Toda quinta - feira
Publicação do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz - Ano XIII - n0 20 - 19/07/2007
Cooperação em ensino
aproxima Brasil
e Moçambique
Um grupo de pesquisadores do IOC
vem trabalhando intensamente em
parceria com a Vice-presidência de
Ensino, Informação e Comunicação da
Fiocruz para planejar a implantação de
três cursos de pós-graduação a serem
ministrados pelo Instituto em Moçambique. Ao mesmo tempo em que representa uma importante ação de cooperação internacional Brasil-Moçambique,
através do Instituto Nacional de Saúde
de Moçambique, o projeto também possui uma relevante dimensão de cooperação institucional dentro da Fiocruz.
Estão previstos três cursos de pósgraduação, principalmente nas áreas
de parasitologia e microbiologia, com
abordagens que vão desde aspectos
epidemiológicos até biologia molecular.
. Ontem, dia 18, o diretor do Instituto
Nacional de Saúde de Moçambique
conversou com pesquisadores do IOC
e explicou que a idéia é marcar o início
do curso para março de 2008, com a
participação de 25 a 30 candidatos a
serem capacitados. Agora, os especialistas do IOC ocupam-se de preparar a
estrutura do curso e os critérios de seleção do mestrado, sempre com o cuidado de levar em consideração as necessidades do país africano, que tem
uma grande incidência em doenças
infecciosas.
Este projeto é um marco do momento em que a Fiocruz, instituição nãouniversitária que mais forma recursos
humanos no país, começa a ampliar
sua ação na formação de profissionais qualificados para a saúde também
para outros países. O IOC está orgulhoso por fazer parte desta história.
Estudo mostra que o comprometimento
de outros órgãos pode afetar
o coração na doença de Chagas
A miocardiopatia dilatada é a principal causa de óbito relacionada à
doença de Chagas, atingindo de 20
a 30% dos pacientes na fase crônica
da infecção. Por isso, costuma ser o
alvo preferencial de pesquisas que
buscam novas perspectivas no combate à doença. Resultados de um estudo experimental realizado pelo IOC
mostram que as principais moléculas
candidatas à indução da morte de fibras cardíacas na verdade desempenham importante papel na regulação
do processo inflamatório da doença,
e não diretamente na morte celular.
O estudo, realizado com camundongos, também chama atenção para a
importância do comprometimento renal, medular e hepático na morbidade
da doença de Chagas, deslocando o
foco geralmente centrado nas complicações cardíacas oriundas da doença.
Os resultados da pesquisa foram publicados na edição de julho do American
Journal of Pathology.
Vitamina E pode apresentar efeito
antagônico na inflamação
Reconhecida por sua propriedade antioxidante, a vitamina E foi alvo de um estudo do IOC que procurou esclarecer seu
potencial antiinflamatório. Os resultados
mostraram que a vitamina E inibe a inflamação em doenças como diabetes e
arteriosclerose, mas também apontam
seu papel antagônico, demonstrando
que a administração em dosagens altas
pode acarretar piora do quadro clínico.
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Ricardo Lourenço
IOC–Ciência para a Saúde da População Brasileira
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