UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
ANTROPOLOGIA - C
PROJETO DE PESQUISA
REMANESCENTES INDÍGENAS E AFRO-DESCENDENTES DO RN
PVC797-02
Base vinculada: BCC053-00 - CULTURA, IDENTIDADE E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
COORDENADOR DA PESQUISA
JULIE ANTOINETTE CAVIGNAC
5-2002 a 4-2004
RESUMO
A história das populações indígenas e dos afro-descendentes no Rio Grande do Norte é bastante
controvertida e pouca conhecida. No Nordeste, desde os anos 1970-80 assistimos a um crescimento
das Populações emergentes: grupos que reinvidicam o pertencimento a um grupo étnico e que
pedem a delimitação de um território próprio, reafirmando sua identidade diferencial. A idéia de
uma pesquisa sobre a questão étnica no estado surgiu em 2000, com a criação de um espaço de
discussão teórico-metodológico de aspectos ligados às narrativas, à história e às representações
simbólicas, privilegiando a oralidade e a memória, permitiu apontar para questões ligadas ao
passado colonial e às identidades étnicas no Rio Grande do Norte, sabendo que a identidade das
comunidades rurais passa primeiramente pela referência à uma cultura e ou uma história comum.
Tais preocupações evidenciam-se sobretudo nos argumentos das pesquisas realizadas na referida
base. A investigação sobre a memória e as narrativas dos norte-rio-grandenses, parte da
preocupação em recolher o discurso ligado ao passado, à origem,através de histórias de vida, de
lembranças, etc.
RELAÇÃO DE PESSOAL ENVOLVIDO
Nome: JULIE ANTOINETTE CAVIGNAC
- Professora / Coordenadora, PÓS-DOUTOR
UFRN, PGCS, DAN, Antropologia - C
Nome: Glória Cristiana de Oliveira Morais
- Aluno bolsista, graduação em C. Sociais, UFRN
Nome: Rafaela Meneses Ramos
- Aluno bolsista, graduação em C. Sociais, UFRN
Nome: LUIZ ANTONIO DE OLIVEIRA
- Mestrando, UFPE/ PPA
Nome: SILESIA MARIA SALES PASSOS
- Mestrando, UFRN / PGCS
Nome: RITA DE CáSSIA RIBEIRO
- Mestre, UFRN / PGCS
Nome: ANTONIO MOTTA
- Professor, Doutor, UFPE/ PPA
Nome: MARIA ISABEL DANTAS
- Professor, Mestre, UFRN / PGCS
Nome: MUIRAKYTAN KENNEDY DE MACEDO
- Professor, Mestre, UFRN / PGCS
Nome: RODRIGO DE AZEVEDO GRUNEWALD
- Professor, Doutor, UFPb
Nome: MARIA ROSARIO GONCALVES DE CARVALHO
- Professora, Doutora, UFBA
INTRODUÇÃO
Este projeto de pesquisa inscreve-se no esforço do grupo em discutir as questões relacionadas à
memória e à história, reflexão iniciada em 2001 com o projeto TRADICAO: TEMPORALIDADES,
MARCAS E FRAGMENTOS NARRATIVOS DO RIO GRANDE DO NORTE aprovado pela
PPPG-UFRN com o número de registro PVC180-01. A idéia de uma pesquisa sobre a questão
étnica no estado surgiu com a criação deste espaço de discussão teórico-metodológico, tratando de
aspectos ligados às narrativas, à história e às representações simbólicas, privilegiando a oralidade e
a memória sobretudo do ponto de vista antropológico. As leituras, os seminários, os cursos e as
discussões realizadas ao longo do ano permitiram apontar para questões ligadas ao passado colonial
e às identidades étnicas no Rio Grande do Norte. Tais preocupações evidenciam-se sobretudo nos
argumentos das pesquisas desenvolvidas na base de pesquisa BCC053-00 - CULTURA,
IDENTIDADE E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS por alunos da graduação e da pós-graduação sejam eles bolsistas, orientandos ou voluntários. Essas pesquisas privilegiam a investigação sobre a
memória e as narrativas dos norte-rio-grandenses, tendo como principal preocupação a coleta do
discurso ligado ao passado, à origem, através de histórias de vida, lembranças, etc. A identidade das
comunidades rurais do RN que tem um elemento étnico distintivo da sociedade englobante passa
primeiramente pela referência a uma cultura e ou a uma história comum. Assim, o interesse será
centrado sobre a história das populações indígenas e dos afro-descendentes no Rio Grande do Norte,
no intuito de elucidar eventos históricos bastante controvertidos. A ausência de estudos sobre essas
populações nos leva a questionar a história oficial mas também a investigar a realidade destes
grupos, utilizando como metodologia os instrumentos clássicos da Antropologia.
JUSTIFICATIVA
No Nordeste, desde os anos 1970 assistimos a um crescimento das Populações emergentes: grupos
que reinvidicam o pertencimento a um grupo étnico e que pedem a delimitação de um território
próprio. A partir dos anos 80 este movimento acelera-se. Os grupos começam a reivindicar direitos
sobre os territórios das missões ou de terras tradicionalmente ocupadas por famílias reinvidicando
uma especificidade étnica, levando-os a afirmar uma identidade diferencial. De um outro lado, a
questão étnica - seja ela ligada a afro-descendentes ou a remanescentes indígenas - ocupa um espaço
crescente nos estudos antropológicos e históricos bem como na sociedade civil (partidos políticos,
ONGs, Assembléia legislativa, etc.). Por exemplo, a temática da Campanha da Fraternidade 2002 Por uma terra sem Males - centrada nas populações indígenas, busca rediscutir a presença destas
populações na história e na atualidade do país. Ao nível local, há uma preocupação particular pois o
RN é um dos poucos estados da Federação a não ter o registro de populações indígenas. Assim, o
grupo constituiu-se devido à ausência de estudos de cunho acadêmico no Estado do Rio Grande do
Norte tratando de comunidades de remanescentes indígenas e afro-descendentes. O estudo ou o
registro dos grupos por jornalistas e outros meios de comunicação foi realizado de maneira
atomizada, sem relacionar os resultados. A nossa proposta é justamente agrupar as informações
existentes, racionalizar o tratamento dos dados bibliográficos e empíricos antes de partir para
estudos específicos. Desta forma, foi pensado um primeiromapeamento dessas comunidades que, ao
nosso ver, este levantamento deve estar associado ao registro do Patrimônio construído do Estado,
pois a evocação dos monumentos (igrejas, cemitérios, pinturas rupestres, etc.) acompanha-se do
registro oral de acontecimentos passados, de fatos históricos não registrados pelos historiadores
locais. De fato, os pesquisadores e estudantes da UFRN, integrantes do Projeto de pesquisa e do
projeto de extensão TAPERA vem discutindo as questões ligadas a memória, o patrimônio, a
tradição e a etnicidade no Rio Grande do Norte. Para o ano, são previstas viagens até os sítios
arqueológicos e às comunidades estudadas. Destas viagens exploratórias, nasceram novas pesquisas
à nível da graduação e da pós-graduação, permitindo contatos com os responsáveis e os moradores
das localidades visitadas. A abordagem antropológica da memória, do tempo e das marcas culturais
permite iniciar uma reflexão sobre a importância social (identitária) e simbólica da tradição. Ao se
discutir as questões relacionadas à etnografia e à história nas pesquisas realizadas, aprofundando os
temas propostos pelos pesquisadores, abrem-se novas perspectivas para a pesquisa dos processos
étnicos e, de um modo geral, identitários (Barth 2000 Carvalho s.d. Cunha 1992). Sobre populações
culturalmente pouco diferenciadas mas que, no entanto, se distinguem da sociedade local do ponto
de vista étnico, João Pacheco de Oliveira aponta para a necessidade de uma reavaliação dos
modelos teóricos sobre etnicidade, sendo três os movimentos: o primeiro, propõe uma reflexão
sobre os índios do Nordeste a partir de investigações desenvolvidas a nível nacional e internacional.
A seguir, o autor analisa conceitos como etnicidade e identidade a partir da idéia de territorialização.
Por fim, levanta um debate sobre as comunidades miscigenadas. Aparecendo como paradoxo, o
surgimento maciço de povos considerados originários no contexto da sociedade moderna, o autor
busca novos rumos interpretativos para construir uma etnologia dos índios misturados , promovendo
uma maior articulação da antropologia com a história(Oliveira 1998).
No Rio Grande do Norte, verificamos a possibilidade em estudar os grupos citados, explicitando as
suas mudanças ao longo do tempo, bem como a recuperação da história dos grupos culturais e de
suas representações como memória a ser preservada. Assim, pensamos que é necessário realizar
uma pesquisa em conjunto sobre o patrimônio cultural e a consciência étnica da população do RN.
Propomos, num primeiro momento, um levantamento das comunidades remanescentes indígenas e
de afro-descendentes no Estado. Em nossa primeira tentativa de organizar o material, com base em
informações orais e bibliográficas, encontramos treze registros de comunidades de afrodescendentes no Rio Grande do Norte e doze registros de presença de uma história indígena ou de
populações reinvidicando um passado indígena. São comunidades que vivem em ambientes rurais ou que foram absorvidas recentemente pelo mundo urbano -, sobrevivendo de atividades,
geralmente, ligadas à agricultura e à criação de animais e, algumas vezes, mantendo contato com o
comércio da região (vendendo produtos fabricados por eles mesmos nas feiras livres). Apesar das
dificuldades econômicas, esses grupos tentam conservar a terra em que vivem repassando-a através
das gerações, sendo muitas vezes o único bem que possuem. Mesmo quando são reconhecidos pela
população vizinha como negros ou caboclos, é interessante observar que os integrantes não se
percebem sempre de tal forma. Assim, queremos verificar a visão que estas comunidades têm de si
enquanto grupo social, problematizando a questão da identidade étnica. Assim, podemos falar em
índios misturados (Oliveira 1998)?
Como tratar da questão da invisibilidade dos negros e dos índios na história oficial e nas
representações do senso comum? (Leite 1996: 40-42).
A identidade, a memória, os discursos, a história e as representações simbólicas são temas
privilegiados da Antropologia clássica e contemporânea. Os antropólogos começam a investigar o
passado, coletando a memória e a tradição oral dos povos que eram tidos como desprovidos de
história, devolvendo assim a voz a quem não tinha oportunidade de expressar o seu próprio passado
e suas experiências, as suas vidas e seu cotidiano. Atendendo a isso nasceu a etno-história, cujo
principal objetivo é (re)escrever a história dos povos colonizados, integrando a representação do
contato à memória coletiva da comunidade estudada (Price 1994, Wachtel 1990). Para entender as
adaptações locais de uma cultura à invasão colonial ou a reconstrução do passado das sociedades
sem escrita, os antropólogos devem, então, confrontar os testemunhos coletados com os documentos
escritos pelos viajantes, pelos eruditos locais ou missionários e os produzidos no momento da
conquista (Gruzinski e Bernand 1990, 1993 Sahlins 1987). Da mesma forma, os historiadores
começaram a interessar-se sobre temas antes de domínio exclusivo dos antropólogos e sociólogos:
infância, família, sexualidade, morte, cotidiano, escola, hábitos, formas associativas, partidos
políticos, sociabilidade, etc. e, partiram para uma história do tempo presente (Ferreira 1996). Os
historiadores também iniciaram a coleta de testemunhos orais para recompor uma história paralela:
a dos excluídos da história, capaz de oferecer um outro olhar sobre o passado (Le Goff 1996). Ou
ainda, procurando nas lembranças pessoais e no passado individual das testemunhas, isto é, na
história de vida, os pesquisadores deixam aflorar o passado recente de uma comunidade, sua
organização social, suas profissões, suas práticas e costumes, sua vida cotidiana, reformulando
totalmente o objeto e o método da história e aproximando-a mais ainda das Ciências Humanas (Le
Goff 1996, Nora 1984-1993), introduzindo também uma reflexão sobre história e tradição
(Hobsbawn e Ranger 1984). A lembrança individual apresentada durante uma história de vida e um
evento histórico reconstituído pelos documentos e os estudos históricos quando são lidos em
conjunto, deixam geralmente uma imagem atípica da história vivida e contada. Às vezes, nem
mesmo nenhum rastro fica de um evento específico e o esquecimento torna-se significativo de um
período difícil, de uma parte da vida recheada de dificuldades, que é melhor esquecer (Pollack
1998). Do lado da literatura, a coleta e a análise dos textos orais e da memória é relativamente
recente. Assim, cada vez mais, os sociólogos que escolhem a memória como tema de investigação,
adotam a história oral como metodologia, aproximando-se das preocupações das outras disciplinas.
OBJETIVOS
O objetivo principal desta pesquisa é traçar um perfil das comunidades rurais do Rio Grande do
Norte que têm um elemento étnico distintivo da sociedade local. Assim, queremos incentivar
pesquisas ligadas à questão étnica, às narrativas, à história e às representações simbólicas,
privilegiando a oralidade e a memória, sobretudo do ponto de vista antropológico.
A médio prazo, temos como objetivo a formação de um grupo de discussão ao nível local e regional,
para desenvolver projetos comuns e realizar parcerias integrando pesquisadores isolados e
instituições engajadas na temática. 1
Objetivos específicos:
- Realizar um mapeamento das comunidades de remanescentes indígenas e afro-descendentes
- Escolher algumas comunidades (até 5) realizar e orientar pesquisas à nível da graduação e da
pós-graduação
- Realizar seminários em torno da questão étnica no estado, incluída na discussão dos conceitos
antropológicos (memória e representações simbólicas)
- Publicar os resultados das pesquisas do grupo em revista e ou livro coletivo.
METODOLOGIA
Utilizar-se-ão os métodos clássicos da Antropologia: a pesquisa etnográfica com a coleta de
discursos contextualizados. 2 Fundamentando-nos em pesquisas bibliográficas, monografias
1
Desde já participamos de uma rede virtual de pesquisadores sobre a questão étnica: NEPE (http : www. nepe.ufpe.br).
históricas ou antropológicas realizadas na região ou em outros lugares do Brasil. 3 Na pesquisa de
campo, serão priorizados os aspectos etnográficos e a etno-história, acompanhados de uma crítica da
história oficial.
O método utilizado pela antropologia permite tornar visiveis realidades m icroregionais a
partir das realidades locais das comunidades: não se baseia unicamente na documentação produzida
pela administração colonial (uso da tradiçao oral/ memória coletiva e analise do sistema de
parentesco). Assim, deter-se num caso específico permite apreender realidades micro-locais
obscurescidas.
Todas as pesquisas associadas ao projeto reflitem sobre a oralidade, a memória, a história e as
representações simbólicas do Rio Grande do Norte. A abordagem pluri-disciplinar - etnografia e
literatura, mas também usando os resultados da geografia, da sociologia, da história, etc. - parecenos a única via para compreender em quais termos os atores reinterpretam o passado e reelaboram
suas identidades: a cultura tradicional sendo o cimento através do qual opera-se todo um conjunto
de transformações simbólicas que dão coerência ao presente e ao mundo em perpétua mudança.
Nas preocupações teóricas das diferentes disciplinas, aparece claramente a materialização da
lembrança, como o elemento constante. Quer seja um lugar, um monumento mesmo em ruínas, um
livro, uma fotografia, um cheiro, ou uma comida, o pretexto à memória é geralmente associado a
um objeto material ou um indivíduo significativo para a pessoa que registrou o fato na sua
lembrança. A partir daí, ele torna-se evento e integra-se à vida da pessoa de uma maneira durável.
Se o objeto fixa e reativa a memória, a materialização da lembrança aparece como um fenômeno
intrínseco à rememoração de um fato, de uma experiência sensível ou de uma história,
correspondendo geralmente à um período importante da vida do narrador e permitindo entender o
processos ligados à memorização dos acontecimentos ou dos textos narrativos. Afinal, podemos
propor uma reflexão sobre os mecanismos de rememoração e sobre a importância da história
familiar na constituição da identidade individual (Pollack 1998).
2
3
Ver Cavignac 1994, 1997, 1999
Encontramos muitas pesquisas etnográficas sobre comunidades de afro-descendentes sobretudo no sul, Cf. Leite 1996
BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, Pedro Carrilho de Andrade. 1912. Memória sobre os índios do Brasil, Revista do I G
H R N, vol. VII, Natal.
BANDEIRA, Maria de Lourdes. (1972). Os kariris de mirandela, um grupo indígena integrado,
Salvador, UFBA, Estudos
bahianos, n. 6.
BARO, Roulox. 1651. Relation du voyage de Roulox Baro interprète et ambassadeur ordinaire de
la compagnie des Indes d
Occident, de la part des Illustrissimes Seigneurs des Provinces Unies des Pays Bas, au pays des
Tapuyes dans la terre ferme
du Brasil Commencé le troisièsme avril 1647, finy le quatorzième Juillet de la mesme année, in
MORIZOT, Claude Barthélémy
: Relations véritables et curieuses de l isle de Madagascar et du Brésil . : 195-307, traduction de
Pierre Moreau, Paris, chez
Auguste Courbe.
BAUMAN, Richard. 1975. Verbal art as a performance, American Anthropologist 77 : 290-311.
BELMONT, Nicole. 1970. Les croyances populaires comme récit mythologique, L Homme X (2) :
94-108.
BELMONT, Nicole. 1986. Paroles païennes. Mythe et folklore.Des frères Grimm à Pierre Saint
Yves, Paris, Imago.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura.
7. ed. São Paulo:
Brasilense, 1994. (Obras escolhidas v.1).
BOUVIER, Jean Claude. 1987. Contes de l écrit, contes de l oral : l opposition est-elle pertinente ?
In : Littérature orale
traditionnelle Actes du Colloque (20-22 novembre 1986) Paris, Fondation Calouste Goulbenkian :
317-330.
BOUVIER, Jean Claude. 1992. La notion d rsquo ethno-texte, Pelen, J. N. Martel C. (Org.), Les
voies de la parole,
Aix-en-Provence, Université de Provence: 12-21.
BOYER, Pascal. 1982. Récit épique et tradition, L Homme XXII (2): 5-34.
CASCUDO, Luís da Câmara. 1952. Literatura oral, Rio, José Olympio.
CASCUDO, Luís da Câmara. 1962. Dicionário do folclore Brasileiro, Rio, INL, MEC, 2° ed.
CASCUDO, Luís da Câmara. 1986. Contos tradicionais do Brasil, Belo Horizonte, São Paulo,
Itatiana, USP.
CAVIGNAC, Julie. 1994. Mémoires au quotidien. Histoire et récits du sertão du Rn. (Brésil),
Université de Paris X,
Nanterre.
CAVIGNAC, Julie. 1997. La littérature de colportage au nord-est du Brésil. Du récit oral à l rsquo
histoire écrite, Paris,
CNRS.
CAVIGNAC, Julie. 1997. La littérature de colportage au nord-est du Brésil, Paris, ed. du CNRS.
CERECEDA, Verónica. 1993. Cette étendue entre l´Altiplano et la mer... Un mythe chipaya hors
texte, in Mémoire de la tradition (coll.), Paris, Société d´ethnologie: 227-284.
COSTA, João Batista de Almeida. 2001. Brejo dos crioulos e a sociedade negra da Jaíba. Novas
categorias sociais e a visibilização do invisível na sociedade brasileira, Revista brasileira de pósgraduação em C. Socias, Brasilia, UNB, ano V: 99-122.
FERREIRA, Marieta de Moraes (org.). Usos
e abusos da história oral,
Rio de Janeiro, ed. da FGV, 1996.
FERREIRA, Marieta de Moraes. História oral, Rio de Janeiro, Diadorim, 1994.
FILGUEIRA, Maria Goreth M. Filgueira. 1994. Escravos da ribeira do Apodi (inventários),
Mossoró. URRN (monografia
de final do curso de História).
GOODY, Jack. 1977. Mémoire et apprentissage dans les société avec ou sans écriture : la
transmission du Bagre, L Homme,
XVII (1) : 29-52.
GOODY, Jack. 1979. La raison graphique. La domestication de la pensée sauvage, Paris, ed. de
Minuit, traduction de Jean
Bazin.
GRUZINSKI, Serge e BERNAND, Carmen. 1990, 1993. L rsquo histoire du Nouveau Monde,
Paris, Fayard (vol I e II).
GRUZINSKI, Serge. 1988. La colonisation de l imaginaire. Sociétés indigènes et occidentalisation
dans le Mexique espagnol
XVI°-XVIIIe siècle, Paris, Gallimard.
GRUZINSKY, Serge e BERNAND, Carmen. L histoire du Nouveau Monde, Paris, Fayard (vol I e
II), 1990, 1993.
HALLBWACHS, Maurice. A memória coletiva, São Paulo, Vértice, 1990.
HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX - 1914-1991. 2.ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 1997.
LAMARTINE, Juvenal. Velhos costumes do meu sertão. 2.ed. Natal: Fundação José Augusto,
1996.
LEITE, Ilka Boaventura (org.). 1996. Negros do sul do Brasil. Invisibilidade e territorialidade,
Florianópolis, Letras
contemporâneas.
LE GOFF, Jacques. 1996. História e memória, Campinas, UNICAMP, 4e. ed.
LE GOFF, Jacques. História e memória, Campinas, UNICAMP, 4ed 1996..
LÉVI-STRAUSS, Claude. 1974. Anthropologie structurale, Paris, Plon (réed.).
MALHEIROS, Agostinho Marques Perdigão. 1867. A escravidão no Brasil, Rio Tip. Nacional.
MARCHANT, Alexandre. 1943. Do escambo à escravidão as relaçÕes económicas de
portugueses e índios na
colonização do Brasil, S. Paulo, Cia. Ed. Nacional.
MEDEIROS filho, Olávo de. 1984. Indios do Açu e Seridó, Brasilia, Senado Federal.
MEDEIROS filho, Olávo de. 1987. Os holandeses e a serra de João do Vale, Mossoró, Coll.
Mossoroense.
MEDEIROS filho, Olávo de. 1989. No rastro dos flamengos, Natal, Fundação José Augusto.
MELLO, José Antônio Gonçalves de. 1979. Tempo dos flamengos. Influência da ocupaçao
holandesa na vida e na cultura do
norte do Brasil, Recife, BNB, coll. Pernambucana, 2e ed. (1947).
MUZART-Fonseca dos Santos, Idelette. 1997. La littérature de cordel au Brésil. Mémoire des
voix, grenier
d rsquo histoires, Paris, l 8217 Harmattan.
NORA, Pierre (org.). Les lieux de mémoire, Paris, Gallimard, 1984. Apud CATANI, Denice
Barbara. A memória como
questão no campo da produção educacional: uma reflexão. História da Educação, Pelotas, v. 2, n.
4, p. 119-129, set. 1998.
PAULME, Denise. 1976. La mère dévorante. Essais sur la morphologie des contes africains, Paris,
Gallimard.
PRICE, Richard. 1994. Les premiers temps. La conception de l histoire des marrons saramaka,
Paris, ed. du Seuil, 1994.
PRICE, Richard. 1998. The convict and the colonel, Boston, Beacon Press, 1990.
PROPP, Vladimir J. A. 1965. Morphologie du conte, Paris, Seuil (réed.).
PROPP, Vladimir J. A. 1983. Les racines historiques du conte merveilleux, Paris, Gallimard, 2e ed.,
traduction de Lise
Gruel-Apert, Préface de Daniel Fabre et de Jean Claude Schmidt.
RAMINELLI, Ronald. 1996. Imagens da colonização: a representação do índio de Caminha a
Vieira, Rio de Janeiro, Jorge
Zahar ed.
REESINK, Edwin. 1995. O segredo do sagrado, trabalho apresentado na ANPOCS regional, João
Pessoa (mimeo.).
REESINK, Edwin.1997. A tomada do coração da aldeia : a participaçõ dos índos de Massacará na
guerra de Canudos,
Cadernos do CEAS : 73-95.
RIBEIRO, Rita. 2000. O índio na história do Brasil, col. História popular, S. Paulo, Global.
ROMERO, Silvio. 1954. Folclore brasileiro. Cantos populares do Brasil, t. I, Contos populares do
Brasil, t. II, Rio, José
Olympio, 2° ed.
ROMERO, Silvio. 1977. Estudos sobre a poesia popular do Brasil, Petrópolis, Vozes, 2° ed.
SAHLINS, Marshall, 1987. Ilhas de história, Rio de Janeiro, Zahar.
SARAIVA, Gumercindo, 1984. Lendas do Brasil, Belo Horizonte, ed. Itatiaia ldta.
TEDLOCK, Dennis. 1971. On the translation of style in oral narrative, Journal of American
Folklore
84 : 114-133.
TEDLOCK, Dennis. 1983. The spoken word and the work of interpretation, Philadelphia,
University of Pennsylvania Press.
TEDLOCK, Dennis. 1988. The witches were saved. A Zuni origin story, Journal of American
Folklore 101 : 312-320.
TERRA, Ruth Brito Lemos.1983. Memória de Lutas.Literatura de folhetos no Nordeste,
1893-1930,São Paulo, Global ed.
VIDAL, Ademar. 1950. Lendas e superstições contos populares brasileiros, Rio de Janeiro,
empresa gráfica O Cruzeiro .
ZUMTHOR, Paul. 1980. L écriture et la voix. Littératures populaires, du dit à l écrit, Critique 394 :
228-239.
ZUMTHOR, Paul. 1982. De l oralité à la littérature de colportage, Paris, Ed. de Minuit, in : L écrit
du temps 1 : 129-140.
ZUMTHOR, Paul. 1983. Introduction à la poésie orale, Paris, Seuil.
Download

universidade federal do rio grande do norte pró