R E S U M O S D E TE S E S
E
D I S S E R TA Ç Õ E S
NASCIMEN TO, Ma ria A ng e la A l ves d o ' . A s Prá ticas Popu la res de
c u ra no po voado Ma tin ha do Pre tos - BA . Eli m i n a r, Reduzir o u
Co n va lidar? Te s e d e Dou to rado. UFBA, 1 99 7.
Este tra b a l h o b u sca resg atar as experiências concretas das práticas
d a med ici n a popu l a r u t i lizada pela pop u lação d e traba l h a d o res ru ra i s da
Fazenda Mati n h a dos P retos, um povoad o do m u n ic í p i o d e F e i ra de
Santa n a , n o E stado d a Bahia, identifica n d o com o são rea l izad a s , e com
q u e fi n a l idade, a q u e n ecessidades sociais ate n d e m e q u a is são os
age ntes de cu ra . Tem com o o bjetivos i n d entifica r as p ráticas d e c u ra
util izadas pela popu lação d e Mati n h a , a p ree n d e r e a n a lisa r os s i g n ificados
atrib u ídos às mesmas e à concepção de saúde-doe n ça pelos agentes
pop u la res de c u ra e pela popu l ação de M ati n h a dos P retos . N este estudo
são utilizada s , n a á rea de pesq u is a , a observação participante , com o
técn ica de coleta de dados , este n d ida por 1 3 m e s e s (de feverei ro de 1 995
a m a rço de 1 996) e associada àquela técn ica , o d iário de cam po e a
entrevista , fotog rafi a s , além d e dados secu n d á rios, obtidos e m d iferentes
fontes . Foram selecionadas para as e n trevi stas dois seg mentos da
popu lação: 1 °) pessoas q u e con heciam a h i stória d e M ati n h a dos Pretos
( n ove entrevistados) e 2°) os agentes pop u l a res de cu ra e pessoas
[residentes] d a própria com u n idade (23 e ntrevi stados ) . Os dados
coletados evidend iciaram que as p ráticas e con cepções de s a úde-doen ça
da popu l ação d e Mati n h a res u lta m d a cu ltu ra pop u lar, d a h i stória de vida e
de l uta , m a rcada pelo seu l ug a r n a pro d u ção ru ra l como peq uenos
p roprietários. A con cepção d e saúd e-doença d a popu lação não se i nsere
apenas nos i n te rst í cios deixados pelo d i scu rso soci a l , m a s tem u m a certa
a uton o m i a na b usca de a lternativa s , config u ra n d o u ma expressão cu ltu ra l
p rópria; a relação desses seg mentos com o E stado , é mediada pela
atuação dos p rofissi o n a i s d a medici n a acadê m ica . A pesq u isa revel o u o
modo como a p o p u l a çã o d e M a ti n h a d o s P restos u t i l iza p ráticas popu l a res
de c u ra , associ a n d o-as ao con h ecim ento
acadêm ica , reaviva ndo e s s a s práticas n o
problemas que afetam sua s a ú d e .
1
p rod uzido pela
cotid i a n o , para
m ed ic i n a
enfrentar
P rofessora do Departa mento de Enfermagem da U F BA.
R. Brt�s. Enferm. , Bras ília,
v.
50,
n.
3, p. 4 59-462 , j u l . lset. , 1 997
459
NUNES, Dulce Maria ' . Linguagem do Cuidado. Tese de Dou torado.
UFRGS, Departamento de Enfe rmag e m . Rio Grande do Sul. 1 996
A pesqu isa trata de uma investigação sobre o contexto do cu idado
real izado pela enfermeira à criança hospitalizada acompa n h ada dos pais.
A pesq uisadora deseja com p reender o movimento i nterno do ato de cuidar
(cu idado). Estuda este cuidado em sua gênese . Constrói um pensamento
filosófico através da filosofia existencial de Martin Heidegger. Reflete e
encontra
na
pesqu isa
qualitativa
modalidade
fenomenológ ica
hermenêutica , o método que possibilita desvelar, interpretar e conceituar o
fenômeno e�tudado, ao q u e denomina de ling uagem do cu idado . Ao
depara r-se como o fenômeno revelado, retorna ao pensar sempre
i nacabado; vê a linguagem como essência de u m fazer; com p reende-a
como um espaço para novas i nterpretações do sign ificado do ato de
cuidar; a construção de um n ovo estado de ser; a presença como
propiciando a evolução de um pensar; o germ i n ativo como
i ntencional idade e a corporificação do cu idado na experiência do próprio
cuidar.
1
Professora do Departamento Enfermagem Materno- I nfanti l . U FRGS.
460
R. Bras. Enferm. , Brasília,
v.
50, n . 3 , p . 459-462, jul.lset. , 1 997
SA L 1 TURO, Lecticia R . Rocha ' . O corpo da e n fe rm e ira doce n te como
i n s tru m e n to do e n s in o : u m e s tudo s o b re rep re s e n tações sociais de
p rofessoras de g raduação. Disse rtação de Mes trado; UFRJ, EEA N.
Rio de Ja neiro, 1 99 6 .
Orien tadora : Isa u ra Se ten ta Porto
Co-orien tador: Jacques Gau thier
D issertação de Mestrado , fi n a n ciada pelo C N Pq , sobre as
representações d e professoras de g rad uação em enfermagem , cujos
objetivos fora m : descrevê-Ias e ava l iá-Ias para estabelecer o seu senso
com u m , e d i scutir suas i m p licações para o e n s i n o . U t i l iza n d o o referencial
teórico das rep resentações socia i s , a prod u ção d e dados baseou-se e m
técnicas de criatividade-sen s i b i l idade real izadas c o m o n ze docentes da
E EAN/U FRJ . Após o trata m e nto , a classificação e a categorização dos
dados p rod uzidos, dois n ú cleos fig u rativos das rep resentações s u rg i ra m :
" O Corpo da Enfermeira Docente enquanto Docilizador/Formador"
e
"O
Corpo da En fermeira Docente enqua nto Liberta doríTransformador". Após
a n á l ise , os sensos com u n s d erivados das rep resentações fica ram assim
con stitu ídos : em uma expressão a rt í stica , l ivre através d a teatra l idade
i n corpora ação con d uzida pelos sentimento s , troca de con hecimentos
entre corpos em relação d i a lóg ica , i m p l ica eq u i l í brio; e o utra expressão
controladora , reg u la n d o a con d uta e i nterd ita n d o a s e n s u a l idade. Ela
remete aos modelos q u e p rivi leg i a m a cabeça/i nte lecto , d escorporifican d o
e descarnando o corpo da p rofessora .
1
P rofessora Assi stente da Faculdade de E nfermagem da U n i versidade do Estado do R i o de
J a n e i ro
R. Bras. Enferm. , Brasí l i a ,
v.
50,
n.
3 , p . 459-462 , jul ./set . , 1 997
46 1
MENEZES, Ma ria de Fá tima Batalha de ' . Essas na tivas e n fe rme iras
. . . Um es tudo a n tropológ ico sobre as e n fe rm e i ras especia lizadas.
Disse rtação de Mes trado. UNI-R IO, EEA P. R io de Ja n e iro, 7 996.
Orien tadora: L u iza Muniz da Cos ta Vargens
Pesq u isa q u a l itativa , explorató ria , pautada n o referencial teó rico
metodológ ico p róprio da Antropolog ia Social . Utiliza n d o-se da observação
partiCipante e da etnog rafi a , objetivou e ntender u m a faceta da d im e n são
sócio espacial das U n idades hospitalares especializad a s , através de u m
estudo sobre as enfermeiras especializadas, d e n o m inadas " nativas". O
campo do estudo foram dois centros hospitalares especial izados, u m
l igado à i n iciativa de saúde p rivada e especial izado em terapia i nten siva , e
outro pertencente à rede p ú b l ica de sa úde, especial izado em
o n cohematolog i a . I ntentou fornecer u m a panorâ mica etnog ràfica deste
tipo de u n idades , bem como com p reender o p rocesso de formação da
identidade da enfe rm e i ra nativa . O fator d iferencial que d ete rm i n a a
con stituição da identidade da enfe rm e i ra , baseia-se principalmente no
cu idado d ireto e n o v í n c u lo com os pacientes. Através da a p ro p riação do
cu idado e do elo com os pacientes , as n ativas enfermeiras mapeiam o
espaço das u n idades, percorrendo seus cam i n hos. Essa pesq u isa i ntenta
lançar u m olhar a lternativo sobre a enfermei
ra especializad a , proc u ra n d o
.
apreender seus o utros sign ificados.
1
E nfermeira do Serviço de Educação Continuada do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de
Janeiro .
462
R. Bras. Enferm. , Brasília,
v.
50, n . 3 , p. 459-462 , j u l . lset. , 1 997
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NASCIMENTO, Maria Angela Alves do `. As Práticas