QUÍMICA A Ciência Central 9ª Edição Capítulo 12 Materiais modernos David P. White © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cristais líquidos • Os sólidos são caracterizados por sua ordem. • Os líquidos são caracterizados pela ordenação quase aleatória das moléculas. • Existe uma fase intermediária onde os líquidos mostram uma determinada ordenação: – o líquido flui (propriedades do líquido), mas tem alguma ordem (propriedades de cristal). – Exemplo: o benzoato de colesterol acima de 179C é transparente. Entre 145C e 179C o benzoato de colesterol é leitoso e possui comportamento líquido cristalino. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cristais líquidos Tipos de fases líquidas cristalinas • As moléculas de cristal líquido normalmente são longas na forma de tubos. • Há três tipos de fase cristalina líquida dependendo da ordenação: – cristais líquidos nemáticos (os menos ordenados): ordenados apenas na direção do eixo longo da molécula; – cristais líquidos esméticos: ordenados na direção do eixo longo da molécula e em uma outra dimensão; – cristais líquidos colestéricos (os mais ordenados). © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cristais líquidos © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cristais líquidos Tipos de fases líquidas cristalinas • Cristais líquidos esméticos: normalmente contêm ligações C=N ou N=N e anéis de benzeno. – Lembre-se: as estruturas C=N e N=N são planas. – Lembre-se: não há rotação em torno das ligações C=N e N=N. – Conseqüentemente, as moléculas são rígidas. – Além disso, os anéis de benzeno (planos) adicionam dureza. – As moléculas são longas em forma de tubos. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cristais líquidos Tipos de fases líquidas cristalinas © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cristais líquidos Tipos de fases líquidas cristalinas • Cristais líquidos colestéricos: baseados na estrutura do colesterol. – Moléculas alinhadas na direção de seu eixo longo. – Além disso, as moléculas são arranjadas em camadas. – Há um entrelaçamento entre as camadas. – As moléculas são longas, achatadas, e têm forma de um tubo com uma cauda flexível. – A cauda flexível provoca o entrelaçamento entre as camadas. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cristais líquidos Tipos de fases líquidas cristalinas © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Polímeros • Os polímeros são moléculas gigantescas, constituídas de muitas e muitas moléculas menores. • As unidades constituintes dos polímeros são denominadas monômeros. • Exemplos: plásticos, DNA, proteínas, borracha etc. • Os compostos de carbono têm uma habilidade incomum de formarem polímeros. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Polímeros © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Polímeros Polimerização por adição • Exemplo: o etileno H2C=CH2, pode polimerizar-se através da abertura da ligação C-C para formar ligações C-C com moléculas de etileno adjacentes. O resultado é o polietileno. • Isto é chamado de polimerização por adição porque as moléculas de etileno são adicionadas umas às outras. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Polímeros Polimerização por condensação • Polimerização por condensação: as moléculas ligam-se por meio da eliminação de uma molécula pequena (por exemplo, a água): O H O N H + H O C N C H + H O H • Exemplo de polimerização por condensação: a formação do náilon. • As propriedades físicas dos polímeros podem ser previstas através do entendimento da estrutura dos polímeros. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Polímeros Tipos de polímeros • Plástico: materiais que podem ser moldados. • Termoplástico: materiais que podem ser moldados mais de uma vez. • Termocurado: materiais que podem ser moldados apenas uma vez. • Elastômero: material que é de alguma forma elástico. Se uma quantidade moderada de força deformante é adicionada, o elastômero retornará à sua forma original. Útil para fibras. Polímeros Estruturas e propriedades físicas dos polímeros • Cadeias de polímeros tendem a ser flexíveis e facilmente entrelaçadas ou cruzadas. • Grau de cristalinidade é a quantificação da ordenação em um polímero. • O estiramento ou o encolhimento de um polímero pode aumentar sua cristalinidade. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Polímeros Estruturas e propriedades físicas dos polímeros • O grau de cristalinidade também é determinado pela massa molecular média: – polietileno de baixa densidade (LDPE) tem uma massa molecular média de 104 u (utilizado em pacotes plásticos); – polietileno de alta densidade (HDPE) tem uma massa molecular média de 106 u (utilizado em garrafas plásticas para leite). © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Polímeros Estruturas e propriedades físicas dos polímeros © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Polímeros Polímeros de ligação cruzada • As ligações formadas entre as cadeias de polímeros fazem com que o polímero fique mais firme. • A borracha natural é macia demais e quimicamente reativa para produzir um material útil. • Através da vulcanização da borracha (formação de ligações cruzadas entre as cadeias de polímeros) produz-se materiais úteis. • A borracha normalmente tem ligações cruzadas com o enxofre. • A borracha com ligações cruzadas é mais firme, mais elástica e menos suscetível à reação química. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Polímeros Polímeros de ligação cruzada © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Polímeros Polímeros de ligação cruzada © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Biomaterias Características dos biomateriais • Os biomateriais são quaisquer materiais que têm aplicações biomédicas. • Por exemplo, os materiais utilizados para obturar dentes. • Os biomateriais devem ser biocompatíveis: • O sistema imunológico do corpo não deve atacar o biomaterial. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Biomaterias © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Biomaterias Características dos biomateriais • Exigências físicas: • Os biomateriais devem ser criados para um ambiente específico. • As válvulas artificiais de coração devem abrir e fechar de 70 a 80 vezes por minuto. • Exigências químicas: • Os biomateriais devem ser de grau médico. • Os polímeros são biomateriais muito importantes. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Biomaterias Biomateriais poliméricos • O grau em que o corpo tolera materiais estranhos depende da natureza dos grupos atômicos no material. • Biomateriais naturais são os polímeros de açúcares e nucleotídeos. • Esses polímeros são poliaminoácidos. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Biomaterias Exemplos de aplicações dos biomateriais • Substituição e reparos de coração: • Um coração que pára completamente deve ser substituído pelo órgão de um doador. • Cerca de 60.000 pessoas nos Estados Unidos sofrem de parada cardíaca e há apenas 2.500 corações de doadores disponíveis. • São realizadas cerca de 250.000 substituições de válvulas de coração a cada ano. • Perto de 45% dessas substituições de válvulas ocorrem com uma válvula mecânica. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Biomaterias Exemplos de aplicações dos biomateriais • A válvula de substituição deve ser lisa para evitar a destruição de vasos sangüíneos. • A válvula também deve ser presa à parte interna do coração. • O tereftalato de polietileno, denominado Dacron™, é frequentemente utilizado na fabricação de válvulas artificiais de coração. • O Dacron™ é utilizado porque o tecido crescerá através de uma malha de poliuretano. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Biomaterias Exemplos de aplicações dos biomateriais • Implantes vasculares: • Um enxerto vascular é a substituição de um pedaço de um vaso sangüíneo. • O Dacron™ é utilizado para artérias de diâmetro grande. • O politetrafluoroetileno, Teflon™ ,-[-(CF2CF2)n-]- é utilizado para implantes vasculares menores. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Biomaterias Exemplos de aplicações dos biomateriais • Tecido artificial: • A pele artificial, que cresce em laboratório, é utilizada para o tratamento de pacientes com extensa perda de pele. • O desafio do desenvolvimento da pele artificial é fazer com que as células se alinhem adequadamente. • Portanto, deve-se utilizar um esqueleto para as células. • O esqueleto mais bem sucedido é o copolímero ácido lático ácido glicólico. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Biomaterias Exemplos de aplicações dos biomateriais • Substituições de bacia: • Cerca de 200.000 substituições totais de bacia são efetuadas a cada ano. • Uma bola metálica, feita com uma liga de cobalto e cromo, é normalmente utilizada nas substituições de bacias. • Esta liga é fixada a uma liga de titânio e cimentada com a utilização de um polímero termocurado resistente. • O acetábulo, que acomoda o fêmur, é revestido com uma camada de polietileno. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cerâmicas • As cerâmicas são – inorgânicas, não-metálicas, sólidas, cristalinas, amorfas (por exemplo, o vidro) rígidas, quebradiças, estáveis a altas temperaturas, menos densas do que os metais, mais elásticas do que os metais e de ponto de fusão muito alto. • As cerâmicas podem ser uma rede covalente e/ou estarem ligadas ionicamente. • Exemplos típicos: alumina (Al2O3), carbeto de silício (SiC), zircônia (ZrO2) e berila (BeO). © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cerâmicas © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cerâmicas Processamento de cerâmicas • Defeitos pequenos desenvolvidos durante o processamento tornam a cerâmica mais fraca. • Sinterização: é o aquecimento de partículas uniformes muito puras (cerca de 10-6 m em diâmetro) sob pressão para forçar a ligação das partículas. • Processo sol-gel: é a formação de partículas uniformes puras. • Forma-se alcalóide metálico (por exemplo, o Ti(OCH2CH3)4). • O sol é formado através da reação do alcalóide com água (para formar Ti(OH)4). © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cerâmicas Processamento de cerâmicas Ti(s) + 4CH3CH2OH(l) Ti(OCH2CH3)4 + H2(g) Ti(OCH2CH3)4 + H2O(l) Ti(OH)4 + 4CH3CH2OH(l) • O gel é formado pela condensação do sol e a eliminação de água. • O gel é aquecido para a remoção de água e é convertido em pó de óxido finamente dividido. • O pó de óxido tem tamanhos de partículas entre 0,003 e 0,1 m de diâmetro. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cerâmicas Compósitos cerâmicos • Compósitos: dois ou mais materiais produzindo a cerâmica. • Resultado: cerâmica mais resistente. • Método mais efetivo: adição de fibras ao material cerâmico. Exemplo: fibras de SiC adicionadas ao vidro de aluminosilicato. • A fibra deve ter um comprimento 100 vezes o seu diâmetro. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cerâmicas Aplicações das cerâmicas • Usadas na indústria de instrumentos cortantes. • Usadas na indústria eletrônica (circuitos semicondutores integrados normalmente fabricados de alumina). • Usadas em materiais piezoelétricos (geração de um potencial elétrico após estresse mecânico) usados em relógios e geradores ultrasônicos. • Usadas no revestimento externo dos ônibus espaciais. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Supercondutividade • Os supercondutores não mostram resistência ao fluxo de uma corrente elétrica. • O comportamento de supercondução inicia-se abaixo da temperatura de transição da supercondução, Tc. • O efeito de Meissner: ímãs permanentes levitam sobre os supercondutores. O supercondutor exclui todas as linhas do campo magnético para que o magneto flutue no espaço. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cerâmicas Óxidos cerâmicos supercondutores © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Cerâmicas © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Filmes finos • Os filmes finos geralmente têm uma espessura entre 0,1 m e 300 m. • Filmes finos úteis devem – ser quimicamente estáveis, – aderir bem à superfície, – ser uniformes, – ser puros, – ter baixa densidade de imperfeições. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Filmes finos Usos de filmes finos • • • • • Microeletrônica (condutores, resistores e condensadores). Revestimentos ópticos (para reduzir a reflexão de uma lente). Revestimentos de proteção para metais. Aumento de resistência de ferramentas. Redução de arranhões em vidros. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Filmes finos Fabricação de filmes finos • Deposição a vácuo – Filme fino a ser vaporizado sem a quebra de ligações químicas. – O material é colocado em uma câmara e os objetos a serem revestidos em outra. – A pressão é reduzida (baixa pressão significa baixo ponto de sublimação) enquanto o material é aquecido. – O material vaporiza e condensa no objeto a ser revestido. – Para garantir um revestimento regular, os objetos são freqüentemente girados. – Exemplos: MgF2, Al2O3, e SiO2. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Filmes finos Fabricação de filmes finos • Projeção por alta tensão ou ‘sputtering’ – O material usado no filme fino é removido do alvo utilizando-se uma alta voltagem. – Os átomos se movem através de um gás ionizado em uma câmara e são depositados no substrato. – O alvo é o eletrodo negativo e o substrato é o eletrodo positivo. – Os átomos de Ar (dentro da câmara) são ionizados em Ar+. Os íons de Ar+ atingem o eletrodo negativo e fazem com que um átomo M seja expelido. Os átomos M têm uma energia cinética alta e viajam em todos os sentidos. Alguns átomos M atingem o substrato e, conseqüentemente, são revestidos. © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Filmes finos © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Filmes finos Fabricação de filmes finos • Decomposição de vapor químico – A superfície é revestida com um composto volátil a uma temperatura alta (abaixo do ponto de fusão da superfície). – Sobre a superfície, o composto sofre uma reação química para formar um revestimento estável. – Exemplos: TiBr4(g) + 2H2(g) Ti(s) + 4HBr(g) SiCl4(g) + 2H2(g) Si(s) + 4HCl(g) SiCl4(g) + 2H2(g) + 2CO2(g) SiO2(s) + 4HCl(g) + 2CO(g) 3SiH4(g) + 4NH3(g) Si3N4(s) + 12H2(g) © 2005 by Pearson Education Capítulo 12 Fim do Capítulo 12 Materiais modernos © 2005 by Pearson Education Capítulo 12