Indivíduo,
Sociedade e Cultura
Sociedade humana e “sociedades”
animais não humanas
Entre os insetos e alguns animais
podemos identificar alguns tipos de
“organizações sociais”.
 No caso dos insetos vemos o que pode
ser chamado de “divisão do trabalho”,
“hierarquia social”, “poder político”, etc.
 Mas será que podemos considerar essas
organizações com o mesmo sentido de
sociedade humana?

Quando comparamos as sociedades
humanas com a dos insetos é porque
estas sociedades apresentam certas
semelhanças com os humanos.
 Mas se analisarmos mais profundamente
verificamos que são substancialmente
diferentes.




As abelhas apresentam, durante anos e anos,
padrões de comportamentos idênticos.
Já os homens têm suas formas de organizações
sociais extremamente mutáveis no tempo e no
espaço.
O padrão de comportamento dos homens
brasileiros hoje são bem diferentes de 10, 20
anos atrás.

Os padrões de
comportamento
dos brasileiros
não são iguais
ao dos franceses
ou indianos por
exemplo.


A permanência durante anos do mesmo padrão
de comportamento das sociedades de animais
não-humanos se deve ao fato de se tratar de
herança biológica.
Já os padrões humanos são criados e
repassados através da comunicação simbólica.
Os comportamentos humanos são artificiais, ou
seja, criados pelos próprios homens.



As condições biológicas dos seres humanos nos
dão condição de nos associar a outros seres
humanos e viver e em grupo, mas não bastam
para que o homem desenvolva sua
sociabilidade.
Um organismo normal é condição necessária
para que o homem aprenda através da
comunicação
simbólica.
As
deficiências
orgânicas congênitas podem limitar ou até
impedir o homem do convívio social.
Apesar de suas características orgânicas o
homem não nasce social, ele adquire seus
comportamentos tipicamente humanos através
da socialização.
Socialização e comunicação
simbólica




Para a Sociologia a socialização, significa transmissão e
assimilação de padrões de comportamentos, normas,
valores e crenças, bem como o desenvolvimento de
atitudes e sentimentos coletivos pela comunicação
simbólica.
A comunicação entre os humanos se dá através do
símbolo.
A palavra é o símbolo por excelência, mas não é sua
única expressão.
A linguagem verbal é, portanto, o instrumento mais
importante de socialização.
Língua russa
ВЛЮБЛЕННОСТЬ И СВОЕ ВРЕМЯ
Влюбленностью будет привилегированность возмужалого
удлинено в самую узкую кровать,
то одно будет самое широкое и relvosa,
roçando, в каждой поре, небо тела.

Оно это, влюбленность: обеспеченный профит,
приз подполья и coruscante,
зашифрованное чтение молнии,
что, после того как я расшифровано, ничего больше оно существует
был действительно штраф и земное цена,
за исключением минуты золота в часах
очень мало, вибрирующ в сумерк.
Влюбленность выучено в пределе,
поже если всю науку
унаследовано, услышано. Влюбленность начинает поздно.
Língua holandesa

LIEFDE EN ZIJN TIME
(holandês)
De liefde is voorrecht van rijp
uitgebreid in het smalste bed,
dat één wordt breedst en relvosa,
roçando, in elke porie, de hemel van het lichaam.
Het is dit, liefde: de voorzien niet winst,
ondergronds en coruscante de prijs,
becijferde bliksemlezing,
ontcijferd dat, niets meer het bestaat
zijnd geldig de sanctie en de aardse prijs,
behalve de minuut goud in de klok
zeer klein, trillend in twilight.
De liefde is wat in de grens wordt geleerd,
na als het indienen van al wetenschap
geërfta, hoorde. De liefde begint laat.
Língua Brasileira

AMOR E SEU TEMPO
Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.
É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe
valendo a pena e o preço terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.
Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.
Carlos Drumond de Andrade


Apesar da socialização ser mais intensa na infância e
adolescência, ela permanece, pois as mudanças que
ocorrem em nossa vida ou em nossa cultura nos exigem
novas adaptações através da aprendizagem de novos
padrões de agir e pensar.
É através da socialização que o indivíduo pode
desenvolver sua personalidade e ser admitido na
sociedade.
Tipos de socialização


Primária: oferece ao indivíduo padrões de
comportamentos básicos para viver em
sociedade.
Secundária:padrões
de
comportamentos
especiais para determinadas posições e
situações sociais.Ex: nova profissão – novos
aprendizados, comportamento exigido para
aquela profissão.Casamento – nova forma de
vida.
Cultura



Vários significados: erudição, cultivo,
arte,ciência.
Na linguagem sociológica cultura é tudo que
resulta da criação humana.
Todos os homens possuem cultura, uma vez
que vivendo em sociedade, participam de uma
cultura. Assim também toda a sociedade,até as
que não possuem escrita, possuem cultura.

A
cultura,
compreendendo
conhecimentos,
técnicas
de
transformação da natureza, crenças de
todos os tipos, normas, é pois, o modo de
vida próprio de cada povo.
Cultura material e não material


A cultura não material refere-se ao domínio das
ideias: a ética, as crenças, os conhecimentos,
as técnicas, os valores, as normas,etc.
A cultura material é constituída de artefatos e
objetos em geral.Um quadro pintado por um
determinado artista, uma escultura, arquitetura,
até mesmo objetos do nosso cotidiano como os
aviões representam nossa cultura material.

A distinção entre cultura material e imaterial serve apenas
como objeto de análise, uma vez que as duas são
interdependentes.

Toda fabricação de um artefato está ligado a
conhecimentos e ideias que possibilitem a técnica de sua
construção, mas também valores da sua sociedade, como
a estética, por exemplo.

As transformações e criações materiais do homem, quando
incorporadas à vida social, tendem a afetar o modo de
pensar, os valores, as ideias dos homens a respeito de si
mesmos,de sua sociedade, das suas relações sociais, etc.
A invenção da roda é um exemplo, assim como a invenção
do automóvel.
Existem culturas superiores?




Para as ciências sociais não existe cultura
superior, nem inferior, apenas diferentes.
A ciência não pretende fazer juízo de valores,
além do mais, cultura é uma realidade
autônoma e só pode ser adequadamente
compreendida a partir de si mesma.
Quando classificamos culturas como superiores
estamos sendo etnocêntricos.
Etnocentrismo é a tendência a julgar culturas e
sociedades através de valores da sua própria
cultura.
O modo como uma sociedade se organiza
para satisfazer suas necessidades só
pode ser compreendida a partir de si
mesma.
.


A cultura nasce do trabalho do homem em
sociedade para transformar a natureza e
satisfazer suas necessidades.

Poderíamos dizer então que temos uma
cultura superior a dos indígenas?



A sofisticada tecnologia das sociedades ocidentais de
transformação da natureza tanto tem sido eficiente
instrumento de satisfação de necessidades como na
criação de problemas. Basta lembrarmos dos problemas
ambientais.
Além disso, além das técnicas a cultura também é
composta de ideias e modos convencionais de convívio.
Muitas vezes, uma cultura tradicional, de tecnologia
rudimentar, pode oferecer condições mais favoráveis e
conforto mental para seus participantes, na medida que
enfatize a cooperação e a solidariedade entre eles.
Além disso, não podemos classificar culturas como
superiores ou inferiores pois, uma cultura pode ser
desenvolvida em um campo e ser subdesenvolvida em
outros aspectos.
Cultura e necessidades humanas



Além da criação de meios para sobrevivência como
criação de instrumentos de caça, confeccionar roupas
com pele de animais para se proteger do frio, a cultura
compreende também ideias a respeito do modo correto
de fazê-las, isso é, as normas.
Uma segunda função da cultura é, portanto, a limitação
das necessidades humanas.
A alimentação humana é limitada pela sua cultura. Ela
organiza os alimentos que devem ser ou não comidos,
os horários e as formas de combiná-los.



Da mesma forma, a cultura também cria necessidades
para o homem.
As nossas vestimentas não são feitas apenas para nos
proteger do frio. São moldadas pela cultura. Tem função
moral e ao mesmo tempo está ligada à estética cultural.
É oportuno notar, que nem sempre a cultura se
harmoniza às condições orgânicas de nossa espécie. O
uso de paletó e gravata em países de clima tropical é
um exemplo do caráter arbitrário da cultura.


A cultura tem ainda a função de estimular ou
inibir alguma necessidade de nossa espécie.
Na Id. Média verifica-se uma acentuada
repressão sexual, atualmente observa-se uma
supervalorização das necessidades sexuais.,
resultado do movimento Hippie e da invenção e
difusão da pílula anticoncepcional.
Esses fatos mostram como não só nosso
comportamento, mas até mesmo nossas
necessidades naturais, são moldados pela
cultura.
 Não
foi pelo resultado de uma
transformação biopsíquica na espécie
humana que a importância atribuída à
sexualidade aumentou de tal modo.

Anos 1960
Anos 1980
Cultura e corpo
As necessidades criadas pela cultura são,
muitas vezes, tão necessárias quanto as
necessidades naturais.
 Uma pessoa pode privar a si mesmo ou a
sua família de uma boa alimentação para
ostentar um bem valorizado pela sociedade
na qual se encontra inserido. Ex: um
automóvel.


A beleza é outro fator em que a cultura
interfere. O que é belo para uma
determinada cultura pode não ser para
outra.
As mulheres de melhor condição
econômica usavam espartilhos para afinar
a cintura, o que gerou problemas de
saúde.
 Na cultura japonesa as Gueixas eram
obrigadas a usar sapatos de ferro com
objetivo de atrofiar seus pés.

Aculturação
O modo de vida de muitos povos resulta
da fusão de outros modos de vida em
culturas diferentes.
 Culturas de outros povos, que por algum
motivo entram na cultura dos outros,
transformando a cultura inicial são
chamadas de aculturação.


De acordo com a definição original de Robert
Redfield, Ralph Linton e Melville Herskovits:
“A aculturação compreende aqueles fenômenos
que resultam quando grupos de indivíduos de
culturas diferentes entram em contato direto e
contínuo, com mudanças resultantes de um
deles, ou de ambos os grupos”
De acordo com essa definição não existe
aculturação por meio de contato à
distância.
 O constante contato dos brasileiros coma
cultura norte-americana não levou a
nenhuma mudança significativa nos
modos de sentir e pensar do povo
brasileiro.



A cultura brasileira é a síntese de várias
culturas, sendo assim, um dos exemplos mais
significativos de aculturação. O que resulta
desse processo é um produto cultural novo.
Quando 2 ou mais culturas em contato se
fundem , dando-se a aculturação,uma das
culturas envolvidas sempre
acaba por
prevalecer à outra , ou às outras. Nem sempre a
cultura do dominador é a que prevalece.
Cultura e subcultura



Nas sociedades mais simples a cultura é mais
homogênea.
Nas sociedades mais complexas são heterogêneas.
Assim, faz-se necessário identificar as subculturas que
dela fazem parte.
Subculturas: é constituída de valores, normas, crenças e
padrões de comportamentos próprios. Mas as
subculturas, ao mesmo tempo fazem parte da cultura
total das sociedades complexas, possuindo alguns
elementos culturais que são comuns a cultura mais
abrangente de determinada sociedade.
Uma subcultura não é um conjunto de
pessoas nem necessariamente um região.
 Existem subculturas etárias, profissionais,
religiosas, etc.
 Existem ainda subculturas de classe
social.

Cultura e sociedade de massa

Cultura de massa: é a parte da cultura total composta de
padrões de comportamentos e de pensamento “comuns às
subculturas de uma sociedade heterogênea”, sendo sua
difusão resultante da chamada indústria cultural,
notadamente dos meios de comunicação de massa.

Os padrões das culturas de massa são partilhados pela
maioria da sociedade, independente do nível de renda,
grau de instrução, tipo de ocupação e localização espacial.

Os padrões da cultura de massa não se confunde com os
da cultura universal dominante em determinada sociedade.
A cultura de massa não consegue eliminar certos padrões
de comportamento, lazer, gosto artístico e vestuário
tradicionalmente fixados pela sociedade.
Cultura popular

A cultura popular está ligada às subculturas nas quais
as subculturas tradicionais são mais fortes.

São cultura popular: cantigas, festas, músicas, danças,
artesanatos, práticas médicas, linguagem, meios de
convívio, de se ver e de sentir o mundo.

A cultura popular é uma realidade viva,dinâmica, que
sofre modificações. Ela é feita e refeita à todo momento
graças à criatividade do povo.
Esteriótipos

Os participante de subculturas mais evidentes tendem a
ser vítimas de rotulações sociais, ou seja, esteriótipos.

O esteriótipo , sendo uma imagem preconceituosa,
quando não discriminatória, é uma representação falsa
das pessoas.

Embora falsos, os esteriótipos tendem
conseqüências reais nas relações sociais.
a
ter
Símbolos e normas



Os símbolos e as normas estão entre os componenetes
mais importantes para a organização social.
Todas as relações sociais estão cercadas de elementos
simbólicos. Alguns símbolos frequentemente usado
pelos homens: cores, linguagem, gestos, vestuários, etc.
A atribuição de significado a alguma coisa (sons, cores,
objetos) são sempre arbitrários e próprios de
determinadas culturas.





Assim como o símbolo a norma é também componente
cultural sempre presente na cultura. Não existe
possibilidade de organização social se não existir normas
compartilhadas coletivamente.
O símbolo é o que confere sentido às normas. Só
obedecemos as normas porque a elas associamos algum
significado.
Se como cristão obedeço à norma de ajudar ao próximo é
porque simboliza amor à Deus e ao próximo.
Quando procuro obedecer as normas de etiqueta é porque
essas normas simbolizam boa educação e refinamento.
Os significados das normas exercem pressão sobre os
indivíduos para que obedeçam as normas.
A dimensão intermental da
sociedade



A sociedade não se reduz a sua dimensão
física.Não existem sociedades se não existirem
idéias
e
sentimentos
semelhantes
compartilhados.
Por isso, a vida social é também uma realidade
intermental ou subjetiva.
A sociedade não é apenas o que as pessoas e
grupos fazem entre si, a sociedade também é o
que as pessoas acreditam que ela seja ou,
sobretudo, que ela deva ser.
Há 2 níveis básicos de vida social:
Interacional: o que os agentes sociais
fazem entre si.
 Intermental: são as ideias e sentimentos
coletivamente partilhados pelos indivíduos
sobre o que a sociedade em que vivem é
ou devem ser.
 Esses 2 níveis são interdependentes e um
influencia o outro.

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