática, aprendizagens ligadas à natureza e linguagem escrita. A partir da percepção da prática educativa, anseios e demandas da instituição, foi proposta a realização de um projeto relacionado à questão do Meio Ambiente, já que esta temática fazia parte do projeto anual da creche. Dentro deste tema macro, pensouse para o Maternal II B, em uma proposta de intervenção que aliasse os seguintes elementos: arte, contato com elementos da natureza, as brincadeiras, como forma de propiciar novas experimentações às crianças pequenas. Nesta perspectiva, surgiu o projeto: ―A Arte de Cultivar e Preservar‖, tendo a construção de uma horta como resultado de um processo rico de experiências e possibilidades. BASES PARA A CONSTRUÇÃO DO PROJETO Em conversa prévia com as duas docentes da turma lócus do estágio, percebemos que elas demonstraram ter boas expectativas, com relação ao Estágio Supervisionado, o qual seria desenvolvido no segundo semestre de 2009; ressaltaram que gostariam de projetos que envolvessem o brincar; e também mostraram interesse no desenvolvimento de projeto relacionado ao Meio ambiente, já que este era o tema do projeto anual da creche-escola. O brincar é essencial para o desenvolvimento da criança. Segundo Luís Camargo (2006, p.140) ―brincar é o modo de a criança descobrir o mundo‖, é através da brincadeira que a criança experimenta, aprende e descobre as coisas. E ressalta que ―um ambiente que possui plantas que crescem, animais que se desenvolvem, o chão de terra que se modifica com o sol e a chuva, oferece muitas possibilidades de descoberta para criança‖ (CAMARGO, 2006, p.140) e foi essa vivência que o projeto ―A Arte de Cultivar e Preservar‖ procurou trazer para as crianças, por meio da construção de uma horta, do contato com a terra, com a natureza, de conhecer o meio ambiente em que vivem. Além disso, procurou despertar nas crianças o prazer e a consciência de preservação da natureza. A sociedade atual é marcada pela busca da praticidade e pela valorização da compra de alimentos semi-prontos e industrializados. Em meio aos avanços tecnológicos e rotina da vida urbana, faz-se necessário uma maior atenção às questões ambientais, sobretudo, na escola. Inclusive, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998) explicita que o tema ―Natureza e Sociedade‖ deve 4 ser trabalhado de forma integrada, isto é, de modo contínuo e conectado com as diversas áreas do saber e que não se restrinja a datas comemorativas. De acordo com Elvira Souza Lima (2002), a criança que está na creche tem um contexto de desenvolvimento particular: o convívio durante a maior parte do seu dia com um grupo grande de crianças da mesma idade e um adulto. Assim, está em diversas situações de ações coletivas e compartilhamento. A autora ressalta ainda que, educar uma criança, significa auxiliá-la na exploração do seu ambiente, dos elementos que compõem a natureza e a compreensão das transformações realizadas pelo homem. Educar a criança também significa colaborar no domínio da linguagem oral e escrita e transmitir os conhecimentos que já foram acumulados pela humanidade, sem esquecer-se de permitir que a criança crie, imagine e experimente. Neste sentido, o Projeto ―A Arte de Cultivar e Preservar‖ buscou, inicialmente, analisar os conhecimentos prévios das crianças a respeito do cultivo de plantas, trouxe também significativas contribuições pedagógicas e sociais, pois, além de contribuir no desenvolvimento da imaginação, da motricidade e do raciocínio das crianças, o projeto procurou proporcionar reflexões que podem ser levadas para além do ambiente escolar, por meio da realização das atividades propostas, tais como: as experiências, as brincadeiras, histórias, os trabalhos manuais, entre outros. Tais atividades foram apresentadas procurando aguçar a curiosidade das crianças, levando em consideração a sua faixa etária e seus interesses. Com relação às crianças de dois e três anos, Carla Agulham e Amilton Novo (2009) afirmam: A criança de 02 e 03 anos está deixando de ser ―bebê‖, e esta afirmativa se dá porque ela já é capaz de manifestar seus desejos e frustrações. Autonomia é a palavra chave para esta etapa, porque já está apta para comer, escovar os dentes, ir ao banheiro sozinha. Chega então o momento de maior estimulação para as brincadeiras coletivas. Estágio de ampliação do conhecimento do mundo, momento certo para aguçar sua curiosidade [...] Mesmo que ainda centrada no seu eu, esta criança está cada vez mais atenta para a existência do outro. Gosta da companhia de outras crianças, mas ainda brinca isoladamente. É capaz de atender e entender as ―ordens‖ faladas sem fazê-las mecanicamente. Tem consciência de si e da posição que ocupa. (AGULHAM e NOVO, 2009, p. 03) Com relação à autonomia, na instituição lócus do estágio, logo nas primeiras sessões de interação com as crianças de 2 anos e meio e 3 anos, algo nos chamou a atenção: autonomia delas e o costume com a rotina escolar. Por exemplo, no momento do banho, pegavam suas mochilas sozinhas e ao retornarem para a sala, colocavam-nas no mesmo lugar que estavam anteriormente; ou quando chegavam à sala de atividades, 5 pela manhã, costumavam trocar os calçados por chinelos, contribuíam no momento de guardar os brinquedos, entre outras situações. Entendemos que a instituição de Educação Infantil deve proporcionar à criança o desenvolvimento de sua autonomia e dá subsídios para ela interagir com as pessoas e com o meio em que vive de maneira independente, apropriando-se dos diversos tipos de linguagens. Vale destacar que, entendemos pelo termo ―linguagens‖ todas as formas de comunicação e de expressão da criança pequena. Cabe ao educador promover e organizar atividades que despertem na criança essa autonomia, essa vontade de buscar o novo e para isso ela precisa se sentir segura e acolhida no ambiente escolar. No que se segue apresentaremos alguns apontamentos a respeito do desenvolvimento do projeto ―A arte de cultivar e preservar‖ com crianças de 2 anos e meio a 3 anos e meio de idade. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO “A ARTE DE CULTIVAR E PRESERVAR” O Projeto ―A Arte de Cultivar e Preservar‖ foi desenvolvido no campo de estágio em Educação Infantil, duas vezes por semana (dias de quarta e quinta-feira), nos meses de setembro, outubro e novembro de 2009, totalizando quinze encontros com as crianças: 3 sessões de observações e 11 sessões de intervenções colaborativas. O objetivo primordial do projeto era o de estimular a reflexão e ações de valorização e preservação da natureza com as crianças pequenas. Esta meta se ―desdobrou‖ em outras, tais como: conhecer os conhecimentos prévios das crianças, propor situações novas para a rotina das crianças, criar uma horta por meio do qual as crianças pudessem ter a possibilidade de fazer experiência de cultivar e preservar o meio ambiente. Na busca de aliar as demandas observadas, os objetivos expostos anteriormente e o Projeto anual da Instituição – ―Projeto Meio Ambiente‖, procuramos estimular a reflexão das crianças e de todos que faziam parte da instituição de Educação infantil através de ações de valorização e preservação da natureza com a realização de atividades voltadas para os interesses e necessidades das crianças. Tudo o que as crianças produziram, durante o Projeto, foi exposto dentro e fora da sala. Trata-se de algo muito significativo, tendo em vista que tal estratégia fortaleceu nelas o sentimento de protagonistas do processo pedagógico. Além disto, 6 Stela Miller e Suely Amaral Mello (2008) ao tratar a respeito de leitura de imagens com crianças pequenas ressaltam que: Essa leitura de imagens, essencial na sociedade cada vez mais saturada de tecnologia digital, não pode ser desconsiderada na escola da infância, pois não apenas prepara a criança para a leitura e escrita de textos, como também permite a leitura de informações antes que ela aprenda a ler textos escritos. (MILLER e MELLO, 2008, p. 29) Para que as crianças e os adultos da instituição levassem suas reflexões e ações para um ambiente extra-escolar, as atividades propostas foram pensadas, planejadas e replanejadas previamente na intenção de que fossem realizadas da melhor forma possível fazendo com que todos sentissem prazer em fazer parte do projeto e em levar a experiência vivenciada para além da escola. A primeira atividade do Projeto ―A Arte de Cultivar e Preservar‖ consistiu em diagnosticar os conhecimentos prévios das crianças, a partir de uma roda de conversa. Neste caso, foram feitos questionamentos ao grupo, tais como: Quem sabe o que é uma horta? O que vocês acham de construirmos uma horta aqui? O que vocês gostariam de plantar? De quais elementos precisamos para a construção da horta? Quais cuidados são necessários para as plantas não morrerem? Após a roda de conversa, com a turma do Maternal II B ainda sentada no chão, encostada numa parede, organizamos uma dinâmica, na qual inicialmente cada criança recebeu uma colher descartável e foi convidada a sentar numa cadeirinha (de frente para os colegas). Lá, a criança escolhida teve os olhos vendados e experimentou o pedaço de um vegetal o qual foi colocado na colher descartável entregue anteriormente. Para as crianças se sentirem mais a vontade, eram dados dicas das características dos vegetais. A maioria conseguiu identificar os alimentos. Todas as crianças foram convidadas a participar da dinâmica, porém, duas não quiseram; e tiveram suas vontades respeitadas. Por outro lado, algumas crianças da outra turma (Maternal II A) começaram a entrar na sala do Maternal II B querendo, também, participar desta brincadeira. Por conseguinte, dividimos a turma em dois grupos, formando duas ―rodinhas‖ no chão. Uma equipe recebeu um quebra-cabeça com a imagem de uma horta sendo cuidada em uma escola. A outra equipe recebeu um dominó com desenhos de vegetais. Após a brincadeira, os grupos trocaram os jogos. O envolvimento das professoras da turma foi de fundamental importância no trabalho com os jogos, pois estão mais acostumadas com o ambiente de Educação Infantil. 7 Para as crianças (2 e 3 anos de idade) o quebra-cabeça foi uma brincadeira mais fácil. Já o dominó, mesmo sendo aplicado de forma diferente da usual, algumas crianças não compreenderam, a princípio, a questão de juntar pecinhas com desenhos iguais. Apesar disto, em outros encontros, as crianças solicitaram que brincássemos novamente com estes brinquedos artesanais. Contudo, no geral as atividades foram proveitosas no sentido de introduzir o assunto proposto pelo Projeto ―A Arte de Cultivar e Preservar‖. As crianças ficaram atentas e refletiram um pouco sobre as questões da natureza, a partir do estímulo de diversos sentidos: paladar (ao degustar vegetais), audição (ao ouvir comentários e questionamentos), visão (ao ver imagens) e tato (no momento de montar o quebra-cabeça e juntar as peças do dominó). Nos demais encontros, contamos histórias, ouvimos músicas, e de modo coletivo foram feitos combinados a respeito do que iríamos fazer para preservar o meio ambiente, nesses combinados as crianças iam falando o que era correto fazer para preservar a natureza e a partir daí foi confeccionado um cartaz e colado na sala, em seguida foram confeccionamos junto com as crianças os crachás de ―defensores da natureza‖. Com relação aos combinados, é interessante ressaltar que é mais significativo, para as crianças, cumprir regras que elas ajudaram a construir. Por exemplo: pouco tempo depois de termos elaborado o cartaz de combinados com a turma, uma das crianças afirmou, ao retornar do banheiro: ―Tia tem uma menina no banheiro gastando muita água!‖. Nos demais encontros foram realizadas atividades como: a corrida ecológica com spray, dominó, quebra cabeça, confecção de cartazes ilustrando o que era certo e errado fazer em relação ao meio ambiente, um mural com as produções das crianças, pinturas (tinta de ovos, giz de cera), colagens de sementes e experiência com garrafa PET mostrando o que acontece quando jogamos o lixo nas ruas ou em local inadequado. Esta experiência foi ―narrada pela boneca Lilica‖, fantoche confeccionado com material reciclado, a qual possibilitou um maior interesse das crianças. Além disto, as crianças produziram uma maquete com massa de modelar caseira retratando como imaginavam a futura horta da escola. A partir da 9º sessão, iniciamos o plantio na área externa da sala de atividades. Dentre as hortaliças plantadas, junto com as crianças, destacamos as sementes de alface, de couve, de cebola, de cenoura, de pimentão e de repolho, bem como plantamos algumas mudas de ervas, tais como: capim santo e hortelã. As crianças, não só plantaram nos canteiros da horta criada para a creche, mas também plantaram sementes 8 de feijão em cestas confeccionadas com garrafa plásticas, para levarem uma lembrança do projeto para casa. É importante ressaltar o interesse das crianças desde a preparação da terra até o plantio, e após o plantio também, regando e tirando as folhas das árvores que caíam na horta todos os dias em que estivemos na instituição. Apesar de algumas das atividades não poderem ser realizadas da forma planejada, por conta das atividades da escola e da limitação do tempo de intervenção, buscou-se alternativas de acordo com a situação (isto é, a necessidade de flexibilidade no planejamento) e percebemos que as crianças compreenderam a proposta do projeto de preservação da natureza. De modo geral, pode-se afirmar que as estratégias didáticas utilizadas durante o Projeto foram as seguintes: problematização, apreciação, analogia e exploração. Estas estratégias foram muito importantes para o sucesso do projeto, fazendo com que tanto as crianças quanto os demais envolvidos no projeto pudessem interagir, experimentar e aprender em relação ao meio ambiente em que vivem. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho foi realizado com a intenção de possibilitar experiências de preservação do meio ambiente para as crianças pequenas, mobilizando-as e sensibilizando-as para que comecem desde pequenas a cuidar da natureza. Possibilitando esse processo de sensibilização e conhecimento através da criação de uma horta, de brincadeiras e de histórias, procuramos mostrar para elas as conseqüências causadas pela destruição do meio ambiente, para que elas pudessem levar esse conhecimento, essa mensagem de preservação da natureza para além da escola. Nas diversas sessões de trabalho ao visualizar as crianças mudando o percurso para irem ao banheiro, para passarem próximas à horta construída com a participação das mesmas, sentimo-nos felizes em perceber que gostaram deste novo local criado na creche. Inclusive, há um relato de uma professora que afirmou que uma das crianças, todos os dias vai até a horta e fica conversando com as plantas, ressaltando: ―ele gosta muito deste lugar!‖. As professoras da turma na qual realizamos a intervenção relataram que gostaram das atividades desenvolvidas durante o projeto. Uma das docentes relatou 9 ainda que vai utilizar em suas aulas, a proposta de pintura com a tinta feita de ovos, realizada em uma das sessões. Na condição de estagiárias, destacamos que o desenvolvimento desse projeto foi muito importante para nossa formação, pois, à medida que íamos realizando as atividades ensinávamos e concomitantemente aprendíamos muito com as crianças. Pode ser definido como um projeto muito bem elaborado e executado atingindo os objetivos propostos, e enriquecendo nossa formação. É válido destacar durante todo o desenvolvimento do projeto, tudo foi registrado: a nossa atuação enquanto estagiárias, a reação das crianças, o que foi mais significativo e o que precisou ser reelaborado. Estas descrições foram acompanhadas de avaliações diárias, que eram o suporte para as intervenções dos dias seguintes. Este foi, portanto, um momento ímpar de crescimento profissional para nós, estagiárias em Educação Infantil do curso de Pedagogia, no qual vivenciamos a prática pedagógica relacionando-a com a teoria. Ao longo das intervenções, fizemos alterações e adaptações em algumas atividades planejadas, pois fomos percebendo os interesses das crianças de 2 e 3 anos. Nossa expectativa é a de que as atividades desenvolvidas tenham sensibilizado crianças e adultos para maior proximidade com as questões ambientais; bem como, que a horta seja utilizada como local de experimentação e descobertas. REFÊNCIAS AGULHAM, Carla Cristine e NOVO, Amilton Algusto Alves. Práticas de artes visuais para crianças de zero a cinco anos. Curitiba: Pró-Infanti Editora, 2009. BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil: conhecimento de mundo. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. CAMARGO, Luís. ______. In: BUITONI, Dulcilia Schroeder. De volta ao quintal mágico: a educação infantil na Te-arte. São Paulo: Ágora, 2006. LIMA, Elvira Souza. Conhecendo a criança pequena. 4ª Ed. Editora Sobradinho: São Paulo, 2002 10 MILLER, Stela e MELLO, Suely Amaral. O Desenvolvimento da linguagem oral e escrita em crianças de 0 a 5 anos. Curitiba: Pró-Infanti Editora, 2008. 53p. 11 x 17 cm.