0 22222222222 Pró-Reitoria de Graduação Pró-Reitoria Curso de Administraçãode Graduação Trabalho de Conclusão de Curso Curso de Pedagogia Trabalho de Conclusão de Curso Pró-Reitoria de Graduação Curso de pedagogia Trabalho de Conclusão de Curso POLÍTICAS PÚBLICAS E FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE SOBRE O CONHECIMENTO DOS PROFESSORES A RESPEITO DE SUAS FUNCIONALIDADES SATISFAÇÃO HOSPITALAR NO TRABALHO: ESTUDO EM UMA INSTITUIÇÃO Autor: Maria de Nazaré da Silva Andrade Orientadora: MSc. Silvanete Pereira dos Santos Autor: Silvanir da Silva de Andrade TERMO DE APROVAÇÃO Orientador: Professora Adrienne de Capdeville Examinador: José Henrique L. C. D. Barreiros S Brasília - DF 2014 1 MARIA DE NAZARÉ DA SILVA ANDRADE POLÍTICAS PÚBLICAS E FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE SOBRE O CONHECIMENTO DOS PROFESSORES A RESPEITO DE SUAS FUNCIONALIDADES Artigo apresentado ao curso de graduação em Pedagogia da Universidade Católica de Brasília como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciatura plena em pedagogia. Orientador: MsC: Silvanete Pereira dos Santos Brasília 2014 2 3 Dedico ao meu pai, o homem mais importante da minha vida e que sempre soube me passar através de toda a sua humildade grandes lições de vida. Foi através de você que tudo isso começou e é para você que dedico essa conquista e as futuras. 4 AGRADECIMENTO Agradeço aos meus pais pela educação, apoio, cuidados e a boa orientação que tive por parte deles sobre a vida. Agradeço também a cada um dos meus seis irmãos pelas boas influências, pelos conselhos, pelo companheirismo, por fazerem parte da minha história e por me mostrarem a cada dia como é importante ter uma família. Aos meus amigos e amigas de longa data e aos mais recentes também, todos vocês foram inseridos de forma muito positiva em minha vida e quero preservar essas grandes amizades ao longo de toda a minha vida. Às minhas maravilhosas colegas de curso, que proporcionaram quatro anos de muitas parcerias e amizades ao longo dessa jornada de estudos. Já estou sentindo saudades de todas. À professora Silvanete, pela disposição em partilhar todo o seu vasto conhecimento comigo, pela paciência, dedicação e todas as contribuições positivas que me proporcionou. Orgulho-me de ter sido sua orientanda. Aos meus avaliadores, por estarem disponíveis nessa avaliação, por estarem contribuindo de forma positiva para o meu crescimento. A todas as pessoas que passaram pela minha vida e que trouxeram algum tipo de conhecimento e aprendizado para a minha formação como pessoa, tanto as que ficaram quanto as que se foram. 5 POLÍTICAS PÚBLICAS E FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE SOBRE O CONHECIMENTO DOS PROFESSORES A RESPEITO DE SUAS FUNCIONALIDADES Maria de Nazaré da Silva Andrade1 RESUMO Esta pesquisa pretende propor um diálogo sobre o conhecimento dos professores atuantes na educação básica brasileira a respeito das políticas públicas e de financiamento existentes. Para isso, apresenta uma análise para fomentar essa discussão em diversos aspectos tanto individuais quanto coletivos a respeito da relação professor-política pública. Com esse objetivo o presente trabalho propõe, de início, uma apresentação literária sobre os programas a serem analisados, concretizando uma base teórica com estudos anteriores baseados principalmente em Gatti, Dourado e Saviani, que embasaram as reflexões realizadas ao longo da pesquisa. O artigo também pretende discutir a compreensão de políticas públicas por parte dos professores, assim como a sua importância, bem como o diálogo sobre a formação de professores no campo de políticas públicas e de financiamento/gestão. Palavras chaves: Política pública, Financiamento, Professor, Conhecimento. Introdução O presente artigo apresenta uma análise e reflexão a respeito do conhecimento dos professores atuantes na educação básica na perspectiva das políticas públicas e de financiamento da educação. Considerando que essas políticas também podem ser identificadas como práticas pedagógicas, é importante que os docentes tenham conhecimento dentro dessa área para aprimorar a sua prática. Nesse sentido, Alves (2010), defende a compreensão de políticas como prática coletiva, sob dois aspectos: primeiro as políticas como práticas, necessariamente, sempre coletivas, e, segundo a complexidade e as variedades de contextos em que essas práticas se dão. Nosso sistema educacional é influenciado por uma série de ações políticas e aplicação de programas de financiamento para a sua manutenção. Elas possibilitam o alcance de metas e 1 Estudante do curso de Pedagogia da Universidade Católica de Brasília - UCB 6 objetivos definidos sejam por planos nacionais ou por metas que pretendem aumentar a qualidade, a democratização e o avanço da educação no país. Portanto, é essencial que quem esteja em sala de aula conheça os principais programas, assim como as suas funcionalidades, proporcionando um planejamento em que essas políticas se misturem com a prática. Políticas públicas e de financiamento não são ações que devem ser pautadas e discutidas apenas nos espaços do Ministério da Educação e seus órgãos anexos, mas sim vivenciadas pelos professores e pelos estudantes na atividade escolar, propiciando, assim, reflexões nas práticas cotidianas e coletivas da educação básica no Brasil. É importante que o professor leve esse tipo de conhecimento para o seu planejamento, no intuito de se assumir como sujeito crítico na manutenção desses programas e assim contribuir cada vez mais com o seu aprimoramento, já que passa a visualizar o que funciona ou não, sugerindo mudanças em busca do aperfeiçoamento da educação básica. O objetivo desse estudo é analisar a importância do conhecimento em políticas públicas e financiamento para o desenvolvimento da educação, partindo de duas etapas: de início uma identificação do nível de conhecimento dos professores a respeito de políticas públicas e financiamento educacional, para, por fim, relacionar as principais questões apresentadas pelos profissionais da área com o que é proposto pelos programas. Para fins de análise, foram utilizados os seguintes programas na área de políticas públicas e de financiamento: FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos Profissionais da Educação), PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola), PDE – Escola (Programa de Desenvolvimento da Escola), PNLD (Programa Nacional do Livro Didático). O intuito foi de responder a questão norteadora desse estudo: por que é importante que os docentes compreendam como funcionam os principais programas de políticas públicas e de financiamento no país? O público alvo para realização dessa pesquisa foi constituído professores de uma escola pública, atuantes na educação básica do Distrito Federal. A pesquisa apresentou caráter quali-quantitativo, pois, ao mesmo tempo em que procurou analisar de modo qualitativo o conhecimento a respeito do tema e problema de pesquisa, teve enfoque nas características quantitativas. Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário com questões acerca do tema de forma direta. Após a coleta de dados houve a análise e levantamento de informações em que buscamos responder a questão norteadora e demais questionamentos pertinentes. O artigo é formado de início por uma revisão e compreensão da literatura a respeito do tema. Nesse espaço, pretende-se dialogar a respeito da compreensão de políticas públicas e de 7 financiamento por parte dos professores ao mesmo tempo em que se busca conceituar cada um dos programas estudados conforme o que já existe na literatura referente ao tema. Buscamos fazer uma interação entre a discussão de políticas públicas e financiamento da educação na formação de professores. 1. Compreensão de políticas públicas e financiamento da educação. Políticas públicas são ações e programas determinados por órgãos governamentais e também com a participação de setores da sociedade que visam garantir e assegurar a todos direitos fundamentais presentes na Constituição, democratizando tais direitos. Lima (2012) afirma que se deve ter, de início, a noção de que política pública é um conjunto de decisões e não uma decisão isolada, ou seja, deve ser veemente discutida e contar com a participação de setores interessados. No caso das políticas públicas de financiamento voltadas para a educação, é extremamente importante que não apenas professores, mas também todos os sujeitos ligados à Educação Básica se inteirem a respeito disso e compreendam as definições e funcionalidades de cada programa existente, partindo do pressuposto de que política pública é um processo que define as ações do processo educativo no país, como parâmetro administrativo e dinâmico que define estratégias, planos e metodologias aos quais se trabalha no campo educacional brasileiro. Dourado (2007) entende que a escola como instituição social tem sua lógica organizativa e suas finalidades demarcadas pelos fins políticos e pedagógicos, impactando no entendimento a respeito de planejamento e desenvolvimento da educação e da escola. [...] a escola, entendida como instituição social, tem sua lógica organizativa e suas finalidades demarcadas pelos fins políticos-pedagógicos que extrapolam o horizonte custo-benefício stricto sensu. Isto tem impacto direto no que se entende por planejamento e desenvolvimento da educação e da escola e, nessa perspectiva, implica aprofundamento sobre a natureza das instituições educativas e suas finalidades, bem como as prioridades institucionais, os processos de participação e decisão, em âmbito nacional, nos sistemas de ensino e nas escolas (DOURADO, 2007, p.924). Os professores, no entanto, como principais sujeitos dessa pesquisa, precisam compreender a respeito das políticas que regem o seu trabalho na escola pública. Alves (2010), defende essa compreensão como uma prática que determina um modo de agir e pensar: 8 Com esse modo de agir e pensar, os praticantes das escolas vão organizando as táticas (Certeau, 1994) com que vão usando os diversos artefatos (de ideológicos a tecnológicos), com os quais o contexto das práticas políticas de governo inundam a escola. Com esses “usos”, os praticantes vão intervindo nos processos curriculares e pedagógicos dos discentes com que trabalham e dos diversos espaçostempo das escolas em que trabalham, fazendo com que mudanças aconteçam, quanto ao que foi pensado “oficialmente” (ALVES, 2012, p. 1199). Usar o conhecimento em políticas públicas e financiamento da educação pode ser considerado um trunfo para possibilitar mudanças e aprimoramentos ao que está oficialmente previsto, atuando como sujeitos dessa ação. Essa noção pode ser instigada desde a formação de professores até o fim da carreira docente, pois sempre haverá políticas públicas que nortearão o trabalho docente na educação básica do nosso país. Dessa forma, inserir esses conhecimentos na organização pedagógica também é importante para aprimorá-lo, além de o professor se tornar um sujeito mais crítico e participativo nas decisões e execuções das políticas que regem a Educação Básica. Vivemos numa sociedade em que existem os mais diversos programas de políticas públicas que são criados e implementados para atender as necessidades das mais diferentes áreas sociais. Para os professores é extremamente importante que se conheça os programas de políticas públicas e de financiamento que estão voltados para a educação, para atuar de forma cada vez mais efetiva no seu trabalho em relação às propostas evidenciadas pelos programas. No entanto, não são somente os professores atuantes na educação básica que necessitam visualizar essa importância, mas também a comunidade em geral, pais e alunos. É importante que esses também manifestem interesse em entender de que se tratam esses programas, entender como funcionam as vertentes para se estabelecer uma política pública e entender como se tramita sua instalação, pois essas ações atuam no cotidiano escolar de todos. É quando atuamos cada vez mais como sujeitos fiscalizadores que podemos garantir a eficácia no funcionamento desses programas, porém, para atuarmos dessa forma, é necessário conhecer suas funcionalidades básicas. 2. Os programas de políticas públicas. 2.1. FUNDEB O FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) entrou em vigor em 2007 em substituição ao antigo FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do 9 Magistério). O antigo FUNDEF vigorou de 1997 a 2006. O FUNDEB é um fundo que financia a educação básica e promove uma redistribuição dos recursos destinados a educação independente dos órgãos de origem do financiamento. É um programa administrado pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). O intuito é democratizar o acesso e a distribuição de recursos entre as federações garantindo assim educação básica aos cidadãos brasileiros. Diferente do extinto FUNDEF, o FUNDEB é responsável e cobre financeiramente todas as matrículas da educação básica pública, da creche ao ensino médio. A estratégia é distribuir os recursos pelo país, levando em consideração o desenvolvimento social e econômico das regiões — a complementação do dinheiro aplicado pela União é direcionada às regiões nas quais o investimento por aluno seja inferior ao valor mínimo fixado para cada ano. Ou seja, o FUNDEB tem como principal objetivo promover a redistribuição dos recursos vinculados à educação. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2013). O controle financeiro do FUNDEB sobre esses recursos é feito em todas as escalas, sejam elas municipais, estaduais ou federais, sua prioridade é a educação básica e a sua fiscalização é controlada, por ser um fundo que recebe verbas de várias esferas. O FUNDEB veio para unificar o que foi proposto na constituição de 1988, que determina a aplicação percentual de no mínimo 18% das receitas de impostos por parte da União, enquanto Estados e Munícipios arcariam com 25% desse total. O FUNDEB tem vigência até o ano de 2020, totalizando 14 anos de duração, e a destinação de recursos irá aumentar gradativamente durante esse período. Não é legitimado por uma única base de esfera federal, mas sim por 27 (vinte e sete) bases ou fundos, uma para cada estado da federação e o Distrito Federal. Esses fundos são mantidos com recursos oriundos de nove impostos diferentes, além da parcela federal, que é assegurada através da complementação. Os impostos referidos são: - Fundo de Participação dos Estados – FPE; - Fundo de Participação dos Municípios – FPM; - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS; - Imposto sobre Produtos Industrializados, proporcional às exportações - IPIexp; - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA; - Imposto Territorial Rural (Quota-Parte dos Municípios) - ITRm; - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações – ITCMD; - Ressarcimento pela desoneração de Exportações de que trata a LC nº 87/96; - Receitas da Dívida Ativa incidentes sobre estes impostos. 10 O quadro abaixo elaborado em 2008 pelo FNDE no documento público “Subsídios ao Ministério Público para acompanhamento do FUNDEB” melhor esclarece a distribuição desses recursos e o seu aumento ao longo dos anos de acordo com a perspectiva: Quadro 1: Formação dos recursos do FUNDEB UF´s Origem dos recursos Contribuição à formação do Fundo 2007 Estados, FPE, FPM, ICMS, LC 16,66% Distrito 87/96 e IPIexp Federal e FPE, FPM, ICMS, LC 6,66% Municípios 87/96 e IPIexp União Complementação R$ Federal bilhões 2008 2009 A partir de 2010 18,33% 20% 20% 13,33% 20% 20% 2,0 R$ 3,0 R$ bilhões 4,5 10% da contribuição de bilhões Estados, DF e Municípios. Fonte: Subsídios ao Ministério Público para acompanhamento do FUNDEB, 2008. A distribuição de recursos do FUNDEB é intermediada por uma série de ponderações estabelecidas pelo documento e é variante de acordo com o nível de ensino e complementação escolar que as instituições escolares oferecem. Cada aluno tem um valor mínimo de investimento e o Estado é responsável por arcar com estes custos. No entanto, se não conseguir, a União investe através da chamada “Complementação Federal” pode interver no sentido de complementar o valor aluno. Apesar de ser um programa com muitas regras e ponderações é muito importante que professores e gestores da educação básica entendam como funcionam as bases do FUNDEB, pois ele tem sido o maior programa de financiamento da educação básica. É um fundo expansionista e tem vivido um processo de constante fortalecimento. Dourado (2007) afirma que o FUNDEB vem para representar um avanço na dinâmica e lógica do financiamento da educação básica nacional, sobretudo quanto a sua caracterização direcionada a educação infantil, ensino fundamental e médio. Portanto, se torna importante vivenciar a implementação desses recursos no cotidiano escolar. 2.2 PDE – Escola 11 O PDE - Escola (Plano de Desenvolvimento da escola) é um programa de política pública de logística que focaliza a melhoria da gestão das escolas públicas no Brasil, buscando e incentivando a eficácia gestacional nas instituições escolares públicas brasileiras. Estimula a comunidade escolar a assumir a modernização de sua gestão, fortalecendo a autonomia escolar e empregando um planejamento estratégico dentro de cada instituição. Elaborado pelo Governo Federal para melhorar a relação ensino-aprendizagem de estudantes e professores, também tem seu enfoque em aumentar os índices no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Para atingir esse propósito, o programa busca centralizar todas as ações da equipe escolar e comunidade para que ambos trabalhem juntos para alcançarem os objetivos delimitados e promovendo uma mudança constante no cotidiano escolar. O planejamento a ser elaborado no PDE – Escola foca no futuro, no entanto, promove ações no presente para facilitar o alcance das metas e objetivos a serem alcançados. A partir da análise do presente, ele visualiza um futuro de melhoria das instituições escolares. O programa busca incentivar uma gestão participativa em conjunto com toda a comunidade escolar. Geralmente é elaborado a partir do pensamento do que é a escola em questão atualmente, como ela se encontra. Após essa análise, cabe ao gestor em parceria com a comunidade e os professores traçar objetivos nos seguintes quesitos: O que se pretende fazer para melhorar? Como fazer? Qual a meta a ser alcançada? E como será a metodologia a ser aplicada? Pesquisas comprovam que uma gestão eficiente e participativa é capaz de elevar os índices escolares de que qualquer escola e é pensando nesse aspecto que o PDE - escola foi criado, buscando incentivar a iniciativa das gestões escolares no caminho das melhorias. Dourado (2007) apud Freitas et al (2004), observa que a implantação do PDE - Escola desde a sua concepção foi inspirado pela gestão privada, ou seja, os parâmetros de gestão de empresas seriam aplicados nas escolas públicas, ampliando seu gerenciamento: Desse modo, ideologicamente, o PDE, desde a sua concepção busca criar o consenso em torno da idéia de que a melhoria da educação estaria na adoção dos parâmetros de mercado, com a aplicação de estratégias da empresa privada na gestão da escola pública”. Tal concepção alicerça-se numa ressignificação da gestão democrática e da participação, entendidas a partir da criação de canais de efetiva participação e decisão coletivas, tendo por norte a educação como bem público. (DOURADO apud FREITAS et al. , 2007, p. 931) O programa é dividido em duas etapas: a primeira delas é a visão estratégica, e a segunda é o plano de suporte estratégico. Na etapa da visão estratégica, visualiza-se o futuro 12 e o que se pretende alcançar num determinado período, geralmente, entre dois a cinco anos. Já na etapa de plano de suporte estratégico, delimitam-se as metas, estratégias e ações para se alterar a realidade atual. A partir da definição dessas duas etapas, ocorre a subdivisão das etapas para a implementação concreta do PDE – Escola. Na primeira etapa, acontece a preparação, em que se organiza a escola e a comunidade para a elaboração do PDE; na segunda etapa, acontece a análise situacional, que consiste no levantamento de dados e informações; na terceira etapa, acontecem a visão estratégica e a definição do plano de suporte estratégico, ou seja, a fase essencial, em que se delimitam as metas e traçam-se as ações; na quarta etapa, acontece a execução, em que se aplicam os planos de ação; e ,por último, na quinta etapa, acontece a avaliação, que é basicamente a verificação das metas, do andamento das ações, dos apontamentos e das alterações, de acordo com a necessidade. O PDE escola, sem dúvida, promove a participação da comunidade escolar em si para a participação na escola. Suas etapas de execução exigem e promovem essa participação, estreitando as relações e fortalecendo a parceria família-escola. O programa se torna interessante ao trazer para o ambiente escolar as iniciativas da gestão privada, pois o que dá certo nessa área pode ser inserido no ambiente escolar em busca de melhorias. A efetividade do programa está em seu processo de execução, já que parte de uma análise do presente, situando o que precisa melhorar, e parte para a visão de futuro, estabelecendo metas e estratégias, que visam a melhorias e resultados de forma efetiva, promovendo ações significativas no processo de ensino aprendizagem. 2.3 PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola O PDDE – Programa Dinheiro direto na Escola é um programa de financiamento que busca prestar assistência financeira a escolas públicas com o intuito de melhorar a estrutura física e pedagógica dos estabelecimentos de ensino. Segundo Dourado (2007), o programa consiste no repasse anual de recursos, por meio do FNDE, às escolas públicas do ensino fundamental estaduais, municipais e do Distrito Federal e as do ensino especial mantidas por organizações não governamentais (ONG´s), desde que sejam registradas. O intuito principal do PDDE é estimular a autonomia das gestões escolares em realizar pequenas obras de manutenção na estrutura física e também pedagógica da instituição, possibilitando um bom funcionamento e atendimento das necessidades emergenciais das 13 escolas, além de suprir as necessidades prioritárias e emergenciais dos estabelecimentos de ensino conforme exemplifica Dourado (2007): Os recursos, oriundos predominantemente do ‘salário-educação’, são destinados à aquisição de material permanente e de consumo necessários ao funcionamento da escola; a manutenção, conservação e ao aperfeiçoamento de profissionais da educação; à avaliação de aprendizagem; à implementação de projeto pedagógico; e ao desenvolvimento de atividades educacionais. Um dos limites interpostos ao Programa refere-se à estruturação de unidades executoras nas unidades escolares, o que, em muitos casos, tem resultado na instituição de entes privados como gestores de recursos das escolas públicas, em detrimento de outros atores, como conselhos escolares, fortemente referendados por outro programa da SEB/MEC. (DOURADO, 2007, p. 932-933) Os recursos financeiros do PDDE buscam beneficiar as escolas públicas das redes municipais, estaduais e do Distrito Federal, polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB) que ofertem formação continuada aos profissionais da educação básica, escolas privadas de educação básica que atendam a educação especial e recenseada pelo MEC. A verba é destinada para manutenções simples que zelem pela estrutura escolar e garantam o perfeito funcionamento do trabalho pedagógico dentro das instituições. No artigo 4 da lei 11. 947 de 16 de Junho de 2009 são autorizados o emprego das verbas do PDDE para as seguintes ações: Art. 4º Os recursos do programa destinam-se à cobertura de despesas de custeio, manutenção e pequenos investimentos que concorram para a garantia do funcionamento e melhoria da infraestrutura física e pedagógica dos estabelecimentos de ensino beneficiários, devendo ser empregados: I - na aquisição de material permanente; II - na realização de pequenos reparos, adequações e serviços necessários à manutenção, conservação e melhoria da estrutura física da unidade escolar; III - na aquisição de material de consumo; IV - na avaliação de aprendizagem; V - na implementação de projeto pedagógico; e VI - no desenvolvimento de atividades educacionais; No entanto, o seu uso é vedado para ações que não caracterizam reparos emergenciais ou aquisição de materiais que garantam o trabalho pedagógico conforme esclarecido no artigo 4, parágrafo 1, da lei 11.947 de 16 de junho de 2009: § 1º É vedada a aplicação dos recursos do PDDE em: I - implementação de outras ações que estejam sendo objeto de financiamento por outros programas executados pelo FNDE, exceto aquelas executadas sob a égide das normas do PDDE; II - gastos com pessoal; III - pagamento, a qualquer título, a: a) agente público da ativa por serviços prestados, inclusive consultoria, assistência técnica ou assemelhados; e 14 b) empresas privadas que tenham em seu quadro societário servidor público da ativa, ou empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, por serviços prestados, inclusive consultoria, assistência técnica ou assemelhados; IV - cobertura de despesas com tarifas bancárias; e V - dispêndios com tributos federais, distritais, estaduais e municipais quando não incidentes sobre os bens adquiridos ou produzidos ou sobre os serviços contratados para a consecução dos objetivos do programa. Os recursos destinados a cada instituição são calculados e repassados obedecendo ao critério principal do número de alunos matriculados de acordo com o último censo divulgado. Saviani (2007) entende que o PDDE por si só acaba por incentivar uma gestão racional, além de estimular a autonomia dos gestores em pequenas ações para melhoria das escolas e, portanto, na realização das metas que se busca alcançar. O programa se revela muito útil na promoção da autonomia da gestão escolar e também supre as necessidades emergenciais das instituições de ensino, sem a necessidade de haver um processo licitatório, que, por vezes, é burocrático e não atende à carência emergencial que a escola sinaliza. Além disso, suas regras para destinação dos recursos delimitam o seu uso para gastos específicos de caráter de urgência, evitando assim gastos supérfluos por parte das gestões escolares. 2.4. PNLD – Programa Nacional do Livro Didático O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) regulamenta a distribuição e disponibilização de livros didáticos para professores e alunos da educação básica. Seu objetivo é suprir, com obras literárias, livros didáticos consumíveis ou não e obras complementares de estudos, todos os estudantes das escolas públicas brasileiras. Da educação infantil ao ensino médio, são disponibilizados livros e acervos literários, que atendem à necessidade de leitura de acordo com cada nível de ensino. O requisito básico para a escola se beneficiar do programa é a assinatura de um termo de adesão específico disponibilizado pelo FNDE. A distribuição desses livros é regulamentada pela Resolução/CD/FNDE nº 42, de 28 de agosto de 2012, que determina em seus artigos como se procederá a distribuição de livros de acordo com o nível de ensino para todos os alunos da educação básica. O programa é concretizado em triênios, através de um processo de avaliação, escolha e aquisição de livros didáticos, e segundo a resolução o processo se dá pelas seguintes etapas: I – inscrição, composta de cadastro dos editores, pré-inscrição das obras e entrega dos exemplares; II – triagem, pré-análise e avaliação pedagógica; 15 III – escolha ou seleção, conforme o caso; IV – habilitação, negociação e contratação; V – produção, distribuição e controle de qualidade. (RESOLUÇÃO CD/FNDE Nº 42, Art. Xx. 2012) No entanto, anualmente o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), que é o órgão do MEC responsável pela gestão do programa arremata novos livros, repõe e complementa de acordo com a necessidade das escolas de educação básica. Cada nível de ensino regula a sua forma de distribuição de livros, consumíveis ou não. No ensino fundamental I, do 1º ao 3º ano, são distribuídos livros didáticos seriados e consumíveis dos seguintes componentes curriculares: de Letramento e Alfabetização e Alfabetização Matemática. Essas séries contam ainda com acervo de obras literárias para a sala de aula que favoreçam a alfabetização na idade certa, além do acervo de livros didáticos complementares de áreas de conhecimentos específicas que são as seguintes: Linguagem e Códigos, Ciências Humanas e Ciências da Natureza e Matemática. Ainda para o ensino fundamental, do 2º ao 9º ano são distribuídos livros reutilizáveis das seguintes áreas de conhecimento: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia. São distribuídos livros consumíveis do componente curricular Língua Estrangeira (inglês/espanhol). Há também a distribuição de acervos de dicionários que atendam à necessidade de cada faixa etária que correspondam ao ensino fundamental de nove anos. Os alunos do ensino médio são beneficiados e também seguem critérios de distribuição. São ofertados livros seriados e reutilizáveis do 1º ao 3º ano das seguintes áreas de conhecimento: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Biologia, Química e Física. Para o componente curricular Língua estrangeira, são distribuídos livros seriados e consumíveis. Quanto às disciplinas de filosofia e sociologia, são distribuídos livros em volume único e consumível para as três séries. Os estudantes do ensino médio podem contar ainda com acervos de literatura brasileira e dicionário específico para esse nível de ensino. Para os professores, são distribuídos livros didáticos especiais em que é anexado o manual do professor que é uma ferramenta que auxilia o docente na melhor utilização do livro didático escolhido para o trabalho. Além disso, o programa que vem sendo ampliando e fortalecido para atender as necessidades de todos os níveis de ensino da educação básica, conforme exemplifica Saviani (2007): Registre-se que essa ação também se propõe, no âmbito do “Programa Nacional Biblioteca da Escola”, a distribuir livros de literatura para as escolas de educação infantil; e, no âmbito do “Pro- grama Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos”, a distribuição de livros didáticos para os alunos 16 dos cursos de alfabetização de jovens e adultos desenvolvidos pelo “Programa Brasil Alfabetizado”. (SAVIANI, 2007, p. 1236) Um exemplo desse fortalecimento é a criação do PNLD EJA, que distribui livros que atendam as necessidades bibliográficas desse nível de ensino. O PNLD Campo distribui um material didático específico para alunos do 1º ao 5º ano que vivem em áreas rurais. O PNLD Obras Complementares foi criado para beneficiar estudantes do 1º ao 3º ano do ensino fundamental prioriza a aprendizagem e alfabetização. O PNLD Alfabetização na idade certa atende crianças até oito anos no intuito de garantir a alfabetização até essa idade. O PNLD Dicionários busca distribuir os mais variados tipos de dicionários com o objetivo de atender às necessidades básicas de cada nível de ensino. 3. A discussão de politicas públicas educacionais e financiamento da educação na formação de professores Nas memórias da educação brasileira, a história de formação de professores desde o seu início foi caracterizado por uma formação tecnicista e específica, ou seja, se ensinava ao professor de educação básica o que seria repassado aos alunos. Coan et. al. (2013) observa essa característica de ensino: O começo da história da formação continuada de professores no Brasil já se processa pelo viés de treinamento para transmissão de conteúdos sem que se prepare o professor para o ensino de qualidade, ou seja, formar professores era um processo oneroso e insignificante do ponto de vista qualitativo e quantitativo. (COAN et. al., 2013) A formação de professores foi, por muito tempo, simplória, mas, ao longo do tempo, foi sofrendo transformações para se adaptar às novas realidades e sociedades, capacitando os professores para tratar essas novas perspectivas. Nesse aspecto de mudança na formação de professores, compreende-se a necessidade de discutir a respeito de políticas públicas e de financiamento ao longo da formação do professor. Com o passar do tempo e com a evolução dos cursos de formação de professores, passou a ser necessária, durante a instrução docente, a fomentação do estudo de políticas públicas e de financiamento. Acompanhando essa prioridade o curso de Pedagogia e as demais licenciaturas passaram a ter em suas diretrizes estabelecidas pelo MEC, competências que abrangem o estudo de políticas públicas e de financiamento, além da gestão em si. As competências 17 determinadas nos documentos do Ministério da Educação abrangem o ensino de políticas públicas e de financiamento, gestão como disciplinas a serem inseridas nos currículos dos cursos de licenciatura das instituições de ensino superior brasileiras. O parecer do Conselho Nacional de Educação nº 5 de 13 de dezembro de 2005 determina em um de seus artigos: Art. 3º O estudante de Pedagogia trabalhará com um repertório de informações e habilidades composto por pluralidade de conhecimentos teóricos e práticos, cuja consolidação será proporcionada no exercício da profissão, fundamentando-se em princípios de interdisciplinaridade, contextualização, democratização, pertinência e relevância social, ética e sensibilidade afetiva e estética. Parágrafo único. Para a formação do licenciado em Pedagogia é central: I - o conhecimento da escola como organização complexa que tem a função de promover a educação para e na cidadania; II - a pesquisa, a análise e aplicação dos resultados de investigações de interesse da área educacional; III - a participação na gestão de processos educativos e na organização e funcionamento de sistemas e instituições de ensino. No artigo acima, é evidenciada a importância da participação na gestão e o conhecimento a respeito da organização escolar e os seus princípios abrangendo nesse espaço as políticas públicas e financiamento. Seguindo essa determinação, as instituições de ensino superior incrementaram em seus currículos, tanto do curso de Pedagogia e demais licenciaturas, disciplinas que abordem o estudo de políticas públicas e financiamento e também gestão, abrangendo a história da educação brasileira, financiamento educacional, gestão, avaliação, modalidades de ensino, formação dos profissionais da educação entre outros. Um exemplo de disciplinas que abordam esse estudo nas universidades são as seguintes: Políticas e gestão da educação básica, Gestão educacional, Administração das organizações educativas, entre outras. A discussão de políticas públicas durante a formação de professores é, sem dúvida, necessária, e deve ser repassada como uma discussão permanente na formação inicial e contínua do professor. Todos os setores sociais passam ou já passaram por transformações ao longo da história e, considerando esse aspecto, o campo educacional também passa por constantes transformações. Portanto, faz-se necessário o estudo de políticas públicas na formação inicial e, para acompanhar suas transformações, é necessário investir na formação continuada, bem como estudar os impactos dessas novidades dentro das salas de aula do país. Basicamente, faz-se necessária, na formação do professor no Brasil, a discussão de políticas públicas e de financiamento como competência necessária para o seu conhecimento e também como critério a ser considerado no planejamento de aulas e na execução na ação 18 docente cotidiana. No entanto, enxerga-se a necessidade de incrementar esse conhecimento após a formação, motivada por diversos aspectos: o primeiro deles é as constantes transformações que essas políticas sofrem para se adequarem a novas necessidades, realidades e culturas; o segundo, conforme defende Gatti (2008), é a necessidade de complementar a formação inicial, pois os cursos de formação básica não vinham propiciando adequada base para atuação profissional do professor; e o último é a utilização das decisões políticas relacionadas à educação no planejamento das aulas e na construção de um professor atuante e crítico. 4. Análise de dados Para ajudar na compreensão da análise do conhecimento dos professores em relação a políticas públicas e de financiamento, os sujeitos da pesquisa foram professores de uma escola pública de ensino médio localizada na cidade de Santa Maria – DF. Este estudo utilizou como instrumento de pesquisa um questionário (anexo) contendo catorze perguntas com alternativas objetivas. Para fins de verificação, foram distribuídos e retornados um total de vinte e cinco questionários, totalizando assim um número significativo de informações para análise. A primeira questão tratava da experiência docente dos respondentes e foi explanada da seguinte forma: “Você é professor há quanto tempo?”. Dos 25 respondentes, doze responderam que são docentes há mais de dez anos, três responderam que são docentes entre cinco e dez anos, oito responderam que estão na faixa de um a cinco anos e apenas um sinalizou que é professor há menos de um ano conforme gráfico abaixo: Gráfico 01 – Você é professor há quanto tempo? (Fonte: ANDRADE, 2014) 19 Posteriormente foi perguntado a respeito da formação acadêmica dos entrevistados, através da pergunta: “Qual a sua formação docente?”. Dos vinte e cinco respondentes 15 são graduado-licenciados, 08 tem especialização. 02 possuem o título de mestre e nenhum respondente afirmou obter magistério ou doutorado: Gráfico 02: Qual a sua formação docente? (Fonte: ANDRADE, 2014) Quando perguntados se observam no dia a dia alguma influência das políticas públicas e programas de financiamento no desenvolvimento do seu trabalho, vinte e quatro responderam que sim, enquanto um respondente garantiu ser uma ação não observável (gráfico abaixo). Os resultados obtidos com essa questão demonstram claramente em como as ações políticas e de financiamento conseguem se inserir dentro do cotidiano escolar e são percebidas por professores que são os principais sujeitos do processo educativo, a maioria diz observar, demonstrando assim o efeito dessas ações: Gráfico 03: Você observa no dia a dia alguma influência das políticas públicas e de financiamento no desenvolvimento do seu trabalho? (Fonte: ANDRADE, 2014) 20 A quarta pergunta abordava o seguinte questionamento “Você considera impactante os efeitos das políticas públicas e programas de financiamento para a educação no seu cotidiano docente?”. Novamente, a maioria diz reconhecer os efeitos das políticas dentro da escola. Dos vinte e cinco respondentes, 24 disseram considerar impactantes: Gráfico 04: Você considera impactante os efeitos das políticas públicas e programas de financiamento para a educação no seu cotidiano docente? (Fonte: ANDRADE, 2014) O objetivo da quinta pergunta era saber quais dos programas o respondente tem conhecimento ou já ouviu falar durante o exercício da sua profissão: FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, PDE – Escola (Plano de Desenvolvimento da Escola, PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) e PNLD (Programa Nacional do Livro Didático). Gráfico 05: Quais dos programas de políticas públicas e de financiamento abaixo você tem conhecimento ou já ouviu falar? FUNDEB PDE – Escola 21 PDDE PNLD Legenda: Não tem Conhecimento/não ouviu falar Tem conhecimento/ouviu falar (Fonte: ANDRADE, 2014) Conforme os gráficos acima o FUNDEB e o PNLD foram os mais citados em relação ao conhecimento durante o exercício da profissão, dos vinte e cinco respondentes. Vinte e quatro disseram ter conhecimento ou já ouviu falar desses dois programas, evidenciando que ambos são mais vivenciados pelos professores, são mais lembrados e por consequência, são mais conhecidos. Uma justificativa provável para esse fenômeno está na vivência cotidiana dos docentes, pois ambos os programas exigem uma participação do professor para a sua execução, o PNLD, por exemplo, é o professor o responsável por selecionar o livro didático que o auxiliará em suas aulas, destacando uma maior aproximação entre o docente e a política pública. Em relação ao PDE – escola e o PDDE, dos vinte e cinco entrevistados dezessete afirmaram ter conhecimento ou ouviu falar, enquanto oito disseram não ter conhecimento. De caráter mais gerencial esses dois programas exigem maior participação de diretores, supervisores e coordenadores escolares, enquanto os professores desfrutam de suas ações em sala de aula, justificando esse provável distanciamento entre professores (sujeitos dessa pesquisa) e os programas. O questionário procurou em bloco analisar da questão 06 a 09 a percepção individual de cada sujeito em relação aos programas analisados. A questão 06 era relacionada ao FUNDEB e a pergunta era: “Você entende qual o conceito e a finalidade do FUNDEB?”. Dos respondentes 09 disseram entender “totalmente”, 15 disseram entender “em partes” e apenas um disse que “não entende”. Conforme gráfico abaixo: 22 Gráfico 06: Você entende qual o conceito e a finalidade do FUNDEB? (Fonte: ANDRADE, 2014) Já a questão 07 buscava informações a respeito do PDE – Escola, na seguinte formulação: “Você entende qual o conceito e a finalidade do PDE-Escola?”. 09 disseram entender “totalmente”, 10 disseram entender “em partes” e 05 disseram que “não entende”. Gráfico 07: Você entende qual o conceito e a finalidade do PDE – Escola? (Fonte: ANDRADE, 2014) Sobre o PDDE, na questão 08, a pergunta era a seguinte: “Você entende qual o conceito e a finalidade do PDDE?”. Tivemos os seguintes números: 10 disseram entender “totalmente”, 11 “em partes” e 03 disseram “não entender”. Gráfico 08: Você entende qual o conceito e a finalidade do PDDE? 23 (Fonte: ANDRADE, 2014) Quanto ao PNLD, que ocupou a questão 09, quando perguntados: “Você entende qual o conceito e a finalidade do PNLD”, os sujeitos de pesquisa retornaram com os seguintes números: 17 disseram entender “totalmente”, 08 “em partes” e nenhum entrevistado sinalizou que “não entende”. Gráfico 09: Você entende qual o conceito e a finalidade do PNLD? (Fonte: ANDRADE, 2014) Esse bloco de perguntas e exposição de gráficos revelou alguns dados interessantes. Como o maior programa de financiamento da educação básica pública do país, o FUNDEB está no cotidiano do docente mesmo que não possua conhecimento aprofundado a respeito. Os números em relação a esse questionamento mostram que os docentes tem conhecimento parcial sobre esse programa. Entre os programas analisados, o PDE - escola foi o programa que teve o maior número de respostas no quesito “não entende” quando perguntado sobre o conceito e a finalidade. Demonstra que o programa ainda não foi devidamente apropriado pelos docentes devido ao seu caráter mais gerencial dentro da escola pública. 24 O PDDE é de conhecimento obrigatório para diretores e supervisores escolares das instituições públicas. No entanto, está inserido também no cotidiano e em boa proporção no conhecimento dos docentes. Dos 25 professores que responderam ao questionário de pesquisa apenas três assinalaram a alternativa “Não entende”, quando questionados sobre o conceito e a finalidade deste programa. O PNLD é o mais popular e o mais conhecido no grupo de professores pesquisados. Dos docentes 68% disseram compreender totalmente. Alguns fatores podem ajudar a compreender essa maior familiarização por parte dos professores em relação ao PNLD, o primeiro é que o programa exige periodicamente uma dedicação do professor para escolha dos livros didáticos que subsidiarão o seu trabalho docente nos anos seguintes. A segunda é que o programa proporciona uma inserção diária do mesmo no trabalho do professor, ou seja, se o professor conta com o recurso do livro didático ele o utiliza no planejamento e na execução das suas aulas, portanto, conta com isso diariamente, exigindo um maior contato do professor. E por último, está o fato de ser um programa que pode ser visto de maneira concreta e física, ao contrário dos outros programas analisados, que não estão no ponto de vista cotidiano, assumindo um caráter mais abstrato de execução. Quando perguntados se durante a sua formação docente houve disciplinas que favorecesse o entendimento de políticas públicas, treze professores garantiram que tiveram aulas que abordassem o assunto, enquanto doze asseguram que não tiveram conforme gráfico abaixo: Gráfico 10: Durante a sua formação docente você teve disciplinas que favorecesse o entendimento de políticas públicas e de financiamento? (Fonte: ANDRADE, 2014) As respostas a esse questionamento apresentam uma dualidade. Metade dos professores assume que tiveram disciplinas que favorecessem o entendimento de políticas públicas durante a sua graduação e a outra metade diz que não tiveram. Essas contradições 25 nas respostas apontam para duas hipóteses: A primeira é que nem todas as instituições de ensino superior abordam o ensino de políticas públicas e de financiamento na sua grade curricular. Como segunda hipótese está a pouca dedicação dos estudantes durante a formação acadêmica para disciplinas que assumam esse caráter por acharem que não possuem importância para a formação, afinal professor estuda para ensinar e não para vivenciar políticas. Na questão 11 foi perguntado: “No exercício da sua profissão você já teve oportunidade de frequentar cursos de formação continuada ou palestras que abordassem políticas públicas e de financiamento?”. Vinte professores relatam que já tiveram essa oportunidade enquanto cinco afirmam o contrário. Gráfico 11: No exercício da sua profissão você já teve oportunidade de frequentar cursos de formação continuada ou palestras que abordassem políticas públicas e de financiamento? (Fonte: ANDRADE, 2014) Neste quesito as respostas foram satisfatórias e demonstram que há oportunidades para frequentar cursos de formação oferecidos pelos órgãos de gestão da educação, apenas cinco professores responderam que não tiveram oportunidades de frequentar qualquer curso ou palestra que abordasse esse estudo, mostrando que o incentivo acontece e está funcionando, precisando apenas de um maior aprimoramento. Quando perguntados na questão 12, se buscam por conta própria, compreender e se atualizar a respeito das funcionalidades dos principais programas de políticas públicas, catorze dos respondentes disseram que buscam esse estudo, enquanto nove dizem que não, evidenciando o desinteresse pelas políticas públicas. 26 Gráfico 12: Você busca por conta própria, compreender e se atualizar a respeito das funcionalidades dos principais programas de políticas públicas? (Fonte: ANDRADE, 2014) Em relação à pergunta: Há no seu ambiente de trabalho incentivo para que o corpo docente possa conhecer mais a respeito desses programas? Dos vinte e cinco professores analisados quinze disseram que não há, enquanto nove disseram que sim e um professor sinalizou que não sabe a respeito dessa informação: Gráfico 13: Há no seu ambiente de trabalho incentivo para que o corpo docente possa conhecer mais a respeito desses programas? (Fonte: ANDRADE, 2014) Essa questão também apresenta dualidade nas respostas, já que todos os respondentes trabalham na mesma escola metade responde que há no ambiente de trabalho incentivo para que o corpo docente possa conhecer mais a respeito desses programas, enquanto a outra metade dizem que não existe incentivo. Talvez um maior diálogo e comunicação entre as partes ajudaria com que todo o grupo obtivesse incentivo para aprender mais sobre os programas existentes. Tivemos nessa questão um respondente que criou uma alternativa a 27 mais para as disponíveis que eram “sim” ou “não”, respondendo com a alternativa “não sei”, demostrando que nem todos estão bem informados sobre as iniciativas da gestão escolar para incentivar o estudo de politicas públicas e de financiamento pelo corpo docente. A última questão, de caráter mais pessoal questiona a percepção dos professores a respeito desse entendimento através da seguinte pergunta: Você considera que entender melhor sobre esses programas pode favorecer positivamente no desenvolvimento do seu trabalho? Vinte e quatro asseguram que sim, e apenas um não considera importante esse favorecimento. Gráfico 14: você considera que entender melhor sobre esses programas pode favorecer positivamente no desenvolvimento do seu trabalho? (Fonte: ANDRADE, 2014) A maioria dos respondentes considera que conhecer melhor os programas de políticas públicas e de financiamento favorece de forma positiva o desenvolvimento do trabalho de todos. De 25 que responderam, 24 consideram isso, no entanto, nem todos buscam por conta própria conhecer sobre o assunto ou frequentar os cursos de formação que proporcionam esse ensino. Considerar que entender melhor é importante para o desenvolvimento do trabalho é também reconhecer que há a necessidade de estudar mais a respeito do assunto, ou dessa temática, até porque é preciso entender melhor como se dá essa relação entre política pública x sala de aula. Conclusão Esta pesquisa teve o objetivo primordial de analisar o conhecimento dos professores atuantes na educação básica pública a respeito de algumas das políticas públicas e de 28 financiamento inseridas no sistema educacional. A inspiração para desenvolver uma pesquisa nesse eixo veio, primeiramente e sem dúvida, de questionamentos pessoais a respeito desse assunto e de reflexões pessoais e individuais sobre a importância de se conhecer melhor sobre esses programas que regem todo o nosso trabalho como professores, principalmente na escola pública. A escolha pelos quatros programas específicos (FUNDEB, PDE - Escola, PDDE, PNLD) se motivou pela consideração de que esses programas incidem, de forma mais direta, sobre o trabalho docente. Levando em conta essa considerações iniciais e a proposta de análise apresentada no título desse estudo, entendemos que ao longo do seu desenvolvimento as políticas públicas e de financiamento estão inseridas no cotidiano escolar e nas vivências docentes dos pesquisados. Durante o seu desenvolvimento, pode-se perceber a influência dessas políticas na rotina diária dos docentes, por mais que alguns deles não percebessem. Em relação à análise proposta, sobre o conhecimento dos professores, a pesquisa direcionou a alguns caminhos interessantes: a maioria garante que esses programas influenciam o desenvolvimento do seu trabalho e que são também impactantes e favorecem positivamente o trabalho, mas quando perguntados se buscam por conta própria reiterarem-se sobre o assunto um número significativo de professores diz que não. Considerando que conhecimento é algo construído, a iniciativa de se estudar por iniciativa própria se mostra muito válida para esse caso. Quanto à análise individual do conhecimento dos programas propostos verifica-se que o FUNDEB e o PNLD estão mais bem familiarizados entre os pesquisados, mostrando que são os programas mais conhecidos. A justificativa pode estar no fato de que esses programas são mais vivenciados e falados no cotidiano, são mais concretos na visão dos professores. Em contrapartida, o PDE - Escola e o PDDE que assumem um caráter gerencial estão mais inseridos no cotidiano dos gestores escolares e, consequentemente, distante do manejo docente apesar de influenciar no trabalho, pois os pesquisados usufruem dos benefícios oriundos desses programas. Outro ponto interessante que essa pesquisa proporcionou foi o processo de conhecimento dos docentes a respeito de políticas públicas e de financiamento. Apresentouse, em determinado momento, um número significativo para a discussão em que metade dos professores pesquisados diz que, durante a sua formação, não tiveram disciplinas que favorecessem o conhecimento de políticas públicas e de financiamento. Essa resposta apresenta uma dualidade de proposições: ou as instituições de ensino não estão inserindo esse 29 tipo de estudo na formação inicial, o que é preocupante, ou os egressos das licenciaturas não se deram conta durante a graduação sobre a importância de se estudar políticas públicas por não consideram relevante para a rotina de professor, cursavam a disciplina por obrigação, sem reflexão sobre a importância no futuro docente. Como formanda do curso de pedagogia, pude perceber esse discurso em alguns dos também formandos. Sem dúvida, essa dualidade e a incerteza de uma justificativa concreta para o fenômeno instigaram a vontade de fazer uma pesquisa futura mais aprofundada sobre o assunto e abordando a formação inicial dos professores sobre o tema. Outro ponto importante sinalizado se dá pela importância da formação continuada. Os resultados mostraram que há incentivos para adquirir maior conhecimento sobre o assunto, seja por cursos de formação, palestras ou similares. A formação continuada assume um caráter muito importante, porque contribui para ampliar o conhecimento e atualizar o professor sobre mudanças e realidades. Em se tratando de políticas públicas e de financiamento e de atualizações para atender as necessidades é importante incentivar a participação de professores em cursos de formação continuada que abordam o tema pesquisado, a exemplo da EAPE (Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação) que disponibiliza cursos nessa área de formação como por exemplo: “Fortalecimento dos conselhos escolares”, “Coordenação pedagógica no nível local”, “Organização do trabalho pedagógico”, entre outros. É disponibilizado ainda nesse eixo cursos ofertados pela UAB (Universidade Aberta do Brasil) através do PARFOR (Programa de Formação Inicial e Continuada, Presencial e a Distancia, de Professores para a Educação Básica. A Universidade do Brasília em parceria com o MEC ou a Secretaria de Educação do Distrito Federal também oferta cursos nessa área e a divulgação compete aos órgãos relacionados. Title: Public policies and financing of basic education: an analysis of the knowledge of teachers about their features. Abstract: This research aims to propose a dialogue on the knowledge of the teachers working in the Brazilian basic education about the public and existing funding policies. For this presents an analysis to foster this discussion on various aspects of both individual and collective teacher about the public-policy relationship. With this objective this paper proposes starting a literary presentation on the programs to be analyzed, fulfilling a theoretical basis with previous studies based mainly on Gatti, Dourado and Saviani, which will base the reflections to be created throughout the research. The article also discusses the understanding of public policies on the part of teachers, as well as its importance, and is advancing to the dialogue on teacher 30 training in the field of public policy and finance / administration. Quali-quantitative character this paper presents data, numbers and graphs to facilitate the reader's understanding at the same time it seeks to clear all the collected data more broadly. Key words: public policy, funding, teacher training, knowledge, influence. 31 Referências Bibliográficas ADRIÃO, Theresa; PERONI, Vera, Implicações do dinheiro direto na escola para a gestão da escola pública. Educ. soc, Campinas, v. 28, n. 28, p. 253-267, jan. 2007. ALVES, Nilda; A compreensão de políticas nas pesquisas com o cotidiano: para além dos processos de regulação. Educ. soc., v. 31, n. 113, p.1195-1212, out/dez 2010. BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Subsídios ao ministério público para acompanhamento do FUNDEB. Brasília: FNDE/MEC, 2008. BRASIL. Ministério da Educação. Plano nacional de educação. Brasília: Senado federal, UNESCO, 2001. BRASIL, Ministério da Educação. Fundeb – Apresentação. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12327:fundeb-apresentacao&Itm id=669>. Acesso em 08 set. 2014. BRASIL. FUNDO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Como elaborar o Plano de Desenvolvimento da Escola: aumentando o desempenho da escola por meio do planejamento eficaz. 3aed. Brasília: FUNDESCOLA/DIPRO/FNDE/MEC, 2006. BRASIL, Ministério da educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP Nº 05/2005. Diretrizes curriculares nacionais para o curso de Pedagogia. dez. 2005. COAN et al, Políticas públicas, formação de professores e educação continuada: limites e possibilidades para a educação no campo, 2013. DOURADO, Luís Fernando, Políticas e gestão da educação básica no Brasil: limites e perspectivas. Educ. soc., Campinas, v. 28, n. 100, p.921-946, out. 2007. DUARTE, Marisa R.T. Regulação sistêmica e políticas de financiamento da educação básica. Educ. soc., Campinas, v. 26, n.92, p. 821-839, out. 2005. GATTI, Bernadete, Análise das políticas públicas para formação continuada no Brasil, na última década. Revista brasileira de educação, v.13, n.37, p.57-70, jan/abr 2008. GOMES, C. et al, O financiamento da educação brasileira: uma revisão da literatura, RBPAE, v. 23, n. 1, p. 29-52, jan/abr. 2007. LIMA, Waner Gonçalves, Política pública: discussão de conceitos. Interface, n.05, out. 2012. 32 PEREZ, J. R. R., Título: Porque pesquisar implementação de políticas educacionais atualmente? Educ. soc. Campinas, v. 31. n. 113, p. 1179-1193, out-dez 2010. SANTOS, Lucíola Licinio de C. P. Políticas públicas para o ensino fundamental: parâmetros curriculares nacionais e sistema nacional de avaliação (SAEB). Educ. soc., Campinas, v. 23, n. 80, Set. 2002. SAVIANI, Demerval. O plano de desenvolvimento da educação: análise do projeto do MEC. Educ. soc., Campinas, v. 28, n.100, out. 2007. SAVIANI, Demerval. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista brasileira de educação, v.14, n. 40, jan./abr. 2009. 33 APÊNDICE A: QUESTIONÁRIO DE PESQUISA QUESTIONÁRIO DE PESQUISA Olá professor, Este questionário será utilizado com fonte de dados para a pesquisa intitulada: “POLÍTICAS PÚBLICAS E FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE SOBRE O CONHECIMENTO DOS PROFESSORES A RESPEITO DE SUAS FUNCIONALIDADES”. Você, professor, é o sujeito da minha pesquisa e agradeço desde já a sua disposição em colaborar. Como instrumento de pesquisa este questionário tem caráter sigiloso e para isso asseguro total proteção a dados e informações aqui apresentadas. O único intuito deste questionário é levantar dados para a pesquisa acima intitulada. Ciente de sua compreensão, peço que responda as questões abaixo de acordo com o seu entendimento. 1. Você é professor há quanto tempo? ( ) Menos de um ano ( ) De 01 a 05 anos ( )Entre 05 e 10 anos ( ) Mais de 10 anos 2. Qual a sua formação docente? ( ) Graduado/Licenciado ( ) Magistério ( ) Especialista ( ) Mestre ( ) Doutor 3. Você observa no dia-a-dia alguma influência das políticas públicas e programa de financiamento no desenvolvimento do seu trabalho? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não observável 4. Você considera impactantes os efeitos das políticas públicas e programas de financiamento para a educação no seu cotidiano docente? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não observável 5. Quais dos programas de políticas públicas e financiamento abaixo você tem conhecimento ou já ouviu falar durante o exercício da sua profissão: ( ) FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos profissionais da educação) ( ) PDE - Escola (Plano de Desenvolvimento da Escola) 34 ( ) PDDE (Programa Dinheiro Direto na escola) ( ) PNLD (Programa Nacional do Livro Didático 6. Você entende qual o conceito e a finalidade do FUNDEB? ( ) Totalmente ( ) Em partes ( ) Não entende 7. Você entende qual o conceito e a finalidade do PDE- Escola? ( ) Totalmente ( ) Em partes ( ) Não entende 8. Você entende qual o conceito e a finalidade do PDDE? ( ) Totalmente ( ) Em partes ( ) Não entende 9. Você entende o conceito e a finalidade do PNLD? ( ) Totalmente ( ) Em partes ( ) Não entende 10. Durante a sua formação docente você teve disciplinas que favorecessem o entendimento de políticas públicas? ( ) Sim ( ) Não 11. No exercício da sua profissão você já teve oportunidade de freqüentar cursos de formação continuada ou palestras que abordassem políticas públicas ( ) Sim ( ) Não 12. Você busca por conta própria compreender e se atualizar a respeito das funcionalidades dos principais programas de políticas públicas? ( ) Sim ( ) Não 13. Há no seu ambiente de trabalho incentivo para que o corpo docente possa conhecer mais a respeito desses programas? ( ) Sim ( ) Não 14. Você considera que entender melhor sobre esses programas pode favorecer positivamente no desenvolvimento do seu trabalho? ( ) Sim ( ) Não